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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

CURSO DE TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO SUCROALCOOLEIRA

INTRODUÇÃO À BOTÂNICA: TAXONOMIA, MORFOLOGIA, FISIOLOGIA

PROF. MARCELO LEITE

Botânica é o estudo da fisiologia, morfologia,

ecologia, evolução, anatomia, classificação,

doenças, distribuição, dentre outros aspectos das

plantas.

É o ramo da botânica que se ocupa da

classificação das plantas, ou seja, sua

organização em reino, divisão, classe, ordem,

família, gênero e espécie.

Atualmente, as categorias utilizadas na

classificação detalhada das plantas são:

Reino, Divisão, Subdivisão, Classe, Subclasse,

Ordem, Subordem, Família, Subfamília, Tribo,

Subtribo, Gênero, Subgênero, Secção, Subsecção,

Série, Subsérie, Espécie, Subespécie, Variedade e

Forma.

Entretanto, na maioria dos casos, apenas as

categorias tradicionais já são suficientes para

classificar as plantas.

Tabela 1. Classificação taxonômica antiga e atual da cana-de-açúcar.

Reino Protista

Fungos protistas

Algas protistas

Reino Fungi

Reino Plantae (ou Vegetal)

Plantas avasculares (briófitas)

Plantas vasculares

Pteridófitas (sem sementes)

Espermatófitas

Gimnospermas (com sementes,

porém sem frutos)

Angiospermas (com sementes e

frutos)

Para cumprir os objetivos desta disciplina, será

abordado somente (e superficialmente) o Reino

Plantae ou Reino Vegetal.

Uma classificação simplificada do reino vegetal

que facilita muito o estudo é a seguinte:

Vegetais inferiores;

Vegetais intermediários;

Vegetais superiores.

Vegetais inferiores

Algas verdes (clorofíceas), pardas (feofíceas),

vermelhas (rodofíceas).

As chamadas “algas azuis” são cianobactérias,

procariontes pertencentes ao reino Monera.

Vegetais intermediários (Criptógamos)

Compreendem as briófitas (musgos e hepáticas) e as

pteridófitas (samambaias e avencas).

Vegetais superiores (Fanerógamos)

São vegetais que produzem flores. Dividem-se em:

1- Gimnospermas (gymnos = nu e sperma =

semente). Não produzem frutos.

Diz-se que suas sementes são nuas por não

estarem fechadas em frutos.

Vegetais superiores (Fanerógamos)

2 - Angiospermas (angos = urna e sperma =

semente). Produzem frutos, que envolvem as suas

sementes.

ANGIOSPERMAS (Divisão Magnoliophyta ou

Anthophyta)

As angiospermas são plantas que possuem flores e

frutos.

Dividem-se em duas classes: Monocotiledôneas

(Liliopsida) e Dicotiledôneas (Magnoliopsida).

COTILÉDONE

O embrião da semente de angiosperma contém

uma estrutura chamada cotilédone.

O cotilédone é uma folha modificada, associada a

nutrição das células embrionárias que irão gerar

uma nova planta.

Sementes de monocotiledôneas (Ex. milho)

Existe um único cotilédone.

As substâncias que nutrem o embrião ficam

armazenadas numa região denominada

endosperma.

O cotilédone transfere nutrientes para as células

embrionárias em desenvolvimento.

ENDOSPERMA

COTILÉDONE

EMBRIÃO

Sementes de dicotiledôneas (Ex. feijão)

Nesse tipo de semente existem dois cotilédones.

O endosperma geralmente não se desenvolve nas

sementes de dicotiledôneas; os dois cotilédones,

então armazenam as substâncias necessárias para

o desenvolvimento do embrião.

MONOCOTILEDÔNEA

DICOTILEDÔNEA

Raiz

As raízes fixam o vegetal ao solo, de onde retiram

principalmente, água e sais minerais.

Partes da raiz

A raiz é composta de várias partes: a coifa, a

zona lisa (ou de crescimento), a zona pilosa (dos

pêlos absorventes) e a zona suberosa (ou de

ramificação).

Tipos de raiz:

1) Raízes terrestres ou subterrâneas

São raízes que ficam sob o solo e possuem várias

formas, permitindo assim uma sub-classificação:

axial ou pivotante, ramificada, fasciculada e

tuberosa.

1.1) Axial ou Pivotante - Nesse sistema de raízes,

existe uma raiz principal, geralmente maior que as

demais e que penetra verticalmente no solo. Da

raiz principal partem as raízes laterais, que

também se ramificam.

Ocorrem nas dicotiledôneas.

1.2) Ramificada - Não é possível detectar facilmente

a raiz principal das outras raízes.

Há uma ramificação secundária, terciária e assim

sucessivamente, sempre a partir da raiz primária.

Tipos de raiz:

1.3) Fasciculada – compõem-se de um conjunto de

raízes finas que têm origem em um único ponto.

Não existe nessas raízes uma ramificação mais

desenvolvida que outra.

Também chamadas de raízes em cabeleira,

ocorrem nas monocotiledôneas, como a grama, o

milho, a cana etc.

1.4) Raízes tuberosas - contêm grande reserva de

substâncias nutritivas e são muito utilizadas na

nossa alimentação.

Exemplos: mandioca, a cenoura, a beterraba, a

batata-doce e o nabo.

2) Raízes aéreas - Essas raízes são visíveis, pois

ficam sempre acima do solo.

Há sub-grupos dessas raízes: estranguladoras,

grampiformes ou aderentes, respiratórias ou

pneumatóforos, raízes de suporte, sugadoras e

tabulares.

2.1) Raízes-escoras

Também chamadas de raízes de suporte, partem

do caule (raízes caulinares) e se fixam no solo,

aumentando a superfície de fixação da planta.

Geralmente são encontradas nas plantas que se

desenvolvem nos mangues.

O milho também desenvolve raízes caulinares.

2.2) Raízes tabulares

São raízes caulinares achatadas como tábuas que

encontramos em algumas árvores de grande porte.

Auxiliam a fixação da planta no solo e possuem

poros que permitem a absorção de gás oxigênio

da atmosfera.

2.3) Raízes sugadoras

São raízes aéreas de plantas parasitas, como a erva-

de-passarinho, que penetram no caule de uma

planta hospedeira, sugando-lhe a seiva.

2.4) Raiz Respiratória ou Pneumatóforo

Esse tipo de raiz é responsável por auxiliar a

respiração do vegetal.

3) Raízes Aquáticas

Como o próprio nome já traduz, esta raiz se

desenvolve em plantas aquáticas. Diferindo das

raízes subterrâneas, a função deste tipo de raiz

não é fixar, mas apenas absorver os nutrientes

flutuantes presentes na água.