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Fomentar o debate e a união para "preparar o futuro imediato do partido"

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Page 1: Fomentar o debate e a união para "preparar o futuro imediato do partido"

Diário de Coimbra

Fomentar o debate e a união para “preparar o futuro imediato do partido” Carlos Cidade confirmou ontem que será candidato à presidência da Concelhia do PS em Coimbra, actualmente liderada por Luís Vilar. Num jantar onde participaram amigos e apoiantes, o deputado socialista na Assembleia Municipal pediu os votos e o empenho de todos para fazer renascer no concelho uma «esquerda moderna, competitiva e sedutora». Tudo sem esquecer o verdadeiro adversário «Coloco ao serviço do PS todo o meu saber, entusiasmo, dedicação e vontade de lutar pelos valores do partido e as causas de Coimbra e das suas 31 freguesias com propostas de modernidade». Foi com um discurso virado para dentro do partido, mas sem esquecer o verdadeiro adversário, a coligação «PSD/CDS/ /CDU», que Carlos Cidade se assumiu ontem como candidato à presidência da Comissão Política Concelhia do PS em Coimbra, actualmente liderada por Luís Vilar. Falando perante cerca de uma centena de amigos e apoiantes do partido que participaram num jantar de apoio, no restaurante Cantinho dos Reis, na Baixa de Coimbra, o antigo chefe de gabinete de Manuel Machado e actual deputado do PS na Assembleia Municipal, confirmou uma candidatura que, conforme o próprio assumiu ao Diário de Coimbra, «não constitui surpresa» no seio do PS/Coimbra, uma vez que Carlos Cidade, nos últimos tempos, já vinha mantendo contactos junto das secções, das freguesias e dos próprios militantes com vista a assumir-se como um nome capaz de «dotar o PS da capacidade de intervenção» que se vem perdendo nos últimos tempos. «O PS comete um grande erro se continuar a virar-se só para dentro e deixar no terreno o adversário», afirmou, comprometendo-se a, «com profissionalismo e exigência, capacidade e determinação», preparar o partido para «o futuro imediato» no concelho, tendo em vista as eleições autárquicas, legislativas e europeias que se aproximam. O debate interno será a chave da Concelhia de Coimbra, se passar a ser liderada por Carlos Cidade, mas um debate que, como afirmou, tem de ser «aceso, mas capaz de revelar conhecimento dos problemas e capacidade para apresentar propostas credíveis». «Este debate que hoje se inicia estava a ser preciso, mas só deverá ser feito se for entendido pelos cidadãos, se for feito com elevação de cidadãos livres, mas responsáveis», afirmou Cidade, prometendo uma «liderança combativa e afirmativa», virada para a modernidade, mas sem críticas ou polémicas internas: «Não contem connosco para colocar na lama nomes ou catalogar camaradas», avisou, assumindo que vai «precisar dos votos de todos e de todo o empenho», mas deixando claro que o empenho é ainda mais preciso para o próprio partido. “Um partido sedutor” «A imagem do PS tem de ser preservada a todo o custo. É preciso dar-lhe estabilidade, rejuvenescimento e coesão», continuou, considerando que, só assim, o Partido Socialista poderá ser «o partido liderante da esquerda moderna, competitiva, um partido sedutor». O que Cidade pretende, portanto, é preparar o PS «para um projecto decididamente virado para o futuro, capaz de o transformar numa plataforma vibrante dessa modernidade, mas também de solidariedade e fraternidade».

http://www.diariocoimbra.pt/17825.htm (1 of 2)17-02-2008 19:43:18

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Diário de Coimbra

Tudo isto sem esquecer o «legado» e a «obra» de quem fez a história do PS em Coimbra, como é o caso de Fernando Vale, António Portugal, João Fernandes, João Rui Almeida, Luís Marinho, Manuel Machado e Fausto Correia ou ainda José Penedos, Henrique Fernandes, Victor Baptista ou Luís Vilar, todos citados por Carlos Cidade como «referências» no partido «que devemos respeitar». Recorde-se que as eleições para a Concelhia do PS em Coimbra estão marcadas para os dias 18 e 19 de Abril, sendo Carlos Cidade o único militante socialista a, até ao momento, assumir a candidatura à presidência, depois de ter sido incentivado «por um grupo de militantes, preocupado com a imagem e as circunstâncias que se vivem no PS de Coimbra», afirmou. O PS/Coimbra é, neste momento, liderado por Luís Vilar – a completar o terceiro mandato - que é arguido num processo em que é acusado pelo Ministério Público da presumível autoria de cinco crimes (dois de abuso de poder, corrupção passiva para acto ilícito, tráfico de influências e financiamento partidário ilícito). O ainda líder da Concelhia – que ainda não confirmou se se recandidata ao cargo - aguarda ainda a decisão instrutória do Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra. Carlos Cidade, licenciado em Direito pelo Instituto Superior Bissaya Barreto, foi, em 2004, o “número dois” da candidatura de Mário Ruivo à Concelhia de Coimbra. O actual presidente do Centro Distrital de Coimbra da Segurança Social assumiu, há uma semana, a sua candidatura à presidência da Federação Distrital de Coimbra do PS, liderada pelo deputado e vereador Victor Baptista. Ataque à coligação “PSD/CDS/CDU”: o verdadeiro adversário “Fumos de ilegalidades são pão nosso de cada dia” Mesmo deixando alguns recados para dentro do partido, Carlos Cidade não quis deixar de, no seu discurso de candidatura, apontar o dedo àquele que considera ser o «verdadeiro adversário» do PS: a coligação «PSD/CDS/CDU» que lidera, há dois mandatos, a Câmara Municipal de Coimbra. «A actual câmara falhou. Em apenas dois mandatos, os fumos de ilegalidades e poucos escrúpulos são o pão nosso de cada dia», declarou o deputado socialista na Assembleia Municipal recordando que «nunca Coimbra, em tempo algum, foi tão falada pelas piores razões» como agora e não tendo dúvidas de que o «epicentro» da polémica está «na Praça 8 de Maio». «Coimbra perdeu tempo com estes dois mandatos de coligação de direita», afirmou, contrastando a obra de Carlos Encarnação e da sua equipa com a dos sucessivos governos socialistas no concelho: «o PS, enquanto liderou, apresentou resultados que não envergonham a cidade, pelo contrário, a honram», afirmou, considerando, por isso, que «só um PS forte, coeso e unido» pode fazer com que Coimbra resolva «os problemas que se mantêm e que impedem a vivência do desenvolvimento em todos os aspectos da sua vida enquanto urbe».

Ana Margalho

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