001 História Da Radiologia a Descoberta de Roentgen e a Primeira Radiografia No Brasil

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TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

EXAMES RADIOLÓGICOS CONVENCIONA IS

Material didático com pilado e adaptado de

outras fontes por PAULO ROBERTO PREVEDELLO

com o objet ivo único  de orientar o estudo dosalun os do 3º períod o n a dis cip lina d e

Exames Radio lógicos Convencionais  

2015  – 1º Semestre

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DIVISÃO DO ESTUDO 1. História da Radiologia

1.1 A primeira radiografia1.2 A primeira radiografia no Brasil1.3 Os primeiros aparelhos de raios x

2. A produção dos raios x2.1 Tipos diferentes de produção dos fótons

2.1.1 Radiação de fretamento (Bremsstraulung)2.1.2 Radiação característica2.1.3 Radiação máxima ou choque nuclear

3. A produção da imagem radiológica

4. Tipos de equipamentos radiográficos

4.1 Equipamentos fixos4.2 Equipamentos móveis4.3 Equipamentos portáteis

5. Componentes básicos de um equipamento radiográfico5.1 A ampola

5.1.1 Cátodo5.1.2 Anodo5.1.3 Envelope5.1.4 Janela

5.2 Dispositivos de controle da radiação espalhada5.2.1 Grade antidifusora5.2.2 Colimadores5.2.3 Cones e cilindros

5.3 Painel de comando

6. Fatores radiográficos básicos6.1 Miliampere (mA)6.2 Quilovoltagem (KV)6.3 Espessura (e)

6.4 Distância (d)6.5 Tempo (t)

7. O exame radiográfico7.1 A imagem radiológica7.2 O raio central

8. Posicionamento radiográfico8.1 Posição anatômica do corpo humano8.2 Planos imaginários do corpo humano

8.3 Termos relacionados a movimento8.4 Termos de relação

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9. Incidências radiográficas9.1 Incidências de rotina9.2 Incidências complementares9.3 Incidências panorâmicas9.4 Incidências localizadas

10. Identificação das radiografias10.1 Colocação do numerador

11. Preparação da sala de exames12. Acessórios13. Princípios básicos de radioproteção

14. Estudo radiológico do Tórax14.1 Anatomia óssea e dos sistemas

14.2 Anatomia radiológica14.3 Estudo radiográfico dos campos pleuro pulmonares14.4 Estudo radiográfico da parede torácica

14.4.1 Estudo radiográfico das costelas verdadeiras e falsas14.4.2 Estudo radiográfico das costelas flutuantes14.4.3 Estudo radiográfico do osso esterno

15. Estudo radiológico da cintura escápular15.1 Anatomia óssea15.2 Anatomia radiológica

15.3 Estudo radiográfico nos traumatismos15.4 Estudo radiográfico nas lesões inflamatórias (bursites)15.5 incidências especiais mais usadas

16. Estudo radiológico do abdome16.1 Estudo radiológico do abdome simples16.2 Estudo radiológico do abdome agudo

17. Estudo radiológico do crânio15.1 Anatomia óssea

15.2 Anatomia radiológica15.3 Posicionamento (incidências gerais e incidências de rotina)

18. Estudo radiológico da sela turca19. Estudo radiológico da articulação temporo mandibular

20. Estudo radiológico dos ossos da face20.1 Estudo radiológico da mandíbula20.2 Estudo radiológico dos ossos próprios do nariz (OPN)20.3 Estudo radiológico do osso zigomático

21. Estudo radiológico dos seios da face22. Estudo radiológico do cavum

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1. HISTÓRIA DA RADIOLOGIA

1.2 A PRIMEIRA RADIOGRAFIA

-Fui eu.

O jovem Wilhelm Conrad Roentgen estava assinando sua exclusão do ginásio deUtrecht: fora ele o autor da caricatura do rude professor que agora ia expulsá-lo. Mas, “por tera consciência tranquila”, o rapaz nascido de pai alemão e mãe holandesa (Leppen, 1845)

não desanimou. Assumira a responsabilidade pra livrar a classe de um castigo coletivo, e,expulso no penúltimo ano, ele tenta inscrever-se na universidade. Apresenta se ao examecomo externo, mas quem o examina lembra-se da expulsão.

Proibido de matricular-se, Roentgen viaja para Zurique, onde o diploma não éobrigatório para a faculdade politécnica. Cursando essa escola, passa a assistente de física

do professor Kundt. Em 1870 o professor é convidado a lecionar em Würzburg. Propõe entãoao conselho universitário o nome de Roentgen para a livre docência. A proposta é vetada:ainda uma vez se alega a não conclusão dos estudos em Utrecht.

Só no ano seguinte em Strasbourg, é que se iniciará a carreira universitária deRoentgen ao lado de Kundt. Foi essa série de empecilhos que o fez declarar que “o homem

tem que ter sorte, por que sem ela nada alcançará na vida”, e que, embora os exames nadavalham, “desgraçadamente, são um mal necessário”. 

Wilhelm Conrad Roentgen (1845-1923) não era dessas pessoas preocupadas com odesconhecido. Sua maior paixão consistia em examinar com extremo cuidado as novaspublicações e procurar algum processo a partir de modificações ou aperfeiçoamento de ummétodo em uso.

No final de 1895 ele repetia em Würzburg, com o máximo de cuidado e extrema críticaas experiências de Lenard - físico alemão que obteria o prêmio Nobel de física em 1905 porseus estudos sobre os raios catódicos. Para visualizar os raios que iluminam um écranfluorescente, Roentgen envolve o tubo de Lenard em papel preto. Surpreso, Roentgenconstata que todo o écran fica luminescente, e não apenas a fenda onde era aguardada a

saída dos raios catódicos.

Curiosas manchas surgidas em chapas fotográficas que ficassem próximas aos tubosde vácuo elevado atravessados por descargas elétricas já haviam sido notadas. Entretanto,sempre foram vistas como acontecimento acidental, sem importância, mas Roentgen temcerteza de estar diante de um fato novo. E esta mesmo: aquela noite de oito de novembro de1895 marca uma das datas mais importantes do progresso científico do século 19.

Ele batiza de raios X aquela luz invisível que ilumina o écran. Pouco depois Kolliker,professor em Würzburg os chamará de “raios Roentgen”.A 22 de dezembro do mesmo ano,

após 15 minutos de exposição aos raios X, é obtida a primeira imagem radiográfica dahistória da medicina: a mão da mulher do cientista (Anna Bertha Roentgen).

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Imagem: http://torinoblog.blogspot.com.br/2011/11/raio-x.html

Curiosamente, a descoberta não impressiona os meios científicos. Três meses após oanúncio da invenção (método de imagem), o Jornal da Associação Médica Americana faz o

seguinte comentário: “os cirurgiões de Viena e Berlim acreditam que a fotografia Roentgenesteja destinada a revolucionar a cirurgia. Nós, não”. Meia hora é o tempo mínimo deexposição necessário, e, na maior parte dos casos, precisa-se de até uma hora. Aaparelhagem é tão cara – mais de 100 mil dólares – que somente poucos cirurgiões poderãodar-se ao luxo em tê-la em seus consultórios.

Os fatos logo desfazem esta impressão. Dois anos depois, os raios X já são usados naguerra greco-turca de 1897, e em 1898, na guerra hispano-americana.

Nasce assim uma nova especialidade, a Radiologia. De início os cirurgiões se limitam aestudar os ossos, os cálculos, os corpos estranhos. Depois, introduzem-se os contrastes que

permitem a exploração cada vez mais precisa dos órgãos internos e externos, conferindo aodiagnóstico aquela precisão tão sonhada pelos médicos.

Mas o radiologista logo começa a pagar o preço de tão valiosa descoberta. Aparecemdermatites, sequelas de irritações crônicas da pele, e às vezes até formas cancerosas. Sãoverdadeiras queimaduras, semelhantes as que sofreu em 1898 o francês Antoine HenryBecquerel (1852-1908), que passeava com fragmento de material radioativo no bolso docolete.

Imagem: http://hypescience.com/27195-primeiros-raios-x/

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Conforme relata Alan Bleich em seu livro The story of X-rays from Roentgen to isotopea radiografia passou a ser objeto de curiosidade e até de preocupação, pois invadia aprivacidade do corpo humano. Uma loja de confecções de Londres chegou a anunciar avenda de roupas íntimas à prova de raios-X.

Um deputado, em New Jersey, nos Estados Unidos, apresentou um projeto de leiproibindo o uso, no teatro, de binóculo provido de raios-X.Uma poesia publicada na época:

Os raios Roentgen, os raios Roentgen,Que viraram mania

e excitam a cidadecom a nova fasede rumos futuros,

me deixam aturdido,pois agora eu percebo

que se pode ver e miraratravés dos vestidoscom estes travessos raios,malvados raios Roentgen. 

1.2 A PRIMEIRA RADIOGRAFIA DO BRASIL

 A primeira radiografia do Brasil é histórica, uma imagem conhecida pelas academias detodo o mundo. Foi inédita em dois sentidos, por também ser a primeira do mundo realizadaem irmãs siamesas e, não obstante, se tornou fator determinante para a realização dacirurgia que permitiu a separação das duas crianças. As gêmeas nasceram em 1893, emRibeirão do Costa, no Espírito Santo. Chamavam-se Rosalina e Maria Pinheiro Dável. Ospais, João Dável e Rosalina da Silva Pinheiro, eram agricultores muito pobres entãoresolveram dar as meninas ao médico Eduardo Chapot Prevost.

Em 1900, aos sete anos de idade, elas foram levadas para o Rio de Janeiro, ondeaconteceu a cirurgia que as separou. Esse é o primeiro caso bem sucedido desse tipo deintervenção e seu único diferencial foi a utilização de um exame radiológico, que permitiu verpor dentro.

Por meio da radiografia, foi possível identificar que, além das gêmeas serem unidas

pelo tórax, também eram unidas pelos fígados. Os médicos Miguel Couto, Moncorvo Filho,Ernani Pinto Ramos, Álvaro Rodrigues e o farmacêutico Sayão auxiliaram na operação. Oprocedimento foi realizado na Casa de Saúde São Sebastião, em Laranjeiras/RJ. Mariamorreu cinco dias depois da cirurgia. Ela teve uma pleuropericardite, quadro infecciosograve.

Já Rosalina sobreviveu e foi criada pelo médico e sua esposa como uma filha. Ela secasou em 1927, teve cinco filhos fisicamente normais e morreu na velhice, após uma longavida de realizações.

Esse primeiro exame radiológico do nosso país foi realizado pelo doutor Álvaro Alvim,

médico que dá nome a vários hospitais espalhados pelo Brasil. Ele realizou o feito logo apóschegar de Paris, onde aprendeu com Marie Curie o uso da tecnologia, até entãodesconhecida nessa região do planeta.

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De acordo com a presidente do CONTER Valdelice Teodoro, doutor Alvim foi oresponsável pelo treinamento e introdução dos primeiros operadores de raios X no mercadoprofissional brasileiro, a partir do final da década de 1930.

É fácil entender, tanto etimologicamente quanto pela observação dos aspectos

históricos, que a antiga figura do que conhecíamos como Operador de raios X correspondeao que entendemos hoje por profissionais das técnicas radiológicas.

Os Auxiliares, Técnicos e Tecnólogos em Radiologia nada mais são que a derivação fieldos primeiros profissionais da área no Brasil e, como tal, são herdeiros de seus legados edireitos coletivos difusos, considera a presidente. 

(http: / /www.conter.gov.br/ imp rimir. p hp? pagina=notic ias&id=378)

Imagens: http://www.conter.gov.br/?pagina=noticias&id=378

Foi o Dr. José Carlos Ferreira Pires o primeiro médico a instalar um aparelho de Raios-X nointerior do Brasil, na cidade de Formiga, Minas Gerais, a 600 km do Rio de Janeiro.

Hoje, o equipamento está no Museu de Cirurgia em Chicago. 

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Irmã Dulce (1914-1992) como operadora de Raios-X em Salvador, década de 40.

Em julho de 1936 o Dr. Manoel Dias Abreu apresentou à sociedade no Rio de Janeiro, umexame que ele mesmo criou chamado Roentgenfotografia (Abreugrafia), que revolucionou odiagnóstico e tratamento da Tuberculose.

PRIMEIROS APARELHOS DE RAIOS-X

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Revelação Manual Primeiro Mamógrafo 

APARELHOS ATUAIS:

Imagem: http://www.udi24horas.com.br/exames/raio-x-digital/