Anais Da VII Semana Da Geografia DGEI

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Anais

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  • SERVIO PBLICO FEDERAL

    MINISTRIO DA EDUCAO

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

    CAMPUS PROF. ALBERTO CARVALHO

    DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

    ANAIS DA VII SEMANA DE

    GEOGRAFIA: CONFLITOS E

    ABORDAGENS GEOGRFICAS DE

    UM MUNDO EM MUDANA

    ISBN: 978-85-7822-487-5

    Itabaiana/SE, de 27 a 29 maio 2015

  • APRESENTAO

    O Departamento de Geografia (DGEI), da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Campus

    Prof. Alberto Carvalho em Itabaiana, realizar de 27 a 29 de maio de 2015, a VII SEMANA

    DE GEOGRAFIA, cujo tema ser CONFLITOS E ABORDAGENS GEOGRFICAS DE

    UM MUNDO EM MUDANA. O evento ir debater e refletir os conflitos e abordagens

    geogrficas atuais, visando construo e divulgao do saber/fazer geogrfico,

    especialmente os que representam e envolvam as mudanas sofridas recentemente no

    contexto mundial.

    A VII SEMANA DA GEOGRAFIA envolver atividades que discutiro os conflitos e

    abordagens geogrficas na atualidade mundial em conferncia de abertura, incluindo mesa

    redonda, espaos de produo cientfica divididos em quatro eixos de discusso (1- Ensino de

    Geografia; 2 Espao Agrrio; 3 Espao Urbano e 4 Estudos da Relao Sociedade-

    Natureza), alm de trabalho de campo e atividades culturais. Tem como pblico alvo alunos

    da graduao e da ps-graduao em Geografia e reas afins; docentes da educao bsica;

    profissionais da Geografia e demais interessados.

    INSCRIO

    As inscries estaro abertas, em breve e disponibilizadas, no site www.sigaa.ufs.br.

    APRESENTAO DE TRABALHOS NO ESPAO DE PRODUO CIENTFICA

    Envio at 17 de abril de 2015.

    Haver a submisso de trabalhos para serem apreciados pela Comisso Cientfica

    que avaliar a pertinncia, bem como o eixo indicado.

    Data do aceite: 24/04/2015

    Eixos Temticos: os artigos devem ser encaminhados para cada eixo especfico

    Eixo 1 Ensino de Geografia;

    E-mail: ensinodegeografia2015@gmail.com

    Eixo 2 - Espao Agrrio;

    E-mail: espacoagrario2015@gmail.com

    Eixo 3 - Espao Urbano;

    E-mail: espacourbano2015@gmail.com

    Eixo 4 - Estudos da Relao Sociedade-Natureza;

    E-mail: sociedade.natureza2015@gmail.com

    http://www.sigaa.ufs.br/mailto:ensinodegeografia2015@gmail.commailto:espacourbano2015@gmail.com
  • NORMAS PARA ENVIO DE RESUMOS EXPANDIDOS

    Os resumos expandidos devero ser enviados para o e-mail especfico do eixo temtico

    ao qual o trabalho ser submetido, observando o prazo mximo at 17 de abril de

    2015;

    Cada inscrio credita ao participante a apresentao de um trabalho como autor

    principal, podendo participar de at mais um trabalho em coautoria como limite de

    quatro participantes por trabalho;

    Os resumos expandidos podem versar sobre experincias ao longo da graduao, bem

    como ser fruto de trabalhos de pesquisa e/ou extenso, alm de experincias docentes

    nos diferentes nveis de ensino;

    O incio do resumo expandido deve indicar o eixo no qual a temtica do trabalho se

    insere (espao). Em seguida o ttulo escrito com letras maisculas, em negrito,

    centralizado e abaixo o(s) nome(s) do(s) autor (es), alinhados direita devendo

    constar tambm a instituio a qual pertence, formao acadmica e e-mail;

    nos anais eletrnicos

    com ISBN, na pgina do Departamento de Geografia, do Campus Prof. Alberto

    Carvalho.

  • ORGANIZAO E APRESENTAO O RESUMO EXPANDIDO

    1. O texto dos originais deve ser organizado em Ttulo, Autores, Resumo, Palavras-chave,

    Introduo, Metodologia, Resultados e Discusso, Concluses e Referncias.

    2. O resumo expandido dever ocupar, no mnimo, trs e, no mximo, cinco laudas, incluindo

    Texto, Tabelas e/ou Figuras.

    3. O texto dever ser formatado para um tamanho de pgina A-4, com margens superior,

    inferior, esquerda e direita de 2,5 cm. Deve ser empregada fonte Time New Roman, corpo 11,

    exceto no ttulo, e justificado. O espaamento entre as linhas dever ser simples.

    4. As citaes de artigos (referncias) no texto devem seguir as normas vigentes da

    Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT.

    5. Citaes de trabalhos extrados de Resumos e Abstracts, publicaes no prelo e

    comunicao pessoal no so aceitas na elaborao do resumo expandido.

    6. A nomenclatura cientfica deve ser citada segundo os critrios estabelecidos nos Cdigos

    Internacionais em cada rea. Unidades e medidas devem seguir o Sistema Internacional.

    7. O texto dever iniciar com o TTULO do trabalho em letras maisculas, utilizando fonte

    Time New Roman, corpo 14, em negrito, centralizado com, no mximo, 20 palavras.

    8. Aps duas linhas (espaos) do Ttulo, devem aparecer os Nomes Completos dos Autores,

    separados por ponto e vrgula, em fonte Time New Roman, corpo 12, centralizados e grafados

    somente com as primeiras letras maisculas. Fazer chamada com nmero arbico sobreescrito

    para cada instituio, aps o ltimo sobrenome de cada autor, para indicar o endereo

    institucional (centro, departamento, ncleos, laboratrios, grupos de pesquisa) e o eletrnico

    (e-mail). Os autores de uma mesma instituio devem ser agrupados em um nico ndice.

    9. A seo Resumo deve ter no mximo 250 (duzentas e cinquenta) palavras, com breves e

    concretas informaes sobre a justificativa, os objetivos, mtodos, resultados e concluses do

    trabalho. Dever ser iniciado imediatamente abaixo da palavra Resumo. No deve conter

    referncias bibliogrficas. O Resumo deve ser apresentado com pargrafo nico.

    10. Logo aps o Resumo, seguindo- - linha que

    ela, sero includas, no mnimo, trs e, no mximo, cinco, expresses em portugus

    11. A seo Introduo deve ser breve e conter, no mximo, 1000 (um mil) palavras.

    Justificar o problema estudado de forma clara, utilizando-se reviso de literatura. O ltimo

    pargrafo deve conter os objetivos do trabalho realizado.

    12. A seo Metodologia deve ser concisa, mas suficientemente clara, de modo que o leitor

    entenda e possa reproduzir os procedimentos utilizados. Deve conter as referncias da

    metodologia de estudo e/ou anlises laboratoriais empregadas.

    No deve exceder 1000 (um mil) palavras.

    13. A seo Resultados e Discusso deve conter os dados obtidos, at o momento, podendo

    ser apresentados, tambm, na forma de Tabelas e/ou Figuras. A discusso dos resultados deve

    estar baseada e comparada com a literatura utilizada no trabalho de pesquisa, indicando sua

    relevncia, vantagens e possveis limitaes.

  • 14. As Tabelas e/ou Figuras (fotografias, grficos, desenhos) devem ser elaboradas de forma a

    apresentar qualidade necessria boa reproduo. Devem ser gravadas no programa Word

    para possibilitar possveis correes. Devem ser inseridas no texto e numeradas com

    algarismos arbicos. Nas Tabelas (sem negrito), o ttulo deve ficar acima e nas Figuras (sem

    negrito), o ttulo deve ficar abaixo. recomendvel evitar a apresentao dos mesmos dados

    na forma de Figuras e Tabelas.

    15. A seo Concluses deve ser elaborada com o verbo no presente do indicativo, em frases

    curtas, sem comentrios adicionais (=Resultados e Discusso), e com base nos objetivos e

    resultados do Resumo Expandido. No deve exceder 200 (duzentas) palavras.

    16. Na seo Referncias devem ser listados apenas os trabalhos mencionados no texto, em

    ordem alfabtica do sobrenome, pelo primeiro autor. Dois ou mais autores, separar por ponto

    e vrgula. Os ttulos dos peridicos no devem ser abreviados. A ordem dos itens em cada

    referncia deve obedecer s normas vigentes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    ABNT.

    MINICURSOS E OFICINAS :

    Oliveira Santos (DGEI/ UFS).

    2. Minicurso: As contradies no meio rural brasileiro a partir do pensamento de Jos de Souza

    Martins, Prof. Dr. Marcelo Alves Mendes (DGEI/ UFS), Prof. Msc. Jos Maxuel de Farias Ferreira

    (DACI/ UFS), Graduado Franklin da Cruz Pereira e Graduada Josefa Mnica dos Santos.

    3. Oficina: Prticas pedaggicas e ensino de Geografia, Profa. Dra. Ana Rocha dos Santos (DGEI/

    UFS).

    4. Oficina: Ideologia, Literatura e ensino de Geografia, Profa. Dra. Ana Rocha dos Santos (DGEI/

    UFS).

    5. Oficina: Energias renovveis e o Programa Nacional de Produo e Uso do Biodiesel (PNPB) em

    Sergipe, Profa. Me. Jamile Rodrigues de Oliveira (PROGEO/DGEI/UFS).

    6. Oficina: AGROECOLOGIA: da produo limpa s possibilidades de resistncia, Profa. Me. Laiany

    Rose Souza Santos (DGEI/UFS).

    7. Oficina: A Literatura clssica e o campesinato: uma reflexo a partir do pensamento de Lnin;

    Chayanov e Kautsky, Profa. Me. Jose Renato de Lima (SEED/SE).

    8. Minicurso: Diversificao do trabalho e os novos desafios da agricultura familiar no Nordeste.

    Prof. Dr. Marcelo Alves Mendes (DGEI/UFS), Eliane Lima Gomes, Jos Carlos dos Santos

    (DEI/UFS) e Joo Ernandes Barreto Nascimento (DGEI/UFS).

    9. Oficina: Geotecnologias Aplicadas a Geografia: COMO EXPLORAR A EDUCAO

    CARTOGRFICA? , Prof. Dr. Daniel Rodrigues de Lira DGEI/UFS, Prof. Dr. Cristiano Aprigio dos

    Santos DGEI/UFS e Riclaudio Silva (DGEI/UFS).

  • ANEXOS

  • Lista dos artigos para apresentao referentes ao Eixo 1 - Ensino de

    Geografia

    TTULO AUTORES PGINAS

    DESVENDANDO AS ROCHAS: O

    ENSINO DE GEOGRAFIA FSICA NO

    ENSINO FUNDAMENTAL

    Joo Paulo de Jesus Santos;

    Alysson Santos de Jesus;

    Anna Maria Viana Alves;

    Daniel Almeida da Silva

    4

    O PAPEL DO PIBID NA FORMAO

    DO LICENCIANDO EM GEOGRAFIA

    Hericondio Santos Conceio;

    Yasmin Tavares da Cruz;

    Sabrina Milena Santos Santana;

    Maria Thas dos Santos Menezes

    5

    RECONSTRUO DE MEMRIAS NO

    MUNICPIO DE SO DOMINGOS:

    IDENTIFICAO DE

    CARACTERSTICAS FORMAS

    ESPACIAIS

    Ana Paula Almeida Silva;

    Anderlane Lima Santos;

    Thainar Almeida dos Santos; Vanderlia

    Oliveira de Sousa; Marleide Maria Santos

    Srgio

    4

    TEORIA/PRTICA/PRTICA/TEORIA:

    A EXPERINCIA DE OFICINAS

    PEDAGGICAS

    Adenilde Alves dos Santos;

    Izabel Cristina Santana Silva;

    Marta Carolina dos Santos;

    Mnica Andrade da S. Santos;

    Marleide Maria Santos Srgio

    4

  • Lista dos artigos para apresentao referentes ao Eixo 2 - Espao Agrrio

    TTULO AUTORES PGINAS

    PRODUO ORGNICA COMO

    FERRAMENTA DE

    CONSCIENTIZAO PARA UMA

    MELHOR QUALIDADE DE VIDA

    Bruno do Nascimento

    Mendona; Clverton

    Machado Reis; Eluana Ldia

    Santos; Joseilde Andrade

    Mendona; Marleide Maria

    Santos Srgio

    6

    A ORGANIZAO COOPERADA

    DO BENEFICIAMENTO DA

    CASTANHA DE CAJU NO

    POVOADO CARRILHO, NO

    MUNICPIO DE ITABAIANA/SE

    Bruno Ferreira de Oliveira;

    Jessica Rodrigues dos

    Santos;

    Lucas Silva do Nascimento;

    Josefa de Lisboa Santos

    5

    NDIOS XOC: LUTA PELA

    RESISTNCIA NA TERRA

    Edimarn de Oliveira Souza;

    Bruno Ferreira de Oliveira;

    Patrick Willian Conceio

    dos Anjos; Josefa de Lisboa

    Santos

    6

    A CASA DE FARINHA COMO

    TRADIO CULTURAL E

    IDENTIDADE

    Eliene Domingas de Souza;

    Josefa Edilani de Souza;

    Gilvanio Fontes Santos;

    5

  • TTULO AUTORES PGINAS

    DINMICA DA

    AGRICULTURA FAMILIAR

    NOS MUNICPIOS DE AREIA

    BRANCA E MOITA BONITA:

    ESTUDO PRELIMINAR DAS

    CONDIES DE

    REPRODUO DAS

    UNIDADES FAMILIARES

    Joo Ernandes Barreto

    Nascimento; Marcelo Alves

    Mendes

    7

    OS DESAFIOS E

    CONTRADIES DA

    POLTICA TERRITORIAL NO

    NORDESTE E SEUS

    REBATIMENTOS NO

    TERRITRIO RURAL DA

    BACIA LEITEIRA -AL

    Franklin da Cruz Pereira;

    Marcelo Alves Mendes

    6

    A IMPOSIO DO CONSUMO

    DE INSUMOS NA PRODUO

    DE MILHO EM SERGIPE

    Jacksilene Santana Cunha

    6

    OS DESAFIOS DA

    DEMOCRATIZAO DE

    POLTICAS PBLICAS EM

    CONSELHOS MUNICIPAIS:

    ANLISE DA GESTO SOCIAL

    NO CMDS DE ITABAIANA

    Jos Carlos dos Santos; Marcelo

    Alves Mendes

    6

    ANLISE DA

    MULTIFUNCIONALIDADE NA

    AGRICULTURA FAMILIAR DO

    MUNICPIO DE ITABAIANA -

    SE

    Jnio Andrade Menezes;

    Viviane Melo Santos; Marcelo

    Alves Mendes

    6

    ANLISE DAS POLTICAS

    PBLICAS IMPLANTADAS NO

    ASSENTAMENTO CAIM E

    PONTA DA SERRA NO

    MUNICPIO DE ADUSTINA/BA

    Maria Morgana Santos Santana;

    Hericondio Santos Conceio

    5

  • TTULO AUTORES PGINAS

    APRORIAO E USO DAS

    FAIXAS DE DOMNIO DA

    UNIO DA BR 235/SE

    Renata Batista Alves

    7

    A RESILINCIA CAMPESINA

    FRENTE A AUSNCIA DE

    POLTICAS PBLICAS NO

    POVOADO AGROVILA NO

    MUNICPIO DE

    ITABAIANA/SE

    Shirley Oliveira Nascimento;

    Maria Morgana Santos Santana;

    Josefa de Lisboa Santos

    6

    Lista dos artigos para apresentao referentes ao Eixo 3 - Espao Urbano

    TTULO AUTORES PGINAS

    O TRABALHO INFANTIL NAS

    FEIRAS LIVRES: CASO DE

    ITABAIANA

    Rafaela Santos Paz;

    Shirley Nascimento Oliveira;

    Josefa Lisboa Santos

    5

    Lista dos artigos para apresentao referentes ao Eixo 4 - Estudos da Relao

    Sociedade-Natureza

    TTULO AUTORES PGINAS

    O DISCURSO DO

    DESENVOLVIMENTO LOCAL

    E SUSTENTVEL: UM

    ESTUDO DE CASO DAS

    OLARIAS E CERMICAS

    VERMELHAS NO ESTADO DE

    SERGIPE

    Genivnia Maria da Silva

    6

    ENTRE SERRAS, MONTES E

    RIOS: UM OLHAR

    GEOGRFICO EM FONTES

    HISTRICAS (MANUEL AIRES

    DE CASAL E SAINT-

    ADOLPHE)

    Bruno Andrade Ribeiro; Karine

    dos Santos Sobral; Fabrcia de

    Oliveira Santos

    6

  • TRABALHOS EIXO 1

  • Eixo 1 - Ensino de Geografia

    DESVENDANDO AS ROCHAS: O ENSINO DE GEOGRAFIA FSICA

    NO ENSINO FUNDAMENTAL

    Joo Paulo de Jesus Santos1;

    Alysson Santos de Jesus2;

    Anna Maria Viana Alves3;

    Daniel Almeida da Silva4.

    RESUMO

    O presente artigo apresenta reflexes sobre a prtica de oficina como subsdio para o ensino

    de geografia fsica para o ensino fundamental. O uso de diversas metodologias que facilitem o

    processo de ensino-aprendizagem , sem dvida, de grande relevncia no ensino da

    Geografia, sobretudo da Geografia Fsica. Destarte, a oficina um dos meios pelo qual

    possvel trabalhar os contedos de forma bastante didtica e que possibilita uma maior

    interao professor-aluno e entre alunos. A oficina esteve inserida no evento de extenso

    denominado OCMEA (Oficinas de Cincias, Matemtica e Educao Ambiental) realizada na

    Universidade Federal de Sergipe Sob o ttulo

    aplicao da mesma foram feitas, pelos ministrantes, leituras referentes ao tema, confeco de

    brindes a partir de conchas (para exemplificar as rochas sedimentares), foram selecionados

    vdeos (para expor o assunto) e confeccionado um vulco para posterior demonstrao de uma

    erupo vulcnica, em miniatura (para exemplificar os processos de formao das rochas). No

    primeiro momento da execuo da oficina foi exposto o vdeo para explicar os processos

    formadores das rochas; logo aps foram lanadas perguntas onde os que respondiam

    foi realizado uma demonstrao de erupo vulcnica para facilitar o entendimento por parte

    dos alunos. A oficina apontou que os contedos de Geografia Fsica quando aliados aos

    diversos recursos de linguagens (mapas, grficos, documentrios, vdeos...) contribuem

    sobremaneira no processo de ensino-aprendizagem do aluno.

    Palavras-chave: Ensino; Oficina; Geografia Fsica.

    INTRODUO

    Em primeiro lugar, justificvel, o presente trabalho, na medida em que fica evidente a

    facilidade com que os alunos assimilam os contedos a partir do uso de diferentes recursos

    ldicos. Com isso, a oficina desenvolvida no mbito da OCMEA foi a oportunidade de aplicar

    os conhecimentos adquiridos durante a graduao numa experincia inovadora para verificar

    o grau de compreenso que essa nova abordagem traria, sobretudo para o ensino da geografia

    fsica. Para tanto, as contribuies de Pontuschka (2007) foram bastante significativas, uma

    vez que essa autora aborda justamente o uso de diferentes linguagens aplicadas cincia

    geogrfica.

    1 Graduado (DGEI / UFS), joaopjs@gmail.com

    2 Graduado (DGEI / UFS), alyssonsantos72@gmail.com

    3 Mestranda (NPGEO / UFS), annamavia34@live.com

    4 Prof. Mestre (DGEI / UFS), danielalmeidaufs@gmail.com

  • Em segundo lugar, a Geografia Fsica uma rea que exige um nvel de abstrao muito

    grande, sobretudo de crianas e adolescentes que esto em fase de desenvolvimento dessa

    capacidade. Nesse sentido, a oficina priorizou alunos do ensino fundamental e se utilizou de

    diversas formas de interao que pudessem facilitar o entendimento dos contedos atravs de

    imagens, mapas, vdeos, miniaturas, brindes, entre outros. Fica ainda mais evidente essa

    dificuldade de entendimento quando verificamos as pesquisas realizadas por Santos e Sergio

    (2012) com alunos do 6 ano de duas escolas da rede pblica no municpio de Itabaiana/SE

    onde as dificuldades se deram em maior grau nos contedos relacionados Geografia Fsica e

    em especial a cartografia.

    Dessa maneira, a oficina veio comprovar que os recursos didticos so fundamentais no

    processo de ensino-aprendizagem e que, os mesmos, quando utilizados adequadamente,

    contribuem no processo de interao professor-aluno e, inclusive, entre alunos. Alm disso,

    materializam as teorias em prticas aumentando consideravelmente a capacidade de apreenso

    e abstrao dos contedos.

    Logo, o objetivo do trabalho realizado o de refletir/relatar sobre a prtica de oficina

    como subsdio para o ensino de Geografia Fsica para o ensino fundamental a partir da

    experincia realizada na OCMEA, utilizando-se, para isso, de diversos recursos pedaggicos

    como: mapas, vdeos, exemplar de vulco, aulas expositivas, brindes etc.

    METODOLOGIA

    A oficina realizada esta inserida no evento de extenso universitria denominada

    OCMEA (Oficinas de Cincias, Matemtica e Educao Ambiental) que vem sendo

    desenvolvida desde 2006, pelo Campus Universitrio Professor Alberto Carvalho da

    Universidade Federal de Sergipe (UFS), estando em sua 7 edio, vem desenvolvendo

    diversas aes voltadas insero da comunidade local e de estudantes da rede pblica do

    Agreste Sergipano atravs dessa iniciativa de extenso.

    A oficina foi desenvolvida na Universidade Federal de Sergipe para alunos do 8 ano do

    realizar essa oficina foram necessrias diversas etapas de planejamento e execuo, como:

    levantamentos bibliogrficos referentes ao tema proposto, selecionar vdeos que ilustrassem

    melhor e de forma didtica os contedos, coletar conchas do mar, coletar argila para

    confeccionar a miniatura do vulco e adquirir os reagentes junto ao Departamento de

    Qumica, necessrios demonstrao de erupo vulcnica.

    Munido dos diversos materiais necessrios confeco dos objetos que seriam utilizados

    para fazer os diversos exemplares e utilizando-se dos conhecimentos abordados por

    Pontuschka (2007) sobre linguagens aplicadas Geografia, foi possvel elaborar recursos

    ldicos para realizar a oficina. Sequencialmente, Selbach (2010) tambm contribuiu com

    vrias proposies metodolgicas de atividades que deram apoio pedaggico no processo de

    ensino aprendizagem. Alm de abordar outros temas referentes didtica aplicadas

    Geografia na sala de aula.

    A sequencia de utilizao, durante a oficina, dos recursos citados pode ser descrita como:

    no primeiro momento foi exposto o vdeo para explicar os processos formadores das rochas;

    logo aps foram lanadas perguntas onde os que respondiam corretamente eram premiados

    com brindes confeccionados a partir de conchas e por ltimo foi realizado uma demonstrao

    de erupo vulcnica para facilitar o entendimento, alm do uso de mapas e aula expositiva.

  • RESULTADOS E DISCUSSO

    As linguagens utilizadas no desenvolvimento da oficina (vdeos, miniaturas, brindes...)

    serviram de recursos para a aplicao da mesma resultando em uma excelente assimilao dos

    contedos. Porm, importante ressaltar que os recursos por si s no garantem o sucesso do

    processo de ensino, entretanto, quando utilizado de maneira correta, funciona como facilitador

    Os diversos recursos didticos utilizados durante a oficina deram suporte durante a

    explanao, facilitando a assimilao dos contedos. Alguns desses auxiliares pedaggicos

    so apresentados a seguir.

    Os exemplares feitos de rochas sedimentares foram entregues aos alunos medida que os

    mesmos respondiam corretamente as perguntas. Essa forma dinmica de abordar os contedos

    mostrou-se positiva e certamente pode ser aplicada em sala de aula dependendo da

    pedaggicas que esto dando certo contribua para as cincias da educao, mesmo levando

    p.46 47).

    A explanao do assunto foi realizada sem que houvesse uma carga excessivamente

    omente aprende quando pode atribuir significao ao que

    aprendeu e, portanto, torna-se capaz de fazer uso da aprendizagem para aprender outras

    dito e tornar-se mero repetidor e sim apropriar-se do saber e explicar com suas prprias

    palavras, transformando essas informaes em conhecimento.

    Todo o xito da oficina dependeu de uma srie de fatores, entre eles pode-se citar:

    dinmica de grupo, disponibilidade de tempo, disponibilidade de materiais, espao adequado,

    infraestrutura, conhecimento de prticas pedaggicas, entre outros.

    Portanto, o uso de metodologias inovadoras que instiguem a busca pelo conhecimento ,

    sem dvida, fator que diferencia as aulas. Assim, a oficina mostrou-se diferenciada uma vez

    que trouxe diversos elementos no corriqueiros na vida escolar.

    CONCLUSES

    Portanto, a prtica de oficinas como subsdio para o ensino de Geografia Fsica

    demonstrou-se de grande importncia no processo de ensino-aprendizagem. As metodologias

    e recursos didticos quando agregados ao uso coerente dos mesmos facilitam a assimilao

    dos contedos.

    O uso de recursos didticos, como os utilizados na oficina, fornecem subsdios ao

    professor para que esse possa, de forma dinmica, abordar os contedos que exigem maior

    abstrao.

    Nesse sentido, a oficina possibilitou aos alunos compreenderem melhor todos os

    processos envolvidos na formao das rochas de maneira didtica. Do mesmo modo, trouxe

    realidade dos mesmos as formas concretas antes vistas apenas nos livros didticos e

    embutidas no imaginrio deles. Por fim, permitiu o contato fsico, atravs dos recursos

    didticos, entre teoria e prtica; saindo da mera memorizao de contedos para a instigao

    de questionamentos.

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    PONTUSCHKA, Ndia Nacib et al. Para ensinar e aprender geografia. So Paulo: Cortez,

    2007.

    SANTOS, J. P. J.; SERGIO M. M. S.; A geografia no ensino fundamental: um olhar sobre

    as prticas metodolgicas. In: Encontro Nacional de Gegrafos (ENG), XVII, 2012, Belo

    Horizonte, MG, Brasil.

    CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prtica. Campinas, SP: Papirus, 1989.

    (Coleo Magistrio: Formao e trabalho pedaggico).

    SELBACH, Simone. Geografia e didtica. Petrpolis, RJ: 2010. (Coleo Como Bem

    Ensinar / coordenao Celso Antunes)

  • Eixo 1: Ensino de Geografia

    O PAPEL DO PIBID NA FORMAO DO LICENCIANDO EM

    GEOGRAFIA

    Hericondio Santos Conceio - Universidade Federal de Sergipe

    hericondio@gmail.com

    Yasmin Tavares da Cruz - Universidade Federal de Sergipe

    minzinha.tavares@gmail.com

    Sabrina Milena Santos Santa - Universidade Federal de Sergipe

    sabrinamilenass@gmail.com

    Maria Thas dos Santos Menezes - Universidade Federal de Sergipe

    thais-taizinha1@hotmail.com

    Resumo

    O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o processo de formao do professor, ao

    mesmo tempo analisar a importncia do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao

    Docncia (PIBID) para os discentes do curso de Geografia. A formao docente complexa e

    precisa ser realizada de maneira continuada. Para tanto, indispensvel a criao de polticas

    que deem suporte para o professor, desde a formao inicial e em exerccio profissional. Por

    meio do subprojeto Saberes e Fazeres na Formao Docente: o lugar das prticas

    pedaggicas no ensino de Geografia so realizadas atividades junto s escolas da rede pblica

    estadual como importante contribuio para os docentes e alunos envolvidos no referido

    projeto.

    Palavras-Chave: Formao docente; PIBID; Ensino de Geografia.

    INTRODUO

    O contato mais direto com o ambiente escolar indispensvel no processo de formao

    docente, pois propicia ao aluno de licenciatura uma vivncia com o seu futuro ambiente de

    trabalho, ao mesmo tempo que o instiga a desenvolver metodologias e prticas pedaggicas

    inovadoras que aprimorem o processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, foi criado o

    PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia) do Ministrio da Educao,

    gerenciado pela CAPES (Fundao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior) com a

    finalidade de investir na formao de professores para a educao bsica e na melhoria da

    qualidade da escola pblica. Assim, so criados nas universidades vrios subprojetos com o

    intuito qualificar as licenciaturas. Com isso, esse programa vem se tornando uma importante

    poltica pblica, pois o licenciando pode atuar no seu campo de trabalho na formao inicial,

    com a proposta de se inserir nas escolas pblicas, para desenvolver trabalhos didtico-

    pedaggicos que contribuam para o maior dinamismo da prtica pedaggica. Isso ocorre sob a

    orientao de um docente do curso e um professor da escola. Possibilita ao bolsista ter contato

    com sua futura profisso, e ao mesmo tempo permite o amadurecimento como professor

    durante a formao.

    mailto:hericondio@gmail.commailto:minzinha.tavares@gmail.commailto:sabrinamilenass@gmail.commailto:thais-taizinha1@hotmail.com
  • O subprojeto de Geografia, da Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Alberto

    Carvalho consiste em leituras de textos, temtica que envolve a reflexo e a prtica

    pedaggica, indispensveis para uma formao em educao e para entender a complexidade,

    os problemas e a viso construda historicamente sobre a educao. Destaca-se tambm no

    projeto, o desenvolvimento de metodologias que introduzam o aluno no processo de

    construo e ressignificao do conhecimento, atentando sempre para a contextualizao do

    contedo trabalhado, com a realidade dos alunos. Dentre as atividades desenvolvidas no

    PIBID de Geografia do campus Professor Alberto Carvalho, pode-se destacar alguns projetos

    que contribuem para a formao de professores, como por exemplo, o uso do teatro como

    metodologia de ensino que tem proporcionado bons resultados. A participao no Projeto

    Buso da Cincia, que tem como finalidade a popularizao cientfica em ambiente no

    escolar, principalmente, que leve ao alcance da sociedade um conhecimento sistematizado e o

    laboratrio experimental com a criao de horta orgnica para trabalhar conceitos ligados

    questo agrria, como a produo de alimentos e prticas agroecolgicas. Atravs do trabalho

    no laboratrio da horta orgnica feita uma leitura sobre a base da nossa produo agrcola,

    que est pautada no uso de agrotxicos, e a elaborao de oficinas com os alunos da educao

    bsica, procurando oferecer uma prtica pedaggica pautada em uma viso crtica da

    realidade.

    METODOLOGIA

    O trabalho partiu da leitura de textos que discutem a importncia do PIBID no processo de

    formao docente, reflexo sobre os resultados das atividades desenvolvidas, bem como a

    anlise das polticas educacionais implantadas no Brasil, alm das discusses realizadas em

    grupo.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    O desenvolvimento de metodologias e prticas pedaggicas construdas no PIBID tem atuado

    na desconstruo/reconstruo da Geografia, que carrega o esteretipo de uma cincia

    pautada na memorizao de nomes de rios, capitais, e etc. Assim, medida que a

    Universidade, por meio do PIBID, mantm uma relao com a escola, o professor em

    exerccio na Educao Bsica, passa a refletir sobre sua prtica pedaggica ao redimensionar

    sua postura como professor. Dessa maneira, o PIBID atua na formao de professores nos

    cursos de licenciatura, como em professores em exerccio.

    A experincia no Buso da Cincia bastante rica, uma vez que, a transposio dos limites

    fsicos da escola para apreenso do conhecimento geogrfico contribui para a popularizao

    da cincia, levando o que trabalhado em sala de aula para a sociedade em geral, permitindo

    o aprendizado da Geografia por meio de caminhos no escolares. A educao no formal

    tambm se constitui de um carter formativo na medida em que o conhecimento geogrfico

    trabalhado e redescoberto de modo mais espontneo. Dessa maneira, o PIBID por meio desse

    projeto realizou na praa da cidade de Itabaiana, uma srie de atividades que levou

    conhecimento para a populao em geral. As atividades realizadas abordaram temas

    relacionados com o cotidiano da populao local como, por exemplo, o comrcio na feira de

  • Itabaiana, localizao e leitura de mapas com instrumentos de localizao como a bssola e

    mapas, perfis de solos feitos em terrrios por alunos de graduao do curso de Geografia.

    Desta forma, a participao no projeto permitiu a troca de experincias entre graduandos e a

    populao que participou das atividades, ressignificando saberes e estimulando a relao

    ensino-aprendizagem em espaos no escolares, como a praa. Sobre a relevncia da

    popularizao da cincia,

    O que necessrio e importante caracterizar que independente do espao

    educacional a relao de formao se d, e possibilite a formao de um

    sujeito crtico e transformador de seu contexto, o espao escolar, por

    exemplo, pode ser um espao tambm de educao no-formal, pois o

    conceito de educao sustentado pela Conveno dos Direitos da Infncia

    ultrapassa os limites do ensino escolar formal e engloba as experincias de

    vida, e os processos de aprendizagem no-formais. (SOUZA, 2008, p. 3121).

    Outra atividade desenvolvida diz respeito problemtica enfrentada pela maioria da

    populao mundial quanto qualidade dos alimentos, que agora est sendo evidenciada por

    causa dos impactos que vem causando sade pblica e tambm ao meio ambiente, pois o

    uso exacerbado do agrotxico nas lavouras est causando consequncias graves e esse um

    tema debatido nas universidades e escolas. O projeto da horta orgnica permite refletir sobre o

    modelo de agricultura e as propostas de mudanas que a sociedade precisa experimentar. A

    horta contribui para a vivncia e a inquietao sobre as prticas agrcolas convencionais. A

    horta aos poucos foi sendo construda e junto com ela um conhecimento, uma experincia e

    com certeza um amadurecimento maior no que se refere a novas ideias relacionadas a uma

    vida mais saudvel. Mdias, palestras e outros tipos de divulgaes, esto sendo aproveitados

    para que a populao fique consciente do quanto prejudicial sade do ser humano o

    consumo de alimentos com o uso do agrotxico, causando cncer e matando cada vez mais a

    sociedade. A proposta do projeto Horta orgnica laboratrio que trabalha teoria e prtica

    educativas, dentro de um contexto da produo das relaes sociais, apresentando as

    contradies que ocorrem no campo e na cidade. Essa foi uma forma encontrada pelos que

    fazem o PIBID/Geografia para a apreenso de conhecimento partindo de prticas simples,

    mas que alimentaro as discusses centrais sobre o que ocorre no campo. Assim, a

    experincia refora a conscientizao de que possvel produzir alimentos sem o uso do

    agrotxico ao mesmo tempo em que discute a lgica da produo agrcola, em que est

    voltada para uma questo econmica.

    Outra prtica importante na formao do licenciando o teatro como um forte instrumento

    no processo de aprendizagem. Quando bem utilizado ele proporciona o incentivo leitura,

    assim como leva o aluno a fazer um exerccio de anlise sobre a realidade e repens-la de

    forma diferenciada. Trabalhado em sala de aula, o teatro possibilita a melhora da

    aprendizagem dos contedos, uma vez que possui um carter ldico levando o aluno a obter

    um interesse maior pelo contedo. A relao entre a Geografia e a Literatura uma das

    experincias que vem sendo exercitada no PIBID. Isso sendo feito atravs do teatro que pode

    ser utilizado de vrias maneiras nas escolas de forma interdisciplinar, no ficando restrito

    apenas a uma cincia.

  • Diante disso, o subprojeto do PIBID de Geografia associa a literatura com o teatro fazendo

    uma anlise crtica sobre as obras de Monteiro de Lobato, estudando o contexto histrico em

    que o autor estava inserido, fazendo um levantamento bibliogrfico para que desta forma

    pudssemos ter um embasamento terico antes da elaborao da pea teatral. Partindo desse

    vis, a pea teatral foi elaborada aps um estudo aprofundado de algumas obras do autor nas

    quais apresentava personagens que eram tratados de forma preconceituosa, como Tia

    Nastcia, tio Barnab e o Jeca Tatu. As obras de Monteiro Lobato, como exposto

    anteriormente, apresentam um carter racista, fruto de todo um contexto social, poltico e

    ideolgico vivido pelo autor, que era adepto das ideias eugnicas que pregava a supremacia

    de uma raa sobre outra. Aps anlise da obra do referido autor, Caadas de Pedrinho, a pea

    de teatro foi montada fazendo uma adaptao no texto do autor, sem a forma preconceituosa

    que o escritor tratava os personagens.

    Diante do que foi exposto pode-se analisar que o teatro na escola contribui no processo de

    ensino e aprendizagem, assim como ajuda na formao do professor, uma vez que a

    elaborao da pea teatral, as anlises feitas e os caminhos percorridos colaboram no processo

    de formao dos alunos inseridos no projeto e produzem uma viso crtica sobre a sociedade

    analisando a histria, assim como o que transmitido para os alunos nas escolas. Desta

    maneira os discentes do subprojeto do PIBID de Geografia sero futuros docentes que sabero

    analisar de forma mais crtica os contedos, assim como utilizar de recursos didticos que

    auxiliaro no processo de ensino e aprendizagem. Pudemos observar que o teatro foi um

    recurso utilizado pelo projeto para fomentar nos docentes em formao a busca por novas

    prticas pedaggicas, e levar os alunos a terem uma viso crtica da sociedade, sempre

    analisando o seu contexto, para que desta forma sejam professores que no reproduzam

    ideologias. Alm disso, o Programa ajuda na melhoria do ensino das escolas pblicas

    mostrando aos professores que possvel sempre buscar metodologias para auxiliar no

    processo de aprendizagem.

    As oficinas pedaggicas que so realizadas no PIBID so uma das prticas desenvolvidas no

    projeto. Estas oficinas so desenvolvidas junto com os professores das escolas, com os alunos

    e os integrantes do PIBID e so realizadas em grupo. Antes de tudo precisa-se saber qual

    contedo o professor ir dispor para que os bolsistas possam organizar as oficinas. A partir

    da so feitas diversas pesquisas em artigos, revistas e livros, leituras e discusses no grupo

    para comear a organizar a oficina, tentando sempre adequar a linguagem e buscar diversas

    metodologias que faam com que haja a participao e o interesse dos alunos das escolas.

    Tem-se a preocupao de no focar somente no livro didtico e aprofundar a leitura com

    outras fontes. As metodologias utilizadas so aulas tericas com uso de recursos multimdia,

    exposio de vdeos e atividades interativas, com o intuito de promover a curiosidade e a

    capacidade de reflexo dos alunos sobre os assuntos abordados, promovendo assim a

    integrao entre todos os participantes. Os contedos so trabalhados de uma forma

    problematizadora, relacionando com o cotidiano do aluno abrindo debate para as experincias

    dos estudantes com o assunto discutido. Como forma identificar a reelaborao do

    entendimento do aluno sobre o contedo trabalhado, so feitas atividades que o aluno

    demonstre a apreenso do conhecimento. So de grande importncia a utilizao de prticas

    pedaggicas, em que um envolvimento entre os alunos e os ministrantes das oficinas

  • auxiliando no aprendizado, estimulando a criatividade e a interao na participao da

    realizao das atividades. Essas inovaes trazidas nas oficinas acabam quebrando a ideia de

    que os alunos so para ficar sentados sem poder interagir com aula, s ouvindo o professor.

    Desta forma acaba desmistificando a ideia de que a Geografia uma matria decorativa e

    passando a compreenso de que a disciplina reflexiva e crtica que possui uma relao com

    a sociedade-natureza, mostrando sempre a realidade em que vivemos.

    CONCLUSES

    Entende-se, portanto, que o PIBID vem se tornando uma importante poltica pblica, pois o

    licenciado pode atuar no seu campo de trabalho na formao inicial, com essa proposta de se

    inserir nas escolas pblicas, para desenvolver trabalhos didtico-pedaggicos deixando um

    pouco de lado o mtodo tradicional. Isso ocorre sob a orientao de um docente do curso e um

    professor da escola, assim possibilita ao bolsista ter contato com o seu futuro profissional, e

    ao mesmo tempo permitindo o amadurecimento como professor durante a formao.

    REFERNCIA S BIBLIOGRFICA S

    SOUZA, Clia Renata Teixeira de. A Educao No-Fornal e a Escola Aberta. In: Anais do

    VIII Congresso Nacional de Educao Educare, 2008.

    SANTOS, Ana Rocha dos, Formao docente e prticas pedaggicas: a importncia do

    programasPibid e prodocncia no ensino de Geografia. Disponvel:

    https://ri.ufs.br/bitstream/123456789/1029/1/Impot%C3%A2nciaProgramaPIBID.pdf.

    TANGERINA, R.; UHLMANN, E; VEIGA, A.; LASIEVICZ, A; A Geografia na Educao

    No-Formal: As prticas inovadoras do parque da cincia Newton Freire Maia. In:

    Anais do X Congresso Nacional de Educao Educare, 2011.

    SOUZA, Clia Renata Teixeira de. A Educao No-Fornal e a Escola Aberta. In: Anais do

    VIII Congresso Nacional de Educao Educare, 2008.

  • Eixo 1 : Ensino de Geografia

    RECONSTRUO DE MEMRIAS NO MUNICPIO DE SO

    DOMINGOS: IDENTIFICAO DE CARACTERSTICAS FORMAS

    ESPACIAIS

    Ana Paula Almeida Silva (Geografia-UFS)5;

    aninha18rodriguez15@hotmail.com

    Anderlane Lima Santos (Geografia-UFS)1;

    anderlanelimasantos@gmail.com

    Thainar Almeida dos Santos (Geografia-UFS)1;

    Thainaralmeida28@gmail.com

    Vanderlia Oliveira de Sousa (Geografia-UFS)

    1;

    Vanderleiaos@live.com

    Profa. Dra. Marleide Maria Santos (orientadora).

    marleidesergio@gmail.com

    Resumo

    O presente trabalho objetiva promover o entendimento das paisagens geogrficas do

    municpio de So Domingos a partir da anlise do processo de formao territorial desse

    espao, por meio da aplicao de uma oficina pedaggica. O objetivo da atividade foi a

    reconstruo de memrias diante da observao das transformaes ocorridas nas formas

    espaciais bem como, a identificao de elementos que compem o espao; foi estabelecido

    um dilogo por meio da utilizao de questionamentos a partir da exposio de um mural de

    fotografias com imagens que representam formas criadas ao longo da dinmica de

    constituio do espao e que sofreram mudanas significativas. Deste modo, a aplicao da

    oficina resultou em uma troca ampla de conhecimentos entre a comunidade presente e os

    responsveis pela aplicao da dinmica, proporcionando a construo de conceitos

    vinculados s contradies associadas a produo do espao local. Alm disso, os estudantes

    conseguiram observar a modificao constante das formas espaciais utilizando-se como

    referenciais as vivncias cotidianas, a exemplo dos lugares onde eram realizadas as

    brincadeiras da infncia. Portanto, a identificao de elementos e aspectos do espao,

    resultaram em uma experincia bastante expressiva entre estudantes, professores da Educao

    Bsica e bolsistas do PIBID de Geografia, atravs do constante dilogo contribuindo para

    reflexo e compreenso do espao, propiciando o resgate de memrias e a valorizao da

    comunidade local.

    Palavras-Chave: Oficina Pedaggica; Reconstruo de memrias; aprendizagem.

    5 Integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia - PIBID/CAPES- Edital n 004/2014.

    Subprojeto Saberes e fazeres na formao docente: o lugar das prticas pedaggicas no ensino de Geografia.

    Departamento de Geografia/Campus Prof. Alberto Carvalho.

    mailto:aninha18rodriguez15@hotmail.commailto:anderlanelimasantos@gmail.commailto:Thainaralmeida28@gmail.commailto:Vanderleiaos@live.commailto:marleidesergio@gmail.com
  • INTRODUO

    Compreender as formas espaciais criadas pelos indivduos, bem como as

    modificaes ocorridas no espao, associadas ao processo de formao territorial, permite

    -se como a maneira de

    armazenar fatos, lembranas relacionadas as experincias vividas no passado por grupos

    sociais em diferentes locais, construindo arranjos e caractersticas diversificadas em

    determinado espao geogrfico.

    Para isso, ocorreu o planejamento de uma oficina pedaggica para ser desenvolvida

    junto ao Projeto Buso da Cincia que visa buscar meios para veicular acesso educao

    entre comunidades com o auxlio de atividades prticas. Esta oficina foi realizada no

    municpio de So Domingos por bolsistas do PIBID em uma das praas pblicas dessa

    localidade.

    As atividades foram efetuadas com estudantes e professores da Educao Bsica do

    Ensino Fundamental de escolas localizadas nas proximidades da praa, e tiveram como

    objetivo proporcionar um resgate histrico do processo de formao territorial do municpio,

    partindo da visualizao de fotografias que representam paisagens geogrficas ao longo do

    processo de construo socioespacial diante da ao exercida pelos sujeitos no decorrer do

    tempo histrico. Acrescenta-se tambm a participao de pessoas da comunidade que tambm

    se mostraram interessadas naquelas atividades.

    As formas espaciais como igrejas, praas, ruas, casas so frutos da conscincia

    objetiva dos indivduos constituem uma produo social resultante das vivncias cotidianas.

    A produo social da vida assume determinados valores que so expresses de significados

    que evidenciam a presena de identidades regionais prprias entre os sujeitos. De acordo com

    Moraes, (1991, p. 16) essas formas so produto de intervenes teleolgicas, materializao

    de projetos elaborados por sujeitos histricos e sociais.

    A construo de identidades prprias no municpio ocasiona a constituio de

    caractersticas tpicas desse lugar a partir de interesses dos grupos sociais que desenvolvem

    estratgias de domnio sobre os espaos a fim de manter a organizao social, perspectiva

    vista nas formas da igreja e mercado central da localidade as quais passaram por modificaes

    na estrutura original.

    Ressalta-se que nesse processo de transformao que ocorre a ocultao de

    determinadas formas e valores presentes no espao, lembranas que tm sua expresso a partir

    de resqucios de memrias que constituram o pensamento de determinada sociedade. A

    paisagem um registro histrico de poca e um documento de cultura (MORAES, 1991).

    Considerando-se essa perspectiva, o municpio de So Domingos possui um processo

    de formao recente, no entanto, ao longo de sua construo, diversos aspectos podem ser

    conjunto de aes espacialmente localizadas que impactam diretament

    Assim, essas aes produzem espaos com caractersticas e significaes diversificadas diante

    da intensa complexidade da sociedade moderna.

  • Isso deve-se ao dinamismo das paisagens geogrficas que so trabalhadas e produzidas

    diante de conflitos que emergem na sociedade. Essas mudanas segregam determinados

    valores e formas que so esquecidos, pois j no representam o interesse dos grupos sociais

    dominantes.

    Por outro lado, h possibilidade de realizar um resgate histrico dessas memrias,

    mantendo viva aspectos presentes em determinados objetos e elementos do espao que

    constituem a identidade dos indivduos.

    sob este olhar de resgate de caractersticas de um espao que visto a produo do

    territrio de So Domingos, sendo importante a realizao de mecanismos que articulem

    meios que possibilitem o entendimento da constituio desse espao geogrfico. Entre esses

    destaca-se um resgate histrico de memrias presentes na conscincia das pessoas que

    produzem a organizao espacial mantendo vivo o pensamento cultural dos grupos sociais.

    Assim, a oficina pedaggica buscou reconhecer estas caractersticas fruto do processo

    de formao territorial a partir das formas e paisagens geogrficas que resultam das vivncias

    cotidianas entre os grupos, proporcionado aos sujeitos dessa espacialidade, o

    desenvolvimento de habilidades que promovam a ampliao da capacidade reflexiva e o

    entendimento dos elementos que compem o espao atravs da construo de conceitos. Para

    vivenciadas pelos alunos em relao ao objeto observado, o que implica, tambm, ter como

    fonte de conhecimento geogrfico o espao vivido, ou a geografia vivenciada cotidianamente

    na prtica social dos alunos

    METODOLOGIA

    A oficina pedaggica foi realizada a partir da exposio de fotografias, referentes a

    constituio histrica do muncipio de So Domingos, situado no agreste sergipano. Desta

    forma, com o auxlio da internet, foi executada uma seleo de imagens que evidenciam

    paisagens importantes ao longo da construo da cidade. Assim, com o uso de papel fosco,

    cola e durex foi construdo um mural de fotografias de forma a dar condies para uma

    apresentao em espao aberto, em praa pblica como atividade inserida no Projeto Buso

    da Cincia.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    A aplicao da oficina resultou na troca de informaes diversificadas, possibilitando

    o conhecimento de fragmentos de memrias que fizeram parte da formao territorial do

    municpio de So Domingos. A compreenso da atividade foi possvel diante da colaborao

    intensa entre participantes e alunos responsveis pela apresentao da dinmica pedaggica.

    Deste modo, esse trabalho permitiu a formao de conhecimento a partir do

    entendimento das paisagens geogrficas presentes nas fotografias pelos participantes. Sendo

    importante ressaltar a participao e interesse do pblico atravs de questionamentos,

    trazendo diversos aspectos relacionados vivncia cotidiana.

  • No mbito do projeto, a oficina contribuiu para discusses da temtica durante as

    reunies do PIBID, aspecto importante valorizando o saber assistemtico do aluno que pode

    ser transformado em conceitos construdos cientificamente. Assim, utilizando-se um mural de

    fotografias, foi possvel a compreenso do lugar de vivncia, a partir de imagens histricas

    locais, como ruas e praas que possuem elementos que fazem parte do modo de vida dos

    indivduos possibilitando a identificao de caractersticas, chegando a um conceito maior no

    qual esto inseridas categorias geogrficas como a paisagem o espao e as suas relaes com

    o meio social.

    CONCLUSO

    A oficina pedaggica possibilitou compreender o processo de formao espacial da

    cidade de So Domingos, contribuindo para a valorizao desse espao. Deste modo, tendo

    condies de observar o processo de produo espacial, ou seja, a concretizao da

    materializao de formas em menos de um sculo de histria. Portanto, a dinmica

    proporcionou trabalhar o conceito de paisagem, inserido dentro da complexa dinmica do

    espao geogrfico, associado as transformaes ocorridas bem como, os significados

    existentes na conscincia social, formando conhecimentos essenciais para a valorizao da

    localidade em questo.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    CASTRO, In Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CORRA, Roberto Lobato.

    Geografia: conceitos e temas. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

    CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia escola e construo de conhecimento.

    Campinas, SP: Papirus, 1998.

    MORAES, Antnio C. Robert. Ideologias Geogrficas: espao, cultura e poltica no Brasil.

    So Paulo: Hucitec, 1991.

  • Eixo 1: Ensino de Geografia

    TEORIA/PRTICA/PRTICA/TEORIA: A EXPERINCIA DE

    OFICINAS PEDAGGICAS

    Adenilde Alves dos Santos (Geografia-UFS)6;

    adealves8@gmail.com

    Izabel Cristina Santana Silva (Geografia-UFS)1;

    isa-bel46@hotmail.com

    Marta Carolina dos Santos (Geografia-UFS)1;

    marta11carolina@hotmail.com

    Mnica Andrade da S. Santos (Geografia-UFS)1;

    monica.neo@hotmail.com

    Profa. Dra. Marleide Maria Santos Sergio (orientadora).

    marleidesergio@gmail.com

    Resumo

    A vivncia no espao escolar permite ao ser humano o acmulo de experincias favorveis ao

    seu desenvolvimento. No entanto, a forma como o contedo transmitido influencia na

    maneira como o conhecimento apreendido. O presente trabalho pretende apresentar o

    resultado da experincia de bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao

    Docncia (PIBID) de Geografia da UFS, Campus Prof. Alberto Carvalho, em sala de aula e

    nos encontros e debates sobre leituras que envolvem teoria de aprendizagem histrico-crtica

    e reflexo sobre o ensino de Geografia. No ano de 2014 foram aplicadas oficinas que tinham

    como tema o clima, em turmas do 1 ano do Ensino Mdio do Colgio Estadual Eduardo

    Silveira, na cidade de Itabaiana/SE. O desafio era trabalhar em sala de aula prticas

    pedaggicas que contribussem para o aprofundamento de contedos e para a reflexo da

    realidade dos alunos, atravs da problematizao do assunto. Buscou-se desenvolver a oficina

    por meio da interao, na qual a participao das turmas era essencial para os objetivos

    esperados. Considera-se que o aluno sujeito do conhecimento, capaz de contextualizar e

    refletir sobre aquilo que se ensina e se aprende. Foi possvel perceber que a metodologia de

    construo de conceitos usada favoreceu a interao dos envolvidos, e permitiu aos bolsistas

    visualizar na prtica a possibilidade do professor usar estratgias para manter uma melhor

    interlocuo com o aprendiz.

    Palavras-Chave: Aprendizagem; problematizao; prtica pedaggica.

    6 Integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia - PIBID/CAPES- Edital n 004/2014.

    Subprojeto Saberes e fazeres na formao docente: o lugar das prticas pedaggicas no ensino de Geografia.

    Departamento de Geografia/Campus Prof. Alberto Carvalho.

    mailto:adealves8@gmail.commailto:isa-bel46@hotmail.commailto:marta11carolina@hotmail.commailto:monica.neo@hotmail.commailto:marleidesergio@gmail.com
  • INTRODUO

    O Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia (PIBID) tem em seus princpios a

    contribuio para a formao do professor com vistas obteno de uma melhor aproximao

    com a comunidade escolar e com a futura profisso de seus bolsistas. Para o cumprimento de

    tais preceitos, busca-se nas leituras e debates realizados nas reunies de grupo uma reflexo

    sobre o ser professor, seu papel no ensino-aprendizagem e tambm a importncia do

    conhecimento prvio do aluno, que por sua vez um determinante na aprendizagem. O

    professor seja em qualquer rea do conhecimento, segundo as leituras realizadas pelos

    discentes, deve trabalhar a construo de conceitos e no lev-los memorizao. A forma

    como o

    possibilitar ao aluno chegar ao conhecimento cientfico por meio de procedimentos concretos

    a fim de que, posteriormente, possa relacionar o que ensinado com o cotidiano fazendo com

    Dentro da Geografia ocorre a discusso acerca dos conceitos geogrficos, entre autores que, a

    exemplo de Couto (2007) no texto Pensar por Conceitos Geogrficos, apresenta a

    aprendizagem por conceitos, a construo desses a partir da investigao, usando uma

    metodologia que no desvincula o processo de construo do conceito da realidade concreta.

    evidenciado o papel social da Geografia, de analisar o espao e das relaes como se

    constri as sociedades. Partindo desse princpio houve o planejamento de uma oficina

    pedaggica, que manteve a problematizao como foco. Primeiramente o professor supervisor

    do Colgio sugeriu o tema a ser trabalhado; foram selecionados os contedos mais

    importantes a ser discutidos em sala de aula. Essa oficina foi nomeada de Aprendendo a

    dinmica do clima (figura 1). De maneira que abordasse a realidade dos alunos, instigando a

    participao dos mesmos, aproveitando o seu conhecimento prvio, questionando-os sempre.

    Levando em conta que o clima um elemento natural que tem influncia direta no dia-a-dia

    das pessoas, como tambm sofre ao humana; ele um dos fatores que determina, por

    exemplo, o tipo de vegetao e o ecossistema de uma dada regio, constituindo um elemento

    fundamental para compreender o espao geogrfico.

    Sendo assim, objetiva-se mostrar a relao que existe entre a organizao e a realizao da

    oficina Aprendendo a dinmica do clima e as leituras e discusses ocorridas sobre textos que

    tratam do ensino voltado para a aprendizagem.

    Figura 1 - FONSECA, Alex Conceio. Outubro de 2014.

  • METODOLOGIA

    Para a elaborao da oficina pedaggica houve a necessidade de pesquisa em livros didticos,

    livros cientficos, revistas, jornais para assim, trabalhar o contedo em sala de aula. A

    aplicao foi feita em trs turmas do 1 ano do Ensino Mdio do Colgio Eduardo Silveira,

    em Itabaiana. Visando um melhor esclarecimento do assunto foram expostas imagens e um

    vdeo, alm de uma dinmica feita com bexigas coloridas que continham perguntas

    relacionadas ao que seria explanado pelas bolsistas, e por fim as turmas participantes

    elaboraram textos sobre a experincia. Posteriormente, em reunies semanais de grupo

    ocorreram debates sobre o ser professor, considerando-se a experincia vivenciada na oficina.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Dentro da experincia vivida em sala de aula, nas reunies e debates sobre os assuntos e

    teorias destacados na realizao da oficina percebe-se que as prticas pedaggicas voltadas

    para uma dinmica que envolve o educando podem contribuir para o desenvolvimento de

    habilidades que envolvem a observao, a reflexo e a criticidade da realidade. Acrescenta-se

    ainda a importncia para formao do futuro docente em consonncia com os preceitos do

    PIBID.

    A oficina que teve uma temtica muito temida (clima) pelos alunos da educao bsica foi um

    sucesso, tendo em vista que os resultados expressos nos textos escritos pelos alunos das sries

    contempladas pelo programa revelaram que tiveram uma maior facilidade em relacionar a

    teoria com a prtica. Os textos ainda evidenciaram que uma prtica problematizadora pode ser

    muito mais atrativa, estimulando a reflexo, assimilao dos conceitos geogrficos com a vida

    cotidiana. Constatou-se o xito de levar os alunos a uma reflexo sobre o clima e a sociedade.

    Eles puderam com um olhar crtico destacar como os efeitos naturais e antrpicos funcionam,

    fazendo com que os mesmos se questionassem e analisassem os impactos causados na

    sociedade e no meio ambiente no qual vivem. necessrio ressaltar que os alunos tiveram

    uma grande participao nessas oficinas (figura 2).

    Figura 2 - FONSECA, Alex Conceio. Outubro de 2014.

    A prtica pedaggica promove mudana de comportamento, desafios a serem vencidos e

    problemas a serem resolvidos, para assim o licenciando ter uma formao crtica sobre a

    realidade e poder se inserir como sujeito transformador da sociedade de acordo com suas

    proposies e circunstncias.

  • CONCLUSES

    Notadamente o processo de construo do conhecimento adquirido pelos alunos de maneira

    gradual, que corresponda a um processo cumulativo de informaes e conhecimentos

    importantes para a vida cotidiana. Na escola h preocupao com o acesso ao saber, diante

    disso, criam-se estratgias que permitam a melhoria da aprendizagem proporcionando assim

    um ensino de qualidade atravs dos educadores. Os pibidianos tm esse desafio de buscar

    metodologias que se adequem a realidade dos alunos, sempre questionando e instigando-os

    reflexo.

    A oficina foi construda como intuito realizar uma prtica problematizadora, baseada na

    construo dos conceitos, permeada da ideia de que a aprendizagem deve ser construda e no

    imposta, mostrando assim a relao que existe entre aquilo que os bolsistas do PIBID

    vivenciam na prtica e na teoria caminham para um nico contexto.

    REFERNCIAS

    COUTO, Marcos Antnio Campos. Pensar por conceitos geogrficos. In: CASTELLAR,

    Sonia. Educao geogrfica: teorias e prticas docentes. 2. ed. So Paulo: Contexto, 2007.

    p. 79-96.

    MORAES, Jerusa Vilhena de. A teoria de Ausubel na aprendizagem do conceito geogrfico.

    In: CASTELLAR, Sonia. Educao geogrfica: teorias e prticas docentes. 2. ed. So

    Paulo: Contexto, 2007. p. 97-112.

  • TRABALHOS EIXO 2

  • Eixo 2: Espao Agrrio

    PRODUO ORGNICA COMO FERRAMENTA DE

    CONSCIENTIZAO PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA

    Bruno do Nascimento Mendona (Geografia- UFS) ;

    bruno_ufs@outlook.com

    Clverton Machado Reis (Geografia- UFS) ;

    kleverton_iluminado@hotmail.com

    Eluana Ldia Santos (Geografia- UFS) 7;

    eluanasantos17@gmail.com

    Joseilde Andrade Mendona (UFS) ;

    joseildeandradegeografia@hotmail.com

    Marleide Maria Santos Srgio (orientadora).

    Marleidesergio@gmail.com

    Resumo

    O presente resumo tem como objetivo apresentar o projeto de criao e desenvolvimento de

    uma horta em uma rea localizada na Universidade Federal de Sergipe, Campus Prof. Alberto

    Carvalho em Itabaiana-SE. Esse projeto vem sendo desenvolvido pelos alunos participantes

    do Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia- PIBID, bem como pelos

    Colgios Estaduais a ele vinculados. O objetivo do projeto levar aos alunos uma maior

    conscientizao sobre os modos de produo convencional e orgnico, uma vez que estes

    influenciam diretamente na sua qualidade de vida. Foram feitos levantamentos bibliogrficos

    e debates sobre o tema em questo, com o auxlio de alguns agricultores da Regio do

    Agreste, visando uma orientao sobre como construir uma horta, mtodos de plantio e

    conservao do solo, sementes mais adequadas e repelentes naturais contra pragas. Para essa

    construo foi preciso num primeiro momento a escolha de um local adequado, baseando-se

    em uma srie de pr-requisitos, tais como, local imune de produtos qumicos h pelo menos

    dois anos, que estivesse exposto ao sol, apresentasse disponibilidade de gua e no possusse

    um solo pedregoso. O local que mais se adequou a esses requisitos foi ao lado da

    Universidade, onde possibilitou pr-se em prtica a questo tratada. Logo aps foi necessrio

    o revolvimento da terra, uma adubao adequada e a elucidao dos tipos de cultivos que

    iriam ser inseridos. Foram eles: couve, cebolinha, alface e coentro, todos plantados com

    sementes adquiridas atravs do contato com alguns agricultores orgnicos.

    Palavras Chave: horta, conscientizao, agricultores, produtos qumicos.

    7 Integrantes do Programa Institucional de Bolsista Iniciao Docncia PIBID/CAPES Edital n 004/2014;

    Saberes e Fazeres da Geografia; Departamento de Geografia de Itabaiana- DGEI.

    mailto:bruno_ufs@outlook.commailto:kleverton_iluminado@hotmail.commailto:eluanasantos17@gmail.commailto:joseildeandradegeografia@hotmail.commailto:Marleidesergio@gmail.com
  • INTRODUO

    A produo agrcola consiste em cultivar sementes e produzir alimentos dentro de

    determinados padres tcnicos. Nesse sentido destacam-se formas de produo conhecidas

    como orgnica e convencional. No sistema orgnico possvel observar que existe um

    manejo diferenciado ao se trabalhar com o solo, de tal forma que possibilite o favorecimento

    do mesmo; a conservao no contempla apenas o solo, mas inclui tambm a gua e a

    biodiversidade. Dessa forma, a produo de alimentos apresenta um padro de qualidade que

    respeita os diversos elementos naturais refletindo-se na sade dos consumidores e produtores.

    Ou seja, se tem um saldo positivo no que se refere a qualidade do alimento produzindo de

    forma sustentvel, assim notvel que haja um maior interesse por esse tipo de consumo,

    proporcionando aos produtores, em sua maioria camponeses que praticam atividade com seus

    familiares e em pequenas reas, a obteno da renda, dado o fato de uma maior valorizao do

    produto orgnico no mercado consumidor. Para esse tipo de cultivo ou manejo necessria

    uma srie de aquisies. De acordo com a Lei n 10.831 que dispe sobre agricultura

    orgnica;

    Considera-se sistema orgnico de produo agropecuria todo aquele em que

    se adotam tcnicas especficas, mediante a otimizao do uso dos recursos

    naturais e socioeconmicos disponveis e o respeito integridade cultural

    das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econmica e

    ecolgica, a maximizao dos benefcios sociais, a minimizao da

    dependncia de energia no-renovvel, empregando, sempre que possvel,

    mtodos culturais, biolgicos e mecnicos, em contraposio ao uso de

    materiais sintticos, a eliminao do uso de organismos geneticamente

    modificados e radiaes ionizantes, em qualquer fase do processo de

    produo, processamento, armazenamento, distribuio e comercializao, e

    a proteo do meio ambiente (BRASIL, 2003).

    Ao contrrio da forma de produo descrita acima, o modo convencional apresenta-se

    atualmente como modelo hegemnico agrcola, mostrando-se apto no que se refere a grande

    produtividade e no levando em conta a necessidade da utilizao de insumos qumicos que

    inclui venenos comprovadamente nocivos sade humana e animal. Nessa forma de

    produo destacam-se a monocultora geralmente voltada para a exportao visando o lucro

    atravs das grandes propriedades latifundirias. Neste caso j entraria na questo da reforma

    agrria, onde o pequeno proprietrio no possui a terra para produzir o alimento para sua

    subsistncia. Entretanto esse modelo tambm vem sendo adotado pelo pequeno produtor,

    porque na maioria dos casos se mostra como a nica alternativa, visto que grande parte deles

    introduzida no sistema de produo convencional imenso, o que acarreta danos muito

    grandes sade daqueles que ingerem estes produtos. Em relao aos efeitos dessa forma de

    produzir, importante considerar que;

    Os sistemas agrcolas convencionais, caracterizados pelo intenso

    revolvimento do solo e pelo uso de elevadas quantidades de adubos

    qumicos e agrotxicos, contribuem, mais intensamente, para as perdas de

    composto orgnico do solo. Dessa forma, desenvolve-se o processo de

    degradao qumica, fsica e biolgica do solo, tendo como produto a

    reduo de produtividade das culturas exploradas, cada vez mais acentuada

    com o manejo inadequado e o uso contnuo do solo (RASMUSSEN et al.,

    1998; MIELNICZUK et al., 2003).

  • A partir destes tipos ou modos de produo o projeto tem como objetivos, oferecer

    uma base para que os alunos nele engajados possam conhecer uma pratica alternativa e optar

    por algo que possibilite uma melhoria na sua qualidade de vida, alm de levar essa

    experincia s escolas que esto articuladas com o PIBID de Geografia, possibilitando ainda

    uma interao e vivncia dos acadmicos com a prtica agrcola, para que percebam os

    benefcios e malefcios de cada modelo.

    METODOLOGIA

    A metodologia para o desenvolvimento do projeto envolveu momentos de reviso

    bibliogrfica com base em: artigos cientficos, que mostram a posio do Brasil como maior

    consumidor de agrotxicos, em dossis que apresentaram dados cientficos sobre a

    repercusso desse uso na sade dos consumidores e consumo nas lavouras do Brasil, como

    mostrado na tabela;

    Tabela 1: Consumo de agrotxicos e fertilizantes qumicos nas lavouras do Brasil, de 2002 a 2011.

    Fonte: SINDAG, 2009 e 2011; ANDA, 2011; IBGE/SIDRA, 2012; MAPA, 2010.

    para o conhecimento do modo de produo orgnico bem como o preparo da compostagem

    feita a partir de fezes de animais e restos orgnicos (tambm passado por uma srie de

    requisitos), e do composto orgnico com base em restos de comida, cinzas, gua, palhas etc.,

    alm da participao em palestras realizadas na Universidade com a presena de produtores

    da regio que partilharam suas experincias e esclareceram dvidas.

    Foto 1: Palestra sobre modo de produo orgnico na UFS-

    (Fonte: Bruno do Nascimento).

    BRASIL 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    Agrotxicos (Milhes de L)

    599,5 643,5 693,0 706,2 687,5 686,4 673,9 725,0 827,8 852,8

    Fertilizantes (Milhes de Kg)

    4910 5380 6210 6550 6170 6070 6240 6470 6497 6743

  • Para que os alunos envolvidos no projeto pudessem estar presentes em todas as etapas

    de produo e desenvolvimento da horta, foi estabelecido um calendrio onde cada dupla

    ficou responsvel pelo cuidado com a plantao um dia por semana, sendo que tambm

    ocorreu momentos em que todos estiveram presentes como nos processos de plantio,

    revolvimento e colheita.

    Ressalta-se que em alguns momentos do desenvolvimento do projeto e plantao da

    horta, contou-se com a participao e colaborao do professor da educao bsica e

    supervisor do PIBID Jackson Bruno que partilhou suas experincias de criao de uma horta,

    com os acadmicos envolvidos.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    No processo de construo da horta foi possibilitado aos alunos, um contato direto

    com o que estava sendo estudado, contribuindo para um maior entendimento a respeito da

    produo de hortalias orgnicas, alm do estabelecimento de tcnicas para irrigao

    conservao do solo e adubao da plantao, afastando a mesma do ataque de pragas sem

    precisar fazer uso de agrotxicos ou fertilizantes.

    Foto 02: Processo de plantio da horta e adubao do solo. (Carlos Gutierre Santos, 2015).

    Aps o plantio, as hortalias passaram a ser regadas diariamente por duas vezes

    (manh e tarde), bem como o revolvimento do composto orgnico para um maior e melhor

    desenvolvimento da plantao. A tcnica ensinada pelos agricultores e que foi utilizada para o

    com isso o processo de evaporao da gua e mantendo o solo umedecido durante todo o dia.

  • Foto 03: Irrigao das hortalias. (Taciana Andrade, 2015).

    Ao final do processo, toda a plantao colhida foi dividida entre os alunos, que

    juntamente com os seus familiares puderam fazer uso de hortalias orgnicas benficas para

    sua sade. Apesar de terem sido cultivadas em uma pequena rea, com a utilizao apenas da

    compostagem, pode-se comprovar que possvel obter resultados positivos e lucrativos a

    partir do modo orgnico de produo.

    Foto 04: Pibidianos aps a colheita das hortalias. (Fonte: Jessica Rodrigues, 2015).

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