View
166
Download
1
Category
Preview:
Citation preview
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
assistência simplificada para os pobres, uma espécie de
atenção primitiva, para tratar de doenças (supostamente)
simples, com utilização de poucos recursos e improvisação
de pessoal.
Atenção Primária à Saúde - APS NÃO É
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
A Atenção Primária à Saúde (APS) é o nível do sistema que
deve ser responsável pelo desenvolvimento de ações de
promoção, proteção, assistência e recuperação de saúde
para todos os indivíduos, de qualquer faixa etária,
considerando o contexto familiar e a comunidade no qual
estão inseridos. Para tanto, deve apresentar alto grau de
resolutividade para os problemas de saúde mais prevalentes,
apresentados em nível extra-hospitalar.
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
A diversidade de situações e os problemas de saúde
apresentados pelas pessoas e suas famílias no nível da APS
são bastante complexos e exigem tecnologia específica, para
que sejam abordados de forma resolutiva.
Atenção Primária à Saúde - APS
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
A relação Médico – Paciente é fundamental na atuação
do Médico na Estratégia de Saúde da Família
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
O método clínico baseado em modelo biomédico – surgido
no início do século 19 e que alcançou hegemonia durante o
século 20 – trouxe grandes avanços para a ciência médica e
conferiu grande poder ao médico, mas tornou o diagnóstico
da doença preponderante sobre o doente.
Acontece que nem todas as pessoas adoecem da mesma
forma ou se enquadram numa doença bem definida.
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
“o tratamento de uma doença pode ser totalmente
impessoal, o cuidado do paciente precisa ser totalmente
pessoal“.
Peabody FW. The care of the patient. JAMA 1927; 88 (2):877-882.
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
A discordância entre médico e paciente na visão da
doença e do processo de adoecer e nos objetivos a atingir
com o tratamento repercute negativamente nos resultados
obtidos.
Kleinman A, Eisenberg J, Good B. Culture, ilness and care: clinical lessons
from antropologic and cross-cultural research. Ann Inter Med 1978; 88 (2):
251-258.
Método Clínico Centrado na Pessoa
Princípios
1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da
experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer
quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito
do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as
expectativas sobre o que deveria ser feito;
2 – entendimento global da pessoa;
3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução;
4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.
Stewart et al, 1995
Método Clínico Centrado na Pessoa
1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as expectativas sobre o que deveria ser feito;
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as expectativas sobre o que deveria ser feito;
Método Clínico Centrado na Pessoa
Princípios
1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da
experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer
quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito
do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as
expectativas sobre o que deveria ser feito;
2 – entendimento global da pessoa;
3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução;
4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.
Stewart et al, 1995
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
2 – entendimento global da pessoa;
Método Clínico Centrado na Pessoa
Princípios
1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da
experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer
quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito
do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as
expectativas sobre o que deveria ser feito;
2 – entendimento global da pessoa;
3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução;
4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.
Stewart et al, 1995
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução;
O terreno comum
Definindo metas e prioridades
– expectativas de ambos
– prós e contras dos planos propostos
– estimular a participação do paciente
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução;
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução;
– Um nome para o problema
– Quais as hipóteses do paciente?
– Evitar linguagem inacessível ao paciente
Método Clínico Centrado na Pessoa
Princípios
1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da
experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer
quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito
do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as
expectativas sobre o que deveria ser feito;
2 – entendimento global da pessoa;
3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução;
4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.
Stewart et al, 1995
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;
Desenvolver junto com o paciente um plano prático de
prevenção e promoção para toda a vida.
Monitorar os riscos já identificados de cada paciente e
rastrear aqueles ainda não identificados.
Registrar e arquivar adequadamente.
Estimular a auto-estima e confiança do paciente no
cuidado consigo.
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
Desenvolver junto com o paciente um plano prático de prevenção e promoção para toda a vida.
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
Monitorar os riscos já identificados de cada paciente e rastrear aqueles ainda não identificados.
Método Clínico Centrado na Pessoa
Monitorar os riscos já identificados de cada paciente e rastrear aqueles ainda não identificados.
Método Clínico Centrado na PessoaMonitorar os riscos já identificados de cada paciente e rastrear aqueles ainda não identificados.
Método Clínico Centrado na Pessoa
4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;
Registrar e arquivar adequadamente.
Estimular a auto-estima e confiança do paciente no
cuidado consigo.
Método Clínico Centrado na Pessoa
Princípios
1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da
experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer
quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito
do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as
expectativas sobre o que deveria ser feito;
2 – entendimento global da pessoa;
3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução;
4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.
Stewart et al, 1995
Método Clínico Centrado na Pessoa
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
Ruídos
Os ruídos são elementos físicos externos aos participantes
da comunicação, por exemplo, sala de recepção
inadequada à Unidade de Saúde, uma enorme quantidade
de pessoas, arquitetura e decoração inapropriadas,
interrupções à consulta (como chamadas telefônicas)
Medicina da Família e da Comunidade – Bloco III – 2012-2Marília Ione Futino
Método Clínico Centrado na Pessoa
Interferências
As interferências são internas aos comunicadores, dividindo-se
em três classes:
as interferências cognitivas,
as interferências emocionais e
as interferências socioculturais.
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
Método Clínico Centrado na Pessoa
Interferências
As interferências cognitivas dizem respeito à incapacidade do paciente
de se expressar de maneira compreensível, devido, por exemplo, a fortes
crenças mágicas sobre o papel do médico, ou convicções sobre
aspectos de cuidar ou curar. Por parte dos profissionais de saúde,
também há crenças baseadas nos princípios tradicionais, mecanicistas e
cartesianos da ciência, além do aspecto supostamente neutro e
distanciado da figura do médico. Este também tende a ignorar aspectos
psicossociais de seus pacientes, o que também atrapalha a
comunicação.
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
Método Clínico Centrado na Pessoa
Interferências
As interferências emocionais se apresentam quando os pacientes
possuem algum transtorno psiquiátrico (depressão, ansiedade etc.), ou
emoções extremas (ressentimento, agressividade). Ou ainda, nos casos
em que o entrevistador é disfuncional e demonstra desresponsabilização,
desinteresse, ou mesmo uma excessiva projeção sobre o paciente (por
exemplo, pressupor que adolescentes grávidas são irresponsáveis e
imorais, generalizar e tratar todas com sermões moralistas, sem nem
sequer escutar as histórias de vida delas).
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
Método Clínico Centrado na Pessoa
Interferências
As interferências socioculturais são exacerbadas quando há notável
diferença sociocultural entre o paciente e o profissional. Isso incide nas
crenças de custo-benefício sobre a comunicação pretendida: “Para que
me dar ao trabalho se ele não vai me entender, pois vive em outro
mundo?”. Devido às diferenças, o princípio da reciprocidade – ou seja,
da capacidade que um tem de influenciar o outro –, é colocado em
xeque.
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
Método Clínico Centrado na Pessoa
Interferências
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
Método Clínico Centrado na Pessoa
Princípios
1 – exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da
experiência de adoecer do paciente, tendo a experiência de adoecer
quatro dimensões: o sentimento de estar doente; a idéia a respeito
do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e as
expectativas sobre o que deveria ser feito;
2 – entendimento global da pessoa;
3 – a busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a
respeito do problema ou dos problemas e sua condução;
4 – a incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;
5 – a melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.
Stewart et al, 1995
Método Clínico Centrado na Pessoa
6 – a sua viabilidade em termos de custos e tempo.
Não tente fazer tudo para todos os pacientes em todas
as visitas.
Entender os limites da medicina e estabelecer objetivos
e prioridades razoáveis.
Gerenciar os recursos para o paciente pesando as
necessidades dele e as da comunidade.
Recommended