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Boletim da Juventude pela Refundação da IV Internacional Voltaram as tomas dos secundaristas! Pelo caminho que marcam os estudantes chilenos: conquistemos a unidade operário-estudantil! Na semana passada, os estudantes secundaristas da Capital, com 13 colégios tomados e muitos mais em assembléia permanente, voltamos à luta em defesa da educação pública, depois de que nenhuma das promessas do governo, depois da luta do ano passado, foi cumprida. Voltou o inverno, voltamo-nos a “cagar” de frio e voltamos às tomadas e às ruas. Com Macri, Filmus, e todos os candidatos patronais corruptos serventes do imperialismo se destrói nossa educação. Enquanto seguem com seu circo eleitoral, seguem enrolando nossas demandas e todos juntos com Cristina Kirchner, baixo o comando da Repsol e a Panamerican reprimem, perseguem e encarceram aos operários petroleiros e a nossos docentes em Santa Cruz, militarizando a cidade de Las Heras ao melhor estilo videlista. Nenhuma de nossas demandas se conquistarão da mão dos políticos patronais nem de suas urnas eleitorais: como propuseram os jovens na praça do Sol de Madri em maio passado “nossos sonhos não cabem em vossas urnas”. Continuemos com as tomas, a auto-organização e a luta. Para conquistar nossas demandas temos que seguir o exemplo dos estudantes chilenos, que desde suas assembléias, como o estão fazendo os estudantes de Filosofia da USACH (Universidade de Santiago de Chile), os secundaristas da ACES (coordenadora de secundaristas), estão convocando junto aos sindicatos de base de mineiros do El Teniente (Rancagua) a conformar um comitê nacional de luta para forjar a unidade operário estudantil e lutar por “a nacionalização do cobre sob controle dos trabalhadores e a educação pública e gratuita”. “Educação primeiro para o filho do operário, depois para o filho do burguês!” Contra as escolas “Cromañon” que se caem em pedaços, para conseguir todas nossas demandas há que unir a todos os colégios secundaristas, aos terciários e às universidades do país para lutar por: *TRIPLICAÇÃO DO ORÇAMENTO EDUCATIVO EM BASE AO NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA EXTERNA! IMPOSTOS PROGRESSIVOS ÀS GRANDES FORTUNAS! FIM DOS SUBSÍDIOS À EDUCAÇÃO PRIVADA E A IGREJA! *RENACIONALIZAÇÃO SEM PAGAMENTO E SOB CONTROLE OPERÁRIO DO PETRÓLEO, AS MINAS E TODAS AS PRIVATIZADAS! *PAREMOS A REPRESSÃO VIDELISTA EM LAS HERAS! LIBERDADE AOS DELEGADOS PETROLEIROS ACOSTA E OÑATE, E A TODOS OS PRESOS POLÍTICOS! DESPROCESAMENTO IMEDIATO DOS ESTUDANTES COMBATIVOS, OS DOCENTES DE SANTA CRUZ E DE TODOS OS LUTADORES OPERÁRIOS E POPULARES! *BASTA DE BRIGAR DIVIDIDOS! TODOS A SANTA CRUZ A PÔR EM PÉ UM CONGRESSO NACIONAL OPERÁRIO-ESTUDANTIL PARA VOTAR UM PLANO DE LUTA UNIFICADO!

A quarta

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Boletim da Juventude pela Refundação da IV Internacional

Voltaram as tomas dos secundaristas! Pelo caminho que marcam os estudantes chilenos:

conquistemos a unidade operário-estudantil!

Na semana passada, os estudantes secundaristas da Capital, com 13 colégios tomados e

muitos mais em assembléia permanente, voltamos à luta em defesa da educação pública, depois de que nenhuma das promessas do governo, depois da luta do ano passado, foi cumprida. Voltou o inverno, voltamo-nos a “cagar” de frio e voltamos às tomadas e às ruas. Com Macri, Filmus, e todos os candidatos patronais corruptos serventes do imperialismo se destrói nossa educação. Enquanto seguem com seu circo eleitoral, seguem enrolando nossas demandas e todos juntos com Cristina Kirchner, baixo o comando da Repsol e a Panamerican reprimem, perseguem e encarceram aos operários petroleiros e a nossos docentes em Santa Cruz, militarizando a cidade de Las Heras ao melhor estilo videlista. Nenhuma de nossas demandas se conquistarão da mão dos políticos patronais nem de suas urnas eleitorais: como propuseram os jovens na praça do Sol de Madri em maio passado “nossos sonhos não cabem em vossas

urnas”. Continuemos com as tomas, a auto-organização e a luta. Para conquistar nossas demandas temos que seguir o exemplo dos estudantes chilenos, que desde suas assembléias, como o estão fazendo os estudantes de Filosofia da USACH (Universidade de Santiago de Chile), os secundaristas da ACES (coordenadora de secundaristas), estão convocando junto aos sindicatos de base de mineiros do El Teniente (Rancagua) a conformar um comitê nacional de luta para forjar a unidade operário estudantil e lutar por “a nacionalização do cobre sob controle dos trabalhadores e a educação pública e gratuita”. “Educação primeiro para o filho do operário, depois para o filho do burguês!” Contra as escolas “Cromañon” que se caem em pedaços, para conseguir todas nossas demandas

há que unir a todos os colégios secundaristas, aos terciários e às universidades do país para lutar por:

*TRIPLICAÇÃO DO ORÇAMENTO EDUCATIVO EM BASE AO NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA EXTERNA! IMPOSTOS PROGRESSIVOS ÀS GRANDES FORTUNAS! FIM DOS SUBSÍDIOS À EDUCAÇÃO PRIVADA E A IGREJA! *RENACIONALIZAÇÃO SEM PAGAMENTO E SOB CONTROLE OPERÁRIO DO PETRÓLEO, AS MINAS E TODAS AS PRIVATIZADAS! *PAREMOS A REPRESSÃO VIDELISTA EM LAS HERAS! LIBERDADE AOS DELEGADOS PETROLEIROS ACOSTA E OÑATE, E A TODOS OS PRESOS POLÍTICOS! DESPROCESAMENTO IMEDIATO DOS ESTUDANTES COMBATIVOS, OS DOCENTES DE SANTA CRUZ E DE TODOS OS LUTADORES OPERÁRIOS E POPULARES! *BASTA DE BRIGAR DIVIDIDOS! TODOS A SANTA CRUZ A PÔR EM PÉ UM CONGRESSO NACIONAL OPERÁRIO-ESTUDANTIL PARA VOTAR UM PLANO DE LUTA UNIFICADO!

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Encaminhamento de Solidariedade dos MINEIROS do El Teniente (Chile) com os TRABALHADORES de Santa Cruz Argentina perseguidos, reprimidos e encarcerados pelo governo argentino.

Os trabalhadores contratados do cobre do El Teniente em greve fazem chegar

sua solidariedade incondicional com os trabalhadores da Patagônia na

Argentina que são reprimidos, perseguidos e encarcerados por brigar contra o

mesmo inimigo que nós: os governos e os monopólios que saqueiam as

riquezas de nossas nações. Este encaminhamento foi votado, à mão alçada e

de maneira unânime, por quase 600 mineiros contratados do Teniente na

Praça Os Heróis de Rancagua, no dia 08 de julho do 2011, por volta das 14

horas.

Encaminhamento de Solidariedade dos MINEIROS do El Teniente (Chile) com os TRABALHADORES de Santa Cruz Argentina perseguidos,

reprimidos e encarcerados pelo governo argentino.

Os trabalhadores de Santa Cruz não podem ficar sós! Libertem a Acosta e

Oñate e todos os presos políticos!

Fora a gendarmeria e a polícia da Las Heras! Abaixo a repressão aos que

lutam!

MARCHAMOS TODOS

AO CONSULADO DE CHILE EM

APOIO À MOBILIZAÇÃO DOS

ESTUDANTES CHILENOS

Educação pública e gratuita! Nacionalização do cobre, sem pagamento e sob controle dos trabalhadores para financiar a educação! Em defesa da educação pública na Argentina, abaixo a LES e a CONEAU! Triplicação do orçamento educativo com base ao não pagamento da dívida externa! Renacionalização sem pagamento e sob controle operário do petróleo, as minas e todas as privatizadas! Impulsionemos em todos os colégios em luta, em todas as faculdades e terciários, todo tipo de ações pelo triunfo da luta dos estudantes e trabalhadores chilenos. Assembléias para marchar na quinta-feira ao consulado e por nossas demandas e reivindicações. Viva a unidade operário-estudantil! Comitê de apoio à luta dos estudantes chilenos da Faculdade de Filosofia e Letras (Uiversidade de Buenos Aires) impulsiona esta mobilização junto ao Movimento estudantil de chilenos em Argentina “Exilados da educação”.

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Viva a luta antiimperialista dos mineiros, dos estudantes combativos e todos os explorados do país pela renacionalização do cobre sobre controle dos trabalhadores e a educação gratuita! Abaixo o regime cívico-militar da

Constituição de ‘80! Ruptura dos TLCs com o imperialismo!

Greve Geral! A sublevação da juventude chilena por educação pública e gratuita e os combates da classe operária

contra o regime pinocheista dão novos passos adiante , como parte do enfrentamento da revolução e

contrarevolução em todo o mundo. Os mineiros efetivos dos sindicatos filiados a Federação dos

Trabalhadores de Cobre (FTC) em assembléia realizada em 5 divisões de Codelco votaram uma

paralisação de 24 horas para 11 de Julho. Somam-se os sindicatos de mineiros de empresas

“contratistas” em greve na divisão Teniente, a Confederação de Trabalhadores de Cobre (CTC) e os

estudantes secundaristas agrupados no ACES que chamam a apoiar ativamente esta mobilização. Viva

a luta de classe operária e a juventude explorada! Viva o combate antiimperialista das massas

chilenas contra o saqueio da nação!

Neste panorama onde começa a generalizar as lutas, a burocracia sindical da CUT e CTC querem dividir

e dessincronizar em múltiplas mobilizações a energia das massas, para descomprimi-las, desgastá-las

e finalmente deixá-las aos pés dos setores “progressivos”, “democráticos”, “bolivarianos”, da burguesia,

como a “concertação” e o PC no parlamento. O mesmo faz a burocracia estudantil da CONFECH com sua

aliança com os reitores das universidades tradicionais e os setores das direções dos estudantes

secundaristas que tem sentado a dialogar com Lavín. Eles estão em contra de que a classe operária,

a juventude combativa e os explorados da nação conquistem organismos de autodeterminação e

democracia direta e uma ação política de massas que una suas fileiras em um combate à altura de

derrotar ao regime burguês e resolver os nossos problemas com as nossas próprias mãos.

Setores da burguesia como algumas alas da “Concertação” junto ao PC se encontram levantando a

consigna de Assembléia Constituinte. Este é um plano para preservar o domínio e a propriedade do

imperialismo e os seus sócios menores da patronal nacional, pois com a Assembléia Constituinte

querem desviar o combate das massas contra o arqui reacionário regime pinochetista da constituição

de 80 e o TLC (Tratado de Livre Comércio, NdT), dizendo-lhes que com novas auto-reformas

cosméticas, que recubram com mais “democracia” e “parlamentarismo” o total submetimento da nação

aos monopólios e bancos imperialistas, se conquistarão as demandas dos explorados da nação.

A burguesia chilena tirou lições dos combates do proletariado do norte da África, e antes que estoure a

revolução que varra com o regime, está a impulsionando políticas que de maneira preventiva impeça o

início da revolução que pulverize ao regime burguês. É que centos de milhares de operários e

explorados em luta fizeram saber que não crêem que baixo este regime pinochetista possa satisfazer

os seus reclamos, que nem a Concertação e o PC, que nem Piñera e nenhum dos partidos patronais

serventes do imperialismo podem fazer-lo. Basta de Concertação e PC, sustentadores do reacionário

regime cívico militar! Tomemos em nossas mãos o grito de guerra dos explorados indignados da

Espanha: “Tiraram-nos muito, agora o queremos tudo!” “Fora os políticos patronais serventes dos

banqueiros parasitas!” “O capitalismo não se reforma, se destrói!” “os nossos sonhos não cabem

nas vossas urnas!” “Abaixo o regime!”

As jornadas de paralisações das 5 divisões de Codelco do 11 e a paralisação estudantil do 14 de julho

têm que ser um passo para conquistar um Congresso Nacional de delegados com mandato de base

do movimento operário, dos camponeses pobres e os explorados, junto aos estudantes

combativos, para derrotar à burocracia sindical da CUT e estudantil da CONFECH, deixando assim

a Central ao serviço de organizar a greve geral. Abaixo as direções colaboracionistas da CUT! Por

uma CUT ao serviço de varrer ao regime cívico-militar da Constituição de 80! Fora os “pacos

vermelhos” (polícias vermelhos, NdT) das organizações operárias e o movimento estudantil!

Não há tempo que perder. As organizações que chamam a conformar um Comitê Nacional de Luta, que

nesta segunda-feira 11 de julho reunir-se-á em Rancagua ao redor da greve dos mineiros de

contratistas do El Teniente, têm que encabeçar este chamado. As organizações de esquerda como o

“sindicalismo independente”, direções anarquistas, o FeL, o FER, o MIR, FPMR, PTR (ex CcC) que têm

influência ou dirigem organizações combativas como SITECO, SINTEC, Fetracoma, a ACES, a UTEM,

centros de estudantes, como a faculdade de filosofia da U de Chile, toda a dissidência da CONFECH,

etc., que dizem defender a briga pela re-nacionalização do cobre sob controle dos trabalhadores, a

unidade operário-estudantil e a educação gratuita, os trabalhadores portuários que anunciaram o

“Portenhazo” devem pôr toda a sua influência e peso ao serviço de centralizar e coordenar todas as

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lutas em um Congresso Nacional dos operários e explorados do país. Por isso: Todos têm que mandar

delegados a Rancagua para começar a pôr em pé o Comitê Nacional de Luta que encabece o

chamado a dito Congresso!

O governo Piñera com o seu anúncio presidencial da terça-feira 5 de julho confirmou que a burguesia

lacaia do imperialismo não está disposta a ceder nas demandas dos estudantes e o movimento

operário. Por isso para quebrar a vontade do governo, o seu regime e o conjunto da burguesia, temos

que lutar por tudo, começando por levantar a demanda que concentra todos os reclamos das massas

do país: Abaixo o regime cívico-militar, pinochetista-concertacionista da Constituição de 80!

Ruptura dos TLCs com o imperialismo!

Para isso precisamos sublevar ao conjunto do proletariado e as massas, para o qual há que jogar

abaixo às direções colaboracionistas das organizações operárias e estudantis, que querem restabelecer

a paz social. Por isso ponhamos em pé um Congresso Nacional de delegados com mandato de base

do movimento operário, dos camponeses pobres e os explorados, junto aos estudantes

combativos! Abaixo a burocracia sindical da CUT! Fora do movimento estudantil as direções pró

burguesas do PC e o Concertação!

Para concretizar a unidade do movimento operário e dos explorados temos que concretizar um Pano

Único de reclamos que solucione de maneira real e definitiva as demandas mais importantes das

massas: Abaixo a LGE (Lei Geral de Educação, NdT) e a reforma educacional de Lavín-Piñera!

Educação pública, gratuita e laica em todos os seus níveis desde o jardim de infância até a

universidade! Abaixo a educação privada: estatização dos estabelecimentos educativos privados

sem pagamento e baixo controle dos estudantes, os professores e as organizações operárias!

Abaixo o P$U (Tipo de Vestibular, NdT), ingresso irrestrito à universidade! Financiemos a educação

com: re-nacionalização, sem indenização e sob controle operário, do cobre! Não ao pagamento da

dívida externa! Imposto progressivo às grandes fortunas e os banqueiros imperialistas! Abaixo a

Lei reservada do cobre!

Em frente às greves que desenvolvem os mineiros contratados e a paralisação chamada pela FTC e CTC

é preciso defender as demandas que unam a todo o movimento mineiro: Abaixo a subcontratação! A

igual trabalho, igual salário! Basta de operários de segunda e terceira categoria! Todos efetivados!

Por um convênio único das minas de Codelco e de todo o país no qual os mineiros das empresas

sub-contratadoras ganhem o mesmo salário com os mesmos benefícios que os mineiros efetivos

de Codelco. Só assim impediremos as demissões, que já estão em curso, dos trabalhadores efetivos da

Codelco.

Enquanto a burocracia sindical da CUT chama a um miserável aumento do salário mínimo de 192 mil

pesos, contra esses lacaios da burguesia, a voz firme dos operários do país tem que chamar a acabar

com os salários de fome e miséria, pôr fim ao flagelo do desemprego: Salário nivelado segundo o

custo da vida, 700 mil pesos JÁ! Todas as mãos disponíveis a produzir: redução da jornada laboral

para seis horas para impor um turno mais em todas as fábricas e centros de trabalho!

Enfrentemos a repressão da polícia assassina e também dos matões da burocracia sindical e estudantil,

os “pacos de vermelho”, com comitês de auto-defensa das organizações operárias e estudantis!

Liberdade imediata e incondicional a todos os presos políticos! Desprocessamento imediato de

todos os operários e estudantes perseguidos por lutar! Re-incorporação dos demitidos em greve e

os estudantes expulsados dos seus colégios e universidades! Abaixo a lei antiterrorista!

Só um Governo provisório revolucionário operário e camponês, que rompa com o imperialismo e jogue

abaixo ao regime cívico-militar, pinochetista-concertacionista da constituição de 80, poderá resolver as

demandas de trabalho, educação, saúde e morada gratuitas, re-nacionalizando o cobre, entregando-lhe

terra ao camponês pobre. Unicamente um governo assim, baseado na autodeterminação e armamento

generalizado das massas, surgido da derrota da oficialidade do exército pinochetista genocida, poderá

assegurar uma Assembléia Constituinte livre, soberana e democrática, já que será a república mais

democrática que possam pôr em pé os explorados do Chile.

Adiante Que comece a segunda revolução chilena!

Que voltem a se levantar os gloriosos cordões industriais! Por um Chile operário e socialista sem

transnacionais e bancos imperialistas, sem políticos patronais lacaios da Concertação e o pinochetismo

e sem generais genocidas! Por um Chile dos cordões industriais triunfantes!

Partido Operário Internacionalista Quarta Internacional de Chile 10-07-2011