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Direitos Humanos Curso para o concurso:

Auditor Fiscal do Trabalho

PROFESSOR MATEUS SILVEIRA

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Análise do Edital: Teoria geral dos direitos humanos. Conceito, terminologia, estrutura normativa, fundamentação. Afirmação histórica dos direitos humanos. Direitos humanos e a responsabilidade do Estado. Direitos humanos na Constituição Federal. Documentos históricos brasileiros. Institucionalização dos direitos e garantias fundamentais. Política nacional de direitos humanos. Programas nacionais de direitos humanos. Globalização e direitos humanos. A proteção internacional dos direitos humanos. Fundamentos dos direitos humanos. Características dos direitos humanos no direito internacional. Interpretação e aplicação dos tratados internacionais de proteção aos direitos humanos.

As três vertentes da proteção internacional da pessoa humana. Direitos humanos, direito humanitário e direito dos refugiados. A interligação entre o direito internacional e o direito interno na proteção dos direitos humanos. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos. Sistema internacional de proteção dos direitos humanos. Universalismo e relativismo cultural. Precedentes históricos. O sistema da liga das nações. A Organização Internacional do Trabalho (OIT). Instrumentos internacionais de direitos humanos.

O núcleo de direito internacional dos direitos humanos. Carta das Nações Unidas. Declaração universal de direitos humanos. Pacto internacional de direitos civis e políticos. Pacto internacional de direitos econômicos, sociais e culturais. Convenção internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial. Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher. Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. Convenção sobre os direitos da criança. Convenção internacional sobre a proteção de direitos de todos os migrantes trabalhadores e membros de suas famílias. Os limites dos direitos humanos na ordem internacional. A natureza objetiva da proteção internacional dos direitos humanos. Mecanismos de proteção contra as violações de direitos humanos. Responsabilidade internacional em matéria de direitos humanos.

Regra do esgotamento dos recursos internos na proteção dos direitos humanos. Mecanismo unilateral e mecanismo institucional ou coletivo. A proteção dos direitos humanos na ONU. Sistemas convencional e extraconvencional da ONU. Sistema europeu de direitos humanos. Sistema interamericano de direitos humanos. Comissão interamericana de direitos humanos e corte interamericana de direitos humanos. Proteção dos direitos humanos no Mercosul. Responsabilidade internacional dos estados por violações de direitos sociais, econômicos e culturais. Mecanismos coletivos e afirmação do indivíduo como sujeito de direito internacional. Implementação das decisões de responsabilização internacional do Estado por violação de direitos humanos. Instrumentos e Normas Internacionais de Direitos Humanos. Declaração Universal dos Direitos Humanos (Resolução Assembleia ONU de 10.12.1948).

Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José de Costa Rica, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 27, em 25.09.1992 e promulgada pelo Decreto nº 678, de 06.11.1992). A Auditoria Fiscal do Trabalho como agente de proteção e concretização dos direitos fundamentais dos trabalhadores. Segurança e Saúde no Trabalho. Combate à redução análoga ao trabalho escravo. Discriminação e ações afirmativas. Direitos da mulher, da Criança, do Adolescente e do Idoso. Direito das Pessoas com Deficiência. Programa Nacional de Direitos Humanos (Decreto nº 7.037/2009 – Eixos Orientadores II e III).

Link utilizado para ver o vídeo “O que são Direitos Humanos?”: http://br.humanrights.com/#/what-are-human-rights Unidos pelos Direitos Humanos é uma organização internacional, sem fins lucrativos dedicada à implementação da Declaração Universal dos Direitos do Homem a nível local, regional, nacional e internacional. É composta por indivíduos, educadores e grupos em todo o mundo que estão ativamente a transmitir o conhecimento e a proteção dos direitos humanos por e para toda a Humanidade. Link do you tube no canal Casa do Saber: https://www.youtube.com/watch?v=fMBNL4HFEOQ

DIREITOS HUMANOS Conceito: O conjunto de direitos e garantias assegurados nas declarações e tratados internacionais de direitos humanos. Conjunto de direitos considerado indispensável para vida humana pautada na liberdade, igualdade e dignidade. “Dá-se o nome de liberdades públicas, de direitos humanos ou individuais àquelas prerrogativas que tem o indivíduo em face do Estado.”

Concepções doutrinárias sobre a natureza dos direitos humanos:

A TUTELA INTERNACIONAL DA PESSOA HUMANA E SEUS TRÊS EIXOS DE PROTEÇÃO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS: proteção do ser humano em todos os aspectos, englobando direitos civis e políticos, direitos sociais, econômicos, culturais e os direitos transindividuais. DIREITO INTERNACIONAL DOS REFUGIADOS: age na proteção do refugiado, desde a saída do seu local de residência, concessão do refúgio e seu eventual término. DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO: foca na proteção do ser humano na situação específica dos conflitos armados (internacionais ou não internacionais – guerras civis).

O DIREITO INTERNACIONAL HUMANITÁRIO

É também conhecido como o direito internacional da guerra, pois precede a própria formação do direito internacional dos direitos humanos. Surge a partir da iniciativa do suíço Henri Dunant que, após presenciar o massacre e a desumana situação de feridos na Batalha de Solferino (1859), ocorrida em solo italiano, decide criar a Cruz Vermelha e iniciar uma campanha internacional para a proteção dos militares feridos e doentes.

Com o sucesso obtido na sua empreitada em 1864 foi aprovada a primeira Convenção de Genebra. A 1º Convenção de Genebra, sucederam-se diversas outras: 1) Segunda Convenção de Genebra – 1907, que visou a proteção de feridos, enfermos e náufragos das forças armadas do mar; 2) Terceira Convenção de Genebra – 1929, que instituiu regime jurídico e proteção dos prisioneiros de guerra; 3) Quarta Convenção de Genebra – 1949, que revisou as convenções anteriores e acrescentou a proteção em relação aos civis, inclusive em territórios ocupados.

Às Convenções de Genebra, seguiram-se três protocolos: A) Protocolo I de 1977 – proteção das vítimas dos conflitos armados internacionais, considerando que conflitos armados contra dominação colonial, ocupação estrangeira ou regimes racistas devem ser considerados como conflitos internacionais; B) Protocolo II de 1977 – proteção de vítimas em conflitos armados não internacionais (guerras civis); C) Protocolo III de 2007 – adiciona o emblema do cristal vermelho ao lado da cruz vermelha e do crescente vermelho.

Assim, o Direito Humanitário não visa impedir a guerra, mas tão somente regulamentar o uso da força e da violência uma vez que o conflito armado é deflagrado. - Princípios de Direito Internacional Humanitário: A) Princípio da Humanidade: De acordo com esse princípio, a dignidade humana deve ser preservada por mais precária e gravosa que seja a situação; B) Princípio da Necessidade: os bens civis devem ser respeitados e não podem ser alvos de ataques e retaliações; C) Princípio da Proporcionalidade: as partes devem utilizar de seus recursos bélicos de forma proporcional a superar e vencer a parte adversa, rejeitando-se um malefício superior aos ganhos militares pretendidos.

O COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA (CICV): A principal entidade responsável pelo monitoramento do cumprimento do direito internacional humanitário pelos Estados é o CICV, em realidade, uma organização independente e não-governamental cujo status e prerrogativas são reconhecidos nas próprias Convenções de Genebra. O CICV visa defender e amparar as vítimas de guerras e catástrofes naturais, além de auxiliar no contato com familiares e na busca por desaparecidos.

Embora não prevejam um órgão internacional voltado para aplicação de sanções, os tratados que compõem o direito internacional humanitário podem ser invocados perante a CIJ e o TPI. Deste modo, o desenvolvimento do direito internacional humanitário é considerado como um dos precedentes históricos para a internacionalização dos direitos humanos.

O DIREITO INTENACIONAL DOS REFUGIADOS O direito internacional dos refugiados também decorre de um “Convenção de Genebra”, que, a não ser pelo nome, não se identifica com aquelas relacionadas ao direito internacional humanitário. O principal instrumento do direito internacional dos refugiados é a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, adotada em 28/07/1951 e com vigência a partir de 22/04/1954.

Essa Convenção definia o que se compreendia como refugiado e ao mesmo tempo estipulava regras para a sua proteção e a concessão de asilo político pelos Estados-membros. Contudo, ela possuía em grave limitados de tempo: somente se aplicava aos refugiados em relação a eventos ocorridos antes de 1º de 1951. A esse condicionamento denominou-se “reserva temporal”. Após um período de discussões internacionais, foi elaborado o Protocolo relativo ao Estatuto dos Refugiados que entrou em vigor em outubro de 1967.

Com esse protocolo, deixaram de existir limitações geográficas e temporais para o reconhecimento do status de refugiado a determinadas categorias de pessoas, buscando-se agora conferir efetiva proteção a todos aqueles que se deslocam em razão de uma crise política. Refugiado: é todo o indivíduo que, em decorrência de fundados temores de perseguição, seja relacionado a sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política e também por fenômenos ambientais, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar a ele.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) foi criado em 1949 e é órgão integrante do Sistema da ONU responsável por garantir e assegurar aos refugiados a observância dos seus direitos e por monitorar e acompanhar os movimentos de refugiados no globo. No Brasil, o direito dos refugiados foi regulamentado pela Lei nº 9.474/1997, que também criou o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), órgão colegiado vinculado ao Ministério da Justiça.

De acordo com o art. 1º dessa lei, será reconhecido como refugiado todo indivíduo que: Art. 1º Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que: I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país; II - não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias descritas no inciso anterior;

III - devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país. Art. 2º Os efeitos da condição dos refugiados serão extensivos ao cônjuge, aos ascendentes e descendentes, assim como aos demais membros do grupo familiar que do refugiado dependerem economicamente, desde que se encontrem em território nacional. O direito dos refugiados visa defender o ser humano em uma de suas condições mais fragilizadas: quando encontra-se desvinculado de sua terra natal e em ameaça de violência (seja física, psicológica ou econômica) caso a ela retorne.

CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS INERÊNCIA: os DH pertencem a todos os seres humanos; UNIVERSALIDADE: não importa a raça, a cor, o sexo, a origem, a condição social, a língua, a religião ou opção sexual; TRANSNACIONALIDADE: não importa o local em que esteja o ser humano; INDIVISIBILIDADE: os DH não são fracionados; implica em unicidade, assegurando não ser possível se reconhecer apenas alguns direitos humanos (atenção aos direitos sociais).

Universalismo x Relativismo cultural A concepção universal dos direitos humanos delineada pela Declaração Universal de 1948 e reafirmada pela Declaração de Viena de 1993 sofreu e ainda sofre fortes resistências dos adeptos do movimento do relativismo cultural. Para os relativistas, a noção de direito está estritamente relacionada ao sistema político, econômico, cultural, social e moral vigente em determinada sociedade. Segundo os relativistas cada cultura possui o seu próprio discurso acerca dos direitos fundamentais, que está relacionado às específicas circunstâncias culturais e históricas de cada sociedade. Nesse sentido, acreditam os que se filiam ao relativismo cultural, que o pluralismo cultural impede a formação de uma moral universal, tornando-se necessário que se respeitem as diferenças culturais apresentadas por cada sociedade, bem como seu peculiar sistema moral.

No olhar relativista há o primado do coletivismo. Isto é, o ponto de partida é a coletividade, e o indivíduo é percebido como parte integrante da sociedade. Já na ótica universalista, há o primado do individualismo. O ponto de partida é o indivíduo, sua liberdade e autonomia (a dignidade humana como elemento individualista), para que, então, se avance na percepção dos grupos e das coletividades.

INTERDEPENDÊNCIA: muitas vezes para o exercício de um dir. humano, passa-se obrigatoriamente pelo anterior de outra geração/dimensão. INDISPONIBILIDADE: o ser humano não pode abrir mão, dispor de um direito humano, por ser inerente a ele e nem os Estados podem suprimi-los, a partir do momento que os reconhece; IMPRESCRITIBILIDADE: um direito humano não prescreve por decurso de prazo.

Atualmente a majoritária jurisprudência do STJ está aplicando a imprescritibilidade dos direitos humanos. PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO. REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS. REGIME MILITAR. DISSIDENTE POLÍTICO PRESO NA ÉPOCA DO REGIME MILITAR. TORTURA. DANO MORAL. FATO NOTÓRIO. NEXO CAUSAL. NÃO INCIDÊNCIA DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL - ART. 1º DECRETO 20.910/1932. IMPRESCRITIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL Nº 1.165.986 - SP (2008/0279634-1) RELATOR : MINISTRO LUIZ FUX Julgado em 16/11/2010.

INDIVIDUALIDADE: podem ser exercidos por apenas um indivíduo; COMPLEMENTARIEDADE: os direitos humanos devem ser interpretados em conjunto, não havendo hierarquia entre eles; INVIOLABILIDADE: esses direitos não podem ser descumpridos por nenhuma pessoa ou autoridade; IRRENUNCIABILIDADE: são irrenunciáveis estes direitos.

INTERRELACIONARIEDADE: os direitos humanos e os sistemas de proteção se inter-relacionam, possibilitando às pessoas escolher entre o mecanismo de proteção global ou regional não havendo hierarquia entre eles; HISTORICIDADE: estão vinculados ao desenvolvimento histórico e cultural do ser humano; VEDAÇÃO DO RETROCESSO OU DO REGRESSO: uma vez estabelecidos os direitos humanos, não se admite o retrocesso visando sua limitação ou diminuição.

PREVALÊNCIA DA NORMA MAIS BENÉFICA: na solução de um caso concreto deve prevalecer a norma mais benéfica para a vítima da violação dos direitos humanos.

Das categorias e Gerações de Direitos Humanos As dimensões ou gerações de DH: A doutrina menciona 3 dimensões clássicas dos DH: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. LIBERDADE: protege os direitos civis e políticos individuais (liberdade, vida e segurança); IGUALDADE: protege os direitos econômicos, sociais, culturais e trabalhistas; FRATERNIDADE: também conhecida como “princípio da solidariedade”, protege os direitos difusos como meio ambiente, consumidor e desenvolvimento.

A Classificação dos direitos humanos quanto a natureza dos mesmos restou fragmentada em dois campos que os próprios tratados internacionais criaram uma classificação: a existência de direitos civis e políticos, por um lado e de direitos econômicos, sociais e culturais por outro. Direitos Civis e Políticos: em regra são direitos relacionados à vida, liberdade e participação política dos cidadãos. Também em regra exigem uma atitude negativa dos Estados, que não podem coibir a liberdade e nem proibir a manifestação política de seus nacionais. Mas, em alguns momentos impõe aos Estados certos deveres positivos, como a promoção de eleições periódicas pelos Estados (art. 25 do PDCP).

Direitos Econômicos, Sociais e Culturais: são os denominados direitos sociais, como direito à alimentação, saúde, educação e habitação, que por sua vez, obrigam os Estados a exercerem prestações positivas, isto é, deverão proporcionar aos cidadãos serviços e bens públicos destinados ao cumprimento de condições materiais suficientes de existência. Há também prestações negativas como a não interferência no direito à sindicalização (art. 8º do PIDCP). Uma classificação tradicional dos direitos humanos é aquela que divide-os em gerações ou dimensões segundo a doutrina mais atual.

Direitos de 1º Dimensão ou Geração: nasceu nas revoluções burguesas dos séculos XVII E XVIII e envolvem os direitos de autonomia, defesa e participação, possuindo característica de distribuição de competências entre o Estado e o indivíduo. Essa geração refere-se aos direitos civis e políticos, também chamados de direitos de liberdade. As liberdades públicas negativas que buscavam a abstenção estatal, a não interferência do poder público na esfera dos interesses privados. Direitos de 2º Dimensão ou Geração: Decorrente dos movimentos sociais do século XIX e XX, demandavam um papel ativo e interventivo do Estado. Também considerados direitos prestacionais, alcançam os direitos econômicos, sociais e culturais pautados pelo direito da igualdade.

Direitos de 3º Dimensão ou Geração: São os denominados direitos de solidariedade ou direitos globais, que incluem o direito ao desenvolvimento, o direito a um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado, o direito à paz, o direito à autodeterminação dos povos e o direito de propriedade sobre o patrimônio comum da humanidade. São denominados os direitos transindividuais. Direitos de 4º Dimensão ou Geração: são os direitos decorrentes da globalização política e que correspondem à fase de institucionalização do Estado Social. Direitos dos povos. 5º Dimensão Futuro dos Indivíduos – Paz Universal. 6º Dimensão Futuro dos Indivíduos – Acesso à água.

Dimensão ou Geração de DH

Os Sistemas de Direitos Humanos

SISTEMA DE DIREITOS HUMANOS

FIM! BOM ESTUDO!

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