ApresentaçãO Leandro Valiati

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Seminário Itinerante Economia da Cultura e Desenvolvimento ApresentaçãoMesa II | Economia da cultura – uma abordagem prática Leandro ValiatiTraduzindo e descomplicando a economia / princípios e conceitos básicos de economia reconhecidos no dia-a-dia e aplicados ao campo cultural/ o papel das esferas pública e privada e à sociedade civil/ experiências de conscientização, formação e capacitação em economia da cultura, já desenvolvidas no Brasil /a inserção estratégica da economia da cultura nas políticas culturais.

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ECONOMIA DA CULTURAUma Abordagem Prática

Prof. Leandro Valiati

Economia da Cultura – uma abordagem

prática

• “Marco Polo descreve uma ponte, pedra sobre pedra: - mas qual é a pedra que sustenta a ponte? –pergunta Kublai Khan.

- A ponte não é sustentada por esta ou aquela pedra – responde Marco –mas pela curva do arco que estas formam. Kublai Khan permanece em silêncio, refletindo. Depois acrescenta: - por que falar das pedras? Só o arco me interessa.

Polo responde: - sem as pedras o arco não existiria.”

Italo Calvino, As cidades invisíveis.

Economia: uma introdução

Preço

Quantidade

Economia: uma introdução

Preço

Quantidade

Oferta

Economia: uma introdução

Preço

Quantidade

Oferta

Demanda

Economia: uma introdução

P

Q

Oferta

Demanda

Preço de equilíbrio

Quantidade de Equilíbrio

Economia: uma introdução

P

Q

Oferta

Demanda

Preço de equilíbrio

Quantidade de Equilíbrio

Forma-se o preço de mercado = equilíbrio = ponto ótimo

Economia: uma introdução

P

Q

Oferta

Demanda

Preço de equilíbrio

Quantidade de Equilíbrio

Forma-se o preço de mercado = equilíbrio = ponto socialmente ótimo

Preço # Valor

Fluxo Econômico

Fluxo EconômicoMercado de trabalho e

formação do gosto

(demanda)

Fluxo EconômicoMercado de trabalho e

formação do gosto

(demanda)

Estrutura de oferta

Fluxo EconômicoTecnologia

Mercado de trabalho e

formação do hábito

(demanda)

Insumos/valores/vantagens comparativas

Estrutura de oferta

Economia: uma introdução

A pensar

( John Maynard Keynes -Cambridge Economics

Handbooks)

• “ A teoria econômica não fornece um elenco de conclusões estabelecidas e imediatamente aplicáveis. Trata-se de um método e não de uma doutrina, de um instrumento do espírito, de uma técnica de pensamento, que ajuda aquele que o possui a tirar conclusões corretas”.

O que é Economia? Pressupostos

teóricos.

– Escassez (custos de oportunidade)

– Necessidades (primárias, secundárias,individuais e sociais)

– Equidade e Eficiência

– O bem-estar (coletivo e individual) é o foco.

O que é Economia? Pressupostos

teóricos.

– A Economia estuda a forma pela qual os indivíduos e sociedade fazem suas escolhas e tomam decisões, para que os recursos disponíveis possam satisfazer necessidades individuais e coletivas.

– O Mercado

– O individualismo metodológico

– Satisfação das necessidades: organização social em produção e consumo.

Falhas de Mercado

– São falhas de mercado:

• Monopólio e suas formas

• Economias de Escala

• Informação Imperfeita

• Bens Públicos

• Bens Meritórios

• Externalidades

• Mercados Incompletos

Falhas de Mercado: Monopólios

• Naturais – retornos crescentes à escala

• Oligopólio – poucas empresas dominam o mercado

• Oligopsônio – poucas empresas, de grande porte, são as únicas compradoras de determinado insumo

Falhas de Mercado: Mercados

Incompletos

• Ocorre quando um bem/serviço não é ofertado ainda que seu custo de produção esteja abaixo do preço que os consumidores potenciais desejariam pagar.

• Essa falha ocorre em um ambiente de incerteza, em que o setor privado prefere não assumir riscos (escassez financiamento de LP)

Assimetrias de Informação

• O mercado, por si só, não fornece dados suficientes para que os consumidores tomem suas decisões racionalmente

• A informação, enquanto bem público, favorece todos os agentes do sistema, devendo ser fornecida pelo poder público.

Falhas de Mercado: Externalidades

• Externalidades ocorrem quando as atividades de um agente econômico tem efeitos diretos ou indiretos sobre outro agente.

• A principal característica das externalidades é que há bens com os quais os agentes se importam e que não são vendidos em mercados.

• Na presença de externalidades, o preço de uma mercadoria não necessariamente reflete seu valor social

• Serão produzidos bens em quantidades excessivas (no caso das externalidades negativas) ou insuficientes (no caso das externalidades positivas

Bens públicos

• Bens públicos puros: consumo não-rival e não-excludente.

• Apesar de diferentes agentes consumirem os produtos na mesma quantidade, não necessariamente o valor atribuído a esse consumo pelos agentes é idêntico.

• A classificação de um bem como público não é absoluta: depende das condições de mercado e do estado da arte da tecnológico.

Bens públicos: questões relevantes

• Os agentes “free-rider”

• Direitos de propriedade indefinidos

• Diferentes “graus de pureza”

• Bens públicos podem ser considerados como um tipo especial de externalidade

Falhas de mercado para a cultura:

instrumentos de política pública

Preço x Valor

• Crítica heterodoxa: o valor é um fenômeno socialmente estabelecido e a determinação do valor e preços não pode deixar de observar o contexto em que ocorre.

• Preferências ordenadas não são fruto exclusivo das necessidades individuais. Deve-se levar em conta o as influências do entorno institucional e social deste intercâmbio.

• Paradoxo água x diamante: a utilidade como medida de valor

• Disposição de sacrifício e a formação do gosto,

Valor

• “ Os verdadeiros ímpios são os que conhecem o preço de tudo e o valor de nada”. Oscar Wilde

• Preço x Valor

• Preços são um meio pelo qual as economias de mercado coordenam as múltiplas valorações dos agentes de um mercado.

Valor econômico da cultura

• Mainstream – disposição de pagamento é suficiente. Fontes das preferências não são pré-definidas

• Throsby: – Valor cultural é inerente aos objetos, existindo

independentemente de como responde o consumidor. “Ditadura do gosto médio”.

– Déficit informacional distorce as preferências– Diferenciação qualitativa: o “gosto”– Dissonância entre reconhecimento de valor cultural e

capacidade de pagar– Distorções de valoração por influência de grupo– Coexistência de atividades de baixo valor cultural e alto

valor econômico e vice-versa (música clássica atonal x seriados)

O Valor Cultural

• Clifford Geertz e o “desespero” conceitual:

a) modo de vida global de um povob) legado social que o indivíduo adquire de seu grupoc) uma forma de pensar, sentir e acreditard) abstração do comportamentoe) uma teoria antropológica sobre a forma como as pessoas se relacionamf) um celeiro de aprendizagem em comumg) comportamento aprendidoh) um conjunto de orientações padronizadas sobre a vida em comumi) um conjunto de técnicas para se adaptar ao ambiente externo

Conceito referencial:

Valor associado à “teia” de significados que o próprio homem teceu

A pensar

“Considerando que a aspiração à prática cultural varia como a prática cultural e que a “necessidade cultural” reduplica à medida em que esta é satisfeita, a falta de prática éacompanhada pelo sentimento dessa privação; considerando também que, nesta matéria, a concretização da intenção depende de sua existência...”

Pierre Bourdieu

A pensar

• As necessidades de consumo cultural são dadas ou formam-se no processo de consumo ou formação de capital humano?

• Os bens culturais são iguais a qualquer tipo de bem econômico?

• Os impactos na economia das atividades culturais podem ser mensurados pela ótica tradicional?

Da importância dos indicadores ao

Oráculo de Delfos

• “Ó homem, conhece-te a ti mesmo que conhecerás os deuses e universo”

Inscrição no templo (oráculo) de Delfos atribuída aos Sete Sábios.

Bases de dados e indicadores para a

cultura

• Munic – IBGE (Suplemento Básico de Cultura)

• IPEA

• Dados sobre o mercado de trabalho – RAIS – Ministério do Trabalho

• Índice de Gestão Municipal da Cultura:

– Cuiabá ( 149,94 – 135ª ); Campo Grande (147,8 –165ª ); Goiânia (145,41 – 195ª )

• Questão: os dados disponíveis expressam a realidade?

Da importância dos indicadores

• Para operar os instrumentos da economia sobre uma realidade éfundamental conhecer essa realidade.

• Identificar condições de implantação e desenvolvimento da política cultural

• Avaliar resultados, impacto e corrigir elementos

• Identificar e superar gargalos na cadeia produtiva.

• Conferir ao setor cultural a real importância

• Ter gestão de ações cirúrgicas e por resultados, pública ou privada.

Instrumentos

i. pesquisas qualiquantitativas,

ii. análises de caráter censitário

iii. indicadores

iv. índices

A pensar: indicadores para a

cultura

A pensar: um índice

Índice de EfetividadeIE = (M) + M [(Alrf) + (Alv) + (Ali) + (Fort) + (P) + (SustC)]

IE = índice de efetividade

M = metas atingidas

Alrf = alavancagem de recursos financeiros

Alv = alavancagem de voluntários

Ali = alavancangem de instituições

Fort = fortalecimento institucional

P = percepção

SustaC = sustentabilidade cultural

Alguns dados

Pesquisa sobre equipamentos culturais (oferta) – Brasil e Centro-

Oeste

Equipamentos Culturais

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