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RELATÓRIO DE AUDITORIA
MANEJO FLORESTAL – PRINCÍPIOS, CRITÉRIOS E INDICADORES
PARA PLANTAÇÕES FLORESTAIS.
PADRÃO NORMATIVO: NBR 14.789: 2007 - CERFLOR
EMPRESA AUDITADA: ASPEX- Associação dos Produtores de Eucalipto do
Extremo Sul da Bahia
ESCOPO DE CERTIFICAÇÃO:
“Manejo de Florestas plantadas nos municípios de: Belmonte Porto Seguro,
Santa Cruz de Cabrália, Itabela, Mascote, Itagimirim , Guaratinga e Eunápolis”.
Data : 08 a 11/10/2012
AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO
Programa de Produtor Florestal (PPF) Grupo 4
ANTONIO DE OLIVEIRA Auditor Líder
Bureau Veritas Certification
Praça Pio X, 17 – 8o andar
RIO DE JANEIRO/RJ – BRASIL
2
SUMÁRIO
1 INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................................. 10
1.1 Histórico da organização ................................................................................................... 10
1.2 Contatos na Organização para o processo de Certificação ............................................... 12
1.4 Localização e Distribuição de Terras de Florestas Plantadas ............................................ 13
1.5 Distribuição de Florestas Plantadas e Áreas Naturais ....................................................... 14
2. Manejo Florestal ..................................................................................................................... 15
2.1 Características Regionais................................................................................................... 18
2.1.1. Biomas e Ecossistemas presentes ............................................................................. 19
2.1.2 Geologia e Solo ........................................................................................................... 21
2.1.3 Clima ........................................................................................................................... 22
2.1.4 Recursos Hídricos Disponíveis .................................................................................... 22
2.1.5 Unidades de Conservação e Locais de Interesse Comunitário................................... 23
2.1.6 Perfil e Condições Sócio-econômicas das Áreas adjacentes ...................................... 23
2.1.7 Construção e Manutenção de Estradas ..................................................................... 23
2.1.8 Identificação de Vestígios Arqueológicos e Paleontológicos ..................................... 24
3-PROCESSO DE AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 25
3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação ..................................................... 25
3.2. Identificação do OCF – Organismo de Certificação .......................................................... 27
3.3. Responsável pelo OCF ...................................................................................................... 28
3.4. Descrição do Processo de Auditoria ................................................................................. 28
3.4.1 Definição da Equipe de Auditoria ............................................................................... 29
3.4.2. Planejamento de Reuniões Públicas ......................................................................... 29
3.4.3 Planejamento e Realização da Auditoria.................................................................... 30
3
3.5 Relatório Detalhado .......................................................................................................... 33
3.5.1. Resultado da Avaliação dos Princípios e Critérios Cerflor – Manejo Florestal ......... 46
3.5.2. Relatório Detalhado – Evidências da Equipe de Auditoria ........................................ 50
3.5.3. Lista de pessoal auditado durante toda a auditoria: .............................................. 121
3.6 Não Conformidades Registradas ..................................................................................... 122
3.7. Oportunidades de Melhoria e Observações Registradas ............................................... 131
4. Consulta aos órgãos públicos ................................................................................................ 133
4.1 Reuniões Públicas ............................................................................................................ 134
4.1.1 Planejamento, Objetivo e Realização de Reuniões Públicas .................................... 134
4.1.2 Entidades e pessoas contatadas .............................................................................. 136
4.1.3 Relação dos Participantes nas Reuniões Públicas .................................................... 136
4.1.4 Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte da Empresa e
parecer Bureau Veritas Certification. ................................................................................ 136
5. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 136
6. CONCLUSÃO FINAL ................................................................................................................ 139
7. ANEXOS ................................................................................................................................. 140
7.1. ANEXO I: Carta Convite de Reunião Pública e Questionário enviado às partes
interessadas .......................................................................................................................... 140
7.2. ANEXO II: Pareceres de revisores técnicos ..................................................................... 140
7.3-OUTROS ANEXO .............................................................................................................. 140
4
RESUMO
O Bureau Veritas Certification (BVC) é um organismo de certificação
reconhecido pelo INMETRO, que atua como organismo acreditador e é
atualmente responsável por executar os procedimentos de auditorias anuais
pelos próximos 05 anos na empresa ASPEX- Associação dos Produtores de
Eucalipto no Extremo Sul da Bahia. Essas auditorias são feitas para avaliar
as atividades relacionadas à gestão florestal ,de acordo com os Princípios
e Critérios do CERFLOR, NBR 14.789/2007.
A empresa ASPEX - Associação dos Produtores de Eucalipto no
Extremo Sul da Bahia,congrega todos produtores vinculados ao Programa
Florestal da VERACEL.Este programa está baseado na prática de plantio
de florestas em parceria com a VERACEL, para suprimento de parte da
demanda de sua fábrica, o que representa uma nova oportunidade de
agronegócio na região. Numa primeira etapa de certificação houve a
certificação do grupo 1 composto pelos produtores Antonio José Elias e
esposa, Iêdo J. Menezes e Elias J. Elias, José Nivaldo Pianizoli e esposa,
Carlos Alberto Mantovani e esposa, Antônio Gimenez dos Santos,Carlos
Renato Pinto Viana, Almir Santos Gigante,Rubens Jacinto Baioco/Israel
Eduardo Baioco, Armando Rodrigues Gomes, Celcemy Manoel Andrade e
esposa, A ldir Maria Grillo Bortot,Arlindo Tedesco e esposa,Gilberto Lopes
de Jesus e Maria Madalena Araújo de Jesus,Ronaldo Athayde da Cunha
Peixoto e esposa, Alzimery Lima Vieira Cruz e Arlindo Tedesco e esposa.
Numa segunda etapa,optou-se por certificar o grupo composto por 11
produtores florestais, abaixo nominados já devidamente certificados pelo
Bureau Veritas Certification.
O grupo 2 compõe-se dos seguintes produtores:Arlindo Tedesco e
esposa, Tarsila B. Sartório, Ronaldo Peixoto e outros,Vera Ivone, João
5
Batista Almeida, Diego Pires Brito e outra, Laurito Rigoni, Arquilino Canal,
Regina Tavares Picoli e João Hornóbio Campo Dall’forto.
Em outro grupo ,o G3, certificou-se através de ampliação de escopo,
certificou-se mais 12 produtores florestais com uma área total auditada de
3.627,18 há, com uma área de efetivo plantio de 1.695,69 há.
O grupo 3 compõe-se dos produtores: Instituto Educacional de Porto
Seguro Ltda, José Nivaldo Pianizzolli e esposa, Edmar Gilberto Lembrance
e Antonio Vitor Lembrance, João Batista Almeida, Giovani Lazzarini Grippa,
Melfi Patrimonial, Delcina Pereira Santos, Ângelo Gabriel Sperandio, Laert
Grassi(Ruberci Casagrande e outros), Meta Agropecuária Ltda e Aldo
Ronconi.
Por meio deste Programa Produtor Florestal, a VERACEL fornece, como
incentivo, mudas, formicidas, fertilizantes e assistência técnica ao
empreendimento. E quando necessário para o custeio das florestas, a
empresa realiza um adiantamento financeiro, o qual é atualizado ao fim do
contrato de compra e venda da madeira.
Na página seguinte enumeramos os componentes do grupo 4, objeto desta
auditoria de certificação.
6
ITEM
Nº PPF Nome do Produtor Nome da(s) Fazenda(s) Município Total
Imóvel (ha)
1 002 Ademir Milanezi Conjunto Estrela Santa C. Cabrália
525,71
2 004 Ronaldo do Espirito Santo e
outros Conj. Oiteiro Córrego Grande/ Duas Barras
Belmonte 623,39
3 020 Paulo Koji e outros Águas Claras do Oeste Itabela 234,24
4 025 Espólio Carlos Cesar e Silva São Jorge Eunápolis 542,46
5 029 Erton Sanchez e esposa Pouso Alegre/ Esperança/
Dois Irmãos/Monte Dourado Eunápolis 532,21
6 034 Nilo Orlando Gracindo
Montenegro Araxá e Araxá III Itagimirim 444,65
7 051 Gervásio Schimith Bergue Santo Antonio da Água
Branca Itabela 386,44
8
053 Maria Thereza Paier São Jorge Itabela 941,48
9 063 Leonardo Loureiro Fernandes Ribeirãozinho Itagimirim 155,95
10 064 José Henrique Alves Lírio dos vales Santa C. Cabrália
41,29
11
065 Erton Sesquim Sanchez São Pedro A Eunápolis 265,93
12 070 Gilmar Antonio Bertoldi Santo Antonio Itabela 745,79
13 071 Joel Santos Passos Santa Cecília Eunápolis 81,77
14 072 Fábio Loureiro Souto Boa Esperança Belmonte 134,14
15 073 Fábio Loureiro Souto Nova Floresta Belmonte 100,80
8
16 074 Fábio Loureiro Souto Santa Helena Belmonte 49,47
17 077 Antonio José Elias Genebra II Santa C. Cabrália
320,85
18 078 Arley Francisco Vercovi Faz. Mariquinha Mascote 1.111,45
19 079 Leonardo Seixas Matos Minadouro Belmonte 113,25
20 081 Flamarion Souza Matos Santa Maria Belmonte 125,58
21 082 Zanini Florestal Ltda Vencedora Belmonte 348,17
22 083 Gustavo Zanandrea Nova Esperança Itabela 233,76
23 084 Erlette Gambarini Arizona Itabela 311,99
24 087 Zanini Florestal Ltda Natividade Mascote 960,47
25 090 Adler Lopes Neiva Fazenda Santa Clara (A Belmonte 257,35
26 091 Zanini Florestal Ltda Conjunto Recanto Mascote 119,20
27 092 Leonardo Seixas matos Conjunto Recanto Belmonte 121,59
28 095 Jair Passamani São João do Paraíso Itagimirim 1.047,04
29 110 Melfi Patrimonial Ltda Relíquia Eunápolis 236,43
30 056/12
8 Aroldo José Mariano Juliana Itabela 269,45
31 058/08
8
Paraiso Verde Agropecuária Ltda.
Boa Vista/ Conj. Hosanan / Urucan
Itagimirim 1.269,61
As auditorias feitas pelos auditores do Bureau Veritas certification
durante os dias 08 a 11 de outubro de 2012, basearam-se na adaptação do
Padrão Normativo NBR 14.789:2007 – Manejo Florestal –Princípios,
critérios e indicadores para plantações florestais, conhecido como
CERFLOR, elaborado pela ABNT - Associação Brasileira de Normas
Técnicas.
A equipe de auditoria avaliou todos os requisitos do padrão e constatou
que a empresa ASPEX – Associação dos Produtores de Eucalipto do
Extremo Sul da Bahia atende às exigências em suas unidades de gestão.
Apesar de 6 (seis) não conformidades encontradas, todas menores,13
(treze) observações levantadas,bem como 3 (tres) oportunidades de
melhorias, o sistema de gestão está implementado de forma adequada nas
áreas cobertas pelo escopo do certificado. Assim a ASPEX –Associação
dos Produtores de Eucaliptos do Extremo Sul da Bahia, está dispensada de
até o final da primeira etapa de auditoria para apresentar as ações
corretivas.
Este relatório apresenta as observações dos auditores coletadas durante
as avaliações de campo, bem como os resultados da consulta pública.
10
1 INFORMAÇÕES GERAIS
1.1 Histórico da organização
Associação dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da Bahia -
ASPEX
Tendo em vista o aumento da atividade de produção de florestas
plantadas de eucalipto na região do extremo sul da Bahia, os produtores
florestais da região, perceberam a necessidade de se organizar em grupo, de
modo a compartilhar conhecimento, melhores práticas para a atividade, além
de fortalecer o mercado madeireiro da região.
Dentro deste contexto surge a ASPEX - Associação dos Produtores de
Eucalipto do Extremo Sul da Bahia - fundada em 26/08/2006, com sede no
município de Eunápolis /BA. Atualmente a associação reúne 50 associados,
todos os produtores de eucalipto da região, sendo estes plantios particulares
ou vinculados a indústrias.
Como missão, a Associação busca atuar no agronegócio do Extremo Sul
da Bahia, pautados no profissionalismo e embasados no tripé da
sustentabilidade. Portanto, os produtores associados praticam a atividade rural
por meio de processos socialmente justos, ambientalmente adequados e
economicamente viáveis, posto que compete à ASPEX atender aos interesses
econômicos de seus associados.
Sobre a estrutura da associação, temos que a ASPEX conta com uma
diretoria composta por seis membros (presidente, vice-presidente, dois
secretários e dois tesoureiros) e um conselho deliberativo composto por 07
(sete) membros.
Segue abaixo a atual composição da diretoria e conselho deliberativo
11
DIRETORIA BIÊNIO 2012-2014
CARGO NOME
Presidente Gleyson Araújo de Jesus
Vice-Presidente Albert Franco Sartório
1° Secretário Paulo Koji Eizuka
2° Secretário Erton Sesquin Sanches
1° Tesoureiro Érico Bittencourt Shigeto
2° Tesoureiro José Nivaldo Pianizoli
CONSELHO DELIBERATIVO
PERIODO CONSELHO NOME
6 ANOS
1° Posição Armando Rodrigues Gomes
2° Posição Antônio Costa Cruz
3° Posição Celsemy Manoel Andrade
3 ANOS
4° Posição Flamarion Souza Matos
5° Posição Ademir Milanezi
6° Posição Jair Passamani
7° Posição Robson de Andrade Costa
Com esta base e com as experiências absorvidas por seus associados a
Associação percebeu a necessidade de adotar alguns valores para melhoria da
atividade individual. Assim surgiram os compromissos da ASPEX, os quais
pautam a atuação de seus associados:
Crença no associativismo
Contribuição ao desenvolvimento sustentável regional
Valorização da atividade rural
Desenvolvimento das pessoas
Competitividade e produtividade das propriedades rurais
Responsabilidade socioambiental
Respeito às instituições
12
Para assegurar a incorporação destes valores, a ASPEX desenvolve ações
para que todos os seus associados incorporem princípios e critérios de
certificações florestais. Neste sentido, no ano de 2010 a ASPEX iniciou um
processo de adequação e aprimoramento das técnicas de manejo florestal
aplicadas por seus associados, o que resultou na formação do 1º grupo de
produtores que voluntariamente se submeteram a um processo de auditoria
para certificação florestal, o que ocorreu no ano de 2011.
Cominado ao processo de aprimoramento das técnicas de seus associados,
a ASPEX também se percebe um integrante das comunidades em que atua,
portanto, de acordo com os padrões de Responsabilidade Social, a associação
vem realizando ações sociais de cunho educacional, capacitação profissional e
de saúde, buscando contribuir com a região em que opera. Além disso, a
ASPEX busca interagir com as demais organizações do setor, fazendo parte,
inclusive, da câmara setorial florestal, fórum florestal da Bahia, entre outros.
Tendo sido esta uma experiência de diversos ganhos e aprendizados para
associação e seus associados, a ASPEX tem por objetivo garantir a
certificação da totalidade dos produtores florestais associados, mantendo
assim o seu objetivo de aplicar as melhoras práticas de manejo florestal em
suas áreas, reafirmando o fato de que a ASPEX, prioriza o conceito de
sustentabilidade não de forma isolada, mas em conjunto com a importância do
Associativismo e valorização da atividade rural.
1.2 Contatos na Organização para o processo de Certificação
Luiz Tápia – Coordenador de Sistema de Gestão Florestal
E-mail:Luiz.tapia@veracel.com.br
Rua Floriano Peixoto 266-
Município :Eunápolis BA
Fone: + 55 73 3166-808
13
1.3 Localização e Distribuição de Terras de Florestas Plantadas
14
1.5 Distribuição de Florestas Plantadas e Áreas Naturais
Área total auditada no grupo 4 é de: 12.055,94 ha, que somados aos grupos
anteriores, (Grupo 3=3.627,18 há ,Grupo 2 = 6.552 há e Grupo 1 = 5.838,94
há ) que atualmente totalizam uma área auditada de 28.074,06 ha
Áreas de Manejo Florestal: grupo 4 = 5.120,73 há , que somados aos grupos
anteriores,( Grupo 3=1.695,69 há,Grupo 2=3.075,00 há e Grupo 1=2.651,41
há) que atualmente totalizam uma área total de manejo florestal de 12.542,83
há de efetivo plantio
1.5.1 Plantios particulares(NÃO SÃO OBJETO DESTA CERTIFICAÇÃO)
Reconhecendo no plantio de eucalipto uma alternativa atraente para a
ocupação do imóvel rural, alguns dos Produtores Florestais Integrados – G4
decidiram ampliar a área com esta cultura realizando plantios particulares de
eucalipto em áreas classificadas como de outros usos de suas propriedades.
Estes plantios não fazem parte do Programa Produtor Florestal da Veracel
Celulose S.A, de forma que constituem uma fonte de madeira para o comércio
regional. Entretanto, são áreas que foram consideradas fora do escopo da
certificação, identificadas através de memorial descritivo dos plantios no mapa
dos imóveis.
O manejo destas áreas é de responsabilidade exclusiva do produtor
florestale visando manter os padrões do manejo das demais áreas da
propriedade, o produtor respeita em todas as atividades realizadas nestes
plantios particulares os princípios e critérios das certificações FSC® e
CERFLOR. A localização destas áreas pode ser observada nos mapas de
PTEAS de cada propriedade.
15
Tabela 13 –Áreas com plantio particular de eucalipto situadas nas propriedades dos
Produtores Florestais Integrados – G4
Nº PPF Nome do Produtor Nome da(s) Fazenda(s) Município
Área de plantio
particular de
eucalipto (ha)
004 Ronaldo do Espirito Santo e
outros
Conj. Oiteiro Córrego
Grande/ Duas
Barras/Santa Luzia
Belmonte 3,65
064 José Henrique Alves Lírio dos vales Santa C. Cabrália 13,50
072 Fábio Loureiro Souto Boa Esperança Belmonte 0,52
073 Fábio Loureiro Souto Nova Floresta Belmonte 5,79
078 Arley Francisco Vercovi Mariquinha Mascote 25,04
079 Leonardo Seixas matos Minadouro Belmonte 24,22
081 Flamarion Souza Matos Santa Maria Belmonte 37,30
082 Zanini Florestal Ltda Vencedora Belmonte 25,72
087 Zanini Florestal Ltda Natividade Mascote 4,24
091 Zanini Florestal Ltda Conjunto Recanto Mascote 23,53
092 Leonardo Seixas Matos Vencedora Belmonte 18,04
2. Manejo Florestal
Descrição das Áreas Manejadas e seus Processos
Os plantios de eucalipto dos Produtores Florestais estão localizados
num polígono de aproximadamente dois milhões de hectares entre os paralelos
15° 20´ S e 17° 20´ S e os meridianos 39◦ 00´ W e 40° 00° W. As propriedades
16
estão inseridas em 06(seis) municípios do Estado da Bahia e a distância média
da Fábrica da VERACEL é de 50 Km.
Os plantios da floresta de eucaliptos dos produtores florestais são
originários de clones fornecidos pela VERACEL, obtidos do cruzamento de
Eucaliptus grandis com Eucaliptus urophyla, recebendo a denominação de
urograndis.
A técnica utilizada para a implantação de eucalipto é a de cultivo
mínimo, isto minimiza a interferência na estrutura do solo, somente removendo
a estrutura na linha de plantio.
Sistematicamente em cada plantio realiza-se uma análise de solo,
visando recompor /adicionar os nutrientes apontados como necessários ou
faltantes para o cultivo de eucalipto.
Após o plantio, são iniciadas as atividades de manutenção do primeiro
ano, incluindo a manutenção de combate a formiga e capinas tanto na linha
como na área, (entrelinha) e adubação de cobertura (que normalmente ocorre
aos seis meses após o plantio).
Após o primeiro ano temos o período de manutenção da floresta, que
acompanha o tempo de desenvolvimento da floresta até o final do ciclo, quando
ocorre a colheita.
Neste período ocorre o repasse/combate as formigas cortadeiras,
manutenção dos aceiros/estradas, sendo que operações são geridas pela
empresa VERACEL e executadas por seus prestadores de serviços, sendo
empresas qualificadas e constantes do seu cadastro, a quem também prestam
serviços.
O período médio e desejável da rotação/ciclo das florestas é o período
de sete anos, mas dependendo das necessidades ao manejo florestal do
consumidor ( neste caso a VERACEL), este período pode oscilar entre seis e
nove anos.
17
Executada a colheita deste primeiro ciclo, estas plantações podem ser
manejadas através de regime de talhadia (conduzindo-se a brotação) ou a
simples reforma, baseando-se nos dados resultantes da avaliação do inventário
pré-corte e outras informações relevantes, constantes do plano de manejo
florestal.
Este plano de manejo florestal apóia-se no inventário florestal contínuo
realizado em cada produtor florestal, que tem por objetivo construir modelos
matemáticos capazes de estimar o volume de madeira para o futuro.
A produtividade média dos plantios dos Produtores Florestais, tido como
amostragem é de 42,87 m³/há/ano (sem casca) perfazendo o volume de 329,60
m³sc/ha aos sete anos e sete meses de idade.
O manejo contempla o desenvolvimento das atividades operacionais de
produção de mudas, reflorestamento e colheita florestal, bem como as
atividades florestais de suporte como inventário e planejamento florestal,
Geoprocessamento, pesquisa e desenvolvimento florestal (melhoramento
florestal, solos e manejo, biotecnologia, proteção florestal e meio ambiente)
O PTEAS- Projeto Técnico, Econômico, Ambiental e Social: é o
procedimento aplicável ao Produtor Florestal, que estabelece e ordena as
operações para cada talhão, indicando o manejo da floresta para cada Produtor
Florestal, estimativas de produtividade e rendimentos operacionais, bem como
levantamento dos impactos a ações mitigadoras para as questões sociais e
ambientais, como também orientar as operações florestais.
A prevenção e combate a incêndios florestais se vale da estrutura de
torres e organizacional da VERACEL.
A sistemática de combate a pragas e doenças nas florestas dos
Produtores Florestais é realizada através dos procedimentos de combate
integrado de pragas e doenças da VERACEL.
Situação Fundiária
18
Os Produtores Florestais da ASPEX possuem, para todas as suas
propriedades, matrículas imobiliárias devidamente registradas nos cartórios de
registros de imóveis dos municípios em que possui suas terras.
As áreas manejadas pela ASPEX , neste grupo objeto de ampliação de
escopo , denominado de grupo 4 compõem se de 31 Produtores Florestais
As averbações das reservas legais estão sendo tratada de acordo com a
legislação pertinente, obedecendo às premissas do órgão competente.
2.1 Características Regionais
O descobrimento do Brasil, no século XVI, aconteceu no sul da Bahia.
A colonização começou com a instalação de entrepostos comerciais, no litoral,
por onde eram embarcados os produtos originados da floresta, entre eles, o
pau-brasil.
Em contrapartida, os navios aportavam descarregando mudas de cana
de açúcar, contrabalançando a exportação de madeiras nobres, em troca do
algodão, do cacau e do café.
No século XIX, houve a consolidação da cultura do cacau, mas no
século XX, começou o declínio da atividade, em função da baixa produtividade
e violenta onda de pragas e doenças.
No século passado, com a demanda da utilização de maneira predatória
das madeiras nobres da Mata Atlântica, fez com que este bioma sofresse uma
violenta degradação, praticamente exaurindo os remanescentes da Mata
Atlântica, cujo pico se deu entre 1960 e 1970.
Sem alternativa de renda na região, iniciou-se uma pecuária extensiva e
de maneira predatória e os poucos remanescentes de Mata Atlântica foram
substituídos, por imensos campos com pastagens nativas de baixa
rentabilidade, fazendas com queimas sistemáticas para renovação das
pastagens.
19
2.1.1. Biomas e Ecossistemas presentes
As unidades de manejo florestal da ASPEX localizam-se em zona de
domínio da Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) ou transição dos biomas
brasileiros, cerrado e mata atlântica, segundo o mapa da vegetação brasileira
do IBGE.
A região possui várias unidades de conservação destacando-se o
Parque Nacional de Monte Pascoal, a Estação Ecológica do Pau Brasil, o
Parque Nacional do Pau Brasil e Parque Nacional do Descobrimento na esfera
do poder pública.
No tocante a reservas particulares destaca-se Reserva Particular do
Patrimônio Natural RPPN –Estação Veracel.
Caracterização da Vegetação
A Estação Veracel é um dos remanescentes mais bem conservados e
que expressa à diversidade da flora existente na região, onde foram realizados
levantamentos para caracterização de espécies existentes em sua área de
influência. Nesta Estação ocorrem várias espécies raras e ameaçadas de
extinção, como o pau Brasil (Caesalpinia echinata), o jacarandá da Bahia
(Dalbergia nigra) e a maçaranduba (Manikara subcericea), além de uma grande
variedade de orquídeas e filodendros., palmeiras e bromélias
De acordo com a predominância de características do ambiente físico,
ocorre a distinção dos ecossistemas associados a estes biomas, a exemplo
das matas ciliares e florestas riparias. A disposição dos fragmentos florestais
existentes nas unidades de manejo florestal ocorre nos mapas localizados na
intranet. Neles estão dispostas as áreas de preservação permanente e reserva
legal da empresa.
Caracterização da Fauna:
Considerando a alta diversidade da fauna característica da área do
Corredor Central da Mata Atlântica, a Estação Veracel tem demonstrado em
seus levantamentos faunísticos grande representatividade e riqueza de
espécies. São cerca de 350 espécies de vertebrados já catalogados de
20
interesse para a conservação, sejam elas espécies raras, ameaçadas,
endêmicas ou até mesmo novas espécies.
Aves:
A área de influência dos Produtores Florestais apresenta uma grande
diversidade de aves, predominando as espécies típicas de ambientes florestais,
como a araponga (Procnias nudicolis), o papagaio-chauá (Amazona
rhodocorytha), o gavião-sovi (Ictinea plumbea) entre outras.
Ocorrem espécies de aves que se fixam somente nas mussunungas,
como o caso da patativa (Sporophila leucoptera) e da tesourinha-do-campo
(Tyrannus savana). Outras espécies como o dançador-de-cabeça-encarnada
(Pripa rubrocapila), dançador-de-cabeça-branca (Pipra pipra) e o tangará-
rajado (Machaeropterus regulus), preferem exclusivamente a vegetação mais
úmida das galerias.
Existem ainda espécies restritas aos brejos, como a andorinha-do-rio
(Tachycineta albiventris) e a saracura-lisa (Amaurolimnas concolor). Merece
destaque a ocorrência de espécies raras como o anambé-azul (Cotinga
maculata), o escarro (Xipholena atropurpurea) e o beija-florcanela (Ramphodon
dohrnii).
Mamíferos:
A maioria dos mamíferos que ocorre na Estação Veracel é comum a
outros ecossistemas do país. Merecem destaque quatro espécies endêmicas
da Floresta Atlântica: o macaco-prego (Cebus robustus), a preguiça comum
(Bradypus variegatus), o sagui-da-carabranca (Callithrix geoffroyi) e o ouriço-
preto (Chaetomys subspinosus). As espécies mais ameaçadas pela caça são
os herbívoros de maior porte, como a anta (Tapirus terrestris), a paca (Agouti
paca) e o veado-mateiro (Mazama americana).
Répteis e Anfíbios:
A Estação Veracel, devido à variedade de tipologias vegetais e sua
extensa rede hidrográfica, apresenta a maior diversidade de répteis conhecida
21
para a Floresta Atlântica. Das 50 espécies de lagartos registradas, pelo menos
16 delas (32%) ocorrem na Estação Veracel. Além destas, há duas espécies de
quelônios e 35 de serpentes.
Ameaças à Biodiversidade:
O fogo e o desmatamento ilegal de floresta nativa são os principais
fatores associados à destruição dos habitats. Além disso, a caça e o comércio
de animais silvestres para abastecer o mercado interno e externo e o furto de
madeiras e plantas ornamentais são fatores de risco para a preservação da rica
biodiversidade da Floresta Atlântica.
2.1.2 Geologia e Solo
Geologia:
Quanto aos aspectos estratigráficos, a área dos Produtores Florestais
possui limites ao norte com as litologias integrantes do Grupo Rio Pardo e do
Cinturão Itabuna.
O oeste e ao sul ocorrem o domínio do Cinturão Itabuna e das micas-
xisto da região de Itagimirim. O leste é limitado pelas seqüências que compõem
o Grupo Barreiras e os sedimentos fluvio-marinhos da área litorânea.
O Grupo Barreiras é a unidade litológica de maior expressão aflorante na
área estudada. É encontrado desde a região de Itapebi, Eunápolis e
Guaratinga próximo à extremidade oeste, até a faixa litorânea na extremidade
leste, mostrando largura máxima de exposição da ordem de 80 km e média de
40 km.
Apresenta um relevo de tabuleiros de topo plano e/ou abaulado,
localmente dissecado pelas bacias hidrográficas principais em diferentes graus
de densidade e aprofundamento. Suas altitudes alcançam valores de 100 m e
decrescem suavemente em direção ao litoral, onde formam falésias e
paleofalésias.
Solo:
22
Predominam nas áreas viáveis para reflorestamento solos da classe
Argissolos Amarelos, apresentando horizonte B textural, com muitas
derivações nas classes texturais, desde arenosos a muito argilosos, com
ocorrência freqüente de camada adensada em subsuperfície com alto grau de
coesão. São, na maior parte das vezes, altamente susceptíveis à compactação,
se manejados de forma intensiva e sob condições de elevada umidade. É típica
da região a existência pontual de espodosolos (as chamadas mussunungas)
que supõe impedimento para o plantio de eucaliptos, podendo ser utilizados em
outras culturas.
2.1.3 Clima
A precipitação média anual na região é de 1.200 mm, com extremos de
1.600 mm junto ao litoral e de 900 mm no setor noroeste da área licenciada. A
distribuição das chuvas é favorável à cultura de eucalipto em grande parte da
área, praticamente sem meses secos ou déficit hídrico, exceto na região
noroeste.
A temperatura média é de 24ºC, com pequena amplitude. A
luminosidade (brilho solar) possui variações de 5 a 8 horas diárias. Segundo
Köppen, o clima da região é classificado em dois tipos:
- Af: chuvoso, quente e úmido, característico do litoral, envolvendo uma faixa
de aproximadamente 50 km de largura, com precipitações elevadas, variáveis
entre 900 a 2.000mm anuais e temperatura média de 23,8ºC; e
- Am: formando uma estreita faixa paralela à anterior, também quente e úmido,
mas com precipitações inferiores ao Af, porém compensadas pela elevada
média anual.
2.1.4 Recursos Hídricos Disponíveis
Em sua maioria os rios da região têm direção geral de oeste para leste,
desaguando no Oceano Atlântico. As bacias presentes na região de influência
dos produtores florestais do grupo 4 da ASPEX são as dos rios: Barra,
23
Buranhém, Caraíva, Frades, Jequitinhonha, João de Tiba, Jurema, Pardo,
Salsa, Santo Antônio, Setiquara, Sucuriúba e Trancoso.
2.1.5 Unidades de Conservação e Locais de Interesse Comunitário
A região conta com várias unidades de conservação, como o Parque
Nacional de Monte Pascoal, a Estação Ecológica do Pau Brasil, o Parque
Nacional do Pau Brasil, localizado em Porto Seguro, com 9,2 mil hectares, e o
Parque Nacional do Descobrimento, em Prado, com 21 mil hectares e a
Reserva Particular do Patrimônio Natural Estação Veracel, com 6.069 há.
2.1.6 Perfil e Condições Sócio-econômicas das Áreas adjacentes
A região onde estão inseridos os Produtores Florestais do Grupo 4 da
ASPEX está próxima à Costa do Descobrimento e tem forte potencial turístico
pela diversidade de suas praias, dunas e falésias. Entretanto, as principais
atividades econômicas da região, em termos de ocupação de área, são a
pecuária e o plantio de cacau. Devido às características da região e às técnicas
empregadas, essas atividades têm um baixo rendimento por hectare e baixa
capacidade de geração de emprego. A população residente na região de
entorno dos Produtores Florestais do grupo 4 da ASPEX, na sua maioria, está
lotada em áreas urbanas. O nível de renda per capita é inferior à média do sul
da Bahia e a estrutura de serviços de saneamento e saúde não é suficiente
para atender toda demanda.
Atualmente, a pecuária extensiva é a principal atividade em termos de
ocupação de área (75%). Contudo, devido às características da região e das
técnicas empregadas, tem um baixo rendimento por hectare e baixa taxa de
emprego.
2.1.7 Construção e Manutenção de Estradas
Com base na seqüência de corte estabelecida em conjunto, entre a
gerência da área florestal da VERACEL e os produtores florestais, são
24
definidos os investimentos em obras de arte e estradas necessárias para
viabilizar as operações de colheita e o escoamento da madeira para a fábrica.
Na abertura de novas estradas e na melhoria das estradas já existentes, são
utilizados cuidados construtivos para minimizar a erosão dos solos,
destacando-se:
- com base em estudos hidrológicos, topográficos e geotécnicos, especificam-
se os padrões construtivos para a conformação dos taludes, construção de
bueiros e de outras obras para drenagem, execução de terraplenagem e
pavimentação e ainda o revestimento dos taludes através de hidrossemeadura;
- elaboração de projeto construtivo para travessias de vales, definindo o
traçado, volume de movimentação de material e dimensionamento de obras de
arte (bueiros ou pontes); e
- impedimento de tráfego de máquinas e equipamentos ou da disposição de
resíduos de obras ou de manutenção mecânica de máquinas em áreas com
remanescentes de Mata Atlântica.
Quando da necessidade de intervenção nas áreas de preservação
permanente, são firmados termos de compromisso com o órgão ambiental,
visando a restauração ecológica destas áreas.
Quando da necessidade de consumo de água para as atividades
operacionais, protocola-se um processo no órgão ambiental competente,
objetivando a obtenção da outorga de uso dos recursos hídricos ou dispensa
da mesma.
Os aspectos e impactos ambientais das atividades florestais sobre os
recursos hídricos são identificados pela empresa, havendo a implementação de
controles operacionais, monitoramentos e controle de registros, afim de garantir
a eficácia da gestão dos recursos hídricos.
2.1.8 Identificação de Vestígios Arqueológicos e Paleontológicos
A ASPEX utiliza-se da base cartográficas e a existência dos
procedimentos da VERACEL para a identificação e registro, porém não foram
identificadas áreas com estas características nos hortos e fazendas.
25
3-PROCESSO DE AVALIAÇÃO
3.1 Norma ou Padrão Normativo utilizado para avaliação
O processo de avaliação foi efetuado com base no Escopo de
Certificação descrito acima, conforme o Padrão Normativo NBR 14.789:2007 –
Manejo Florestal – Princípios, critérios e indicadores para plantações
florestais conhecido como CERFLOR, elaborado pela ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas.
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é uma entidade
não-governamental, sem fins lucrativos, reconhecida pelo Conmetro como
Fórum Nacional de Normalização. A ABNT é o organismo responsável pelo
processo de elaboração e revisão das normas do Programa Cerflor.
As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos
Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por
representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e partes interessadas (universidades, laboratórios, organizações
não governamentais e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no
âmbito dos ABNT/CB e ABNT/NOS, circulam para Consulta Pública entre os
associados da ABNT e demais interessados.
A Norma NBR 14.789:2007 foi elaborada pela Comissão de Estudo
Especial Temporária (CEET) de Manejo Florestal, formada por especialistas
brasileiros representantes dos setores envolvidos. A revisão de 2007 da norma
circulou em consulta nacional conforme Edital Nº 08, de 21/07/2007 a
20/08/2008 com o número do projeto ABNT NBR 14789. Esta segunda edição
cancela e substitui a edição anterior de 2001.
O Padrão Normativo aqui utilizado faz parte do Sistema Brasileiro de
Certificação, em que o INMETRO estabelece as regras para o processo de
Certificação.
26
Em 19 de outubro de 2005 o CERFLOR passou a ser reconhecido pelo
Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC). O PEFC é um
conselho sem fins lucrativos, que atua de forma independente, tendo sido
fundado em 1999 com o objetivo de promover o manejo florestal sustentável
em todo o mundo.
Atualmente conta com 25 sistemas de certificação florestal reconhecidos
que passaram por avaliações técnicas. No Brasil o reconhecimento se deu por
intermédio do INMETRO, que atua como organismo acreditador, estabelecendo
regras específicas para o sistema de certificação do CERFLOR. Maiores
informações podem ser obtidas pelo website www.pefc.org.
O CERFLOR contempla um conjunto de princípios, critérios e
indicadores, incluindo requisitos ambientais e sociais, a serem atendidos pela
organização auditada. No processo de avaliação todos os requisitos normativos
são verificados nas unidades de manejo, objeto da certificação.
São ao todo 05 (cinco) Princípios, relacionados às atividades de manejo
florestal, como indicado a seguir:
Princípio 1: Cumprimento da Legislação;
Princípio 2: Racionalidade no uso dos recursos florestais a curto, médio e
longo prazos, em busca da sua sustentabilidade;
Princípio 3: Zelo pela diversidade biológica;
Princípio 4: Respeito às águas, ao solo e ao ar;
Princípio 5: Desenvolvimento ambiental, econômico e social das regiões em
que se insere a atividade florestal.
Os princípios estabelecidos nesta norma constituem a referência para o
manejo florestal.
De acordo com o estabelecido no próprio padrão normativo NBR
14789:07, destacamos que:
27
“Os princípios são desdobrados em critérios, que são a expressão dos
requisitos que descrevem os estados ou dinâmicos de um ecossistema florestal
e do sistema social a ele associado”.
“A verificação do cumprimento de cada critério é estabelecida mediante
a avaliação do atendimento de um conjunto de indicadores específicos, que
podem ser quantitativos ou qualitativos”.
“Dependendo da localização e da finalidade da unidade de manejo
florestal, nem todos os indicadores serão aplicáveis. Contudo será sempre
necessário avaliar todos aqueles pertinentes à situação local”.
3.2. Identificação do OCF – Organismo de Certificação
O BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC) está credenciado pelo
INMETRO para realização de certificações de manejo de florestas plantadas
com base na norma NBR 14789:2007, podendo emitir certificados com a
logomarca deste organismo credenciador.
O objetivo do BVC é realizar serviços de certificação com alta
credibilidade, sendo este o motivo pelo qual optou em realizar tais certificações
de acordo com os requisitos do Sistema Brasileiro de Certificação
Dados para Contato
Escritório São Paulo:
BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)
Sr. José Antônio Ferreira da Cunha: Certification Technical Manager
Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar
04311-000 SÃO PAULO/SP
Fone: (0**11) 5070-9800 Fax: (0**11) 5070-9000
E-mail: Lucia.nunes@br.bureauveritas.com
28
3.3. Responsável pelo OCF
BUREAU VERITAS CERTIFICATION (BVC)
Sr Luiz Roberto Duarte Pinho (Diretor de Certificação)
Av. do Café 277 – Torre B – 5o andar
04311-000 SÃO PAULO/SP
Fone: (0**11) 5070-9800
Fax: (0**11) 5070-9000
E-mail: luiz.pinho@br.bureauveritas.com
3.4. Descrição do Processo de Auditoria
Trata-se de uma auditoria para certificação de um grupo de 31(trinta e
hum) produtores florestais nominados no resumo deste relatório
Durante esta auditoria foram realizadas visitas a partes envolvidas com
as atividades da ASPEX e com o intuito de se ouvir as partes interessadas em
relação ao desempenho da ASPEX quanto ao cumprimento dos princípios do
CERFLOR. Este grupo irá se juntar ao grupo 1 da ASPEX suas ampliações de
escopo , para suas plantações florestais no sul do Estado da Bahia.
O processo de auditoria de certificação do CERFLOR compreende:
Planejamento inicial da auditoria;
Planejamento e realização das reuniões públicas(já realizadas na pré-
auditoria);
Definição da equipe de auditoria;
Avaliação documental quanto ao atendimento do CERFLOR;
Avaliações de campo quanto ao atendimento do CERFLOR;
29
Emissão e publicação do relatório de auditoria;
Planejamento de auditoria complementar e/ou de Follow-up (não
aplicável a este caso);
Apreciação do processo de auditoria por parte da Comissão de
Certificação;
Emissão de relatório final após avaliação de ações corretivas (não
aplicável a este caso )e demais questões pertinentes.
Adicionalmente em uma auditoria de certificação deve ser realizada uma
auditoria inicial (de 1ª fase), com o objetivo de avaliar o plano de manejo, a
legalização das unidades de manejo e demais documentações requeridas pela
NBR 14789
3.4.1 Definição da Equipe de Auditoria
A seguinte equipe foi designada para a realização desta auditoria:
Nome Função na Equipe Formação Acadêmica
Antonio de Oliveira Auditor líder Engenheiro florestal
Rafaela Guimarães Auditora Engenheira florestal
Nelsom Bastos Auditor Engenheiro florestal
Fábio Dib especialista em direito Advogado
Maria Augusta Godói auditora Engenheira Florestal
3.4.2. Planejamento de Reuniões Públicas
As reuniões públicas têm como objetivo identificar recomendações,
questionamentos, denúncias e demais demandas das partes interessadas,
30
referentes aos princípios do CERFLOR, permitindo ao Bureau Veritas
Certification avaliar, durante o processo de auditoria, as questões relevantes
registradas.
É importante esclarecer que a empresa auditada (ASPEX) não participou
ativamente das reuniões em função do objetivo destas.
Foram realizadas duas reuniões públicas conduzidas pelos membros da
equipe de auditoria.durante a auditoria inicial
A escolha dos municípios foi feita em função da representatividade
regional destes, considerando ainda as atividades da empresa auditada,
também a realização das reuniões públicas realizadas na certificação do grupo
1 e facilidade de acesso e existência de instalações adequadas para a
realização das reuniões.
A documentação gerada no planejamento e realização das
reuniões públicas compreende: convites emitidos, questionários de consulta
pública preenchidos por partes interessadas, listas de presença nas reuniões
públicas e Questionamento de partes interessadas. Todos estes registros estão
mantidos pelo Bureau Veritas Certification como parte do processo de auditoria
da empresa.
Os questionamentos pertinentes, gerados nas reuniões públicas,
foram inseridos naquele relatório, contemplando as respostas da empresa,
assim como avaliação por parte do Bureau Veritas Certification. É importante
ressaltar que apenas questões relacionadas aos Princípios do CERFLOR
foram contempladas neste relatório.
3.4.3 Planejamento e Realização da Auditoria
De acordo com o Escopo de Certificação pretendida,31 (trinta e hum)
produtores denominado grupo 4, foram executadas as seguintes atividades:
análise de documentação, verificações em campo, entrevistas com
colaboradores dos produtores florestais, empresa de assessoria, prestadores
de serviços e partes interessadas.
31
Foi também avaliado o parecer da empresa sobre os questionamentos,
recomendações e comentários das partes interessadas, enviados através de
questionários específicos do CERFLOR e identificados nas Reuniões Públicas,
referentes ao manejo florestal da empresa frente os critérios do CERFLOR.
Como todo o processo de Auditoria, as avaliações ocorreram conforme
plano de auditoria estabelecido previamente, considerando o tamanho e
complexidade das atividades da empresa e caráter amostral de um processo
de auditoria.
Ao longo das avaliações nas instalações e propriedades da empresa,
foram realizadas consultas formais aos órgãos públicos, relacionados com
licenciamentos ambientais,(IBAMA,INEMA e MINISTËRIO PÚBLICO de
EUNÁPOLIS) prefeituras municipais(CÂMARA DE VEREADORES de SANTA
CRUZ de CABRÁLIA)
Nesta fase de auditoria, todos os 31(trinta e hum) produtores florestais
que buscam a certificação foram auditados e vistoriados em campo.
PROGRAMAÇÃO DA AUDITORIA
Auditores/dias da semana
08/10/2012 Segunda feira
09/10/2012 Terça feira
10/10/2012 quarta feira
11/10/2012 quinta feira
ADO Ma nhã
8:30 (1) 9:30 (2) 12:00(12)
9:00 (6) 078 12:00 (12)
8:00 (6) 065 10:00 (6) 002 12:00 (12)
8:00 (9) 10:00 (10) 11:00 (11)
Tarde 13:30(4) P2 16:30 (5)
13:30 (6) 087/091 16:30 (5)
13:30 (9) 16:30 (5)
13:15 (12)
Guia
Mar celo
Ma Nhã
8:30(1) 9:30 (4) P2 12:00 (12)
9:00(6) 079 10:00(6) 081 12:00(12)
8:00 (6) 063 10:00 (6) 095 12:00 (12)
8:00 (9) 10:00(10) 11:00(11)
Tarde 13:30 (4) P1 16:30 (5)
13:30 (6) 092 16:30 (5)
13:30 (6) 084 16:30 (5)
13:15 (12)
Guia
32
Nel Son
Ma Nhã
8:30 (1) 9:30 (4) P5 12:00 (12)
9:00(6) 053 10:00(6) 070 12:00 (12)
8:00 (6) 090 10:00(6) 025/110 12:00 (12)
8:00 (9) 10:00 (10) 11:00(11)
Tarde 13:30 (4) 16:30 (5)
13:30 (6) 056/128 16:30 (5)
13:30 (4) P5 16:00 (9) 16:30 (5)
13:15 (12)
Guia
Rafaela
Ma Nhã
8:30 (1) 9:30 (4) P1 12:00 (12)
8:00 (4) P1 12:00 (12 )
8:00 (13) 12:00 (12)
8:00 (9) 10:00 (10) 11:00(11)
Tarde 13:30 (4) P1 15:30 (4) P1 16:30 (5)
13:30 (4) P1 16:30 (5)
13:30 (13) 15:00(9) 16:30 (5)
13:15(12)
Maria Augusta
Ma Nha
8:30 (1) 9:30 (4) P3 12:00 (12)
8:00 (6) 084 10:00 (6) 020 12:00(12)
8:00 (13) 12:00 (12)
8:00(9) 10:00 (10) 11:00 (11)
Tarde 13:30 (4) P3 16:30 (5)
13:30 (6) 087 16:30 (5)
13:30 (13) 16:30( 5)
!3:15 (12)
Guia
Fa Bio
Ma nha
8:30 (1) 9:30(4) P1 12:00 (12)
8:00 (4) P1 12:00 (12)
8:00 (13) 12:00 (12)
8:00(9) 10:00 (10) 11:00(11)
Tarde
13:30 (4) P1 16:30 (5)
13:30 (4) P1 16:30 (5)
13:30 (9) 16:30 (5)
13:15 (12)
Guia
33
Legenda da auditoria
1-reunião de abertura
2-fechamento das NCRs da prévia
3-almoço
4-auditoria
5-reunião de feed-back
6-visita a PPF
7-outros
8-processos judiciais
9- relatório
10- reunião de encerramento
11- viagem para o aeroporto
12- retorno
13- partes interessadas .
Relatório Detalhado
Esta seção demonstra as evidências coletadas pela equipe de auditoria durante o processo de avaliação. A abordagem de auditoria se deu a partir dos processos da organização, de acordo com um plano de trabalho previamente elaborado. Em cada processo auditado foi dada ênfase aos princípios e critérios do CERFLOR pertinentes, conforme demonstrado abaixo.
Deve ser esclarecido que em todas as visitas realizadas nas atividades
silviculturais, foram verificados os respectivos mapas com detalhes dos talhões,
hortos, reservas legais, áreas de preservação permanente e recursos hídricos,
em consonância com o critério 3.5 da NBR 14789:2007.
34
A respeito do critério 3.1 entendemos que as atividades realizadas pela ASPEX
sucedem aquelas realizadas pelos prestadores de serviço da VERACEL, onde
se pode afirmar que existe experiência prévia suficiente para comprovação do
potencial de produção dos materiais genéticos utilizados em larga escala.
Quanto ao critério 4.1 esclarecemos que evidenciamos no sistema de
informação geográfico da empresa o mapeamento dos recursos hídricos em
nível de microbacia. Durante as visitas em campo as informações dos mapas
foram validadas por nossa equipe de auditoria.
PRINCÍPIO 1
PRINCÍPIO 1 - ASPECTOS LEGAIS (3.1. da ABNT NDR 14789) 1
Critério 1.1 – indicador “a” – A atualização da legislação aplicável é realizada
pela(Mosello, Trindade, Sena e Calvo advocacia – fantasia: Mosello Lima).
A prestação de serviços é bastante profissional e mantém sistemas de
atualização de normas (Âmbito), repassando à ASPEX eventuais alterações
normativas que possam incidir sobre as atividades sobre as atividades de
manejo florestal.
O procedimento se mostra eficiente na medida em que são repassadas as
alterações de importância à ASPEX, com cópia para as demais consultorias
contratadas (Two Tree e PROJEX). Foi evidenciado o encaminhamento do
conteúdo do Decreto Estadual 14024/2012, que altera a redação s a indicação
da Resolução CEPRAM 3925/2009 que gerou a necessidade de protocolo de
novos pedidos de licenças perante outros órgãos da administração ambiental
que não os municipais.
Critério 1.1 – indicador “b” – foi evidenciado que o PPF possui registro dominial
que segue os princípios do direito imobiliário, a exemplo do princípio da
continuidade registraria. A certidão apresentada datada de 24/02/2012 e
contém, em síntese, as seguintes informações:
Cadeia dominial (Certidões imobiliárias de registro no CRI e de Compra e
Venda em Cartórios de Títulos e Notas):
35
Certidão do CRI de Porto Seguro, datada de 24.2.12, ref. Matricula nº 207 de
12.03.1976, da Fazenda Nordestina, com área de 457,4 ha, aproximadamente.
Trata-se de transmissão do Estado da Bahia para os adquirentes originários, tal
qual consta do registro 01-207 de 12.03.12. Os registros 02, 04, 06, 07 e 10
indicam o encadeamento sucessório que sob o aspecto formal encontra-se em
perfeito, considerando a devida continuidade registraria. O último registro, de nº
10 confirma a transmissão da propriedade ao PPF;
O registro 03 e transcreve hipoteca datada de 31.03.1978, cancelada por
autorização do banco em 05.06.1979;
A averbação 05-207, de 06.04.1982 confirma a existência de termo de
preservação de floresta, dispondo sobre a área de 91,4 ha, cf. instrução
normativa 01/80 do IBDF;
O registro 08-207, de 20.05.2004 confirma o contrato de implantação de
floresta pela VERACEL S/A, numa área de aproximadamente 263,5 ha;
Consta recolhimento do ITR no importe de R$ 1.008,60, recolhido por meio de
DARF datada de 30/09/2011, exercício de 2011.
Referido DARF contempla o total de 507,3 ha, considerando as 2 áreas que
compõem a unidade de manejo florestal, conforme recibo de declaração do
ITR, controle nº RBF: 18.67.32.77.00;
Consta que no Documento de Informação e atualização Cadastral do ITR –
DIAC, de 2011 não houve alteração cadastral, sendo o imóvel cadastrado da
receita federal sob o nº 5.981.349-0;
Consta o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR do INCRA
(2006/2009), ainda no nome dos proprietários anteriores, devidamente quitado,
registrado sob o nº 10250.13760.07457.02270
A certidão do Cartório de Registro de Títulos e Documentos de Porto Seguro,
Livro C-2, lavrada em 24.02.2012, ordenada sob o nº 8486, de 06.12.2006,
certifica que que o PPF 48 adquiriu o imóvel denominado Montes Claros, num
total de 50 ha;
Consta da certidão que a av. 01-8.486, lavrada sob o nº do registro nº 119,
Livro C-1 do referido Cartório, que foi averbada na forma da Portaria 01.80 do
IBDF, 10 ha, relativos a Termo de Preservação de Floresta.
36
Regularização ambiental – Prev/Rl, APPs: 2
Consta cópia simples de Licença Ambiental Simplificada – LS 2008/068, com
data de emissão de 10/10/2008;
Consta cópia simples de pedido de licença simplificada – LS protocolizado no
IMA em 14.07.2010, sob o nº 2010-011544/TEC/LS-0449;
Critério 1.2
Evidenciado que , são atendidos e respeitados os direitos das comunidades
locais pelos registros de que as áreas vizinhas ou limítrofes são respeitadas e
estão devidamente identificadas localizadas e respeitadas.
Constatada a existência de documentos de posse e de domínio comprovando a
demarcação das unidades dos Produtores Florestais. Examinada a
documentação de propriedades, constantes na planilha de controle de
patrimônio imobiliário, cuja documentação arquivada pode chegar a fase
vintenária, que entre as quais destacamos: terras próprias, terras arrendadas,
terras em parceria, terras em comodato.
Para definir o aproveitamento da propriedade a empresa estabelece um estudo
prévio quanto ao potencial da propriedade.
As áreas ainda com cobertura vegetal ,são representadas pela reserva legal e
áreas de preservação permanente compondo-se de florestas em estágio
avançado campo natural e campo úmido
PROCESSOS TRABALHISTAS
Prontuários individuais, Pagamento de salários, Registro de freqüência, Guias
FGTS/IRRF/INSS, folha de pagamento, férias, 13º salário, rescisões,
contribuição sindical, Convenção coletiva, Tributos, SESMT, Reclamatórias
trabalhistas, Benefícios, Sindicato (contr. Patronal) e Livro de inspeção do
trabalho.
37
Horas in itinere: Por não exercer atividades laborais rurais a ASPEX não
possui os acordos coletivos prevêem critérios de adicional para estas horas.
Sistema de controle e avaliação de requisitos legais
Pelo sistema Âmbito foi constatada listagem atualizada de requisitos legais a
serem atendidos pelo empreendimento florestal.
Evidenciada verificação quanto ao atendimento dos requisitos legais.
Res ANP 15/2005
ReS 157/2004 Contram
Res 168/2004 Contram
Lei 8212/1991: Seguridade social
NR 01
NR 02
NR 06
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
A ASPEX terá suas atividades de colheita florestal regularizadas a partir do
cumprimento do licenciamento/registro dependendo do entendimento das duas
sistemáticas de licenciamento aplicadas pelo INEMA, conforme segue:
Licenças/registros dos processos a serem colhidos , pois os mesmos foram
implantados sob a égide das licenças municipais revogadas.
Com relação às áreas antigas, existe uma recomendação do Ministério Público
Estadual de Eunápolis a respeito da obrigação de buscar o devido
licenciamento e neste aspecto são desenvolvidos esforços nos sentido de obter
junto ao INEMA o licenciamento ambiental (EIA-RIMA) previsto na legislação
pertinente.
A ASPEX realizou o cadastro de todas as áreas antigas objeto do processo de
certificação e está enviando informações complementares de acordo com os
38
critérios do INEMA.Para Tanto foi elaborado um programa para atender estes
requisitos.
Critérios 1.3
Evidenciados:
PROGRAMA DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA
VERIFICADOS:
- Programa de gestão de saúde e segurança do trabalho da ASPEX(
PPRA,LTCAT,APA,PCMSO,AET),elaborados para todos os Produtores
Florestais que possuem empregados e das empresas contratadas.
-Foram evidenciados os ASOS de:José Alfredo Batista( elaborado por Gustavo
Maia Pedroni )Valdomiro Patrício Dias (elaborado por Juliana C.
Pacheco)Joaquim Barbosa Jr e Gilmar de Faria (ambos elaborados por
Gustavo Maia Pedroni)
PRINCÍPIO 2
Critério 2.1:
Evidenciados procedimentos:
ASPEX Colheita Florestal ASP 08 Rev03 de 20.04.2012;
Veracel Estradas Florestais PO-03-EFL-001;
Veracel Formação de Plantios de Eucalipto PO-03-SIL-008;
A ASPEX utiliza os melhores clones desenvolvidos e adaptados pela
VERACEL para a região.
Planilhas de aspectos ambientais e impactos associados (Colheita, Estradas,
Gestão de resíduos, Silvicultura, Transporte de madeira e Viveiro).
Evidenciado s os clones 975, 1006, 1004 e 865, representam 70% do plantio
comercial da Veracel. Verificado o relatório interno da Veracel: “Recomendação
de clones para plantio comercial da Veracel e produtores florestais em 2012”.
Sede das fazendas e residências dos funcionários
39
- residência de funcionários( área de vivência) contendo banheiro, água
potável, caixa de primeiros socorros, mesa e cadeiras.
- Uso de EPIs regulamentados;
- Controle de inspeção de extintores de incêndio de 03/08/2012;
- Extintores de incêndio nas residências e conscientização dos operários;
- Registro de treinamento de operários dos PPF quanto a incêndios florestais e
emergências
CAPINA QUÍMICA
Verificada a atividade de aplicação manual de herbicida (Scout) com
pulverizador costal no Produtor Florestal
- Registros de avaliação da operação: dosagem aplicada, cobertura, plantas
atingidas.
Critério 2.2
Verificado o Plano de Manejo ASP-Plano de Manejo Integrado do, Grupo de
Produtores Integrados – G4, Rev. 05 de 08/10/2012.
Evidenciados:
- condições de manejo em função de peculiaridades regionais e locais
- esquema de manejo silvicultural
- justificativa da viabilidade econômica do manejo
- sistema de malha viária
- idade de colheita
- estimativa de crescimento e produção
- mapas e croquis da área de manejo com ocupação e uso de solo, tipos de
solo, vegetação e recursos hídricos estão linkados ao geoprocessamento.
- Evidenciado programa plurianual de plantio ou reforma, colheita e
manutenção,
40
segundo a Veracel, é difícil saber quando o produtor vai reformar, plantar ou
colher.
- em caso de contingências que comprometam o suprimento de madeira, a
empresa monitora fontes alternativas de matéria-prima no mercado,
identificados no estudo “ Disponibilidade de Madeira e Atualização das
Informações Gerais sobre Plantios de Eucalyptus spp e produção de madeira”
(versão 01/2006).
- inventário florestal contínuo existente.
- plano elaborado e monitorado por profissional legalmente habilitado
- plano monitorado, revisado, com resultados do monitoramento incorporado ao
plano.
- resumo do plano na internet e plano na integra e resumo na intranet.
- programas de treinamento evidenciados: questões ambientais, diálogo sobre
direitos e condições de trabalho, interpretação das normas, plano de manejo
florestal , noções de certificação, alimentação saudável. Verificadas também
as listas de presenças dos treinamentos
Critério 2.3
Evidenciada a aplicação e transferência de tecnologia da Veracel para
produtores florestais.
O mesmo padrão tecnológico é adotado. Todos os PPF´s dentro dos tabuleiros
costeiros.
Verificado os documentos:
“Recomendações técnicas para manejo florestal” , janeiro de 2011.
PETFLO – “Plano estratégico de tecnologia florestal , março de 2012.
Pessoa auditada
Sergio Ricardo – Gerente de tecnologia
Critério 2.4:
41
O SAP é usado para o controle de estoque dos insumos, é possível visualizar
até o nível de PPF.
CAPINA QUÍMICA
Verificada a atividade de aplicação manual de herbicida (Scout) com
pulverizador costal no Produtor Florestal
- Registros de avaliação da operação: dosagem aplicada, cobertura, plantas
atingidas.
Verificado que a empreiteira INFLORS atende exclusivamente aos produtores.
Além desta as empresas BONELA e KTM também podem atender.
Evidenciado também o controle das embalagens utilizadas.
Pessoa auditada
Welington Santos - estoque
PRINCÍPIO 3
Critério 3.1.
Ampliação da base genética
Evidenciado que o uso de materiais genéticos utilizados previamente e em fase
de testes pela VERACEL e são usados pela ASPEX ,para a qual a VERACEL
o uso destes materiais. Os clones novos que venham a ser desenvolvidos pela
empresa VERACEL são de uso exclusivo da mesma, mas poderão ser
solicitados para uso em suas atividades de pesquisa pela ASPEX, através de
acordos e contratos.
Experiência Prévia
A VERACEL já possui um programa de melhoramento, com clones híbridos
das espécies de E. saligna, E. dunni, E.urophlylla, E. glóbulos.
Avaliação contínua de material genético alternativo
Os materiais genéticos em utilização são anualmente monitorados pela
VERACEL, onde são elaborados relatórios anuais de desenvolvimento dos
42
trabalhos em reuniões trimestrais e anuais para discutir a estratégia de
melhoramento florestal da organização.
Organismos geneticamente modificados
A ASPEX , por usufruir do melhoramento genético da VERACEL não faz uso
comercial ou pesquisa com Organismos Geneticamente Modificados.
CRITÉRIO 3.2
Existência de mapeamento, demarcação e proteção dos sítios históricos,
arqueológicos, de valor cultural ou social:
Os ecossistemas com importância ambiental, arqueológica, histórica, cultural
ou social foram avaliados pela empresa VERACEL conforme pode ser
evidenciado no programa da empresa. Em sítios arqueológicos inicialmente se
localiza e identifica a área dos sítios, que são numerados e protocolados junto
ao IPHAN, na fase de diagnóstico.
A organização define as paisagens levando em conta os ecossistemas, as
unidades de uso (florestas em estágio inicial, florestas em estágio avançado,
campo , campos úmidos).
Nas unidades onde se encontram plantios antigos foi evidenciada uma política
para a criação dos corredores ou stepping Stones, plantio para proteção dos
fragmentos já existentes, diminuição do efeito de borda, aumento da área
nuclear, recuperação de áreas legais: APP e reserva legal.
Os plantios florestais estão estabelecidos em áreas já antropizadas, tendo em
vista que o Órgão Ambiental Estadual, atualmente não concede autorização
para ampliação de implantação de florestas homogêneas, em áreas onde ainda
existe vegetação arbórea de qualquer tipo, ensejando assim a manutenção da
floresta nativa.
O delineamento das plantações florestais é intercalado com a vegetação de
ocorrência natural, tendo em vista o alto grau de ocorrência de áreas de
preservação permanente contribuindo assim para a formação de corredores
43
ecológicos, para a fauna residente e migratória,inclusive com o
estabelecimento de florestas naturais , favorecendo a permeabilidade entre os
remanescentes florestais nativos.
Critérios 3.2 e 3.5
RECUPERAÇÃO DE APP
Verificado nos PPF ,que após o plantio efetuado em 2006, aliado à
regeneração natural, foi realizado o plantio de espécies nativas. O
desenvolvimento destas é lento, porém é o esperado para a região.
Critério 3.6
Em todas as fazendas visitadas evidenciamos cancelas nas entradas bem
como placas com indicativos de restrição de acesso a caça e pesca.
PRINCÍPIO 4
Critérios 4.2
MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS E EDÁFICOS
VERIFICADOS:
- O monitoramento de recursos hídricos é realizado em 02 vertedouros
instalados em cursos de água localizados em plantios de eucalipto e na
Estação Ambiental Veracel
-Estação Ambiental Veracel: Barragem de alvenaria com vertedouro onde se
realizam as medições de vazão e análise da qualidade de um curso de água
sem nome que corta a unidade de Conservação e um plantio de eucalipto da
empresa. Instalado no local um linígrafo que mede a altura da régua na
barragem de 10 em 10 minutos.
- Projeto conservação de solos da ASPEX em convênio com VERACEL
referente a compactação , erosão e conservação de matéria orgânica conclui
que as técnicas até então utilizadas (cultivo mínimo e plantio em nível) não
comprometem a sustentabilidade do solo.
44
- Avaliação dos impactos da colheita na compactação do solo serão avaliadas
em convênio com a VERACEL , quando da colheita da madeira , definindo o
número critico de passadas de máquinas (harvester; forwarder) na qual ocorre
compactação.
- Impacto do Manejo de Resíduos Florestais é realizado conforme o
procedimento da VERACEL.
- Baseado nas análises de solo e experimentos de fertilização obtêm-se tabelas
de recomendação de adubação (por talhão) para NPK e Ca. Micronutrientes
são avaliados via análise foliar.
- Relatório de monitoramento da vazão e qualidade de água (VERACEL)
conclui que as vazões apresentam distribuição regular ao longo do ano;
presença de ferro, alumínio, mercúrio e chumbo em valores acima dos
parâmetros para classe 2.
Critério 4.4
GESTÃO DE RESÍDUOS
- Planilha anual da VERACEL referente a remessa dos produtos enviados aos
produtores e também a planilha de devolução referente aos resíduos sólidos
enviados para destinação final no ano de 2011/2012.
- Depósito de armazenamento temporário de resíduos perigosos em local
fechado, com piso impermeabilizado e ventilado.
MONITORAMENTO DE FUMAÇA PRETA
Não é realizada pelos produtores, pois todas as atividades silviculturais, que
incluem veículos diesel são realizadas por empresas terceirizadas vinculadas a
VERACEL.e nesta fase, nenhuma atividade encontra-se em execução.
Quando houver atividades de colheita , a VERACEL assume junto ao produtor
a responsabilidade de fazer a medição anual de fumaça preta de seus veículos
e manter esses dados disponíveis;
45
Critério 4.3
ARMAZENAMENTO DE AGROTÓXICOS E RESÍDUOS CONTAMINADOS
- Verificado depósito da VERACEL onde os resíduos contaminados com óleo
são acondicionados em galpão fechado, piso impermeabilizado, ventilado,
sistema de combate a incêndio. Os principais resíduos armazenados são: óleo
usado, embalagens de óleo, EPIs, outros materiais contaminados com óleo. Os
defensivos agrícolas estão neste depósito em local separado, sob paletes,
identificados e com FISPQ disponível.
- Verificado depósito de insumos onde se armazena defensivos agrícolas em
local isolado, acesso restrito, ventilação forçada, material para contenção e
piso impermeabilizado.
Princípio 5 (Ações Sociais)
Atua basicamente em capacitação profissional, educação e saúde.
A ASPEX inicialmente estabeleceu parcerias com 4 sindicatos de produtores
rurais : Porto Seguro, Belmonte, Guaratinga e Itabela.
Dos31 produtores do grupo 4, apenas 9 tem empregados.
Evidenciados:
Doação para Sociedade São Vicente de Paulo de Belmonte;
Lista de presença Cozinha Brasil de 17 a 20/04/12, outro curso está
sendo conduzido no período desta auditoria em Cabrália;
Doações mensais para ACRNSV –Associação Casa de Recuperação
Nutricional S.O.S. Vida;
Lista de presença Curso de Apicultura 19 a 21/09/2011 – Itabela,
promovido pelo SENAR; outro curso está sendo conduzido no período
desta auditoria em Eunápolis;
Lista de presença visita de Fazenda Genebra Sta. Rosa, 04/11/2011;
Fotos sobre visitas de campo Fazenda Genebra Sta. Rosa, 04/11/2011;
Parceria ASPEX com União de Educação e Cultura – UNECE
(Faculdade UNISULBAHIA);
Parceria ASPEX com ACRNSV – Associação Casa de Recuperação
Nutricional SOS Vida;
Parceria ASPEX com Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela – BA.
46
critérios 5.1 e 5.2
A ASPEX/VERACEL estimula pequenos produtores de mel a colocar suas
caixas de abelhas junto aos plantios de eucalipto. A empresa só fornece o
pasto apícola .
Evidenciando ações que incentivam empreendimentos locais.
São produzidas campanhas com parcerias locais sobre: doenças em geral,
doenças sexualmente transmissíveis, dependência química acidentes com
animais peçonhentos, acidentes domésticos e de trânsito. Evidenciando
programas de saúde aos trabalhadores e seus dependentes.
A empresa atua também na conscientização ecológica via publicidade na
mídia. Os alunos recebem orientações gerais sobre a empresa, além de
coletas orientadas e oficinas de atividades práticas.
3.5.1. Resultado da Avaliação dos Princípios e Critérios Cerflor – Manejo
Florestal
3.5.1.1. Princípio 1
Evidenciado que a Promotoria Pública de Eunápolis , possui uma questão com a
empresa VERACEL e por extensão também estende para a ASPEX,mas nada
evidenciamos de concreto (transitado em juízo)quanto as ações mencionadas pelo
Promotor.
Junto aos Órgãos Públicos vimos que todos os procedimentos para que os
fomentados possam operar dentro da legislação vigente, vêem sendo tomados, pois
a implantação das florestas se deram sob a égide das licenças municipais,
suspensas no ano de 2010.Segundo o INEMA as licenças estão devidamente
instruídas, mas não foram operadas dentro do prazo previsto em lei, por deficiências
do Órgão.
47
A parte fundiária das propriedades auditadas encontram-se dentro da normalidade,
com as reservas legais em tramitação, bem como o recolhimento de tributos se faz
normalmente.
O acesso a legislação e sua aplicabilidade segue rigidamente a orientação da
VERACEL.
O programa de saúde e segurança ocupacional para os fomentados são cumpridos
pelos poucos funcionários das propriedades, pois todas as operações florestais e
administrativas são geridas por terceirizadas que participam do quadro de
contratados da VERACEL
Foram auditados os critérios 1,1-1.2 e 1.3, nada constando como não conforme.
3.5.1.2. Princípio 2
Plano de manejo
O plano de manejo florestal trata de desenvolvimento e da aplicação de técnicas de
análise quantitativa nas decisões da localização, da estrutura e da composição de
um recurso florestal de maneira a possibilitar a produção de produtos, serviços e
benefícios diretos ou/ indiretos, na qualidade e na quantidade requeridas pela
empresa.
Por análise quantitativa, a empresa entendeu o conjunto de disciplinas que
enfatizaram o uso de métodos quantitativos tais como mensuração florestal,
estatística, biometria, inventário florestal, sensoriamento remoto e pesquisa
operacional.Este conjunto de disciplinas proporcionou o instrumental quantitativo
utilizado como suporte para o processo de decisão na seleção de alternativas
gerenciais
Obviamente, no manejo de florestas oplantadas, tais decisões devem ser
subordinadas a condicionantes silviculturais e ambientais, mas estas são apenas
restrições ou limitações `a produção.
A implementação das ações silviculturais previstas no plano de manejo e o
monitoramento de seu efeito na prática, no tempo e no espaço,são atividades tão
48
importantes como a prévia elaboração do dito plano. A verificação periódica dos
efeitos práticos e das conseqüências da execução são ações previstas no plano.
As alterações previstas no plano, durante a execução serão introduzidas de sorte a
contemplar os objetivos anteriormente estabelecidos.
A estrutura básica do Plano de Manejo conta com os seguintes elementos
fundamentais documentação das propriedades, descrição das áreas,caracterização
da infraestrutura, inventário florestal contínuo(sistema de amostragem, unidades
amostrais, monitoramento da regeneração natural)
Descrição dos procedimentos para o calculo de corte permissível, determinação do
ciclo de corte, estrutura e composição de estoque de reserva, prescrição dos
tratamentos silviculturais, cronograma de execução, averbação de reservas legais
das áreas sob manejo no respectivo cartório de registro de imóveis e
responsabilidade técnica.
3.5.1.3- princípio 3
Diversidade biológica
O plano de manejo trata do estudo e do entendimento de todos os elementos
bióticos que compõem o ecossistema, sejam eles desejáveis ou não, deixando de
apreciar apenas a variabilidade das espécies florestais que apresentam valor
comercial, tratando da sustentabilidade do manejo florestal,deixando um claro
entendimento dos processos ecológicos fundamentais.
Flora e Fauna
As atividades humanas sobre a superfície do planeta têm acelerado, cada vez
mais, o ritmo de destruição dos ecossistemas naturais e concomitantemente as
taxas de extinção de espécies. Desta forma, o grande desafio da conservação
da diversidade de espécies, incluindo os seres humanos, tem sido reduzir as
pressões negativas sobre elas e seu habitat.
Para a análise da sustentabilidade ecológica de atividades antrópicas, em
longo prazo, os diagnósticos da situação ambiental, dos fatores de impacto e o
49
monitoramento de indicadores biológicos apresentam-se como os mais
adequados.
As avaliações das perturbações ambientais, tanto no espaço quanto no tempo,
permitem verificar na estrutura das comunidades,composição, abundância,
freqüência, distribuição, dominância das mpopulações,riqueza de
espécies,presença de espécies raras, em perigo, ameaçadas de extinção,
endêmicas,exóticas e migratórias, integridade e a diversidade dos habitats.
Restauração ecológica nas unidades de Manejo Florestal
Devido as unidades de manejo florestal estarem inseridas numa mesma região
ecológicas do Estado, as mesmas possuem idênticas formações vegetais
representativas de um único bioma(mata Atlântica). Em função disto a
estratégia de restauração ambiental está diretamente relacionada com a
capacidade de resiliência de ecossistema, sendo adotado o plantio
heterogêneo com espécies nativas arbóreas ou a indução/condução da
regeneração natural como mecanismos de retro-alimentação deste processo.
3.5.1.4. Princípio 4
Respeito às águas
Monitoramento de microbacias
A organização (VERACEL) faz parte da Rede de Monitoramento de
Microbacias (ReMAN), que atualmente se compõe de 18 microbacias
experimentais, localizadas em áreas de reflorestamento, sob diferentes
condições edafo-climáticas em todo o pais. O monitoramento ambiental das
microbacias visa a obtenção contínua de informações sobre o funcionamento
hidrológicos de manejo sustentável de florestas plantadas.
Cada uma das microbacias experimentais integrantes do ReMAN constitui, em
si,um trabalho de pesquisa na âmbito de um convênio entre a empresa florestal
50
e o departamento de ciências florestais do IPEF, ou seja , cada projeto é
coordenado, mantido e analisado individualmente
No tocante a parte edáfica, foram constados alguns pontos de erosão que
ensejaram duas observações , para que o produtores florestais do grupo 3,
envidem esforços para sanar esta anormalidade.
Na parte de gerenciamento de resíduos sólidos gerados na propriedade aplica-
se a política da VERACEL.
Princípio 5.
critérios 5.1 e 5.2
A ASPEX/VERACEL estimula pequenos produtores de mel a colocar suas
caixas de abelhas junto aos plantios de eucalipto. A empresa só fornece o
pasto apícola .
Evidenciando ações que incentivam empreendimentos locais.
São produzidas campanhas com parcerias locais sobre: doenças em geral,
doenças sexualmente transmissíveis, dependência química acidentes com
animais peçonhentos, acidentes domésticos e de trânsito. Evidenciando
programas de saúde aos trabalhadores e seus dependentes.
A empresa atua também na conscientização ecológica via publicidade na
mídia. Os alunos recebem orientações gerais sobre a empresa, além de
coletas orientadas e oficinas de atividades práticas.
.-
3.5.2. Relatório Detalhado – Evidências da Equipe de Auditoria
Auditor: Marcelo Castro Magalhães, Engenheiro Agrônomo, especialista em
Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental.
I - Documentos verificados:
51
1 - O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, elaborado para a
empresa 2 Tree Consultoria Ltda. PeloTécnico de Segurança Silvio Roberto
Zeni Mtbe. Nº. 01732.9/ES; válido até 2013.
CONSIDERAÇÕES:O documento verificado descreve conformidade com a
portaria 3.214 de 24 de julho de 1.978 do MTbe. Descritas na NR – 09
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA.
OBS nº. 1 -A terminologia utilizada para descrição da intensidade de exposição
ao risco dos trabalhadores, deve se basear na redação dada pelo INSS, ao
invés de Eventual e Intermitente, usa-se INTERMITENTE ou OCASIONAL.
... Intermitente ou ocasional é a exposição em que na jornada de trabalho
“houve interrupção ou suspensão do exercício de atividade com exposição aos
agentes nocivos”, importando no exercício “de forma alternada, de atividade
comum e especial”, conforme a Ordem de Serviço INSS/DSS nº 564/97
(subitem 12.1.1.b) e a Ordem de Serviço INSS/DSS nº 600/98 (subitem
1.1.1.b).
Nesse contexto, intermitente, “é a prestação de serviços programados para
certos momentos inerentes à produção,seja a hora ou o dia da semana”,
“repetidamente, a certos intervalos”. Só que,embora intermitente, a prestação
de serviços programados para apenas um ou mais dias da semana não será
habitual por não compreender todos os dias de trabalho normal, ou seja, todos
os dias da jornada normal de trabalho.Já ocasional, “é instante sem
mensuração de tempo, acontecimento fortuito, previsível ou não sem a
frequência da intermitência ou da habitualidade”.
2- O Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional - PCMSO,
elaborado pelo Médico Coordenador Dr. Raymundo Washington Leal Junior
CRM nº. 6019/BA.Roberto Zeni Mtbe. Nº. 01732.9/ES; válido até 2013.
52
CONSIDERAÇÕES: O documento verificado descreve conformidade com a
portaria 3.214 de 24 de julho de 1.978 do MTbe. Descritas na NR – 07
Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional PCMSO.
OBS nº. 2- O médico coordenador deverá definir formalmente no corpo do
PCMSO quem são os médicos examinadores ou a clinica na qual será
realizado os exames médicos ocupacionais. Os médicos pertencentes a clinica
poderão assinar os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), bem como
exames complementares dentro da sua especialidade.
OBS nº. 3– O PCMSO, bem como os ASO’s devem tratar as informações
descritas no Laudo Ergonômico, promovendo a realização de exames médicos
para acompanhamento de possíveis agravos a saúde do Trabalhador,
conforme descritas no Programa Ergonômico - PERGO apresentado.
NC_MCT_01_Menor descrita no SF02 MCT_01anexo contra o Principio 1 –
Cumprimento da Legislação.
Critério 1.3 b) Evidencias de que todos os aspectos relacionados com a
legislação trabalhista estão em conformidade com as legislações vigentes......
Pedidos de Liberação de Outorga de água e pedidos de Outorga ao
INEMA verificados:
PPF 58/88 Paraiso Verde Agropecuária Ltda. SEIA nº. 4635
PPF 065 Fazenda São Pedro A SEIA nº. 2012.001.00176/INEMA/REQ.
PPF 070 Gilmar Antônio Bertoli SEIA nº. 2012.001.001800?INEMA/REQ.
PPF 078 Aloisio Domingos Vesconi SEIA nº. 2012.001.001776/INEMA/REQ.
53
PPF 083 Ricardo Balestrero Zanchea SEIA nº. 2012.001.001826/INEM/REQ.
PPF 095 Jair Passami SEIA nº. 2012.001.001862/INEMA/REQ.
CONSIDERAÇÕES: Foram protocolados os pedidos de outorga para as
propriedades dos PPF que utilizam na desedentação animal e consumo
doméstico onde existem trabalhadores.
OBS: O órgão ambiental INEMA tem um tramite demorado para concessão das
outorgas. Deverá ser verificada na primeira auditoria de manutenção a situação
das outorgas concedidas, bem como osregistros de consumo e controle sobre
a outorga concedida.
II - PRINCIPIO AUDITADO.
Principio 4 – RESPEITO ÀS ÁGUAS, AO SOLO E AO AR.
4.4.1 –O Manejo Florestal e o programa de desenvolvimento tecnológico
devem prever e adotar técnicas que considerem a conservação dos solos, os
recursos hídricos e do ar. Os critérios 4.1 a 4.4 devem ser contemplados.
Documento de referencia: PTEAS – Planejamento Técnico Econômico
Ambiental e Social.
Analisados: Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o
PPF079 - Leonardo Seixas Matos, membro do grupo 4 ASPEX.
Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF081 –
Flamarion Souza Matos, membro do grupo 4 ASPEX.
Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF092 –
Leonardo Seixas Matos, membro do grupo 4ASPEX.
Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF034 – Nilo
Orlando G. Montenegro, membro do grupo 4 ASPEX.
54
Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF065–Erton
Sesquim Sanchez, membro do grupo 4 ASPEX.
Projeto Técnico Econômico Ambiental e Social elaborado para o PPF095 - Jair
Passamani, membro da ASPEX.
CONSIDERAÇÕES:O Plano Técnico Econômico Ambiental e Social descreve a
viabilidade econômica do projeto informando dados de volume, rendimento e
produtividade das áreas dos PPF’s.
Há caracterização edafo-climática da área de fomento florestal e orientações
de manejo do solo: preparo plantio e colheita.
Demonstra planejamento de escoamento da produção e prevê os riscos
ambientais e sociais da operacionalização do manejo das unidades florestais.
Descreve as áreas de preservação permanente e qual o seu estagio de
regeneração, prevendo os riscos das operações nas proximidades das APP e
ARL, descrevendo medidas de mitigação e controle dos impactos identificados
na matriz de riscos anexa ao caderno de estudos técnicos por PPF.
NC_MCT_02_Menor descrita no SF02 anexo contra o critério 4.1 O manejo
florestal deve basear-se no planejamento ambiental prévio a área.
Item b) evidencia documentada de caracterização dos recursos hídricos,
considerando-se as micro bacias, onde se insere a unidade de manejo florestal.
III - VISITAS DE CAMPO.
1 - Terça-feira 09 de outubro de 2012.
A) PPF079 - Leonardo Seixas Matos.
B) PPF081 - Flamarion Souza Matos.
C) PPF092 - Leonardo Seixas Matos
CONSIDERAÇÕES:Nas unidades de manejo visitadas observou-se que o
manejo planejado nas PTEAS vem sendo cumpridas, as áreas de reserva e
55
preservação encontram-se em estágios diversos de recuperação, cercadas e
sem a presença de animais, os acessos e estradas oferecem alguma
dificuldade, porém já há previsão e planejamento descrito na PTEAS para as
áreas com estradas vicinais mal conservadas.Os aceiros estão conformes e
permitem o transito de veículos e equipamentos. Os recursos hídricos
existentes aparentam estar protegidos por vegetação nativa em estagio de
recuperação, não se observou assoreamentos ou processos erosivos que
possam comprometer as unidades de manejo florestal visitadas. Detalhes
sobre os riscos do manejo nas áreas como a proximidade a linhas de
transmissão, casas e reservas ou APP, estão descritas nas matrizes de risco
anexos aos PTEAS.
OBS: As áreas de outros usos com plantio de Eucalipto devem ser excluídas
do escopo da auditoria.(plantios particulares)
Quarta Feira
PPF – 63 Leonardo Loureiro Fernandes
PPF – 95 Jair Passamani
PPF – 34 Nilo Orlando G. Montenegro
CONSIDERAÇÕES:
PPF – 63 - Na visita a propriedade identificou-se um principio de erosão
próximo à barragem, o qual, já estava descrito no relatório da auditoria interna,
com previsão de controle do aumento na construção das estradas e acessos
para colheita. Os mapas e descrições dos PTEAS devem traduzir com maior
clareza qual a destinação de uso das áreas Legendadas como de outros usos.
Na entrada da propriedade há um ponto de ônibus escolar, sugere-se que se
coloque no local uma lixeira para coleta dos resíduos deixados pelos
estudantes. A estrada vicinal que corta a unidade de manejo, e por onde os
ônibus escolares trafegam podem ser sinalizadas para proibição de JOGAR
LIXO. O plantio encontra-se livre de pragas e a mato competição esta
56
controlada. Os aceiros estão desobstruídos e as estradas e acessos que
necessitam de manutenção ou ampliação já estão previstos na PTEAS.As
áreas de reservas naturais encontram-se cercadas e estagio de regeneração
média. Os recursos hídricos devem ser mapeados e os dados hidrológicos
quantitativos e qualitativos devem ser incluídos nas PTEAS ou no Plano de
Manejo.
PPF – 95 – Na visita a propriedade identificou-se que o talhão 2 - 1,65 esta
cercado por área de reserva legal, exigindo uma verificação dos aspectos da
colheita mecanizada no talhão, e a adoção de medidas especiais para controle
e mitigação dos possíveis impactos na Reserva Legal que circunda o talhão. A
casa onde o funcionário Isnaldo Ferreira de oliveira reside apresenta instalação
elétrica fora de padrão exigido pela NR 10/NR 31, contendo fios expostos
expondo a riscos de choques e curto circuito, aumentando o risco de incêndio
(NC_MCT_03) anexo. As áreas de plantio estão livres de pragas e a mato
competição esta controlada. Os aceiros estão desobstruídos e os acessos e
estradas que necessitam de manutenção ou ampliação estão planejados nos
PTEAS. As áreas de reserva legal e APP encontram-se cercadas, em estagio
médio de regeneração, sem a presença de animais.
OBS: Nº. 1 -As fossas sépticas foram compradas, mas ainda não foram
instaladas.
Nº. 2 – O Sr. Isnaldo mantém em um dos cômodos da casa 1 galão com
gasolina e óleo de motor para seu carro, recomenda-se que sejam
armazenados em local apropriado, fora da casa de habitação.
Nº. 3 – Foram encontrados no curral dentro da caixa da balança herbicida
ROUNDAP (Glifosato) que segundo o Sr. Isnaldo é de um vizinho Sr. Geraldo
que pediu para deixar lá. A área destinada para depósito de produtos químicos
anexos ao curral não possui iluminação e esta fora do padrão exigido pela NR
31. No momento da vistoria havia no local uma caixa de Sulfuramida para
combate a formiga e 3 quilos de Glifosato.
57
OMS MPG 01: Recomenda-se reforçar o treinamento de coleta seletiva para os
trabalhadores da propriedade.Recomenda-se reforçar o treinamento do
trabalhador, quanto ao Uso, Guarda e Conservação dos EPI’s. Recomenda-se
treinar o trabalhador para percepção dos riscos.
PPF – 34 – Na visita a propriedade constatou-se que As áreas de plantio estão
livres de pragas e a mato competição esta controlada. Os aceiros estão
desobstruídos e os acessos e estradas que necessitam de manutenção ou
ampliação estão planejados nos PTEAS. As áreas de reserva legal e APP
encontram-se cercadas, em estagio médio de regeneração, sem a presença de
animais.
OBS:MCT Nº. 1Observou-se no depósito de ferramentas que o piso encontra-
se contaminado por resíduos de hidrocarbonetos. Em outra sala anexa
encontrou-se resíduos de matérias de construção (Tinta) que devem ser
destinadas de forma correta.
OBS MCT Nº. 2 Na analise do PPRA, do PCMSO, do LTCATe do Laudo
Ergonômico elaborado para o PPF 34 demonstra inconsistência de avaliação
dos riscos ocupacionais para a função de Trabalhador Rural exercida pelo Sr.
Valdenice de Souza Franco descrevendo de forma incorreta a intensidade da
exposição (Habitual e Intermitente) trazendo como consequência um
recolhimento de alíquota de GFIP errado. O PCMSO embora descreva riscos
biológicos não associa nenhum exame médico complementar para verificação
do indicador biológico com interação na saúde e na integridade física do
trabalhador. O laudo ergonômico descreve ações de treinamento
recomendadas e descritas como executadas, mas na entrevista com o
trabalhador identificou-se que não foram realizados. O trabalhador apresentou
um óculos de proteção em, mas condições de conservação.
.
58
ASPEX – GRUPO 4 - Maria Augusta Godoy – MPG
Princípio 3
1) PREV – Vinculado ao processo de Reserva Legal – Plano de
Revegetação e Enriquecimento
Entrevistado: PROJEX – João Carlos Rocha Júnior
Foram realizados diagnósticos ambientais dos PPFs, onde os PREVs foram
encaminhados ao INEMA, para aprovação.
A sistemática de recuperação de áreas degradadas dos PPFs são bastante
semelhantes, e prevêem a realização de trabalhos em 2 fases, sendo a
primeira de isolamento e avaliação da regeneração natural, e a segunda, de
plantio de essências nativas, propriamente dita.
Necessidade de recuperação de áreas degradadas evidenciado através de
Plano de Ação para identificação de áreas a serem recuperadas. PPF 58/88 e
PPF 34 já iniciados os trabalhos de identificação de locais a serem
recuperados.
- PPF 20 – Sr. Paulo K. Eizuka – Faz Águas Claras do Oeste
Entrevistado: – Sr. Paulo K. Eizuka – proprietário
Sr. Gilmar Barbosa – morador da fazenda
PREV evidenciado – 229 ha de área total. Protocolo de solicitação de
aprovação evidenciado.
A proposta do PREV prevê a recuperação de 23,86 há, sendo 16 há em
Reserva legal e 7,67 em APP.
Fase de execução dos trabalhos – 2 fases, sendo a primeira de avaliação da
regeneração natural, com duração de 2 anos para as áreas de Reserva Legal,
através do isolamento da área monitoramentos anuais. Nas APPs, a avaliação
59
da regeneração natural será feita somente por 1 ano, sendo a Fase II iniciada
já no segundo ano.
Na segunda fase, serão realizados plantios de mudas de essências nativas.
- Levantamento de áreas degradadas – Roteiro de caracterização evidenciado,
março 2009.
- Reserva Legal – protocolo de averbação – processo 2009-012436/TEC/ARL-
1113,d e 27/03/2009, vinculado ao PREV. Verificado no website do INEMA o
status do processo (www.inema.ba.gov.br)– processo enviado para a área.
Segundo a Projex, a vistoria foi realizada em setembro/2012.
Verificado em Campo:
- APPs bem preservadas, com vegetação nativa em bom estágio de
conservação nas áreas vistoriadas;
- placas de Caça e Pesca evidenciadas na entrada da fazenda;
- Monitoramento de consumo de água – em setembro de 2012 foram
consumidos 13000 litros de água do poço.
Atendimento da NR31:
- fossa séptica implementada, kit de emergência, telefones úteis
disponibilizados, ferramentas de campo com bainhas, EPIs disponibilizados
aos moradores.
- PPF 83 – Sr. Gustavo Balestrero Zanandrea e outro – Faz Buganville
Entrevistado: – Sra. Mariuza Burini – proprietário
Sr. Silvaldo Souza – funcionário e morador da fazenda
PREV evidenciado – 233 ha de área total. Protocolo de solicitação de
aprovação evidenciado .
60
A proposta do PREV prevê a recuperação de 43 ha, sendo 18 há em Reserva
legal e 24 em APP.
Fase de execução dos trabalhos – 2 fases, sendo a primeira de avaliação da
regeneração natural, com duração de 2 anos para as áreas de Reserva Legal,
através do isolamento da área monitoramentos anuais. Nas APPs, a avaliação
da regeneração natural será feita somente por 1 ano, sendo a Fase II iniciada
já no segundo ano.
Na segunda fase, serão realizados plantios de mudas de essências nativas.
- Reserva Legal – protocolo de averbação – processo 2010-007833/TEC/ARL-
0671,de 5/5/2010.
Processo de PREV, processo 2010-007835/TEC/ARL-0062, de 5/5/2010.
Evidenciado no website – status “enviado para o Técnico”. Verificado no
website do INEMA o status do processo (www.inema.ba.gov.br).
Verificado em campo:
- ASO Sr. Silvaldo Souza , 16/08/2012. Exames médicos realizados: exame
clínico, GAMA GT, hemograma, EAS, glicemia, EPF.
- Kit de primeiros socorros em ordem e com lista de
- fornecimento de água mineral para funcionários.
- Área de Preservação Permanente cercada em locais onde há pasto sujo –
prevista no PREV.
Evidenciado erro no PTEAS, onde cita que área nativa é considerada como
outros usos e considerada para local de bota-fora. O mapa do PTEAS não
fornece detalhamento do que é considerado outros usos ou tipo de cobertura
vegetal no local - NC aberta.
NC – critério 2.2 - Mapas de caracterização dos PPFs não apresentam dados
de uso e ocupação do solo, tais como a localização de áreas naturais, escopos
61
das áreas certificadas, e detalhamentos da cobertura vegetal, também não
sendo possível verificar as medidas de controle realizadas nos locais
classificados como outros usos.
- PPF 84 – Sra. Erlette Zanelato – Faz Arizona
PREV evidenciado – 311ha de área total. Protocolo de solicitação de
aprovação evidenciado.
A proposta do PREV prevê a recuperação de 26 ha, sendo 21 há em Reserva
legal e 4,6 em APP.
Fase de execução dos trabalhos – 2 fases, sendo a primeira de avaliação da
regeneração natural, com duração de 2 anos para as áreas de Reserva Legal,
através do isolamento da área monitoramentos anuais. Nas APPs, a avaliação
da regeneração natural será feita somente por 1 ano, sendo a Fase II iniciada
já no segundo ano.
Na segunda fase, serão realizados plantios de mudas de essências nativas.
- Reserva Legal – protocolo de averbação – processo 2009-024509/TEC/ARL-
2535,de 28/7/2009.
Evidenciado no website – status “enviado para o Técnico”. Verificado no
website do INEMA o status do processo (www.inema.ba.gov.br).
Verificado em Campo:
- APPs bem preservadas, com vegetação nativa em bom estágio de
conservação nas áreas vistoriadas;
- Placa de Caça e Pesca evidenciadas na entrada da fazenda.
Não há moradores no local.
62
- PPF 41 – Melfi Patrimonial/Sr. Fábio Loureiro Souto - Faz Nossa Senhora
das Graças.(Área total, 110 há).
Certificado de Aprovação de Averbação de Reserva legal - 25/07/12 – ARL-
0467/2012-0493. Reserva Legal de 22,4 ha. O certificado estabelece a
imediata implementação do PREV. Processo 2009-029157/TEC/RL -2911
PREV – recuperação de 14 ha, sendo 8,42 de RL e 6,2 de APP. Fase de
execução dos trabalhos – 2 fases, sendo a primeira de avaliação da
regeneração natural, com duração de 2 anos para as áreas de Reserva Legal,
através do isolamento da área e monitoramentos anuais. Nas APPs, a
avaliação da regeneração natural será feita somente por 1 ano, sendo a Fase II
iniciada já no segundo ano.
Na segunda fase, serão realizados plantios de mudas de essências nativas.
- PPF 64 – Sr. José Henrique Alves - Faz Nossa Senhora das Graças.
- Reserva Legal – protocolo de averbação – processo 2009-027483/TEC/ARL-
2709,de 27/08//2009.
Área total = 41 ha – não houve necessidade de elaboração de PREV, pois
segundo levantamento da PROJEX, a vegetação nativa está bem preservada.
2) Levantamento de Fauna e Flora
Entrevistada – Virgínia Londe de Camargos
Evidenciado diagnóstico de fauna e flora realizado somente no PPF 004, com
vistas à identifcação de área de alto valor de conservação.
Critério 3.2 a, b – NC Menor – Não realizado levantamento de fauna e flora nos
PPFs do Grupo 4 de forma sistemática e com amostragem significativa em
relação ao número de PPFs, visando identificar, caracterizar e conservar os
recursos biológicos.
Levantamento e monitoramento de fauna e flora somente citado em
cronograma a ser realizado em 2013.
63
3) Ocorrências Ambientais – Caça e Pesca predatória
- Evidenciado planilha de ocorrência de imóveis em PPFs, realizada pela
consultoria TREE. A planilha registra os assuntos: animais de terceiros, retirada
de produtos florestais, caça e pesca, incêndios florestais, invasão de áreas de
preservação e registrso de fauna, outros. Desde jan 2012, evidenciou-se 2
incêndios, sendo evidenciado o Boletim de Ocorrência n°4132012000368,
emitido em 08/6/12, no PPF 004 – Faz Sta Luzia, 350 m2 queimados.
Não evidenciado ocorrência relativa à caça e pesca predatória nos PPFs
auditados. Placas de sinalização evidenciadas nas entradas dos PPFs.
4) Corredores Ecológicos e Conversão de Áreas
Verificado PPF 20 – foto aérea de 2010 (Google) e imagem de satélite de 1995.
Não evidenciado conversão de áreas pela escala avaliada. Eucaliptos
plantados em áreas abertas, sem florestas. APPs preservadas e conectadas.
Verificado PPF 84 – foto aérea de 2006 (Google) e ortofoto 1995/1996. Não
evidenciado conversão de áreas pela escala avaliada. Eucaliptos plantados em
áreas abertas, sem florestas. Não há fragmentos significativos próximos que
justifiquem a implementação de corredores.
Verificado PPF 83 – foto aérea de 2006 (Google) e ortofoto 1995/1996. Não
evidenciado conversão de áreas pela escala avaliada. Eucaliptos plantados em
áreas abertas, sem florestas. Há fragmentos significativos próximos, mas
vinculados às APPs, que formam corredores ecológicos.
O PREV deste PPF também favorece a recuperação de APPs, onde foram
identificadas áreas a serem recuperadas que podem favorecer a circulação de
animais.
PPF04 – evidenciado que área que encontra-se sobreposta à área de 10km da
costa, onde não é permitido o plantio de eucalipto pela Veracel. O PTEAS
desta área separa este plantio e o define como particular, ou seja, não será
comprado pela Veracel e é de uso particular.
64
5) Unidades de Conservação
Evidenciado mapa de unidades de conservação, com a relação de Parques
Nacionais, terras indígenas e APAs.
Não há sobreposição de unidades de conservação com as áreas dos PPFs do
Grupo 4.
OBS – Independente da manifestação do Estado, os PREVs devem ser
implementados e a recuperação das áreas degradas deve ser estimulada.
6) Controle de Pragas e Doenças
Entrevistada – Daniela Andrade – Especialista em sanidade florestal
a) Monitoramento de formigas - inicia-se em agosto de cada ano.
O controle é feito pelo assistente florestal, que indica o controle através de
avaliações visuais. A recomendação então é feita de acordo com o grau de
infestação da área.
Em áreas de reforma, o controle de formigas cortadeiras é realizado da
seguinte maneira:
- Combate pré corte e pré-plantio: sistemática
- Se preciso, 2° combate, é feito após 15 dias, localizada nos olheiros.
- Controle de manutenção – feito de acordo com a infestação – somente
com ocorrência.
Procedimento Veracel PO-03-SIL-002, rev03 – aplicado também aos
produtores florestais. O depósito de produtos químicos é feito nas áreas da
Veracel. Recomendações ambientais evidenciadas e de saúde e
segurança.
- Quantidade de consumo dos PPFs de sulfluramida – isca granulada
65
Consumo de isca formicida - Grupo de Produtores Florestais Integrados G4
Produto Comercial Ingrediente ativo
2009 2010 2011 2009 2010 2011
Área (ha) 5.120,73 5.120,73 5.120,73 Área (ha) 5.120,73 5.120,73 5.120,73
Isca (kg) 3.932 4.450 2.271 Sulfluramida (g) 11.796 13.350 6.813
kg/ha 0,77 0,87 0,44 g/ha 2,30 2,61 1,33
Consumo de herbicida - Grupo de Produtores Florestais Integrados G4
Produto Comercial Ingrediente ativo
2009 2010 2011 2009 2010 2011
Área (ha) 5.120,73 5.120,73 5.120,73 Área (ha) 5.120,73 5.120,73 5.120,73
Scout (kg) 1.715 1.765 2.510 Glifosato (g) 1.234.800 1.270.800 1.807.200
kg/ha 0,33 0,34 0,49 g/há 241,14 248,17 352,92
- Contrato com a Equilíbrio Florestal – monitoramento de formigas
evidenciado. Data de assinatura 01/05/2012,n°4600000795., 24 meses de
monitoramento de formigas cortadeiras.
Não foi evidenciado a ocorrência de pragas e doenças nos PPFs. Também
não foi utilizado controle biológico nestes locais.
No entanto, foi evidenciado manchas de Cylindrocladium pteridis em alguns
locais , mas que não foi necessário tomar medidas, apenas monitorar sua
66
ocorrência. Também não detectado perda de produtividade nos locais de
ocorrência.
A identificação de pragas e doenças pode ser feita por funcionários da
Veracel, pelo proprietário ou moradores da fazenda.
Entrevista com Stakeholder – 10/10/2012
Secretário Executivo do Fórum Florestal do sul e extremo sul da Bahia –
Paulo Dimas Rocha de Menezes
- Aspex iniciou sua participação nas reuniões do Fórum Florestal.
- Discutido sobre os acordos sobre fomentados, fechado em 2006. o acordo
prevê que as empresas florestais devem monitorar e incentivar melhores
práticas de atividades fora do escopo das áreas florestais na unidade de
manejo.
- Projetos Sociais de Desenvolvimento Regional e diversificação de produtos
florestais na economia local são realizados de modo pontual pelas empresas
florestais, apesar de serem benéficas.
- Aspex – é ótimo para as organizações ambientalistas que pequenos
produtores possam ser certificados, e muitas vezes, os produtores florestais só
tem interesse em recuperar corredores de mata atlântica quando pleiteam uma
certificação florestal. A ASPEX poderia participar como protagonista dos
projetos do Fórum.
- Não tem conhecimento de desvios ou irregularidades, pois também n]ao
conhece a fundo as atividades de cada produtor.
- 3% da área reflorestada do contrato com a Veracel pode ser vendida para
qualquer finalidade. Neste sentido, o Secretário do Fórum levantou a hipótese
de que estes 3% sejam destinados à diversificação da economia local, e
destinados à outros usos além da celulose.
67
- Áreas que foram de pecuária no passado, e precisam de recuperação de
APPs podem ter seu projeto financiado pelos projetos do Fórum Florestal.
- Todo o impacto da certificação é benéfico para o meio ambiente.
Verificar cacau cabruca até 1993. Onde houver antigo plantio de cacau cabruca
(até 1993), não pode haver a substituição por reflorestamento de Eucaliptus
spp, evitando-se árvores nativas sejam substituídas por reflroestamento –
Acordo 3.
OM – Avaliar a possibilidade de se destinar os 3% do reflorestamento do
contrato com a Veracel em projetos de diversificação da economia local.
OM – Buscar junto à organizações locais responsáveis pelo Corredor Monte
Pascoal - Pau-Brasil, como a IBio – uma parceria para recuperação de áreas
degradadas em APPs e uso múltiplo das florestas.
Obs MPG 02 – Monitorar o cumprimento dos acordos firmados pelo Fórum
Florestal do sul e extremo sul da Bahia, quando aplicável.
Evidências:
Acordo 1 – Cláusulas aplicáveis ao Fomento Florestal.
Acordo 4 - Zona de Expansão Urbana – clausula 6 – fomentados devem ter
plantios com distância mínima de 300 m de áreas de expansão urbana.
Acordo 5 – Afastamento de infra-estrutura comunitárias – 40 m de igrejas não
pode haver reflorestamento.
68
SÍNTESE DAS OBS,OM E NCs:
OM – Avaliar a possibilidade de se destinar os 3% do reflorestamento do
contrato com a Veracel em projetos de diversificação da economia local.
OM – Buscar junto à organizações locais responsáveis pelo Corredor Monte
Pascoal - Pau-Brasil, como a IBio – uma parceria para recuperação de áreas
degradadas em APPs e uso múltiplo das florestas.
OBS – Monitorar o cumprimento dos acordos firmados pelo Fórum Florestal do
sul e extremo sul da Bahia, quando aplicável.
OBS – Independente da manifestação do Estado, os PREVs devem ser
implementados e a recuperação das áreas degradas deve ser estimulada.
NC Menor – Critério 3.2 a, b - Não realizado levantamento de fauna e flora nos
PPFs do Grupo 4 de forma sistemática e com amostragem significativa em
relação ao número de PPFs, visando identificar, caracterizar e conservar os
recursos biológicos.
NC menor – critério 2.2 - Mapas de caracterização dos PPFs não apresentam
dados de uso e ocupação do solo, tais como a localização de áreas naturais,
escopos das áreas certificadas, e detalhamentos da cobertura vegetal, também
não sendo possível verificar as medidas de controle realizadas nos locais
classificados como outros usos.
Auditor Nelson Bastos
Principio 5
Atua basicamente em capacitação profissional, educação e saúde.
A ASPEX inicialmente estabeleceu parcerias com 6 sindicatos de produtores
rurais : Eunápolis, Itapebi, Porto Seguro, Belmonte, Guaratinga e Itabela.
Evidenciados:
69
Treinamentos específicos (capacitação profissional), SENAR-BA promove
cursos profissionalizantes.
Curso de aplicação de herbicidas 19 a 21/09/2011, Itabela. E 13 a
15/08/2012 em Eunápolis.
Curso de controle de formigas cortadeiras 09 a 11/07/2012, 11 a
13/09/2012 em Eunápolis.
Curso de Apicultura Básica 11 a 15/06/2012 em Eunápolis.
Evidenciado o instrumento particular de parceria.
Instrumento Particular de Parceria com a ACRNSV – Associação Casa
de Recuperação Nutricional S.O.S. Vida de01/02/2012; Evidenciados
também recibos de doações mensais de 2012.Solicitação da ASPEX
para início parceria, 29/09/2011. Declaração da ACRNSV de 29/09/2011
com o Histórico da Associação (2011).Atua em Porto Seguro, Eunápolis,
Itapebí, Itagemirim, Guaratinga, Itabela, Teixeira de Freitas e Mucurí.
Verificado folder do programa Cozinha Brasil, lista de presença Cozinha
Brasil 172 participantes em abril, 114 em maio de 2012.
Parceria ASPEX com União de Educação e Cultura – UNECE
(Faculdade UNISULBAHIA);
Parceria ASPEX com ACRNSV – Associação Casa de Recuperação
Nutricional SOS Vida;
Parceria ASPEX com Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela – BA.
Educação ambiental
Evidenciado instrumento particular de parceria com a UNECE União de
Educação e Cultura.
ATUA SI 3.0 “Atuando em todas as áreas”, com 1200 inscritos em 2011, em
2012 a expectativa é de serem atendidas 1500 pessoas. Período de realização
05 e 06 de junho de 2012.
Visita as instalações da SOS Vida – Recuperação de crianças desnutridas,
atuam de 0 a 6 anos, no momento estavam com 40 crianças. Existe a 19 anos.
Visita ao Sindicato dos Produtores Rurais de Eunápolis , verificados cursos de
educação profissional na área rural. Contrato de parceria com a ASPEX,
70
convênio com apicultura. Programa útero é vida, atenderam 220 mulheres ,
realizando exame papanicolau no meio rural.
OBS NMB 01. Deveriam ser empreendidos projetos sociais com as
comunidades locais caracterizadas nos grupos de produtores rurais.
Eliane Menezes – Sindicato de Eunápolis
Edna Gomes Lacerda – SOS Vida
Teresinha Biasi – SOS Vida
Rodrigo Baioco – TREE
Visita de campo PPF 056 /128
Fazenda Juliana, município Itabela. 80 ha, apenas 2 talhões.
Proprietário Haroldo Mariano
Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade com bom aspecto
fitossanitário.
Reserva legal e APPs estabelecidas e preservadas.
Boa rede viária e aceiros.
Não verificada degradação da vegetação natural.
Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.
Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência
de caça e pesca.
PTEAS evidenciado.
Relatos de presença de fauna silvestre.
Não existem trabalhadores na propriedade.
Entrevistados:
Washington Oliveira-Veracel
71
Haroldo Mariano - proprietário
Visita de campo PPF 070
Fazenda Santo Antonio, município Itabela
Proprietário Gilmar Bertoldi
Apenas 1 funcionário, Natalino Silva.
Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade.
Reserva legal e APPs estabelecidas e preservadas.
Boa rede viária e aceiros.
Não verificada degradação da vegetação natural.
Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência
de caça e pesca.
PTEAS evidenciado.
Evidenciados: carteira de trabalho, contrato de trabalho, FGTS, certidão
negativa de débitos relativos as contribuições previdenciárias, certificado de
reguralidade no FGTS e ASO. PPRA 2012-2013. Lista de presença em
treinamentos: coleta seletiva, prevenção e combate a incêndios, EPI,
certificações florestais, primeiros socorros, controle de formigas cortadeiras e
aplicação de agrotóxicos.
Verificado também: kit de primeiros socorros, procedimento programa de
controle de emergências, controle de entrega de resíduos. Kit de coleta
seletiva.
Ainda não recebeu projeto para tratamento de água e esgotos.(plano de ação
na TREE)
Entrevistados:
Natalino Silva – morador
Washington Oliveira-Veracel
Visita de campo PPF 053
72
Fazenda São Jorge, município Itabela, 157 ha de efetivo plantio.
Proprietária Maria Teresa Paier.
Apenas 1 funcionário, Juscelino de Jesus Santos.
Áreas florestais reflorestadas de altíssima produtividade (70 st/ha/ano).
Reserva legal e APPs estabelecidas e preservadas.
Boa rede viária e aceiros.
Não verificada degradação da vegetação natural.
Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência
de caça e pesca.
PTEAS evidenciado.
Evidenciados: carteira de trabalho, contrato de trabalho, FGTS, certidão
negativa de débitos relativos as contribuições previdenciárias, certificado de
reguralidade no FGTS e ASO. PPRA 2012-2013. Lista de presença em
treinamentos: coleta seletiva, prevenção e combate a incêndios, EPI,
certificações florestais, primeiros socorros, controle de formigas cortadeiras e
aplicação de agrotóxicos.
Verificado também: kit de primeiros socorros, procedimento programa de
controle de emergências, controle de entrega de resíduos. Kit de coleta
seletiva.
Ainda não recebeu projeto para tratamento de água e esgotos.(plano de ação
na TREE)
Área de arrendamento devidamente identificada (5 placas) em campo e no
mapa do PTEAS.
Entrevistados:
Juscelino de Jesus Santos – morador
Washington Oliveira -Veracel
Visita de campo PPF 110
Fazenda Reliquia, município Guaratinga. 124,70 ha.
Proprietário Fabio Loureiro.
73
Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade com bom aspecto
fitossanitário.
Reserva legal em estabelecimento e APPs preservadas.
Boa rede viária e aceiros.
Não verificada degradação da vegetação natural.
Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.
Evidenciada erosão com plano de ação.
Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência
de caça e pesca.
PTEAS evidenciado.
Relatos de presença de fauna silvestre.
Não existem trabalhadores na propriedade.
Entrevistados:
Washington Oliveira-Veracel
Franciele Rosa Ramos - TREE
Visita de campo PPF 090
Fazenda Santa Clara, município Belmonte. 89,30 ha.
Proprietário Alder Lopes Neiva.
Apenas 1 funcionário, José Oliveira.
Fossa séptica em fase de instalação.
Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade com bom aspecto
fitossanitário.
Reserva legal em estabelecimento e APPs preservadas.
Boa rede viária e aceiros.
Não verificada degradação da vegetação natural.
Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.
74
Evidenciados: carteira de trabalho, contrato de trabalho, FGTS, certidão
negativa de débitos relativos as contribuições previdenciárias, certificado de
reguralidade no FGTS e ASO. PPRA 2012-2013. Lista de presença em
treinamentos: coleta seletiva, prevenção e combate a incêndios, EPI,
certificações florestais, primeiros socorros, controle de formigas cortadeiras e
aplicação de agrotóxicos.
Verificado também: kit de primeiros socorros, procedimento programa de
controle de emergências, controle de entrega de resíduos. Kit de coleta
seletiva.
Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência
de caça e pesca.
PTEAS evidenciado.
Não conformidade, ferramentas de trabalho sem as bainhas de proteção.
Entrevistados:
Washington Oliveira-Veracel
Adler Lopes Neiva – proprietário
Franciele Rosa Ramos - TREE
Visita de campo PPF 25
Conjunto São Jorge, município Eunáplis. 293,10 ha.
Proprietário Espólio Carlos Cesar e Silva.
Áreas florestais reflorestadas de alta produtividade com bom aspecto
fitossanitário.
Reserva legal em estabelecimento e APPs preservadas.
Boa rede viária e aceiros.
Não verificada degradação da vegetação natural.
Não estavam ocorrendo operações florestais no momento da visita.
Evidenciada erosão com plano de ação.
Existência de placas de identificação da propriedade e placas de advertência
de caça e pesca.
75
PTEAS evidenciado.
Não existem trabalhadores na propriedade.
Entrevistados:
Washington Oliveira-Veracel
Franciele Rosa Ramos - TREE
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Relatório Detalhado – Rafaela Data 08/10/2012
Princípio 1(critério 1.1 e 1.3)
PPF 034
Evidenciado o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais do PPF
034. Validade: 29/05/2013.
Possui apenas um (01) funcionário, o qual tem como função: Trabalhador
Rural.
Relação de EPI’s para essa função acima descrita: uso habitual - perneira,
calçado de segurança, boné árabe; uso eventual – bota de borracha, protetor
auricular, óculos de segurança, protetor facial, capacete, capa de chuva, luva
de previlon e luva de vaqueta.
Evidenciado o PCMSO – Programa e Controle Médico de Saúde Ocupacional
do PPF 034. Validade: 30/05/2013
Exames a serem realizados: avaliação clínica (anual), audiometria
(admissional, semestral e anual), hemograma completo (anual) e demais tipos
de exames que são tratados como boas práticas de saúde.
Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho para o PPF 034. Validade:
junho/2013.
PPF 070
76
Evidenciado o PPRA do PPF 070. Validade: 13/08/2013.
Possui apenas um (01) funcionário, o qual tem como função: Trabalhador
Rural.
Relação de EPI’s para essa função acima descrita: uso habitual - perneira,
calçado de segurança, boné árabe; uso eventual – bota de borracha, protetor
auricular, óculos de segurança, protetor facial, capacete, capa de chuva, luva
de previlon e luva de vaqueta.
Evidenciado o PCMSO do PPF 070. Validade: 14/08/2013.
Exames a serem realizados: avaliação clínica (anual).
Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET. Validade: agosto/2013.
PPF 035
Evidenciado o PPRA do PPF 095. Validade: 06/09/2013.
As funções existentes no PPRA são: encarregado e trabalhador rural braçal.
EPI’s utilizados para cada função:
- Trabalhador Rural: perneira, calçado de segurança, óculos de segurança e
boné árabe.
- Encarregado: perneira, calçado de segurança.
Evidenciado o PCMSO do PPF 095. Validade: 06/09/2013.
Exames a serem realizados conforme cada função:
- Encarregado: avaliação clínica (anual).
- Trabalhador Rural Braçal: avaliação clínica é anual e os demais exames são
boas práticas de saúde realizadas pela ASPEX.
Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho do PPF 095. Validade:
setembro/2013.
77
PPF 002
Evidenciado o PPRA do PPF 002. Validade: 09/05/2013.
Apenas um funcionário com a função de Trabalhador Rural.
EPI’s relacionados para uso: perneira, calçado de segurança e boné árabe.
Demais EPI’s só serão utilizados para uso eventual.
Evidenciado o PCMSO do PPF002. Validade: 10/05/2013.
Exames realizados pelo Trabalhador Rural: avaliação clínica (anual),
audiometria (admissional, semestral e anual).
Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET. Validade: maio/2013.
Treinamentos: noções sobre fatores de riscos ergonômicos, levantamento e
transporte manual de carga e organização no trabalho.
PPF 065
Evidenciado o PPRA do PPF 065. Validade 13/08/2013.
Função exercida pelo colaborador: Trabalhador Florestal.
EPI’s relacionados para uso: perneira, calçado de segurança e boné árabe.
Demais EPI’s só serão utilizados para uso eventual.
Evidenciado o PCMSO do PPF 065. Validade: 14/08/2013.
Exames relacionados para a atividade de Trabalhador Rural existente no PPF:
avaliação clínica, hemograma completo, dosagem de acetil colinesterase e
audiometria.
Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET do PPF 065. Validade:
agosto/2013.
Treinamentos: noções sobre fatores de risco ergonômicos, levantamento e
transporte manual de carga, organização no trabalho.
78
PPF 082/091
Evidenciado o PPRA do PPF 082/091. Validade: 06/09/2013.
Funções exercidas pelos colaboradores na fazenda: Encarregado de
Operações, Serviços Gerais e Ajudante Florestal.
EPI’s por função:
- Ajudante Florestal: perneira, calçado de segurança, óculos de segurança e
boné árabe.
- Encarregado: perneira e calçado de segurança.
- Serviços Gerais: perneira, calçado de segurança, óculos de segurança e boné
árabe.
Demais EPI’s só serão utilizados como uso eventual.
Evidenciado o PCMSO do PPF 082/091. Validade: 06/09/2013.
Evidenciados os exames elegíveis para o PCMSO existente:
- Encarregado de Operações: avaliação clínica.
- Serviços Gerais e Ajudante Florestal: avaliação clínica.
Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET. Validade:
setembro/2013.
Treinamentos: noções sobre fatores de risco ergonômicos, levantamento e
transporte manual de carga, organização no trabalho.
PPF 078
Evidenciado o PPRA do PPF 078. Validade: 13/08/2013.
Função exercida por colaborador na fazenda: Ajudante Florestal (01).
79
- Ajudante Florestal: perneira, calçado de segurança e boné árabe.
Demais EPI’s serão utilizados para uso eventual.
Evidenciado o PCMSO do PPF 078. Validade: 13/08/2013.
Exames realizados pelo colaborador da função Ajudante Geral: avaliação
clínica e hemograma completo.
Demais exames podem ser realizados como boas práticas de saúde.
Evidenciada a Análise Ergonômica do Trabalho – AET. Validade: agosto/2013.
Treinamentos: noções sobre fatores de risco ergonômicos, levantamento e
transporte manual de carga, organização no trabalho.
Treinamentos realizados pela Wise Med – Medicina do Trabalho para os
colaboradores dos PPF’s arrolados nesse Grupo 04.
Programa do curso e respectivas cargas horárias: primeiros socorros (04h),
ergonomia (02h), saúde e segurança no trabalho (04h), prevenção e combate à
incêndio (02h), uso e conservação de EPI (01h) e armazenagem, manuseio e
aplicação de agrotóxicos (01h).
Colaboradores que realizaram o curso no dia 05/04/2012:
- Gidalvo Pacheco de Queiroz
- João Batista Rodrigues Gomes
- Vadenice de Souza Franco
Programa do curso e respectivas cargas horárias: primeiros socorros (03h),
ergonomia (01h), saúde e segurança no trabalho (01h), prevenção e combate à
incêndio (01h), uso e conservação de EPI (01h) e armazenagem, manuseio e
aplicação de agrotóxicos (01h).
80
Colaboradores que realizaram o curso no dia 17/08/2012:
- Natalino Silva
- Isnaldo Ferreira de Oliveira
- Sielio Souza Passos
- Getulio Reis Santos
SENAR/Bahia
Treinamento: Aplicação de Agrotóxico – Controle de Formigas Cortadeiras.
Período: 09/07/2012 a 11/07/2012
Carga horária: 24h.
Colaboradores treinados:
- João Batista Rodrigues Gomes
- Gidalvo Pacheco Queiroz
- Adriano Santos de Andrade
- Elisvaldo Santos de Andrade
Evidenciado o Plano de controle de Emergência, Procedimento ASP-15.
Rev.01. Data 04/10/2012.
Inseridas as informações para ocorrências com animais peçonhentos,
empreendimento com atividade de apicultura.
Data 09/10/2012
Certidões Negativas de Débitos
PPF110
81
- Relativos ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
Número do Imóvel na Receita Federal (NIRF): 4.462.442-5
Nome do imóvel: Fazenda Relíquia
Área Total: 242,4ha
CNPJ: 07.751.002/0001-61
Validade: 07/04/2013
Código de controle de certidão: 32B6.AF27.AFE1.66BB
- Relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União
Nome: Fábio Loureiro Souto
CPF: 716.121.815-20
Validade: 04/02/2013
Código de controle de certidão: 1D20.037F.E5BE.3833
- Débitos Tributários (Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda)
Nº da Certidão: 2012999894
Nome: Fábio Loureiro Souto
CPF: 716.121.815-20
Validade: 25/11/2012.
PPF 082/087/091
PPF 082
82
Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
- Relativos ao Imposto sobre a propriedade Territorial Rural
NIRF: 4.026.099-2
Nome do imóvel: Fazenda Vencedora III
Município: Itororó
Área Total: 349ha
CNPJ: 15.606.007/0001-29
Validade: 13/03/2012
Código de controle da certidão: AD53.1923.7F19.A570
PPF 087
Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
- Relativos ao Imposto sobre a propriedade Territorial Rural
NIRF: 0.589.668-1
Nome do Imóvel: Conjunto Natividade
Município: Mascote
Área Total: 779,1ha
CNPJ: 15.606.007/0001-29
Validade: 10/03/2013
Código de controle da certidão: 83CF.F5FB.90F9.E2ED
PPF 091
83
Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
- Relativos ao Imposto sobre a propriedade Territorial Rural
NIRF: 6.552.226-5
Nome do imóvel: Conjunto Recanto
Município: Mascote
Área total: 118,7ha
CNPJ: 15.606.007/0001-29
Validade: 10/03/2012
Código de controle da certidão: D200.77EF.3BE0.E5FF
PPF 091
Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
- Certidão Conjunta Positiva com Efeitos de Negativa de Débitos Relativos aos
Tributos Federais e à Dívida Ativa da União
Nome: Zanine Florestal Limitada
CNPJ: 15.606.007/0001-29
Validade: 04/02/2013
Código de controle da certidão: C8F1.B1CD.002F.060E
- Débitos Tributários (Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda)
Nº da certidão: 2013000600
CNPJ: 15.606.007/0001-29
Validade: 25/11/2012
- Débitos Relativos às Contribuições Previdenciárias e às de Terceiros
84
Nº: 000412012-11035007
CNPJ: 15.606.007/0001-29
Validade: 03/03/2012
- Certificado de Regularidade do FGTS – CRF
Inscrição: 15.606.007/0001-29
Validade: 30/10/2012
Número da Certificação: 2012100115370164045612
PPF 092
- Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e a
Dívida Ativa da União
Nome: Leonardo Nunes Seixas Matos
CPF: 015.587.115-38
Validade: 04/02/2013
Código de controle da certidão: F525.F1D9.2EB6.2DE9
- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda
Certidão Negativa de Débitos Tributários
Nº da certidão: 2013000825
CPF: 015.587.115-38
Validade: 25/11/2012
- Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural
NIRF: 6.514.332-9
85
Nome do imóvel: Fazenda Vencedora I e II
Município: Canavieiras
Área total: 210,5
CPF: 015.587.115-38
Validade: 09/02/2013
Código de controle da certidão: C127.9438.D26E.5BFF
PPF 084
Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural-NIRF: 6.944.296-7
Nome do imóvel: Fazenda Arizona I
Município: Itabela Área total: 97ha
CPF: 790.361.127-53
- Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural NIRF: 1.421.965-4
Nome do Imóvel: Fazenda Arizona
Município: Itabela Área total: 234ha
CPF: 790.361.127-53
Validade: 09/03/2013
Código de controle da certidão: 7A13.3ED4.24CC.3D68
- Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à
Dívida Ativa da União
86
CPF: 790.361.127-53
Validade: 24/02/2013
Código de controle da certidão: 4385.46AC.6997.6445
- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda
Certidão Negativa de Débitos Tributários
Nº da certidão: 2013009309
CPF: 790.361.127-53
Validade: 27/11/2012
PPF 090
- Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural NIRF: 4.390.931-0
Nome do imóvel: Fazenda Santa Clara
Município: Belmonte Área total: 257,3ha
CPF: 724.856.206-87
Validade: 12/01/2013
Código de controle da certidão: D0BD.6437.B2B2.786
- Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à
Dívida Ativa da União
CPF: 724.856.206-87
Validade: 04/02/2013
Código de controle da certidão: F45B.F4D3.39CA.A66F
87
- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda
Nº da certidão: 2013000768
CPF: 724.856.206-87
Validade: 25/11/2012
- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
Certidão Negativa de Débitos Relativos às Contribuições Previdenciárias e às
de Terceiros
Nº 192012-04023406
Nome: José Antunes Neiva
CEI: 50.008.02406/88
Validade: 19/03/2013
- Certificado Regularidade do FGTS – CRF
Razão Social: José Antunes Neiva
Inscrição: 50.008.02406/88
Validade: 31/10/2012
Número de certificação: 2012100216533200402162
PPF 025
- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural NIRF: 0.592.349-2
88
Nome do Imóvel: Fazenda Conjunto São Jorge
Município: Eunápolis Área Total: 534,7ha
Contribuinte: Carlos Cesar e Silva
CPF: 011.825.285-20
Validade: 12/03/2013
Código de controle da certidão: E680.5491.9A0D.D9A2
- Ministério da Fazenda/Receita Federal do Brasil
Documentos de arrecadação de Receitas Federais
Documentos acima são para comprovar a sua legalidade de negatividade junto
a Receita Federal.
Evidências de DARF’s:
- Nº de referência: 1.141.134-1. Autenticação: 3183 108 694 310812 e 3183
108 695 310812. Datas: 01/10/2007 e 01/01/2008.
- Nº de referência: 2.310.877-0. Autenticação: 3183 108 700 310812 e 3183
108 701 310812. Datas: 01/01/2009 e 01/01/2010.
- Nº de referência: 1.141.134-1. Autenticação: 3183 108 696 310812 e 3183
108 697 310812. Datas: 01/01/2009 e 01/01/2010.
- Nº de referência: 2.310.877-0. Autenticação: 3183 108 702 310812. Datas:
01/01/2011.
- Nº de referência: 1.141.134-1. Autenticação: 3183 108 698 310812 e 3183
108 699 310812. Data: 01/01/2011.
- Nº de referência: 2.310.877-0. Autenticação: 3183 108 699 310812. Data:
01/10/2007.
89
- Nº de referência: 4.927.776-20. Autenticação: 3183 108 713 310812 e 3183
108 714 310812. Data: 01/01/2011.
- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda
Certidão Negativa de Débitos Tributários
Nº da certidão: 2012999675
Nome: Roseline Vieira Cesar e Silva
CPF: 226.586.025-53
Validade: 25/11/2012
- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita federal do Brasil
Certidão Negativa de Débitos Relativos às Contribuições Previdenciárias e às
de Terceiros.
Nº 000412012-04023355
Nome: Carlos Cesar e Silva
CEI: 32.040.00355/83
Validade: 19/03/2013
PPF 081
- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à
Dívida Ativa da União
Nome: Flamarion Souza Matos
CPF: 078.725.775-34
Validade: 09/02/2013
Código de controle da certidão: 5CB1.3012.DF5D.1FDE
90
- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural NIRF: 1.307.682-5
Nome do Imóvel: Fazenda Santa Maria
Município: Belmonte Área Total: 125,4ha
- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda
Certidão Negativa de Débitos Tributários
Nº da certidão: 2013000524
CPF: 078.725.775-34
Validade: 25/11/2012
Nome: Flamarion Souza Matos
CPF: 078.725.775-34
Validade: 04/02/2013
Código de controle da certidão: B0EB.CEF2.1D5B.F4E8
PPF 079
- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
Certidão Negativa de Débitos Relativos o Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural NIRF: 5.207.651-2
Nome do imóvel: Fazenda Minadouro
Município: Belmonte Área total: 111,6ha
Contribuinte: Leonardo Nunes Seixas Matoa
CPF: 015.587.115-38
91
Validade: 17/02/2013
Código de controle da certidão: B004.D2A8.A39C.BAF0
- Ministério da Fazenda/Secretaria da Receita Federal do Brasil
Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à
Divida Ativa da União
Nome: Leonardo Nunes Seixas Matos
CPF: 015.587.115-38
Validade: 03/02/2013
Código de controle de certidão: 7646.04DB.5BF1.D195
- Governo do estado da Bahia/Secretaria da Fazenda
Certidão Negativa de Débitos Tributários
Nº da certidão: 2013000511
CPF: 015.587.115-38
Validade: 25/11/2012
PPF 078
- Ministério da Fazenda/secretaria da Receita Federal do Brasil
Certidão Negativa de Débitos Relativos ao Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural NIRF: 4.090.784-8
Nome do imóvel: Conjunto Começo
Município: Mascote Área total: 1.143,5ha
Contribuinte: Aloísio Domingos Vescosi
CPF: 575.422.107-00
92
Validade: 11/02/2013
Código de controle da certidão: 01D6.799E.32BC.24D5
- Ministério da Fazenda/Receita Federal
Certidão Conjunta Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à
Dívida Ativa da União
Nome: Arley Francisco Vescosi
CPF: 467.380.706-59
Validade: 05/02/2013
Código de controle da certidão: 89FA.508A.6C05.9359
- Governo do Estado da Bahia/Secretaria da Fazenda
Certidão Negativa de Débitos Tributários
Nº da certidão: 2013000464
Inscrição estadual: 053.935.005
CPF: 467.380.706-59
Validade: 25/11/2012
- Certificado de Regularidade do FGTS – CRF
Inscrição: 50.024.83480.8-3
Razão Social: Arley Francisco Vescosi
Validade: 26/10/2012
Nº da certificação: 2012092715291580992859
Evidenciado o Recibo de Entrega da Declaração do ITR (Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural), exercício 2012.
93
NIRF arrolado a esse ITR: 4.090.784-8
Declaração recebida pela Receita Federal no dia 22/09/2012.
Nº de controle: 4047235313
Data 10/10/2012
Partes Interessadas
- Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itabela
Evidenciado que o sindicato, na figura do seu presidente, conhece a ASPEX, e
tem os contatos da associação.
O sindicato teve conhecimento da ASPEX através de uma reunião na câmara
de vereadores da cidade.
O sindicato recebeu o resumo do plano de manejo enviado pela ASPEX e o
questionário para melhores informações sobre a certificação e sobre a
associação.
O sindicato deseja que exista uma relação mais estreita com a ASPEX, mas,
entende que a mesma está recém criada e a pretensão futura é de conseguir
realizar projetos para os sindicalizados em parceria ou com o apoio da ASPEX.
- Maçonaria de Eunápolis
A Loja Maçônica recebeu o resumo do plano de manejo enviado pela ASPEX e
o questionário para melhores informações sobre a certificação e sobre a
associação.
Recebeu a carta convite sobre as reuniões, porém o entrevistado comentou
que foi um representante desta entidade a reunião pública.
A entidade tem como preocupação a questão de emprego e renda para a
região, assim como o desenvolvimento ordenado da mesma.
94
O entrevistado comenta que uma associação como ASPEX buscando a
certificação florestal, só tem a agregar a região de maneira econômica e social.
A entidade está na região, além das suas usuais atividades, com demais
instituições, tais elas Faculdades, Rotary, Prefeitura, dentre outras para
agregar desenvolvimento econômico e social à região.
A ação da Loja Maçônica na região é de encontrar meios para cobrar os órgãos
públicos municipais e estaduais e assim gerar projetos e melhorias para a
região.
Pessoas Auditadas
Victoria Rizo – 2Tree
Franciele Rosa – 2Tree
Guilherme Baquião – 2Tree
EVIDENCIAS DO ESPECIALISTA FÁBIO RIBEIRO DIB
RELATORIO DE AUDITORIA PRELIMINAR DE CERTIFICAÇÃO FLORESTAL
DO GRUPO 4 – ASPEX
Considerando a importância dos procedimentos adotados pelo MPE, conforme
informações obtidas junto à ASPEX;
Considerando a necessidade de verificação da ausência de condições que
impeçam a recomendação para a certificação, tendo em vista os requisitos
mínimos dispostos na Norma ABNT NBR 14789, especialmente quanto aos
fomentados processados judicialmente;
Considerando tratar-se de auditoria preliminar/prévia, que antecede a auditoria
principal a ser realizada no mês de outubro de 2012, momento oportuno para
verificar seus potenciais desdobramentos para o 4º Grupo;
Considerando a possibilidade de alteração de escopo da auditoria principal,
caso seja verificada a impossibilidade de recomendação à certificação florestal
relativamente a qualquer dos fomentados processados judicialmente e
autuados pelos órgãos ambientais;
95
Considerando o histórico do processo de certificação em grupo da ASPEX e as
recomendações à vice-presidência do Bureau Veritas Certification – BVC,3 e
aquelas oriundas da gerência técnica quanto ao tema das licenças ambientais:
Passaremos à análise dos elementos que se mostrem suficientes para
fundamentar nossa opinião técnica sobre os processos judiciais que nos foram
apresentados para análise. Para tanto importa consignar que o histórico
apreendido durante as auditorias anteriormente realizadas, assim como os
preceitos estabelecidos na Norma ABNT NBR 14789, que trata da Certificação
Florestal – CERFLOR, cotejados com nossas convicções jurídicas acerca dos
temas analisados permitem a formação de nossa opinião técnica que decerto
não é vinculativa.
NOTAS DE ESCLARECIMENTO: o presente relatório segue a mesma linha de
outros elaborados anteriormente. Tem por escopo apresentar elementos que
visam posicionar o Líder de Auditoria acerca da nossa opinião, enquanto
auditor especialista, sob aspectos importantes que decorreram da atuação do
Ministério Público Estadual – MPE local, em face de 3 (três) PPFs, cada qual
envolvido no bojo de ações criminais movidas contra diversos réus que, na
visão do MPE da Bahia, teriam agido em concurso de condutas criminais. São
eles: ERTON SESQUIN SANCHEZ - PPF 29 (Fazendas Conjunto
Esperança, Pouso Alegre, Dois Irmãos e Monte Dourado), ADEMIR
MILANEZI – PPF 02 (Fazenda Conjunto Estrela) e PAULO KOJI EIZUKA
PPF 20 (Fazenda Águas Claras do Oeste)
Para melhor compreender os resultados de nossa análise, importante
consignar que: (a) em nosso juízo de valor, não concordamos com a visão
ministerial de que as licenças concedidas pelos municípios, devam ser
consideradas ilegais, ao menos quanto sua forma, que é o que interessa aos
órgãos certificadores. Isto porque, como cediço, não podem extrapolar suas
atribuições com o fim de verificar a procedência ou não das denúncias, eis que
não só não possuem poder de polícia, como também não são órgãos
jurisdicionais; (b) as ações criminais que nos foram exibidas, não contam, até a
presente data, com trânsito em julgado. Vale dizer: não se pode concluir que as
licenças existentes ao tempo da realização das atividades de manejo florestal,
eram, de fato, ilícitas, passiveis de nulidade ou anulabilidade e, por
conseguinte, que teriam os PPFs realizado as condutas tipificadas nas ações
3 Como visto em outra oportunidade, o MPE encaminhou recomendação à vice-presidência do BVC a fim
de que este não levasse a efeito as certificações florestais de diversos fomentados. Por outro lado, a
partir desta recomendação, houve outra, agora da gerência técnica aos auditores, no sentido de que se
verificassem fatos, circunstâncias e impedimentos atrelados ao licenciamento dos fomentados a partir
de então.
96
mencionadas; (c) várias das denúncias analisadas possuem objetos
complexos, envolvendo diversos réus - fomentados ou não, variados tipos
penais, diferentes fundamentos;4 (d) quanto aos fomentados, no mais das
vezes, as ações penais imputam delitos diversos dos delitos imputados aos
demais, razão pela qual somente se procederá à análise daquilo que diz
respeito aos mesmos. Isto porque ainda que haja menção à realização de
condutas tipificadas na Lei federal nº 9605/98, o princípio da legalidade estrita
não permite que se vislumbre a existência de responsabilidade para além dos
tipos que pede o MPE sejam aplicados aos mesmos; (e) neste sentido,
percebe-se claramente que no bojo das denúncias é recorrente o argumento do
MPE no sentido de que haveria comprovação de práticas relacionadas à de
corrupção ativa, corrupção passiva, abuso de direito e da ordem econômica,
crimes tributários, improbidade administrativa, dentre outros. Todavia, ainda
que seja recorrente a menção a estas modalidades de crimes, a denúncia-
crime se resumiu aos tipos penais ambientais previstos nos artigos 60, 67 e 68
da Lei 9605/1998, à exceção do crime tipificado no art. 38 da referida lei, que é
imputado aos titulares do PPF 20; (f) à todas as ações criminais, se conectam
ações cautelares de seqüestro, que visam indisponibilizar ativos florestais para
impedir sua comercialização e uso. Nada obstante, pelo que consta, não se
impediu a realização de atos de manejo florestal que visem salvaguardar a
integridade das florestas; (g) todas as ações ajuizadas em relação às quais nos
foram apresentados elementos para cognição inicial, ordinárias ou cautelares,
foram distribuídas perante juízo criminal, visando a persecução penal dos
titulares dos PPFs, de prestadores de serviço da Veracel Celulose S/A e de
agentes públicos, inexistindo qualquer demonstração de ações movidas
em juízos especializados nas Fazendas Públicas que, a nosso ver, seriam
aqueles competentes para processar ações que visassem questionar,
anular, reverter atos praticados pelas fazendas públicas locais ou
estadual, especialmente no que tange a licenças ambientais; (h) da mesma
forma não foi verificada a existência de ações que visassem tutelar direitos
difusos por meio de tutelas específicas ou compensatórias e/ou que visassem
para além da reparação de danos ao meio ambiente, o pagamento de multas
destinadas a fundos de direitos difusos.
4 Chama atenção que apesar de não estar impedido de fazê-lo, o titular da ação penal descreve uma série
de fatos relacionados a supostas condutas típicas praticadas pelos denunciados, sem, contudo permitir
uma visão clara de quais fatos teria o PPF 29 participado. A narrativa, em nosso juízo, peca por não
permitir a caracterização clara da tipicidade de sua conduta. Esta situação dificulta a compreensão da
pessoalidade na participação dos fatos narrados, o que, à luz do Direito, pode ensejar graves falhas na
acusação. Não se quer fazer juízo de probabilidade, mas apenas esclarecer que por se tratar de
tipificação com base na Lei 9605/98, que traz normas penais em branco, esta situação é muito
relevante em razão da necessária segurança jurídica para a condenação criminal.
97
Conclui-se, portanto, ao menos neste momento, que as ações movidas, à
exceção da citação de 2 outras que, segundo informações obtidas junto a
assessoria jurídica, não afetariam os fomentados acima indicados, que a
persecução penal não afetaria, ao menos a princípio, os efeitos de quaisquer
licenças que tenham sido concedidas aos fomentados, ainda que conste do
argumento das ações penais, a suposta prática de diversos atos ilícitos. 5
Vale lembrar, que da mesma forma que se fez em outras oportunidades, serão
feitas análises específicas dos fomentados perante o disposto nos requisitos da
Norma ABNT NBR 14789, bem como serão consideradas as normas
definidoras da competência em matéria de meio ambiente, incluídas as
competências legislativa e aquela voltada para a aplicação do poder de polícia.
Por esta razão a análise da legislação federal e estadual, principalmente, assim
como a municipal se faz necessária. Logo, a partir da Constituição Federal, das
normas que pautam o SISNAMA, o SISEMA da Bahia, cujas atribuições
decorrem do disposto no art. 23, incisos VI e VII da Constituição Federal,6 c.c.
o art. 6º, incisos V e VI da Lei nº 6938/1981, 7 se dará seqüência ao relato de
aspectos anteriormente verificados e apontados em outros relatórios, sem
prejuízo de outros que interessam à auditoria preliminar, a fim de balizar a
decisão quanto ao avanço do processo de certificação do Grupo 4, ao menos
no que tange aos fomentados cuja situação será apreciada.
Além da orientação da Gerência Técnica do BVC relativa à questão das
licenças ambientais, tema já esmiuçado em outras oportunidades, o presente
relatório, da mesma forma que os demais, se baseia em linhas de corte que
abrangem o escopo da auditoria e a interpretação que fazemos do
Princípio 1 da Norma NBR ABNT 14789, que segue abaixo transcrito e
5 Este ponto, para nós, é de extrema importância, na medida em que não cumpre a nós, segundo
entendemos, realizar qualquer juízo de valor de caráter vinculativo à equipe de auditoria, à gerência
técnica e ao comitê de certificação. Logo, ainda que alguns comentários sejam feitos, as conclusões
estarão vinculadas a critérios objetivos oportunamente apresentados.
6 Referido artigo, por força do disposto em seu parágrafo único, foi recentemente regulamentado pela Lei
Complementar 140/2011
7 Art. 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e
melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim
estruturado: V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de
programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação
ambiental; VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;
98
grifado, e demais regras de hermenêutica do Direito, especialmente com
atenção a princípios constitucionais e de ramos do Direito como o penal e
ambiental.
Norma NBR ABNT 14789 - 3.1 Princípio 1 -
Cumprimento da legislação
O empreendimento florestal deve ser gerido através
de atitudes e ações que assegurem o cumprimento
das legislações Federal, Estadual e Municipal em
vigor. A legislação nacional, os acordos e os tratados
internacionais devem ser divulgados a todos os
envolvidos no processo de obtenção da matéria-
prima florestal. Os critérios e indicadores a serem
atendidos são os seguintes:
3.1.1 Critério 1.1 - a organização deve realizar as
atividades pertinentes à implantação e manejo das
florestas, de acordo com as legislações e outros
regulamentos florestais e ambientais vigentes.
- Indicadores:
a) existência de procedimentos de identificação da
legislação e outros regulamentos aplicáveis às
atividades de implantação e manejo da unidade de
manejo florestal;
b) existência de registros que comprovem o
atendimento à legislação e outros regulamentos
aplicáveis às atividades de implantação e manejo da
unidade de manejo florestal.
DEFINIÇÕES IMPORTANTES:
Para melhor compreensão do presente relatório, serão citadas algumas
definições de importância, algumas encontradas na Norma ABNT NBR 14789 e
outros na legislação ambiental, especialmente na resolução CONAMA
237/1997:
área antropizada: Área de terreno ou de vegetação que teve seu estado
original alterado por ação do homem; (item 2.2 da NBR 14789);
99
área degradada: Área de terreno ou de vegetação que passou para uma
categoria com maior grau de deterioração, por ação antrópica ou de fenômenos
naturais (item 2.3 da NBR 14789);
aspecto ambiental: Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma
organização que pode interagir com o meio ambiente (item 2.25 da NBR
14789);
critério: Expressão da postura face a parâmetros ou requisitos que traduzem a
adesão a um princípio e que se relaciona ao estado ou à dinâmica de um
sistema (item 2.5 da NBR 14789);
estudos ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos
ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de
uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise
da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle
ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de
manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de
risco;8
licenciamento ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas
que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando
as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao
caso;9
licença ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que
deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para
localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras
dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental;10
manejo florestal: Gerenciamento da floresta para obtenção de produtos e
serviços, respeitando-se as variáveis ambientais e sociais que garantem os
mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo (item 2.14 da
NBR 14789);
8 CONAMA 237/1997
9 CONAMA 237/1997
10 CONAMA 237/1997
100
organização: Companhia, corporação, firma, empresa ou instituição, ou parte
ou combinação destas, pública ou privada, sociedade anônima, limitada ou
com outra forma estatutária, que tem funções e estrutura administrativa
próprias (item 2.20 da NBR 14789);11
plantações florestais: Coberturas vegetais resultantes de atividades humanas
de plantio ou semeadura, com ou sem tratamentos silviculturais, estabelecidas
com espécies florestais arbóreas; equivalentes a florestas plantadas (item 2.18
da NBR 14789);
princípio: Legislação ou regra fundamental que serve de base para ação e é
expressa na forma de objetivo ou atitude em relação à função do ecossistema
florestal e aos aspectos pertinentes do sistema social que com este
ecossistema se relaciona (item 2.19 da NBR 14789);
restauração: Conjunto de medidas e procedimentos que visam a regeneração
e a restituição da forma e função da vegetação que ocorria originalmente na
área. Nesse termo incluem-se as técnicas que utilizam a intervenção direta,
bem como as que promovem a regeneração natural (item 2.21 da NBR 14789);
unidade de manejo florestal - UMF: Área, contínua ou não, claramente
definida, onde está implementado o plano de manejo florestal (item 2.24 da
NBR 14789);
APP – Área de Preservação Permanente;
CF – Constituição Federal;
CEBA – Constituição do Estado da Bahia;
CP – Código Penal;
CPP – Código de Processo Penal
CRI – Cartório de Registro de Imóveis;
DOE – Diário Oficial do Estado;
EIA-RIMA- Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental;
HC – habeas corpus;
LCA – Lei de Crimes Ambientais e Infrações Administrativas;
11 No relatório será empregada com regularidade o equivalente PPF, nome conferido aos fomentados do
Programa Produtor Florestal, acrescido de uma numeração específica.
101
LIA – Lei de Improbidade Administrativa;
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, podendo ser utilizada como
indicativa de uma Resolução do órgão;
MS – mandado de segurança;
PNMA – Política Nacional do Meio Ambiente;
RCI - Roteiro de Caracterização do Imóvel;
RL- Reserva Legal;
SISEMA - Sistema Estadual do Meio Ambiente;
SISNAMA- Sistema Nacional do Meio Ambiente.
TJBA – Tribunal de Justiça do Estado da Bahia
De forma seqüencial, serão apresentados abaixo, de forma resumida, os
principias elementos que serviram de base de nosso entendimento acerca da
situação jurídica de cada um dos 3 (três) fomentados que têm problemas com o
MPE e órgãos ambientais. Lembramos que segundo informações da Aspex,
somente os referidos PPFs pertencentes ao Grupo 4 possuem problemas desta
natureza.
Serão transcritos trechos e cópias de documentos apresentados por meio
eletrônico, a maioria dos quais confrontados com as pastas da assessoria
jurídica e demais consultorias que prestam serviços à certificanda.
ERTON SESQUIN SANCHEZ: a denúncia, ao que consta, foi ajuizada em
16/06/2009, tendo recebido o nº 0003325-13.2009.805.0079.12 A mesma
proposta pelo promotor de justiça Dr. João Alves da Silva Neto, da 1ª
Promotoria de Justiça da Comarca de Eunápolis. Aponta a ocorrência de tipos
penais ambientais diversos e insere no pólo passivo da demanda 13 réus.
Alguns agentes públicos, outros funcionários ou ex-funcionários da Veracel
Celulose S/A, além de particulares, como é o caso dos réus abaixo citados:13
12 Com soante informações obtidas junto a assessoria jurídica da Aspex, o feito depende de julgamento,
havendo audiência de instrução marcada para o ano de 2013 (05/03/2013 às 14h00min).
13 Ao que consta, o réu Erton Sesquin Sanchez, teria sido funcionário da alta administração da Veracel
Celulose S/A, antes de figurar como réu da ação.
102
Os réus abaixo citados pelo que consta, são casados e titulam o PPF 29, cuja
UMF é formada por 4 fazendas.
Segundo a acusação: I- não teriam sido adotados procedimentos para definição e averbação de reserva legal – RL; para a realização de processo de licenciamento ambiental que decorresse de procedimento complexo, que exigia a realização de estudo de impacto ambiental e seu conseqüente; que os réus da ação se uniram para, em concurso, burlarem a legislação ambiental; que a Veracel teria se “apropriado” da Secretaria do Meio Ambiente do município e cooptado agentes públicos diversos; que as votações que levaram às concessões de licenças diversas foram ilegais e precedidas de manipulação corrupção, abuso de poder e outras práticas criminosas; que teriam manejado a UMF sem as devidas licenças, itens III a VIII da denúncia; II- o MPE teria ajuizado 2 ações civis públicas a fim de apurar ilegalidades e improbidade administrativa, e que as licenças conferidas perderam a validade em 2007;14
14
Vale observar que as ações mencionadas pelo MPE, quais sejam, a Ação Civil Pública nº 1081418-
5/2006, e a Ação Civil Pública nº 1081431-8/2006, não nos foram exibidas, sendo desejável sua exibição
para continuidade dos trabalhos. Decerto que seu conhecimento e até deslinde pode trazer elementos
de convicção para que possamos tecer considerações acera de potenciais reflexos ao PPF 29. Por isso,
serão solicitadas oportunamente. Não tivemos acesso à referidas ações, mas somente pudemos verificar
alguns argumentos utilizados em defesas e que de alguma forma abordaram o tema. Entendemos que
por ocasião de nossa participação na auditoria de certificação, será essencial a apresentação de
informações precisas quanto aos requeridos, objeto, pedidos e desdobramentos.
103
que teria sido exigida a atuação da administração pública estadual e que esta teria autuado o PPF 29, asseverando, ainda que o empreendimento era ilícito, itens IX a XIII; III – indica que a Veracel Celulose S/A age ilicitamente na região.
Apenas para evidenciar a complexidade dos argumentos e clara idéia defendida pelo MPE de que haveria uma estreita relação entre a Veracel, agentes públicos e fomentados, abaixo são feitas algumas transcrições da denúncia, inclusive do pedido:
104
Os artigos da Lei 9605/1998, citados na denúncia, são os seguintes:
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autorizativo do Poder Público:15
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.
Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
15 Não entendemos, a princípio, que este seja um tipo aplicável ao titular do PPF em questão. Não se
trata, pelo que consta, de funcionário público. Logo, não seria ao mesmo aplicável a referida conduta.
105
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuízo da multa.
Em sua defesa o PPF 29 aduz,16 em síntese: IV- a ocorrência de perseguição
do promotor de justiça citado; asseverando que sua atuação configura “desvio
de finalidade”; V- que a ação estaria prescrita em decorrência da incidência do
instituto da prescrição, seja pelo cômputo da pena, seja pela dosimetria, seja,
ainda, pela falta de interesse do Estado-juiz na realização da persecução
penal; VI- alegou-se, também, a ausência de justa causa para a ação e falta de
interesse processual (art. 395, incisos II e III);17 VII – preliminares de mérito
que indicam que a ação seria inepta (art. 395, inciso I do CPP) por conta não
demonstração de tipicidade (art. 41 do CPP), falsidade de alegação quanto a
inexistência de documentos que comprovassem a correta destinação da RL,
que ao tempo do manejo já havia sido concedida licença; carência da ação por
ilegitimidade de parte e por impossibilidade jurídica do pedido;18 indica a
ocorrência de constrangimento ilegal; pede a absolvição sumária; VIII- procura
demonstrar equívocos interpretativos quanto à obrigatoriedade de realização
de EIA-RIMA; indica que o parquet estaria equivocado quanto ao tema da RL,
visto que os procedimentos para sua regularização sempre existiram,
asseverando que se tratou de processo complexo, dependente de roteiro de
caracterização do imóvel – RCI, aprovação de localização de RL, apresentação
de ART, indica que haveria comprovação de Termo de Compromisso para
Averbação de Reserva Legal; impugna a alegação de que não existiram
licenças válidas, destaca que a não concessão da licença pelo Estado não
poderia ser debitada à sua conta, dentre outros argumentos.19
16 Importante consignar que, pelo que se percebeu, há um erro de digitação/indicação da posição do PPF
29 na defesa, uma vez que seria, a rigor, necessária a indicação de 8º e 9º réus e não 3º como aparece
em diversas oportunidades. Acreditamos que este não seja um fato de grande relevância, muito embora
haja argumentos cujas defesas indicam números de licenças, renovações, etc., o que poderia não
corresponder às corretas, ainda mais que a rigor, se faz menção de sua apresentação em anexo. Aí
sim, poderia surgir algum problema grave, passível, decerto, de correção.
17 Apenas para ressaltar, vale a pena ressaltar que a ausência de descrição clara da tipicidade da conduta
configura falta de requisito considerado elementar sob o foco do processo penal, sendo objeto até de
matéria sumulada pelo E. STF (súmula 453), que impediria até mesmo o aditamento da denúncia em
caso de falha no seu ajuizamento.
18 Este tópico foi descrito acima ao tratarmos da questão da complexidade e anacronismo da denúncia,
que dificulta a compreensão dos fatos realmente imputada a cada qual dos denunciados, não obstante
a indicação de quais crimes teriam sido praticados.
19 LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA – LS Nº 06, proveniente do PROCESSO ADMINISTRATIVO
SMMA/DPL Nº 10/2003. Licença esta, renovada através da LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA DE
106
Em resumo quanto ao andamento das ações penais.
A ação criminal de rito ordinário, ajuizada em 16/09/2009, teve a denúncia
recebida em 17/09/2009. Após diversos desdobramentos, ainda não possui
trânsito em julgado, consoante dados obtidos no sítio do TJBA. Não consta
sequer data marcada para audiência. 20
Ainda consta a existência de ação cautelar de sequestro de ativos florestais,
incidente sobre a UMF titulada pelo PPF 29, a qual se processa no mesmo
juízo sob o nº 0001390-35.2009.805.0079, ajuizada em 20/03/2009.21 Esta
ação indica que IX – as licenças obtidas pelo PPF 29 e outros seriam ilegais;
não existiria indicação de averbação de RL; teria ocorrido uma série de
irregularidades envolvendo órgãos e agentes públicos; X- foi deferida liminar
para sequestro e averbação no CRI local em 17/09/2009; XI – foram opostos
embargos em 02/06/2011, sendo suscitadas diversos argumentos de defesa,
em boa parte reproduzidos em outros embargos que versaram sobre tema
similar, dado que o MPE moveu diversas ações similares. 22 Em síntese se
alega inidoneidade da medida, ausência de perigo da demora e de elementos
jurídicos que assegurassem o deferimento da medida; o excesso da mesma,
vez que poderia provocar o efeito inverso, qual seja o perecimento do bem em
prejuízo a todos; ausência de provas de irregularidades; inexistência de origem
ilícita da madeira; perigo da demora reverso,23 dentre outros argumentos.
RENOVAÇÃO – LS Nº 85, proveniente do PROCESSO ADMINISTRATIVO SMMA/DLA Nº 096/2006,
ainda sob a égide da competência municipal. Vale notar que com a edição da Lei estadual nº
10431/2006, a competência para licenciar o empreendimento do PPF 29 teria sido deslocada para o
Estado.
20 http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15
21 http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15
22 Caso atípico posto que, no mais das vezes os fomentados realizam o comparecimento espontâneo e
desde logo deflagram suas defesas.
23 Trata-se de construção jurídica que indica que a providência severa adotada pelo juiz, pode trazer
danos irreversíveis a todos os envolvidos pelo perecimento dos bens sequestrados. Assim se
argumento que o sequestro é a pior medida para todos, sendo melhor a adoção de outras, que não se
indicam com detalhes. Exemplo seria a caução do valor para venda dos ativos; venda judicial, etc..
Todavia, Nara da disso, a rigor, teria ocorrido. Muito ao contrário, os ativos permanecem, em tese,
sequestrados.
107
Nesta ação foi concedida liminar e do sitio eletrônico do TJBA consta, além da
concessão, despacho que determina a realização de reconhecimento da área,
o que é de importância para compreender os procedimentos adotados pelas
partes. Cabe registro:
“Decisão: "(...) EXPEÇA-SE O MANDADO PARA QUE O OFICIAL DE JUSTIÇA NOTIFIQUE OS REQUERIDOS DESTA DECISÃO, BEM ASSIM FAÇA. COM O RECURSO DE PREPOSTOS DO IBAMA OU DO ÓRGÃO AMBIENTAL DESTE MUNICÍPIO, O LEVANTAMENTO PORMENORIZADO DA ÁREA DE PLANTIO ATINGIDA POR ESTA MEDIDA, CONSTANDO EM ALTO CIRCUNSTANCIADO. OUTROSSIM, FICA AUTORIZADO A IMPLEMENTAÇÃO, PELOS REQUERIDOS, DE QUAISQUER PROVIDÊNCIAS TENDENTES À CONSERVAÇÃO DO PLANTIO DE EUCALIPTOS QUE NÃO IMPORTEM, NATURALMENTE, NA FRUSTAÇÃO DA PRESENTE MEDIDA." CERTIFIQUEM-SE OS REQUERIDOS, COMO PEDIDO NA INICIAL.” 24
Após a liminar houve embargos e posterior apelação. Pelo que nos foi
informado, o MPE ainda não teria tomado ciência dos termos da apelação,
recebida no efeito devolutivo, o que retardaria o andamento do feito. Estas
informações prestadas pela assessoria jurídica, que nos franqueou
documentos, pode ser confirmada pelos andamentos processuais contidos no
sitio oficial do TJBA.25
Com isso se considera a madeira sequestrada, assim como fica claro que
inexiste decisão terminativa quanto à ambas as ações movidas, principal e
cautelar. Logo, inexiste decisão terminativa que impeça, a nosso juízo, a
interrupção do processo de certificação. Relembre-se que, a rigor, até a
presente data não se demonstrou qualquer ação transitada em julgada movida
perante algum juízo das fazendas públicas questionando a validade e eficácia
das licenças conferidas. Decerto que esta questão não está fechada e poderá
comportar mudança de visão, inclusive com o a sinalização para exclusão do
PPF 02 do escopo da certificação até ulterior decisão.
24 http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/teor.wsp?tmp.numero_processo=2517742-
1/2009&tmp.seq=11
25 http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15
108
* * * * * * * *
ADEMIR MILANEZI: a denúncia, ao que consta, foi ajuizada em 22/03/2010,
tendo recebido o nº 0001405-67.2010.805.0079.26 A mesma teria sido proposta
pela Promotoria de Justiça da Comarca de Eunápolis. Aponta a ocorrência de
tipos penais ambientais diversos e insere no pólo passivo da demanda diversos
réu, no total de 6 (seis), inclusive o titular do PPF 29. Pelo que constatou-se do
sitio eletrônico do TJBA, alguns dos réus se confundem com os réus da ação
movida contra o titular do PPF 29. Dentre estes, estariam réus agentes
públicos, outros ligados à Veracel Celulose S/A por vínculo profissional e
outros, ainda, por contrato de fomento. Cabe registro das partes denunciadas:
26 Com soante informações obtidas junto a assessoria jurídica da Aspex, o feito depende de julgamento,
havendo audiência de instrução marcada para o ano de 2013 (05/03/2013 às 14h00min)
http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15)
109
A denúncia traz em síntese os mesmos argumentos colacionados na denuncia
do PPF 29 supra citada, acrescentando o seguinte:
E ao final conclui com o pedido que segue anexo, reproduzindo os tipos penais
acima transcritos da Lei 9605/98:
110
Pelo teor das peças de defesa exibidas, não se acredita em grandes
inovações. Um fato, no entanto, chama atenção, qual seja, o de que no tema
do desvio de finalidade se aponta que o titular do PPF 02 teria se manifestado
contrariamente a argumentos do promotor de justiça citado, em audiência
pública realizada por ocasião do licenciamento da Veracel Celulose S/A. A
defesa aponta que neste caso haveria perseguição.
Nada obstante a impossibilidade de se analisar a denúncia, no sitio eletrônico
do TJBA consta o seguinte despacho do mm. Juízo da vara criminal de
Eunápolis:
Despacho: " Nos autos encontram-se as respectivas respostas preliminares, apresentadas por todos os denunciados. Conquanto sustentem os réus a inépcia da denúncia e a falta justa causa, o exame detido do libelo inaugural revela que, nada obstante a sua extensão, nele se contém fatos que, em tese, são típicos e relevantes quanto ao direito penal, de modo que a denúncia está em ordem a vencer, ainda que com o minus, as duas preliminares referidas. Sobre a prescrição, também não há reserva ao seu reconhecimento, pelo menos neste instante. Não refoge ao julgador a certeza de que a alteração no prazo prescricional de dois para três anos não pode alcançar fatos anteriores à edição da Lei que introduziu a modificação. No entanto, não se pode determinar senão após a instrução a data dos aludidos fatos supostamente criminosos, para estabelecer-se o termo inicial do prazo. Por esta razão, o tema será remetido para julgamento final, conforme autoriza a última parte do parágrafo único, do art. 61, do Código de Processo Penal. Assim, designo audiência de instrução e julgamento para o dia 29/08/2012, às 14 horas 00 minutos. Intimaçãoes, Notificações e Requisições necessárias. A cópia autêntica desta(e) DECISÃO/DESPACHO/SENTENÇA servirá, para os todos os fins legais, como Mandado ou Ofício de Intimação/Notificação/Requisição, do/ao Ministério Público,Advogados e Defensores, autoridades policiais e todos os demais interessados, sem prejuízo da intimação diretamente nos autos mediante publicação no Diário Eletrônico do
111
Judiciário, conforme a legislação processual em vigor".27
Na sequência se observa que houve suspensão da audiência marcada em
razão de demandas eleitorais, dado que se trata de ano de eleição. Da mesma
forma resta comprovado que a audiência não se realizou, visto que em recente
publicação do DOE, datada de 11/09/2012, na qual em despacho
fundamentado o magistrado assim se pronuncia:
“Despacho: Apreciando os requerimentos de fls.
685/686 e 726/729, pelos quais o acusado Luiz
Carlos Scoton requer o reconhecimento da
prescrição punitiva em relação a sua pessoa, por
estar com mais de 70 anos de idade, do que
decorreria a redução do prazo prescricional, indefiro,
visto que a denúncia, além de não haver
determinado com precisão qual foi a data do suposto
fato criminoso, ainda textualmente aludiu a que
"como não foi renovada e a manutenção e
exploração do plantio de eucalipto, continuou a
funcionar sem licença ou autorização ambiental e
contrariando as normas legais pertinentes, os quatro
primeiros denunciados também praticaram, em
concurso de pessoas, o crime previsto no art. 60 da
lei n° 9.605/98", decorrendo dai que somente a
instrução processual poderá determinar qual foi a
data do suposto fato criminoso e se, efetivamente,
entre esta e o recebimento da denúncia decorreu o
lapso de tempo determinante da prescrição. Quanto
ao requerimento de fls. 698/699, pelo qual o Dr.
Dinalmari Mendonça Messias requer a sua exclusão
do rol de testemunhas apresentado pelo acusado
Luiz Carlos Scoton, também indefiro, considerados
os argumentos expendidos na petição de fls.
726/729, os quais acenam que a mencionada
testemunha atuou como membro do Ministério
Público em sessões do órgão concedentes das
licenças ambientais, cuja licitude a denúncia argui e,
bem por isso, pode Sua Excelência ter conhecimento
27 http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/teor.wsp?tmp.numero_processo=3188801-
5/2010&tmp.seq=51
112
de fatos que interessam ao deslinde da causa.
Intimem-se. Após as Eleições, retornem-me”.28
Consta, também, andamento processual que indica a existência de ofício
resposta do juiz com relação à existência de HC impetrado perante o TJBA.29
Todavia, não conseguimos verificar qualquer processo titulado pelo PPF 02
naquele E. Tribunal, considerando os dados que possuímos.
Em sua defesa o PPF 02 aduz,30 em síntese: XII- a ocorrência de
perseguição do promotor de justiça citado; asseverando que sua atuação
configura “desvio de finalidade”; XIII- que a ação estaria prescrita em
decorrência da incidência do instituto da prescrição, seja pelo cômputo da
pena, seja pela dosimetria, seja, ainda, pela falta de interesse do Estado-juiz na
realização da persecução penal; XIV - alegou-se, também, a ausência de justa
causa para a ação e falta de interesse processual (art. 395, incisos II e III);31
XV – preliminares de mérito que indicam que a ação seria inepta (art. 395,
inciso I do CPP) por conta não demonstração de tipicidade (art. 41 do CPP),
falsidade de alegação quanto a inexistência de documentos que
comprovassem a correta destinação da RL, que ao tempo do manejo já havia
sido concedida licença; carência da ação por ilegitimidade de parte e por
impossibilidade jurídica do pedido;32 indica a ocorrência de constrangimento
ilegal; pede a absolvição sumária; XVI- procura demonstrar equívocos
interpretativos quanto à obrigatoriedade de realização de EIA-RIMA; indica que
o parquet estaria equivocado quanto ao tema da RL, visto que os
28 http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/teor.wsp?tmp.numero_processo=3188801-
5/2010&tmp.seq=83
29 oficio nº 60/2012 respondendo HC 0313222-30.2012.805.0000 (2ª Câmara)
30 Importante consignar que, pelo que se percebeu, há a reprodução dos dados das licenças indicadas na
defesa do PPF 29. Não se sabe se houve correção quanto a este aspecto que pode, de algum modo,
trazer algum tipo de problema ao processo, visto que se o magistrado for por demais formalista e se
não houve a juntada dos documentos corretos, podem ocorrer decisões prejudiciais ao fomentado.
31 Apenas para ressaltar, vale a pena ressaltar que a ausência de descrição clara da tipicidade da conduta
configura falta de requisito considerado elementar sob o foco do processo penal, sendo objeto até de
matéria sumulada pelo E. STF (súmula 453), que impediria até mesmo o aditamento da denúncia em
caso de falha no seu ajuizamento.
32 Este tópico foi descrito acima ao tratarmos da questão da complexidade e anacronismo da denúncia,
que dificulta a compreensão dos fatos realmente imputada a cada qual dos denunciados, não obstante
a indicação de quais crimes teriam sido praticados.
113
procedimentos para sua regularização sempre existiram, asseverando que se
tratou de processo complexo, dependente de roteiro de caracterização do
imóvel – RCI, aprovação de localização de RL, apresentação de ART, indica
que haveria comprovação de Termo de Compromisso para Averbação de
Reserva Legal; impugna a alegação de que não existiram licenças válidas,
destaca que a não concessão da licença pelo Estado não poderia ser debitada
à sua conta, dentre outros argumentos.33
Em resumo quanto ao andamento das ações penais.
A ação criminal de rito ordinário ainda não foi concluída. Inexiste trânsito em
julgado, o que permite concluir que inexiste a configuração de crime por meio
de sentença terminativa que eventualmente pudesse, neste momento, impedir
o avanço do processo de certificação, considerando o objeto da ação
criminal.34
Ainda consta a existência de ação cautelar de sequestro de ativos florestais,
incidente sobre a UMF titulada pelo PPF 02, a qual se processa no mesmo
juízo sob o nº 0001382-24.2010.805.0079, ajuizada em 19/03/2010. Esta ação
indica que XVII – as licenças obtidas pelo PPF 02 e outros seriam ilegais; não
existiria indicação de averbação de RL; teria ocorrido uma série de
irregularidades envolvendo órgãos e agentes públicos; XVIII - foi deferida
liminar para sequestro e averbação no CRI local em 07/10/2010; XIX – foram
opostos embargos em 19/11/2010, sendo suscitadas diversos argumentos de
defesa, em boa parte reproduzidos em outros embargos que versaram sobre
tema similar, dado que o MPE moveu diversas ações similares. Em síntese se
alega inidoneidade da medida, ausência de perigo da demora e de elementos
jurídicos que assegurassem o deferimento da medida; o excesso da mesma,
vez que poderia provocar o efeito inverso, qual seja o perecimento do bem em
prejuízo a todos; ausência de provas de irregularidades; inexistência de origem
ilícita da madeira; perigo da demora reverso, dentre outros argumentos. Como
a decisão foi mantida o PPF 02 embargou da decisão que manteve a liminar e
em seguida apelou. A apelação não foi respondida pelo MPE e até a presente
33 De notar que aqui se traz os mesmos dados do licenciamento do PPF 29, ou seja: LICENÇA
AMBIENTAL SIMPLIFICADA – LS Nº 06, proveniente do PROCESSO ADMINISTRATIVO SMMA/DPL
Nº 10/2003. Licença esta, renovada através da LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA DE
RENOVAÇÃO – LS Nº 85, proveniente do PROCESSO ADMINISTRATIVO SMMA/DLA Nº 096/2006,
ainda sob a égide da competência municipal. Vale notar que com a edição da Lei estadual nº
10431/2006, a competência para licenciar o empreendimento do PPF 29 teria sido deslocada para o
Estado.
34 http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15
114
data não se conheceu o desfecho do caso. Seguem cópias da distribuição da
decisão dos embargos supraciatada:
“Decisão: "(...)4. Passo a decidir. 5. Omissão alguma há no julgado combatido pelos Embargos. 6. Uma rápida reflexão sobre o tema, autoriza concluir-se que o procedimento sob exame, medida cautelar de sequestro, prevista e disciplinada no âmbito do processo penal, não requer, absolutamente, dentro no seu trâmite prévia instalação de contraditório, porquanto nos precisos termos do art. 126, do CPP, para o seu deferimento basta a "existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens" por ela atingidos. 7. Desta forma, era desimportante para a validade da decisão a apreciação de o quanto sustentado pelo embargante a título de defesa. 8. Ainda assim, reexaminei a decisão profligada, à luz dos argumentos e provas documentais que a esse título foram produzidos pelo embargante, não me convenci de que são suficientes à derrogação dos fundamentos desposados no édito judicial, ou seja, ainda neste momento, infelizmente, o embargante não logrou desincumbir-se, com substância necessária, do ônus do art. 130-I, do CPP. 9. Rejeito os embargos, portanto. 10. Nos autos principais, aguarde-se o decurso do prazo de resposta do réu Luiz Carlos Scoton. Intimem-se. Cumpra-se." 35
35 http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/teor.wsp?tmp.numero_processo=3186367-
5/2010&tmp.seq=26
115
Até este momento, não se tem informações acerca de eventual resposta do
MPE ou da subida dos autos ao TJBA. Com isso se considera a madeira
sequestrada, assim como fica claro que inexiste decisão terminativa quanto à
ambas as ações movidas, principal e cautelar. Logo, inexiste decisão
terminativa que impeça, a nosso juízo, a interrupção do processo de
certificação. Relembre-se que, a rigor, até a presente data não se demonstrou
qualquer ação transitada em julgada movida perante algum juízo das fazendas
públicas questionando a validade e eficácia das licenças conferidas. Decerto
que esta questão não está fechada e poderá comportar mudança de visão,
inclusive com o a sinalização para exclusão do PPF 02 do escopo da
certificação até ulterior decisão.
* * * * * * * *
PAULO KOJI EIZUKA: a denúncia, ao que consta, foi ajuizada em 21/09/2010,
tendo recebido o nº 0000901-62.2010.805.0111.36 A mesma teria sido proposta
pela Promotoria de Justiça da Comarca de Itabela. Aponta a ocorrência de
tipos penais ambientais diversos e insere no pólo passivo da demanda diversos
réus, seis no total. Pelo que se constatou do sitio eletrônico do TJBA, alguns
dos réus se confundem com os réus da ação movida contra o titular dos PPFs
02 e 29. Dentre estes, estariam réus agentes públicos, outros ligados à Veracel
Celulose S/A por vínculo profissional e outros, ainda, por contrato de fomento.
Nesta ação criminal há inovações em relação às demais, consubstanciadas no
fato de que além do tipo do art. 68 da Lei 9605/1998, estaria presente também
o tipo do art. 38 do referido diploma. Os réus, antes de mais nada são os
seguintes:
36 Consoante informações obtidas junto ao sitio eletrônico do TJBA, o feito ainda não possui decisão
terminativa, o que significa que não é possível reconhecer que os pedidos formulados pela promotoria
de justiça tenham sido acolhidos e muito menos que haja trânsito em julgado
http://www2.tjba.jus.br/consultaprocessual/primeirograu/numero.wsp
116
Os três primeiros réus são da mesma família e os demais a Veracel Celulose
S/A e alguns de seus prestadores de serviços, que se dedicam a funções de
próprias da alta administração. Já as inovações decorrem da denúncia de
crime contra a flora, consubstanciado na degradação e utilização de área de
preservação permanente definida no então Código Florestal vigente, a Lei
4771/1965 com redação dada pela Medida Provisória 2166-67/2001. Registre-
se:
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
117
Importante consignar que no teor da denúncia, não consta a forma qualificada
prevista no art. 38 – A, de modo que, a princípio, eventual responsabilidade
pelo fato criminoso imputado as 3 primeiros réus seria aquela descrita acima.
O tipo qualificado assim dispõe:
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Logo, a rigor, a não ser que haja alteração por parte da promotoria de justiça
ou do juiz, em momento oportuno, o que é permitido em lei, e desde que não
se constate a ocorrência da forma qualificada, fica limitada a ação nos moldes
do referido art. 38, somado ao art. 68, já citado acima e que faz parte das
demais denúncias ofertadas contra os PPFs.
118
Assim sendo, fora a questão do art. 38 supracitado, que merecerá uma
abordagem mais dedicada, fato é que os demais argumentos são a reprodução
dos mesmos argumentos dos demais fomentados, com pequenas diferenças
que não nos parecem suscitar novas considerações. Ou seja: a promotoria de
justiça entende que há vícios no licenciamento ambiental, aponta
irregularidades quanto à definição de reserva legal, indica a ocorrência de
crimes diversos, que não nos cabe analisar no detalhe, visto que enveredam
sobre corrupção ativa e passiva, concurso de agentes imbuídos no interesse de
cometer crimes de lavagem de dinheiro, dentre outros.
Por seu turno, as defesas de PAULO KOJI EIZUKA, OSVALDO YOSHITO
EIZUKA e de JÂNIO FUMIO EIZUKA,37 indicam que: a conduta não teria sido
típica, pois não se teria destruído floresta de preservação permanente, mas
sim suprimido “algumas árvores frutíferas”, que em seu argumento seriam
árvores isoladas (art. 139 do Decreto estadual 14.024/2012, c.c. art. 107, III di
Código Penal), tendo-se requerido a absolvição sumária dos réus; que a
punibilidade deveria ser extinta em decorrência do cumprimento das
obrigações importas pelo órgão ambiental, considerando o Auto de Infração –
Advertência – nº 2007-006519/TEC/AIAD-0357, tendo, ainda, alegado que
quanto ao Auto de Infração – Multa – nº 2007-006528/TEC/AIMU-0338, esta
teria sido paga, apesar de não ter sido cometido crime algum, e que, por fim,
deveria incidir sobre o caso concreto levantado pela denúncia, o disposto no
art. 60 da Lei 12651/2012 que instituiu o novo Código Florestal, ao argumento
da extinção da punibilidade pela reparação do dano, com a incidência do art.
397, inciso IV do Código de Processo Penal; haveria desvio de finalidade na
conduta da promotoria de justiça; seria o caso de incidência de prescrição em
decorrência de legislação superveniente que alterou prazos de prescrição
37 Não foi apresentada a defesa de Paulo Koji Eizuka no tempo de fechamento do presente relatório,
todavia se infere que possua o mesmo teor.
119
contidos no Código Penal; alega-se inépcia da petição inicial por ausência de
dedução lógica do tipo penal em virtude dos fatos narrados (art. 41 c.c 395,
inciso I ambos do CPP; falta de justa causa no que tange à exigência de
EIA/RIMA e de eventual irregularidade quanto a definição da RL; atipicidade
das condutas com a consequência absolvição nos termos do art. 397, inciso III
do CPP; cumprimento das exigências contidas em autos de infração e
consequente impossibilidade de continuidade da persecução penal, etc.
Em resumo quanto ao andamento das ações penais.
A ação criminal de rito ordinário ainda não foi concluída. Assim sendo, como
já restou indicado acima, a inexistência de trânsito em julgado não permite
concluir pela efetivação das condutas criminosas imputadas aos titulares do
PPF 20. Somente a partir de uma sentença penal condenatória e terminativa se
poderia aventar, no que tange à seara penal, desatendimento aos requisitos da
norma de regência da certificação. Incide a presunção da inocência e a
impossibilidade de se ter por culpado aquele que nem condenado foi por meio
de decisão que não aceite recurso.38
Ainda consta a existência de ação cautelar de sequestro de ativos florestais,
incidente sobre a UMF titulada pelo PPF 20, a qual se processa no mesmo
juízo sob o nº 000902-47.2010.805.0111, ajuizada em 09/09/2010 com liminar
deferida em 20/09/2010. Esta ação indica que XX – as licenças obtidas pelo
PPF 20 e outros seriam ilegais; não existiria indicação de averbação de RL;
teria ocorrido uma série de irregularidades envolvendo órgãos e agentes
públicos; XXI - foi deferida liminar para sequestro em 20/09/2010, a qual
determinou a indisponibilidade dos ativos florestais; XXII – foram opostos
embargos em 17/08/2012, sendo suscitados diversos argumentos de defesa,
em boa parte reproduzidos em outros embargos que versaram sobre tema
similar, dado que o MPE moveu diversas ações similares. Em síntese se alega
inidoneidade da medida, ausência de perigo da demora e de elementos
jurídicos que assegurassem o deferimento da medida; o excesso da mesma,
vez que poderia provocar o efeito inverso, qual seja o perecimento do bem em
prejuízo a todos; ausência de provas de irregularidades; inexistência de origem
ilícita da madeira; perigo da demora reverso, dentre outros argumentos.
38http://www7.tjba.jus.br/template/popup_servicos.wsp?tmp.id=15
120
Até este momento, da mesma forma que apontado acima, não existem
informações que indiquem a ocorrência de trânsito em julgado de decisão
desfavorável em qualquer das ações judiciais movidas contra os titulares do
PPF 20. Portanto, não entendemos ser o caso de interrupção do processo de
certificação. Todavia, como a denúncia indica a ocorrência de tipo penal
inscrito no art. 38 da Lei federal nº 9605/98, havendo indicação de autos de
infração que dariam conta de degradação em APPs, quer parecer que este
aspecto merece uma atenção maior a ser dada na próxima auditoria. Como já
foi dito, estas questões não estão fechadas e poderão comportar mudança de
visão, inclusive com o a sinalização para exclusão do PPF 20 do escopo da
certificação até ulterior decisão.
* * * * * * * *
CONCLUSÕES
À vista doe elementos de convicção apresentados, inclusive no que tange a documentos e consultas eletrônicas, quer parecer que à exceção das ações civis públicas acima apontadas, todas as ações judiciais movidas contra os PPFs acima indicados, não extrapolam a seara penal. Com isso, considerando que inexiste trânsito em julgado desfavorável a qualquer dos titulares dos PPFs, não se pode presumir sua culpabilidade no que tange a qualquer dos delitos apontados.
Da mesma forma, há que se separar as condutas típicas que lhes são imputadas daquelas que são imputada a outros réus, visto que também não há elementos conclusivas no sentido de configurar sua participação nos ilícitos penais relacionados com corrupção ativa, corrupção passiva, crimes contra a ordem tributária e outros.
À exceção do PPF 20, não há indicação de danos ao meio ambiente por meio de práticas deletérias tipificadas como crimes ambientais. Neste caso, decerto que eventual condenação criminal transitada em julgado configuraria ofensa à normas cogentes e vigentes de proteção ambiental. Diferentemente de uma suposta ausência de licença que assegurasse a licitude do manejo florestal, crimes contra a flora poderiam ensejar posicionamento contrário à certificação. Nada obstante vale, por ora, o raciocínio da ausência de trânsito
em julgado de sentença criminal condenatória.
Ainda será necessário verificar a existência e as potenciais repercussões de ações civis públicas, movidas perante juízos das fazendas públicas que tenham por objeto anular as licenças e seus efeitos, assim como tutelas específicas voltadas para o desfazimento de danos ambientais e recuperação de áreas. Isto porque, como ressaltada anteriormente, não só é lícita a atividade de silvicultura no país, como também no Estado da Bahia, por expressa determinação legal (lei em sentido lato).
121
Nessas condições e diante das evidências objetivas apresentadas, inexistindo decisão judicial condenatória e terminativa, ainda somos pela conclusão de que inexistem elementos suficientes para impedir processos de certificação florestal com base nas ações judiciais analisadas, o que não significa que seja outro o entendimento da equipe de auditoria, da gerência técnica e do comitê de certificações.
São Paulo, 14 de setembro de 2012.
Fabio Ribeiro Dib
Lista do pessoal auditado durante toda a auditoria:
Nome – função/cargo – empresa
NOME CARGO/FUNÇÃO EMPRESA
Luiz Tapia Rf Veracel
Jose Alfredo Batista Administrador
Sergio Ricardo Gerente Tecnologico Veracel
Welinton Santos Estoque Veracel
Daniela Andrade Neves Especialista Em Sanidade
Florestal
Victoria Rizza Advogada em sanidade
Florestal - 2Tree
João Carlos Rocha Jr. Projex Consultoria
João Batista de Almeida PPF
Luis Migray Engenheiro Florestal Veracel
Raniere Ornelas Técnico Veracel
Antonio Marcos Nascimentos Gerente
Sebastião Firmino Técnico Anemb
Florisial Lima Técnico Anemb
122
João Alves Silva Neto Promotor Eunapolis
3.6 Não Conformidades Registradas
Foram registradas6 (seis) não conformidades menores nesta auditoria de
certificação.
Relatório de Não Conformidades (SF02)
Organização: ASPEX G4 Não-conformidade ADO 01
Auditoria: certificação Processo: CERFLOR Auditor Líder: Antonio Oliveira
Data :10/10/2012 Auditor : Antonio de Oliveira
Representante da
organização : Luiz Tápia
NBR 14789:2007
.critério 3.2 indicador e Tipo de NC: menor
Evidência de mapeamento e proteção de sítios históricos, arqueológicos de valor cultural e social
Comentários do Auditor:
Falta de mapeamento da capela na sede do PPF 87
A ser preenchido pela Organização
Análise de Causa
Trata-se de pequena capela, que há muito não era utilizada no empreendimento. Recentemente o local foi
reformado e pode voltar a ser utilizado como local de culto religioso.
Ação Corretiva :
123
Mapear o local e apontar no plano de manejo a existência desta capela.
Monitorar o uso do local, de modo a verificar se o mesmo será utilizado como local de culto religioso por pessoas
da comunidade, avaliando assim se trata-se de área de conservação social.
Representante da
Administração : Luiz Tápia Data: 25/10/2012
Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)
Aceita ?
A ação foi eficaz? A ser confirmado na
próxima auditoria :
Auditor : Data :
Comentários :
Relatório de Não Conformidades (SF02)
Organização: ASPEX Não-conformitdade n° 01
Auditoria: Principal Processo: CERFLOR Auditor Líder: Antonio Oliveira
Data : 08/10/2012
Auditor : Marcelo Castro
Magalhães
Representante da
organização : Vitoria Rizo NBR 14789:2007
124
O Atestado de Saúde Ocupacional para a função de Técnico Ambiental exercida pelo Engenheiro Agrônomo Guilherme
Baquião, descreve riscos em divergência com os descritos no PPRA e no PCMSO da empresa 2 TREE, em desacordo com
a portaria 3.214 de 28 de julho de 1.978 NR 9 Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional PCMSO.
Cláusula : Principio 1.3 b) Evidencias de que todos
os aspectos relacionados com a legislação
trabalhista estão em conformidade com as
legislações vigentes......
Tipo de NC: Menor
Commentários do Auditor: O documento PCMSO e PPRA devem ser a base para elaboração dos Atestados de
Saúde Ocupacional ASOs.
A ser preenchido pela Organização
Análise de Causa
No momento da anamnese para fins de realização do ASO do colaborador, o mesmo informou sua formação
profissional, o que restou constando no exame como sua função. Em razão do desvio no dado informado, houve a
incoerência entre a avaliação de riscos.
Ação Corretiva :
Identificar a função desempenhada pelo colaborador
Realizar nova entrevista e avaliação de riscos em razão da atividade desempenhada
Rever os documentos visando realizar o alinhamento entre PPRA e PCMSO
No caso de novas contratações, atentar para as funções identificadas na documentação, de modo a garantir a
consistência das informações.
Ação Preventiva :
Considerando manter a conformidade do grupo de produtores florestais integrados G04, será realizada análise de
abrangência da documentação de Saúde e Segurança do Trabalho para todos integrantes do grupo G04. Desta
forma serão analisados os demais documentos visando garantir o alinhamento entre PPRA e PCMSO.
125
Representante da
Administração : Luiz
Tapia
Ação Corretiva Data: 09/10/2012
Ação Preventiva: 09/01/2013
Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)
Aceita ? SIM
A ação foi eficaz?
A ser confirmado na
próxima auditoria:
SIM
Auditor: Marcelo
Castro Magalhães
MCT
Data : 09/10/2012
Comentários : A Correção foi executada de imediato com apresentação de novo Atestado de Saúde Ocupacional
ASO para a função de Técnico Ambiental, condizente com os riscos descritos no PPRA e PCMSO.
A analise de causa raiz apresentada representa o núcleo do problema que gerou a NC.
126
As ações corretivas propostas são capazes de sanear a Não Conformidade, evitando a sua recorrência.
As ações preventivas propostas são capazes de prevenir novos erros de preenchimento dos Atestados (ASO),
bem como erros de descrição de riscos nos documentos PPRA e PCMSO.
A eficácia das ações deverá ser confirmada na primeira auditoria de manutenção.
Relatório de Não Conformidades (SF02)
Organização: ASPEX Não-conformitdade n° 02
Auditoria: Principal Processo: CERFLOR Auditor Líder: Antonio Oliveira
Data : 08/10/2012
Auditor : Marcelo Castro
Magalhães
Representante da
organização : Vitoria Rizo NBR 14789:2007
As PTEAS – Planejamento Técnico Econômico Ambiental e Social do grupo 4 da ASPEX, não comtempla a caracterização
dos Recursos Hídricos, evidenciando as micro bacias e descrevendo os dados hidrológicos requeridos no principio 4 -
Respeito as águas ao solo e ao ar. onde as unidades de manejo florestal dos produtores da ASPEX grupo 4 tem serão
certificadas,
Cláusula : Principio 4.1 item b) Documentação da
caracterização dos recursos hidricos considerando-
se as microbacias onde se insere as unidades de
manejo florestal ..... contendo dados
hidrológicos.....
Tipo de NC: Menor
Faltam dados dos recursos hidricos existentes nas Unidades de Manejo Florestal do grupo 4 da ASPEX.
Qualitativos e Quantitavivos da hidrologia por unidade de manejo.
127
A ser preenchido pela Organização
Análise de Causa
Até o momento, são realizados monitoramentos dos principais cursos d’água existentes na bacia hidrográfica da
região. Contudo, não se atendo aos pequenos cursos existentes nos empreendimentos florestais particulares.
Ação Corretiva :
Considerando a necessidade, serão realizadas análises de cursos d’água, inseridos nas áreas dos produtores
florestais para fins de monitoramento destes corpos hídricos.
Representante da
Administração : Luiz Tápia Data: 25/10/2012
Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)
Aceita ?
A ação foi eficaz? A ser confirmado na
próxima auditoria :
Auditor : Data :
Comentários :
Relatório de Não Conformidades (SF02)
Organização: Aspex – Associação dos Produtores de Eucalipto do Não-conformitdade n°
128
Extremo Sul da Bahia - Grupo 4
Auditoria : Certificação Grupo 4 Processo: Auditor Líder: ADO
Data : 08/10/2012 Auditor : MPG
Representante da
organização : Luiz Tapia NBR 14789:2007
DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE / EVIDÊNCIA OBJETIVA E/OU REFERENCIA DOCUMENTAL
Cláusula : 3.2 a, b Tipo de NC : Menor
Não realizado levantamentos e estudos da estrutura de fauna e flora nos PPFs do Grupo 4 de forma
sistemática e com amostragem significativa, visando identificar, caracterizar e conservar os recursos
biológicos.
Commentários do Auditor :
Levantamento e monitoramento de fauna e flora somente citado em cronograma a ser realizado em 2013.
A ser preenchido pela Organização
Análise de Causa
Foi realizado o levantamento de dados para um dos integrantes do grupo, como uma avaliação geral, haja vista o
fato de haver o cronograma para levantamento completo de dados para todos os integrantes.
Ação Corretiva :
Apresentação do diagnóstico das propriedades do grupo identificando quais propriedades são representativas para
o monitoramento a longo prazo.
Representante da
Administração : Luiz Tápia Data:25/10/2012
129
Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)
Aceita ?
A ação foi eficaz? A ser confirmado na
próxima auditoria :
Auditor : Data :
Comentários :
Relatório de Não Conformidades (SF02)
Organização: Aspex – Associação dos Produtores de Eucalipto do
Extremo Sul da Bahia - Grupo 4 Não-conformitdade n°
Auditoria : Certificação Grupo 4 Processo: Auditor Líder: ADO
Data : 10/10/2012 Auditor : MPG
Representante da
organização : Luiz Tapia NBR 14789:2007
DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE / EVIDÊNCIA OBJETIVA E/OU REFERENCIA DOCUMENTAL
Cláusula : 2.2 Tipo de NC : Menor
Mapas de caracterização dos PPFs não apresentam dados de uso e ocupação do solo, com a localização correta de
áreas naturais, escopos das áreas certificadas, e detalhamentos da cobertura vegetal, não sendo possível verificar
as atividades em andamento através de mapas ou monitoramento das mesmas.
Commentários do Auditor :
PTEAS do PPF 83 – projeto técnico ambiental e social não detalha uso ocupação do solo e ainda classifica de modo
130
equivocado área de bota-fora em local não adequado.
Mapas dos PPFs não apresentam detalhamento de uso e ocupação do solo.
Monitoramento das atividades em andamento fora dos plantios de contrato com a Veracel não evidenciada.
A ser preenchido pela Organização
Análise de Causa
Os mapas dos empreendimentos diferenciam as areas destinadas à produção florestal ligadas ao programa
produtor florestal das demais atividades existentes nos imóveis. Contudo, por princípio de coerência, os padrões de
atuação são mantidos em todo o imóvel.
Quanto ao equívoco de localização de area em mapa, deve-se a momento de atualização da base de dados de
geoprocessamento.
Ação Corretiva :
Realizar o mapeamento detalhado de uso e ocupação do solo para todos os empreendimentos integrantes do
grupo, indicado qual a atividade realizada na area;
Quando da existência de plantio particular não vinculado ao PPF, realizar a medição e identificação da área. Realizar
a rastreabilidade das atividades realizadas no plantio para eventual inserção no escopo de certificação.
Realizar correção na base de dados para corrigir equívoco de localização de bota fora existente no mapa do PPF
083. Além de realizar análise de abrangência para localizar e corrigir eventuais situações parecidas.
Representante da
Administração : Luiz Tápia Data:25/10/2012
Implementação da Ação Corretiva (avaliada pelo Auditor)
Aceita ?
A ação foi eficaz? A ser confirmado na
próxima auditoria :
131
Auditor : Data :
Comentários :
3.7. Oportunidades de Melhoria e Observações Registradas
Oportunidades de Melhorias
OM 01-MPG – Avaliar a possibilidade de se destinar os 3% do reflorestamento
do contrato com a Veracel em projetos de diversificação da economia local.
OM 02-MPG– Buscar junto à organizações locais responsáveis pelo Corredor
Monte Pascoal - Pau-Brasil, como a IBio – uma parceria para recuperação de
áreas degradadas em APPs e uso múltiplo das florestas.
OM MCT 01 Recomenda-se reforçar o treinamento de coleta seletiva para os
trabalhadores da propriedade.Recomenda-se reforçar o treinamento do
trabalhador, quanto ao Uso, Guarda e Conservação dos EPI’s. Recomenda-se
treinar o trabalhador para percepção dos riscos.
Observações
Durante a auditoria de certificação para ampliação de escopo foram
registradas 13 (treze) Observações (OBS) que deverão ser analisadas
criticamente pela empresa quanto à tomada de ações pertinentes. Estas OBS
devem ser analisadas com foco em melhoria contínua dos processos
realizados pela empresa no âmbito do CERFLOR. Abaixo seguem as OBSs
registradas:
OBS NMB 01. Deveriam ser empreendidos projetos sociais com as
comunidades locais caracterizadas nos grupos de produtores rurais.
132
OBS 01 MPG – Monitorar o cumprimento dos acordos firmados pelo Fórum
Florestal do sul e extremo sul da Bahia, quando aplicável.
OBS 02 MPG – Independente da manifestação do Estado, os PREVs devem
ser implementados e a recuperação das áreas degradas deve ser estimulada.
OBS 01 MCT Observou-se no depósito de ferramentas que o piso encontra-se
contaminado por resíduos de hidrocarbonetos. Em outra sala anexa encontrou-
se resíduos de matérias de construção (Tinta) que devem ser destinadas de
forma correta.
OBS 02 MCT Na analise do PPRA, do PCMSO, do LTCATe do Laudo
Ergonômico elaborado para o PPF 34 demonstra inconsistência de avaliação
dos riscos ocupacionais para a função de Trabalhador Rural exercida pelo Sr.
Valdenice de Souza Franco descrevendo de forma incorreta a intensidade da
exposição (Habitual e Intermitente) trazendo como consequência um
recolhimento de alíquota de GFIP errado. O PCMSO embora descreva riscos
biológicos não associa nenhum exame médico complementar para verificação
do indicador biológico com interação na saúde e na integridade física do
trabalhador. O laudo ergonômico descreve ações de treinamento
recomendadas e descritas como executadas, mas na entrevista com o
trabalhador identificou-se que não foram realizados. O trabalhador apresentou
um óculos de proteção em, mas condições de conservação.
OBS 03 MCT -A terminologia utilizada para descrição da intensidade de
exposição ao risco dos trabalhadores, deve se basear na redação dada pelo
INSS, ao invés de Eventual e Intermitente, usa-se INTERMITENTE ou
OCASIONAL.
OBS 04 MCT- O médico coordenador deverá definir formalmente no corpo do
PCMSO quem são os médicos examinadores ou a clinica na qual será
realizado os exames médicos ocupacionais. Os médicos pertencentes a clinica
133
poderão assinar os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), bem como
exames complementares dentro da sua especialidade.
OBS 05 MCT– O PCMSO, bem como os ASO’s devem tratar as informações
descritas no Laudo Ergonômico, promovendo a realização de exames médicos
para acompanhamento de possíveis agravos a saúde do Trabalhador,
conforme descritas no Programa Ergonômico - PERGO apresentado.
OBS 06 MCT- As áreas de outros usos com plantio de Eucalipto devem ser
excluídas do escopo da auditoria.(plantios particulares)
OBS 07 MCT- -As fossas sépticas foram compradas, mas ainda não foram
instaladas.
OBS 08 MCT- O Sr. Isnaldo mantém em um dos cômodos da casa 1 galão com
gasolina e óleo de motor para seu carro, recomenda-se que sejam
armazenados em local apropriado, fora da casa de habitação.
OBS 09 MCT- Foram encontrados no curral dentro da caixa da balança
herbicida ROUNDAP (Glifosato) que segundo o Sr. Isnaldo é de um vizinho Sr.
Geraldo que pediu para deixar lá. A área destinada para depósito de produtos
químicos anexos ao curral não possui iluminação e esta fora do padrão exigido
pela NR 31. No momento da vistoria havia no local uma caixa de Sulfuramida
para combate a formiga e 3 quilos de Glifosato.
OBS 10 MCT- O órgão ambiental INEMA tem um tramite demorado para
concessão das outorgas. Deverá ser verificada na primeira auditoria de
manutenção a situação das outorgas concedidas, bem como osregistros de
consumo e controle sobre a outorga concedida.
4. Consulta aos órgãos públicos
Nesta etapa foram realizadas consulta a dois Órgãos Públicos (IBAMA e
INEMA).
134
4.1. Reuniões Públicas
As reuniões públicas foram realizadas durante a pré-auditoria, nas cidades de
Santa Cruz de Cabrália e Itabela.
4.1.1. Planejamento, Objetivo e Realização de Reuniões Públicas
Durante o processo de divulgação das reuniões públicas o Bureau Veritas
Certification distribuiu um questionário de Consulta Pública que tem como
objetivo levantar dados e informações oriundas de pessoas e organizações da
sociedade civil para o processo de certificação do CERFLOR. Este questionário
permite a pessoas físicas e jurídicas se pronunciarem a respeito da empresa
de forma anônima. Por este motivo não estaremos divulgando a procedência
dos formulários recebidos.
De um total de aproximadamente 800(oitocentos) convites enviados por
correio e diversos correios eletrônicos enviados, o Bureau Veritas Certification
recebeu um pequeno número de formulários preenchidos. Observamos que o
envio destes formulários é uma das formas de se expressar em relação ao
desempenho da empresa, não sendo a única fonte de informações para a
equipe auditora.
O objetivo das reuniões públicas foi identificar questionamentos,
recomendações, denúncias e comentários das partes interessadas, referentes
aos princípios do CERFLOR que foram objeto de avaliação no processo de
certificação. As demandas pertinentes a respeito da empresa auditada foram
registradas. As respostas foram avaliadas quanto ao seu conteúdo e
verificadas durante a auditoria pela Equipe Auditora.
As perguntas que foram feitas sobre o processo de certificação ou sobre as
atividades do Bureau Veritas Certification foram respondidas ao longo das
reuniões.
É importante deixar claro que as reuniões públicas não contaram com a
participação ativa de funcionários da empresa auditada. As reuniões públicas
foram conduzidas pela equipe de auditoria do BVC e buscam evidenciar, sob o
135
ponto de vista das partes interessadas, os aspectos positivos e negativos do
manejo florestal da empresa frente ao CERFLOR.
As Reuniões Públicas foram divididas em duas partes sendo na primeira
apresentados os Princípios, Critérios e Indicadores da norma NBR 14789 e o
processo de certificação CERFLOR, segundo as regras estabelecidas pelo
INMETRO. A segunda parte das reuniões teve como objetivo o levantamento
de críticas, comentários, preocupações, sugestões, etc referentes aos
princípios abrangidos pelo CERFLOR.
Foram organizadas duas Reuniões Públicas nos municípios descritos abaixo:
Município Data Horário No. Pessoas
Sta Cruz de Cabrália 04.09.2012 18:30 h 0
Itabela 05.09.2012 18:30 h 12
Total de participantes 12
De forma geral observamos uma distribuição regular de representantes do poder
público e sociedade organizada, na forma de associações e ONGs..
Em Itabela observamos que as partes interessadas esperam uma atuação
responsável da empresa, nos moldes da VERACEL, no tocante às questões sociais
, ambientais e de saúde. A qualificação de mão de obra para poder atender as
demandas da ASPEX e seus prestadores de serviços.
No que diz respeito a reclamações entendemos que a maior parte se concentra na
área de comunicação da empresa com as partes interessadas. Os participantes
tinham suas dúvidas sobre as atividades da empresa no Município, possibilidade de
geração de empregos e existência de projetos sociais.
136
4.1.2. Entidades e pessoas contatadas
A lista completa das partes interessadas contatadas durante o processo de
certificação está mantida como registro no BVC e não foi inserida neste
relatório, mas pode ser disponibilizada mediante solicitação.
4.1.3. Relação dos Participantes nas Reuniões Públicas
As reuniões Públicas totalizaram 12 participantes de diferentes entidades
governamentais e não governamentais.
Durante as reuniões foram registrados os nomes e assinaturas dos
participantes, gerando listas de presença que se encontram arquivadas sob
responsabilidade do Bureau Veritas Certification. Todas as reuniões públicas
foram gravadas (apenas áudio) de forma a permitir a rastreabilidade das
mesmas. Estas gravações serão mantidas em mídia digital pelo BVC, que tem
a responsabilidade de garantir seu sigilo e proteção.
4.1.4. Respostas aos Questionamentos de Partes Interessadas por parte
da Empresa e parecer Bureau Veritas Certification.
Não houve questionamentos levantados durante as Reuniões Públicas,por isso
não foram relacionados abaixo,bem como as devidas respostas que seriam
emitidas pela empresa.
4.1.4.1. Reunião Pública –
Não houve questionamentos nas reuniões públicas.
5. CONCLUSÃO
Considerando:
A finalização do processo de auditoria, onde o BUREAU VERITAS
CERTIFICATION avaliou de forma consistente o atendimento aos critérios e
137
indicadores estabelecidos na norma NBR 14.789/07- Manejo Florestal-
Princípios, Critérios e Indicadores para as Plantações Florestais, nas unidades
de manejo da ASPEX
* A normalidade dos Produtores Florestais da ASPEX durante o período de
auditoria, o que permitiu a realização de uma amostragem representativa dos
processos da empresa.
*O estabelecimento de um escopo claro de atividades em busca de certificação
* Os Produtores definidos no capítulo 1.2, tabela 1 deste relatório, como sendo
aqueles em busca de certificação.
* A realização integral da auditoria conforme plano de auditoria elaborado pelo
auditor- líder do evento.
*A existência de um plano de Manejo documentado com objetivos definidos e
compatíveis com a escala do empreendimento avaliado;
*A existência de uma política ASPEX-VERACEL que incentiva e implementa
programas de interesse comunitário
* As respostas apresentadas pela ASPEX, que trazem informações
apropriadas em relação às perguntas formuladas.
* O registro de 6(seis) não conformidades menores, para as quais foram
apresentados planos de ação,cuja eficácia será avaliada na próxima auditoria.
* O registro de 13(treze) observações devem ser analisadas e tratadas pela
empresa.
* A consulta formalizada para dois órgãos públicos, onde obtivemos
informações sobre o não cumprimento de requisitos legais aplicáveis às
atividades florestais da ASPEX (cujos Produtores Florestais, objeto da
presente auditoria, realizaram operações florestais até 2009, quando estavam
acobertados pelas licenças ambientais municipais)
138
* O pagamento de tributos municipais, estaduais e federais, demonstrados
através de certidões negativas de débitos dos Produtores Florestais.
*A necessidade de incremento das ações de comunicação e relacionamento
com partes interessadas inseridas nas áreas de influência do empreendimento
florestal.
* O caráter amostral do processo de auditoria, conforme normas estabelecidas
pelo INMETRO e PEFC.
O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos de
auditoria do CERFLOR, é favorável recomendação para a certificação
para o grupo 4 da ASPEX, de acordo com o padrão normativo NBR
14789:2007.
A continuidade do processo de auditoria consiste na disponibilização deste
Relatório de Auditoria para apreciação pública por 30 (trinta) dias.
139
6. CONCLUSÃO FINAL
O BUREAU VERITAS CERTIFICATION, seguindo os procedimentos de
auditoria do CERFLOR, é favorável a recomendação para certificação da
ampliação de escopo para o Grupo 3 da ASPEX, de acordo com o padrão
normativo NBR 14789:2007.
140
7. ANEXOS
7.1. ANEXO I:Não conformidades da auditoria inicial já devidamente
encerradas
7.2. ANEXO II: Pareceres de revisores técnicos
7.3-OUTROS ANEXO
142
143
144
145
146
Recommended