A urna de d. bosco em baturité

Preview:

Citation preview

A URNA DE DOM BOSCO EM BATURITÉ

* Ainda emm Aracati, a abertura da Caixa blindada.

A longa caminhada de 800 km, de Petrolina a Aracati, através de rodovias esburacadas, ocupadas por animais e com sinalização deficiente nos trouxe alguns problemas. Já nos referimos ao caminhão que jogou a Urna no acostamento da BR 232, do tempo perdido, quando nos desviamos desta mesma rota e tomamos a direção da Bahia. Outro fato que também nos preocupou foi o deslocamento visível da imagem de D. Bosco dentro da caixa blindada, construída em vidro e metal. Isso ainda por obra e graça da má conservação da BR 232.Era a primeira vez que os funcionários italianos (Carlos e Giovanni), condutores do furgão, tinham que extrair as dezenas de parafusos de vários tamanhos e outras peças que formavam o envoltório da imagem. Ainda bem, que prevenidos, traziam um kit com inúmeros e variados apetrechos e chaves de todos os tipos. Combinamos efetuar a operação, à noite, em Aracati, após os fiéis se ausentarem da Igreja. As irmãs ficaram eufóricas e não escondiam a alegria e os comentários. Iam ter a sorte e a graça de verem e tocarem o corpo de seu Santo querido. O trabalho não foi fácil nem rápido. Após mais de uma hora e meia, a parte superior foi erguida por quatro homens. Dom Bosco ficou exposto, alguns dos presentes (diria algumas) fitavam-no absortos, como que petrificados, olhos parados como num êxtase, diante de um ser, descido do Além, de algo sobrenatural.O Carlos olha para mim, ainda mais sério que de costume e diz: o senhor que é o padre acerte a posição do Santo. Subi na armadura de algumas centenas quilos, pus as mãos por sob os ombros da estátua deitada, tocando-lhe as costas e

tentei acertar a posição. Estranhei o peso e pedi ajuda do Carlos.A esta altura os presentes já tinham voltado ao normal, desaparecera a primeira emoção. Os flashes fotográficos inundavam o ambiente, memorizando o inédito acontecimento.Às 02h30 da manhã nos recolhemos, rememorando a jornada e preparando-nos espiritual e fisicamente para a viagem a Baturité, no início da tarde. Um pouco além das 13h15, deixamos «A cidade dos ventos que cheiram» e nos dirigimos ao maciço de Baturité. Seguimos pela BR 304 até Chorozinho, quando atravessamos a BR 116, rumando pela CE 257 em direção à cidade de Barreira, Aracoiaba e finalmente Baturité.

Nas montanhas de Baturité.

Rodovia estreita e com algumas crateras. Observamos que mais uma vez a imagem encontrava-se deslocada, dentro da Urna. Em Fortaleza, D. Lustosa tivemos que ajeitá-la, o que foi mais fácil, dada a experiência anterior em Aracati.

Estamos a 04 de fevereiro. No Posto Triângulo uma comissão de peso nos aguardava. Ali se encontravam as Irmãs Salesianas com seus ex-alunos/as e atuais estudantes. Estes já haviam retornado das férias. Aguardavam-nos a Prefeita municipal, Silvana Vasconcelos e moradores da cidade. Organizada a carreata seguimos para a Matriz.

Os fogos crepitavam estonteantes pelas quebradas do Maciço baturiteense, enquanto uma bonita e concentrada procissão acompanhava a efígie sagrada em direção à Igreja matriz.

A Urna pernoitou no Ginásio Poliesportivo do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, cuja Diretora atual é a Irmã Francisca. P. Leoni José, sdb; da Comunidade D. Lustosa em Fortaleza presidiu a Missa. Durante a noite e madrugada de 05 de Fevereiro os fiéis se revezaram diante das preciosas relíquias. Próximo às 07h00 da manhã seguimos para Fortaleza.

ESTAMOS CHEGANDO AO FINAL DO PÉRIPLO EM COMPANHIA DE D. BOSCO NO NORDESTE. RESTA SOMENTE A CAPITAL CEARENSE, FORTALEZA. DE LÁ DEVO ENTREGAR NOSSO SANTO AOS SALESIANOS DA PROVÍNCIA DE MANAUS. AS SAUDADES E UMA CERTA TRISTEZA NOS ENVOLVEM. HÁ QUASE UM MÊS ESTAMOS REVIRANDO ESTA PARTE DO BRASIL COM O SANTO DOS JOVENS.

DOM BOSCO INTERCEDE POR TODOS OS TEUS SEGUIDORES E ADMIRADORES.