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MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2018
«Porque se multiplicará a iniquidade,
vai resfriar o amor de muitos» (Mt 24, 12)
Amados irmãos e irmãs!
Mais uma vez vamos encontrar-nos com a Páscoa do Senhor! Todos os anos,
com a finalidade de nos preparar para ela, Deus na sua providência oferece-
nos a Quaresma, «sinal sacramental da nossa conversão», que anuncia e tor-
na possível voltar ao Senhor de todo o coração e com toda a nossa vida.
Com a presente mensagem desejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a
viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me ins-
pirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no evangelho de Mateus:
«Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos» (24, 12).
Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pronunciado em
Jerusalém, no Monte das Oliveiras, precisamente onde terá início a paixão do
Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discípulos, Jesus anuncia uma
grande tribulação e descreve a situação em que poderia encontrar-se a co-
munidade dos crentes: à vista de fenómenos espaventosos, alguns falsos pro-
fetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar-se, nos corações, o
amor que é o centro de todo o Evangelho.
Convido, sobretudo os membros da Igreja, a empreender com ardor o cami-
nho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes
parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração
de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a
amar.
Boletim nº 195 Março 2018
CENACULOS DE ORAÇÃO MISSIONÁRIA
Ofertas dos COM
Agradecemos o envio das ofertas do Cenáculo de Silveiros-Barcelos (17
euros).
Viseu
«Foi em 1993 que no 1º grupo C.O.M, nascido em Viseu, fizemos a pro-posta de nos empenharmos também por angariar algumas ofertas para ajudar as missões mais carenciadas. O grupo aceitou e, pouco depois, outros grupos também aderiram e de-
cidimos então que as ofertas colhidas fossem enviadas pela Páscoa e Na-
tal (oferta pascal e oferta natalícia) para alguns missionários em países
de além-fronteiras e, desde então, temos conseguido anualmente ser
fiéis ao compromisso assumido em 1993.
Assim durante o ano de 2017, para além dos projetos missionários e re-
colha de géneros alimentares, também colhemos ofertas no valor de
1.510 euros que foram enviados às missões carenciadas de além-
fronteiras.
Agradecidos por toda a vossa ajuda, suplicamos a Deus todas as graças
necessárias para a vossa vida e vamos em frente, animados como bons
cristãos nesta missão que Deus nos confiou».
Maria da Ascensão, MSC.
Para obter mais informações dirija-se à coordenadora nacional ou às secretarias das
casas dos Missionários Combonianos mais próximas: Famalicão: 252322436/ P. Alberto
Vieira 917 781438 ; Maia:- 229448317/ P. Dário 966209177 e Ir. Valentim 967838001; Viseu -
232422834/ P. José Francisco: 915104136; Santarém: - 243 351 331 / P. Victor; Camarate: -
216 075 214 / P. Boaventura 918786459; 965832113; Lisboa - 213 955 286 / P. Claudino:
913444107; Calvão: - 234783391 ; e Coordenadora Nacional: Liliane Mendonça: 964422823;
liliane.mendonca@gmail.com.
Ocasião propícia será, também este ano, a iniciativa «24 horas para o
Senhor», que convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num
contexto de adoração eucarística. Em 2018, aquela terá lugar nos dias 9
e 10 de março – uma sexta-feira e um sábado –, inspirando -se nestas
palavras do Salmo 130: «Em Ti, encontramos o perdão» (v. 4). Em cada
diocese, pelo menos uma igreja ficará aberta durante 24 horas consecu-
tivas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramen-
tal.
Na noite de Páscoa, reviveremos o sugestivo rito de acender o círio pas-
cal: a luz, tirada do «lume novo», pouco a pouco expulsará a escuridão e
iluminará a assembleia litúrgica. «A luz de Cristo, gloriosamente ressusci-
tado, nos dissipe as trevas do coração e do espírito», para que todos
possamos reviver a experiência dos discípulos de Emaús: ouvir a palavra
do Senhor e alimentar-nos do Pão Eucarístico permitirá que o nosso co-
ração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor.
Abençoo-vos de coração e rezo por vós. Não vos esqueçais de rezar por
mim.
Francisco
https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/lent/documents/papa-
francesco_20171101_messaggio-quaresima2018.html
SÍNTESE DA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL DO PAPA FRANCISCO
AMORIS LAETITIA SOBRE O AMOR NA FAMÍLIA
“Amoris laetitia” (AL - “A alegria do amor”), a Exortação apostólica pós-
sinodal “sobre o amor na família”, datada, não por acaso, de 19 de mar-
ço, Solenidade de S. José, recolhe os resultados de dois Sínodos sobre a
família convocados pelo Papa Francisco em 2014 e 2015, cujos Relatórios
conclusivos são abundantemente citados, juntamente com documentos
e ensinamentos dos seus predecessores e as numerosas catequeses so-
bre a família do próprio Papa Francisco.
Contudo, como já sucedeu noutros documentos magisteriais, o Papa re-
corre também a contributos de diversas Conferências episcopais de todo
o mundo (Quénia, Austrália, Argentina...) e a citações de personalidades
de relevo, como Martin Luther King ou Erich Fromm. Ressalta em parti-
cular uma citação do filme “A Festa de Babette”, que o Papa recorda pa-
ra explicar o conceito de gratuitidade.
A Exortação apostólica chama a atenção pela sua amplitude e articula-
ção. Está dividida em nove capítulos e mais de 300 parágrafos. Tem iní-
cio com sete parágrafos introdutórios que evidenciam a plena consciên-
cia da complexidade do tema, que requer ser aprofundado. Afirma-se
que as intervenções dos Padres no Sínodo constituíram um «precioso
poliedro» (AL 4) que deve ser preservado. Neste sentido, o Papa escreve
que «nem todas as discussões doutrinais, morais ou pastorais devem ser
resolvidas através de intervenções magisteriais». Por conseguinte, para
algumas questões «em cada país ou região, é possível buscar soluções
mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios locais. De facto,
“as culturas são muito diferentes entre si e cada princípio geral (...), se
quiser ser observado e aplicado, precisa de ser inculturado”» (AL 3). Este
princípio de inculturação revela-se como muito importante até no modo
de articular e compreender os problemas, modo esse que, sem entrar
nas questões dogmáticas bem definidas pelo Magistério da Igreja, não
pode ser «globalizado».
Mas sobretudo o Papa afirma de imediato e com clareza que é necessá-
rio sair da estéril contraposição entre a ânsia de mudança e a aplicação
pura e simples de normas abstratas. Assim declara: «Os debates, que
têm lugar nos meios de comunicação ou em publicações e mesmo entre
ministros da Igreja, estendem-se desde o desejo desenfreado de mudar
tudo sem suficiente reflexão ou fundamentação até à atitude que pre-
tende resolver tudo através da aplicação de normas gerais ou deduzindo
conclusões excessivas de algumas reflexões teológicas» (AL 2).
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