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UNIVERSIDADE ESTÁCIO UNIRADIAL - ESTÁCIO
APRENDER E ENSINAR
Do Ensino Fundamental I ao Ensino Superior, e suas diferenças dentro das escolas públicas
e privadas.
1
SumárioI. Resumo..........................................................2
II. Aprender e Ensinar.........................................3Contexto Histórico
Aprender e ensinar, ensinar e aprender
Como acontece o aprender e o ensinar no Brasil
Gráfico
III. Ensinar a aprender no Ensino Fundamental I e II do 1º ao 9º ano............................................9
Ensinar e aprender no Ensino Fundamental I
Ensinar e aprender no Ensino Fundamental II
Gráficos
IV. Ensinar e aprender no Ensino Médio............21Ensinar e aprender no ensino médio
Gráficos
V. Ensinar e aprender no Ensino Superior 26Ensinar e aprender no ensino superior e sua estrutura no Brasil
Ensinar e aprender no ensino superior e suas práticas
Gráficos
VI. Bibliografia 39
2
Resumo
Este trabalho tem o intuito de demonstrar como e que acontece a ação de aprender e ensinar dentro das escolas públicas e privadas, se há diferença entre elas. E apresentar o que é necessário para o professor e para o aluno ensinar e aprender; e definir qual a responsabilidade da escola, da família e da sociedade como facilitadoras deste processo.
3
Aprender e Ensinar
“A Educação é necessária para toda a sobrevivência do ser humano. Para
que ele não precise inventar tudo de novo, necessita apropriar-se da
cultura, do que a humanidade já produziu. Educar é também aproximar o
ser humano do que a humanidade já produziu. Se isso era importante no
passado, hoje é ainda mais decisivo numa sociedade baseada no
conhecimento.”
( Moacir Gadotti – Boniteza de um sonho: Aprender e Ensinar com sentido)
CONTEXTO HISTÓRICO
Quando pensamos em aprender logo pensamos em quem nos ensinará, sempre uma ação está
relacionada a outra. Em nosso sistema de ensino, essas duas ações estão relacionas com a figura do
aluno e professor. E cabe a cada um deles exercer um papel nessa cena do cotidiano desde o início da
humanidade, com o objetivo de perpetuar o conhecimento produzido, facilitando a vida das futuras
gerações, e assim caminha o mundo até os dias de hoje.
A História da educação e o ato de aprender e ensinar, iniciam-se desde de os primeiros
tempos da sociedade humana, onde aprendia-se dentro do grupo que pertencia, as crianças e jovens
observavam e imitavam os mais velhos que faziam as tarefas importantes para a sobrevivência. Com
o passar dos tempos e evolução dessas sociedades, os jovens começaram a ser treinados pelos mais
velhos.
Em outra fase da sociedade humana, forma criados os primeiros locais destinados ao ensino e
aprendizagem de ler e escrever, por meio de mestres. E haviam diferenças do que era ensinado para
cada nível social que a criança ou jovem pertencia.
No período Medieval, a educação teve unicamente a função dogmática e religiosa, para
controle da sociedade, não desenvolvendo os aspectos intelectuais da população.
Na fase Humanista, surge desenvolvimento do pensamento livre e crítico. As matérias
cientificas retornam ao currículo, embora ainda em segundo plano. Surge o colégio humanista
(escola secundária), onde são estudados o latim e o grego.
4
Na Renascença no século XVI, surge a reforma religiosa, e como resultado uma educação
cristã reformada, tanto católica, como protestante. A educação católica pós renascença, foi marcada
por um movimento conhecido por Contra-reforma. A Companhia de Jesus, organização criada por
Inácio de Loyola, foi a mais poderosa arma contra os protestantes. As ordens religiosas, das quais se
destaca a dos jesuítas, foram as responsáveis por disseminar o cristianismo por meio da educação
durante séculos. O Ratio Studiorum era o “currículo” dos jesuítas, que ministravam uma educação
inspirada nas escolas humanistas.
No período Moderno usa-se a filosofia e as ciências de Galileu, Copérnico, Newton e
Descartes, as chamadas ciências novas, a educação realista e dá início a novos métodos. Como as
ideias de Jean-Jacques Rousseau, a educação naturalista teve influência decisiva a educação
moderna. Para Rousseau, são pressupostos para a educação: a liberdade, a atividade pela experiência,
a diferença entre a mente da criança e do adulto (a criança deixou de ser vista como um adulto em
miniatura, e passou a ser vista como um ser em desenvolvimento), enfim, uma educação integral, que
atenda aos aspectos físicos, intelectuais e morais. No entanto, para Rousseau, para cada aluno deveria
haver apenas um educador. Suas ideias inspiraram pensadores e educadores, dos quais se destacou
Pestalozzi.
A estrutura educacional brasileira teve sua origem com a Revolução francesa, no século
XVII, a educação nacional pressupôs a responsabilidade do Estado para o estabelecimento da escola
primária universal, gratuita e obrigatória, com vistas a formação da consciência patriótica.
Atualmente, fala-se em educação democrática, pois se pressupõe que, na grande maioria dos países
ao menos a educação primária já seja universal, gratuita e obrigatória.
ENSINAR E APRENDER, APRENDER E ENSINAR
A Ensinar e Aprender são ações da prática educativa, sendo a Didática uma competência
aprendida no curso de Pedagogia, que estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do
processo educacional, que sempre tem em vista finalidades sociais.
A prática educativa, é uma atividade essencial para a existência e funcionamento de toda
sociedade. Pois ela faz com que o indivíduo possa de forma processual adquirir competências
necessárias para atuar na sociedade, e assim transformá-la em função do seu desenvolvimento
econômico, cultural e político.
5
“O Trabalho docente é parte integrante do processo
educativo mais global pelo qual os membros da sociedade
são preparados para a participação na vida social. A
educação – ou seja, a prática educativa – é um fenômeno
social e universal, sendo um atividade humana necessária à
existência e funcionamento de todas as sociedades. Cada
sociedade precisa cuidar da formação dos indivíduos, auxilia
no desenvolvimento de suas capacidades físicas e
espirituais, prepará-los para a participação ativa e
transformadora nas várias instâncias da vida social. Não há
sociedade sem prática educativa nem prática educativa sem
sociedade. A prática educativa não é apenas um exigência da
vida em sociedade, mas também o processo de prover os
indivíduos dos conhecimentos e experiências culturais que
os tornam aptos a atuar no meio social e a transformá-lo em
função de necessidades econômicas, sócias e políticas da
coletividade.”
( Libâneo, José Carlos. Didática. Pág. 17)
Para que a produção do desenvolvimento social ocorra, é preciso que o processo de ensino-
aprendizagem seja pensado para alcançar esse objetivo, e que forme um cidadão que possa atuar na
sociedade. Ou seja, esse processo será mediado por instrumentos ou ferramentas culturais que
envolvam interações humanas, que possibilite o entendimento dos signos sociais, em especial, os
saberes científicos, procedimentais e valores emocionais.
A Didática possibilita a sistematização dos conhecimentos e práticas aos fundamentos,
condições e modos de realização do ensino aprendizagem dos conteúdos, habilidades, valores, tendo
como principal objetivo, o desenvolvimento das capacidades mentais e à formação do indivíduo em
completo. Nesse sentido o trabalho do professor consiste ajudar o aluno, por meio dos conteúdos, a
adquirir capacidades para novas operações mentais ou modificar as existentes, com o que se operam
mudanças qualitativas em sua personalidade.
6
Fica evidente que a aprendizagem envolve apropriação pelo indivíduo da experiência social e
cultural dos conhecimentos e modo de ação, e com a devida orientação do ensino, resulta no
desenvolvimento mental, afetivo e moral. Tratando-se essencialmente de um processo de adaptação
de reorganização e valorização do próprio aluno, o que implica em sua participação ativa e a
intenção educativa de quem ensina, guiando o processo de desenvolvimento, e envolvendo a atuação
colaborativa de outras pessoas.
O processo de ensino e aprendizagem ocorre em contextos de práticas sociais, culturais e
institucionais, devido à natureza social dos objetivo. Desse modo, o ensino acontece em meio a
prática no meio social e nas próprias situações de aprendizagem na escola e na sala de aula, devido a
configuração do ambiente sociais da aprendizagem.
“O comportamento do homem é o produto do
desenvolvimento de um sistema mais amplo de vínculos e
relações sociais, de forma coletiva de conduta e de
cooperação social. Cada uma das funções psíquicas
superiores foi anteriormente uma forma distinta de
cooperação psíquica e só posteriormente se converte em um
modo individual de comportamento. Mostra-se aqui a
história das funções psíquicas superiores como a história da
transformação dos meios de comportamento social em meios
de organização psíquica individual.”
(Vigotski e Lurla, 2007, p. 51)
As práticas socioculturais e institucionais que crianças e jovens compartilham na família, na
comunidade e nas várias situações da vida cotidiana, são determinantes na apropriação de
conhecimento e modos de agir, e também na formação da personalidade. E por isso, é de extrema
importância que as atividades de uma disciplina na sala de aula orientadas para a formação de
processos mentais por meio de conteúdos científicos que devem ser mediados com as formas de
conhecimento cotidiano vivenciado pelos alunos.
A educação é um empreendimento comunitário no qual todos inclusive o professor e o aluno,
aprendem e avançam juntos, porém não necessariamente no mesmo nível de formulação. Por ter
7
mais experiência o educador pode ajudar o aluno a desenvolver suas habilidades de aprendizagem, e
mediando assim o processo de ensino e aprendizagem para atingir os objetivos já citados.
Portanto, a aprendizagem é uma atividade do aluno visando à apropriação de conceitos,
métodos e instrumentos cognitivos, mas que necessita da intervenção, pela mediação, que é a
orientação do professor encaminhado o aluno para o efetivo aprender, essa atividade é o ensinar. Ou
seja, ensino e aprendizagem formam uma unidade dentro de um mesmo processo, ainda que cada um
tenha sua singularidade, não podendo ser confundido um pelo outro.
COMO ACONTECE O APRENDER E O ENSINAR NO
BRASIL
O sistema educacional brasileiro está organizado no Ensino Fundamental em nove séries,
sendo que, são divididos por três ciclos com três anos cada, tratando os conhecimentos de forma
mais sistematizada. O Ensino Médio é feito de apenas um ciclo com três anos. Formam a educação
básica no Brasil. E por último o Ensino Superior, que prepara o cidadão para exercer funções e
atividades especificas para a manutenção da sociedade.
Em cada um desses ciclos o professor precisa estar adequadamente preparado para atender as
necessidades específicas para atingir os objetivos esperados a cada final de série. E isso é verificado
com o nível de aprendizagem que cada aluno conseguiu chegar dentro dos índices estipulados.
Os conteúdos dados na unidade escolar são pré-definidos para que os alunos atinjam os
objetivos definidos pelas necessidades da sociedade, por isso é definido um currículo, como no
Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais, que estabelecem o que deve ser ensinado ao aluno em
cada ciclo.
A metodologia empregada no processo de ensino e aprendizagem e que possibilita o sucesso
do entendimento pelo aluno sobre os conhecimentos que foram passados, e aqui também entra o
preparo do professor, que possibilita o aprendizado com sentido pelo aluno.
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Portanto, todos esses aspectos devem ser levados em conta no processo de aprendizagem e
ensino, para possibilitar que aluno atinja os objetivos e possa contribuir com o desenvolvimento da
sociedade, e tornar-se um cidadão capaz em favorecer o crescimento da humanidade.
GRÁFICOS REFERENTES AO ENSINAR E APRENDER
NO BRASIL.
FrequentavamNão frequentavam, mas já frequentaram
Nunca frequentaram
-
2 0
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00
8 0
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00
População residente, por cor ou raça, segundo a frequência a escola ou creche
e os grupos de idade - Sudeste - 2010
20 a 24 anos 18 ou 19 anos 15 a 17 anos
10 a 14 anos 7 a 9 anos 6 anos
9
O Ensinar e Aprender no Ensino Fundamental I e II 1º
ao 5º ano e do 6º ao 9º ano
O ENSINAR E APRENDER NO ENSINO
FUNDAMENTAL I 1º AO 5º ANO
Como bem sabemos os alunos quando saem da educação infantil e entram para o ensino
fundamental, alguns já sabem ler, outros não, normalmente eles vem semi-prontos para que o novo
professor introduza a leitura e a escrita.
Nessa fase uma das principais tarefas da escola, principalmente no ensino fundamental I, é
ensinar os alunos a ler e escrever. Sem a leitura e a escrita os alunos não serão capazes de exercer os
seus direitos, trabalhar e participar da sociedade com cidadania, se informar e aprender coisas novas
ao longo de toda a vida.
Ler e escrever são requisitos fundamentais para se ter um bom desempenho e uma boa
aprendizagem em todas as matérias.
Para garantir que todos os alunos aprendam, a escola precisa ter uma proposta pedagógica
com orientações claras para a alfabetização inicial. É na proposta pedagógica que ficam definidos
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quais os objetivos para cada etapa que tipo de atividade precisa ser realizado na sala de aula e na
escola, como será a avaliação. Orientados por essa proposta é que os professores planejam suas
aulas. Também é importante que os pais conheçam e recebam orientações sobre essa proposta para
que possam da melhor forma possível acompanhar o aprendizado de seus filhos.
A leitura e a escrita são fundamentais para o aprendizado de todas as matérias escolares. Em
sua proposta pedagógica, a escola precisa estabelecer claramente o que os alunos devem aprender em
cada etapa até a conclusão do ensino fundamental. Dessa forma, todos os professores podem
coordenar seus esforços para conseguir os melhores resultados. Os professores deverão organizar
suas aulas e suas atividades pensando em todos os alunos. Esse compromisso com a aprendizagem de
todos os estudantes deve ser assumido como uma das principais responsabilidades da equipe de
gestão da escola, formada pela direção e pela coordenação pedagógica ou supervisão de ensino.
A existência de uma boa biblioteca e seu bom uso por alunos e professores colabora com o
processo de aprendizagem dos alunos. Por essa razão, a escola deve ter a preocupação de cuidar e
melhorar seu acervo, de ter um profissional para atender o publico e, principalmente de que a
biblioteca ou sala de leitura seja de fato usada pelos alunos no horário das aulas e fora dele.
Nos últimos anos, a informática se tornou central tanto para o trabalho quanto para o acesso à
informação, à cultura e ao lazer, muito do que as pessoas escrevem e leem é por meio do
computador. Por isso, a escola precisa se equipar com computadores e acesso à Internet e, desse
modo, possibilitar a crianças e adolescentes quer participem de projetos educativos usando a
informática especialmente no que diz respeito à aprendizagem da leitura e da escrita.
Todos esses aspectos em conjunto favorecem a alfabetização inicial e a ampliação da
capacidade de leitura e escrita de todas as crianças e adolescentes do ensino fundamental I.
É primordial que o processo de educação básica tenha capacidade para pesquisar.
Neste tópico o caráter de pesquisa é sobre dois pontos: o cientifico e o educativo, sendo que
este tem seu espaço na educação com o objetivo de construir a metodologia do aprender a aprender.
A expectativa educativa da pesquisa no contexto escolar, destaca-se como estratégia de
formação do indivíduo, atuando no campo da pedagogia e da didática.
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Essa expectativa contrapõe, se opõe, à didática exclusiva “ensino/aprendizagem”, considerada
inadequada por reduzir os alunos a meros objetos e exalta o professor como autoridade acabada. Por
essa didática não existe meios de construir uma consciência critica no aluno. Não devemos desfazer
dos momentos que cabe o “aprender”, no sentido de absorção de conhecimentos via conhecimentos
repassados, o contexto deve ser sempre o do “aprender a aprender”, para base da autonomia
emancipatória, livre.
A condição esperada não é a de construir os axiomas matemáticos ou refazer a filosofia da
linguagem. A meta da escola básica é a de reconstruir o conhecimento de maneira
participativo/construtivo. Em circunstâncias especificas cabe o método da “decoreba”, como na
tabuada e para o alfabeto. A vida cotidiana é baseado na socialização das pessoas, é algo automático,
como se fosse uma engrenagem, sem necessitando de consciência critica e autocrítica dos processos.
Dentro desta situação pondera-se os pontos positivos e negativos. O negativo está quando avaliamos
assim, como nascemos morreremos desta maneira automática, robótica. O positivo, em como o nosso
cotidiano torna-se descomplicado, viver um dia após o outro sem questionamentos. A
“inconsciência” é algo natural, até porque seria impraticável, impossível questionar tudo.
A escola deveria priorizar a construção da consciência crítica e autocrítica, dentro da visão de
formação do sujeito. Fazer uma observação mais criteriosa, ter a própria opinião sobre diversos
assuntos, expor aquilo que se pensa, avaliar a si próprio, são situações, hoje, indispensáveis para a
sobrevivência.
Neste processo existe a pesquisa, não referindo-se a produção de ciência (academicamente),
ciência vem do latim, que significa conhecimento, logo, produz, o saber.
Reconstrói-se o conhecimento, e isso é mostrado claramente, é evidente a autonomia
crescente, de modo progressivo e contínuo.
O centro da pesquisa é o saber questionar de modo crítico e criativo, para melhor intervir na
realidade do aluno. Então a pesquisa também é um princípio educativo. Em vez de decorar, o aluno
saberá pensar, nada de maneira mecânica e automática, e sim, de forma a possuir a dinâmica do
sujeito, é ser capaz de participar e produzir, de ver o todo e deduzir logicamente.
Na pré-escola, uma criança quando motivada adequadamente, induz-se a pesquisa, daí logo
começa o processo de questionar, perguntar, recusar, construir e reconstruir.
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A Pedagogia é a oficina de gestação de sujeitos. A didática é o processo de motivação do
saber pensar, a capacidade de dominar e renovar informação e decidir o que fazer com ela.
Na escola Tradicional, o professor é dominador do único conhecimento, treinados para
ensinar e “nunca” ultrapassam o estágio da mera aprendizagem, de cópia em cópia, são cópia e
recopiam indefinidamente. As escolas são apenas espaços para a “decoreba”. Os alunos
simplesmente são domesticados. Um professor incapaz de elaborar um projeto pedagógico, torna-se
incompetente para motivar os processos emancipatórios.
A didática continua presa ao mecânico, as aulas expositivas, para copiar e decorar, onde o
conteúdo aplicado deve ser reconstruído na prova. Então, aula, prova e cola, são sinônimos, ou seja,
são exatamente iguais.
Para avaliar o processo escolar deve-se admitir algumas alternativas:
PRIMEIRO: O professor deve ser competente, formal e político, sendo, capaz de gestar a formação
básica adequada, para se atingir esta expectativa o ambiente deve ser propicio para aprender a
aprender, saber pensar, questionar criativamente.
SEGUNDO: Ocorrendo o primeiro item, o aluno avançará dentro do seu próprio ritmo, e reprovar
não seria condizente, pois o aluno está avançando, se o aluno estivesse regredindo quem deveria ser
reprovada deveria ser o professor.
TERCEIRO: A progressão automática não existe. O que existe é a progressão continuada, onde se é
feita a construção dos avanços possíveis. Não reprovar não significa que o professor ou a instituição
está acobertando inadimplências ou até mesmo fracassos dos alunos, do professor ou da instituição.
Cabe à pedagogia e à didática:
a) Construir o contexto de totalização da formação básica, revelando que seus componentes
formam um todo interligado e dinâmico;
b) Mostrar que diz respeito à realidade histórica, desvelando ser capaz de compreender
processos e de neles entrar como figura ativa;
c) Ressaltar que formação básica não é pacote fechado, apropriado, mas, mais que produto, um
procedimento para renovar o conhecimento e renovar-se através dele;
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d) Indicar que seu cerne não é um lote decorado de informação, mas a capacidade de sempre se
informar;
e) Argumentar que a alfabetização não é enunciar e desenhar letras, mas ler a realidade,
interpretar o mundo, sobretudo intervir nele como sujeito;
f) Construir e reconstruir a atitude do aprender a aprender em nosso ambiente histórico e social.
No contexto educacional, não deve se pensar que o fracasso é só do aluno ou só do professor,
pois diversas questões escapam à ação da escola, pobreza, doença, trabalho, etc. Um professor
competente, ao se deparar com estas situações, já está preparado, podendo reprovar quando perceber
que o aluno não rendeu o que podia/devia.
A avaliação nunca deve ser interrompida, é necessário recriar um contexto apropriado. Passa a
considerar a consciência critica e autocrítica da relação professor/aluno. Os atuais níveis de
repetência denotam, o fracasso do professor, de sua pedagogia e de sua didática.
O aluno não é “ensinado”, mas “educado” a desempenhar o papel de figura central do processo.
O professor passa de preceptor para orientador de processos (re)construtivos, cabendo ao professor
capacitar-se para criar ambientes propícios para o aprender a aprender. As aulas tornam-se
instrumentos para o aprender a aprender.
O aluno precisa ser instigado, provocado, desafiado a contribuir, a desenvolver capacidade de
raciocínio, de posicionamento. É importante aprender a ler criticamente, estabelecendo com os
autores relacionamento dialético; postar-se na história como sujeito capaz de pensá-la e planejá-la;
alcançar redação própria e expressar-se com desenvoltura; dominar conhecimentos e informações
estratégicas do processo de transformação da realidade atual; começar a produzir alguma coisa,
desde pequenas pesquisas, trabalhos em grupo, experimentos, algumas práticas, até elaborações mais
exigentes, que já expressam capacidade de síntese, de compreensão global, de posicionamento critico
criativo; aprimorar habilidade metodológica para manejar e produzir conhecimento. A utilização de
instrumentações eletrônicas podem ser gerar grande motivação nos alunos.
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O ENSINAR E APRENDER NO ENSINO
FUNDAMENTAL II - 6º AO 9º ANO
O ensino fundamental é o segundo nível da educação básica de acordo com a LBD o artigo
32 da lei 9.394/96, é obrigatório e tem como objetivo a formação básica do cidadão.
Estudos apontam grandes dificuldades dos professores em ensinar as disciplinas para que
colaborem para o desenvolvimento do aluno afim de que os façam refletir a respeito das questões
apresentadas.
Existe uma barreira no ensinar/aprender neste período, um dos grandes desafios é a
matemática, que boa parte dos alunos dizem não gostar da matéria e onde é percebido está
dificuldade é que se torna ainda mais necessário o empenho de todos, alunos professores, gestão
escolar ,pais para que juntos busquem novas formas de ensinar, preocupando-se em conhecer o
ambiente em que se encontram e com isso superar o método tradicional de ensino, motivando este
aluno para que ele se integre, discuta, analise e reflita sobre o conhecimento adquirido.
Pesquisas apontam grandes dificuldades no ensino-aprendizagem em matemática e essas
dificuldades não estão concentradas somente na rede pública, escolas particulares tem grandes
15
dificuldades, muitas vezes o aluno passa de uma serie para a outra sem assimilar o que foi ensinado
com isso é criado um acumulo de conteúdo sem entendimento e o aluno se torna desmotivado e
começa a questionar porque ele precisa aprender o conteúdo. Há uma necessidade urgente em
reformular este processo de ensino para que o conteúdo seja assimilado verdadeiramente.
Quanto ao processo de ensino-aprendizagem de matemática Bicudo e Ganica(2001) afirmam
que o mesmo envolve vários elementos: “...praticas, conceitos, tendências e exigem um tratamento
teórico que lhe serve de base. Assim o ensino de matemática não se pode fundamentar apenas nas
teorias; há que criar novas práticas no decorrer do tempo e evoluir objetivamente na direção do
conhecimento construtivo.” Portanto o processo além de considerar as necessidades dos envolvidos
deve também ser acompanhado para se sugerir alternativas de práticas metodológicas mais
adequadas.
Foi mostrado nas pesquisas que os alunos acham a matéria interessante, mas falta meios que
despertem um real interesse pela matéria em escolas públicas, já em escolas particulares os alunos se
mostram mais integrados com a matéria.
Outra questão levantada na pesquisa é que os alunos tem uma certa dificuldade em entender os
enunciados dos problemas e muitas vezes transformam tudo na “velha decoreba” ou seja existe um
problema de compreensão dos textos de matemática que parte da dificuldade de leitura de modo
geral, pois não criamos nos alunos o hábito de ler e com isso passam a ter dificuldades em entender
os textos.
Cabe lembrar, de acordo com Fini et al.(1996) “...que compreende textos escritos de matemática
envolve tanto a compreensão quanto do sistema de signos matemáticos convencionais, o qual é
exterior ao da linguagem convencional, e que pode ser de valer de letras, sinais e numerais
apresentados de acordo com regras especificas e portanto diferente da linguagem coloquial usada
pelos alunos necessitando pois de atenção e apresentação dos termos de acordo com a assimilação
que se está obtendo.”
Devemos considerar, também a informação de Rodrigues 2002, em que a
interdisciplinaridade pressupõe diálogo permanente entre diferentes áreas do conhecimento, em
especial no tratamento de conteúdos contextualizados priorizando realizações entre o teórico e a
pratica e considerando a importância do questionamento sobre práticas pedagógicas e didáticas mais
adequadas no processo de aproximação das disciplinas, principalmente a leitura e a matemática.
16
Os alunos de escola particular acreditam que se tivessem aulas de reforço ajudariam na
compreensão das aulas que somam 35,58% já os alunos da escola pública acreditam que se
estudassem mais, se dedicando as aulas seria mais fácil, equivalem a 33,91% da pesquisa. Como os
alunos de escola pública não tem condições de ter aulas de reforço, cabe ao professor aplicar
problemas que os ajudem nesse processo de aprendizagem e que sejam aplicados no cotidiano do
aluno, é necessário que o professor se coloque na posição de mediador do ensino para que o
aprendizado seja mais prazeroso, o aprendizagem precisa ser significativa sempre e ter continuidade.
O descaso político é outro fator importante deste processo, pois muitos professores não
conseguem dar continuidade nos estudos por não ter apoio, pois o salário e baixo, não tem
ferramentas que colaborem para uma aula mais interativa, é sempre o professor, quadro negro e o
giz.
“O educador, muitas vezes fica entregue a sua própria sorte,
sem condições objetivas de capacitação ou aperfeiçoamento,
o que acaba levando a uma banalização do exercício do
magistério. O educador deve possuir conhecimentos e
habilidades suficientes para poder auxiliar o educando no
processo educativo. Deve, também ser capacitado e
habilitado para compreender o nível intelectual do educando
e a partir dele, com todos os condicionamentos presentes,
trabalhar para elevar este nível, tanto no que se refere aos
elementos e processos de convivência social.”
(Luckesi 1994)
Um fato importante que foi observado é que desde a época de estudante os professores de
matemática já gostavam da matéria e tinham facilidade de compreender o conteúdo e isso é um ponto
importante para ensinar, pois quando o professor demonstra mais entusiasmo pela disciplina o
professor transmite ao aluno que é simples aprender e gera maior interesse no aluno.
Soares(2004), salienta que: “...o aluno que apresenta deficiência em um conteúdo que serve
de base para outro certamente não conseguirá acompanhar as aulas e trazendo como consequência,
falta de compromisso do aluno com o estudo da disciplina o que pode justificar os resultados.”
17
Portanto, o que fica evidente é que os professores precisam procurar a melhor forma em
estimular os alunos, que deve ser com aulas práticas, focando por exemplo, a aplicação da
matemática ao cotidiano do aluno. O como fazer isso, é o que precisa ser buscado diariamente.
GRÁFICOS REFERENTES AO ENSINAR E APRENDER
NO ENSINO FUNDAMENTAL I E II
Abaixo segue alguns gráficos:
Gráfico 1
Número médio de alunos por turma no ensino fundamental, na rede pública e privada.
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Pública 34,3 33,7 29,2 28,9 28,6 28,2 27,9 27,4Privada
23 22,4 21,8 21,6 21,5 21,5 21,5 21,3
18
Gráfico 2
Aprovação por série – Ensino Fundamental de 8 e 9 anos
Período Aprov.1a.a 4a. Serie/1o.a 5o. Ano2007 85,82008 872009 88,52010 89,9
2007 2008 2009 201083
84
85
86
87
88
89
90
91
Aprov.1a.a 4a. Serie/1o.a 5o. Ano
Aprov.1a.a 4a. Serie/1o.a 5o. Ano
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 20060
5
10
15
20
25
30
35
40
Rede publica de ensino Rede privada de ensino
19
Gráfico 3: Reprovação por série - Ensino Fundamental de 8 e 9 anos
Período Reprov. 1a. a 4a. Serie/1o. a 5o. Ano2007 112008 10,12009 9,22010 8,3
2007 2008 2009 20100
2
4
6
8
10
12
Reprov. 1a. a 4a. Serie/1o. a 5o. Ano
Reprov. 1a. a 4a. Serie/1o. a 5o. Ano
Gráfico 4: Taxa de analfabetismo de pessoas de 10 anos
Período Taxa de Analfabetismo1999 12,32001 11,42002 10,92003 10,62004 10,42005 10,05
20
2006 9,412007 9,092008 9,22009 8,92011 7,9
1992
1995
1998
1999
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2011
02468
1012141618
Taxa de Analfabetismo
Taxa de Anal-fabetismo
21
O Ensinar e Aprender no Ensino Médio
O ENSINAR E APRENDER NO ENSINO MÉDIO
O Ensino Médio, no Brasil, é a etapa final da educação básica e integraliza a formação que
todo brasileiro tem que enfrentar na sua vida adulta. De acordo com as finalidades do ensino médio,
postas na LDB, isto significar assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar aprofundar
os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental.
O Ensino Médio, conforme o artigo 35 Lei n: 9394 é etapa final dos estudos para a formação
básica de três anos e tem como finalidades:
A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de
ocupações ou aperfeiçoamento posteriores;
O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
Com o avanço da tecnologia, e com a força do capitalismo, para que o aluno se firme na
sociedade sendo um ser crítico, pensante, é necessário que ele tenha não só a formação do ensino
médio, mas também que ele busque ampliar seus conhecimentos inserindo numa graduação.
E o professor tem um papel fundamental na vida escolar do aluno, tanto na Educação Infantil,
no fundamental ou no Ensino Médio, cabe o professor a auxiliá-los, cativa-los a buscar mais
conhecimentos dia após dia. Para que a troca de conhecimentos aconteça, o professor tem que ser e
estar capacitado.
O professor tem que ser como um agente de comunicação, promovendo oportunidades em
despertar no aluno em expor suas ideais onde ele ensinando passa a aprender também, e para que o
22
aluno seja despertado os professores tem que estar capacitados para instigar o aluno a sempre quer
mais e estarem sempre atentos na sua vida adulta.
Mas cabe também ao docente estar dando sempre continuidade a sua vida acadêmica, não
ficar só uma sua graduação, o Ensinar e o Aprender nas escolas hoje, está sendo um desafio muito
grande para os educadores, pois muitos jovens ao chegarem ao Ensino Médio não estão
alfabetizados, muitos desistem por estarem com uma idade avançada.
Como aponta o senso escolar de 2011 um dado preocupante é taxa de reprovação do ensino
médio brasileiro que atingiu 13,1% maior número desde 1999. A constatação leva uma importante
questão: O país está regredindo na educação de jovens. Os alunos do ensino médio aprendem mesmo
hoje, e por isso estão mais retidos. Segundo especialistas não é esse o caso. A reprovação é um
resultado uma conjunção de fatores nem sempre positivas, embora longe de ser positiva.
É nessa época que também existe uma grande evasão dos jovens na escola, pois muitos já
estão com uma idade mais avançada e desistem de dar continuidade aos estudos. Onde o professor
tem que estar atuando e desenvolvendo no aluno a capacidade de aprendizagem. Existe também uma
porcentagem de reprovação, pois, muitos ficam nas escolas e saem sem nenhuma base de estudos.
Como bem sabemos o papel de um bom professor, é ensinar o aluno a pensar, refletir,
instigando a capacidade que o aluno tem em aprender. È isso o Aprender a Ensinar é a maneira
criativa que o professor expõe suas ideias para seus alunos, e desenvolvendo com eles suas
habilidades.
Sabemos que antigamente o Ensino Médio era considerado um avanço muito grande do
estudante, pois saindo dele o aluno teria uma base pra sua vida profissional, mas com o passar tempo
não é isso que vemos nas escolas.
A maioria dos jovens que sai do Ensino Médio não sabe fazer nenhuma produção de textos,
não sabem fazer a conjugação do verbo, e muitos não sabem se posicionar.
Para ser um bom professor ele tem que ser um bom aprendiz, ele tem que ter alegria no que
faz, ele tem ensinar com prazer com satisfação.
Vejamos agora um exemplo como é o Ensino Médio na Escola Privada e na Pública.
23
Escola Privada: Na escola privada por mais que os alunos estudem mesmo anos eles sabem
mais que o estudante da publica que já estão em níveis superiores, a Educação no Ensino médio já
uma preparação para os alunos a prestarem o ENEM, onde eles querem ingressar numa boa
faculdade.
Escola Pública: Além de acontecer muita evasão, e a repetência muitos alunos não estão
interessados em cursar uma boa faculdade, e muita vez acontece a evasão, pois eles também não
terem incentivo de ninguém a permanecerem nas escolas, nem parte de seus familiares nem dos
professores.
24
GRÁFICOS REFERENTES AO ENSINAR E APRENDER
NO ENSINO MÉDIO
Notas da prova Brasil de matemática e português
Matemática1º a 5º anos
Português1º a 5º
Matemática6º a 9º anos
Português 6º a 9º
Matemática Ensino médio
Português Médio
Nota total Brasil
209,63 190,58 252,77 245,20 274,83 268,57
Rede privada
242,81 222,70 298,42 282,25 332,89 312,75
Rede pública
204,58 185,69 244,84 238,77 265,38 261,38
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Pessoas de 10 anos ou mais de idade que frequentavam escola, por grupos de idade, segundo a
situação de ocupação na semana de referência e o curso que frequentavam - Sudeste - 2010
10 a 13 anos 14 anos 15 anos 16 ou 17 anos 18 ou 19 anos
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População residente, por grupos de idade, segundo a frequência a escola ou creche, o curso e a série que
frequentavam - Sudeste - 2010
0 a 3 anos
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7 anos
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13 anos
14 anos
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16 anos
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18 anos
19 anos
20 anos
21 anos
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O Ensinar e Aprender no Ensino Superior
O ENSINAR E APRENDER NO ENSINO SUPERIOR E
SUA ESTRUTURA NO BRASIL
A Constituição Federal de 1988, não obriga o estado oferecer ensino superior gratuito, mas
prevê que é dever do Estado possibilitar que todos tenha acesso aos níveis superiores de ensino, para
possibilitar a criação artística e científica.
Segundo Ranieri (2000, pp. 24-25), a LDB “é o eixo jurídico da organização do ensino no
País. No dizer de Miguel Reale (2000, p. 143), “a Lei de Diretrizes e Bases é verdadeira lei
complementar, dado o seu caráter integrador da vontade constitucional.” O Quadro I demonstra a
subdivisão estabelecida nas categorias administrativas pela LDB/1996.
Estrutura do Ensino Superior.
São consideradas instituições privadas de ensino superior as que são as mantidas e
administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Podem se organizar como:
“particulares em sentido estrito” (com fins lucrativos); Comunitárias (sem fins lucrativos);
28
Confessionais (de caráter religioso), que podem ser também Filantrópicas (estas se caracterizam
como instituições que visam o bem social, agindo de forma complementar as atividades de Estado).
As instituições de ensino superior de caráter público são aquelas criadas pelo poder público
(ou por este incorporada), e por ele mantidas e administradas. Podem ser federais (quando são
mantidas e administradas pelo Governo Federal), estaduais (mantidas e administradas pelos governos
dos estados) ou municipais, que são mantidas e administradas pelo poder público municipal.
(MEC/INEP, 2009).
Os dados do Censo do Ensino Superior de 2008 permitem observar, em relação à organização
acadêmica, um incremento de 3,2% no número de centros universitários em relação a 2007 e um
ligeiro decréscimo no número de faculdades. No entanto as faculdades (faculdades, escolas,
institutos, faculdades integradas, centros federais de educação tecnológica e faculdades de tecnologia
– Decreto 5773/2006), conforme nos anos anteriores, mantiveram o predomínio, com quase 2.000
estabelecimentos, correspondente a 86,4% do total de IES, enquanto as universidades e centros
universitários respondem por 8,1% e 5,5%, respectivamente. (MEC/INEP, 2009).
Como se pode observar o ensino superior brasileiro é predominantemente constituído por
escolas isoladas e afins, sendo ainda pequeno o número de universidades, embora por suas
dimensões absorvam grande parte da demanda.
Em contrapartida, as universidades adquiriram maior autonomia nos termos da LDB/1996,
art. 53, o que implica maior capacidade para adaptar-se às permanentes mudanças do cenário social e
econômico nacional e internacional. Entretanto, nem todas elas souberam aproveitar essa autonomia.
A LDB/1996, art.53 estabelece ainda, a autonomia universitária, permitindo-lhes, de acordo
com o inciso I, “criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação superior”.
Esta liberdade, contudo, está restrita pela “obediência às normas gerais da União”. Também para os
programas dos cursos existe certa autonomia, desde que respeitados os currículos mínimos
estabelecidos pelos órgãos federais competentes.
A autonomia universitária para a criação de vagas permite maior agilidade sem, que se
dependa de aprovação prévia dos órgãos federais. Isso, segundo as diretrizes oficiais levaria ao
atendimento das necessidades regionais e locais de ensino universitário, e sua expansão por todo o
29
país. Visando a melhor qualidade do ensino, tal autonomia foi concedida apenas às universidades e
aos centros universitários. As primeiras se definem pela tríade ensino – pesquisa – extensão. Assim,
faz parte da autonomia universitária “estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica,
produção artística e atividades de extensão” de acordo com o inciso III, do mesmo artigo 53 da LDB.
O ENSINAR E APRENDER NO ENSINO SUPERIOR E
SUA PRÁTICA.
Há muito tempo, pesquisadores e estudiosos que se debruçam sobre as práticas educativas no
âmbito das instituições formativas, têm sido desafiados a encontrar soluções para os problemas
inerentes ao processo relacional do ensinar e do aprender. Aprender e ensinar são ações individuais e
coletivas que acontecem constantemente na nossa vida. Em casa, na rua, na escola, no parque, nas
diversas instituições que frequentamos, indiscutivelmente estamos aprendo ou ensinando algo.
Aprendemos quando alguma alteração acontece na nossa forma de compreender o mundo, e
ensinamos quando socializamos algo que sabemos para alguém de forma direta ou indireta. Apesar
de ser uma atitude rotineira e espontânea, não podemos deixar de registrar que tanto o aprender e o
ensinar são atividades complexas, exigentes, paradoxais, questionadoras, portadoras de sentidos e
significados. Dito em forma de pergunta: qual o melhor jeito de aprender? Quando de fato há uma
aprendizagem? Existem estratégias, procedimentos, didáticas que são mais eficientes que outras para
que alguém aprenda melhor e com maior qualidade? Alguém que não possui interesse, curiosidade,
vontade, consegue aprender? Por alguns aprendem mais que os outros? Aprender é o mesmo que
memorizar? Quando há ensino há necessariamente aprendizagem? Alguém pode dizer que ensina
algo a alguém se este não quer aprender? São perguntas simples, banais, mas subjacente a elas nos
damos conta de que existem estudos, pesquisas, teorias que merecido a atenção de pensadores de
todas as áreas do saber.
“A apresentação ao aluno de novos conceitos e a demonstração de competências”, no dizer de
José Duarte (2005, p.109), “têm sido e continuarão ser tarefas centrais do professor universitário, que
ocorrem da própria natureza da universidade como centro de investigação e capitalização do saber”.
No entanto, em nosso tempo, pensar a aula universitária requer muito mais do que chegar a classe e
ministrar um conteúdo; é necessário criar situações que estimulem nos estudantes atividades de
descoberta, problemas de pesquisa, a fim de que possam formular perguntas em face da
complexidade da vida e à multiplicidade de informações. Na perspectiva de Duarte (2005, p.110)
30
para que ocorra um promissor processo de aprendizagem dos saberes ministrados na universidade, é
necessária uma relação equilibrada entre três fontes de dados que compõe o currículo: a) as
expectativas dos alunos; b) as exigências do saber; c) as exigências da sociedade. Com isso é
possível inferir que o trabalho de docência universitária necessita pautar-se pelo escopo de promover
processos de autonomia e participação dos alunos. Para isso é necessário pensar uma pedagogia
diferenciada para o trabalho docente, associada a uma epistemologia diferenciada. O que isto
significa? Que implicações isso trás para o “acontecer” da aula universitária? O que seria essa
pedagogia diferenciada? Trata-se de “uma pedagogia capaz de integrar atividades de pesquisa e
atenta às diferenças conceituais dos alunos” a fim de que estes possam se sentir sujeitos do processo
de socialização e apropriação do conhecimento que estão adquirindo na universidade.
A partir do pressuposto de que no trabalho docente, mais importante que ensinar, é criar
condições para que o aluno aprenda. Sobre isso são relevantes as teorizações feitas por David
Ausubel, um dos grandes psicólogos da educação do nosso tempo, o qual se preocupou com as
aprendizagens propostas em sala de aula. Para tanto, introduziu na discussão sobre a aprendizagem
dois conceitos fundamentais: estrutura cognitiva e aprendizagem significativa. Para Ausubel e seus
colaboradores (1980) o que mais influência na aprendizagem é o que o aluno já sabe, ou seja, as
novas informações só se tornam significativas se forem integradas ao “corpo estruturado dos saberes
já armazenados”. Isso significa que o êxito da aprendizagem de um determinado saber por parte do
aluno, depende da “estrutura cognitiva” que este possui. A estrutura cognitiva funciona como uma
espécie de esqueleto que permite relacionar novos dados com os existentes e integrá-los de forma
significativa, ou seja, a informação trazida pelo professor precisa se integrar ao que o aluno já possui
como estrutura cognitiva.
Quanto a aprendizagem significativa, para que ela aconteça, “é necessário que a informação
oferecida, sob forma de conceitos ou de proposições, se integre no que o aluno já sabe e possa ser
expressa por outros símbolos ou por outras palavras” (SOUSA, 2005, p.50). Isso requer do professor
a sensibilidade de tratar os conteúdos de sua docência como algo estruturado, coerente, organizado e
acessível, ao mesmo tempo em que deve criar estratégias didáticas para tomar conhecimento do que
os alunos já sabem. Tal procedimento pode ser ativado com o uso de “organizadores prévios”. O que
são os “organizadores prévios”? São um conjunto de ativadores que podem ser sugeridos antes de o
assunto ser introduzido e é constituído por conteúdos gerais, familiares ao aluno, e formulados num
nível mais elevado de abstração. São as leituras prévias que o professor pode indicar para que os
alunos façam a fim de se sentirem familiarizados com os conceitos que serão tratados na aula
31
seguinte. “A sua função é atualizar um quadro de referência em que o aluno integrará a nova
informação que lhe será fornecida. Constituem organizadores prévios uma pergunta, uma citação,
uma imagem, um filme” (SOUSA, 2005, p.51).
Portanto, certamente podemos concluir que, essa pedagogia diferenciada, ancorada numa
epistemologia da aprendizagem, pode estar presente em muitas aulas universitárias. No entanto,
também é inequívoco dizer que inúmeros professores universitários continuam desconsiderando que
a aprendizagem dos alunos é o principal álibi de seu êxito docente. Talvez isso seja um problema de
formação pedagógica ou a ausência dela; talvez seja a falta de uma política de formação docente das
próprias instituições; talvez seja o senso comum pedagógico que se rendeu ao falso pressuposto de
que “qualquer um pode dar aula, basta ter domínio do conteúdo”; talvez, ainda, seja devido a
dificuldade de mudar certos paradigmas que continuam prevalecendo nas práticas docentes
universitárias.
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GRÁFICOS REFERENTES AO ENSINAR E APRENDER
NO ENSINO SUPERIOR.
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Pessoas com pelo menos nível superior de graduação concluído, por nível de instrução mais
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nível mais elevado concluído - Sudeste - 2010 - Humanidades e artes
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elevado concluído - Sudeste - 2010 - Engenharia, produção e c
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concluído, segundo as áreas gerais, específicas e detalhadas de formação do curso de nível mais
elevado concluído - Sudeste - 2010 - Agricultura e veterinári
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Pessoas com pelo menos nível superior de graduação concluído, por nível de instrução mais elevado
concluído, segundo as áreas gerais, específicas e detalhadas de formação do curso de nível mais
elevado concluído - Sudeste - 2010 - Saúde e bem-estar social
Superior de graduação Mestrado
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Pessoas com pelo menos nível superior de graduação concluído, por nível de instrução mais elevado
concluído, segundo as áreas gerais, específicas e detalhadas de formação do curso de nível mais elevado concluído - Sudeste - 2010 - Serviços
Superior de graduação Mestrado
Doutorado Total
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Bibliografia
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Dados de gráficos site do IBGE – Link:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/educacao_e_deslocamento
/default_gr_xls.shtm
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