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A personalização como estratégia para o gerenciamento da obsolescência de artefatos Prof. Dra. Maristela Mitsuko Ono (UTFPR) [email protected] Cláudia R. Hasegawa Zacar (mestranda – UFPR) [email protected] Interaction ´09 | South America 26, 27 e 28 de novembro de 2009 Universidade Anhembi Morumbi São Paulo / SP / Brasil

A Personalização Como Estratégia Para O Gerenciamento Da Obsolescência De Artefatos

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Prof. Dra. Maristela Mitsuko Ono e Cláudia R. Hasegawa Zacar

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A personalização como estratégia para o gerenciamento da obsolescência de artefatos

Prof. Dra. Maristela Mitsuko Ono (UTFPR)[email protected]

Cláudia R. Hasegawa Zacar (mestranda – UFPR)[email protected]

Interaction ´09 | South America

26, 27 e 28 de novembro de 2009 Universidade Anhembi Morumbi

São Paulo / SP / Brasil

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• Aumento nos níveis de consumo• Impactos socioambientais• 2050: 9 bilhões de pessoas! (Worldwatch Institute, 2004)

• Novos padrões de consumo (Cooper, 2005; Jackson, 2005)• Otimização da vida útil dos artefatos (Manzini; Vezzoli, 2002)

– Intensificação do uso– Aumento da durabilidade

• Durabilidade: capacidade do objeto de se inscrever em uma certa perenidade, ou sua habilidade de desempenhar as funções requeridas durante um longo período de tempo (Kazazian, 2005; Muis, 2006)

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Introdução

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• Durabilidade: posterga o descarte e a necessidade de produção de um novo artefato (Kazazian, 2005)

• Conforto emocional, estruturação e estabilização da vida cotidiana (Arendt, 2001)

• Durabilidade = Gerenciamento da obsolescência

• Fatores objetivos da obsolescência: questões físicas, econômicas, técnicas e tecnológicas, de qualidade material e disponibilidade de recursos

• Fatores subjetivos da obsolescência: dinâmicas socioculturais e fatores psicológicos, incluindo questões como moda, estética, status, desejo e satisfação (Cooper, 2004; Kazazian, 2005; Packard, 1963; van Nes; Cramer; Stevels, 1999; Woolley, 2003)

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Design, durabilidade e obsolescência

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• Grau de empatia entre a pessoa e o objeto: interação envolvente e durável

• Estratégia: evitar a programação excessiva da semântica do produto • Artefato com qualidades ambíguas: maior intimidade e empatia

(Chapman, 2005)

• Artefatos: caráter naturalmente polissêmico • Apropriação, dispersão e transformação por meio do uso e da posse:

novos significados (Denis, 1998)

• Instabilidade do significado = Agente de possibilidades (Chapman, 2005)• Estratégia de design: possibilitar ou facilitar a personalização dos artefatos

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Design, durabilidade e obsolescência

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• Personalização: processo de transformação da funcionalidade, interface, conteúdo informacional ou de distinção de um sistema para aumentar sua relevância pessoal para um indivíduo (Blom, 2000)

• Customização: envolve a escolha, por parte do consumidor, entre produtos e serviços variados previamente disponibilizados no sistema (Prahalad; Ramaswamy, 2000)

• Customização: melhor adequação às necessidades das pessoas (Mont, 2008)

• Ligações afetivas significativas? • Customização: não individualiza o artefato (Norman, 2004)

• Personalização: interferência ativa e criativa do usuário • Personalização: investimento de tempo, esforço e atenção ao produto:

estímulo à ligação afetiva (Mugge; Schifferstein; Schoormans, 2004)

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Design e personalização

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• Personalização: auto-expressão, construção e manutenção da identidade pessoal: significado simbólico: estímulo à ligação afetiva (Mugge; Schifferstein; Schoormans, 2004)

• Ligação afetiva: cuidado: práticas de manutenção: maior longevidade do artefato

• Personalização: processo espontâneo de apropriação (Löbach, 2001; Csikszentmihalyi; Rochberg-Halton, 1981)

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Design e personalização

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Design e personalização

Foto de Maristela Ono, Curitiba, 2006

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Design e personalização

Fotos de Cláudia Zacar, Curitiba, 2009

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Design e personalização

http://pingmag.jp/2008/09/18/decoden/

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Design e personalização

http://pingmag.jp/2008/09/18/decoden/

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• Como estimular esse processo?• Exemplo de estratégia: Desenvolvimento de artefatos que não estejam

totalmente finalizados no momento da compra (Mugge; Schifferstein; Schoormans, 2004)

• Resultado: experiências variadas e mais significativas/ ligação afetiva

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Design e personalização

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Design e personalização

Do break, Frank Tjepkema & Peter van der Jagt para Droog Design

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Design e personalização

Do hit, Marijn van der Poll para Droog Design

http://www.droog.com

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Design e personalização

Do scratch, Martí Guixé para Droog Design

http://www.droog.com

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• Desafios (Mugge; Schifferstein; Schoormans, 2004)– Qual o nível de demanda de energia física e psíquica suficiente para que o

processo de personalização efetivamente estimule uma ligação afetiva?– Como lidar com o medo de estragar o artefato? – Como lidar com a questão da diversidade cultural, na medida em que esta

pode influir na disposição das pessoas para intervirem em artefatos?

• Implicações, desafios e benefícios da aplicação desta estratégia• Metodologias específicas

• Construção de laços afetivos: influenciada por muitos outros aspectos, como funcionalidade, marca e comportamento do artefato, relações sociais...

• Emoções: complexas, pessoais, mutáveis, temporais e culturalmente dependentes (Desmet, 2003)

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Considerações finais

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Obrigada :)Maristela Mitsuko Ono

[email protected]áudia R. Hasegawa Zacar

[email protected]