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EB1 JI A-DOS-CÃOS PNEP
A MARIA CASTANHA E OS DUENDES
Há muitos, muitos anos, havia uma cabana no meio da floresta onde
viviam seis duendes muito endiabrados. Usavam todos, um barrete laranja e
uma roupa de cor diferente. Eles gostavam muito de brincar e cantar. O que
tinha a roupa azul chamava-se Azulinho. O outro que andava vestido de
verde era o Verdinho. O que tinha a roupa cor de laranja chamavam-lhe
Laranjinha. O quarto andava vestido de Branco, era o Branquinho. O quinto
tinha a roupa amarela e chamavam-lhe Amarelinho. E o sexto andava
vestido com uma roupa vermelha, era o Vermelhinho.
Cada manhã, um dos duendes encarregava-se das tarefas da casa,
enquanto os outros corriam e brincavam na floresta. Mas quando chegava o
domingo, já todos os duendes tinham feito as suas tarefas e nenhum queria
trabalhar.
Assim, aos domingos, ninguém fazia as camas, nem varria a casa, nem
limpava o pó e, o pior de tudo, era que nenhum deles fazia a comida! Por
isso, aos domingos, estavam todos de mau humor e zangados e acabavam
quase sempre o dia a brigar uns com os outros.
No outro lado da floresta, vivia um avô com a sua neta, que era uma
menina muito bonita chamada Maria Castanha.
Deram-lhe este nome porque ela e o seu avô apanhavam castanhas e
iam vendê-las no mercado da povoação.
Cada vez que iam para a floresta, o avô dizia à Maria Castanha:
- Toma atenção, não te afastes muito e sobretudo não passes para o
outro lado do rio. Lembra-te que vivem lá os duendes da cabana.
- Os duendes são maus, avô? - perguntou a menina.
- Não, não são maus, mas gostam muito de fazer travessuras.
Já há muito tempo que não havia passagem para o outro lado do rio,
Paula D 4º Ano 2009/10
EB1 JI A-DOS-CÃOS PNEP
mas num dia de uma grande tempestade um castanheiro muito grande caiu e
ficou atravessado no rio.
E naquela tarde a Maria Castanha foi à floresta apanhar flores e
andando, andando, passou por cima da árvore para o outro lado do rio e
encontrou a cabana dos duendes.
Quando os duendes a viram, ficaram muito contentes. Depois, per-
guntaram-lhe como é que ela se chamava, onde vivia e se queria ficar a
brincar um bocado com eles. Assim, todos juntos, estiveram a tarde inteira a
brincar: às escondidas, aos cinco cantinhos, ao lenço, ao gato e ao rato...
Mas, de repente, a Maria Castanha percebeu que estava a escurecer:
- Bem, agora tenho que voltar para casa do meu avô - disse ela.
Naquele momento, os duendes deram as mãos e fizeram uma roda à
volta da menina e começaram a cantar:
- Não, não; tu não te irás embora. Não, não; não regressarás.
A princípio, a Maria Castanha pensou que eles estavam a brincar,
mas depois de um bocado, vendo que já era quase de noite, disse:
- Pronto, já chega. Agora é que me vou embora.
E os duendes tornaram a dar as mãos e cantaram: não, não, não irás
embora.
A pobre Maria Castanha, com a voz a tremer um bocadinho, perguntou:
- Mas por que é que não me deixam partir?
- Escuta bem: amanhã é domingo, e aos domingos nenhum de nós quer
trabalhar nem fazer a comida! E não fazemos nada, só brigamos uns com os
outros. Mas, se tu ficares, tratarás da casa e, sobretudo, poderás fazer o
comer.
- Mas o meu avô vai ficar preocupado.
- Basta que lhe mandes uma mensagem a dizeres onde estás e pronto.
- Não faz mal, mas temos o velho Krock.
Paula D 4º Ano 2009/10
EB1 JI A-DOS-CÃOS PNEP
- Quem é o velho Krock?
Os duendes bateram palmas e começaram a gritar: «Velho Krock!"
Nesse momento, ao longe ouviu-se «croc, croc, croc", o ruído de um
pássaro grande, e de repente viram chegar a voar uma espécie de corvo
muito grande, azul da cabeça aos pés, menos o bico que era amarelo. A
Maria Castanha, então, escreveu em letras grandes num papel:
«Avô, não fiques preocupado, fico até amanhã com os duendes."
O velho Krock agarrou no papel com o bico e voou até à casa do avô da
menina. No dia seguinte, a menina levantou-se para arrumar a casa:
acendeu a lareira, fez as camas, fez a comida, e ficaram todos muitos
contentes.
Quando chegou a tarde, a Maria Castanha quis ir-se embora..., mas os
duendes deram as mãos e fizeram uma roda à volta dela.
- Não, não, tu não te irás embora.
E a menina começou a chorar.
- Mas, por que é que não me posso ir embora?
- Podes ir embora mas tens que prometer que vens todos os domingos
para arrumar a casa e... fazer a comida!
A Maria Castanha prometeu. Mas antes de ela se ir embora ainda lhe
disseram:
- Se não cumprires o que prometeste, nós ficaremos muito zangados
contigo e o velho Krock, como castigo, rouba-vos todas as castanhas antes
de as poderem vender.
A Maria Castanha prometeu e por fim pôde regressar a casa do seu
avô.
Nos dois domingos seguintes a menina foi arrumar a cabana dos
Paula D 4º Ano 2009/10
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duendes, mas no terceiro domingo a menina disse ao avô:
- Acho que desta vez não vou. Estou cansada.
- Está bem - disse o avô, - então temos que trancar bem as janelas e as
portas, porque o velho Krock pode vir roubar-nos as castanhas.
Quando já estava tudo trancado e fechado e a menina e o avô dormiam
descansados, ouviram alguém a bater à porta e uma velhinha a gemer:
- Sou uma pobre velhinha que me perdi na floresta; se me pudessem
ensinar o caminho...
O avô levantou-se e desceu para abrir, mas, em vez de uma velhinha,
viu que era um dos duendes que tinha disfarçado a voz e atrás deles
estavam os outros, que entraram a correr dentro da casa. Uns empurraram o
avô contra uma parede para que não fugisse, outros foram ao quarto da
menina para que não acordasse e os outros foram abrir as janelas para o
velho Krock entrar. Este levava um saco muito grande e levou todas as
castanhas que encontrou. O corvo saiu a voar e os duendes, mais espertos
do que uma raposa, desapareceram sem deixar rasto.
O avô e a Maria Castanha ficaram a chorar toda a noite enquanto lá
fora começava uma grande tempestade de raios, trovões e vento.
No dia seguinte, o avô disse:
- Aqueles duendes são uns ladrõezecos. Vamos procurar o guarda da
floresta. Ele vai ajudar-nos a fazer com que nos devolvam as castanhas.
O guarda da floresta, ao saber o que tinha acontecido, pegou no seu
cajado, chamou o cão e disse:
- Vamos, vou já dar uma lição a estes duendes.
O avô e a Maria Castanha seguiram atrás dele.
Mas, por mais que procurassem, não encontraram a cabana dos
duendes em lugar nenhum. A grande tempestade daquela noite tinha-a
derrubado e feito desaparecer. Passado um bocado, viram umas pegadas no
chão, debaixo de um grande castanheiro. Em cima da árvore estavam os
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duendes, cansados, encharcados, sujos, a espirrar e a chorar. Estavam
todos ao monte, cheios de fome e de frio. Noutro ramo, com as penas cheias
de lama, todo molhado, estava o velho Krock.
- Fomos bem castigados - disse um dos duendes. - Por pouco não
morremos e ficámos sem casa. Perdoem-nos, nunca mais faremos isso!
O avô e a Maria Castanha tiveram pena deles e disseram-lhes: - Se não
têm casa, podem ir viver connosco, lá ficam bem.
- Obrigado, obrigado! - disseram os duendes. - Prometemos que vamos
ser bonzinhos e que vamos trabalhar. Faremos todos os recados, lavamos,
varremos a casa, vamos apanhar lenha, não precisam de fazer nada... só a
comida, porque a Maria Castanha cozinha melhor do que ninguém.
- Tudo isso está muito bem - disse o guarda da floresta: - mas vocês
têm que ir buscar as castanhas e devolvê-las agora mesmo!
Então, os duendes e o velho Krock desapareceram floresta dentro e
trouxeram de um esconderijo as castanhas que tinham levado, e até
apanharam mais, enchendo três grandes sacos.
Depois, regressaram todos para casa do avô, muito contentes. Os
duendes fizeram o seu quarto no palheiro, e o velho Krock encontrou no
telhado um tronco bem forte onde fez a sua casa.
Retirado de http://pnepcervaes.blogspot.com/2007/11/maria-castanha.html Acedido em 10/11/08
Paula D 4º Ano 2009/10
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Teatro (adaptado)
Narrador 1 - Há muitos, muitos anos, havia uma cabana no meio da
floresta onde viviam seis duendes muito endiabrados. Usavam todos, um
barrete laranja e uma roupa de cor diferente. Eles gostavam muito de brincar
e cantar. O que tinha a roupa azul chamava-se Azulinho. O outro que andava
vestido de verde era o Verdinho. O que tinha a roupa cor de laranja
chamavam-lhe Laranjinha. O quarto andava vestido de Branco, era o
Branquinho. O quinto tinha a roupa amarela e chamavam-lhe Amarelinho. E
o sexto andava vestido com uma roupa vermelha, era o Vermelhinho.
Narrador 2 – Cada manhã, um dos duendes encarregava-se das
tarefas da casa, enquanto os outros corriam e brincavam na floresta. Mas
quando chegava o domingo, já todos os duendes tinham feito as suas tarefas
e nenhum queria trabalhar.
Narrador 3 - No outro lado da floresta, vivia um avô com a sua neta, que
era uma menina muito bonita chamada Maria Castanha.
Deram-lhe este nome porque ela e o seu avô apanhavam castanhas e iam
vendê-las no mercado da povoação.
Cada vez que iam para a floresta, o avô dizia à Maria Castanha:
Avô - - Toma atenção, não te afastes muito e sobretudo não passes para o
outro lado do rio. Lembra-te que vivem lá os duendes da cabana.
Neta - Os duendes são maus, avô? (perguntou a menina).
Avô - - Não, não são maus, mas gostam muito de fazer travessuras.
Paula D 4º Ano 2009/10
EB1 JI A-DOS-CÃOS PNEP
Narrador 1 - E naquela tarde a Maria Castanha foi à floresta apanhar
flores e andando, andando, passou por cima de um castanheiro que tinha
caído e ficado atravessado no rio e encontrou a cabana dos duendes.
Narrador 2 - Quando os duendes a viram, ficaram muito contentes.
Depois, perguntaram-lhe como é que ela se chamava, onde vivia e se queria
ficar a brincar um bocado com eles. Assim, todos juntos, estiveram a tarde
inteira a brincar: às escondidas, aos cinco cantinhos, ao lenço, ao gato e ao
rato...
Narrador 3 - Mas, de repente… os duendes deram as mãos, fizeram
uma roda à volta da menina e começaram a cantar:
Duendes - - Não, não; tu não te irás embora. Não, não; tu não
regressarás.
Maria Castanha - Pronto, já chega. Agora é que me vou embora.
Duendes - - Não, não; tu não te irás embora. Não, não; tu não
regressarás.
Maria Castanha - Mas por que é que não me deixam partir?
Duendes - Escuta bem: amanhã é domingo, e aos domingos nenhum de
nós quer trabalhar nem fazer a comida! E não fazemos nada, só brigamos
Paula D 4º Ano 2009/10
EB1 JI A-DOS-CÃOS PNEP
uns com os outros. Mas, se tu ficares, tratarás da casa e, sobretudo, poderás
fazer o comer.
Maria Castanha - Mas o meu avô vai ficar preocupado.
Duendes - Basta que lhe mandes uma mensagem a dizeres onde estás e
pronto.
Maria Castanha – Como?
Duendes - Velho Krock!
Narrador 1 – Nesse momento, ao longe ouviu-se …
KrocK – croc, croc, croc! (Chega e leva o papel no bico…)
Narrador 1- Quando chegou a tarde, a Maria Castanha quis ir-se
embora…,mas os duendes deram as mãos e fizeram uma roda à volta dela.
Duendes – Não, não, tu não te irás embora. Não, não; tu não
regressarás.
Maria Castanha – - Mas, por que é que não me posso ir embora? (E a
menina começou a chorar.)
Duendes - - Podes ir embora mas tens que prometer que vens todos os
Paula D 4º Ano 2009/10
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domingos para arrumar a casa e… fazer a comida!
- Se não cumprires o que prometeste, nós ficaremos muito zangados contigo
e o velho Krock, como castigo, rouba-vos todas as castanhas antes de as
poderem vender.
Narrador 2 - - A Maria Castanha prometeu e por fim pôde regressar a
casa do seu avô. Passaram dois domingos e no terceiro domingo a menina
disse ao avô:
Maria Castanha – - Acho que desta vez não vou. Estou cansada.
Avô - - Está bem, então temos que trancar bem as janelas e as portas,
porque o velho Krock pode vir roubar-nos as castanhas.
Narrador 3 – Ouviram alguém a bater à porta e uma velhinha a gemer:
Duendes - - Sou uma pobre velhinha que me perdi na floresta; se me
pudessem ensinar o caminho…
Narrador 1 – Os duendes entraram, levaram todas as castanhas, o corvo
saiu a voar e os duendes, mais espertos do que uma raposa, desapareceram
sem deixar rasto. A neta e o avô ficaram a chorar…
Narrador 2 – No outro dia o guarda da floresta, ao saber o que tinha
acontecido, pegou no seu cajado e disse:
Paula D 4º Ano 2009/10
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O guarda da floresta – Vamos, vou já dar uma lição a estes duendes.
Narrador 3 – … O avô e a Maria Castanha seguiram atrás dele.
Procuraram, procuraram…e em cima de um grande castanheiro estavam os
duendes, cansados, encharcados, sujos, a espirrar e a chorar. Estavam
todos ao monte, cheios de fome e de frio. Noutro ramo, com as penas cheias
de lama, todo molhado, estava o velho Krock.
Duendes - - Fomos bem castigados. Por pouco não morremos e
ficámos sem casa. Perdoem-nos, nunca mais faremos isso!
O avô e a Maria Castanha – Se não têm casa, podem ir viver
connosco, lá ficam bem.
Duendes - - Obrigado, obrigado! Prometemos que vamos ser bonzinhos e
que vamos trabalhar.
O guarda da floresta - - Tudo isso está muito bem – disse o guarda
da floresta: - mas vocês têm que ir buscar as castanhas e devolvê-Ias agora
mesmo!
Narrador 1 – Os duendes e o velho Krock devolveram as castanhas que
tinham retirado, fizeram o seu quarto no palheiro, e o velho Krock encontrou
no telhado um tronco bem forte onde fez a sua casa.
Adaptado por:
Paula D 4º Ano 2009/10
EB1 JI A-DOS-CÃOS PNEP
Paula Dias
EB1 Amoreira
PNEP - 2008/09
Grupo 1 Alunos Fantoches
Narrador 1
Narrador 2
Narrador 3
Avô
Neta
Kroc
Guarda
Duendes
Eunice
João O.
André
Afonso
Vanessa
Tatiana
Francisco
João B. /Marta /Chiara
Fato
Fato
Fato
Bigode
Menina
Pássaro azul
Chapéu azul
polícia
Chapéus laranjaGrupo 2 Alunos Fantoches
Grupo 2 :
Narrador 1
Narrador 2
Narrador 3
Avô
Neta
Kroc
Guarda
Duendes (3)
Mariana
Inês
Rafael M.
Diogo
Ana M.
Rafael C.
Leonardo
Catarina/Cláudia/Maxi
m
Fato
Fato
Fato
Bigode
Menina
Pássaro azul
Chapéu azul
polícia
Chapéus laranja
Paula D 4º Ano 2009/10
EB1 JI A-DOS-CÃOS PNEP
Paula D 4º Ano 2009/10