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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

PROVAS

Artigos 369 a 380 do Código de Processo Civil

Aula 67

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PROVAS

Objeto da prova: fatos da causa

Finalidade da prova: convencer o juiz

Destinatário: o próprio juiz

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FATOS QUE NÃO

PRECISAM SER

PROVADOS

Notórios

Confessados

Incontroversos

Presunção legal

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PROVAS ILÍCITAS

Artigo 5º, inc. LVI, da CF

Artigo 396 do CPC

Meio indevido:

emprego de

violência

Meio

empregado:

Violação de

sigilo de

correspondência

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As partes têm de empregar todos os meios legais

e moralmente legítimos para provar a verdade dos fatos

em que se funda o pedido ou a defesa e influir

eficazmente na convicção do juiz.

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Devemos levar em conta que é o Juiz o

destinatário da prova, de modo que lhe compete aferir da

conveniência e oportunidade para o pronto julgamento.

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Como regra geral, temos que o ônus da prova

incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu

direito e, ao réu, fato impeditivo, modificativo ou

extintivo do direito do autor.

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O Novo Código de Processo Civil traz a

distribuição diversa do ônus da prova. Essa inversão

do ônus pode ser: convencional, legal e judicial.

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Inversão convencional

Se o objeto da demanda versar sobre direito

disponível não há impedimento para que

convencionem a modificação do ônus da prova.

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Além disso, é indispensável que não torne a uma

das partes excessivamente difícil o exercício do direito.

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Inversão legal

Decorre direta e automaticamente da lei.

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Inversão judicial

Ocorre quando:

a) Houver lei que a autorize. Atribui ao juiz o poder de

determiná-la, desde que verificadas determinadas

circunstâncias.

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b) Em razão das peculiaridades da causa

relacionadas à impossibilidade ou à excessiva

dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput

do art. 373 do CPC ou à maior facilidade de obtenção de

prova, caso em que o juiz redistribuirá o ônus da prova

por decisão fundamentada.

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O ônus deve ser atribuído a quem manifestamente

tenha mais facilidade de obter ou produzir a prova.

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O juiz deverá promover a inversão do ônus da prova da

seguinte forma:

a) Inversão convencional e legal: os litigantes saberão

que desde à distribuição da inicial há a inversão do

ônus da prova, porque transigiram a respeito ou porque

existe lei estabelecendo a presunção em favor deles.

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b) Inversão judicial: depende de uma decisão judicial.

Pode ser na inicial ou na decisão de saneamento e

organização do processo definir a distribuição do ônus

da prova. Dessa decisão caberá agravo de instrumento

nos termos do art. 1.015, inc. X, do CPC

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ATA NOTARIAL – ARTIGO 384 DO CÓDIGO DE

PROCESSO CIVIL

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1. Conceito

Ata notarial é o documento lavrado por tabelião

público e que atesta a existência ou o modo de existir

de algum fato.

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O tabelião deverá presenciar a existência do fato

para atestá-lo.

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ATENÇÃO

A ata notarial não é a atestação de uma declaração

de vontade, como são as escrituras públicas, mas de um

fato cuja existência ou forma de existir é apreensível

pelos sentidos.

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DEPOIMENTO PESSOAL – ARTIGOS 385 a 388 do CPC

1. Conceito

O depoimento pessoal é o meio pelo qual o juiz de

direito, a requerimento da outra parte, colhe as

declarações do adversário dela, com a finalidade de

obter informações a respeito de fatos relevantes para

o processo.

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ATENÇÃO

Cabe à parte requerer o depoimento da outra

parte.

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O objetivo do depoimento pessoal é fazer com

que a parte preste informações a respeito de fatos,

que possam contrariar os seus interesses. Em outras

palavras, é obter a confissão a respeito de fatos

relevantes para a causa.

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Se a parte não comparecer ou, comparecendo,

recusar-se a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena de

confissão. No entanto, essa confissão é relativa, pois

deverá ser considerada em conjunto com os demais

elementos de prova.

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O depoimento pode ser feito na inicial, na

contestação ou no momento de especificação de

provas, o juiz determinará a intimação da parte.

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CONFISSÃO – ARTIGO 389 a 395 DO CÓDIGO DE

PROCESSO CIVIL

1. Conceito

Confissão é a declaração da parte que reconhece

como verdadeiros fatos que são contrários ao seu

próprio interesse e favoráveis aos da parte contrária.

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2. Tipos de confissão

a) Confissão judicial: é a confissão realizada no curso

do processo.

Divide-se em duas espécies:

2.1. Escrita

2.2. Oral

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b) Confissão extrajudicial: realizada fora do processo.

Pode ser feita por documento ou por testemunhas. Só terá

validade se a prova não exigir prova literal.

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DA PROVA DOCUMENTAL – ARTIGOS 405 a 429

DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

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A prova documental é aquela que concretiza o

fato no mundo jurídico, mas que não prova que

realmente existiu.

Exemplo: contrato de compra e venda particular de um

veículo. Embora haja o contrato, em tese, não compra

que realmente a compra e venda do veículo existiu.

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A palavra documento tem origem no verbo doceo

que significa ensinar, mostrar, indicar. Assim, entre

outras coisas, o documento tem por finalidade indicar

um fato ou ato.

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As declarações constantes do documento

particular escrito e assinado presumem-se verdadeiros

os atos e os fatos em relação ao signatário.

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Quando contiver declaração de ciência de

determinado fato, o documento particular prova a

ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de

prová-lo ao interessado em sua veracidade.

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Por isso que o documento público faz prova não

só da sua formação, mas também dos fatos que o

escrivão, tabelião ou o servidor declarar que

ocorreram na sua presença.

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O instrumento particular pode ser impugnado por

meio da arguição de falsidade (arts. 430 a 433 do CPC).

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O instrumento público é aquele que apresenta um

escrito, de forma especial, lavrado por funcionário

público competente, no exercício regular de suas

funções, com o objetivo de atribuir existência a um ato

ou fato jurídico, representando-o adequadamente, para,

futuramente, servir de prova.

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Se a lei exigir determinado instrumento público

como substância do ato, nenhuma outra prova, por mais

especial que seja, pode suprir-lhe a falta.

Exemplo: compra e venda de um imóvel

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PROVA PERICIAL – ARTS. 464 a 480 do Código de

Processo Civil

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A prova pericial é aquela realizada por meio de

perito nomeado pelo juiz de direito.

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A prova pericial consiste em:

a) Exame

O perito examina coisa ou pessoas com o objetivo de

esclarecer aspectos técnicos ou científicos que, a

olhos nus, não são possíveis de serem vistos.

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b) Vistoria

A vistoria é o mesmo trabalho que realiza o perito

no exame, mas apenas em coisas imóveis.

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c) Avaliação

Avaliação é fixar um valor para os bens, objetos

da demanda.

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Diante de uma prova pericial, requerida pelas

partes ou mesmo determinado pelo juiz de direito, será

nomeado perito especializado no objeto da perícia e

fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo

pericial.

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O juiz de direito intimará às partes e, dentro de 15

(quinze) dias contados da intimação do despacho de

nomeação do perito, elas deverão:

a) arguir impedimento ou suspeição do perito;

b) indicar assistente técnico;

c) apresentar quesitos.

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O perito deverá apresentar em 05 (cinco) dias:

a) Proposta de honorários.

b) Currículo, com comprovação de especialização.

c) Contratos profissionais, em especial o endereço

eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações

pessoais.

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As partes serão intimadas da proposta de

honorários para, querendo, manifestar-se no prazo

comum de 05 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o

valor, intimando-se a parte que deverá arcar com os

honorários do perito. (Art. 95 do CPC)

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Art. 95 do CPC

Cada parte adiantará a remuneração do assistente

técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada

pela parte que houver requerido a perícia ou rateada

quando a perícia for determinada de ofício ou requerida

por ambas as partes.

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O juiz poderá autorizar o pagamento de até 50%

(cinquenta por cento) dos honorários arbitrados a favor

do perito no início dos trabalhos, devendo o

remanescente ser pago apenas ao final, depois de

entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos.

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As partes serão intimadas da data e local onde

se realizará a perícia. Realizada a perícia, o perito

protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz,

pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de

instrução, debate e julgamento.

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Depois que o perito protocolar o laudo em juízo,

as partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se

sobre o laudo do perito no prazo comum de 15 (quinze)

dias, podendo o assistente técnico de cada uma das

partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo

parecer.

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O perito, por meio de laudo complementar, poderá

esclarecer divergência, dúvida ou qualquer outro

aspecto técnico que for necessário, mediante

requerimento das partes no prazo comum de 15 (quinze)

dias depois da juntada do laudo pericial.

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O perito e assistente técnico serão intimados por

meio eletrônico com pelo menos 10 (dez) dias de

antecedência da audiência de instrução, debates e

julgamento.

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INSPEÇÃO JUDICIAL

Artigos 481 a 484 do Código de Processo Civil

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A inspeção judicial é considerada um elemento

de convicção do próprio juiz de direito, pois existem

alguns fatos que exigem a constatação pessoal do juiz

de direito, a fim de aclarar pontos controvertidos que

se relacionam intimamente com o objeto da ação.

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Exemplos: visita do juiz para constar mudança de

fachada de edifício, verificação do exercício da posse em

determinada área, constatação, pelo juiz, de inexistência

de outra forma de acesso a terreno da autora que não a

servidão que corta a propriedade de outrem, obstruindo

a passagem.

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O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a

coisa quando:

a) Julgar necessário para melhor verificação ou

interpretação dos fatos que deva observar.

b) A coisa não puder ser apresentada em juízo sem

consideráveis despesas ou graves dificuldades.

c) Determinar a reconstituição dos fatos.

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O autor e o réu têm sempre direito a assistir à

inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo

observações que considerem de interesse para a causa.

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Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar o

auto circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for

útil ao julgamento da causa.

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