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Anais
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SERVIO PBLICO FEDERAL
MINISTRIO DA EDUCAO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CAMPUS PROF. ALBERTO CARVALHO
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
ANAIS DA VII SEMANA DE
GEOGRAFIA: CONFLITOS E
ABORDAGENS GEOGRFICAS DE
UM MUNDO EM MUDANA
ISBN: 978-85-7822-487-5
Itabaiana/SE, de 27 a 29 maio 2015
APRESENTAO
O Departamento de Geografia (DGEI), da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Campus
Prof. Alberto Carvalho em Itabaiana, realizar de 27 a 29 de maio de 2015, a VII SEMANA
DE GEOGRAFIA, cujo tema ser CONFLITOS E ABORDAGENS GEOGRFICAS DE
UM MUNDO EM MUDANA. O evento ir debater e refletir os conflitos e abordagens
geogrficas atuais, visando construo e divulgao do saber/fazer geogrfico,
especialmente os que representam e envolvam as mudanas sofridas recentemente no
contexto mundial.
A VII SEMANA DA GEOGRAFIA envolver atividades que discutiro os conflitos e
abordagens geogrficas na atualidade mundial em conferncia de abertura, incluindo mesa
redonda, espaos de produo cientfica divididos em quatro eixos de discusso (1- Ensino de
Geografia; 2 Espao Agrrio; 3 Espao Urbano e 4 Estudos da Relao Sociedade-
Natureza), alm de trabalho de campo e atividades culturais. Tem como pblico alvo alunos
da graduao e da ps-graduao em Geografia e reas afins; docentes da educao bsica;
profissionais da Geografia e demais interessados.
INSCRIO
As inscries estaro abertas, em breve e disponibilizadas, no site www.sigaa.ufs.br.
APRESENTAO DE TRABALHOS NO ESPAO DE PRODUO CIENTFICA
Envio at 17 de abril de 2015.
Haver a submisso de trabalhos para serem apreciados pela Comisso Cientfica
que avaliar a pertinncia, bem como o eixo indicado.
Data do aceite: 24/04/2015
Eixos Temticos: os artigos devem ser encaminhados para cada eixo especfico
Eixo 1 Ensino de Geografia;
E-mail: [email protected]
Eixo 2 - Espao Agrrio;
E-mail: [email protected]
Eixo 3 - Espao Urbano;
E-mail: [email protected]
Eixo 4 - Estudos da Relao Sociedade-Natureza;
E-mail: [email protected]
http://www.sigaa.ufs.br/mailto:[email protected]:[email protected]NORMAS PARA ENVIO DE RESUMOS EXPANDIDOS
Os resumos expandidos devero ser enviados para o e-mail especfico do eixo temtico
ao qual o trabalho ser submetido, observando o prazo mximo at 17 de abril de
2015;
Cada inscrio credita ao participante a apresentao de um trabalho como autor
principal, podendo participar de at mais um trabalho em coautoria como limite de
quatro participantes por trabalho;
Os resumos expandidos podem versar sobre experincias ao longo da graduao, bem
como ser fruto de trabalhos de pesquisa e/ou extenso, alm de experincias docentes
nos diferentes nveis de ensino;
O incio do resumo expandido deve indicar o eixo no qual a temtica do trabalho se
insere (espao). Em seguida o ttulo escrito com letras maisculas, em negrito,
centralizado e abaixo o(s) nome(s) do(s) autor (es), alinhados direita devendo
constar tambm a instituio a qual pertence, formao acadmica e e-mail;
nos anais eletrnicos
com ISBN, na pgina do Departamento de Geografia, do Campus Prof. Alberto
Carvalho.
ORGANIZAO E APRESENTAO O RESUMO EXPANDIDO
1. O texto dos originais deve ser organizado em Ttulo, Autores, Resumo, Palavras-chave,
Introduo, Metodologia, Resultados e Discusso, Concluses e Referncias.
2. O resumo expandido dever ocupar, no mnimo, trs e, no mximo, cinco laudas, incluindo
Texto, Tabelas e/ou Figuras.
3. O texto dever ser formatado para um tamanho de pgina A-4, com margens superior,
inferior, esquerda e direita de 2,5 cm. Deve ser empregada fonte Time New Roman, corpo 11,
exceto no ttulo, e justificado. O espaamento entre as linhas dever ser simples.
4. As citaes de artigos (referncias) no texto devem seguir as normas vigentes da
Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT.
5. Citaes de trabalhos extrados de Resumos e Abstracts, publicaes no prelo e
comunicao pessoal no so aceitas na elaborao do resumo expandido.
6. A nomenclatura cientfica deve ser citada segundo os critrios estabelecidos nos Cdigos
Internacionais em cada rea. Unidades e medidas devem seguir o Sistema Internacional.
7. O texto dever iniciar com o TTULO do trabalho em letras maisculas, utilizando fonte
Time New Roman, corpo 14, em negrito, centralizado com, no mximo, 20 palavras.
8. Aps duas linhas (espaos) do Ttulo, devem aparecer os Nomes Completos dos Autores,
separados por ponto e vrgula, em fonte Time New Roman, corpo 12, centralizados e grafados
somente com as primeiras letras maisculas. Fazer chamada com nmero arbico sobreescrito
para cada instituio, aps o ltimo sobrenome de cada autor, para indicar o endereo
institucional (centro, departamento, ncleos, laboratrios, grupos de pesquisa) e o eletrnico
(e-mail). Os autores de uma mesma instituio devem ser agrupados em um nico ndice.
9. A seo Resumo deve ter no mximo 250 (duzentas e cinquenta) palavras, com breves e
concretas informaes sobre a justificativa, os objetivos, mtodos, resultados e concluses do
trabalho. Dever ser iniciado imediatamente abaixo da palavra Resumo. No deve conter
referncias bibliogrficas. O Resumo deve ser apresentado com pargrafo nico.
10. Logo aps o Resumo, seguindo- - linha que
ela, sero includas, no mnimo, trs e, no mximo, cinco, expresses em portugus
11. A seo Introduo deve ser breve e conter, no mximo, 1000 (um mil) palavras.
Justificar o problema estudado de forma clara, utilizando-se reviso de literatura. O ltimo
pargrafo deve conter os objetivos do trabalho realizado.
12. A seo Metodologia deve ser concisa, mas suficientemente clara, de modo que o leitor
entenda e possa reproduzir os procedimentos utilizados. Deve conter as referncias da
metodologia de estudo e/ou anlises laboratoriais empregadas.
No deve exceder 1000 (um mil) palavras.
13. A seo Resultados e Discusso deve conter os dados obtidos, at o momento, podendo
ser apresentados, tambm, na forma de Tabelas e/ou Figuras. A discusso dos resultados deve
estar baseada e comparada com a literatura utilizada no trabalho de pesquisa, indicando sua
relevncia, vantagens e possveis limitaes.
14. As Tabelas e/ou Figuras (fotografias, grficos, desenhos) devem ser elaboradas de forma a
apresentar qualidade necessria boa reproduo. Devem ser gravadas no programa Word
para possibilitar possveis correes. Devem ser inseridas no texto e numeradas com
algarismos arbicos. Nas Tabelas (sem negrito), o ttulo deve ficar acima e nas Figuras (sem
negrito), o ttulo deve ficar abaixo. recomendvel evitar a apresentao dos mesmos dados
na forma de Figuras e Tabelas.
15. A seo Concluses deve ser elaborada com o verbo no presente do indicativo, em frases
curtas, sem comentrios adicionais (=Resultados e Discusso), e com base nos objetivos e
resultados do Resumo Expandido. No deve exceder 200 (duzentas) palavras.
16. Na seo Referncias devem ser listados apenas os trabalhos mencionados no texto, em
ordem alfabtica do sobrenome, pelo primeiro autor. Dois ou mais autores, separar por ponto
e vrgula. Os ttulos dos peridicos no devem ser abreviados. A ordem dos itens em cada
referncia deve obedecer s normas vigentes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas
ABNT.
MINICURSOS E OFICINAS :
Oliveira Santos (DGEI/ UFS).
2. Minicurso: As contradies no meio rural brasileiro a partir do pensamento de Jos de Souza
Martins, Prof. Dr. Marcelo Alves Mendes (DGEI/ UFS), Prof. Msc. Jos Maxuel de Farias Ferreira
(DACI/ UFS), Graduado Franklin da Cruz Pereira e Graduada Josefa Mnica dos Santos.
3. Oficina: Prticas pedaggicas e ensino de Geografia, Profa. Dra. Ana Rocha dos Santos (DGEI/
UFS).
4. Oficina: Ideologia, Literatura e ensino de Geografia, Profa. Dra. Ana Rocha dos Santos (DGEI/
UFS).
5. Oficina: Energias renovveis e o Programa Nacional de Produo e Uso do Biodiesel (PNPB) em
Sergipe, Profa. Me. Jamile Rodrigues de Oliveira (PROGEO/DGEI/UFS).
6. Oficina: AGROECOLOGIA: da produo limpa s possibilidades de resistncia, Profa. Me. Laiany
Rose Souza Santos (DGEI/UFS).
7. Oficina: A Literatura clssica e o campesinato: uma reflexo a partir do pensamento de Lnin;
Chayanov e Kautsky, Profa. Me. Jose Renato de Lima (SEED/SE).
8. Minicurso: Diversificao do trabalho e os novos desafios da agricultura familiar no Nordeste.
Prof. Dr. Marcelo Alves Mendes (DGEI/UFS), Eliane Lima Gomes, Jos Carlos dos Santos
(DEI/UFS) e Joo Ernandes Barreto Nascimento (DGEI/UFS).
9. Oficina: Geotecnologias Aplicadas a Geografia: COMO EXPLORAR A EDUCAO
CARTOGRFICA? , Prof. Dr. Daniel Rodrigues de Lira DGEI/UFS, Prof. Dr. Cristiano Aprigio dos
Santos DGEI/UFS e Riclaudio Silva (DGEI/UFS).
ANEXOS
Lista dos artigos para apresentao referentes ao Eixo 1 - Ensino de
Geografia
TTULO AUTORES PGINAS
DESVENDANDO AS ROCHAS: O
ENSINO DE GEOGRAFIA FSICA NO
ENSINO FUNDAMENTAL
Joo Paulo de Jesus Santos;
Alysson Santos de Jesus;
Anna Maria Viana Alves;
Daniel Almeida da Silva
4
O PAPEL DO PIBID NA FORMAO
DO LICENCIANDO EM GEOGRAFIA
Hericondio Santos Conceio;
Yasmin Tavares da Cruz;
Sabrina Milena Santos Santana;
Maria Thas dos Santos Menezes
5
RECONSTRUO DE MEMRIAS NO
MUNICPIO DE SO DOMINGOS:
IDENTIFICAO DE
CARACTERSTICAS FORMAS
ESPACIAIS
Ana Paula Almeida Silva;
Anderlane Lima Santos;
Thainar Almeida dos Santos; Vanderlia
Oliveira de Sousa; Marleide Maria Santos
Srgio
4
TEORIA/PRTICA/PRTICA/TEORIA:
A EXPERINCIA DE OFICINAS
PEDAGGICAS
Adenilde Alves dos Santos;
Izabel Cristina Santana Silva;
Marta Carolina dos Santos;
Mnica Andrade da S. Santos;
Marleide Maria Santos Srgio
4
Lista dos artigos para apresentao referentes ao Eixo 2 - Espao Agrrio
TTULO AUTORES PGINAS
PRODUO ORGNICA COMO
FERRAMENTA DE
CONSCIENTIZAO PARA UMA
MELHOR QUALIDADE DE VIDA
Bruno do Nascimento
Mendona; Clverton
Machado Reis; Eluana Ldia
Santos; Joseilde Andrade
Mendona; Marleide Maria
Santos Srgio
6
A ORGANIZAO COOPERADA
DO BENEFICIAMENTO DA
CASTANHA DE CAJU NO
POVOADO CARRILHO, NO
MUNICPIO DE ITABAIANA/SE
Bruno Ferreira de Oliveira;
Jessica Rodrigues dos
Santos;
Lucas Silva do Nascimento;
Josefa de Lisboa Santos
5
NDIOS XOC: LUTA PELA
RESISTNCIA NA TERRA
Edimarn de Oliveira Souza;
Bruno Ferreira de Oliveira;
Patrick Willian Conceio
dos Anjos; Josefa de Lisboa
Santos
6
A CASA DE FARINHA COMO
TRADIO CULTURAL E
IDENTIDADE
Eliene Domingas de Souza;
Josefa Edilani de Souza;
Gilvanio Fontes Santos;
5
TTULO AUTORES PGINAS
DINMICA DA
AGRICULTURA FAMILIAR
NOS MUNICPIOS DE AREIA
BRANCA E MOITA BONITA:
ESTUDO PRELIMINAR DAS
CONDIES DE
REPRODUO DAS
UNIDADES FAMILIARES
Joo Ernandes Barreto
Nascimento; Marcelo Alves
Mendes
7
OS DESAFIOS E
CONTRADIES DA
POLTICA TERRITORIAL NO
NORDESTE E SEUS
REBATIMENTOS NO
TERRITRIO RURAL DA
BACIA LEITEIRA -AL
Franklin da Cruz Pereira;
Marcelo Alves Mendes
6
A IMPOSIO DO CONSUMO
DE INSUMOS NA PRODUO
DE MILHO EM SERGIPE
Jacksilene Santana Cunha
6
OS DESAFIOS DA
DEMOCRATIZAO DE
POLTICAS PBLICAS EM
CONSELHOS MUNICIPAIS:
ANLISE DA GESTO SOCIAL
NO CMDS DE ITABAIANA
Jos Carlos dos Santos; Marcelo
Alves Mendes
6
ANLISE DA
MULTIFUNCIONALIDADE NA
AGRICULTURA FAMILIAR DO
MUNICPIO DE ITABAIANA -
SE
Jnio Andrade Menezes;
Viviane Melo Santos; Marcelo
Alves Mendes
6
ANLISE DAS POLTICAS
PBLICAS IMPLANTADAS NO
ASSENTAMENTO CAIM E
PONTA DA SERRA NO
MUNICPIO DE ADUSTINA/BA
Maria Morgana Santos Santana;
Hericondio Santos Conceio
5
TTULO AUTORES PGINAS
APRORIAO E USO DAS
FAIXAS DE DOMNIO DA
UNIO DA BR 235/SE
Renata Batista Alves
7
A RESILINCIA CAMPESINA
FRENTE A AUSNCIA DE
POLTICAS PBLICAS NO
POVOADO AGROVILA NO
MUNICPIO DE
ITABAIANA/SE
Shirley Oliveira Nascimento;
Maria Morgana Santos Santana;
Josefa de Lisboa Santos
6
Lista dos artigos para apresentao referentes ao Eixo 3 - Espao Urbano
TTULO AUTORES PGINAS
O TRABALHO INFANTIL NAS
FEIRAS LIVRES: CASO DE
ITABAIANA
Rafaela Santos Paz;
Shirley Nascimento Oliveira;
Josefa Lisboa Santos
5
Lista dos artigos para apresentao referentes ao Eixo 4 - Estudos da Relao
Sociedade-Natureza
TTULO AUTORES PGINAS
O DISCURSO DO
DESENVOLVIMENTO LOCAL
E SUSTENTVEL: UM
ESTUDO DE CASO DAS
OLARIAS E CERMICAS
VERMELHAS NO ESTADO DE
SERGIPE
Genivnia Maria da Silva
6
ENTRE SERRAS, MONTES E
RIOS: UM OLHAR
GEOGRFICO EM FONTES
HISTRICAS (MANUEL AIRES
DE CASAL E SAINT-
ADOLPHE)
Bruno Andrade Ribeiro; Karine
dos Santos Sobral; Fabrcia de
Oliveira Santos
6
TRABALHOS EIXO 1
Eixo 1 - Ensino de Geografia
DESVENDANDO AS ROCHAS: O ENSINO DE GEOGRAFIA FSICA
NO ENSINO FUNDAMENTAL
Joo Paulo de Jesus Santos1;
Alysson Santos de Jesus2;
Anna Maria Viana Alves3;
Daniel Almeida da Silva4.
RESUMO
O presente artigo apresenta reflexes sobre a prtica de oficina como subsdio para o ensino
de geografia fsica para o ensino fundamental. O uso de diversas metodologias que facilitem o
processo de ensino-aprendizagem , sem dvida, de grande relevncia no ensino da
Geografia, sobretudo da Geografia Fsica. Destarte, a oficina um dos meios pelo qual
possvel trabalhar os contedos de forma bastante didtica e que possibilita uma maior
interao professor-aluno e entre alunos. A oficina esteve inserida no evento de extenso
denominado OCMEA (Oficinas de Cincias, Matemtica e Educao Ambiental) realizada na
Universidade Federal de Sergipe Sob o ttulo
aplicao da mesma foram feitas, pelos ministrantes, leituras referentes ao tema, confeco de
brindes a partir de conchas (para exemplificar as rochas sedimentares), foram selecionados
vdeos (para expor o assunto) e confeccionado um vulco para posterior demonstrao de uma
erupo vulcnica, em miniatura (para exemplificar os processos de formao das rochas). No
primeiro momento da execuo da oficina foi exposto o vdeo para explicar os processos
formadores das rochas; logo aps foram lanadas perguntas onde os que respondiam
foi realizado uma demonstrao de erupo vulcnica para facilitar o entendimento por parte
dos alunos. A oficina apontou que os contedos de Geografia Fsica quando aliados aos
diversos recursos de linguagens (mapas, grficos, documentrios, vdeos...) contribuem
sobremaneira no processo de ensino-aprendizagem do aluno.
Palavras-chave: Ensino; Oficina; Geografia Fsica.
INTRODUO
Em primeiro lugar, justificvel, o presente trabalho, na medida em que fica evidente a
facilidade com que os alunos assimilam os contedos a partir do uso de diferentes recursos
ldicos. Com isso, a oficina desenvolvida no mbito da OCMEA foi a oportunidade de aplicar
os conhecimentos adquiridos durante a graduao numa experincia inovadora para verificar
o grau de compreenso que essa nova abordagem traria, sobretudo para o ensino da geografia
fsica. Para tanto, as contribuies de Pontuschka (2007) foram bastante significativas, uma
vez que essa autora aborda justamente o uso de diferentes linguagens aplicadas cincia
geogrfica.
1 Graduado (DGEI / UFS), [email protected]
2 Graduado (DGEI / UFS), [email protected]
3 Mestranda (NPGEO / UFS), [email protected]
4 Prof. Mestre (DGEI / UFS), [email protected]
Em segundo lugar, a Geografia Fsica uma rea que exige um nvel de abstrao muito
grande, sobretudo de crianas e adolescentes que esto em fase de desenvolvimento dessa
capacidade. Nesse sentido, a oficina priorizou alunos do ensino fundamental e se utilizou de
diversas formas de interao que pudessem facilitar o entendimento dos contedos atravs de
imagens, mapas, vdeos, miniaturas, brindes, entre outros. Fica ainda mais evidente essa
dificuldade de entendimento quando verificamos as pesquisas realizadas por Santos e Sergio
(2012) com alunos do 6 ano de duas escolas da rede pblica no municpio de Itabaiana/SE
onde as dificuldades se deram em maior grau nos contedos relacionados Geografia Fsica e
em especial a cartografia.
Dessa maneira, a oficina veio comprovar que os recursos didticos so fundamentais no
processo de ensino-aprendizagem e que, os mesmos, quando utilizados adequadamente,
contribuem no processo de interao professor-aluno e, inclusive, entre alunos. Alm disso,
materializam as teorias em prticas aumentando consideravelmente a capacidade de apreenso
e abstrao dos contedos.
Logo, o objetivo do trabalho realizado o de refletir/relatar sobre a prtica de oficina
como subsdio para o ensino de Geografia Fsica para o ensino fundamental a partir da
experincia realizada na OCMEA, utilizando-se, para isso, de diversos recursos pedaggicos
como: mapas, vdeos, exemplar de vulco, aulas expositivas, brindes etc.
METODOLOGIA
A oficina realizada esta inserida no evento de extenso universitria denominada
OCMEA (Oficinas de Cincias, Matemtica e Educao Ambiental) que vem sendo
desenvolvida desde 2006, pelo Campus Universitrio Professor Alberto Carvalho da
Universidade Federal de Sergipe (UFS), estando em sua 7 edio, vem desenvolvendo
diversas aes voltadas insero da comunidade local e de estudantes da rede pblica do
Agreste Sergipano atravs dessa iniciativa de extenso.
A oficina foi desenvolvida na Universidade Federal de Sergipe para alunos do 8 ano do
realizar essa oficina foram necessrias diversas etapas de planejamento e execuo, como:
levantamentos bibliogrficos referentes ao tema proposto, selecionar vdeos que ilustrassem
melhor e de forma didtica os contedos, coletar conchas do mar, coletar argila para
confeccionar a miniatura do vulco e adquirir os reagentes junto ao Departamento de
Qumica, necessrios demonstrao de erupo vulcnica.
Munido dos diversos materiais necessrios confeco dos objetos que seriam utilizados
para fazer os diversos exemplares e utilizando-se dos conhecimentos abordados por
Pontuschka (2007) sobre linguagens aplicadas Geografia, foi possvel elaborar recursos
ldicos para realizar a oficina. Sequencialmente, Selbach (2010) tambm contribuiu com
vrias proposies metodolgicas de atividades que deram apoio pedaggico no processo de
ensino aprendizagem. Alm de abordar outros temas referentes didtica aplicadas
Geografia na sala de aula.
A sequencia de utilizao, durante a oficina, dos recursos citados pode ser descrita como:
no primeiro momento foi exposto o vdeo para explicar os processos formadores das rochas;
logo aps foram lanadas perguntas onde os que respondiam corretamente eram premiados
com brindes confeccionados a partir de conchas e por ltimo foi realizado uma demonstrao
de erupo vulcnica para facilitar o entendimento, alm do uso de mapas e aula expositiva.
RESULTADOS E DISCUSSO
As linguagens utilizadas no desenvolvimento da oficina (vdeos, miniaturas, brindes...)
serviram de recursos para a aplicao da mesma resultando em uma excelente assimilao dos
contedos. Porm, importante ressaltar que os recursos por si s no garantem o sucesso do
processo de ensino, entretanto, quando utilizado de maneira correta, funciona como facilitador
Os diversos recursos didticos utilizados durante a oficina deram suporte durante a
explanao, facilitando a assimilao dos contedos. Alguns desses auxiliares pedaggicos
so apresentados a seguir.
Os exemplares feitos de rochas sedimentares foram entregues aos alunos medida que os
mesmos respondiam corretamente as perguntas. Essa forma dinmica de abordar os contedos
mostrou-se positiva e certamente pode ser aplicada em sala de aula dependendo da
pedaggicas que esto dando certo contribua para as cincias da educao, mesmo levando
p.46 47).
A explanao do assunto foi realizada sem que houvesse uma carga excessivamente
omente aprende quando pode atribuir significao ao que
aprendeu e, portanto, torna-se capaz de fazer uso da aprendizagem para aprender outras
dito e tornar-se mero repetidor e sim apropriar-se do saber e explicar com suas prprias
palavras, transformando essas informaes em conhecimento.
Todo o xito da oficina dependeu de uma srie de fatores, entre eles pode-se citar:
dinmica de grupo, disponibilidade de tempo, disponibilidade de materiais, espao adequado,
infraestrutura, conhecimento de prticas pedaggicas, entre outros.
Portanto, o uso de metodologias inovadoras que instiguem a busca pelo conhecimento ,
sem dvida, fator que diferencia as aulas. Assim, a oficina mostrou-se diferenciada uma vez
que trouxe diversos elementos no corriqueiros na vida escolar.
CONCLUSES
Portanto, a prtica de oficinas como subsdio para o ensino de Geografia Fsica
demonstrou-se de grande importncia no processo de ensino-aprendizagem. As metodologias
e recursos didticos quando agregados ao uso coerente dos mesmos facilitam a assimilao
dos contedos.
O uso de recursos didticos, como os utilizados na oficina, fornecem subsdios ao
professor para que esse possa, de forma dinmica, abordar os contedos que exigem maior
abstrao.
Nesse sentido, a oficina possibilitou aos alunos compreenderem melhor todos os
processos envolvidos na formao das rochas de maneira didtica. Do mesmo modo, trouxe
realidade dos mesmos as formas concretas antes vistas apenas nos livros didticos e
embutidas no imaginrio deles. Por fim, permitiu o contato fsico, atravs dos recursos
didticos, entre teoria e prtica; saindo da mera memorizao de contedos para a instigao
de questionamentos.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
PONTUSCHKA, Ndia Nacib et al. Para ensinar e aprender geografia. So Paulo: Cortez,
2007.
SANTOS, J. P. J.; SERGIO M. M. S.; A geografia no ensino fundamental: um olhar sobre
as prticas metodolgicas. In: Encontro Nacional de Gegrafos (ENG), XVII, 2012, Belo
Horizonte, MG, Brasil.
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prtica. Campinas, SP: Papirus, 1989.
(Coleo Magistrio: Formao e trabalho pedaggico).
SELBACH, Simone. Geografia e didtica. Petrpolis, RJ: 2010. (Coleo Como Bem
Ensinar / coordenao Celso Antunes)
Eixo 1: Ensino de Geografia
O PAPEL DO PIBID NA FORMAO DO LICENCIANDO EM
GEOGRAFIA
Hericondio Santos Conceio - Universidade Federal de Sergipe
Yasmin Tavares da Cruz - Universidade Federal de Sergipe
Sabrina Milena Santos Santa - Universidade Federal de Sergipe
Maria Thas dos Santos Menezes - Universidade Federal de Sergipe
Resumo
O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o processo de formao do professor, ao
mesmo tempo analisar a importncia do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao
Docncia (PIBID) para os discentes do curso de Geografia. A formao docente complexa e
precisa ser realizada de maneira continuada. Para tanto, indispensvel a criao de polticas
que deem suporte para o professor, desde a formao inicial e em exerccio profissional. Por
meio do subprojeto Saberes e Fazeres na Formao Docente: o lugar das prticas
pedaggicas no ensino de Geografia so realizadas atividades junto s escolas da rede pblica
estadual como importante contribuio para os docentes e alunos envolvidos no referido
projeto.
Palavras-Chave: Formao docente; PIBID; Ensino de Geografia.
INTRODUO
O contato mais direto com o ambiente escolar indispensvel no processo de formao
docente, pois propicia ao aluno de licenciatura uma vivncia com o seu futuro ambiente de
trabalho, ao mesmo tempo que o instiga a desenvolver metodologias e prticas pedaggicas
inovadoras que aprimorem o processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, foi criado o
PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia) do Ministrio da Educao,
gerenciado pela CAPES (Fundao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior) com a
finalidade de investir na formao de professores para a educao bsica e na melhoria da
qualidade da escola pblica. Assim, so criados nas universidades vrios subprojetos com o
intuito qualificar as licenciaturas. Com isso, esse programa vem se tornando uma importante
poltica pblica, pois o licenciando pode atuar no seu campo de trabalho na formao inicial,
com a proposta de se inserir nas escolas pblicas, para desenvolver trabalhos didtico-
pedaggicos que contribuam para o maior dinamismo da prtica pedaggica. Isso ocorre sob a
orientao de um docente do curso e um professor da escola. Possibilita ao bolsista ter contato
com sua futura profisso, e ao mesmo tempo permite o amadurecimento como professor
durante a formao.
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]O subprojeto de Geografia, da Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Alberto
Carvalho consiste em leituras de textos, temtica que envolve a reflexo e a prtica
pedaggica, indispensveis para uma formao em educao e para entender a complexidade,
os problemas e a viso construda historicamente sobre a educao. Destaca-se tambm no
projeto, o desenvolvimento de metodologias que introduzam o aluno no processo de
construo e ressignificao do conhecimento, atentando sempre para a contextualizao do
contedo trabalhado, com a realidade dos alunos. Dentre as atividades desenvolvidas no
PIBID de Geografia do campus Professor Alberto Carvalho, pode-se destacar alguns projetos
que contribuem para a formao de professores, como por exemplo, o uso do teatro como
metodologia de ensino que tem proporcionado bons resultados. A participao no Projeto
Buso da Cincia, que tem como finalidade a popularizao cientfica em ambiente no
escolar, principalmente, que leve ao alcance da sociedade um conhecimento sistematizado e o
laboratrio experimental com a criao de horta orgnica para trabalhar conceitos ligados
questo agrria, como a produo de alimentos e prticas agroecolgicas. Atravs do trabalho
no laboratrio da horta orgnica feita uma leitura sobre a base da nossa produo agrcola,
que est pautada no uso de agrotxicos, e a elaborao de oficinas com os alunos da educao
bsica, procurando oferecer uma prtica pedaggica pautada em uma viso crtica da
realidade.
METODOLOGIA
O trabalho partiu da leitura de textos que discutem a importncia do PIBID no processo de
formao docente, reflexo sobre os resultados das atividades desenvolvidas, bem como a
anlise das polticas educacionais implantadas no Brasil, alm das discusses realizadas em
grupo.
RESULTADOS E DISCUSSO
O desenvolvimento de metodologias e prticas pedaggicas construdas no PIBID tem atuado
na desconstruo/reconstruo da Geografia, que carrega o esteretipo de uma cincia
pautada na memorizao de nomes de rios, capitais, e etc. Assim, medida que a
Universidade, por meio do PIBID, mantm uma relao com a escola, o professor em
exerccio na Educao Bsica, passa a refletir sobre sua prtica pedaggica ao redimensionar
sua postura como professor. Dessa maneira, o PIBID atua na formao de professores nos
cursos de licenciatura, como em professores em exerccio.
A experincia no Buso da Cincia bastante rica, uma vez que, a transposio dos limites
fsicos da escola para apreenso do conhecimento geogrfico contribui para a popularizao
da cincia, levando o que trabalhado em sala de aula para a sociedade em geral, permitindo
o aprendizado da Geografia por meio de caminhos no escolares. A educao no formal
tambm se constitui de um carter formativo na medida em que o conhecimento geogrfico
trabalhado e redescoberto de modo mais espontneo. Dessa maneira, o PIBID por meio desse
projeto realizou na praa da cidade de Itabaiana, uma srie de atividades que levou
conhecimento para a populao em geral. As atividades realizadas abordaram temas
relacionados com o cotidiano da populao local como, por exemplo, o comrcio na feira de
Itabaiana, localizao e leitura de mapas com instrumentos de localizao como a bssola e
mapas, perfis de solos feitos em terrrios por alunos de graduao do curso de Geografia.
Desta forma, a participao no projeto permitiu a troca de experincias entre graduandos e a
populao que participou das atividades, ressignificando saberes e estimulando a relao
ensino-aprendizagem em espaos no escolares, como a praa. Sobre a relevncia da
popularizao da cincia,
O que necessrio e importante caracterizar que independente do espao
educacional a relao de formao se d, e possibilite a formao de um
sujeito crtico e transformador de seu contexto, o espao escolar, por
exemplo, pode ser um espao tambm de educao no-formal, pois o
conceito de educao sustentado pela Conveno dos Direitos da Infncia
ultrapassa os limites do ensino escolar formal e engloba as experincias de
vida, e os processos de aprendizagem no-formais. (SOUZA, 2008, p. 3121).
Outra atividade desenvolvida diz respeito problemtica enfrentada pela maioria da
populao mundial quanto qualidade dos alimentos, que agora est sendo evidenciada por
causa dos impactos que vem causando sade pblica e tambm ao meio ambiente, pois o
uso exacerbado do agrotxico nas lavouras est causando consequncias graves e esse um
tema debatido nas universidades e escolas. O projeto da horta orgnica permite refletir sobre o
modelo de agricultura e as propostas de mudanas que a sociedade precisa experimentar. A
horta contribui para a vivncia e a inquietao sobre as prticas agrcolas convencionais. A
horta aos poucos foi sendo construda e junto com ela um conhecimento, uma experincia e
com certeza um amadurecimento maior no que se refere a novas ideias relacionadas a uma
vida mais saudvel. Mdias, palestras e outros tipos de divulgaes, esto sendo aproveitados
para que a populao fique consciente do quanto prejudicial sade do ser humano o
consumo de alimentos com o uso do agrotxico, causando cncer e matando cada vez mais a
sociedade. A proposta do projeto Horta orgnica laboratrio que trabalha teoria e prtica
educativas, dentro de um contexto da produo das relaes sociais, apresentando as
contradies que ocorrem no campo e na cidade. Essa foi uma forma encontrada pelos que
fazem o PIBID/Geografia para a apreenso de conhecimento partindo de prticas simples,
mas que alimentaro as discusses centrais sobre o que ocorre no campo. Assim, a
experincia refora a conscientizao de que possvel produzir alimentos sem o uso do
agrotxico ao mesmo tempo em que discute a lgica da produo agrcola, em que est
voltada para uma questo econmica.
Outra prtica importante na formao do licenciando o teatro como um forte instrumento
no processo de aprendizagem. Quando bem utilizado ele proporciona o incentivo leitura,
assim como leva o aluno a fazer um exerccio de anlise sobre a realidade e repens-la de
forma diferenciada. Trabalhado em sala de aula, o teatro possibilita a melhora da
aprendizagem dos contedos, uma vez que possui um carter ldico levando o aluno a obter
um interesse maior pelo contedo. A relao entre a Geografia e a Literatura uma das
experincias que vem sendo exercitada no PIBID. Isso sendo feito atravs do teatro que pode
ser utilizado de vrias maneiras nas escolas de forma interdisciplinar, no ficando restrito
apenas a uma cincia.
Diante disso, o subprojeto do PIBID de Geografia associa a literatura com o teatro fazendo
uma anlise crtica sobre as obras de Monteiro de Lobato, estudando o contexto histrico em
que o autor estava inserido, fazendo um levantamento bibliogrfico para que desta forma
pudssemos ter um embasamento terico antes da elaborao da pea teatral. Partindo desse
vis, a pea teatral foi elaborada aps um estudo aprofundado de algumas obras do autor nas
quais apresentava personagens que eram tratados de forma preconceituosa, como Tia
Nastcia, tio Barnab e o Jeca Tatu. As obras de Monteiro Lobato, como exposto
anteriormente, apresentam um carter racista, fruto de todo um contexto social, poltico e
ideolgico vivido pelo autor, que era adepto das ideias eugnicas que pregava a supremacia
de uma raa sobre outra. Aps anlise da obra do referido autor, Caadas de Pedrinho, a pea
de teatro foi montada fazendo uma adaptao no texto do autor, sem a forma preconceituosa
que o escritor tratava os personagens.
Diante do que foi exposto pode-se analisar que o teatro na escola contribui no processo de
ensino e aprendizagem, assim como ajuda na formao do professor, uma vez que a
elaborao da pea teatral, as anlises feitas e os caminhos percorridos colaboram no processo
de formao dos alunos inseridos no projeto e produzem uma viso crtica sobre a sociedade
analisando a histria, assim como o que transmitido para os alunos nas escolas. Desta
maneira os discentes do subprojeto do PIBID de Geografia sero futuros docentes que sabero
analisar de forma mais crtica os contedos, assim como utilizar de recursos didticos que
auxiliaro no processo de ensino e aprendizagem. Pudemos observar que o teatro foi um
recurso utilizado pelo projeto para fomentar nos docentes em formao a busca por novas
prticas pedaggicas, e levar os alunos a terem uma viso crtica da sociedade, sempre
analisando o seu contexto, para que desta forma sejam professores que no reproduzam
ideologias. Alm disso, o Programa ajuda na melhoria do ensino das escolas pblicas
mostrando aos professores que possvel sempre buscar metodologias para auxiliar no
processo de aprendizagem.
As oficinas pedaggicas que so realizadas no PIBID so uma das prticas desenvolvidas no
projeto. Estas oficinas so desenvolvidas junto com os professores das escolas, com os alunos
e os integrantes do PIBID e so realizadas em grupo. Antes de tudo precisa-se saber qual
contedo o professor ir dispor para que os bolsistas possam organizar as oficinas. A partir
da so feitas diversas pesquisas em artigos, revistas e livros, leituras e discusses no grupo
para comear a organizar a oficina, tentando sempre adequar a linguagem e buscar diversas
metodologias que faam com que haja a participao e o interesse dos alunos das escolas.
Tem-se a preocupao de no focar somente no livro didtico e aprofundar a leitura com
outras fontes. As metodologias utilizadas so aulas tericas com uso de recursos multimdia,
exposio de vdeos e atividades interativas, com o intuito de promover a curiosidade e a
capacidade de reflexo dos alunos sobre os assuntos abordados, promovendo assim a
integrao entre todos os participantes. Os contedos so trabalhados de uma forma
problematizadora, relacionando com o cotidiano do aluno abrindo debate para as experincias
dos estudantes com o assunto discutido. Como forma identificar a reelaborao do
entendimento do aluno sobre o contedo trabalhado, so feitas atividades que o aluno
demonstre a apreenso do conhecimento. So de grande importncia a utilizao de prticas
pedaggicas, em que um envolvimento entre os alunos e os ministrantes das oficinas
auxiliando no aprendizado, estimulando a criatividade e a interao na participao da
realizao das atividades. Essas inovaes trazidas nas oficinas acabam quebrando a ideia de
que os alunos so para ficar sentados sem poder interagir com aula, s ouvindo o professor.
Desta forma acaba desmistificando a ideia de que a Geografia uma matria decorativa e
passando a compreenso de que a disciplina reflexiva e crtica que possui uma relao com
a sociedade-natureza, mostrando sempre a realidade em que vivemos.
CONCLUSES
Entende-se, portanto, que o PIBID vem se tornando uma importante poltica pblica, pois o
licenciado pode atuar no seu campo de trabalho na formao inicial, com essa proposta de se
inserir nas escolas pblicas, para desenvolver trabalhos didtico-pedaggicos deixando um
pouco de lado o mtodo tradicional. Isso ocorre sob a orientao de um docente do curso e um
professor da escola, assim possibilita ao bolsista ter contato com o seu futuro profissional, e
ao mesmo tempo permitindo o amadurecimento como professor durante a formao.
REFERNCIA S BIBLIOGRFICA S
SOUZA, Clia Renata Teixeira de. A Educao No-Fornal e a Escola Aberta. In: Anais do
VIII Congresso Nacional de Educao Educare, 2008.
SANTOS, Ana Rocha dos, Formao docente e prticas pedaggicas: a importncia do
programasPibid e prodocncia no ensino de Geografia. Disponvel:
https://ri.ufs.br/bitstream/123456789/1029/1/Impot%C3%A2nciaProgramaPIBID.pdf.
TANGERINA, R.; UHLMANN, E; VEIGA, A.; LASIEVICZ, A; A Geografia na Educao
No-Formal: As prticas inovadoras do parque da cincia Newton Freire Maia. In:
Anais do X Congresso Nacional de Educao Educare, 2011.
SOUZA, Clia Renata Teixeira de. A Educao No-Fornal e a Escola Aberta. In: Anais do
VIII Congresso Nacional de Educao Educare, 2008.
Eixo 1 : Ensino de Geografia
RECONSTRUO DE MEMRIAS NO MUNICPIO DE SO
DOMINGOS: IDENTIFICAO DE CARACTERSTICAS FORMAS
ESPACIAIS
Ana Paula Almeida Silva (Geografia-UFS)5;
Anderlane Lima Santos (Geografia-UFS)1;
Thainar Almeida dos Santos (Geografia-UFS)1;
Vanderlia Oliveira de Sousa (Geografia-UFS)
1;
Profa. Dra. Marleide Maria Santos (orientadora).
Resumo
O presente trabalho objetiva promover o entendimento das paisagens geogrficas do
municpio de So Domingos a partir da anlise do processo de formao territorial desse
espao, por meio da aplicao de uma oficina pedaggica. O objetivo da atividade foi a
reconstruo de memrias diante da observao das transformaes ocorridas nas formas
espaciais bem como, a identificao de elementos que compem o espao; foi estabelecido
um dilogo por meio da utilizao de questionamentos a partir da exposio de um mural de
fotografias com imagens que representam formas criadas ao longo da dinmica de
constituio do espao e que sofreram mudanas significativas. Deste modo, a aplicao da
oficina resultou em uma troca ampla de conhecimentos entre a comunidade presente e os
responsveis pela aplicao da dinmica, proporcionando a construo de conceitos
vinculados s contradies associadas a produo do espao local. Alm disso, os estudantes
conseguiram observar a modificao constante das formas espaciais utilizando-se como
referenciais as vivncias cotidianas, a exemplo dos lugares onde eram realizadas as
brincadeiras da infncia. Portanto, a identificao de elementos e aspectos do espao,
resultaram em uma experincia bastante expressiva entre estudantes, professores da Educao
Bsica e bolsistas do PIBID de Geografia, atravs do constante dilogo contribuindo para
reflexo e compreenso do espao, propiciando o resgate de memrias e a valorizao da
comunidade local.
Palavras-Chave: Oficina Pedaggica; Reconstruo de memrias; aprendizagem.
5 Integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia - PIBID/CAPES- Edital n 004/2014.
Subprojeto Saberes e fazeres na formao docente: o lugar das prticas pedaggicas no ensino de Geografia.
Departamento de Geografia/Campus Prof. Alberto Carvalho.
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]INTRODUO
Compreender as formas espaciais criadas pelos indivduos, bem como as
modificaes ocorridas no espao, associadas ao processo de formao territorial, permite
-se como a maneira de
armazenar fatos, lembranas relacionadas as experincias vividas no passado por grupos
sociais em diferentes locais, construindo arranjos e caractersticas diversificadas em
determinado espao geogrfico.
Para isso, ocorreu o planejamento de uma oficina pedaggica para ser desenvolvida
junto ao Projeto Buso da Cincia que visa buscar meios para veicular acesso educao
entre comunidades com o auxlio de atividades prticas. Esta oficina foi realizada no
municpio de So Domingos por bolsistas do PIBID em uma das praas pblicas dessa
localidade.
As atividades foram efetuadas com estudantes e professores da Educao Bsica do
Ensino Fundamental de escolas localizadas nas proximidades da praa, e tiveram como
objetivo proporcionar um resgate histrico do processo de formao territorial do municpio,
partindo da visualizao de fotografias que representam paisagens geogrficas ao longo do
processo de construo socioespacial diante da ao exercida pelos sujeitos no decorrer do
tempo histrico. Acrescenta-se tambm a participao de pessoas da comunidade que tambm
se mostraram interessadas naquelas atividades.
As formas espaciais como igrejas, praas, ruas, casas so frutos da conscincia
objetiva dos indivduos constituem uma produo social resultante das vivncias cotidianas.
A produo social da vida assume determinados valores que so expresses de significados
que evidenciam a presena de identidades regionais prprias entre os sujeitos. De acordo com
Moraes, (1991, p. 16) essas formas so produto de intervenes teleolgicas, materializao
de projetos elaborados por sujeitos histricos e sociais.
A construo de identidades prprias no municpio ocasiona a constituio de
caractersticas tpicas desse lugar a partir de interesses dos grupos sociais que desenvolvem
estratgias de domnio sobre os espaos a fim de manter a organizao social, perspectiva
vista nas formas da igreja e mercado central da localidade as quais passaram por modificaes
na estrutura original.
Ressalta-se que nesse processo de transformao que ocorre a ocultao de
determinadas formas e valores presentes no espao, lembranas que tm sua expresso a partir
de resqucios de memrias que constituram o pensamento de determinada sociedade. A
paisagem um registro histrico de poca e um documento de cultura (MORAES, 1991).
Considerando-se essa perspectiva, o municpio de So Domingos possui um processo
de formao recente, no entanto, ao longo de sua construo, diversos aspectos podem ser
conjunto de aes espacialmente localizadas que impactam diretament
Assim, essas aes produzem espaos com caractersticas e significaes diversificadas diante
da intensa complexidade da sociedade moderna.
Isso deve-se ao dinamismo das paisagens geogrficas que so trabalhadas e produzidas
diante de conflitos que emergem na sociedade. Essas mudanas segregam determinados
valores e formas que so esquecidos, pois j no representam o interesse dos grupos sociais
dominantes.
Por outro lado, h possibilidade de realizar um resgate histrico dessas memrias,
mantendo viva aspectos presentes em determinados objetos e elementos do espao que
constituem a identidade dos indivduos.
sob este olhar de resgate de caractersticas de um espao que visto a produo do
territrio de So Domingos, sendo importante a realizao de mecanismos que articulem
meios que possibilitem o entendimento da constituio desse espao geogrfico. Entre esses
destaca-se um resgate histrico de memrias presentes na conscincia das pessoas que
produzem a organizao espacial mantendo vivo o pensamento cultural dos grupos sociais.
Assim, a oficina pedaggica buscou reconhecer estas caractersticas fruto do processo
de formao territorial a partir das formas e paisagens geogrficas que resultam das vivncias
cotidianas entre os grupos, proporcionado aos sujeitos dessa espacialidade, o
desenvolvimento de habilidades que promovam a ampliao da capacidade reflexiva e o
entendimento dos elementos que compem o espao atravs da construo de conceitos. Para
vivenciadas pelos alunos em relao ao objeto observado, o que implica, tambm, ter como
fonte de conhecimento geogrfico o espao vivido, ou a geografia vivenciada cotidianamente
na prtica social dos alunos
METODOLOGIA
A oficina pedaggica foi realizada a partir da exposio de fotografias, referentes a
constituio histrica do muncipio de So Domingos, situado no agreste sergipano. Desta
forma, com o auxlio da internet, foi executada uma seleo de imagens que evidenciam
paisagens importantes ao longo da construo da cidade. Assim, com o uso de papel fosco,
cola e durex foi construdo um mural de fotografias de forma a dar condies para uma
apresentao em espao aberto, em praa pblica como atividade inserida no Projeto Buso
da Cincia.
RESULTADOS E DISCUSSO
A aplicao da oficina resultou na troca de informaes diversificadas, possibilitando
o conhecimento de fragmentos de memrias que fizeram parte da formao territorial do
municpio de So Domingos. A compreenso da atividade foi possvel diante da colaborao
intensa entre participantes e alunos responsveis pela apresentao da dinmica pedaggica.
Deste modo, esse trabalho permitiu a formao de conhecimento a partir do
entendimento das paisagens geogrficas presentes nas fotografias pelos participantes. Sendo
importante ressaltar a participao e interesse do pblico atravs de questionamentos,
trazendo diversos aspectos relacionados vivncia cotidiana.
No mbito do projeto, a oficina contribuiu para discusses da temtica durante as
reunies do PIBID, aspecto importante valorizando o saber assistemtico do aluno que pode
ser transformado em conceitos construdos cientificamente. Assim, utilizando-se um mural de
fotografias, foi possvel a compreenso do lugar de vivncia, a partir de imagens histricas
locais, como ruas e praas que possuem elementos que fazem parte do modo de vida dos
indivduos possibilitando a identificao de caractersticas, chegando a um conceito maior no
qual esto inseridas categorias geogrficas como a paisagem o espao e as suas relaes com
o meio social.
CONCLUSO
A oficina pedaggica possibilitou compreender o processo de formao espacial da
cidade de So Domingos, contribuindo para a valorizao desse espao. Deste modo, tendo
condies de observar o processo de produo espacial, ou seja, a concretizao da
materializao de formas em menos de um sculo de histria. Portanto, a dinmica
proporcionou trabalhar o conceito de paisagem, inserido dentro da complexa dinmica do
espao geogrfico, associado as transformaes ocorridas bem como, os significados
existentes na conscincia social, formando conhecimentos essenciais para a valorizao da
localidade em questo.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CASTRO, In Elias de; GOMES, Paulo Cesar da Costa; CORRA, Roberto Lobato.
Geografia: conceitos e temas. 8. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia escola e construo de conhecimento.
Campinas, SP: Papirus, 1998.
MORAES, Antnio C. Robert. Ideologias Geogrficas: espao, cultura e poltica no Brasil.
So Paulo: Hucitec, 1991.
Eixo 1: Ensino de Geografia
TEORIA/PRTICA/PRTICA/TEORIA: A EXPERINCIA DE
OFICINAS PEDAGGICAS
Adenilde Alves dos Santos (Geografia-UFS)6;
Izabel Cristina Santana Silva (Geografia-UFS)1;
Marta Carolina dos Santos (Geografia-UFS)1;
Mnica Andrade da S. Santos (Geografia-UFS)1;
Profa. Dra. Marleide Maria Santos Sergio (orientadora).
Resumo
A vivncia no espao escolar permite ao ser humano o acmulo de experincias favorveis ao
seu desenvolvimento. No entanto, a forma como o contedo transmitido influencia na
maneira como o conhecimento apreendido. O presente trabalho pretende apresentar o
resultado da experincia de bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao
Docncia (PIBID) de Geografia da UFS, Campus Prof. Alberto Carvalho, em sala de aula e
nos encontros e debates sobre leituras que envolvem teoria de aprendizagem histrico-crtica
e reflexo sobre o ensino de Geografia. No ano de 2014 foram aplicadas oficinas que tinham
como tema o clima, em turmas do 1 ano do Ensino Mdio do Colgio Estadual Eduardo
Silveira, na cidade de Itabaiana/SE. O desafio era trabalhar em sala de aula prticas
pedaggicas que contribussem para o aprofundamento de contedos e para a reflexo da
realidade dos alunos, atravs da problematizao do assunto. Buscou-se desenvolver a oficina
por meio da interao, na qual a participao das turmas era essencial para os objetivos
esperados. Considera-se que o aluno sujeito do conhecimento, capaz de contextualizar e
refletir sobre aquilo que se ensina e se aprende. Foi possvel perceber que a metodologia de
construo de conceitos usada favoreceu a interao dos envolvidos, e permitiu aos bolsistas
visualizar na prtica a possibilidade do professor usar estratgias para manter uma melhor
interlocuo com o aprendiz.
Palavras-Chave: Aprendizagem; problematizao; prtica pedaggica.
6 Integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia - PIBID/CAPES- Edital n 004/2014.
Subprojeto Saberes e fazeres na formao docente: o lugar das prticas pedaggicas no ensino de Geografia.
Departamento de Geografia/Campus Prof. Alberto Carvalho.
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]INTRODUO
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Docncia (PIBID) tem em seus princpios a
contribuio para a formao do professor com vistas obteno de uma melhor aproximao
com a comunidade escolar e com a futura profisso de seus bolsistas. Para o cumprimento de
tais preceitos, busca-se nas leituras e debates realizados nas reunies de grupo uma reflexo
sobre o ser professor, seu papel no ensino-aprendizagem e tambm a importncia do
conhecimento prvio do aluno, que por sua vez um determinante na aprendizagem. O
professor seja em qualquer rea do conhecimento, segundo as leituras realizadas pelos
discentes, deve trabalhar a construo de conceitos e no lev-los memorizao. A forma
como o
possibilitar ao aluno chegar ao conhecimento cientfico por meio de procedimentos concretos
a fim de que, posteriormente, possa relacionar o que ensinado com o cotidiano fazendo com
Dentro da Geografia ocorre a discusso acerca dos conceitos geogrficos, entre autores que, a
exemplo de Couto (2007) no texto Pensar por Conceitos Geogrficos, apresenta a
aprendizagem por conceitos, a construo desses a partir da investigao, usando uma
metodologia que no desvincula o processo de construo do conceito da realidade concreta.
evidenciado o papel social da Geografia, de analisar o espao e das relaes como se
constri as sociedades. Partindo desse princpio houve o planejamento de uma oficina
pedaggica, que manteve a problematizao como foco. Primeiramente o professor supervisor
do Colgio sugeriu o tema a ser trabalhado; foram selecionados os contedos mais
importantes a ser discutidos em sala de aula. Essa oficina foi nomeada de Aprendendo a
dinmica do clima (figura 1). De maneira que abordasse a realidade dos alunos, instigando a
participao dos mesmos, aproveitando o seu conhecimento prvio, questionando-os sempre.
Levando em conta que o clima um elemento natural que tem influncia direta no dia-a-dia
das pessoas, como tambm sofre ao humana; ele um dos fatores que determina, por
exemplo, o tipo de vegetao e o ecossistema de uma dada regio, constituindo um elemento
fundamental para compreender o espao geogrfico.
Sendo assim, objetiva-se mostrar a relao que existe entre a organizao e a realizao da
oficina Aprendendo a dinmica do clima e as leituras e discusses ocorridas sobre textos que
tratam do ensino voltado para a aprendizagem.
Figura 1 - FONSECA, Alex Conceio. Outubro de 2014.
METODOLOGIA
Para a elaborao da oficina pedaggica houve a necessidade de pesquisa em livros didticos,
livros cientficos, revistas, jornais para assim, trabalhar o contedo em sala de aula. A
aplicao foi feita em trs turmas do 1 ano do Ensino Mdio do Colgio Eduardo Silveira,
em Itabaiana. Visando um melhor esclarecimento do assunto foram expostas imagens e um
vdeo, alm de uma dinmica feita com bexigas coloridas que continham perguntas
relacionadas ao que seria explanado pelas bolsistas, e por fim as turmas participantes
elaboraram textos sobre a experincia. Posteriormente, em reunies semanais de grupo
ocorreram debates sobre o ser professor, considerando-se a experincia vivenciada na oficina.
RESULTADOS E DISCUSSO
Dentro da experincia vivida em sala de aula, nas reunies e debates sobre os assuntos e
teorias destacados na realizao da oficina percebe-se que as prticas pedaggicas voltadas
para uma dinmica que envolve o educando podem contribuir para o desenvolvimento de
habilidades que envolvem a observao, a reflexo e a criticidade da realidade. Acrescenta-se
ainda a importncia para formao do futuro docente em consonncia com os preceitos do
PIBID.
A oficina que teve uma temtica muito temida (clima) pelos alunos da educao bsica foi um
sucesso, tendo em vista que os resultados expressos nos textos escritos pelos alunos das sries
contempladas pelo programa revelaram que tiveram uma maior facilidade em relacionar a
teoria com a prtica. Os textos ainda evidenciaram que uma prtica problematizadora pode ser
muito mais atrativa, estimulando a reflexo, assimilao dos conceitos geogrficos com a vida
cotidiana. Constatou-se o xito de levar os alunos a uma reflexo sobre o clima e a sociedade.
Eles puderam com um olhar crtico destacar como os efeitos naturais e antrpicos funcionam,
fazendo com que os mesmos se questionassem e analisassem os impactos causados na
sociedade e no meio ambiente no qual vivem. necessrio ressaltar que os alunos tiveram
uma grande participao nessas oficinas (figura 2).
Figura 2 - FONSECA, Alex Conceio. Outubro de 2014.
A prtica pedaggica promove mudana de comportamento, desafios a serem vencidos e
problemas a serem resolvidos, para assim o licenciando ter uma formao crtica sobre a
realidade e poder se inserir como sujeito transformador da sociedade de acordo com suas
proposies e circunstncias.
CONCLUSES
Notadamente o processo de construo do conhecimento adquirido pelos alunos de maneira
gradual, que corresponda a um processo cumulativo de informaes e conhecimentos
importantes para a vida cotidiana. Na escola h preocupao com o acesso ao saber, diante
disso, criam-se estratgias que permitam a melhoria da aprendizagem proporcionando assim
um ensino de qualidade atravs dos educadores. Os pibidianos tm esse desafio de buscar
metodologias que se adequem a realidade dos alunos, sempre questionando e instigando-os
reflexo.
A oficina foi construda como intuito realizar uma prtica problematizadora, baseada na
construo dos conceitos, permeada da ideia de que a aprendizagem deve ser construda e no
imposta, mostrando assim a relao que existe entre aquilo que os bolsistas do PIBID
vivenciam na prtica e na teoria caminham para um nico contexto.
REFERNCIAS
COUTO, Marcos Antnio Campos. Pensar por conceitos geogrficos. In: CASTELLAR,
Sonia. Educao geogrfica: teorias e prticas docentes. 2. ed. So Paulo: Contexto, 2007.
p. 79-96.
MORAES, Jerusa Vilhena de. A teoria de Ausubel na aprendizagem do conceito geogrfico.
In: CASTELLAR, Sonia. Educao geogrfica: teorias e prticas docentes. 2. ed. So
Paulo: Contexto, 2007. p. 97-112.
TRABALHOS EIXO 2
Eixo 2: Espao Agrrio
PRODUO ORGNICA COMO FERRAMENTA DE
CONSCIENTIZAO PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA
Bruno do Nascimento Mendona (Geografia- UFS) ;
Clverton Machado Reis (Geografia- UFS) ;
Eluana Ldia Santos (Geografia- UFS) 7;
Joseilde Andrade Mendona (UFS) ;
Marleide Maria Santos Srgio (orientadora).
Resumo
O presente resumo tem como objetivo apresentar o projeto de criao e desenvolvimento de
uma horta em uma rea localizada na Universidade Federal de Sergipe, Campus Prof. Alberto
Carvalho em Itabaiana-SE. Esse projeto vem sendo desenvolvido pelos alunos participantes
do Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia- PIBID, bem como pelos
Colgios Estaduais a ele vinculados. O objetivo do projeto levar aos alunos uma maior
conscientizao sobre os modos de produo convencional e orgnico, uma vez que estes
influenciam diretamente na sua qualidade de vida. Foram feitos levantamentos bibliogrficos
e debates sobre o tema em questo, com o auxlio de alguns agricultores da Regio do
Agreste, visando uma orientao sobre como construir uma horta, mtodos de plantio e
conservao do solo, sementes mais adequadas e repelentes naturais contra pragas. Para essa
construo foi preciso num primeiro momento a escolha de um local adequado, baseando-se
em uma srie de pr-requisitos, tais como, local imune de produtos qumicos h pelo menos
dois anos, que estivesse exposto ao sol, apresentasse disponibilidade de gua e no possusse
um solo pedregoso. O local que mais se adequou a esses requisitos foi ao lado da
Universidade, onde possibilitou pr-se em prtica a questo tratada. Logo aps foi necessrio
o revolvimento da terra, uma adubao adequada e a elucidao dos tipos de cultivos que
iriam ser inseridos. Foram eles: couve, cebolinha, alface e coentro, todos plantados com
sementes adquiridas atravs do contato com alguns agricultores orgnicos.
Palavras Chave: horta, conscientizao, agricultores, produtos qumicos.
7 Integrantes do Programa Institucional de Bolsista Iniciao Docncia PIBID/CAPES Edital n 004/2014;
Saberes e Fazeres da Geografia; Departamento de Geografia de Itabaiana- DGEI.
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]INTRODUO
A produo agrcola consiste em cultivar sementes e produzir alimentos dentro de
determinados padres tcnicos. Nesse sentido destacam-se formas de produo conhecidas
como orgnica e convencional. No sistema orgnico possvel observar que existe um
manejo diferenciado ao se trabalhar com o solo, de tal forma que possibilite o favorecimento
do mesmo; a conservao no contempla apenas o solo, mas inclui tambm a gua e a
biodiversidade. Dessa forma, a produo de alimentos apresenta um padro de qualidade que
respeita os diversos elementos naturais refletindo-se na sade dos consumidores e produtores.
Ou seja, se tem um saldo positivo no que se refere a qualidade do alimento produzindo de
forma sustentvel, assim notvel que haja um maior interesse por esse tipo de consumo,
proporcionando aos produtores, em sua maioria camponeses que praticam atividade com seus
familiares e em pequenas reas, a obteno da renda, dado o fato de uma maior valorizao do
produto orgnico no mercado consumidor. Para esse tipo de cultivo ou manejo necessria
uma srie de aquisies. De acordo com a Lei n 10.831 que dispe sobre agricultura
orgnica;
Considera-se sistema orgnico de produo agropecuria todo aquele em que
se adotam tcnicas especficas, mediante a otimizao do uso dos recursos
naturais e socioeconmicos disponveis e o respeito integridade cultural
das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econmica e
ecolgica, a maximizao dos benefcios sociais, a minimizao da
dependncia de energia no-renovvel, empregando, sempre que possvel,
mtodos culturais, biolgicos e mecnicos, em contraposio ao uso de
materiais sintticos, a eliminao do uso de organismos geneticamente
modificados e radiaes ionizantes, em qualquer fase do processo de
produo, processamento, armazenamento, distribuio e comercializao, e
a proteo do meio ambiente (BRASIL, 2003).
Ao contrrio da forma de produo descrita acima, o modo convencional apresenta-se
atualmente como modelo hegemnico agrcola, mostrando-se apto no que se refere a grande
produtividade e no levando em conta a necessidade da utilizao de insumos qumicos que
inclui venenos comprovadamente nocivos sade humana e animal. Nessa forma de
produo destacam-se a monocultora geralmente voltada para a exportao visando o lucro
atravs das grandes propriedades latifundirias. Neste caso j entraria na questo da reforma
agrria, onde o pequeno proprietrio no possui a terra para produzir o alimento para sua
subsistncia. Entretanto esse modelo tambm vem sendo adotado pelo pequeno produtor,
porque na maioria dos casos se mostra como a nica alternativa, visto que grande parte deles
introduzida no sistema de produo convencional imenso, o que acarreta danos muito
grandes sade daqueles que ingerem estes produtos. Em relao aos efeitos dessa forma de
produzir, importante considerar que;
Os sistemas agrcolas convencionais, caracterizados pelo intenso
revolvimento do solo e pelo uso de elevadas quantidades de adubos
qumicos e agrotxicos, contribuem, mais intensamente, para as perdas de
composto orgnico do solo. Dessa forma, desenvolve-se o processo de
degradao qumica, fsica e biolgica do solo, tendo como produto a
reduo de produtividade das culturas exploradas, cada vez mais acentuada
com o manejo inadequado e o uso contnuo do solo (RASMUSSEN et al.,
1998; MIELNICZUK et al., 2003).
A partir destes tipos ou modos de produo o projeto tem como objetivos, oferecer
uma base para que os alunos nele engajados possam conhecer uma pratica alternativa e optar
por algo que possibilite uma melhoria na sua qualidade de vida, alm de levar essa
experincia s escolas que esto articuladas com o PIBID de Geografia, possibilitando ainda
uma interao e vivncia dos acadmicos com a prtica agrcola, para que percebam os
benefcios e malefcios de cada modelo.
METODOLOGIA
A metodologia para o desenvolvimento do projeto envolveu momentos de reviso
bibliogrfica com base em: artigos cientficos, que mostram a posio do Brasil como maior
consumidor de agrotxicos, em dossis que apresentaram dados cientficos sobre a
repercusso desse uso na sade dos consumidores e consumo nas lavouras do Brasil, como
mostrado na tabela;
Tabela 1: Consumo de agrotxicos e fertilizantes qumicos nas lavouras do Brasil, de 2002 a 2011.
Fonte: SINDAG, 2009 e 2011; ANDA, 2011; IBGE/SIDRA, 2012; MAPA, 2010.
para o conhecimento do modo de produo orgnico bem como o preparo da compostagem
feita a partir de fezes de animais e restos orgnicos (tambm passado por uma srie de
requisitos), e do composto orgnico com base em restos de comida, cinzas, gua, palhas etc.,
alm da participao em palestras realizadas na Universidade com a presena de produtores
da regio que partilharam suas experincias e esclareceram dvidas.
Foto 1: Palestra sobre modo de produo orgnico na UFS-
(Fonte: Bruno do Nascimento).
BRASIL 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Agrotxicos (Milhes de L)
599,5 643,5 693,0 706,2 687,5 686,4 673,9 725,0 827,8 852,8
Fertilizantes (Milhes de Kg)
4910 5380 6210 6550 6170 6070 6240 6470 6497 6743
Para que os alunos envolvidos no projeto pudessem estar presentes em todas as etapas
de produo e desenvolvimento da horta, foi estabelecido um calendrio onde cada dupla
ficou responsvel pelo cuidado com a plantao um dia por semana, sendo que tambm
ocorreu momentos em que todos estiveram presentes como nos processos de plantio,
revolvimento e colheita.
Ressalta-se que em alguns momentos do desenvolvimento do projeto e plantao da
horta, contou-se com a participao e colaborao do professor da educao bsica e
supervisor do PIBID Jackson Bruno que partilhou suas experincias de criao de uma horta,
com os acadmicos envolvidos.
RESULTADOS E DISCUSSO
No processo de construo da horta foi possibilitado aos alunos, um contato direto
com o que estava sendo estudado, contribuindo para um maior entendimento a respeito da
produo de hortalias orgnicas, alm do estabelecimento de tcnicas para irrigao
conservao do solo e adubao da plantao, afastando a mesma do ataque de pragas sem
precisar fazer uso de agrotxicos ou fertilizantes.
Foto 02: Processo de plantio da horta e adubao do solo. (Carlos Gutierre Santos, 2015).
Aps o plantio, as hortalias passaram a ser regadas diariamente por duas vezes
(manh e tarde), bem como o revolvimento do composto orgnico para um maior e melhor
desenvolvimento da plantao. A tcnica ensinada pelos agricultores e que foi utilizada para o
com isso o processo de evaporao da gua e mantendo o solo umedecido durante todo o dia.
Foto 03: Irrigao das hortalias. (Taciana Andrade, 2015).
Ao final do processo, toda a plantao colhida foi dividida entre os alunos, que
juntamente com os seus familiares puderam fazer uso de hortalias orgnicas benficas para
sua sade. Apesar de terem sido cultivadas em uma pequena rea, com a utilizao apenas da
compostagem, pode-se comprovar que possvel obter resultados positivos e lucrativos a
partir do modo orgnico de produo.
Foto 04: Pibidianos aps a colheita das hortalias. (Fonte: Jessica Rodrigues, 2015).