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A mulher na
República
A revolução republicana foi feita por homens e por mulheres que, lutando por ideais patrióticos, prosseguiram o seu sonho e
tornaram-no realidade a 5 de Outubro de 1910. Cabe destacar alguns nomes deste movimento republicano , mas
com cuidado histórico e político, Adelaide Cabete, Ana de Castro Osório, Carolina Beatriz Ângelo e Maria Veleda . Todas elas militantes da Liga Republicana de Mulheres Portuguesas.
Estas mulheres destacaram-se intelectualmente, escreveram para os jornais da época, defenderam a educação das mulheres, defenderam o sufrágio feminino, lutaram pelos direitos de cidadania que acalentaram na luta pela República
o que a República não lhes conferiu de forma plena.
Um dos horizontes propostos antes do 5 de Outubro dizia respeito à vida das mulheres. Alguns republicanos (muito poucos) reconheciam que à face da lei e nos costumes a
situação das mulheres era degradante e como tal deveria ser alterada. Mas a sua motivação principal não seria, na
realidade, a condição específica das mulheres, mas antes o interesse em arregimentar o maior apoio possível para o ideal
republicano.
Uma proposta nasceu em Agosto de 1908 quando António José de Almeida, Bernardino Machado e Magalhães Lima convidaram
todas as ‘senhoras’ que o desejassem para fazer parte de uma Liga Republicana das mulheres portuguesas.
Mas muito antes da fundação da Liga um pequeno grupo de mulheres feministas empenhava-se de forma enérgica no derrube da
monarquia, visando a implantação do regime republicano. Tal como:
• Adelaide Cabete ;• Carolina Michaëlis de Vasconcellos;• Alice Pestana;• Angelina Vidal;
Entre outras .
A Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, em Dezembro de 1910, apresentou ao governo uma série de propostas que considerava justas, e que foram elencadas por João Gomes Esteves.
Olhando para a situação concreta das mulheres vejamos alguns aspectos extremamente positivos realizados pelo regime, a saber:
• A Lei do Divórcio;
• A Lei da Separação da Igreja e do Estado;
• As mulheres passaram a ter o direito a trabalhar na função pública;
• O direito de voto, ainda que restringido à mulher comerciante, industrial, empregada pública, administradora de fortuna própria ou alheia, diplomada com qualquer curso científico ou literário e escritora;
• O direito de eleger e ser elegível para os cargos municipais;
• O combate à prostituição.
Irei agora falar sobre algumas mulheres que lutaram pelos direitos da mulher na República.
• Adelaide Cabete ( 1867- 1935) Foi pioneira na reivindicação dos direitos das mulheres, e durante mais de vinte anos, presidiu ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, nessa qualidade reivindicou para as mulheres o direito a um mês de descanso
antes do parto e em 1912 reivindicou também o direito ao voto feminino, sendo em 1933, a primeira e única mulher a votar, em
Luanda, onde viveu, a Constituição Portuguesa.
• Angelina Vidal (1853-1917), professora, jornalista e propagandista dos direitos dos operários, nomeadamente das mulheres, republicana assumida com intervenções públicas de
cariz social.
A Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, em Dezembro de 1910, apresentou ao governo uma série de propostas que considerava justas, e que foram elencadas por João Gomes Esteves.
Trabalho realizado por:
Melissa Falcon Coelho nº 15 9ºB