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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6 2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 7 2.1 Turismo de eventos ...................................................................................... 7 3 FESTAS POPULARES.................................................................................. 17 3.1 Cultura ........................................................................................................ 19 3.2 Hospitalidade.............................................................................................. 22 3.3 Estrutura física ........................................................................................... 24 3.4 Gastronomia ............................................................................................... 26 3.5 Estruturas de apoio .................................................................................... 27 4. A OKTOBERFEST ...................................................................................... 29 5 PESQUISA DE CAMPO ................................................................................ 30 5.1 Resultados da pesquisa ............................................................................. 30 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 49 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 51 APÊNDICE A Questionário aplicado..............................................................56 A

TCC TURISMO

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Page 1: TCC TURISMO

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 7

2.1 Turismo de eventos ...................................................................................... 7

3 FESTAS POPULARES.................................................................................. 17

3.1 Cultura ........................................................................................................ 19

3.2 Hospitalidade .............................................................................................. 22

3.3 Estrutura física ........................................................................................... 24

3.4 Gastronomia ............................................................................................... 26

3.5 Estruturas de apoio .................................................................................... 27

4. A OKTOBERFEST ...................................................................................... 29

5 PESQUISA DE CAMPO ................................................................................ 30

5.1 Resultados da pesquisa ............................................................................. 30

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 49

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 51

APÊNDICE A – Questionário aplicado..............................................................56

A

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1 INTRODUÇÃO

O tema deste trabalho de conclusão de curso surgiu da necessidade de

dimensionar a importância que as festas populares têm para o turismo regional,

servindo muitas vezes de alavanca para o desenvolvimento do turismo de

determinadas regiões e países.

Foi realizada uma pesquisa que teve por objetivo analisar as motivações

que influenciaram o público a frequentar a festa popular intitulada Oktoberfest,

da cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, bem como suas

opiniões relacionadas à infraestrutura e os serviços oferecidos. Para a

realização desta pesquisa foram realizadas entrevistas junto aos visitantes da

festa nos turnos do dia e noite entre os dias 07 a 18 de outubro de 2015.

Este trabalho foi importante pelo fato de que segundo Allen (2003), o

turismo de eventos é uma área que vem crescendo constantemente, seja

através dos eventos festivos, ou empresariais. Toda um município pode ter

vantagens com a realização do mesmo, seja de pequeno ou grande porte, pois

é um grande incentivador da movimentação da economia de um município.

Para o autor, o turismo de eventos como uma indústria em crescimento

está chamando a atenção, pois acarreta benefícios econômicos e geração de

empregos.

Conforme Melo (2008), a participação em eventos, educa os sentidos,

aprimora o olhar, adquire uma nova visão do mundo, absorve novos

conhecimentos e promove novas experiências, ultrapassando os limites da vida

particular, além de beneficiar outros setores ligados a economia de uma região.

Paiva (2008), destaca que, os eventos são uma atividade econômica em

constante crescimento, sendo também, uma fonte que gera desenvolvimento,

aumenta a necessidade de profissionalização e especialização nesta área.

Neste sentido, o trabalho de conclusão de Curso, abordará o turismo de

eventos no segundo capítulo, as festas populares no terceiro capítulo, levando

em consideração os aspectos relacionados à cultura, a hospitalidade, a

infraestrutura, a gastronomia e as estrutura de apoio. No capítulo 4, será

apresentado o caso da Oktoberfest Santa Cruz do Sul e em seguida os

resultados da pesquisa.

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7

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Turismo de eventos

Conforme Ansarah (2001), a atividade de turismo iniciou na década de

1840 na Inglaterra, quando um pastor batista, Thomas Cook, decidiu fazer uma

campanha contra o consumo de álcool, teve a ideia de promover uma viagem

de trem entre duas cidadezinhas. Promoveu a tal viagem, objetivando uma

reunião de protesto contra o consumo de álcool. Ele obteve sucesso na

atividade, pois uma viagem de trem atraia a população e pensando no feito

decidiu criar uma atividade em que as pessoas pudessem descolocar-se para

basicamente conhecer outros lugares.

Segundo a autora, Thomas Cook abandonou a igreja e criou uma agência

de viagens, a primeira no mundo. A partir de então, passou a promover

excursões no seu país e posteriormente em toda a Europa, dando início ao

turismo.

Para Moletta (2001), hoje o turismo é um fator de geração de renda e

emprego, ultrapassando os setores convencionais da economia em muitas

cidades, regiões ou países. É uma atividade capaz de incrementar a economia

através dos gastos feitos pelos turistas, que vão desde as despesas com

hospedagem e alimentação, até a compra de algum artigo no comércio, ou no

deslocamento de táxi.

Montejano (2001), afirma que turismo é uma atividade humana baseada

em varias disciplinas relacionadas às ciências sociais e humanos, portanto, é

um fenômeno vinculado com o tempo livre e a cultura do lazer.

Lapierre e Hayes (1994) definem turismo como atividades de pessoas que

viajam ou permanecem em lugares fora da sua rotina, por até um ano seguido,

seja a lazer, negócios ou outros objetivos.

No entanto Palhares (2008), afirma que nem toda viagem é um meio de

deslocamento turístico. O deslocamento feito por transportes públicos dentro

de seus espaços habituais e mesmo que não habituais não são considerados

turismo.

Page 4: TCC TURISMO

8

Contudo, Lickorish (2000), afirma que não é apenas de viagem que o

turismo se trata, mas também, o objetivo da viagem, que pode ser de lazer ou

negócios.

Trigo (2009) diz que turismo faz parte de um universo denominado lazer,

que basicamente são todas as atividades desenvolvidas fora do sistema

produtivo, das obrigações sociais, religiosas e familiares. O lazer é uma

necessidade e um direito do ser humano.

Para o autor o turismo é uma atividade que ultrapassa os setores

convencionais da economia, pois envolve dados de natureza econômica,

social, cultural e ambiental. É frequentemente descrito como uma atividade

multifacetada.

Ainda segundo o autor, o ser humano viaja desde a pré-história. As

primeiras pessoas a se deslocarem eram nômades, peregrinos, refugiados,

marinheiros, entre outros, e não exatamente turistas. Os nobres e os religiosos

também viajavam em busca de novos costumes e culturas, familiarizar-se com

outras sociedades, e outros modelos econômicos e políticos.

Neste sentido, destaca-se que para a União Internacional das

Organizações Oficiais de Viagens, Iuoto, (1968 apud Barretto 1997), “o turista

equivale a um tipo de visitante”, e visitante é aquela pessoa que visita um país

que não é o seu habitual, por qualquer motivo que não seja para realizar

trabalho remunerado. Entre os visitantes, incluem-se os turistas, que são

viajantes que ficam ao menos uma pernoite em um país ou região e

permanecem no mínimo 24 horas e os excursionistas, que são aqueles

visitantes que não param para uma pernoite e permanecem menos de 24

horas.

Palhares (2008), afirma que para qualquer empresa do setor do turismo é

impossível alcançar todo o público que estaria disposto a consumir seu

produto, portanto, para atingir com mais eficiência os consumidores, as

empresas recorrem a segmentação do mercado, que é uma estratégia de

marketing em que divide os consumidores em segmentos ou subsegmentos.

Segundo o autor não existe um destino que seja valorizado e aceito por

todos os consumidores, todavia, é a segmentação é que vai delimitar para que

publico deve direcionar. É possível estabelecer inúmeros segmentos do

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mercado turístico, o que reflete na busca pela especialização do mercado

turístico.

Trigo (2009), diz que a Organização Mundial do Turismo (OMT)

reconhece dezesseis tipos de segmentações, que podem ser subdivididas em

diversos segmentos. Dentre eles estão o turismo de luxo, infantil e da quarta

idade (acima de 80 anos), étnico, GLS, enoturismo (roteiros em vinícolas),

pesca, aventura, gastronômico, esportivo, mórbido, espacial, cinegético (caça),

ornitológico (observação de pássaros), de incentivo ou o sexual, que não é

reconhecido em nenhuma segmentação, porém existe.

Com relação ao turismo de eventos, conceitua-se evento como um

acontecimento que desde as suas origens na antiguidade e em sua trajetória

histórica até chegar aos tempos modernos sempre envolveu várias pessoas

nas diversas fases do seu planejamento e organização como também atraiu

grande número de participantes (MATIAS, 2007).

É uma atividade econômica que apresenta crescimento em nível global e

se torna uma fonte geradora de desenvolvimento. Assim, surge a necessidade

de profissionalização e de estudos especializados na área. (PAIVA, 2008).

Para Zanella (2010), o turismo de eventos engloba os eventos sociais,

familiares e também os empresariais, no entanto está em grande evolução, e

nos acarreta diversas vantagens, pois além da importância para o

desenvolvimento turístico, os eventos apresentam algumas peculiaridades

relacionadas com o ambiente socioeconômico, que são: cumprir programação

regular e tradicional durante o ano, colaborar para assegurar a estabilidade da

atividade econômica, aumentar a taxa de ocupação, incrementar a arrecadação

de impostos e tributos, entre outros.

Ansarah (2001), afirma que o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur)

possui uma divisão de capacitação de eventos, que propõe vender a imagem e

o destino do Brasil interna e externamente, com o objetivo de facilitar o setor

privado voltado especialmente ao turismo de eventos.

A autora diz que o mercado de eventos cresce sensivelmente, pois o

turismo de eventos tem ligações com outros setores do turismo, tais como o

turismo de incentivos. Serviços objetivam transferir um ato, uma ação, um

esforço, um desempenho a ser oferecido ao cliente, portanto o objetivo de

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quem organiza eventos é encantar seu cliente, para que voltem e que

divulguem seus serviços.

De acordo com o Relatório da EMBRATUR, que verificou a demanda

turística de Brasília em 1998, um turista de eventos gasta até três vezes mais

do que um turista convencional, permanecendo, em média, por um período de

dois a cinco dias na cidade. Existem também outros benefícios gerados pela

indústria dos eventos, tais como: a) equilíbrio na relação de oferta e demanda;

b) aumento na arrecadação de impostos, c) grande retorno de imagem, d)

criação de uma identidade turística voltada para realização de eventos, e)

enriquecimento cultural da população local. A partir disso, nota-se uma série de

características positivas para o desenvolvimento de eventos, tendo como

objetivo, principalmente, gerar benefícios econômicos.

Para o autor, para trabalhar com diversos segmentos é necessário

conhecer e respeitar a quantidade de ofertas que existem e suas

características, pois, existem diversas maneiras de pensar e deve-se respeitar

cada uma delas.

Segundo Matias (2007), os eventos acontecem e ocupam grande espaço

na sociedade desde muito tempo. Evento é uma atividade econômica e social

que surgiu praticamente com a civilização humana e que caminha junto a ela,

adquirindo características representativas de cada período da historia, desde

os tempos modernos até atualmente. Matias (2007, p. 6), ainda reforça que:

A Revolução Industrial operou grandes mudanças na sociedade, transformando a economia manual em mecanizada. O trabalho humano ou animal foi substituído por outros tipos de energia, como a maquina a vapor ou de combustão. Essas mudanças causaram transformações também nos transportes e comunicação. Todas essas mudanças que se processaram refletiram também nos tipos de eventos realizados, causando o surgimento dos eventos científicos e técnicos.

Rogers (2011) pensa que a expressão “indústria de eventos” é recente e

não deve ter começado a ser usada antes da segunda metade do século XX,

porém, a necessidade que as pessoas têm de se unir e conversar pode ser

datada com uma das coisas mais antigas da humanidade.

Matias (2007) afirma que em decorrência dos diversos avanços

tecnológicos que surgiram, seja no transporte, ou comercialização, os serviços

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turísticos são grandes influenciadores para o desenvolvimento do turismo em

geral e do turismo de eventos.

Além disso, a autora afirma que a civilização antiga deixou de herança

para o turismo e para o turismo de eventos a hospitalidade, a infraestrutura de

acesso e os primeiros espaços de eventos. Os eventos são ferramentas que

podem trazer diversos benefícios, podendo direcionar as empresas para um

publico mais especifico, com o intuito de aumentar suas vendas, aumentar as

divisas de uma cidade ou região, gerar mais empregos, entre diversas outras

vantagens, motivo pelo qual aumentou cada vez mais o interesse pelos

eventos.

Além de um conceito geral, os eventos fazem parte da área de turismo de

eventos, área na qual é também uma forma de divulgar os bens do município

receptor, fato que ocorre devido ao deslocamento de pessoas para o prestigio

do evento. Em diversas ocasiões o participante aproveita para levar suas

famílias ou acompanhantes para passear e conhecer os pontos turísticos, e

consequentemente, gerar divisas para a cidade.

Para Andrade (1992), o turismo de eventos é o conjunto de atividades

exercidas por pessoas que viajam a fim de participar dos diversos tipos de

eventos com o intuito de criar alternativas, de dimensionamento ou de

interesses de determinada categoria profissional com objetivos para

aperfeiçoamento setorial ou de atualização.

Dentro do turismo existem diversos setores, e segundo Rogers (2011), o

segmento de eventos faz parte do setor de turismo de negócios (ou de eventos

de negócios), que tem considerável importância para o turismo, embora

costume ser relegado a segundo plano.

Neste sentido, Moletta (2001), destaca que evento é uma atividade social

especifica que acontece mediante um planejamento e que pode prosperar na

economia de uma cidade ou região.

Conforme a autora, os eventos são acontecimentos criados e planejados

para ocorrer em um lugar determinado e com espaço de tempo pré-definido.

Possuem finalidades especificas, visando a apresentação, a conquista ou a

recuperação do público-alvo e podem ser criados artificialmente, ocorrer

espontaneamente ou, ainda, ser provocados.

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Ansarah (2001), afirma que a área de atuação do turismo abrange

empresas com atividades de várias naturezas, como hospedagem, transportes,

agenciamento, alimentação, entretenimento, entre outros.

Contudo, segundo o autor, o principal foco do turismo é proporcionar a

satisfação dos desejos e necessidades dos turistas, obtendo lucros através da

prestação de serviços, como qualquer atividade econômica.

Ansarah (2001) afirma que na organização de um evento é importante

definir sua missão ou meta, propósitos, valores e estratégias Eventos são

considerados como uma empresa temporária, que possui objetivos,

compromissos e metas a serem cumpridas. Portando, um planejamento é

imprescindível para atingir e otimizar propósitos.

Palhares (2008), diz que dentre todas as definições que existem, o

planejamento turístico é um processo fundamental, que visa orientar para o

desenvolvimento turístico de um empreendimento, local, região, município,

estado ou país, tendo como meta alcançar os objetivos propostos na

elaboração do planejamento.

O autor afirma que o planejamento pode ter inúmeros focos e

direcionamentos. Podendo ser direcionado mais para o lado econômico, social

ou ambiental, desde que todos os aspectos sejam considerados. Pode ser

voltado a parques de diversões, área protegidas, eventos, transportes ou

culturais.

Palhares (2008), afirma que os profissionais de turismo geralmente

envolvem-se com quatro tipos principais de eventos, que são as reuniões,

viagens de incentivo, convenções e exposições, pois são fortemente ligados ao

segmento turismo de negócios.

Para Hughes (2005), não existe uma modalidade de arte ou de

entretenimento especifico para o turismo, é difícil saber o que vai encantar o

turista, pois em qualquer plateia pode conter turistas.

Para o autor, em termos de produção, os eventos podem ser classificados

de acordo com sua intenção, ou não, de atrair turistas ou em seu poder de

atração, que pode ser forte, aqueles eventos que geralmente acontecem em

cidades litorâneas, são espetáculos que acontecem em locais onde os turistas

já estão no local. O fraco pode ser descrito como àqueles eventos que são

apenas produções artísticas, sem apelo turístico.

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Para Allen (2003), desde o principio, os seres humanos encontram

maneiras de registrar os momentos importantes de suas vidas, como a

mudança das estações, as fases da lua e a renovação da vida a cada

primavera. Tanto em acontecimentos particulares ou públicos, existe a

necessidade de marcar as ocasiões mais importantes de suas vidas e de

festejar os principais momentos. Motivo pelo qual acarretou certo interesse pela

indústria de eventos nas pessoas, o que influenciou a evoluir de uma forma

consideravelmente rápida.

Zanella (2010), afirma que para os eventos nos trazerem bons resultados,

é necessário planejamento. Pela complexidade, amplitude e importância, a

promoção de qualquer evento exige especialização técnica, experiência e

especialização no tipo de evento a ser realizado. Por isso, a operacionalização

fundamenta-se em um sistema de planejamento, abrangendo alguns aspectos

básicos.

Segundo o autor, o planejamento vai muito além de uma pesquisa feita

previamente, isto é, a concepção e planejamento de um evento deverão ser

precedidas de estudo da viabilidade para analise das condições e capacidade

da entidade promotora para sua realização.

Além disso, existe a necessidade de realizar previamente ampla pesquisa

técnica para conhecer a opinião do publico alvo sobre os objetivos, sistemática,

locais, datas, horários, participantes, convidados.

Os eventos são classificados por objetivo ou área de interesse. Segundo

Moletta (2001), os eventos se multiplicam em diversas atividades com

características próprias. Mas segundo seus objetivos, admitem algumas

classificações. Estas classificações são: Cultural e lazer, esportivo, técnico e

cientifico/empresarial e negócio.

Os eventos são apresentados sob diversos tipos ou modalidades de

acordo com sua natureza, fator gerador, objetivos, qualificação ou nível dos

participantes, amplitude, área, local, etc. (ZANELLA, 2010, p.5).

Para Moletta (2001), os eventos do segmento cultural e lazer são mais

direcionados aos aspectos de uma cultura, para conhecimento ou proporcionar

entretenimento, os esportivos são ligados a qualquer tipo de evento do setor

esportivo, independente da modalidade, o evento técnico e científico trata de

assuntos referentes às ciências naturais e biológicas, já os eventos de tipo

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empresarial e negocio são aqueles que envolvem atividades para empresas,

onde corporações reúnem-se para decidir ou apresentar determinados

assuntos.

A autora ressalta que existem diversas classificações para eventos, para

cada um deles existe um formato, estrutura e especificação que corresponda à

tipologia. Muitas tipologias de eventos são semelhantes em seu formato e

constituição, fazendo com que pertençam a um mesmo grupo, como eventos

sociais, religiosos, profissionais etc. É comum encontrarmos erros em

divulgações de eventos, como no caso de tipologias trocadas.

No turismo, os eventos são divididos em diversas formas, variando do

ponto de vista de cada autor. Todavia, Moletta (2001) exemplifica alguns tipos

de eventos existentes:

a) Festas populares: manifestação tradicional e/ou popular motivada por

atos de comemorações religiosas, folclóricas, cívicas ou outros.

b) Jogo: possui caráter recreativo e competitivo, ocorre num período

determinado de tempo.

c) Campeonato: geralmente formado por um conjunto de jogos ou disputas

de uma mesma modalidade. Podem ser regionais, nacionais ou

internacionais, sendo dado ao vencedor o titulo de competição.

d) Olimpíada: conjunto de jogos de varias modalidades. Pode ter caráter

nacional ou internacional.

e) Congresso: evento de grande porte que pode englobar outros tipos de

atividades como painéis, palestras, simpósios, mostras ou exposições.

f) Debate: discussão entre duas ou mais pessoas que defendem pontos de

vista divergentes sobre um determinado tema, necessitando a presença de

um moderador, a plateia não participa com perguntas, somente com

aplausos e protestos moderados.

g) Encontro: reunião de profissionais de uma mesma categoria, com o

propósito de debater temas polêmicos que, posteriormente, são

apresentados por representantes dos grupos participantes.

h) Fórum: discussão e debate entre os participantes e a plateia.

Geralmente, ao final do evento, o coordenador da mesa recolhe as opiniões

e apresenta uma conclusão aos participantes.

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i) Jornada: encontros periódicos de grupos profissionais, de âmbito local

ou regional, para discutir assuntos de interesse do grupo.

j) Palestra: apresentação de um determinado assunto por um único

especialista. É coordenada por um moderador e, após a apresentação,

aceitam-se perguntas diretas da plateia.

k) Seminário: neste tipo de evento o assunto exposto é geralmente, de

conhecimento dos participantes, que se organizam em pequenos grupos de

discussão. Este evento pode ser dividido em três fases: exposição,

discussão e conclusão.

l) Convenção: reunião de profissionais de uma determinada entidade ou

empresa, objetivando conhecer novas diretrizes e, também, motivar e

interagir os participantes.

m) Exposição: geralmente, o participante adquire um espaço físico, onde

será montado seu estande. Dependendo do tema, a exposição poderá

possuir caráter artístico, industrial, técnico ou cientifico.

n) Feira: procura divulgar e comercializar um tipo de produto, como:

objetos, vestuários, livros, materiais de escritório, entre outros. Geralmente,

as feiras possuem espaços físicos amplos que se transformam em estandes

de comercialização.

o) Rodada de negócios: tem como finalidade a aproximação de empresas

para realizar parcerias e negociar seus produtos e serviços.

p) Workshop: são encontros onde há uma parte expositiva seguida de

demonstrações do produto a ser comercializado. O workshop pode fazer

parte de um evento de maior amplitude.

Dessa forma, é possível direcionar corretamente ao público-alvo a partir

do formato do evento, encaminhando o participante para uma área mais

especifica, seja para um evento mais empresarial ou familiar.

Antes da realização de qualquer evento, é necessário um processo de

planejamento e com relação aos eventos festivos ou festas, é importante

destacar que segundo Allen (2003), este planejamento consiste em estabelecer

em que ponto uma organização se encontra no presente e para que ponto seria

mais aconselhável que ela se dirigisse futuramente, com as estratégias ou

táticas necessárias para chegar até aquele ponto.

Page 12: TCC TURISMO

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O autor ainda diz que o inicio do processo de planejamento depende do

fato de o evento estar sendo feito pela primeira vez ou de ser preexistente.

Sendo um novo evento, deve ser feito um estudo de viabilidade, se esse

estudo garantir que o evento tem possibilidade de atender critérios decisivos

(tais como lucratividade), ele passa então para a fase de desenvolvimento, e no

caso de um evento preexistente, inicialmente deve ser decidido se ele devera

ou não ser realizado através da preparação de um documento de oferta, se

precisar, deve-se conduzir um estudo mais detalhado de viabilidade para

identificar questões decisivas.

Segundo Matias (2007), depois de feito todo o processo de planejamento

e o pré-evento, a fase decisiva de um evento é o trans-evento, que é o

transcorrer das atividades, ou seja, a aplicação das decisões feitas no pré-

evento, no qual todas as etapas são acompanhadas mediante a aplicação de

uma lista de verificações por área.

Maximiano (1997), afirma que esta etapa consiste na execução do plano

e controle do projeto do ponto de vista técnico, das atividades e do custo. Com

isso, o chamado trans evento é a realização do evento que foi planejado

durante o processo de planejamento do evento.

Ainda segundo o autor, depois de realizado o evento, deve ser iniciado o

processo de encerramento, que consiste em uma avaliação dos resultados

esperados com os obtidos. Esta etapa é uma apresentação de um relatório de

eventos, realização dos balanços, desmobilização dos recursos e preparação

para um novo ciclo.

Para Matias (2007), as principais áreas que devem ser analisadas no

processo de pós-evento são referentes ao serviço de secretaria, divulgação do

pós-evento e serviços complementares.

Para Zanella (2010), após o término do evento, deverão ser tomadas as

seguintes providencias: promover reunião para avaliar o desempenho e coletar

sugestões e informações, realizar inventario de equipamentos remanescentes,

acompanhar a desmontagem, realizar levantamento ou coleta de dados e

indicadores do evento e elaborar relatório final de desempenho dos resultados.

Com isso, o evento só pode dar por encerrado depois de realizar todas as

etapas finais, na qual inclui o relatório dos rendimentos obtidos com a

realização do mesmo.

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3 FESTAS POPULARES

A expressão festa popular, de acordo com Negrine e Bradacz (2006), é

um binômio com significados próprios, sendo entendido como ‘aprovação do

povo’, uma vez que as festas costumam manifestar parte da história e da

cultura local. O turista que participa de uma festa popular não somente a

prestigia, como também acaba por interagir com a cultura local, com os

significados e símbolos presentes nas diferentes manifestações culturais, em

especial as artísticas e as gastronômicas.

Festas são ocasiões para as pessoas reunirem-se e se fortalecerem.

Nelas, prevalece o clima da descontração e despreocupação, pois tem leveza e

efeito contrario a muitas formas de lazer que são pobres em criatividade e

comunhão comunitária, afirma Bueno (2008).

Mazoco (2007) ressalta que festas são momentos sociais onde se

reafirmam laços de solidariedade, é praticada a sociabilidade, se harmonizam,

se unem e, assim, constroem suas identidades sociais.

As festas populares expressam a identidade de grupos locais, onde o

motivo de encontro atrai e identifica indivíduos de mesma identidade. Sua

realização expressa da forma mais fiel possível a vida social da comunidade,

afirma Ribeiro (2004).

Cruz, Menezes e Pinto (2008), dizem que ao abordar as culturas

populares representadas nas festas, crenças, hábitos e tradições, nos saberes

do patrimônio cultural brasileiro, revelados tanto na gastronomia, quanto nas

danças folclóricas, ou nos ritos e celebrações, procura-se enfatizar que todo

espaço ou lugar possui uma significação de existência, o que define uma

identidade. Uma vez que expressões culturais diversas convivem em um

mesmo espaço e dialogam entre si.

O papel social das festas, segundo Balandier (1985), é abrir espaços no

interior da sociedade, para não ser apenas um espetáculo onde se joga com a

realidade e o imaginário, mas oferece a possibilidade de uma participação ativa

onde se criam momentos para a libertação física e psíquica proporcionando a

vivencia.

De acordo com Alcalde e González (1989), podem-se distinguir quatro

dimensões especificas de festas e de todos os fenômenos festivos: a)

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simbólica, b) sociopolítica, c) econômica e d) estética. Sendo que a mais

importante das dimensões é a simbólica, por estar presente em todo fenômeno

festivo, definindo e reproduzindo simbolicamente e identidade de um grupo.

Quanto a sua característica, as festas populares, de acordo com seus

componentes estruturais, podem ser, de acordo com Moura (2001):

a) Religiosos: que são ministrados por sacerdotes ou pessoas autorizadas

pela igreja, que podem ser missas, procissões, novenas, e etc.

b) Profana religiosos: São ministrados por leigos com a aprovação do

sacerdote;

c) Festas profanas, com caráter de diversão: Possui proposito de segurar

os visitantes o maior tempo possível nas festas com leiloes, danças, comidas,

barraquinhas, entre outros.

Para Cruz, Menezes e Pinto (2008), as festas e comemorações populares

são entendidas como ativadoras das relações humanas, já que é nesse

contexto que se dá a interação com o outro e que relações coletivas são

recriadas e reinventadas ao incorporar características culturais diversas.

Segundo Bueno (2008), o fenômeno turístico pode significar a

revitalização das festas e oferecer condições para a manutenção de

expressões culturais que são sempre ameaçados em meio às condições

atuais.

Fica claro que as festas populares ocupam um lugar de grande

importância e visibilidade na cultura brasileira. Por isso, pode se dizer que as

festas estão se multiplicando e ganhando maior notoriedade, pois oferecem ao

turista, elementos que o enriquecem na medida em que vivencia uma

manifestação cultural diferente.

Oliveira e Januário (2007), afirmam que o Brasil viveu um momento

importante no que diz respeito ao turismo, com o fortalecimento e integração do

desenvolvimento como fator de fortalecimento da economia regional. Existe um

efeito multiplicador das atividades que são relacionadas ao turismo, e também

benefícios socioeconômicos, que geram impactos positivos para as localidades

receptoras.

Para Brito e Fontes (2002), os eventos são o maior e melhor meio de

desenvolvimento nacional, do fomento da economia e da geração de

empregos.

Page 15: TCC TURISMO

19

O crescimento do mercado de eventos, assim como cria oportunidades

para muitos profissionais, acaba tornando um mercado altamente competitivo,

por isso, é ideal que o profissional esteja aliado a especializações na área para

que tenha maior destaque, é o que afirmam Oliveira e Januário (2007).

Segundo Matias (2007), um evento estimula a economia de um município,

envolvendo uma grande movimentação nos mais diversos setores da

economia, o que ocasiona um aumento geral na arrecadação das receitas,

números de empregos (diretos e indiretos), além de criar novas oportunidades

para a população local, redistribuindo a renda individual, local e regional.

Para Coutinho e Coutinho (2007), o turismo gerado pela realização de

eventos ou turismo de eventos, por ser o oposto do turismo convencional, é

uma solução para o grande problema da sazonalidade que atinge os meios de

hospedagens no período considerado de baixa temporada (baixa ocupação

hoteleira), pois garantem a chegada de turistas de várias regiões do país e até

do mundo, que na sua maioria irá consumir todos os tipos de serviços

oferecidos. Fica clara, com isso, a importância socioeconômica de um evento

para um determinado município.

Para as autoras, existem diversos exemplos de eventos realizados que

foram sucesso em diversas cidades do país, tal como a Festa do Peão de

Boiadeiro em Barretos, que movimenta a região como um todo, aumentando a

economia local.

Todavia, necessita-se levar em consideração alguns aspectos

fundamentais para o sucesso de uma festa popular, como a valorização da

cultura da região, a hospitalidade do povo, a gastronomia típica, a infraestrutura

do parque e as estruturas de apoio da região.

3.1 Cultura

Durante o período feudal, os festejos de carnaval e os espetáculos

cômicos, expressões da cultura popular, eram de grande importância na vida

dos homens e muito diferentes das cerimônias oficiais sérias da Igreja e do

Estado feudal, afirma Fressato (2009).

O autor afirma que no feudalismo, a cultura popular do riso desenvolveu-

se paralelamente à cultura oficial. A expressão séria imperava, pois essa era

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considerada da verdade e do bem. A seriedade defendida pela Igreja trouxe a

necessidade de legalizar, fora dela, os excluídos, como a alegria e o riso,

portanto foram as festas que sancionaram o riso.

Segundo Abreu (2003), desde o final do século XIX, no Brasil, a

expressão cultura popular faz parte de um pensamento intelectual, formada por

folcloristas, antropólogos, sociólogos, educadores e artistas, que se

preocuparam em construir uma identidade cultural.

Para Lóssio e Pereira (2007), a evolução e as perspectivas da cultura

popular englobam um contexto de inovação, sem descaracterizar, como

também o enfoque tradicional é distorcido, acontecendo esse fenômeno em

diversas manifestações populares.

Para o autor, este fenômeno é atribuído como uma tendência das culturas

de massa, contexto no qual a cultura popular é vista como um extraordinário

fenômeno de pesquisa.

A cultura também pode movimentar uma região, pois além de oferecer

novas formas de trabalho, também oferece outras oportunidades. Muitas vezes

uma apresentação, artesanato, ou até mesmo os ingredientes da culinária

regional, são modificados para facilitar o consumo.

Para Abreu (2003) o fundamental é considerar a cultura popular como um

instrumento que serve como auxilio, para colocar problemas, evidenciar

diferenças e ajudar a pensar a realidade social e cultural, seja ela a da sala de

aula, do cotidiano, ou das fontes históricas. Muito mais fácil do que definir

cultura popular é localizá-la em países como o Brasil, onde o acesso à

modernidade não eliminou práticas e tradições pré-modernas.

Cruz, Menezes e Pinto (2008), acreditam que é importante ressaltar que

as festas culturais são traços de um conjunto etnográfico da história e da

cultura de todos os povos, em todos os níveis e classes sociais. Por isso, as

misturas étnicas, formam um alicerce etnográfico comum a todo território com

suas tradições de ordem religiosas e sociais firmadas no Brasil.

Lóssio e Pereira (2007), afirmam que existem muitas maneiras de

valorizar a cultura popular: a) pela dimensão de símbolos que possuímos

através da comunicação e b) pelas questões de rivalidades entre as

manifestações, que desta forma aceleram a competição sadia, incentivando a

Page 17: TCC TURISMO

21

criatividade, e também pela afetividade. Neste sentido, o afeto faz da

manifestação uma divindade.

Cruz, Menezes e Pinto (2008), dizem que devido as diferentes culturas no

Brasil, as maneiras que as sociedades celebram seus rituais, santos, festas,

colheitas, datas comemorativas foram ampliadas. Portanto, é de interesse

turístico conhecer, valorizar e utilizar-se dessas práticas culturais como atrativo

para a viagem. De acordo com Carvalho (2007, p. 64):

As manifestações culturais estão no centro do espaço ocupado hoje pelos estudos folkcomunicacionais (comunicação e folclore). A partir deste diagnóstico inicial, as mesmas podem ser entendidas como formas de expressão da cultura de um povo, constituindo movimento de determinada cultura, em época e lugar específicos.

Pensando assim, as manifestações culturais podem ser representadas

pela voz social, onde o grupo pode encontrar para expor seu interior, expressar

pensamentos, o que desejam realizar ou modificar.

Segundo Silva e Pritsch (2012), a cultura age como uma variável

inovadora quando é inserida dentro do processo de desenvolvimento regional,

pois além de agregar todo um resgate social, ainda capta o respeito com os

modos e costumes da vida, fortalece a identidade da sociedade e dá maior

visibilidade para os visitantes da localidade.

Recuperar algo que não é estático ou que não possui contornos definidos

é um processo dinâmico, incessante de construção e reconstrução, de

invenção e reinvenção. Ou seja, resgatar a cultura não é fácil de alcançar.

(FLORES, 1977).

No entanto, é observado que as manifestações culturais são resultantes

de interações e oposições no tempo e no espaço. Assim, afirma Carvalho

(2007, p. 66), “Com o passar inevitável dos tempos, traços se perdem, outros

se adicionam, em velocidades variadas as diferentes sociedades, exatamente

porque a cultura não pode ser entendida como estática e, consequentemente,

as manifestações culturais também não”.

Portanto, a cultura relacionada às festas populares está presente desde

muito tempo e existe uma busca constante de valoriza-la de forma a fortalecer

a identidade cultural de uma região.

Page 18: TCC TURISMO

22

3.2 Hospitalidade

O termo Hospitalidade, segundo Walker (2002, p. 4) é tão antigo quanto a

própria civilização. Deriva da palavra de origem francesa ’hospice’ e significa

dar ajuda ou abrigo aos viajantes. A palavra hospitalidade, tal como ela é

usada hoje, teria aparecido pela primeira vez na Europa, provavelmente no

início do século XIII e designava hospedagem gratuita, atitude caridosa

oferecida aos viajantes da época.

Para conceituar a hospitalidade, Lashley (2004, p. 5) afirma que são

vários comportamentos que dizem respeito à maneira pela qual se recebe

alguém que não faça parte do seu próprio espaço, acolhendo no nosso. Foram

originadas na própria sociedade. Para o autor, o termo hospitalidade pode ser

determinado como atividade econômica.

A hospitalidade pode modificar as pessoas, influenciando direta ou

indiretamente na construção da identidade social, visto que ao mergulhar em

outra cultura, o ser humano leva consigo o que mais lhe toca. O

relacionamento humano é enriquecido com todo o aprendizado proporcionado

nessas relações, principalmente por modificar a visão de mundo dos envolvidos

(DIAS, 2002).

Grinover (2002, p. 28) destaca que:

A troca de determinados valores entre visitado e visitante proporciona uma enorme riqueza de conhecimentos, modificando sua visão de mundo e acrescentando valores inconfundíveis ao relacionamento humano. A dimensão dessas mudanças e transformações permite novas configurações sociais e culturais. A influência provocada pelas interações, que ocorrem em localidade de grande vocação turística [e por que não dizer também nas festas], refere-se ao modo de vida dos moradores, à expressão linguística, à gastronomia, aos hábitos de entretenimento.

Campos (2008) salienta que antigamente, a hospitalidade significava

hospedagem gratuita oferecida aos viajantes, hoje devido a novos

acontecimentos, como o capitalismo, a industrialização, o desenvolvimento

técnico e científico e outros, a definição de hospitalidade, sofreu alterações: O

que antes era uma forma espontânea e gratuita de acolhimento, hoje vem se

Page 19: TCC TURISMO

23

tornando um meio de ganhar divisas, que vai além dos limites de hotéis,

restaurantes, lojas ou estabelecimentos.

Jones e Lockwood (2004, p. 225), relatam o surgimento da hospitalidade

da seguinte forma:

Em Roma foi desenvolvido uma série de operações de hospitalidade relacionadas ao ato de comer, beber e acomodar. As poucas pessoas que tinham condições de viajar, ou viajavam, como o Rei, hospedavam-se em castelos mais próximos à custa da nobreza local. Os mosteiros, as abadias e as propriedades privadas eram utilizados para alojar a pequena quantidade de viajantes.

Grinover (2002, p. 26) ressalta que as raízes históricas da hospitalidade

surgiram da seguinte forma:

Vale assinalar que a palavra hospitalidade tal como ela é usada hoje teria aparecido pela primeira vez na Europa, provavelmente no inicio do séc. XIII, calcada na palavra latina Hospitalis. Ela designava a hospedagem gratuita e a atitude caridosa oferecidas aos indigentes e dos viajantes acolhidos nos conventos, hospícios e hospitais.

Montandon (2003) acredita que antigamente, existia uma ideia elevada

sobre a hospitalidade. Esta ideia prevalece em países e províncias não muito

povoados, ou onde os costumes mais simples predominam, com menos

riquezas, luxo e corrupção ou até mesmo no campo. Na maioria das cidades,

onde prevalece a alta sociedade, começa a banir a simplicidade, fazendo com

que a hospitalidade não passe de uma regra de boa educação.

Todavia, a hospitalidade não consiste apenas em receber o outro. O ato

de hospedar e ser hospitaleiro consiste na aproximação de culturas, costumes

e pessoas diferentes. É uma relação de troca de valores entre o visitado e

visitante. Camargo (2004, p, 05), associa a hospitalidade a princípios religiosos,

fazendo uma análise:

Principio básico de um grande número de ordens religiosas católicas, desde os primeiros beneditos e cistercienses, cujos mosteiros até hoje cultuam as regras originais da hospitalidade e muitos deles vêm mesmo se transformando em hotéis e pousadas. A noção de hospitalidade coaduna-se com os princípios básicos de todas as religiões.

Porém alguns acreditam que o conceito de hospitalidade está

necessariamente associado ao oferecer produtos na área de alimentos e

bebidas.

Page 20: TCC TURISMO

24

Já, Morcerf (2002) associa o ato de hospedar a chás, reuniões e

conversas amenas, pois a hospitalidade é o ato de hospedar afetuosamente, o

que pode significar um atributo a quem é hospitaleiro. Em contrapartida, Cruz

(2002) define a hospitalidade como um fenômeno amplo, que não se restringe

somente à oferta ao visitante, de abrigo e alimento.

Dalpiaz (2011) afirma que é necessária excelência nos serviços

prestados, educar a comunidade, investir em infraestrutura, para uma

hospitalidade ideal, pois vai desde o atendimento, sinalização, estradas e até

higiene e segurança

Para o autor, pode-se dizer que a hospitalidade, o bem receber,

compreende os esforços despendidos pelo poder publico e a iniciativa privada.

Receber os visitantes com atenção e demonstrar que o local está preparado

para recebê-lo é primordial.

O autor afirma que no turismo, a hospitalidade é muito mais evidenciada,

pois está presente em todas as atividades relacionadas, desde a facilitação, o

desenvolvimento, transportes e comunicações, educação e capacitação e

prestação de serviços.

De uma forma geral, a hospitalidade pode ser apresentada por inúmeras

formas e fatores, com diversos conceitos e associações, pois não possui um

conceito único e universal. Podendo então concluir que a hospitalidade é algo

que independente do tempo, é associada ao bem-estar e satisfação do cliente.

3.3 Estrutura física

Dalpiaz, et al (2007) afirma que uma comunidade ou região que visa o

turismo como uma fonte de renda, deve primeiramente promover o

desenvolvimento da infraestrutura básica, para em um segundo momento

fomentar a atividade turística no local.

Deve-se ressaltar que nos últimos 50 anos, o turismo tornou-se

fundamental para a vida das pessoas e para a economia dos países,

intensificando-se a partir da revolução industrial, decorrente dos avanços

tecnológicos, em especial dos meios de transportes de cargas e de

passageiros, registrando nos números do turismo internacional em 1950, cerca

Page 21: TCC TURISMO

25

de 20 milhões de turistas e no ano de 2000, cerca de 956 milhões, segundo

dados do Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR, 2000).

Coutinho e Coutinho (2007), afirmam que a promoção de eventos

alimenta culturalmente um município, e também supre as necessidades dos

pólos turísticos, que possuem amplo potencial, com boa infraestrutura de

serviços e equipamentos e que, no entanto, não possuem nenhuma tradição na

prática do turismo.

Dalpiaz, et al (2007) diz que para poder disputar com competitividade o

mercado internacional de eventos, o Brasil se viu obrigado a criar uma eficiente

infraestrutura e a disseminar informações didáticas que permitem a

profissionalização do setor e seu ajuste às tendências competitivas desse

mercado.

Para o autor é preciso investimentos para se concorrer junto ao mercado

internacional em iguais condições, além de ser necessário um planejamento

cuidadoso e parcerias entre o poder público e privado no que se refere aos

investimentos em infraestrutura, estratégias de capacitação e desenvolvimento

dos recursos humanos.

Sendo assim, o bem receber não se trata apenas de tratar bem o turista,

mas sim oferecer uma boa infraestrutura do destino receptor, qualificação dos

profissionais que atuam na área do turismo e uma conscientização da

população local, para que o visitante perceba que não é apenas um objeto de

lucro para a comunidade.

Neste sentido, pode-se destacar que no âmbito regional, estes aspectos

também são necessários para a satisfação dos clientes e estruturas internas

como: a) Sinalização; b) Banheiros; c) Praças de alimentação; d) Serviços

médicos; e) Fraldários; e f) Posto de informações, são infraestruturas

necessárias para uma boa receptividade e satisfação dos clientes.

Portanto, verifica-se que as infraestruturas necessárias para a realização

de festas populares tornam-se importantes também para o bem receber ao

público, de modo que influencie positivamente no desenvolvimento turístico do

município, fazendo assim, com que o segmento de eventos multiplique o

número de visitantes a cada edição.

Page 22: TCC TURISMO

26

3.4 Gastronomia

Cabe enfatizar que a disseminação da cultura engloba também a

gastronomia típica da região. No que se refere à gastronomia como produto ou

atrativo de uma localidade, de acordo com Scluter (2003, p. 69), "a dimensão

social e cultural da gastronomia determinou incorporá-la ao complexo

emaranhado das politicas de patrimônio cultural".

Para Barroco (2003) o turismo e a gastronomia não se separam, pois ao

pensar em turismo, é associado com a alimentação, pois o viajante não pode

abster-se dela, fazendo com que a cozinha local seja valorizada de certa forma.

Para o autor, o ato de alimentar-se é social e cultural, pois possui um

significado simbólico para cada sociedade e cultura. É um fator de

diferenciação cultura, pois a identidade também pode ser comunicada através

do alimento.

Assim, a gastronomia de um local se apresenta como uma forma de

desenvolvimento turístico e como produto que vem indicando a gastronomia

como muito mais que uma simples arte culinária, mas como importante veículo

da cultura popular pela forma como vivem os habitantes de cada região em

determinada época.

Neste sentido a cultura de um país está relacionada com a alma do povo,

como a sua gastronomia, seu patrimônio, seus valores, costumes, história,

agricultura, religião, aspectos históricos e geográficos. Desta forma a cultura de

um lugar e sua comida típica estão intimamente ligados (Córner, 2003).

De acordo com Sloan (2005), a refeição deve exercer funções sociais

para ser bem sucedido e não simplesmente o ato de comer.

Atala (2008) destaca que os empreendimentos gastronômicos tem uma

importante função na sociedade regional, que é a de resgatar e fortalecer a

cultura e as tradições locais através de pratos típicos regionais.

O autor afirma que a gastronomia é um fator de diferenciação cultural e

desta forma adquire uma importância cada vez maior para a promoção de um

destino turístico.

Silva e Pritsch (2012) acreditam que para além de atender as

necessidades dos seus clientes, encantá-los e ao mesmo tempo gerar receita e

Page 23: TCC TURISMO

27

valorização da cultura regional, a atividade gastronômica deve buscar

desenvolver produtos ligados a cultura regional.

No que se refere à gastronomia em festas e eventos regionais Ceretta

(2012) acredita que pode ser uma alternativa de interesse turístico, pois nestes

encontros existem manifestações culturais à disposição do público para

consumo, ou seja, a arte de cozinhar passa a identificar a cozinha regional, de

valor cultural, de valor gastronômico. Neste contexto, a comida desperta

lembranças que permitem a memória redefinir e reconstruir identidades.

Segundo Reinhardt (2007), a comida típica representa uma tradição não

necessariamente do dia a dia da população, mas que desperta um sentimento

de posse, que faz com que vista a roupagem de seu local de origem.

Krippendorf (2000, p.102) sugere que o turista procura muito mais saciar

suas necessidades sociais no contato com outros seres humanos e a

necessidade de se realizar, através de experiências de atividades criativas ou

culturais e de descobertas. Os prazeres do espírito sobre os prazeres do

estômago.

A gastronomia típica proporciona aos visitantes o convívio com a

realidade de determinada localidade, no que se refere a esta alteridade, Dias

(2002, p.133) afirma que “a gastronomia é um meio de sociabilidade, pois dá

lugar à diferença, ela não é unanimemente chata e enfadonha, ela é um lugar

de confronto em que se estabelecem as mais sólidas amizades e os mais

suaves laços afetivos”. Por isso, é imprescindível que a relação entre a cultura

e a alimentação seja harmônica, pois representam um novo espaço turístico

cultural.

Portanto, observou-se que a gastronomia típica oferecida em festas

populares é de extrema importância, pois influencia tanto para o

desenvolvimento de um município ou até mesmo região, como para

representar a cultura dos antepassados através das festas populares.

3.5 Estruturas de apoio

Albuquerque (2004) afirma que o meio turístico é formado por empresas

e/ou serviços competitivos que recebem o apoio de uma rede de provedor de

insumos e serviços. Possuem como base de apoio as organizações que lhes

Page 24: TCC TURISMO

28

oferecem recursos humanos capacitados, tecnologia, recursos financeiros,

infraestrutura física e clima de negócios. É formado por: a) meios de

hospedagem, agencias de viagem, operadoras turísticas, empresas de

alimentação turística, empresas de entretenimento, empresas vendedoras de

artesanato e produtos típicos, centros comerciais, galerias de arte, etc. b)

provedores de serviços: transportadoras, informações turísticas, locadoras de

veículos e automóveis, atendimento a veículos, centros de convenções,

parques de exposições, auditórios, fornecedores de alimentação, construção

civil, artesãos, sistema de comunicação, serviço de energia elétrica, entre

outros.

Portanto, para que funcione é preciso total sinergia entre todos os

envolvidos. Faz-se necessário total consciência por parte do empreendedor

quanto das condições de infraestrutura de apoio (acessibilidade, energia,

saneamento básico, entre outros), além das questões ambientais, do fluxo de

turistas, da concorrência, etc.

Albuquerque (2004) ainda afirma que os eventos geram muitas divisas

para uma localidade, pois uma vez que um turista participa de um evento, ele

se hospeda, faz suas refeições, faz compras, geralmente vem acompanhado e

com isso deixa capital para a cidade receptora. Pensando assim, diversos

países possuem ótima infraestrutura para receber grandes eventos, com hotéis

de qualidade e grandes centros de convenções.

A autora acredita que os eventos mobilizam a estrutura de um município

inteiro, a começar pelo poder público que deve colocar em prática uma série de

medidas de melhoria de infraestrutura para ser possível que a cidade sedie um

evento e que também sejam aproveitadas em beneficio da comunidade.

Segundo Fellini (1973, p.73), a atividade turística necessita de três

componentes básicos: a) Infraestrutura de base: que compreende as condições

de acesso (estradas, ferrovias, aeroportos, rodovias, hidrovias, etc.) e as de

caráter urbano (redes de energia, água, iluminação, esgotos). b)

Superestrutura turística: que é representada pelo conjunto de elementos que

possibilitam a estada dos visitantes em determinado local (acomodação,

alimentação, comércio, diversões, agências de viagens, lazer). c) Indústria

turística em sentido estrito: alojamento e alimentação (hotéis, campings,

restaurantes, bares, pousadas).

Page 25: TCC TURISMO

29

4 A OKTOBERFEST

Moyano, et al (2014) afirma que a Oktoberfest de Santa Cruz do Sul teve

sua primeira edição em 1984 e tem sido realizada sempre no mês de outubro

com uma duração aproximada de 10 dias de festa com várias atrações aos

turistas.

É um evento realizado anualmente pela Associação de Entidades

Empresariais de Santa Cruz do Sul – ASSEMP, em parceria com a prefeitura

municipal, e é considerado o terceiro maior evento do gênero no mundo,

ficando atrás apenas da Oktoberfest de Munique, na Alemanha, e da

Oktoberfest de Blumenau, em Santa Catarina.

Conforme o site oficial da ASSEMP, o município de Santa Cruz do Sul foi

fundado em 1844 e é modelo de desenvolvimento humano e social,

culturalmente famoso por cultuar as tradições e o folclore germânico e pelas

festas, entre elas a Oktoberfest, que atrai anualmente milhares de turistas para

a cidade gerando emprego e influenciando na economia da região.

A festa procura manter e divulgar as tradições alemãs trazidas pelos

colonizadores, considerado um evento turístico importante para a região, pois

evidencia a música, a dança e a gastronomia alemã.

Segundo o site oficial do evento, os preparativos para a realização da

festa iniciam um ano antes, envolvendo o trabalho de mais de 3000 voluntários,

parceiros, produtores, empresas, patrocinadores e apoiadores, que trabalham

para elaborar uma programação que contemple toda a população, com

principal destaque às tradições germânicas.

De acordo com a prefeitura de Santa Cruz do sul, o evento acontece em

uma área de 14 hectares localizada na região central da cidade, o espaço é

dotado de infraestrutura para a realização de eventos esportivos, de lazer e

turismo. Para isso, conta com um Ginásio Poliesportivo com capacidade para 8

mil pessoas, onde realizam-se shows musicais, eventos culturais e torneios

esportivos. Além disso, o Parque da Oktoberfest possui um campo de futebol,

pista atlética, quadras de basquete e futsal, pista de bicicross e pavilhões para

feiras e exposições.

Page 26: TCC TURISMO

30

5 PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo foi realizada durante os dias 07 a 18 de Outubro,

nos turnos do dia e da noite com pessoas que frequentaram o evento

Oktoberfest de Santa Cruz do Sul.

Com relação aos aspectos metodológicos foi aplicado um questionário

que visava averiguar as motivações que levaram o público a descolocar-se até

o evento.

O questionário foi dividido em dois blocos, o primeiro refere-se aos dados

de identificação do entrevistado e o segundo é sobre o evento.

Após esta etapa, foi realizado um pré-teste do questionário para retirar

possíveis dúvidas dos entrevistados em relação aos questionamentos

discutidos na ferramenta de coleta dos dados. Estes questionários foram

aplicados a entrevistados que não fizeram parte da pesquisa.

Durante a realização da festa, os questionários foram aplicados nos

turnos tarde e noite, por acadêmicos do Curso de Bacharelado em Turismo

junto ao estande de informações turísticas da Oktoberfest.

Além disso, procurou verificar a opinião dos visitantes sobre a

infraestrutura do parque, com relação à sinalização, decoração, organização,

qualidade dos serviços prestados e etc.

5.1 Resultados da pesquisa

Com relação aos resultados da pesquisa, verifica-se que há diferentes

incidências de respostas por parte dos entrevistados a partir da aplicação do

questionário desenvolvido (apêndice A).

De acordo com as informações obtidas no grupo investigado, resultados

foram alcançados.

Com relação à identificação dos entrevistados, os resultados

apresentaram as seguintes informações:

Page 27: TCC TURISMO

31

GRÁFICO 1 – MUNICÍPIO DE ORIGEM

Fonte: Dados da pesquisa

Verificou-se que 54% dos entrevistados são oriundos do municio de Santa

Cruz do Sul, 10% dos entrevistados oriundos de Vera Cruz, 4% dos

entrevistados oriundos de Cachoeira do Sul, 4% dos entrevistados são

oriundos de Rio Pardo, 4% dos entrevistados são oriundos de Sinimbu, 4% dos

entrevistados são oriundos de Venâncio Aires, 4% dos entrevistados são

oriundos de Lajeado e 16% dos entrevistados oriundos de outros municípios,

que são Cerro Branco, Estrela, Encruzilhada, Candelária, Pelotas, Passa Sete,

Rio do Sul (SC) e Mogi das Cruzes (SP).

Percebeu-se a partir deste gráfico que a maior parte das pessoas que

visitaram o evento são oriundos da região do Vale do Rio Pardo, o que pode

caracterizar indícios de um turismo desenvolvido em nível regional.

Apesar de possuir entrevistados de outras localidades o turismo

intermunicipal, neste caso caracterizou a maior parte das respostas dos

pesquisados.

Com relação ao gráfico 2: faixa etária dos entrevistados, os dados

apontaram para os seguintes resultados:

54%

10%

4% 4% 4% 4% 4%

16%

Santa CruzDo sul

Vera Cruz Cachoeirado Sul

Rio Pardo Sinimbu VenâncioAires

Lajeado Outras

Município de origem

Page 28: TCC TURISMO

32

GRÁFICO 2 – FAIXA ETÁRIA

Fonte: Dados da pesquisa.

Verificou-se que 2% dos entrevistados são menores de 18 anos, 42% do

entrevistados possuem 18 a 21 anos, 32% dos entrevistados possuem 22 a 25

anos, 6% dos entrevistados possuem 26 e 29 anos, 10% dos entrevistados

possuem 30 a 33 anos, 4% dos entrevistados possuem 34 a 40 anos e 4% dos

entrevistados possuem idade acima de 40 anos.

Com isso, observou-se que a maior parte dos visitantes são de 18 a 25

anos, caracterizando um publico jovem, o que evidencia certa mobilização

deste público para o prestigio do evento.

Com relação ao gráfico 3: profissão dos entrevistados, os dados

apontaram para os seguintes resultados:

2%

42%

32%

6%

10%

4% 4%

Menores de18 anos

18 a 21 anos 22 a 25 anos 26 a 29 anos 30 a 33 anos 34 a 40 anos Acima de 40

Faixa etária

Page 29: TCC TURISMO

33

GRÁFICO 3 – PROFISSÃO

Fonte: Dados da pesquisa.

Percebeu-se que 42% dos entrevistados são estudantes, 4% dos

entrevistados são secretárias, 4% dos entrevistados são monitoras, 6% dos

entrevistados são advogadas, 8% dos entrevistados são auxiliar administrativo,

4% dos entrevistados são professoras, 4% dos entrevistados estão

desempregados e 28% dos entrevistados possuem outras profissões.

Ao analisar os questionários, foi observado que a maior parte dos

entrevistados são estudantes, o que reforça a ideia de que o público que

frequentou a festa são pessoas de até 25 anos.

Com relação ao gráfico 4: motivo da visita, os dados apontaram para os

seguintes resultados:

42%

4% 4% 6%

8% 4% 4%

28%

Profissão

Page 30: TCC TURISMO

34

GRÁFICO 4 – MOTIVO DA VISITA

Fonte: Dados da pesquisa.

Verificou-se que 10% dos entrevistados visitaram a festa por motivo de

diversão, 34% dos entrevistados visitaram a festa por motivo de passeio, 10%

dos entrevistados visitaram a festa para prestigiar o evento, 10% dos

entrevistados visitaram a festa pelos shows, 2% dos entrevistados visitaram a

festa por motivo de pesquisa, 2% dos entrevistados visitaram a festa por motivo

de compras, 2% dos entrevistados visitaram a festa por motivo de exposições,

6% dos entrevistados visitaram a festa por motivo de trabalho, 10% dos

entrevistados visitaram a festa por motivo de lazer, 2% dos entrevistados

visitaram a festa por motivo de turismo, 4% dos entrevistados visitaram a festa

por motivo de cultura e 8% dos entrevistados não informou o motivo de visita.

Com isso, ficou claro que a maior parte dos entrevistados estava na festa

para passear, caracterizando um público descontraído e disposto a conhecer a

cultura dos seus antepassados.

Com relação ao gráfico 5: turno do questionário, os dados apontaram

para os seguintes resultados:

10%

34%

10% 10%

2% 2% 2%

6%

10%

2% 4%

8%

Motivo da visita

Page 31: TCC TURISMO

35

GRÁFICO 5 – TURNO DO QUESTIONÁRIO

Fonte: Dados da pesquisa.

Analisou-se que 56% dos entrevistados responderam a pesquisa no turno

do dia e 44% dos entrevistados responderam a pesquisa no turno da noite.

Portanto, observou-se que o público que frequentou o evento no turno do

dia é mais direcionado para famílias, tendem a possuir maior interesse em

conhecer a cultura, o significado da festa e seus antepassados, já o público

que frequentou o evento no turno da noite, era mais jovem, com o intuito de

assistir aos shows nacionais, frequentar as festas que acontecem durante a

madrugada e para beber.

Com relação ao gráfico 6: escolaridade, os dados apontaram para os

seguintes resultados:

56%

44%

Dia Noite

Turno do questinário

Page 32: TCC TURISMO

36

GRÁFICO 6 – ESCOLARIDADE

Fonte: Dados da pesquisa.

Verificou-se que 2% dos entrevistados estão cursando o ensino médio,

10% dos entrevistados possuem o ensino médio completo, 66% dos

entrevistados possuem ensino superior incompleto, 18% dos entrevistados

possuem ensino superior completo e 4% dos entrevistados possuem pós-

graduação.

Analisou-se que a maior parte dos entrevistados está cursando ensino

superior ou já completaram, caracterizando um público instruído a ter maior

interesse quanto à cultura e conhecimento, facilitando assim, no que se refere

à conscientização da população sobre a importância que a festa popular possui

para o desenvolvimento do município e região.

Portanto, ao analisar estes dados chegou-se a conclusão de que a

população está disposta a conhecer a cultura de seus antepassados.

Com relação aos dados obtidos a partir do questionário aplicado,

referente aos temas abordados na festa popular Oktoberfest, os resultados

apontaram diferentes informações.

No gráfico 7: atrações que motivaram a vista ao evento, apresentam-se

os seguintes resultados:

2%

10%

66%

18%

4%

Ensino médioincompleto

Ensino médiocompleto

Superiorincompleto

Superior completo Pós graduação

Escolaridade

Page 33: TCC TURISMO

37

GRÁFICO 7 – ATRAÇÕES QUE MOTIVARAM A VISITA AO EVENTO

Fonte: Dados da pesquisa

Verificou-se que 9% dos entrevistados visitaram o evento em função das

atrações turísticas, 6% dos entrevistados afirmaram que o principal motivo para

visitar o evento foi o desfile típico, 14% dos entrevistados visitaram o evento

pela cerveja, 14% dos entrevistados foram motivados a visitar o evento pelas

festas e lonões, 17% dos entrevistados visitaram o evento pela gastronomia

típica e 18% dos entrevistados visitaram o evento para prestigiar os shows

nacionais.

A partir deste gráfico verificou-se que a maior parte dos entrevistados

visitou o evento para prestigiar os shows nacionais que aconteceram dentro do

evento, com isso, caracterizou-se um publico mais voltado à diversão.

Boa parte dos entrevistados afirmou que teve interesse em visitar o

evento para conhecer a comida típica que foi oferecida, o que nos remete a um

maior interesse sobre a cultura regional.

Com relação às atrações (cerveja, festas e lonões) verificou-se que os

entrevistados consideram estas atrações motivantes para a vinda de turistas.

Todavia um dado preocupante está relacionado ao desfile típico, sendo este

aspecto o menos importante na visão dos entrevistados. Com relação à

9%

6%

14% 14%

17% 18%

Atraçõesturísticas

Desfile típico Cerveja Festas e lonões Gastronomiatípica

Showsnacionais

Atrações que motivaram a visita ao evento

Page 34: TCC TURISMO

38

sustentabilidade cultural da festa, pode representar uma informação a ser

melhor analisada, no sentido de valorização regional.

Turisticamente analisando o interesse demonstrado pelos visitantes em

conhecer a gastronomia típica como uma das principais atrações da festa, é

uma informação interessante, pois o significado que a Oktoberfest possui está

sendo propagado de forma mais intensa.

No gráfico 8: decoração e organização do parque, os dados apontaram

para os seguintes resultados:

GRÁFICO 8 – DECORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO PARQUE

Fonte: Dados da pesquisa.

Observou-se que 20% dos entrevistados acharam a decoração e

organização do parque razoável, 46% dos entrevistados acharam satisfatório,

28% dos participantes acharam ser muito satisfatório e 6% dos participantes

acharam excelente.

Com esta analise, percebeu-se que a maior parte dos entrevistados

acharam a decoração e organização satisfatória, pois apesar de a decoração

lembrar os traços germânicos e ser pontual com a cultura, fazendo com que

Santa Cruz do Sul tenha sua própria identidade, o parque poderia ser melhor

20%

46%

28%

6%

Razoável Satisfatório Muito satisfatório Excelente

Decoração e organização do parque

Page 35: TCC TURISMO

39

organizado, pois segundo alguns entrevistados, as atrações estavam mal

distribuídas, favorecendo o fluxo de pessoas para apenas um lado do parque.

Alguns entrevistados observaram que alguns locais do parque poderiam

ser explorados de melhor forma e outros deixaram a desejar, como a

necessidade pintura em algumas partes.

Porém, levando em consideração as dificuldades climáticas enfrentadas

nos dias da festa, boa parte dos entrevistados afirmou que a organização e

decoração do parque estava muito satisfatório.

Turisticamente analisando a organização do parque, destaca-se que é

necessário realizar o planejamento com antecedência para que os possíveis

problemas possam ser resolvidos antes do inicio do evento.

Com relação ao gráfico 9: placas de informação e sinalização do parque,

os dados apontaram para os seguintes resultados:

GRÁFICO 9 – PLACAS DE INFORMAÇÃO SINALIZAÇÃO DO PARQUE

Fonte: Dados da pesquisa.

Analisou-se que 35% dos entrevistados acharam que as placas de

informação e sinalização do parque estavam razoáveis, 42% dos entrevistados

acharam satisfatório, 14% dos entrevistados acharam muito satisfatório e 8%

dos entrevistados acharam excelente.

35%

42%

14%

8%

Razoável Satisfatório Muito satisfatório Excelente

Placas de informação e sinalização do parque

Page 36: TCC TURISMO

40

Ao observar os dados obtidos nos questionários, verificou-se que a maior

parte dos entrevistados acharam que as placas de sinalização do parque

estavam satisfatórias, pois apesar de possuir as informações úteis e

necessárias, poderiam haver mais indicando locais de alimentação, feira,

parque de diversões, lonões e etc.

Alguns entrevistados também mencionaram o fato de que as placas de

sinalização apenas foram instaladas na segunda semana de evento, o que

dificultou a localização para os visitantes que frequentaram o evento na

primeira semana.

Turisticamente analisando as placas de informações e sinalização do

parque, estas precisam ser instaladas em maior quantidade e em mais partes

dentro do parque e de forma que garantam boa visibilidade.

Ao analisar o gráfico 10: atrativos musicais e shows da Oktoberfest, os

dados apontaram para os seguintes resultados:

GRÁFICO 10 – ATRATIVOS MUSICAIS E SHOWS DA OKTOBERFEST

Fonte: Dados da pesquisa.

Verificou-se que 14% dos entrevistados responderam que os atrativos

musicais e shows da Oktoberfest foram razoáveis, 44% dos entrevistados

14%

44%

28%

14%

Razoável Satisfatório Muito satisfatório Excelente

Atrativos musicais e shows da Oktoberfest

Page 37: TCC TURISMO

41

acharam satisfatório, 28% dos entrevistados acharam muito satisfatório e 14%

dos entrevistados acharam excelente.

A maior parte dos entrevistados afirmou que os atrativos musicas e shows

da Oktoberfest foram satisfatórios, pois apesar de atender a diversos públicos,

com shows nacionais de diferentes estilos musicais, ainda encarece de

atrativos musicais mais voltados à cultura alemã, ou seja, mais reconhecimento

às bandinhas e não tanta valorização apenas aos shows nacionais.

Entretanto, em diversos dias do evento, foram disponibilizadas atrações

com bandinhas típicas da cultura germânica para quem tivesse interesse,

porém, a maior parte era no turno da tarde o que dificulta para pessoas que

trabalham neste período.

No que se refere ao gráfico 11: vestimentas e roupas típicas dos

visitantes da Oktoberfest, os dados apontaram para os seguintes resultados:

GRÁFICO 11 – VESTIMENTAS E ROUPAS TÍPICAS DOS VISITANTES DA

OKTOBERFEST

Fonte: Dados da pesquisa.

Constatou-se que 16% dos entrevistados consideram as vestimentas e

roupas típicas dos visitantes da Oktoberfest razoável, 46% acham satisfatório,

20% acham muito satisfatório e 18% acham excelente.

A maioria dos entrevistados acha que as roupas típicas e vestimentas

utilizadas por visitantes durante a festa são satisfatório, o que não é um sinal

positivo. Nos anos anteriores, quem estava vestido a caráter podia entrar na

festa gratuitamente, e neste ano, quem estava vestido a caráter pagava

16%

46%

20% 18%

Razoável Satisfatório Muito satisfatório Excelente

Vestimentas e roupas típicas dos visitantes da Oktoberfest

Page 38: TCC TURISMO

42

metade do valor da entrada no parque, o que ocasionou desmotivação por

parte de alguns entrevistados, pois a entrada gratuita era uma forma de

incentivar a utilização dos trajes típicos, mesmo que muitas vezes apenas por

interesses financeiros.

Para Monticelli (2014), influenciar o uso das roupas típicas instiga os

usuários a conhecer e entender sobre o passado, sua cultura que está

envolvida nos trajes e a forma de perceber a atual sociedade em relação aos

valores desta roupa.

Portanto, observou-se que como forma de incentivo ao uso do traje típico,

a entrada deveria permanecer sendo gratuita para pessoas que estiverem

usando o traje típico devidamente correto, pois muitas pessoas fazem uso de

apenas algum acessório que faz parte do traje para tentar conseguir benefícios.

O gráfico 12: comida típica oferecida na Oktoberfest, os dados

apontaram para os seguintes resultados:

GRÁFICO 12 – COMIDA TÍPICA OFERECIDA NA OKTOBERFEST

Fonte: Dados da pesquisa.

Observou-se que 18% dos entrevistados afirmou que a comida típica

oferecida na Oktoberfest foi razoável, 30% dos entrevistados afirmou que era

satisfatório, 32% dos entrevistados afirmou que era muito satisfatório e 20%

dos entrevistados achou excelente.

18%

30% 32%

20%

Razoável Satisfatório Muito satisfatório Excelente

Comida típica oferecida na Oktoberfest

Page 39: TCC TURISMO

43

Com isso, pode-se notar que as opiniões positivas foram da maior parte

dos entrevistados, o que nos remete a um quadro de sensibilização da

população em relação à gastronomia típica regional, pois de certa forma, o

simples fato de despertar curiosidade, fazer com que o turista sinta interesse, e

saiba que tem a sua disposição já é um indicio de que a comida típica

germânica está sendo difundida pela região.

Ao destacar a comida típica como de grande importância para o turismo

local, Barroco (2006) afirma que através da alimentação é possível visualizar e

sentir as tradições que não são ditas. A alimentação é também memória, opera

no imaginário de cada pessoa, pois é associada aos sentidos.

Turisticamente analisando no que se refere à gastronomia típica, está

sendo pouco difundido, pois a divulgação não acontece de forma a comover e

sensibilizar da sua importância.

Com relação ao gráfico 13: atrativos culturais e artesanato no parque, os

dados apontaram para os seguintes resultados:

GRÁFICO 13 – ATRATIVOS CULTURAIS E ARTESANATO NO PARQUE

Fonte: Dados da pesquisa.

Verificou-se que 10% dos entrevistados acharam que os atrativos

culturais e artesanato oferecido no parque era razoável, 46% dos entrevistados

10%

46%

34%

10%

Razoável Satisfatório Muito satisfatório Excelente

Atrativos culturais e artesanato no parque

Page 40: TCC TURISMO

44

acharam satisfatório, 34% dos entrevistados acharam muito satisfatório e 10%

acharam excelente.

Ao analisar os dados obtidos no questionário, os entrevistados

demonstraram certa carência em relação aos atrativos culturais e artesanato

que foram oferecidos no parque, pois 46% dos entrevistados acharam

satisfatório, o que é ruim, a cultura e o desenvolvimento não se separam,

portanto, o conhecimento da cultura reforça a valorização, bem como o

desenvolvimento da região e havia apenas uma loja especializada neste tipo de

serviço.

Para Lóssio e Pereira (2007) a economia da cultura pode movimentar a

região ao oferecer oportunidades, além de novas formas de trabalho. Muitas

vezes existe descaracterização de apresentações culturais, artesanatos, ou até

mesmo mudança dos ingredientes da culinária regional para padronizar em

busca da facilidade para o consumo.

Ao mencionar os atrativos culturais e artesanato oferecidos durante os

dias de festa, aconteciam apresentações ofertadas para diversas faixa etárias,

com apresentações de teatro, dança, entre outros.

Com relação ao gráfico 14: atrativos mais importantes, os dados

apontaram para os seguintes resultados:

GRÁFICO 14 – ATRATIVOS MAIS IMPORTANTES

Fonte: Dados da pesquisa.

14%

20%

36%

24%

14%

Parque dediversões

Roupas típicasdos visitantes

Festas, shows echopp

Organização esinalização do

parque

Gastronomia

Atrativos mais importantes

Page 41: TCC TURISMO

45

Observou-se que 14% dos entrevistados acham que o parque de

diversões é o atrativo mais importante, 20% dos entrevistados acham que as

roupas típicas dos visitantes é o atrativo mais importante, 36% dos

entrevistados acham que as festas, shows e chopp são os atrativos mais

importantes, 24% dos entrevistados acham que a organização e sinalização do

parque são os atrativos mais importantes e 14% dos entrevistados acham que

a gastronomia típica é o atrativo mais importante.

Nesta questão, foi solicitado aos entrevistados que assinalassem por

ordem de importância os atrativos que mais motivou o prestigio ao evento.

Portanto, o atrativo que mais agradou ao publico foram as festas, shows e

chopp, o que influenciou diretamente na demanda do publico durante a festa.

Neste sentido percebe-se que a motivação relacionada aos atrativos culturais

como as roupas típicas e a gastronomia é menor que a média de interesse dos

outros atrativos.

Turisticamente falando, este dado é preocupante, pois o proposito

principal da festa é o de disseminar a cultura germânica, fato que não acontece

durante as festas e shows que acontecem dentro do evento.

Com relação ao gráfico 15: hospitalidade da equipe oferecida no parque,

os dados apontaram para os seguintes resultados:

GRÁFICO 15 – HOSPITALIDADE DA EQUIPE OFERECIDA NO PARQUE

Fonte: Dados da pesquisa.

10%

38%

16%

36%

Razoável Satisfatório Muito satisfatório Excelente

Hospitalidade da equipe oferecida no parque

Page 42: TCC TURISMO

46

Contatou-se que 10% dos entrevistados acharam que a hospitalidade da

equipe oferecida no parque foi razoável, 38% dos entrevistados acharam

satisfatório, 16% dos entrevistados acharam muito satisfatório e 36% acharam

excelente.

A hospitalidade oferecida no parque está bem conceituada, o que remete

a uma pontuação positiva para o município, pois ao procurar encontrar

elementos que contribuem para o desenvolvimento do turismo, e considerando

as relações que o turista possui com a comunidade receptora, constatou-se

que a hospitalidade é de grande importância.

Camargo (2004) considera hospitalidade como a preparação do espaço

publico para representar o direito de ir e vir do ser humano. Para o autor, esse

espaço privilegia tanto o cotidiano dos moradores locais, como os problemas

oriundos da dimensão turística de tal localidade.

Turisticamente analisando, a hospitalidade oferecida no parque foi

relativamente boa, pois existiam profissionais dispostos a auxiliar os turistas,

mesmo que se observou falta de treinamento e capacitação por parte destas

pessoas que prestaram serviços durante a Oktoberfest.

Com relação ao gráfico 16: informações turísticas oferecidas no parque,

os dados apontaram para os seguintes resultados:

GRÁFICO 16 – INFORMAÇÕES TURÍSTICAS OFERECIDAS NO

PARQUE

Fonte: Dados da pesquisa.

24%

36%

26%

14%

Razoável Satisfatório Muito satisfatório Excelente

Informações turísticas oferecidas no parque

Page 43: TCC TURISMO

47

Observou-se que 24% dos entrevistados afirmaram que as informações

turísticas oferecidas no parque são razoáveis, 36% dos entrevistados

afirmaram que foi satisfatório, 26% dos entrevistados afirmaram que foi muito

satisfatório e 14% dos entrevistados afirmaram que foi excelente.

Ao analisar as respostas obtidas no questionário, a grande maioria dos

entrevistados afirmou não ter feito uso das informações turísticas dentro do

parque, pois eram oriundos de Santa Cruz do Sul ou dos municípios ao redor e

com isso, por já conhecer a cidade e seus atrativos, responderam por intuição.

Portanto, a partir das respostas de entrevistados oriundos de outras

regiões, constatou-se a que as informações turísticas oferecidas no parque são

poucas ou quase nulas, dificultando o fortalecimento do turismo regional, pois a

festa pode ser um grande motivador, segundo Werthner e Ricci (2004) o

turismo é uma atividade econômica que depende da informação, pois os

produtos e serviços são intangíveis e esta intangibilidade está presente no

momento da compra, o que não possibilita ao cliente uma amostra do produto

que vai comprar, sendo assim, a informação desempenha um papel importante,

pois sustenta a informação.

Turisticamente analisando, as informações turísticas oferecidas dentro do

parque praticamente não existiram. O que se viu foram apenas alguns

estandes com folhetos onde divulgavam os principais serviços que o turista

pode precisar, como restaurantes, hotéis, hospitais, entre outros.

Com relação ao gráfico 17: significado da Oktoberfest, os dados

apontaram para os seguintes resultados:

GRÁFICO 17 – SIGNIFICADO DA OKTOBERFEST

Fonte: Dados da pesquisa

74%

26%

Sim Não

Significado da Oktoberfest

Page 44: TCC TURISMO

48

Verificou-se que 74% dos entrevistados responderam que sim, sabem o

significado da Oktoberfest e 26% dos entrevistados responderam que não

sabem o significado.

Portanto, percebeu-se a partir das respostas obtidas no questionário que

apesar de afirmar conhecer o significado da festa, poucos realmente sabem o

que significa. Para muitos entrevistados, o significado é “festa de outubro”,

porém, alguns visitantes afirmaram que a festa serve para fortalecer, incentivar

e valorizar a cultura local.

Com isso, fica claro que o conhecimento da cultura regional está

escasso, porém se houver uma conscientização da popular local quanto à

valorização da sua cultura, pode-se reverter este quadro.

Oliveira e Medeiros (2003) relatam o seguinte no que se refere ao

sentimento da população em relação aos turistas que visitam uma localidade:

Não se deve ignorar quem vive na região hospedeira e que participa

diretamente na recepção e atendimento ao visitante. Ao valorizar a mão de

obra local, abre-se um espaço para investimentos e conscientização acerca do

papel representado por cada um.

Ao entender a representação do turismo no que diz respeito à renda

imediata e em médio prazo, a população sente-se motivada a interagir no

planejamento e execução do mesmo.

Page 45: TCC TURISMO

49

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao realizar a pesquisa de campo na festa popular intitulada Oktoberfest

Santa Cruz do sul, pode-se observar que a relação das festas populares com o

turismo é de grande importância.

Em tempos de constantes evoluções, preservar a tradição é um ponto

fundamental para a valorização da cultura e contribui também, para o

fortalecimento da identidade regional.

Bueno (2008), afirma que as festas populares ocupam lugar de grande

importância e visibilidade na cultura brasileira, pois oferecem ao turista,

elementos que o enriquecem ao vivenciar uma manifestação cultural.

Neste sentido, cabe enfatizar que as festas populares podem significar

desenvolvimento do turismo regional, pois enriquecem a notoriedade de um

município ou região, favorecendo seus atrativos.

Segundo Lóssio e Pereira (2007), devemos ver a cultura popular na

perspectiva da sustentabilidade cultural de desenvolvimento local, assim, ao

falar da cultura, estamos necessariamente considerando a vertente da geração

de emprego, renda e negócios, além de que, a cultura popular proporciona

prazer, o que torna um produto vendável.

No que se refere à Oktoberfest Santa Cruz do Sul, a festa popular

representa um importante papel para o engrandecimento do turismo no

município e região, pois o evento movimenta a economia de toda a

infraestrutura de apoio.

Para Kotler (2000) as festas atribuem um dos ambientes pelos quais o

turista circula ao visitar determinada localidade, e durante a estadia, percebe os

elementos que compõem a atmosfera local.

A partir disso, o evento, os atrativos turísticos, a hospedagem, a

alimentação, entre outros, influenciam diretamente na economia de um

município. Porém, toda a infraestrutura de apoio pode ser beneficiada direta ou

indiretamente, pois o turista pode precisar de serviços médicos, serviços

mecânicos, serviços bancários, entre outras funções que não estão ligados

diretamente ao turismo, mas que também movimentam e engrandecem o

turismo regional.

Page 46: TCC TURISMO

50

Negrine, et al (2009), afirma que se por um lado, as festas populares

permitem que o turista desfrute das celebrações e comemorações, por outro

lado, proporciona benefícios a população local, ao gerar novos ativos

econômicos, diversão e promoção da cultura.

Quanto maior for a integração da comunidade receptora, maior serão os

benefícios das atividades turísticas, visto que quem recebe os turistas são as

pessoas que moram na cidade.

Para Jesus (2003), o desenvolvimento local é entendido como um

processo que mobiliza pessoas e instituições em busca da transformação da

economia e da sociedade local, criando novas oportunidades de trabalho e

renda.

Com isso, observou-se que a Oktoberfest Santa Cruz do Sul está atraindo

mais visitantes a cada ano que passa, no entanto, é necessário que aconteça

uma conscientização com a população local sobre a importância da festa para

o desenvolvimento do município e região.

O ensinamento quanto a valorização das tradições deveria ser ensinado

nas escolas, desde as séries iniciais, pois se a comunidade receptora não

estiver ciente de seus benefícios, pode ser passada uma imagem negativa,

muitas vezes até no ato de não oferecer hospitalidade ao visitante interessado

em conhecer a cultura.

Quanto à infraestrutura da festa, esta deverá passar por diversos ajustes,

pois uma festa deste âmbito deve ser organizada planejada da melhor forma

possível, visto que pessoas de diversas cidades e de outros estados do país

prestigiam este evento, e divulgam positivamente ou negativamente.

Para Lóssio e Pereira (2007), quanto maior for a sua valorização, mais

incentivos e mais oportunidades ocorreram a partir disso.

Portanto, a festa está em evolução e apesar de possuir mudanças a

serem feitas, possui grande potencial e pode trazer muitos benefícios no que

se refere ao desenvolvimento do turismo regional.

Page 47: TCC TURISMO

51

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ais/gt13/arquivos/13/Cultura,%20lazer%20e%20turismo.pdf Acesso em 14 de novembro de 2015. OLIVEIRA, Silvana Toledo de; JANUÁRIO, Marcus Vinicius da Costa. Os eventos como potencializadores do turismo regional: o festival de inverno Bahia. Disponível em: www.uesc.br/revistas/culturaeturismo/edicao1/artigo5.pdf Acesso em 21 de outubro de 2015. Oktoberfest Santa Cruz do sul. Disponível em: www.oktoberfestsantacruz.com.br/oktoberfest.php Acesso em 16 de novembro de 2015. OLIVEIRA, Cleide Galiza de; MEDEIROS, Rejane. Turismo e população local: como interagir? Disponível em: www.espacoacademico.com.br/016/16col_clrejane.htm Acesso em 13 de novembro de 2015 Prefeitura municipal de Santa Cruz do Sul. Parque da Oktoberfest. Disponível em: www.santacruz.rs.gov.br/municipio/parque-da-oktoberfest Acesso em 16 de novembro de 2015. REINHARDT, J.C. Dize-me o que comes e te direi quem és: alemães, comida e identidade. 154 f. Tese. (Doutorado em História)- Departamento de História. Universidade Federal do Paraná. Curitiba 2007. RIBEIRO, Marcelo. Festas populares e turismo cultural – inserir e valorizar, ou esquecer? O caso dos moçambiques de Osório, Rio Grande do Sul. Disponível em: www.pasosonline.org/Publicados/2104/PS040104.pdf Acesso em 21 de outubro de 2015. SILVA, Roberto do Nascimento e Silva; PRISCHT, Amanda Cecília. Cuca Alemã: Uma herança da imigração germânica no Sul do Brasil. Anais do Congresso Internacional de Gastronomia – Mesa Tendências 2012 / Centro Universitário Senac – São Paulo, 05 e 06 de Novembro de 2012. EMBRATUR. Estudo da Demanda turística internacional, 2000. EMBRATUR. Indicadores de turismo. Brasília, 2000.

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APÊNDICE A – Questionário aplicado

Universidade de Santa Cruz do Sul

Curso de Turismo

Trabalho de Conclusão de Curso

Está sendo realizada uma pesquisa intitulada “Festas Populares, o caso

da Oktoberfest Santa Cruz do Sul”, que tem por objetivo analisar as motivações

que influenciam o público a frequentar o evento, bem como suas opiniões

relacionadas à infraestrutura e os serviços oferecidos. Para a realização desta

pesquisa estão sendo realizadas entrevistas junto aos visitantes da festa nos

turnos tarde e noite.

O TCC é da acadêmica Luísa de Loreto Alves e a orientação é do Prof.

Dr. Roberto do Nascimento e Silva do Curso de Bacharelado em Turismo da

Universidade de Santa Cruz do Sul.

Todas as informações resultantes da entrevista serão de uso exclusivo

para a realização da pesquisa e posteriormente. A única finalidade é fornecer

elementos para a realização da investigação, além de relatórios ou artigos que

dela resultem. É garantido total sigilo para o entrevistado. Em nenhum

momento os dados coletados serão utilizados para qualquer medida punitiva ou

de fiscalização.

Qualquer dúvida ou informação a respeito da pesquisa poderá ser

esclarecida diretamente com o orientador da mesma, o Prof. Dr. Roberto do

Nascimento e Silva, pelo telefone (51) 3717 7398 ou pelo e-mail:

[email protected]

Obrigado pela entrevista!

____________________

Luísa de Loreto Alves

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EVENTO OKTOBERFEST – CURSO DE TURISMO

Bloco 1 – Identificação do entrevistado.

Cidade: Motivo da visita:

Idade: Turno do questionário:

Profissão: Escolaridade:

Bloco 2 – A Oktoberfest.

1.1 Quais as atrações que lhe motivaram a visitar o evento. Marque até três opções

( ) atrações turísticas ( ) desfile típico ( ) shows nacionais

( ) gastronomia típica ( ) festas e lonões ( ) feira sul

( ) cultura e folclore da festa ( ) cerveja

Outro: Qual?

1.2 Qual a sua opinião sobre a decoração e organização do parque?

( ) razoável ( ) satisfatório ( ) muito satisfatório ( ) excelente

Por que?

1.3 Qual a sua opinião sobre as placas de informação e sinalização do

parque?

( ) razoável ( ) satisfatório ( ) muito satisfatório ( ) excelente

Por que?

1.4 Qual a sua opinião sobre os atrativos musicais e show da

Oktoberfest?

( ) razoável ( ) satisfatório ( ) muito satisfatório ( ) excelente

Por que?

1.5 Qual a sua opinião sobre as vestimentas e roupas típicas dos

visitantes da Oktoberfest?

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( ) razoável ( ) satisfatório ( ) muito satisfatório ( ) excelente

Por que?

1.6 Qual a sua opinião sobre a comida típica oferecida na Oktoberfest?

( ) razoável ( ) satisfatório ( ) muito satisfatório ( ) excelente

Por que?

1.7 Qual a sua opinião sobre os atrativos culturais e artesanato no

parque?

( ) razoável ( ) satisfatório ( ) muito satisfatório ( ) excelente

Por que?

1.8 Quais destes atrativos são mais importantes para você? (1) menos

importante (5) mais importante

( ) parque de diversões ( ) festa, shows e chopp ( ) gastronomia típica

( ) roupas típicas dos visitantes ( ) a organização e sinalização do parque

1.9 Qual a sua opinião sobre a hospitalidade da equipe oferecida no

parque?

( ) razoável ( ) satisfatório ( ) muito satisfatório ( ) excelente

Por que?

1.10 Qual a sua opinião sobre as informações turísticas oferecidas no

parque?

( ) razoável ( ) satisfatório ( ) muito satisfatório ( ) excelente

Por que?

1.11 Você conhece o significado da Oktoberfest?

( ) sim ( ) não ( ) não sei

Se sim, qual: