Palestra do Meio-Dia “O mercado segurador brasileiro em 2013 e perspectivas para 2014”-...

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Trabalho apresentado por Francisco Galiza, Consultor Econômico na Rating de Seguros Consultoria, durante Palestra do Meio-Dia, na APTS.

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O que esperar no mercado de seguros em 2014?

Francisco Galiza

www.ratingdeseguros.com.br

Fevereiro/2014

Sumário:

• 1) Resumo de 3 estudos realizados no 2º semestre de 2013

• 2) Alguns Desafios e Oportunidades do setor de seguros no Longo Prazo

• 3) O que esperar no mercado de seguros no Brasil em 2014?

1) Resumo de 3 estudos realizados no 2º semestre de 2013

Características PMC - 2013

– Pela internet, os corretores deram as suas opiniões (5 opções) sobre os desempenhos das seguradoras com as quais trabalham, em diversos quesitos.

– Cada corretor ou empresa corretora de seguros escolheram até 6 (seis) seguradoras para opinar

– As opiniões dos corretores foram sigilosas.

Itens Pesquisados

Perguntas:1) Política de comissionamento (rapidez no pagamento

das comissões e boas campanhas de premiações)

2) Eficiência na cotação (facilidade, rapidez e gravação

automática do cálculo)

3) Rapidez e qualidade na liquidação dos sinistros

(rapidez, qualidade e satisfação do cliente)

4) Padrão de atendimento (presteza e solução de

problemas para o corretor de seguros)

Itens Pesquisados

5) Competência na emissão das apólices (rapidez,

qualidade = menor quantidade de erros e

retrabalho)

6) Precificação dos seguros e produtos oferecidos aos

segurados (condições de competitividade com o

mercado)

7) Produtos oferecidos aos segurados (qualidade e

criatividade).

Notas Usadas

Graduação das avaliações:

– Excelente (resposta A), Nota 10

– Muito Boa (resposta B), Nota 8

– Boa (resposta C), Nota 6

– Regular (resposta D), Nota 4

– Ruim (resposta E), Nota 2

Média das Notas –Todo o Setor – Estado de SP

Pergunta Nota Média

Política de comissionamento (rapidez no pagamento das comissões e boas campanhas de premiações) 7,3

Eficiência na cotação (facilidade, rapidez e gravação automática do cálculo) 7,1

Eficiência na Liquidação de Sinistro 6,9

Padrão de Atendimento Comercial 6,7

Competência na emissão das apólices (rapidez, qualidade = menor quantidade de erros e retrabalho) 7,0

Precificação dos seguros (condições de competitividade com o mercado) 6,4

Produtos oferecidos aos segurados (qualidade e criatividade)

6,7

Média Total 6,9

2) Alguns Desafios e Oportunidades do setor de

seguros no Longo Prazo

2.1) Seguro de Automóvel (Duas oportunidades e dois desafios)

a) Oportunidade: Seguro Popular

• No Brasil, há 80 milhões de veículos em circulação, porém apenas 25% destes veículos possuem seguro, a maioria de seguros de carros mais novos.

• Com o seguro popular (regularização do uso de peças usadas), a expectativa é que a frota segurada chegue a 40%.

• Em termos aproximados, seriam mais 10 milhões de veículos segurados. Considerando um seguro médio de R$ 1 mil, isso levaria o faturamento do seguro de auto de R$ 30 bilhões/ano para R$ 40 bilhões/ano. Ou seja, um acréscimo de aproximadamente 1/2 seguro-saúde.

b) Oportunidade: Seguro de Resp. Civil

Prêmios (2010) (US$ bi) Brasil EUA Relação

Casco 10,6 62,6 17%

Responsabilidade Civil 2,5 97,7 3%

Total 13,1 160,3 8%

c) Desafio: Mudança TecnológicaESP, 9/7/2013

Estudo da KPMG sobre o assunto

Efeitos no Setor de Seguros

• Os automóveis automatizados levariam a uma mudança na forma de

como os motoristas são segurados, diminuindo bastante esse mercado!!

Jornal dos Corretores de Seguros (Sincor-SP) (set/2012)

d) Desafio: Mobilidade Urbana, Ocupação de Veículos na Cidade de SP

Fonte: UOL: http://www1.folha.uol.com.br/infograficos/2013/10/78563-area-das-ruas-x-area-dos-veiculos.shtml

Tempo gasto no transporte urbanoFonte: “Tempo de Deslocamento Casa-Trabalho no Brasil (1992-2009): Diferenças entre Regiões

Metropolitanas, Níveis de Renda e Sexo”, Rafael Henrique Moraes Pereira e Tim Schwanen, estudo IPEA 2013

2.2) Seguro de Pessoas

Aumento da Longevidade

• Conclusões baseadas no estudo do FMI, denominado “The financial impact of longevity risk”.

• Ver…

• http://www.imf.org/external/pubs/ft/gfsr/2012/01/pdf/c4.pdf

2.3) Distribuição de Seguros(assunto muito extenso, apenas

um aspecto é abordado) (um dos temas de seguros mais

estudados atualmente)

Desafios da Distribuição

• Alguns Fatos:• 1) Estima-se que 40% das apólices de seguros

estão sendo vendidas por sites no Reino Unido.• 2) Conseqüências do Processo:

– No Reino Unido, os corretores de seguros perderam mercado em função dessa estratégia. Nessa situação, a percepção de valor do corretor de seguros ficou extremamente prejudicada.

– Do mesmo modo, as seguradoras, pela guerra de preços, também perderam rentabilidade, com queda de resultado operacional, aumento das fraudes, além de dificultar a possibilidade de vendas no “cross-selling”.

Qual modelo de distribuição usar?

Conclusão Principal do Estudo

• Qual modelo de distribuição usar?

• A proposta é de um modelo híbrido.

• Segundo o estudo, a venda direta não irá substituir canais tradicionais, mas surgir como complemento (sobretudo para determinados tipos de produto), na busca de um mercado mais eficiente.

As vantagens da venda por contato pessoal (artigo do “The Economist”)

Conclusão Principal do Artigo

• As vendas on line cresceram, mas não se pode desprezar as vendas pessoais.

• As vendas pessoais ainda são bem lucrativas, possibilitando a oferta de outros produtos.

• O contato direto com o cliente ainda tem muitas vantagens!

3) O que esperar no mercado de seguros em 2014?

3.1) Comportamento do ICES(uma análise econômica)

Logotipo do ICES

Fatores do ICES

Saldo da Avaliação dos Fatores do I CES (% de Avaliações Melhor e Muito Melhor menos % de

Avaliações Pior e Muito Pior)

-60%

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

Meses

Sald

o d

a A

valiaçã

o d

os

Fato

res

(%)

EconomiaBrasileira

RentabilidadeSeguradoras

FaturamentoSeguradoras

Comportamento do ICES

Evolução do ICES (Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras)

90

95

100

105

110

115

120

125

Meses

ICES

3.2) Estimativa para 2014

Hipóteses Usadas

• Variações reais do PIB: 2,3% (2013) e 1,9% (2014). • Taxas de inflação (usadas no deflação do PIB): 6,5%

(2013) e 6,0% (2014). • A partir das variáveis anteriores, variação nominal do

PIB foram estimadas em 8,9% (2013) e 8,0% (2014).• Estimativas das receitas de seguros de 2013

extrapoladas linearmente a partir dos dados do setor até novembro desse ano.

• Além disso, o valor de VGBL + Previdência em 2013 foi ajustado em dezembro pelo acréscimo usual na receita desses negócios nesse mês.

Hipóteses Usadas

• Participação de Seguros + Saúde no PIB, de 2013 para 2014, estimados de 2,21% para 2,3%.

• Participação de VGBL + Previdência no PIB, de 2013 para 2014, estimados de 1,56% para 1,6%.

• Essas estimativas de participação foram obtidas a partir do histórico da evolução dos últimos anos.

Dados do Setor - Receita

R$ bilhões 2008 2009 2010 2011 2012 2013e

Seguros+Saúde 55,6 61,7 70,2 81,8 93,4 106,2

VGBL+Prev 31,5 38,3 45,7 53,5 70,2 74,9

Total Mercado Seguros 87,1 100,0 115,9 135,3 163,6 181,1

Var. % nominal 14% 15% 16% 17% 21% 11%

PIB (R$ bi) 3.032 3.239 3.770 4.143 4.403 4.795

% no PIB 2008 2009 2010 2011 2012 2013e

Seguros+Saúde 1,83% 1,90% 1,86% 1,97% 2,12% 2,21%

VGBL+Prev 1,04% 1,18% 1,21% 1,29% 1,59% 1,56%

Total Mercado Seguros 2,87% 3,09% 3,07% 3,27% 3,72% 3,78%

Estimativas para 2014 - Receita

R$ bilhões 2014e Var % no ano % PIB

Seguros+Saúde 119 12% 2,3%

VGBL+Previdência 83 11% 1,6%

Total Mercado Seguros 202 12% 3,9%

Conclusões Obtidas

• Em 2014, haverá uma taxa de crescimento médio nominal de prêmios de 12%, em relação ao ano anterior.

• Em 2014, o faturamento total (total seguro e previdência) foi estimado em R$ 202 bilhões, sendo R$ 119 bilhões em Seguros+Saúde e R$ 83 bilhões em VGBL+Previdência.

• No total, a participação do setor no PIB em 2014 será de 3,9%.

Obrigado!!

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