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“DO CONTRA” Roteiro Turístico Escola Secundária Padre Benjamim Salgado - Joane Área de Projecto 12ªE

Do Contra

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“DO CONTRA”

Roteiro Turístico

Escola Secundária Padre Benjamim Salgado - Joane

Área de Projecto 12ªE

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1º Período

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* Breve introdução ao projecto

Somos alunos do 12º ano, do curso de Línguas e Humanidades

da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, sediada em Joane,

Famalicão.

Estamos a desenvolver um projecto cujo tema é “Memória de

Tempos Idos”, no âmbito da área curricular não disciplinar, Área de

Projecto, que consiste em valorizar e promover o património local.

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1. Questionário 

Idade: ____Freguesia: ________________________ Sexo:    F         M Concelho: ____________________________ 

Este questionário está a ser elaborado no âmbito da Área de Projecto pela turma do 12.º E. O Tema do projecto é “Memórias de Tempos Idos” com o qual se pretende reavivar o gosto pela visita a locais emblemáticos de nossa história e cultura.

O principal objectivo do questionário é testar os seus conhecimentos acerca do património da sua região.

1 - Na sua freguesia existe (m) algum (ns) monumento (s)? Sim Não

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2 - De entre os seguintes monumentos indique os que existem na sua freguesia:• Igreja• Mosteiro• Palácio• Castro• Ponte• Cruzeiro• Pelourinho• Alminhas• Outros ________________________

_______________________

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3 - Mencione três monumentos:Do Concelho de Guimarães: _________________________________________________________________________________________________________Do Concelho de Famalicão: __________________________________________________________________________________________________________ 4 - Com que frequência costuma visitar monumentos? Frequentemente Raramente Nunca 5 - Quais os monumentos que já visitou dos concelhos de:Guimarães: ____________________________________________________________________________________________________________Famalicão: _____________________________________________________________________________________________________________

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6 - Refira o monumento que considera mais importante, a nível histórico, dos concelhos de:

Guimarães: ____________________________________________________________________________________________________________Famalicão: _____________________________________________________________________________________________________________ 7 - A seu ver o património destes concelhos está a ser bem preservado?

Guimarães: S NFamalicão: S N 8 - Quando estudou foi estimulado a conhecer o património que o rodeia?  S N9 - Se sim, de que forma

__________________________________________________________

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2. Escolha do subtema de cada grupo

* Roteiro Turístico – Do Contra

* Caça ao Tesouro – Sem Nome

* Elaboração e manutenção do Blogue – As Divinas 

* Concurso – Os Marrões

* Exposição fotográfica - Todos os Grupos

* Questionários – Todos os Grupos

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3. EntrevistaSomos alunos do 12º ano, do curso de Línguas e Humanidades da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, sediada em Joane, Famalicão. Estamos a desenvolver um projecto cujo tema é “Memória de Tempos Idos”, no âmbito da área curricular não disciplinar, Área de Projecto, que consiste em valorizar e promover o património local.

1- Quais  foram  os  momentos  mais  marcantes  da  sua  carreira  como presidente da câmara?

Presidente – O momento que mais me marcou foi quando eu em 76, porventura sem ter uma noção do parlamento português fui solicitado pela secção de Guimarães, do partido a que pertenço, portanto fui para a assembleia da república, isso foi muito marcante porque de facto estávamos a sair de um período em que politicamente eram as trevas. Portanto marcou-me, pela novidade, pela dimensão do projecto, pelo inusitado do projecto e deu origem a que eu tivesse no parlamento cerca de 12 anos, mais precisamente 11 anos e 8 meses.

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Ao longo da minha vida, tive vários períodos, que me marcaram também, pois fui seminarista durante três anos e a ida para o seminário está cá patente, a ida para a vida militar, para Angola também me marcou imenso, a vinda marca também, porque é um período conturbado da nossa existência. E depois este passo que dei na vida política, que foi uma coisa na qual nunca sonhei, até acerca de 30 anos, pois não era possível nem sequer ter pretensões, isso passava a leste de tudo aquilo que eram as aspirações dos jovens da nossa época. Portanto cá estou, e não voltei a fazer mais nada que uma actividade politica.

Anabela – Por isso é considerado um dinossauro?

Presidente – Ainda não, mas estou na linha dos dinossauros. Enquanto alguns colegas meus são dinossauros que é o caso do presidente da Câmara de Braga e um ou outro que também estavam comigo na Assembleia e que vieram logo embora. Eu só vim na ponta final da década de 80, ganhei as eleições em 89, portanto mantive-me como deputado. Passarei a ser na história portuguesa das autarquias de facto um dinossauro com 24 anos e não há muitos, haverá 30 talvez, mas cá estou e muito empenhado como se fosse hoje que eu tomasse a iniciativa de voltar para a Câmara porque gosto disto. De facto, hoje isto é demasiado pesado, mas faço com gosto e isso é o que me dá ânimo para poder continuar.

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Joana – Mas o que é que o levou mesmo a candidatar se á presidência da câmara?

Presidente – Eu estava imbuído num projecto político na altura, estive na universidade da política, onde lidei com todos os grandes vultos da política portuguesa. Após o 25 de Abril, Sá Carneiro, Amaro da Costa, Salgado Zenha, Lucas Pires, Mário Soares, Vital Moreira que na altura era um brilhantíssimo deputado, agora aparentemente perdeu algumas qualidades, tudo aquilo que foi a nata dos grandes parlamentares e grandes políticos da altura e eu lidei de perto com eles todos os dias durante quase 12 anos e isso foi uma escola fantástica porque de facto, quando fui para lá eu não sabia ler nem escrever em termos de actividades politicas. Este facto marcou-me, porque eu apreciava o talento daquelas pessoas, a preparação que eles tinham e que eu não tive oportunidade de ter, não tinha nenhuma hipótese de ser um grande interventor político àquele nível porque isso implicava uma preparação que tinha que na maior parte dos casos ter uma história do passado que antecedia o 25 de Abril mas, não tendo essa possibilidade eu tinha a noção exacta de que não era possível. Hoje sei apreciar a vida política nacional e internacional com uma grande facilidade e a nível local porventura ainda melhor porque de facto o que me dá uma certa capacidade de intervenção.

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Susana - Sendo Guimarães, uma cidade histórica por excelência,  sente alguma pressão especial em relação á preservação do património?

Presidente  –  Sim. Esta pergunta pode ser encarada segundo duas perspectivas. Há uma perspectiva do património histórico de Guimarães, do património construído, que tem um estatuto de tal ordem assegurado que não nos dá grandes dores de cabeça, estou a falar dos monumentos nacionais, esses não estão sobre a alçada da Câmara, apesar de enfatizar o valor do património de Guimarães, como exemplos temos: o castelo, paço dos duques, algumas igrejas. Por outro lado existe outro conjunto de monumentos que apesar de não terem uma história tão emblemática como os restantes têm um valor arquitectónico excepcional, que é o caso do local classificado do antigo espaço muralhado da cidade de Guimarães, que são 22 hectares, e que foi reabilitado desde há 20 anos, possibilitando-nos de facto fazer uma candidatura ao património mundial e sermos classificados pela UNESCO com este estatuto. Isto de facto exige de nós uma pressão permanente, de modo a que nós saibamos o que é possível continuar a fazer para que não tenhamos dores de cabeça relativamente ao seu futuro.

Priscila – Quais têm sido as acções mais importantes da Câmara para a preservação do património?

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Presidente – Os meus 14 anos como vereador deram-me responsabilidade, experiência e sensibilidade não só no que toca aos domínios políticos, mas também no que diz respeito ao património. Até à década de 80 em Guimarães, os recursos das autarquias eram muito reduzidos onde a nossa sorte era a desgraça do espaço, (dado que essa desgraça eram as fragilidades do património que se reflectiam no aumento das verbas à Câmara), portanto não eram apetecíveis os empréstimos numa altura em que começou a haver dinheiro. O facto do centro histórico estar muito estragado e muito problemático relativamente àquilo que era a condição física dos seus edifícios. No entanto, apesar de não estar adulterado, e essa não adulteração, permitiu a reabilitação e a candidatura 15 ou 20 anos depois, essa candidatura foi de facto bem aceite e é hoje muito estimada na UNESCO e isso de facto é para nós uma bandeira grande. Actualmente continuamos na zona tampão, pois existe um espaço que é classificado e que vai (que só está em 22 hectares) do Toural até ao Castelo Paço dos Duques, que era um espaço muralhado e agora só há sinais de muralhas nalguns sítios bem evidentes, noutros nem por isso, mas à volta há mais 100 hectares que são a zona de protecção cujas características construtivas são similares ou não são atentatórias daquilo que é o espaço classificado, algumas delas são similares, como a rua D. João, a rua Bento Cardoso, a rua de Camões, a rua da Liberdade, a Francisco Agra são todos espaços que têm uma configuração construtiva semelhante àquilo que o espaço classificado tem, mas não tem a intervenção cuidada que o espaço já teve e portanto estamos a fazê-lo agora através da intervenção por quarteirões. . O mais evidente é aquilo que se faz no Vila Flor, que era um barracão, um palácio muito degradado e portanto agora as intervenções não tem a dimensão daquilo que foi feito no outro espaço histórico qualificado tem a dimensão da intervenção dos quarteirões, por exemplo, este espaço de protecção vai até ao estádio.

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Na altura da reabilitação do estádio, nós reabilitamos dentro das características construtivas que ali estava, reabilitamos a zona do novo mercado, portanto não temos capacidade para trazer tudo de uma vez, mas estamos a fazer a intervenção por quarteirões de modo a que pelo menos o espaço de protecção do centro histórico tenha a reabilitação que complementará aquilo que iremos realizar no centro histórico.

Joana – Agora Em relação ao programa eleitoral do BE, o que achou da proposta da criação de um parque de estacionamento subterrâneo no Largo do Toural,  tendo em conta a importância histórica do local?

Presidente – O BE nessa matéria faz uma proposta que vai ao encontro das apetências dos comerciantes do espaço classificado mas que na prática era uma proposta impossível. Nestes espaços não depende da vontade política da câmara nem da assembleia municipal, o executar duma obra dessas. Nós pusemos de facto esse projecto á discussão pública e no referendo público este obteve 84% daqueles que se fizeram pronunciar contra. Mas havia ali um núcleo duro que de facto era apelativo para esse projecto, mas esse projecto não era viável, porque esse espaço implica uma autorização duma entidade nacional, foi-nos logo dito que pelas características de proximidade da antiga muralha, a muralha passava na parte Norte do actual Toural.

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Quisemos fazer também um parque no largo de João Franco, mas também não conseguimos, e portanto concluímos que é uma proposta sem objecto. É possível propô-la, é preciso autorizá-la, é possível ganhar alguns votos com a proposta, mas a verdade é que a execução da mesma não é possível. O que estamos a encontrar é a complementaridade na periferia, pois o problema é que, o que é periferia para nós em Guimarães e que parece distante daquilo que se quer, no Porto ou em Lisboa, se calhar também em Braga que está ali á mão de semear. Portanto a escala da nossa cidade e a escala mental dos nossos cidadãos ainda é um obstáculo grande a estas soluções. Nós vamos fazer um parque de estacionamento entre a rua D. João e a rua de Camões, a 50 metros, 70 metros do parque do Toural que não tem estragos e é autorizada pelo GESPAR, que resolverá razoavelmente na opinião dos que querem o parque no Toural. Mas também é bom que se diga, que a lógica do que aí vem é que o automóvel vai ser uma coisa complicada e vai ser praticamente impossível manter o estatuto que temos, tendo em conta o automóvel. De futuro com a diminuição dos combustíveis fósseis e com o aumento dos preços, os problemas gerados pelos carros serão minimizados. Também temos 3 parques de estacionamento projectados, candidatados e com apoio já concedido para os carros eléctricos. Nós temos um projecto com a Universidade do Minho que aponta para termos em 2012 alguns carros (20 ou 25) carros eléctricos e a câmara assumiu a responsabilidade de fazer 3 parques de estacionamento, esses parques de estacionamento são fáceis de conceber.

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Um parque junto da Universidade, outro junto do centro histórico, e outro junto da estação, e esses parques são pequenos, no entanto têm de conter as condições necessárias para quando chegar lá o automóvel ter a possibilidade de carregar a bateria para que possa posteriormente voltar a funcionar, porque de facto a autonomia desses automóveis, mesmo em 2012, será muito frágil. Estando este projecto inserido num dos objectivos da Câmara.

Susana – Quais têm sido os benefícios para a cidade e a região desde que o centro histórico foi eleito património da humanidade?Presidente – Têm sido várias, sobretudo ao nível da dimensão do projecto turístico de Guimarães e desta região, as pessoas gostam. Ainda ontem nós tivemos aqui uma Cimeira Ibérica, relacionada com as centrais sindicais dos dois países. Ontem á noite depois do jantar oficial, eu trouxe algumas pessoas que quiseram vir aqui ao centro histórico que não era muito apelativo, porque o dia não estava excelente, era um dia mortiço, mas a verdade é que as pessoas ficam encantadas. E desde que constou no site da UNESCO a designação de “Guimarães Património da Humanidade” o turismo subiu em flecha.

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Portanto tudo o que é neste momento hotelaria, similares de hotelaria, e artesanato, sobretudo estas 3 facetas da vida social dos cidadãos de Guimarães, deu um salto qualitativo excepcional, os bordados, as cantarinhas dos namorados, as coisas que dizem respeito a Guimarães, a gastronomia, tudo isso que tem qualidade, tudo isso deu um salto qualitativo e neste momento nós já temos cerca de 5% das pessoas a viverem ou do turismo ou associados àquilo que é actividade turística em Guimarães. Em relação ao sector terciário, este deu um salto qualitativo, aliás desde que no site da União Europeia apareceu que Guimarães é capital europeia da cultura em 2012 o salto é ainda maior. O turismo tem esta vantagem, este turismo de qualidade não é sazonal, é um turismo que abarca um período maior. Não tem longos picos, naturalmente, os picos continuam a ser os mesmos, mas a verdade é que nós desde Abril até Outubro, que este ano esteve excelente. Tivemos de facto uma procura excepcional de turismo, ao contrário do que aconteceu noutros pontos do país, em que ele caiu percentualmente. Os turistas estão a seguir uma linha de transição daquilo que eram conceitos turísticos tradicionais. O sol e praia, hoje não são tão apelativos quanto já o foram para uma camada grande de pessoas com alguma capacidade aquisitiva, com dinheiro, que é o que nos interessa. A nós não interessa que venham cá muitas pessoas, interessa -nos que venham as pessoas que têm capacidade de poder ficar, comer, passear, comprar coisas, porque mostrar o que nós temos só por si não conta, o que conta é que esta actividade nos permita diversificar um pouco a grande fragilidade que tem Guimarães e esta região.

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Sempre que há uma região que vive sobretudo de uma indústria, chamada mono indústria, seja qual for, corre riscos tremendos, porque se essa indústria entra em crise, como aconteceu agora e como ela não é plurifacetada, pondo em causa a actividade do cidadão. Então se uma indústria dessas começa a correr mal, as coisas mudam. Foi o que aconteceu com a nossa indústria têxtil de vestuário, a grande parte das nossas pessoas vivem desse vestuário e depois com a construção civil. Por outro lado o turismo é uma pequena alavanca que serve para atenuar um pouco este efeito e é o que está a acontecer. Temos como exemplos o caso da China e de Espanha que têm apostado em outras actividades que não o turismo, e podemos ver que este actualmente tem gerado muitos frutos em várias regiões.

Priscila – Tendo  sido  Guimarães  eleita  capital  europeia  da  Cultura  2012,  que acções estão previstas no sentido do promover e dinamizar o património histórico da cidade?

Presidente – A capital europeia da cultura tem duas valências, a valência física e a imaterial. A valência física é uma componente da candidatura, visto que obedece a uma candidatura em que se diz o que se vai fazer e portanto essa valência física assenta de novo na reabilitação urbana, mas com uma componente nova, a reabilitação e regeneração.

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Isto quer dizer o seguinte, considerando o seguinte exemplo, se eu tenho aqui um pardieiro em função do tempo e o reabilitar de novo para ter um convento, eu reabilitei. Se eu o reabilitei e lhe dei outra função eu regenerei e portanto aquilo que é a valência principal que tem por suporte orçamental de 70 milhões de euros da capital europeia da cultura assenta na reabilitação sobretudo das zonas que estão na periferia do centro histórico e essa já está reabilitada. Então nós temos parte da reabilitação, que vai ser reabilitação “tout court”, só reabilitação, mas o grande bolo da reabilitação é simultaneamente reabilitação e regeneração que tem a ver com a zona de couros. A zona de couros é uma espécie de sarcófago, morreu, teve couros, já não tem, tudo caiu. São 10 hectares, é muito espaço e portanto nós queremos fazer desse espaço, um espaço reabilitado e regenerado dando-lhe funções que não é a dos couros, mas que é algo mais, que em junção dos esforços com a universidade do Minho, que tem um papel de campo universitário, estando por isso quase pronto o centro de Ciência Viva. Tem uma âncora que é uma pousada de juventude, de um jardim-de-infância e de um centro de dia e depois uma creche que também faz falta nestas reabilitações. O centro de Ciência Viva já está praticamente pronto, e talvez será inaugurado na Páscoa. Depois temos a reabilitação normal do espaço público, da rua, dos caminhos e depois temos uma grande fábrica que vai ter uma escola de formação profissional, que terá um centro de design e um outro centro que já não me recordo bem, mas que ficará sobre a alçada da universidade do Minho. Para além disso há reabilitações que já se estão a fazer. Os próprios proprietários percebendo que há uma revolução também vão tentar arranjar soluções para isso.Escola Secundária

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Esse é um outro projecto. Mais um dos objectivos é mudar a feira semanal, reabilitando a colina sagrada, que é a zona envolvente do Castelo, do Paço dos Duques e da capela de S. Miguel. Já reabilitamos uma parte, nomeadamente o Largo do Carmo que foi inaugurado a 5 de Outubro e já faz parte da reabilitação que queremos até 2012. Mas a zona envolvente, lá mais para trás é mais difícil e ainda mais atrasada porque é preciso tirar de lá a feira semanal, então vamos fazer a feira semanal noutro sítio da cidade com alguma polémica, com alguma confusão mas de facto é necessário fazê-lo, vai também para a zona do actual mercado e reabilitamos todo aquele quarteirão, ali entre a rua da Liberdade e a rua D. João e depois reabilitamos com a GESPAR. Com este organismo de dimensão nacional, que connosco vai reabilitar a zona que ainda não está reabilitada. Depois vamos reabilitar também a veiga de Creixomil, numa componente diferente mas que também de algum modo corresponde aquilo que é o espaço de lazer exterior, aquilo que é o espaço urbano, mas tendo um contacto e tendo em conta aquilo que é um espaço nobre em termos agrícolas que é o caso da Veiga de Creixomil, e vamos reabilitar a Rua de Sto. António, o Toural, a Alameda e um bocadinho do Norte da avenida da Republica do Brasil que tem ao fundo a igreja do Gualter. . Estes são os projectos de reabilitação física, 70 milhões de euros no orçamento. Na outra parte que é a componente imaterial. O que vamos fazer em 2012, com os espectáculos e as exposições com os grupos e a promoção. Isto está entregue a uma fundação, a fundação cidade Guimarães que tem figuras grandes do país, no que diz respeito á cultura. No dia 18 de Dezembro temos como objectivo aprovar as linhas mestras daquilo que vamos fazer até 2012.

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Susana – Pode falar só mais um bocado sobre a pressão em relação á questão da preservação do património local?

Presidente – Bem, isto tem duas leituras. A princípio as pessoas não queriam que nós interviéssemos porque lhes estragávamos o negócio e compreende-se. Mas a gente não pode estar voltado para isso. Quem tiver esta leitura morre, não há a mínima hipótese, e depois disso quando as coisas estão mais ou menos encaminhadas aqueles que contestaram já são os defensores da tese, primeira questão. Segunda questão, a pressão agora passa a dois níveis. As pessoas têm umas casas e gostavam de as recuperar, mas a recuperação dos modos em que é exigido fazê-lo, num espaço classificado são muito caras. E depois pressionam a câmara, para esta fazer, mas esta só tem um instrumento que usa sempre que pode, e é um instrumento interessante que é o RECRIA, este implica que tenhamos a casa alugada, mas a verdade é que já recuperamos dezenas de casas com o apoio desse instrumento. O apoio RECRIAH é interessante para os cidadãos porque este instrumento faz com que eles paguem na prática um terço, isto é, um terço da câmara, um terço do governo e um terço do proprietário da casa, isto tem resultado em muitas situações. Há outras que não têm condições para o RECRIA, as pessoas também não têm dinheiro pois têm uma grande dificuldade, esta é que é a questão e a pressão sente se de facto por aí.

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Mas nós não temos alternativa. Houve um incêndio á pouco na rua de Camões, na verdade é que se formos capazes de aplicar o RECRIA vamos ajudar, se não o formos capazes de aplicar nós não estamos em condições legalmente de poder resolver o problema. Depois também há uma pressão no que diz respeito à alteração, à mudança e ao facilitismo, isso é verdade, mas quem quer o estatuto que nós temos, que tem um preço alto, para quem tem os imóveis neste espaço, não há nenhuma dúvida porque eles têm fragilidades ao nível daquilo que é a vida contemporânea. Há fragilidades no que diz respeito ao acesso ao automóvel pois é de difícil aparcamento, mas é assim que o estatuto do centro histórico classificado perde as características que tem que permanecer senão “matamos a galinha dos ovos de ouro”, portanto nós não podemos deixar alterar no entanto não depende só da câmara, depende do tal instituto do GESPAR, logo essa pressão passa-nos á margem. Eu penso que no futuro, pelo menos no que diz respeito á habitabilidade destas casas, ou se tomam medidas que permitam facilitar as coisas no interior das casas ou então elas vão cair. Mas até agora a legislação portuguesa, não nos permite.

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4. Actividade – Pesquisa na bibliotecaNo decorrer do primeiro período foi-nos proposta uma actividade, pelo professor desta

disciplina, que consistia em aprender a registar as referências bibliográficas de obras impressas, de obras não impressas, e de um artigo. Obras impressas são os livros, as obras não impressas são os filmes, os vídeos DVD ou VHS, e também os registos sonoros, e um artigo pode vir de um jornal ou de uma revista. De seguida, o grupo dirigiu-se á biblioteca da escola, e escolheu um livro, um vídeo DVD ou VHS, um CD de música, para retirar os dados mais importantes, como quem é o autor, qual a data de publicação, qual o título, a edição, o local de publicação, a editora, entre outras referências. Esta actividade foi interessante, pois assim, num trabalho que venhamos a fazer no futuro, e precisemos de referenciar algum livro ou música, saberemos registar os dados correctamente e de forma ordenada.

Livro:  Sparks, Nicholas. (2005). Quem Ama Acredita. 10ª edição, Lisboa: Editorial Presença;DVD: O Negociador. Los Angeles: F. Gary Gray, 1998. 2:35:01;CD: Veloso, Rui – A Espuma das Canções. Lisboa. EMI Music, 2005. 1 disco (CD áudio);Artigo: A, LM, Aliens do Mar, Super Interessante, Fevereiro de 2010.

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5. Entrevista à directora do Museu Alberto de Sampaio

1 - Quem foi Alberto Sampaio?

2 - Quais os momentos mais significativos na evolução desta instituição?

3 - De que forma é que o museu interage com a comunidade em geral e com as escolas

em particular?

4 - Dentro do diverso património que é gerido pelo museu Alberto Sampaio, qual é a

vertente que atrai mais público?

5 - Quais os aspectos negativos que considera que a instituição apresenta?

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6 - Qual será o papel do museu no projecto de “Guimarães, capital europeia da

cultura”?

7 – Agora que o museu Alberto Sampaio enfrenta um novo desafio (com a

construção de uma extensão do museu), quais são os projectos para o futuro?

8 - Quais acha que foram as actividades mais importantes como directora deste

museu?

9 - Sente-se realizada com o trabalho como directora do museu?

10 - Já que está á frente deste museu há 10 anos deve ter certamente histórias

engraçadas á cerca dele. Para finalizar, quer contar-nos uma dessas histórias?

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6. Mails e marcaçõesDe: Joana Filipa Moreira VazPara:Emilia Correia No seguimento da carta que enviei para a Câmara Municipal de Guimarães para requerer uma visita guiada ao Património Histórico Vimaranense, venho por este meio solicitar a marcação da mesma para o dia 11 de Janeiro de 2010 (segunda-feira), às 15 horas, com início na Câmara Municipal. O grupo para esta visita é constituído por 20 pessoas.Pretendemos realizar esta visita, visto que no âmbito de Área de Projecto estamos a desenvolver um tema intitulado "Memórias de Tempo Idos". Este projecto tem como principal objectivo reavivar os monumentos existentes nas cidades e concelhos de Guimarães e Famalicão, e dá-los a conhecer à comunidade estudantil.Para tal, realizaremos várias entrevistas, visitaremos os locais históricos para os fotografar e filmar, para depois fazermos uma exposição fotográfica, um roteiro turístico, entre outras actividades.Aguardo atenciosamente a sua resposta. Com os melhores comprimentos,Joana Vaz

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Bom dia,

Em resposta ao Vosso e-mail e a Vossa carta e tambem tal como tinhamos falado telefonicamente a visita ao Centro Historico, fica agendada para o dia 11 de janeiro de 2010 ás 15h00, com início na Câmara Municipal de Guimarães. Mais informo que estarei ao Vosso inteiro dispor para quaisquer esclarecimentos adicionais.

Com os melhores cumprimentos,

Emília Cunha

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2º Período

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1. Como fotografar

No seguimento da realização da visita de estudo e como forma de nos

prepararmos para a realização da exposição fotográfica, realizaram-se um

conjunto de aulas onde abordamos a temática: como fotografar. O professor

ensinou-nos a apanhar os melhores ângulos, a contrastar os objectos

fotografados com a luz ou com outros elementos que dêem um bom aspecto á

fotografia. Estas aulas tornaram-se bastante úteis pois conseguimos aprender

a melhor forma de fotografar e como tirar o melhor proveito de uma

paisagem.

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2. Visita guiadaNo âmbito da disciplina de área de projecto e no enquadramento do tema “Memória

de Tempos Idos”, no dia 11 de Janeiro de 2010, pelas 15 horas realizou-se uma visita

guiada ao centro histórico de Guimarães, proporcionada pelo posto de turismo, sob a

alçada da câmara de Guimarães. Nesta visita uma parte dos alunos mostrava-se

bastante dispersos sem vontade de realizar a visita e poder conhecer o património, por

outro lado, alguns elementos da turma mostravam-se bastante interessados na visita.

O nosso grupo com esta actividade pretendia que todos os alunos envolvidos no

projecto pudessem contactar de perto com os monumentos e que pudessem ainda

tirar fotografias para a exposição fotográfica que se irá realizar posteriormente. A visita

iniciou-se com a explicação da guia sobre o modo como iria decorrer e os locais que

iríamos visitar. Assim, partimos rumo à Rua de Santa Maria, onde se iniciou esta viagem

pela história, pela tradição e pela cultura da cidade de Guimarães.

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Por volta das 15 horas encontravam-se junto à câmara de Guimarães os alunos e o professor de área de projecto, João Freitas, que aguardavam pela vinda da guia para se iniciar a visita, de realçar o facto de alguns alunos ainda não estarem presentes no local. A nossa visita iniciou-se com a explicação da guia acerca do que iríamos visitar, quais os monumentos que iríamos observar e qual a importância do património histórico para a cidade de Guimarães, realçando qual era o papel do turismo na cidade e como este têm vindo a crescer. Da câmara partimos rumo à rua Santa Maria, uma das mais importantes da idade Média e onde moravam pessoas importantes da governação daquela época, a guia explicou-nos que esta foi uma da primeiras rua abertas em Guimarães, pois destinava-se a ser um elo de ligação entre o convento fundado por Mumadona, rodeado pela parte baixa da vila, e o Castelo situado na parte alta da vila. É já referenciada por este nome em documentos do séc. XII, embora ao seu troço superior fosse dado o antigo nome de Rua da Infesta. Ao longo do seu percurso encontramos vários testemunhos arquitectónicos do seu passado: o Convento de Santa Clara, a Casa do Arco, a Casa dos Peixotos e a Casa Gótica dos Valadares, e tantos outros que lhe dão uma identidade própria e características na cidade de Guimarães. Altamente arejada e onde o sol penetra facilmente esta foi uma das ruas que mais gostamos de visitar pela sua beleza e encantamento.

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Após a visita e a explicação da guia em relação a esta cidade prosseguimos a nossa visita e desta vez dirigimo-nos à Praça de Santiago, a guia começou por nos explicar que este era uma praça que continha uma capela muito importante e contou-nos a história de que uma imagem da Virgem Santa Maria foi trazida para Guimarães pelo apóstolo S. Tiago, e colocada num Templo pagão num largo que passou a chamar-se Praça de Santiago, referiu que esta praça é bastante antiga e que aqui estava situada uma pequena capela alpendrada do séc. XVII dedicada a Santiago que foi demolida em finais do séc. XIX. Os alunos enquanto apreciavam a praça repararam que existiam umas inscrições no chão pelo que perguntaram à guia o que significavam e neste seguimento esta lançou-nos um desafio que consistia em nós próprios descobrirmos o que significavam. Depois de várias pesquisas os alunos não conseguiram descobrir o que significavam, enviando um email à guia a relatar o facto e a solicitar a resposta correcta, mas não obtiveram qualquer resposta. A nossa visita prossegui com a ida para o Largo da Oliveira, neste podemos encontrar a igreja da Senhora de Oliveira. Neste largo a guia contou-nos uma história interessante acerca de uma janela da igreja em que podíamos observar várias figuras, sendo que a que provocou um maior destaque foi a de um boneco a tapar a boca.

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A guia explicou-nos que estes bonecos eram símbolo de que quem fosse à missa não poderia levar “maus pensamentos”, nem “pensamentos perversos”, incutindo nas pessoas a ideia de que iriam para um local sagrado e não podiam levar estes pensamentos. Encontramos ainda perto da igreja o antigo edifício da Câmara Municipal de Guimarães e constatamos que este ainda se encontra bastante bem conservado. A nossa viagem pela história de Guimarães continuou na rua Egas Moniz, esta rua provocou um pouco de medo aos alunos pois é bastante escura e caracteriza-se por ser uma das ruas mais “perigosas” da cidade, havendo aqui um local provisório da polícia municipal. Nesta rua encontramos várias encruzilhadas de ruas, sendo que uma iria dar a uma antiga casa de Alterne. A guia explicou-nos ainda que esta a precisar de ser reabilitada e que uma das maiores preocupações da câmara pois existe alguma delinquência. Prosseguimos a nossa aventura para a Rua Rainha D. Maria II, onde vimos que esta é caracterizada pelas casas serem todas de um aspecto uniforme e que caracterizam a antiga arquitectura utilizada em Guimarães, podemos ver ainda que a maior parte das casas estão reabilitadas, havendo, contudo, algumas ainda por reabilitar.

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Por fim visitamos o Largo D. João Franco, neste local encontramos um edifício onde esteve o Papa João XXI, que era Português. Ficamos a saber ainda que é também uma das sete portas da muralha de acesso ao interior da cidade de Guimarães que envolvia o castelo. Este largo caracteriza-se por ser bastante arejado e belo.A nossa longa viagem acabou na “paragem de saída”, o Largo João Franco, onde a guia nos perguntou se tínhamos ou não gostado e onde fizemos ainda um balanço da visita realizada, por volta das 17 horas e trinta minutos os alunos e o professor regressavam ao local de partida.

Após a realização da visita o balanço que podemos fazer é positivo, pois com esta podemos aprofundar os nossos conhecimentos em relação à cidade, podemos perceber o que está a ser feito em relação ao património e podemos ainda perceber a importância que o património assume em cidades como a visitada.

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Podemos afirmar que de um modo geral o património histórico de Guimarães está bem preservado. Conseguimos compreender que a Câmara esta a realizar um notável trabalho neste domínio, tendo tomado medidas de preservação e de reabilitação de alguns monumentos e ruas. Está a ainda tentar mostrar às pessoas que este é muito importante para a cidade e que é importante haver um trabalho “colectivo” por parte de todos, quer pelos governantes quer pelos cidadãos, tentando sensibilizar e mobilizar os cidadãos para a sua preservação. Constatamos ainda que este sector para a cidade se trata de um factor de desenvolvimento. Após a candidatura de Guimarães como capital Europeia da Cultura, o sector do turismo evolui significativamente, o que se torna numa mais-valia e o que faz desenvolver a cidade, acabando com algum do desemprego existente e o que faz aumentar as receitas. Concluímos ainda que este sector é uma das grandes apostas para o futuro desta cidade, tendo o património um lugar de destaque. Em suma, podemos dizer que esta visita foi agradável e que nos trouxe novos conhecimentos e experiencias que nos servirão de muito para o projecto.

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3. Definição do jogo para o roteiro

• 6 Puzzles

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Mosteiro de LandimMosteiro de ArnosoCasa de Camilo

3 p/ V.N. Famalicão

3 p/ GuimarãesCastelo GuimarãesCentro Histórico: casas medievaisCitânia de Briteiros

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A caixa dos puzzles deverá conter:

• 1 mapa com a localização dos monumentos;

• 6 invólucros, cada invólucro referente a cada

puzzle.

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No invólucro de cada puzzle, referente a

cada monumento, devem constar as peças

do puzzle e um CD (ou com filme ou só de

áudio, com a informação geográfica,

histórica e mítica referente ao monumento

em questão).

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“Do Contra”• Anabela da Silva Peixoto, nº5• Flávio Rafael Fernandes

Marques, nº8• Joana Filipa Moreira Vaz, nº10• Priscila Agra Melo Machado,

nº14• Susana Cristina Abreu Moreira,

nº18