A nuvem e o caracol

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a nuvem brinca com o caracol

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CENTRO DE FORMAÇÃO DE BASTO

AS TIC NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

A NUVEM E O

CARACOL

Era uma vez uma nuvem.

Era uma vez um caracol.

A nuvem andava lá no alto, a espreguiçar-se muito vagarosa, muito preguiçosa. O caracol andava cá por baixo, a correr muito devagarinho, muito devagarinho, porque não sabia correr mais depressa. Andava à sua vida o caracol.

Lá no alto, a nuvem, porque não tinha nada que fazer, bocejava:

Ah, que dia pasmado

este!

Cá em baixo, o caracol, que tinha imenso que fazer murmurava:

Ah, que dia tão atarefado este!

Mas, afinal, era apenas um lindo dia, um lindo dia de sol.

Para se entreter, a nuvem começou a brincar ao faz-de-conta. Como não havia mais nuvens, tinha de brincar sozinha.

Faz de conta que sou um cavalo!

E um cavalo-nuvem desenha-se no céu.

Agora, faz de conta que sou um

palhaço!

E a cara de um palhaço, recortava-se no azul do céu.

Agora sou uma casa!

E uma casa-nuvem aparecia no céu.

Entretinha-se assim.

Mas, quando, a certa altura, se alongou e espreguiçou mais e mais, a fazer de conta que era um comboio de mercadorias, a nuvem tapou o sol.

O dia escureceu.

Cá em baixo, o caracol, que andava à sua vida, suspirou aborrecido:

Esta nuvem só faz disparates.É o que sucede a quem não tem nada que fazer.

Parece que ela, a nuvem, lá em cima, o ouviu, porque, passadotempo, escureceu de triste que estava e começou a choramingar sobre a terra.

Foram umas gotinhas poucas, uns chuviscos - que ela também era pequenina – mas bastaram para pôr a reluzir as folhas e as ervas por onde o caracol andava à sua vida.

Quando se foi a chuva, e o sol voltou a aparecer, o caracol, que entretantose abrigara na sua casca, deitou os pauzinhos de fora e disse, muito satisfeito:

Assim, sim!

Virou então a cabeça para o céu, para agradecer à nuvem, mas já ela tinha desaparecido.

Cabeceiras de Basto, 20 de Junho de 2006

Formanda: Anabela de Azevedo Alves

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