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Século XVIII
Curiosidade científica
Sistematização das
observações
Método Experimental+
Quantificação/ Aplicação da Matemática
Revolução Científica
Desenvolvimento das
Ciências
Mentalidade Racional
Gosto pelo saber
Iluminismo
• Ao dealbar do século XVIII, a elite intelectual europeia
julgava-se a caminho de um futuro melhor. Os brilhantesresultados obtidos pelo experimentalismo tinhamconduzido à convicção de que o raciocínio humano era umdom prodigioso, com potencialidades quase ilimitadas.
• A crença no valor da Razão como motor do progressorapidamente extravasou o campo científico para se aplicarà reflexão sobre o funcionamento das sociedades em geral.
• Acreditava-se que a Razão seria a Luz que guiaria aHumanidade.
Iluminismo
• O século XVIII é, por excelência, na Europa, o «século das Luzes». Como movimento cultural, o iluminismo expressava uma nova forma de conceber o ser humano, conferindo um inegável valor às faculdades intelectuais do homem. Mais do que uma filosofia, o iluminismo constituía uma mentalidade, uma concepção unitária do mundo e da vida, cujo aspecto fundamental se traduzia numa fé extraordinária nas forças da razão, que seria capaz de resolver definitivamente os problemas da vida, da ciência e do homem.
Iluminismo
• A razão crítica seria a principal responsável pela condução do espírito em direcção às grandes verdades, que fariam do homem um ser autónomo, pensante e actuante.
Iluminismo
• A fé na ciência, isto é, o «cientismo» constituiu um dos aspectos essenciais do movimento. A ciência teve, aliás, um papel de relevo no movimento filosófico do «Século das Luzes», assumindo-se como um agente poderoso de progresso social pelo facto de permitir uma melhoria considerável das condições de vida do homem. Os progressos científicos verificados ficaram, incontestavelmente, a dever-se a uma confiança quase ilimitada nas possibilidades infinitas da inteligência humana.
Iluminismo
• Segundo os filósofos iluministas, o homem vivera, até então, na obscuridade, nas trevas. Seria, portanto, necessário libertá-lo, iluminando-o, de forma a que pudesse ainda desfrutar das vantagens do progresso. A difusão do iluminismo criava, inclusivamente, uma fé imensa no progresso de toda a humanidade.
• O espírito e a filosofia das luzes são fundamentalmente burgueses: exprimem as aspirações de um grupo social que, apesar de controlar o grande comércio, de investir, de criar novas formas de riqueza, se via apartado da vida política dos Estados em benefício da nobreza.
Iluminismo
As principais características do Iluminismo são: • Valorização da razão, considerada o mais importante instrumento para se
alcançar qualquer tipo de conhecimento; • Valorização do questionamento, da investigação e da experiência como
forma de conhecimento tanto da natureza quanto da sociedade, política ou economia;
• Crença nas leis naturais, normas da natureza que regem todas as transformações que ocorrem no comportamento humano, nas sociedades e na natureza;
• Crença nos direitos naturais, que todos os indivíduos possuem em relação à vida, à liberdade, à posse de bens materiais;
• Crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do clero;
• Defesa da liberdade política e económica e da igualdade de todos perante a lei;
• Crítica à Igreja Católica, embora não se excluísse a crença em Deus.
FILHO, Milton B. B. História Moderna e Contemporânea. São Paulo, Scipione.1993
• As ideias dos pensadores iluministas ingleses encontraram grande aceitação na França do século XVIII, onde atingiram o seu auge. Investigando problemas políticos, religiosos e culturais, os franceses procuraram idealizar uma sociedade na qual houvesse liberdade e justiça social.
• Dos franceses, Voltaire (1694-1770) foi o maior dos
filósofos iluministas e um dos maiores críticos do Antigo
Regime e da Igreja. Defendeu a liberdade de
pensamento e de expressão.
Como forma de governo, era a favor de uma
monarquia esclarecida, na qual o governante fizesse
reformas influenciado pelas ideias iluministas.
•Outro crítico do Antigo Regime foi
Montesquieu (1698-1755), que propunha
a divisão tripartida do poder: poder
executivo, poder legislativo e judicial,
mantendo-se os três em equilíbrio
permanente.
•Escreveu “O Espírito das Leis” e “Cartas
Persas”. Defendeu ainda a posição de que
somente as pessoas de boa renda
poderiam ter direitos políticos, ou seja,
direito de votar e de candidatar-se a
cargos públicos.
•Rousseau (1712-1778), outro pensador
francês, distinguiu-se dos demais
iluministas por criticar a burguesia e a
propriedade privada. Considerava os
homens bons por natureza e capazes de
viver em harmonia, não fosse alguns terem
se apoderado da terra, dando origem à
desigualdade e aos conflitos sociais.
Propunha um governo no qual o povo
participasse politicamente e a vontade da
maioria determinasse as decisões
políticas. Expôs suas ideias principalmente
em duas obras: “O Contrato Social” e
“Discurso Sobre a Origem da
Desigualdade.”
Iluminismo
Contrato Social e Separação de Poderes
• À estrutura da sociedade de ordens, os iluministas contrapõe uma sociedade assente nos direitos naturais do homem: igualdade liberdade.
• É através do contrato social que o povo, delega no soberano a possibilidade de governo, desde que, este a exerça no supremo interesse dos governados.
• Ainda que legitimado pelo contrato social, o poder político não poderia cair no despotismo, daí a proposta da divisão de poderes.
Humanitarismo e Tolerância
• Os iluministas insurgiram-se contra os atropelos à dignidade moral, efectuada pelo direito penal – Cesare Beccare Sobre os Delitos e as Penas.
• Outra bandeira das luzes foi a tolerância religiosa: reforço da defesa da liberdade de consciência.
• Defesa da separação entre a igreja e o Estado.
• Crença no deísmo.
• Combate à intolerância, ao fanatismo e à superstição, características das trevas e não da luz irradiada pela Razão
Contexto Intelectual da Época moderna
•Crença na excelência doespírito humano• Prática da observação/Experimentação• Racionalismo
•Progressos técnico-científicos•Filosofia de Locke: busca da felicidade na base da tolerância
ILUMINISMO•Primado da Razão na compreensão domundo•Visão optimista do destino da Humanidade
Contestação da Tradição Defesa do Progresso
• Privilégios e distinções sociais
• Origem divina do poder
• Concentração do poder
• Fanatismo, dogma e tradição
• Direito natural
•Contrato social
•Soberania popular
•Divisão de poderes
•Tolerância religiosa
Meios de divulgação do IluminismoEnciclopédia
Ou Dicionário
Racional das Ciências e das artes
Esta volumosa obra, organizada pelos iluministas Diderot e D’Alemberte escrita por grandes pensadores e cientistas, sintetizava o conhecimento e as ideias vigentes na época. Súmula das realizações dos séculos XVII e XVIII, os seus artigos permitiram um contacto fácil e rápido com os avanços da ciência e da técnica e com o mundo das ideias do Iluminismo.
Salões Em meados do século (…) Fontaenelle, Montesquieu e outros encontravam-se no salão de Madame Tencin: No salão dela deixaram de ter importância questões relativas ao estatuto e à classe social (…) e apenas os melhores argumentos venciam os mais fracos
Ulrich Im Holf, A Europa no Século das luzes, Ed. Presença
Cafés Contam-se em Paris seiscentos ou setecentos cafés(…). Alguns funcionam como ponte de reunião académica; aí se julgam os autores; aí se constrói a sua posição e valor(…)
Sébastien Mercier, Quadros de Paris
Imprensa Permitiu a rápida e mais barata impressão de livros, dos quais se destaca L'Encyclopèdie.
Projecto Pombalino de Inspiração
Iluminista
• A intenção de centralizar o poder está na base da modernização do Estado.
Junta do Comércio (1755)
Erário Régio (1761)
Junta da Providência Literária (1770)
Reforço da cobrança das receitas do estado
Reorganização dos tribunais e disciplina da organização militar
Projecto Pombalino de
Inspiração Iluminista• O terramoto de 1755 e a reconstrução de Lisboa com base
num urbanismo moderno
• O plano arquitectónico de Manuel da Maia e Eugénio dos Santos traduziu-se numa planta quadriculada e com características uniformizadas onde as ruas eram paralelas entre si e perpendiculares ao rio.
• As ruas estavam dotadas com sistemas de esgotos, águas pluviais e de saneamento.
• Os edifícios tinham um estilo semelhante, eram sóbrios e harmoniosos, geralmente compostos por três a quatro andares, sendo o rés-do-chão reservado ao comércio.
Planta da cidade de Lisboa antes do terramoto e com os novos arruamentos (c.1760)
O conjunto , do mais puro racionalismo iluminista, abria-se sobre o Tejo através da grandiosa Praça do Comércio
Projecto Pombalino de
Inspiração Iluminista
• Considerando a ignorância o maiorentrave ao progresso dos povos, afilosofia iluminista colocou o ensinono centro das preocupações dosgovernantes.
Reformas do Ensino
• Constituição de uma vasta rede de escolas públicas (ensino primário).
• Fundação das Escolas Régias para o ensino das Humanidades -Gramática, Retórica, Grego e Filosofia).
• Fundação do Real Colégio dos Nobres.
• Fundação da Aula do Comércio.
• Reformulação da Universidade de Coimbra e extinção da Universidade de Évora.
• Aplicação de novos métodos de ensino de acordo com as indicações de Luís António Verney.
Estas reformas constituem o primeiro passo na laicização do ensino
Reformas do Ensino
Continente
Ilhas Ultramar
Total
Mestres de ler
440 15 24 479
Latim 205 10 21 236
Grego 31 3 4 38
Retórica 39 3 7 49
Filosofia 28 3 4 35
Total 837
1ano
2 ano
3 ano
4
ano
5 ano
6 ano
Soma
Teologia 7 7 -
Cânones/ Leis 143
100
10
18
58
21
360
Medicina 8 2 - - 3 1 14
Matemática 5 - - - - - 5
C. Filosófico - - - - - - --
Somas
163
102
14
20
83
11
193