23
Trabalho realizado por: Arménio Pimenta Nº 52115

Luis Buñuel - Trabalho de CM

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Trabalho do aluno, Arménio José dos Santos Lameirão Pimenta, nº 52115 da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Citation preview

Page 1: Luis Buñuel - Trabalho de CM

Trabalho realizado por:

Arménio Pimenta

Nº 52115

Page 2: Luis Buñuel - Trabalho de CM

BIOGRAFIA

NOME: Luis Buñuel Portolés

Nasceu a 22 de fevereiro de 1900, na aldeia de Calanda, Teruel,

Espanha.

Morreu a 29 de julho de 1983 (83 anos), Cidade do México.

PROFISSÃO: Diretor, produtor e realizador de cinema

espanhol, nacionalizado mexicano.

Page 3: Luis Buñuel - Trabalho de CM

BIOGRAFIA

Luis Buñuel era filho de Leonardo Buñuel González, proprietário abastado que

fizera fortuna em Cuba com um negócio de ferragens, e de María Portolés

Cerezuela, "a rapariga mais bonita e saudável da aldeia". Luis Buñuel era o mais

velho de sete irmãos e irmãs, com quem teve uma infância feliz, saudável e

despreocupada, em contacto com a rica natureza campestre da sua terra. Teve,

desde cedo, uma grande sensibilidade em relação ao inusual e ao extraordinário, e

facilmente se encantava com animais, plantas e fenómenos naturais, que observava

atentamente, imbuído de uma religiosidade pagã. Foi também na infância que

adquiriu um enorme fascínio pela morte, quando inadvertidamente, deparou com

um burro putrefacto numa valeta.

Page 4: Luis Buñuel - Trabalho de CM

BIOGRAFIA

Em 1908 viu o seu primeiro filme num cinema de Saragoça. Estudou num colégio

de Jesuítas, cuja influência se faria sentir para o resto da sua vida. Com a

adolescência, perdeu a fé, tornando-se anti-clerical e ateu, e, em 1915, foi expulso

do colégio, tendo terminado os seus estudos secundários no Instituto de

Saragoça.

Em 1917, Buñuel foi estudar em Madrid, instalando-se na prestigiada e elitista

Residencia de Estudiantes, onde permaneceria até Janeiro de 1925. Aí conheceu

várias luminárias das letras, artes e ciências espanholas e internacionais e conviveu

com muitos daqueles que fizeram parte da famosa Geração de 27, tomando

conhecimento das vanguardas artísticas e literárias da época — cubismo,

dadaísmo e surrealismo.

Page 5: Luis Buñuel - Trabalho de CM

BIOGRAFIA

Foi também na Residencia que se tornou grande amigo de três camaradas e

companheiros de boémia que tiveram nele (e em quem ele teve) uma influência

fundamental: Pepín Bello, Federico García Lorca e Salvador Dalí. Nesses anos,

Buñuel tornou-se um fanático da cultura física e do atletismo. Frequentava além

disso, os cafés de Madrid e as suas tertúlias, bem assim como os seus bordéis.

Em 1920, fundou o primeiro cineclube espanhol. Em 1921, participou na

representação teatral de Don Juan Tenorio, de Zorrilla, em Toledo. Em 1922,

publica os primeiros textos literários, influenciados por Ramón Gómez de la Serna.

Em 1924, depois de ter frequentado, sem grande convicção, vários cursos

universitários, acabou por se licenciar em História.

Page 6: Luis Buñuel - Trabalho de CM

BIOGRAFIA

Em 1925, foi viver em Paris, onde estudou cinema e trabalhou como assistente de

vários realizadores entre os quais Jean Epstein. Conhece Jeanne Rucar, sua futura

mulher, com quem se casará em 1934.

Page 7: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Em Janeiro de 1929, Buñuel e Dalí, utilizando o método

surrealista do "cadáver esquisito" escrevem o guião do filme

que acabaria por ter o título de Un chien andalou (Um cão

andaluz). O filme era um subtil mas evidente ataque a García

Lorca, de quem se haviam afastado, em parte porque Buñuel

(machista assumido) tinha aversão à homossexualidade do

poeta. Toda a imagética surrealista (burros podres dentro de

pianos de cauda, mãos cortadas, metamorfoses visuais, etc.)

criara sensação e espanto. Buñuel refere que a cena inicial da

navalha a cortar um globo ocular provocava desmaios na

plateia, tendo mesmo chegado a ocasionar um aborto numa

espectadora.

Page 8: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Verão de 1929, Buñuel e Dalí estão em Cadaqués a preparar

um novo filme, L'Âge d'Or. Neste filme verificamos o amor

louco, o anticlericalismo, a rebeldia e inconformismo diante

do estabelecido e do convencional, uma ânsia de

transcendência, expressos em imagens alucinantes, cheias de

dureza, de corrosivo humor negro e de uma conduta

embriagante. É em Paris onde acaba o guião e roda o filme

(sem dar crédito à colaboração de Dalí), fortemente

anticlerical. Uma vez exibido, cria um enorme escândalo junto

da extrema-direita francesa (a sala de cinema é atacada) e da

burguesia parisiense (o visconde de Noailles foi ostracizado).

Page 9: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Buñuel voltou a Espanha após a proclamação da República e

financiado pelo seu amigo anarquista Ramon Acín, dirigiu, em

1933, um documentário, Las Hurdes, tierra sin pan, que

descrevia, de modo cru, a vida quotidiana e os costumes

ancestrais de uma recôndita aldeia espanhola da Estremadura,

profundamente miserável e em estado quase selvagem. As

imagens e os factos descritos eram tão extraordinários e irreais,

que acabariam por dar ao filme um cunho verdadeiramente

surrealista. Foi um escândalo, desagradando ao governo

(esquerdista) espanhol que o proibiu para grande

desapontamento de Buñuel, por dar uma imagem corrompida

da Espanha no estrangeiro.

Page 10: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

No início da sua fase mexicana realizou filmes comerciais,

que nada tinham a ver com os seus interesses mais

profundos. Mas, em 1950 recupera a sua autenticidade com

Los Olvidados, sobre a vida violenta e dura dos meninos de

rua na Cidade do México, onde discretamente insere

elementos surrealistas, sendo muito aplaudido pela crítica.

Page 11: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Em 1960, sob as críticas de outros exilados republicanos,

regressou à Espanha para realizar Viridiana. O filme, cuja

rodagem o governo de Franco aceitou ingenuamente subsidiary

e promover no Festival de Cannes, sem que algum dos

responsáveis o tivesse visionado, acabou por se revelar uma

paródia impiedosa dos conceitos habituais de caridade e

virtude cristãs. Ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes

e depressa causou um enorme escândalo na Espanha, onde foi

proibido. Buñuel vingara-se, assim, de Franco de forma

absolutamente imprevisível. Apesar do sucedido, Buñuel não

foi perseguido pessoalmente na Espanha, onde tinha uma

segunda residência.

Page 12: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Em 1964, foi produzida a sua adaptação do romance de

Octave Mirbeau, Journal d'une femme de chambre, onde

Buñuel transporta para a década de 1930 a atmosfera

decadente da história, em que uma criada de quarto (Jeanne

Moreau) se submete aos caprichos fetichistas, mas

inofensivos, do patrão velho, e resiste tenazmente ao assédio

sexual do exasperado patrão novo (Michel Piccoli), acabando

por se casar com um criado pedófilo, assassino e reaccionário.

Page 13: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Belle de jour (1967; A bela da tarde), segundo uma

história de Joseph Kessel, em que uma jovem burguesa

(Catherine Deneuve), muito frígida com o marido, se

prostitui desavergonhadamente numa discreta casa de

passe, dando rédea solta às suas fantasias masoquistas.

Page 14: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Em 1969, filma La Voie Lactée (A Via Láctea, também. O

estranho caminho de São Tiago), relato da peregrinação de

dois vagabundos franceses a Santiago de Compostela, onde

Buñuel evoca a sua paixão pelo romance pícaro espanhol e

onde reflecte ironicamente sobre o cristianismo e as suas

múltiplas heresias.

Page 15: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Em 1970 Buñuel voltou à Espanha e à sua amada Toledo

para filmar Tristana (Tristana, Amor Perverso), segundo um

romance de Benito Pérez Galdós, em que um velho señorito

(Fernando Rey) com fumaças de anticlerical e livre-pensador,

seduz a sua ingénua pupila (Catherine Deneuve), vindo mais

tarde a cair nas mãos dela, que não deixa de se vingar.

Page 16: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Em 1972, filma Le Charme Discret de la Bourgeoisie (O

Discreto Charme da Burguesia), onde a alienação, a

arrogância, a falta de escrúpulos, a desonestidade e a

amoralidade da burguesia são objecto do seu humor negro.

Buñuel introduz no filme pequenos apontamentos e

historietas de carácter saborosamente surrealista e onírico. O

filme ganharia o Óscar para o Melhor Filme Estrangeiro.

Page 17: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Em 1974, filma Le fantôme de la liberté, conjunto de

historietas e episódios puramente surrealistas, que se vão

sucedendo à maneira de um sonho.

Page 18: Luis Buñuel - Trabalho de CM

FILMOGRAFIA

Em 1976, roda Cet obscur object du désir, adaptação muito

livre de La femme et le pantin de Pierre Louÿs, em que um

homem maduro é manipulado e frustrado por uma jovem e

desejável mulher, que o atraiçoa.

Depois de ter filmado Cet obscur object du désir, Buñuel

retirou-se.

Page 19: Luis Buñuel - Trabalho de CM

PRÉMIOS

Recebeu uma nomeação ao Óscar de Melhor Argumento Original, por "Le

Charme Discret de la Bourgeoisie" (1972).

Recebeu uma nomeação ao Óscar de Melhor Argumento Adaptado, por "Cet

Obscur Objet du Désir" (1977).

Recebeu uma nomeação ao BAFTA de Melhor Realizador, por "Le Charme

Discret de la Bourgeoisie" (1972).

Ganhou o BAFTA de Melhor Argumento, por "Le Charme Discret de la

Bourgeoisie" (1972).

Recebeu uma nomeação ao BAFTA de Melhor Banda Sonora, por "Le Charme

Discret de la Bourgeoisie" (1972).

Recebeu uma nomeação ao César de Melhor Realizador, por "Cet Obscur

Objet du Désir" (1977).

Page 20: Luis Buñuel - Trabalho de CM

PRÉMIOS

Recebeu uma nomeação ao César de Melhor Argumento, por "Cet Obscur

Objet du Désir" (1977).

Ganhou o Prémio Bodil de Melhor Filme Europeu, por "Belle de jour" (1967).

Ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, por "Viridiana" (1961).

Ganhou o prémio de Melhor Realizador no Festival de Cannes, por "Los

Olvidados" (1950).

Ganhou uma Menção Especial no Festival de Cannes, por "Joven" (1960).

Ganhou o Prémio Internacional no Festival de Cannes, por "La Fièvre Monte à

El Pao" (1959).

Ganhou o Prémio FIPRESCI em 1969, no Festival de Berlim.

Ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza, por "Belle de jour" (1967).

Page 21: Luis Buñuel - Trabalho de CM

PRÉMIOS

Ganhou o Prémio Especial do Júri no Festival de Veneza, por "Simón del

Desierto" (1965).

Ganhou o Prémio Pasinetti de Melhor Filme no Festival de Veneza, por "Belle de

jour" (1967).

Ganhou o Prémio FIPRESCI no Festival de Veneza, por "Simón del Desierto"

(1965).

Ganhou um Leão de Ouro Honorário em 1982, no Festival de Veneza.

Ganhou um Prémio Honorário em 1979, no Festival de Montreal, pela sua

contribuição ao cinema.

Ganhou por duas vezes o Prémio Bodil de Melhor Filme Não-Europeu, por "La

Fièvre Monte à El Pao" (1959) e "El Ángel Exterminador" (1962).

Page 22: Luis Buñuel - Trabalho de CM

BIBLIOGRAFIA

http://pt.wikipedia.org/wiki/Luis_Buñuel

http://www.imdb.com/name/nm0000320/

http://www.sensesofcinema.com/2005/great-directors/bunuel/

http://www.1worldfilms.com/luis_bunuel.htm

Page 23: Luis Buñuel - Trabalho de CM

TRABALHO REALIZADO

POR:

Arménio Pimenta nº 52115