Anóxia cerebral é a falta de oxigénio no cérebro. Se for grave, pode causar danos cerebrais...

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Anóxia cerebral é a falta de oxigénio no cérebro. Se for grave, pode causar danos cerebrais irreversíveis. Os casos menos severos podem causar distorções sensoriais e alucinações.

A hipoxia severa é referida como anóxia e é uma causa relativamente comum de lesão do SNC. A anóxia encefálica prolongada pode levar á morte encefálica ou a um estado vegetativo persistente.

A condição de anóxia é caracterizada pela perda neuronal que é mais proeminente no hipocampo; globos pálidos; cerebelo e olivas inferiores.

As lesões por anóxia cerebral podem levar a diversos graus de comprometimento do SNC, incluindo prejuízos no funcionamento cognitivo, tais como:

Défices mnésicos, como memória explícita, com preservação de mecanismos de memória implícita;

Alteração funcionamento intelectual e défices visuoespaciais.

Aparecimento de sintomas parkinsónicos, lentificação psíquica e motora, abulia, défices de iniciativa e distúrbios da marcha.

Sintomas de agressividade e irritabilidade;

Existem numerosas causas de anóxia cerebral entre as quais podemos mencionar as seguintes:

Afogamento Sobredosagem de drogas Asfixia por inalação de fumos Pressão arterial muito baixa Sufocamento Lesões no momento do nascimento Paragem cardíaca (quando o coração deixa de bombear sangue) Intoxicação com monóxido de carbono Grandes alturas Asfixia Compressão da traqueia Complicações da anestesia geral Enfermidades que paralisam os músculos da respiração

A asfixia do recém-nascido é uma emergência médica. O mais comum é o feto fazer uma forma menos severa de anóxia, induzindo a uma diminuição gradual da oxigenação fetal e um decréscimo do retorno venoso para a placenta;

Factores:

Má posição; Passagem do ombro ou nádegas em crianças grandes antes da

cabeça; Desproporção pélvica da mãe ou fetos PIG ; Rotações fetais dentro do útero podem provocar movimentos

respiratórios espontâneos; Sangramento da mãe e a saída do cordão, primeiro do que o corpo, o

que pode provocar o rompimento dele com risco de hemorragia grave;

Factores que contribuem para Asfixia Letal

Entre as infecções fetais destacam-se: Infecção intra-uterina; Imaturidade pulmonar Taquicardia Entre os factores maternos temos: Hemorragia Placenta prévia Idade materna avançada Grande multiparidade Diabetes Anemia severa

Uma paragem cardio - respiratória pode acontecer em minutos, quase sempre sem sintomas aparentes antes do ataque, sendo confundida com epilepsia.

Deve-se proceder a uma massagem cardíaca e desobstrução da via respiratória, pois o ataque quase sempre não chega a mais de dez minutos, assim, sendo quase sempre muito tarde para ajuda de um profissional (médico).

Em casos leves provoca: distracção, transtorno no juízo e movimentos descoordenados;

Em casos graves provoca: produz-se um estado de inconsciência e falta de reacção total (coma), com supressão dos reflexos do tronco encefálico, incluindo a resposta à luz e o reflexo de respiração;

Unicamente se mantém a função cardíaca e a pressão arterial e, em caso de persistir, e inevitável que se comprove a morte cerebral.

Se a falta de oxigénio no cérebro está limitada a um período de tempo muito breve, o coma pode ser reversível com níveis variáveis de retorno da função, dependendo da magnitude da lesão. Algumas vezes, pode-se apresentar convulsões que podem ser contínuas sem parar entre uma e outra (estado epiléptico).

Uma convulsão é um fenómeno electro-fisiológico anormal temporário que ocorre no cérebro (descarga bioenergética) e que resulta numa sincronização anormal da actividade eléctrica neuronal. Estas alterações podem reflectir-se a nível da tonacidade corporal (gerando contracções involuntárias da musculatura, como movimentos desordenados, ou outras reacções anormais como desvio dos olhos e tremores), alterações do estado mental, ou outros sintomas psíquicos.

Um ataque epiléptico pode ser causado por: Choque eléctrico Deficiência em oxigénio Traumatismos cranianos Abuso de álcool e drogas

O prognóstico depende do grau da lesão cerebral hipóxica;

Quanto mais tempo permanecer o paciente inconsciente, maior será a possibilidade de que se apresente a morte ou morte cerebral e menor a probabilidade de uma recuperação significativa.

Determina-se pelo tempo que o cérebro tenha estado sem administração de Oxigénio;

As complicações da anóxia cerebral podem ser:

Estado vegetativo prolongado, no qual se podem preservar as funções vitais básicas como a respiração, a pressão arterial, o ciclo de sono - vigília e a capacidade de abrir os olhos, pelo que o paciente não está consciente nem responde ao ambiente.

infecções pulmonares (pneumonia); nutrição inadequada; Úlceras; coágulos nas veias;

Na determinação da causa da anóxia cerebral é muito importante a avaliação da história clínica e sua evolução. O objectivo dos exames é determinar a causa que levou á hipoxia, estes podem ser:

Ressonância magnética de imagem, que nos mostra imagens do cérebro de alta qualidade;

Electrocardiograma, exame que representa a actividade eléctrica do coração;

Eco cardiografia, que permite ao médico observar o coração em funcionamento;

Análises ao sangue; Electroencefalografia, é o registo da actividade eléctrica cerebral

necessário quando se suspeita de convulsões; Potenciais evocados, exame que determina alterações da

sensibilidade, tais como visão e tacto.

Os dados fornecidos pelo EEG possibilitam orientar, afastar ou confirmar um diagnóstico em casos nos quais os elementos fornecidos por outros exames complementares e pela clínica não forem suficientemente elucidativos.

Nos casos em que os pacientes saem com aparente êxito da parada cardio-respiratória, é importante estabelecer as possibilidades de sobrevivência e, além disso, as possibilidades de recuperação das funções do Sistema Nervoso Central. Com tal finalidade, utilizamos o esquema de Pampiglione, que caracterizou cinco tipos de electroencéfalograma.

Tipo I: o EEG é normal ou levemente desorganizado, o que indica uma boa conservação da função cerebral e um bom prognóstico;

Tipo II: o traçado mostra abundância de ondas lentas. Pode haver sobrevivência, mas o prognóstico é reservado no que diz respeito à recuperação neurológica;

Tipo III: caracteriza-se por apresentar estados de descargas permanentes ou complexos paroxismo-supressão, que mostram uma função cerebral seriamente perturbada e um prognóstico ruim, com duvidosa sobrevivência;

Tipo IV: apresenta actividade tipo “alfa” de muito mau prognóstico e sobrevivência rara (coma alfa);

Tipo V: é de um traçado isoeléctrico que forma parte do quadrado de morte cerebral.

Para certeza absoluta de que há silêncio electrocerebral, procedemos à seguinte conduta:

  Utilização pelo menos 12 eléctrodos;  Provocação deliberada de artefacto em cada eléctrodo;  Utilização da CT normal e CT larga;  Utilização de prova de reactividade;  Utilização de amplas distâncias entre eléctrodos;

Duração do registo não inferior a 30 minutos;

Repetir-se o estudo 24 horas após.

O tratamento depende da causa subjacente e o mais importante é garantir a reanimação cardiopulmonar básica;

Deve-se usar respiração artificial;

O suporte da pressão arterial deve manter-se com administração de líquidos e medicamentos;

Deve-se controlar a frequência cardíaca;

Devem-se tratar as convulsões em caso de se apresentarem:

Anóxia cerebral é a falta de oxigénio no cérebro. Se for grave, pode causar danos cerebrais irreversíveis. Os casos menos severos podem causar distorções sensoriais e alucinações.

Anóxia é a diminuição de oxigenação. Se for prolongada, pode resultar em lesão cerebral e levar o paciente a óbito. Este é um dos riscos ao nascimento e a principal causa de deficiências mentais nas crianças;

Na determinação da causa da hipoxia cerebral é muito importante a avaliação da história clínica e sua evolução.

Os dados fornecidos pelo EEG possibilitam orientar, afastar ou confirmar um diagnóstico em casos nos quais os elementos fornecidos por outros exames complementares e pela clínica não forem suficientemente elucidativos;

Electroencefalografia, é o registo da actividade eléctrica cerebral necessário quando se suspeita de convulsões;

Fim…

Trabalho realizado por: Ana Filipa Araújo

Diana Freitas Luís Moutinho

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