Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 113-114

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(a) celebrar;

(b) superior;

(c) contrário;

(d) mitologia;

(e) Proposição;

(f) musas;

(g) meio;

(h) analepse;

(i) oponentes;

(j) externa;

(k) Dedicatória;

(l) oitavas;

(m) ação;

(n) História;

(o) reflexões;

(p) conselheiro.

Abre o livro nas pp. 157-159, para lembrares a estrutura de Os Lusíadas.

O trabalho é para ser feito em dupla (nas carteiras com dois colegas) ou individualmente.

Nos trabalhos em dupla, devem escrever em ambas as folhas.

Por favor, tratar os livros com os cuidados que qualquer livro merece:

Não forçar a lombada, e os cadernos, espalmando-os;

Não escrever sobre eles;Não folhear bruscamente, arriscando

rasgos;Não os besuntar com o sebo das

vossas mãos imundas e nojentas.

Não insistas demasiado em encontrar os limites das várias partes (Proposição, Invocação, Dedicatória, Narração), se não for logo evidente.

Homero, Ilíada [séc. VIII a.C.]

Aventuras de Aquiles, durante o último ano da Guerra de Tróia.

vinte e quatro cantos

Homero, Odisseia [séc. VIII a.C.]

Aventuras de Ulisses no regresso da Guerra de Tróia, até chegar a Ítaca.

vinte quatro cantos

Virgílio, Eneida [séc. I a.C.]

Aventuras de Eneias, desde a queda de Tróia até à fundação de Roma.

doze cantos

Ludovico Ariosto, Orlando Furioso [1516]

Aventuras cavaleirescas e amorosas (luta entre cristãos e mouros).

quarenta e seis cantos

Torquato Tasso, Jerusalém Libertada [1581]

Conquista da Palestina, na primeira cruzada.

vinte cantos

Kalevala [1849]

Proezas de vários heróis míticos finlandeses.

cinquenta cantos

Jerónimo Corte-Real, Sucesso do segundo cerco de Diu, 1546

Cerco de Diu; D. João de Castro.

vinte e um cantossem rimasem delimitação estróficadecassílabos

Vasco Mouzinho de Quevedo, Afonso Africano, 1611

Conquista de Arzila por Afonso V.

doze cantosoitavasdecassílabos

Gabriel Pereira de Castro, Ulisseia ou Lisboa Edificada, 1636

Lenda da fundação de Lisboa.

dez cantosoitavasdecassílabos

José Martins Rua, Pedreida. Poema heroico da liberdade portugueza, 1843

Vida e feitos de D. Pedro IV.

dez cantosoitavasdecassílabos

José Agostinho de Macedo, O Oriente, 1854

Viagem à Índia.

doze cantosoitavasdecassílabos

José Agostinho de Macedo, Newton, 1854

Newton.

quatro cantossem delimitação estróficasem rimadecassílabos

Tomás Ribeiro, D. Jayme, 1862

Rivalidades entre Portugal e Espanha.

nove cantosirregularirregular

José Agostinho de Macedo, A Creação, 1865

O Universo.

um cantooitavasdecassílabos

António José Viale, Bosquejo metrico da historia de Portugal, 1866

História de Portugal.

seis cantosoitavasdecassílabos

Augusto Bacelar, Migueleida. Poema em memoria do Senhor Dom Miguel de Bragança, 1867

Feitos de D. Miguel.

três cantosoitavasdecassílabos

Carlos Alberto Nunes, Os Brasileidas, 1938

História do Brasil.

nove cantos + um epílogosem delimitação estróficasem rimadecassílabos

Camões do Rossio [Caetano da Silva Souto-Maior], A Martinhada, séc. XVIII

«Sensualidades generosas» de Frei Martinho de Barros, confessor de el-rei.

dois cantosoitavasdecassílabos

Francisco de Paula de Figueiredo, Santarenaida, 1792

Um taberneiro e as suas aventuras entre Baco (vinho) e Neptuno (água).

oito cantos

[nem sempre oitavas]

decassílabos

António Diniz da Cruz e Silva, O Hyssope, 1808

Uma questão de cerimonial entre o bispo de Elvas e o deão da respectiva Sé.

oito cantos

não há estrofes regulares

decassílabos

João Jorge de Carvalho, Gaticanea ou cruelissima guerra entre os cães e os gatos [...], 1816

Guerra entre cães e gatos, em Mafra.

quatro cantos

sem regularidade estrófica

decassílabos

[Nuno Pato Moniz], Agostinheida, 1817

Vida e feitos do Padre José Agostinho de Macedo, grande inimigo do autor.

nove cantos

sem delimitação estrófica

decassílabos

J. M. P. [Camilo Aureliano Silva e Sousa], Os Ratos da Alfandega de Pantana, 1849

Irregularidades na administração na alfândega do Porto.

oito cantos

oitavas

decassílabos

A Revolução, 1850

«Golpe de estado» em 1846.

seis cantos

oitavas

decassílabos

Alexandre de Almeida Garrett, As Viagens a Leixões ou a Troca das Nereidas, 1855

Crítica de costumes no Porto.

doze cantos

quadras

heptassílabos

Francisco de Almeida, Os Lusiadas do seculo XIX, 1865

Acontecimentos políticos em Portugal, no século XIX.

cinco cantos

oitavas

decassílabos

Manuel Roussado, Roberto, 1867

Paródia a D. Jayme, de Tomaz Ribeiro.

nove cantos

variável

variável

Quatro estudantes de Evora, Parodia ao primeiro canto dos Lusiadas de Camões, 1880

Bebedice de alguns eborenses.

um canto

oitavas

decassílabos

Pedro de Azevedo Tojal, Foguetario, 1904

Fogo de artifício por um cónego, por alturas dos esponsais de D. José e Mariana Vitória.

seis cantos

oitavas

decassílabos

Marco António, Republicaniadas, 1913

Peripécias no início da República.

quatro cantos

oitavas

decassílabos

Um velho tripeiro, «A Carrileida». Poema épico-commercial, 1917

Decadência da Companhia Carris do Porto.

cinco cantos

oitavas

decassílabos

Octávio de Medeiros, Affonseida, 1925

Afonso Costa.

seis cantos

oitavas

decassílabos

Padre Ângelo do Carmo Minhava, Cabrilíada, 1947

Uma viagem ao Cabril.

três cantos

oitavas

decassílabos

Amândio Vilares, Portuscale, s.d.

Serviço militar em África.

dez cantos

décimas

decassílabos

p. 195

Lusíadas (Anaquim)

Este é o nosso triste fadoDo vamos andando e do pobre coitadoVelha canção em que a culpa é do estadoPor ser o espelho do reinado

E a história por mais do que uma vezFoi mais cruel que a de Pedro e InêsLevou-nos o que tanta falta nos fezSem deixar razões ou porquês

Temos fuga ao fisco, estradas de alto riscoTemos valiosos costumes e tradiçõesQue eu não percebo, se nos maldizemos, quais as razões?

Temos chico-espertos, burlas e protestosTemos tantos motivos p’ra sorrirQue eu nem imagino qual será a desculpa

que vem a seguir…

Gosto tanto deste paísSó não entendo o que o faz felizSe é rir da miséria de outros quando a vemosOu chorar da nossa própria quando a temos

Gosto tanto deste paísSó não entendo quando ele se dizSenhor de um futuro maturo, duro, mas seguroE eu juro que ainda não o vi

Os queixumes, sei-os de corEndereçados, a Nosso SenhorIntercalados, com suspiro ou dorDe um bom sofredor.

Dentro de momentos, seguem-se os lamentosNão há dinheiro p’rós medicamentosNão há dinheiro p’ra tanto sustentoTão longe vão outros tempos.

Gosto tanto deste paísSó não entendo o que o faz felizSe é rir da miséria de outros quando a vemosOu chorar da nossa própria quando a temos

Gosto tanto deste paísSó não entendo quando ele se dizSenhor de um futuro maturo, duro mas seguroEu juro que ainda não o vi.

TPC — Prepara leitura em voz alta das três estâncias de Os Lusíadas na p. 161, bem como das quatro estâncias na p. 164. (Para conseguires leitura razoável, não chegará reconheceres as estrofes pouco antes da aula. Pretende-se uma leitura profissional.)

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