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Filosofia 10º Ano A dimensão pessoal e social das religiões Professora Joana Inês Pontes Sigmund Freud (1856-1939) RELIGIÃO É UMA ILUSÃO QUE TEM AS SUAS RAÍZES NO PSIQUISMO HUMANO Uma das experiências fundamentais do ser humano é a sensação de insegurança e a necessidade de PROTECÇÃO e AMPARO. Para Freud a religião não passa de uma ILUSÃO, NEUROSE OBSESSIVA (que o homem deve ultrapassar): um MECANISMO DE DEFESA criada pelo homem; uma espécie de PROLONGAMENTO DA INFÂNCIA; uma inconsistente necessidade do pai - relutância em abandonar a dependência paterna; uma fuga além do imaginário, uma constante e sempre frustrada necessidade de paz e tranquilidade. uma prova de imaturidade humana (esconde um estado infantil) FUTURO DO HOMEM: ULTRAPASSAR ESSA FRAGILIDADE E PROGREDIR Para Freud, o dever o homem é aceitar esta condição e enfrentar a realidade, sem recorrer a consolações. De que forma? Através de uma educação em “vista da realidade”, que não fabrique doentes que depois precisem do narcótico religioso. Só uma educação fundada na verdade pode encaminhar o homem para a maturidade e superar a necessidade da religião. Para Freud existem 3 fases de evolução humana: 1) ANIMISTA: o homem atribui a ele mesmo a omnipotência do que o rodeia. 2) RELIGIOSO: transfere a omnipotência aos Deuses. 3) CIENTÍFICO (culminar da escada evolutiva): a omnipotência é objecto de renúncia, a concepção do universo já não oferece espaço para a omnipotência humana. QUAL É O DEUS DE FREUD? Deus é, assim, entendido como um PROTECTOR SUPREMO: o ser que alivia as nossas angústias, as nossas frustrações, os nossos medos, consolando-nos. O pai que julgamos acompanhar-nos, proteger-nos e vigiar-nos toda a vida (ilusão compreensível dada a fraqueza do homem).

Freud - Religião

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Filosofia  -­‐  10º  Ano                                                                                                                                                                                A  dimensão  pessoal  e  social  das  religiões    

 

Professora Joana Inês Pontes

Sigmund Freud (1856-1939)

 

RELIGIÃO É UMA ILUSÃO QUE TEM AS SUAS RAÍZES NO PSIQUISMO HUMANO  

 

§ Uma das experiências fundamentais do ser humano é a sensação de insegurança e a necessidade de PROTECÇÃO e AMPARO.

§ Para Freud a religião não passa de uma ILUSÃO, NEUROSE OBSESSIVA (que o homem deve ultrapassar):

§ um MECANISMO DE DEFESA – criada pelo homem; § uma espécie de PROLONGAMENTO DA INFÂNCIA; § uma inconsistente necessidade do pai - relutância em

abandonar a dependência paterna; § uma fuga além do imaginário, uma constante e sempre frustrada

necessidade de paz e tranquilidade. § uma prova de imaturidade humana (esconde um estado infantil)

FUTURO DO HOMEM: ULTRAPASSAR ESSA FRAGILIDADE E PROGREDIR

 

§ Para Freud, o dever o homem é aceitar esta condição e enfrentar a realidade, sem recorrer a consolações. De que forma? Através de uma educação em “vista da realidade”, que não fabrique doentes que depois precisem do narcótico religioso.

§ Só uma educação fundada na verdade pode encaminhar o homem para a maturidade e superar a necessidade da religião.

Para Freud existem 3 fases de evolução humana:

1) ANIMISTA: o homem atribui a ele mesmo a omnipotência do que o rodeia. 2) RELIGIOSO: transfere a omnipotência aos Deuses. 3) CIENTÍFICO (culminar da escada evolutiva): a omnipotência é objecto de

renúncia, a concepção do universo já não oferece espaço para a omnipotência humana.

QUAL É O DEUS DE FREUD?

 Deus é, assim, entendido como um PROTECTOR SUPREMO:

§ o ser que alivia as nossas angústias, as nossas frustrações, os nossos medos, consolando-nos.

§ O pai que julgamos acompanhar-nos, proteger-nos e vigiar-nos toda a vida (ilusão compreensível dada a fraqueza do homem).