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Ma Autobiografia

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Misteriosa Autobiografia do Misterioso Autor

Este autobiografado autor se encontra com seus irmãos, Márcio e Marcelo em Passa Tempo/MG, nos idos 1956, quando tinha poucos meses de re-entrada no Planeta... (Não nos esqueçamos dos mais importantes: Júpiter e Rix)

Minha Misteriosa Autobiografia de Mim Mesmo Escrita pela Própria e Misteriosa Minha Pessoa

A SEGUIR, UM "TRAILER" DAQUELE QUE SERÁ O LIVRO DE MINHA VIDA DE SOLTEIRO NESTA PRESENTE EXISTÊNCIA:

(...)"Inicia-se agora um relato completo, ou melhor, quase completo da história de minha vida em tempos de "solteirice", ou seja, todos saberão em linguagem simples e objetiva, dos fatos marcantes que pautaram os 27 anos de "tranqüilidade" de minha presente encarnação neste planeta - denominado por nós, míseros, mas paradoxalmente poderosos (em potencial) seres humanos de Terra, Gaia, ou "Urantcha" segundo os mestres cósmicos. Sabe-se lá como somos chamados pela vastidão extraterrestre que nos circunvizinham. Para os venusianos (nome que nós demos para os habitantes daquela luminosa estrela), somos "extra-venusianos", para os plutonianos, somos "extra-plutonianos", e assim por diante. Enfim, sem muita enrolação astronômica, falo de mim mesmo daqueles exatos 10.044 dias (de 24 de dezembro de 1955, meu nascimento, até 24 de junho de 1983, quando casei, deixando a tal da "vida despreocupada").

Não poderia deixar de comentar, claro, do "meu preâmbulo", isto é, da minha "pré-vida", quando aqueles que me geraram se conheceram. Afinal foi a partir daí que minha história começou a ser traçada lá nos Registros Acásicos. Pelo menos para esta presente vida. Não somente devo a este maravilhoso casal o fato de ser "gente", morfologicamente falando, como "gente", espiritualmente falando. Pieguices à parte, falo, a seguir, de como se conheceram, se enamoraram e se uniram para constituir uma prole de 5 rebentos sadios, diferentes entre si, é certo mas, acima de tudo, e principalmente, unidos de carne, osso e alma: nós, Márcio, Marcelo,

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Marco Aurélio, Maria Clara e Marta Maria. Vamos lá então.

Tudo começou efetivamente no Baile de Formatura da Faculdade de Direito da UFMG do terceiro filho do casal Pedro Veado e Perina Corsine Veado, Walter.

Era uma quinta-feira, dia 14 de dezembro de 1944. Walter e Wilson estavam se graduando para o orgulho do Pedro, aquele mesmo que abandonara projetos de enriquecer (tinha um cartório em Curvelo e o vendeu, objetivando custear os estudos dos filhos) para que os filhos conseguissem vencer. "Mais uma missão cumprida: o Pedrinho já é médico, agora Walter e Wilson serão advogados!", com certeza pensava eufórico o nosso "véio vô Pedro". Um dia ainda ele formaria Wagner e Juarez ambos em engenharia e as filhas Léa e Lúcia se tornariam artistas, uma escritora (a mais nova, Léa) e a outra, cantora lírica, além de renomada jornalista.

Voltando ao Baile de Formatura do segundo e do terceiro filhos do "seu" Pedro, eles, os irmãos Vé e Wilson foram garbosamente para a sua festa no salão do Minas Tênis Clube. Mal sabia um deles que aquela noite seria mesmo uma das mais importantes de sua vida. Por outro lado, Célia era convidada pelo seu irmão Paulo, que também estava se formando naquela noite, para acompanhá-lo, a ele e à sua noiva Carminda. Como era estava namorando um representante, combinou com o mesmo de encontrá-lo logo mais no baile. Mas ela advertiu-o que se não chegasse até determinada hora, ela iria dançar. Tudo acertado e o Baile de Formatura teve seu retumbante início.

De um lado, Célia conversava animadamente com seu irmão, cunhada e um amigo na mesa em que estavam. Pelo outro, Walter ria alegremente com os amigos que o cercavam. O tempo passava e de repente Célia resolveu que não mais esperaria pelo boleiro do namorado. Observou ao longe aquele rapaz que gargalhava gostosamente e ficou curiosa. Indagou seu amigo: "Quem é aquele moço de belos dentes que está rindo sem parar?" "Ele, por acaso, é seu primo, Célia!", interveio o mano Paulo. "Ah é? Então quero que me apresentem a ele!"

E assim aconteceu. Conheceram-se, apesar de primos (os pais eram primos em primeiro grau, ou seja, filhos de irmãos), e dançaram até o final do baile. Como não podia deixar de ser, encontros e encontros aconteceram depois daquela noite memorável.

O namoro durou pouco e o noivado idem. Exatos 825 dias de duração (pouco mais de 2 anos), pois em 19 de março de 1947 (quarta-feira), na Igreja São José, casavam Walter & Célia.

Iniciava-se a "germinação" da minha família.

No começo da vida nupcial, Walter trabalhou como Tesoureiro dos Diários Associados (de 1947 a 1949), bem como redator do Estado de Minas.

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Antes, em 1946, havia sido Delegado de Polícia de Santa Bárbara, quando era chamado de "Delegado Brotinho", pois tinha somente 23 anos então.

Em 1948, dia 23 de julho, numa sexta-feira, nascia o primeiro filho do casal: Márcio. Já no ano seguinte, 1949, fez concurso para Juiz de Direito. Passou.

E lá se foram, ambos, Walter e Célia, mais o filhinho Márcio de poucos meses e apenas 2 anos de casamento para um autêntico "fim-de-mundo": Espinosa, norte de Minas. Sertão bravo e região muito pobre. Na cara e na coragem foram enfrentar a nova e dura vida num lugar fronteiriço com a Bahia. Ficaram lá de 1949 a 1952. Outro filho nasceria durante a estadia naquelas longínquas paragens: tal como Márcio, Marcelo também nascia em Belo Horizonte, onde mamãe estaria sempre ao lado de sua mãe, nossa vovó Clara.

Foram, em seguida para a pequena Passa Tempo, mais perto de Belo Horizonte. Um grande progresso, considerando a distância da longínqua Espinosa (se hoje é longe, imaginem naqueles remotos dias!). Vida boa para os pimpolhos Márcio e Marcelo. Principalmente o mais velhos Márcio que, com seus 4 anos de idade já podia usufruir com mais intensidade a bucólica PT. Vida tranqüila. Com seu habitual dinamismo, o "Dr. Walter" fundou uma escola, o Ginásio Nossa Senhora da Glória (hoje a rua onde se situa tal educandário, se chama "Rua Valter Veado", com "V" mesmo). Lá ele, além, de de dirigir, deu aulas de História, Geografia e até, imaginem, Trabalhos Manuais! É, o pagé da nossa família sempre foi versátil. Obrigado pelo DNA evoluído, véio!

E nessa mansa vida, aconteceu uma segunda lua de mel do jovem casal. Resolveram comemorar o 8º ano de casamento no Rio de Janeiro. Deixaram os dois meninos com a Vovó Clara e rumaram-se para a terra da Célia, aquela que seria - e ainda o é, e sempre será - minha mãe. Hospedaram-se no Hotel São Francisco para ser mais exato. Foram, modéstia à parte, profícuos dias, pois ali fôra concebido este que vos fala. Por sinal, mamãe chegou até a esquecer um anel que ficara embaixo do travesseiro (promessa?). De volta para casa, depois daquela semana de 19 a 25 de março de 1955, voltaram à rotina. Os vizinhos, D. Glória, Sr. Abner e família paparicavam os garotos Márcio e Marcelo com todo o dengo possível. Depois que ficaram sabendo da gravidez da Célia, aí sim, ficaram em positiva expectativa. Segundo os cálculos, o novo rebento surgiria no final daquele ano de 1955.

Assim, eu "aconteci"! Voltei ao planeta (sabe-se lá, quantas vezes!) num sábado, por volta de 6 e meia da tarde, na véspera do Natal de 1955. Segundo dados que obtive, nasci com 3 quilos e 150 gramas e 49 centímetros de altura. O médico era o Dr. Hermínio Ferreira Pinto e o quarto do Hospital São Lucas era o de número 249.

Portanto, papai foi comemorar o Natal e a minha chegada lá mesmo no hospital. Como a noite já se apontava, ele assistiu à missa do Galo na

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própria Capela do mencionado Hospital. Vovó Clara presenteara a mamãe com um suculento pernil e uma garrafa de vinho (não soube qual marca era). Pois é: mais uma vida se descortinava para o meu espírito. Mais uma chance para redimir de erros pretéritos; mais uma chance para passar a limpo enganos de outras épocas. A sorte estava lançada! À luta!

Ainda naquele sábado, o resto da família estava ceando na casa do primo Fábio Fonseca e a notícia se espalhou rapidamente: "A Célia teve seu terceiro filho! Outro homem!"

Três dias depois, na terça-feira, dia 27, fui registrado no Cartório. O curioso é que meu nome seria Mauro, mas na última hora, não sei por que, papai resolveu colocar este, provavelmente em homenagem ao estóico Imperador Filósofo de Roma, Marcus Aurelius. Para ser mais exato ainda e não fugir ao meu detalhismo exacerbado, estou registrado naquele cartório no livro 248, folha 527.

Meu batismo aconteceu no dia 6 de janeiro de 1956, numa tarde de quarta-feira, na Igreja São José, o mesmo lugar onde os progenitores se casaram. Meus padrinhos foram o Desembargador do Rio, Dr. Cristóvam Breiner e a professora primária do papai, D. Zulmira de Queiroz Breiner. Representaram-nos -estavam impossibilitados de vir- o Sr. Cícero Neves e Srta. Marina de Oliveira. Não me lembro de ambos, pois jamais os vi, a não ser naquele dia, claro, ou seja, figurativamente. Lá estavam também os manos Márcio e Marcelo, vovó Perina, tio Dedi, tia Carminda, o saudoso tio Rubico, tio Juarez e os primos Fufuka e Regina Célia.

O evento aconteceu por volta de 4 da tarde e mereceu até uma notinha no então "Diário de Minas" do dia 14 de janeiro daquele ano... (...)"

NE-A conclusão desta história ainda está por vir. Quando isto acontecer, todos ficarão sabendo, pois repito...

"MINHA VIDA É UM LIVRO ABERTO...de folhas palpáveis e virtuais!