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ATLAS BRASILEIRO DE BIOMASSA FLORESTAL
O projeto do Atlas Brasileiro de Biomassa da Associação Brasileira das Indústrias de
Biomassa e Energia Renovável e da Brasil Biomassa e Energia Renovável visa reunir
esforços entre diversos setores políticos e empresariais no Brasil no sentido de implementar
uma estratégia integrada para o consumo, produção e o uso da biomassa e no
desenvolvimento de projetos industriais sustentáveis. O Atlas Brasileiro de Biomassa é uma
oportunidade para avaliar o potencial produtivo de cada uma das regiões a nível florestal,
industrial e agrícola e a quantidade de biomassa disponível, a tipologia de biomassa
utilizável e o potencial de produtividade.
Consideramos importante a formação de um inventário nacional com os principais resíduos
agrícolas, agro-industriais e sólidos urbanos que podem complementar a biomassa florestal
residual ou complementares às culturas energéticas. Identificamos a existência de mais de
380 empresas florestais (com ativos florestais) e de 423 empresas do setor de madeira e
movelaria interessadas em desenvolver projetos industriais compartilhados com
investidores. Consideramos a necessidade de uma política nacional para o desenvolvimento
estratégico do setor para uma promoção e o apoio na produção e no uso da energia a partir
de biiomassa residual. O preço das energias provenientes de combustíveis fósseis tende a
um aumento nos preços próximos anos e um avanço no consumo interno de energia. O
aproveitamento da biomassa florestal pode ser parte integrante do processo de gestão
florestal sustentável e da cadeia de responsabilidade. As populações locais deverão ser
sensibilizadas acerca das vantagens de utilização de recursos endógenos, como é o caso da
biomassa, e das repercussões positivas em termos econômico, social e ambiental.
A Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável é uma associação nacional com 601 associados e representativa do segmento
industrial de biomassa (woodchips, biomassa florestal, Wood biopelletse Wood biobriquete) e bioenergia. O principal objetivo da ABIB é o desenvolvimento estruturado do setor industrial com o aproveitamento dos resíduos florestais, agrícolas e industriais para a produção sustentável de produtos renováveis
para a geração de energia. Mantemos em conjunto com a Brasil Biomassa e Energia Renovável com cinco sites nacionais e um internacional que podem
ajudar no desenvolvimento técnico e para a geração de novos negócios para a sua empresa (quer em aproveitamento sustentável dos resíduos florestais
e lenhosos e do setor sucroenergético) ou numa nova alternativa energética (mudança na matriz energética com o uso de um produto renovável e de
tecnologia limpa com dividendos adicionais de crédito de carbono). A ABIB é uma entidade empresarial que participa diretamente da World Bioenergy
Association e mantém um acordo de cooperação com a European Biomass Industry Association, European Biomass Association e as principais entidade da
Europa, Estados Unidos e Canadá e a Asia.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL Curitiba Paraná Av. Candido Hartmann, 570 24 andar 243 Champagnat Curitiba Paraná Brasil CEP 80730-440 Fone: 41 33352284 - Celular 41 88630864 Skype
Brazil Biomass E-mail brazilbiomass@sapo.pt ou diretoria@brasilbiomassa.com.br ABIB http://www.wix.com/abibbrasil/associacaobiomassabrasil Brasil Biomassa
http://www.wix.com/abibbrasil/brasilbiomassa ABIB WoodPellets http://www.wix.com/abibbrasil/woodpellets
ATLAS BRASILEIRO DE BIOMASSA FLORESTAL
Fonte de Pesquisa e Desenvolvimento. Dados informativos do Governo Federal - Secretaria de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Dados
técnicos e de produção do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Ministério do Meio
Ambiente. Serviço florestal brasileiro. ABRAF Associação Brasileira de Produtores de Florestas
Plantadas e ABIB Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável
Metodologia de estimativa de resíduos. Para estimativa do quantitativo de resíduos
gerados na cadeia produtiva florestal, foram levados em conta apenas os resíduos
oriundos de produtos madeireiros. Duas etapas da cadeia produtiva da madeira
foram consideradas: a colheita e o processamento referente à cadeia de
processamento mecânico, cuja estimativa foi realizada a partir dos dados de
produção de toras disponibilizada pelo IBGE relativos à produção da extração
vegetal e silvicultura. Nestas duas etapas, correspondentes à produção da madeira,
e parte da primeira transformação industrial (na qual ainda constam a indústria de
celulose e papel, e siderurgia), foi possível quantificar e espacializar os dados em
nível estadual.
1) Resíduo de colheita florestal. Os resíduos lenhosos representam madeira que foi
produzida pela floresta, mas não foi retirada para ser consumida. Esta
disponibilidade adicional de madeira a partir dos resíduos lenhosos pode ser
substancial, sendo que a quantidade pode variar de 10% a 20% da madeira
comercial colhida a partir de florestas plantadas e de 60% a 70% de florestas
naturais. Para este estudo, utilizou-se o valor médio de 15% para cálculo de
resíduos gerados no campo de florestas plantadas e 65% para florestas naturais
(STCP, 2011). Para cálculo de resíduo florestal no processo de colheita foram
utilizados os dados do IBGE relativos à produção da extração vegetal e silvicultura. Considerou-se a soma dos dados de produção em tora de
madeira, relativa às atividades de silvicultura e extrativismo vegetal.
Para o resíduo florestal lenhoso gerado na colheita de silvicultura e florestas plantadas, foram obtidas as quantidades em cada estado, região
e país. Em relação às regiões, observa-se que o Norte apresentou a maior representatividade na geração de resíduo oriundo da primeira
etapa da cadeia produtiva da madeira, ou seja, a colheita. Isto se deve principalmente ao estado do Pará, que apresentou uma produção de
madeira em tora oriunda do extrativismo vegetal superior aos outros estados, representando cerca de 40% da madeira produzida no
extrativismo. Como são gerados mais resíduos no extrativismo que na silvicultura na etapa inicial, a região Norte desponta com 29,3%,
seguida das regiões Sul (25,6%) e Sudeste (18,1%). Além do Pará, destacam-se, na geração de resíduo do processo de colheita, os estados
do Paraná, Bahia, Mato Grosso e São Paulo.
ATLAS BRASILEIRO DE BIOMASSA FLORESTAL
2) Resíduo do processamento mecânico da madeira. Há uma grande variedade na
geração de resíduos e na transformação inicial da tora em matéria-prima, que vai
desde o tipo de madeira trabalhado até o tipo de artigo a ser produzido. Ao se
desdobrar uma tora de madeira, a geração de resíduos é inevitável, sendo que o
volume e tipos de pedaços e fragmentos resultantes são dependentes de vários
fatores. O trabalho apresentado por STCP (2011) aponta que, no processamento
mecânico da madeira, ocorre uma perda média de 45% para florestas plantadas e
17,5% para florestas naturais, sendo estes valores utilizados para cálculo de
geração de resíduos nesta etapa. Foram utilizados os dados do IBGE relativos à
produção da extração vegetal e silvicultura. Considerou-se a soma dos dados de
produção em tora de madeira, relativos às atividades de silvicultura e extrativismo
vegetal, com exceção de dados relativos à lenha e indústria de papel e celulose, as
quais não passam pelo mesmo processo.
A geração de resíduo de madeira processada mecanicamente para o Brasil foi
equivalente a 50.778.566,33 m³, valor correspondente a 45% de perda no
processamento das toras.. A região com maior geração de resíduo foi a Sul,
apresentando valor de 21.188.983,25 m³ (41,7%), seguida do Sudeste (32%) e do
Norte (15,3%). Em relação aos estados, o Paraná possui a maior geração desses
resíduos, com valor de 10.922.631,10 m³, seguido por São Paulo, Bahia, Santa
Catarina e Minas Gerais. Estes estados com maior representatividade na geração de
resíduos abrigam também os polos produtores de madeira de silvicultura, os quais
se concentram principalmente nas regiões Sul e Sudeste, além de polos de
indústrias de transformação, como movelaria, papel e celulose, entre outras.
A geração de resíduo da cadeia florestal para o Brasil foi equivalente a 85.574.464,76 m³. A região com maior geração de resíduo foi a Sul,
apresentando valor de 30.099.297,47 m³ (35,17%), seguida da Sudeste (26,33%) e Norte (15,48%). Em relação aos estados, o Paraná
apresentou a maior geração, com valor de 15.741.680,80 m³, seguido de São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Minas Gerais e Pará.
3) Resíduo da produção de papel e celulose. As fábricas de papel e celulose geram uma quantidade de resíduos de aproximadamente 48 t de
resíduos para cada 100 t de celulose produzida, ou seja, produzem 48% de resíduo em seu processo produtivo. Os dados de produção de
papel e celulose foram retirados do Relatório anual referente à produção de papel e celulose realizado pela Associação Brasileira de Celulose
e Papel – Bracelpa. Em 2010, foram produzidas, no Brasil, 22.743.000 t de papel e celulose. Desta forma, a geração de resíduo das
indústrias de papel e celulose foi estimada em 10.916.640 t em todo o Brasil. A produção de celulose gera vários tipos de resíduos orgânicos
e inorgânicos.
POTENCIAL DE BIOMASSA RESIDUAL NO BRASIL
Unidades da Federação
Resíduo da Colheita (m³/ano) Resíduo – processamento mecânico madeira Resíduo – cadeia florestal (colheita e
processamento mecânico)
Total
Silvicultura Extrativismo Silvicultura Extrativismo
Extrativismo Silvicultura
BRASIL 18.442.217,88 16.353.680,56 48.110.133,60 2.668.432,73 66.552.351,48 19.022.113,28 85.574.464,76
NORTE 572.494,73 9.612.521,49 1.493.464,50 1.568.476,70 2.065.959,23 11.180.998,19 13.246.957,42
Rondônia
1.456.532,22 237.662,60 1.694.194,82 1.694.194,82
Acre
129.307,04 21.099,05 150.406,09 150.406,09
Amazonas 405,38 1.132.482,78 1.057,50 184.787,40 1.462,88 1.317.270,18 1.318.733,06
Roraima
108.247,43 17.662,75 125.910,18 125.910,18
Pará 342.422,16 6.409.226,75 893.275,20 1.045.794,58 1.235.697,36 7.455.021,33 8.690.718,69
Amapá 229.667,19 286.277,06 599.131,80 46.711,88 828.798,99 332.988,94 1.161.787,93
Tocantins
90.448,22 14.758,45 105.206,67 105.206,67
NORDESTE 2.877.974,13 1.602.994,97 7.507.758,60 261.560,95 10.385.732,73 1.864.555,92 12.250.288,65
Maranhão 11.667,04 198.115,42 30.435,75 32.326,53 42.102,79 230.441,94 272.544,73
Piaui
129.546,20 21.138,08 150.684,28 150.684,28
Ceará 3.232,13 51.024,19 8.431,65 8.325,63 11.663,78 59.349,81 71.013,60
Rio G Norte
7.049,54 1.150,28 8.199,82 8.199,82
Paraíba
Pernambuco
37.357,32 6.095,60 43.452,92 43.452,92
Alagoas 6.811,34 2.547,19 17.768,70 415,63 24.580,04 2.962,81 27.542,85
Sergipe 653,78 14.521,65 1.705,50 2.369,50 2.359,28 16.891,15 19.250,43
Bahia 2.855.524,29 1.162.833,46 7.449.193,80 189.739,73 10.304.718,09 1.352.573,18 11.657.291,27
SUDESTE 6.222.982,01 61.148,59 16.233.866,10 9.977,63 22.456.848,11 71.126,21 22.527.974,32
Minas Gerais 1.342.380,34 42.194,30 3.501.861,75 6.884,85 4.844.242,09 49.079,15 4.893.321,23
Espirito Santo 1.074.798,17 2.469,97 2.803.821,30 403,03 3.878.619,47 2.872,99 3.881.492,46
Rio de Janeiro 25.887,42 1.201,20 67.532,40 196,00 93.419,82 1.397,20 94.817,02
São Paulo 3.779.916,08 15.283,13 9.860.650,65 2.493,75 13.640.566,73 17.776,88 13.658.343,61
SUL 8.069.875,34 840.438,89 21.051.848,70 137.134,55 29.121.724,04 977.573,44 30.099.297,47
Paraná 4.144.837,59 674.212,11 10.812.619,80 110.011,30 14.957.457,39 784.223,41 15.741.680,80
Santa Catarina 2.677.905,18 128.897,34 6.985.839,60 21.032,20 9.663.744,78 149.929,54 9.813.674,32
Rio Grande Sul 1.247.132,57 37.329,44 3.253.389,30 6.091,05 4.500.521,87 43.420,49 4.543.942,35
CENTROOESTE 698.891,69 4.236.576,63 1.823.195,70 691.282,90 2.522.087,39 4.927.859,53 7.449.946,92
Mato Grosso Sul 651.376,39 11.029,59 1.699.242,75 1.799,70 2.350.619,14 12.829,29 2.363.448,43
Mato Grosso 6.236,74 4.204.872,46 16.269,75 686.109,73 22.506,49 4.890.982,18 4.913.488,67
Goiás 41.278,56 20.674,58 107.683,20 3.373,48 148.961,76 24.048,06 173.009,82
Distrito Federal
O Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP)
registrou, a existência de 286.353.948,12 hectares
de florestas públicas federais e estaduais. A maior
parte das florestas públicas se concentra na
Amazônia. Aquelas que já foram destinadas a algum
uso são maioria e contam 226 milhões de hectares.
As terras indígenas somam 111 milhões de hectares,
seguidas pelas unidades de conservação, com cerca
de 105 milhões de hectares, sendo 60% federais e
40% estaduais.
Em 2012, o consumo brasileiro de madeira em tora
proveniente de plantios florestais foi de 182,4 milhões
de metros cúbicos (m³), um indicador 7,2% superior
ao de 2011. Dos 12 658 209 m³ registrados, o Pará participou com 5 763 823 m³, caracterizando-se como
o principal estado produtor. Em dados da Secretaria
de Meio Ambiente do Estado do Pará temos um
quantitativo de resíduos florestais (resíduo, tores,
lenha, lascas e achas) em 2012 de 1.880.157,0421
m3 e de resíduos de fonte de energia 90,000 m3,
resíduos florestais: 3.647.645.,3821 stereo, resíduo
florestal de 5.707,5874 m3, resíduo miolo de
compensado: 39.694,7758 m3, resíduo fonte de
energia: 2.106.530.6005 m3 e de novos resíduos
florestais: 309.017,1542 stereo. A maioria (72%)
dessa produção era madeira serrada com baixo valor
agregado (ripas, caibros, tábuas e similares). Outros
15% foram transformados em madeira beneficiada
com algum grau de agregação de valor (pisos,
esquadrias, madeira aparelhada etc.); e o restante
(13%), em madeira laminada e compensada. Isso
representou um rendimento médio de processamento
de 41%. O restante 8,4 milhões de madeira em tora
foram categorizados como os resíduos do
processamento. Desse total, cerca de 1,6 milhão de
metros cúbicos desses resíduos foram aproveitados
na produção de carvão; outros 2,7 milhões, na
geração de energia; e 2,0 milhões, em usos diversos.
Os 2,1 milhões restantes foram considerados resíduos
sem nenhum aproveitamento, os quais foram
queimados ou abandonados como entulho.
.
LOGÍSTICA DE TRANSPORTE
A Região Norte Possui uma área de
3.869.637 km², formada por sete
estados, a saber: Acre, Amapá, Amazonas,
Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Em
termos de logística rodoviária utiliza-se a
Transamazônica, a rodovia Belém-Brasília
e a BR-364 (Cuiabá-Porto Velho-Rio
Branco).
Em relação à malha ferroviária, duas
ferrovias possuem destaque: A estrada de
ferro Carajás, que vai de Marabá, Pará, a
São Luís, Maranhão (Região Nordeste),
que escoa os minerais extraídos na serra
dos Carajás até os portos de Itaqui e
Ponta da Madeira; e a Estrada de Ferro do
Amapá, que transporta o manganês e o
níquel, extraídos na serra do Navio até o
porto de Santana, em Macapá, capital do
estado do Amapá. Manaus é um dos
maiores centros de movimentação de
cargas no país e é servida pelo transporte
rodoviário interestadual com carretas
embarcadas em balsas e transportadas
até os portos de Belém do Pará e Porto
Velho/RO. Existe a BR-174 que liga
Manaus a Boa Vista/RR e a partir daí liga
a região ao Caribe, através da Venezuela.
O rio Amazonas permite a navegação de navios de grande porte, de qualquer calado, e Manaus também é servida por esse modal.
Em 2012, a área brasileira de plantios de Eucalyptus e
Pinus atingiu 6,66 milhões de hectares, um
crescimento de 2,2% em relação ao indicador de
2011. Os plantios de Eucalyptus representaram
76,6% da área total e os plantios de Pinus, 23,4%. A
área de plantios de Eucalyptus totalizou 5.102.030
ha, representando crescimento de 4,5% (228.078 ha).
Particularmente, em relação ao Eucalyptus, o
segmento de Papel e Celulose concentra 72,5% da
área plantada, seguido pelos segmentos de Siderurgia
a Carvão Vegetal (19,5%), Painéis de Madeira
Industrializada (7,3%) e Produtores Independentes
(0,7%).
A produção de carvão vegetal do extrativismo totalizou
1 502 997 toneladas, sendo o Maranhão o maior
produtor com 335 982 toneladas, seguido por Mato
Grosso do Sul (286 023 toneladas), Minas Gerais
(207 008 toneladas), Piauí (181 825 toneladas),
Bahia (131 156 toneladas), Goiás (111 069
toneladas) e Pará (100 728 toneladas). A produção
destes sete estados corresponde a 90,0% do total
obtido no País.
Nos estados do Pará, Mato Grosso e Bahia,
localizados em regiões mais quentes do país, a lenha
consumida é oriunda principalmente de florestas
plantadas de Eucalyptus. A lenha obtida na extração
vegetal, o maior estado produtor, responsável por
24,0% da produção nacional (38 207 117 m³), é a
Bahia, com uma produção de 9 263 509 m³, seguido
por Ceará (4 525 067 m³), Pará (3 488 608 m³),
Maranhão (2 796 131 m³) e Mato Grosso (2 122 237
m³). Juntos, estes estados contribuíram com 58,0% do
total registrado. O principal município produtor é
Xique-Xique, na Bahia. No ranking dos 20 maiores
municípios produtores, figuram como primeiro
colocado: Oriximiná, no Pará; Santa Cruz, em
Pernambuco; Chapadinha, no Maranhão; e Cruzeiro do
Sul, no Acre.
LOGÍSTICA DE TRANSPORTE
O Nordeste é a região brasileira que
possui o maior número de estados:
Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Piauí, Pernambuco (incluindo o Distrito
Estadual de Fernando de Noronha e o
Arquipélago de São Pedro e São Paulo),
Rio Grande do Norte e Sergipe com uma
área de 1 558 196 km².
A malha viária da região tem 394.700 km
de rodovias. As principais vias de
escoamento e transporte rodoviário são a
BR-116 e a BR-101, tendo a cidade de
Feira de Santana, na Bahia como o maior
entroncamento rodoviário da região.
Ferrovia Transnordestina, que ligará o
Porto de Suape, ao Porto de Pecém,
cruzando todo o território de Pernambuco
e Ceará e ligando esses dois estados ao
estado do Piauí, e permitirá o escoamento
da produção agrícola do sudoeste do Piauí
e do Vale do São Francisco e a produção
do pólo gesseiro de Araripina a um menor
custo, o que tornará os preços mais competitivos; e a Ferrovia Oeste-Leste, que ligará a cidade de Figueirópolis no Tocantins ao Porto Sul em
Ilhéus na Bahia e permitirá o escoamento de soja dos estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins e do oeste da Bahia bem como minério de
ferro, urânio, cacau e celulose do sul da Bahia.
.
Em 2012, não é possível afirmar que ocorreu
crescimento da área de plantios florestais de
Eucalyptus e Pinus no Brasil, pois o aumento de área
apurado (148.968 ha), em torno de 2,2%,. Em
contrapartida, o estado do Mato Grosso do Sul
destacou‑se no cenário nacional devido ao
crescimento de 22,5% da área plantada de Pinus e
Eucalyptus em relação ao ano de 2011. Isso se deve a
consolidação do estado como um dos principais polos
da produção de celulose.
O aumento da área plantada de Eucalyptus foi
alavancado pelos investimentos realizados por
empresas nacionais do segmento de Papel e Celulose,
haja vista que a maior expansão ocorreu nos estados
do Mato Grosso do Sul (19,0%) e do Tocantins
(39,9%). O segundo maior estado produtor de toras
(tora da extração vegetal) foi Mato Grosso, com 2 124
346 m³, seguido por Rondônia (1 511 456 m³) e
Bahia (1 052 983 m³). Em conjunto, estes estados
participaram com 82,6% do total nacional.
Situada no centro geográfico do Brasil, a Região
Centro-Oeste possui uma rede de transportes em
franca expansão. Assim ganham destaque as ligações
de Brasília com todas as outras capitais através de
estradas imensas, como a Brasília-Acre e Belém-
Brasília. Além dessas, temos a Cuiabá-Porto Velho, a
Cuiabá-Santarém e a Transpantaneira, projetada para ligar Corumbá a Cuiabá, porém a partir de Cuiabá a
rodovia para na localidade de Porto Jofre e a muitos
outros trechos do Pantanal Mato-grossense.
Em termos de ferrovia, destaca-se que se estabelece a
ligação entre o Sudeste e a Bolívia. Beneficiado por
apresentar rios de planície que facilitam a navegação,
o Centro-Oeste tem no município de Corumbá o seu
principal porto fluvial. O estado de Goiás possui a
segunda melhor e mais conservada malha rodoviária
do país, apenas atrás de São Paulo. Nos últimos anos
o Governo Federal vem investindo na duplicação de
rodovias que ligam Goiânia a Brasília (BR-060).
Kkk
As florestas plantadas para fins energéticos (florestas
energéticas), ou seja, o cultivo do Eucalyptus e Pinus
destinado à produção de madeira para a geração de
energia, contribuem para o crescimento sustentável
dos setores industriais consumidores de biomassa
florestal. Os estados de Minas Gerais, São Paulo,
Paraná, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e
Rio Grande do Sul se destacaram no cenário nacional
como detentores de 87,1% da área total de plantios
florestais.
Da área plantada com Eucalyptus no Brasil
(5.102.030 ha), 53,0% estava concentrado na Região
Sudeste. A produção de madeira em tora para papel e
celulose, foi de 69 778 615 m³. O principal estado produtor é São Paulo, onde se encontram 30,0% das
fábricas de papel e 32,0% das de celulose no Brasil.
Sua produção, foi de 17 212 783 m³. O segundo
maior produtor é a Bahia, com 14 707 593 m³,
seguido por Santa Catarina (9 665 503 m³), Paraná (8
402 843 m³), Espírito Santo (5 981 864 m³), Minas
Gerais (5 474 484 m³), Mato Grosso do Sul (4 287
630 m³), Rio Grande do Sul (2 398 114 m³) e Pará (1
495 400 m³).
Caravelas, na Bahia, é o município que apresentou a
maior produção com 2 299 345 m³, seguido por
Conceição da Barra (2 281 334 m³), no Espírito Santo,
e Mucuri (2 050 254 m³) também na Bahia. O
principal município produtor de São Paulo é
Itapetininga (2 040 600 m³); em Mato Grosso do Sul é
Três Lagoas (1 938 487 m³); em Santa Catarina é
Otacílio Costa (1 726 800 m³); no Paraná é Telêmaco
Borba (1 553 531 m³); e no Pará é Almeirim (1 495
400 m³).
A produção de carvão vegetal totalizou 3 448 210
toneladas. A necessidade de suprir o grande número
de siderúrgicas instaladas no estado, faz de Minas
Gerais o maior produtor nacional, com 2 798 653
toneladas e Felixlândia o município que apresenta a
maior produção (232 195 toneladas).
LOGÍSTICA DE TRANSPORTE
A região Sudeste do Brasil ocupa uma
área de aproximadamente 924 510 km² e
é composta por quatro Estados: São
Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e
Espírito Santo.
O Sudeste conta ainda com cerca de 35%
das rodovias, concentradas
principalmente no estado de São Paulo e
Minas Gerais. Algumas delas — Rodovia
dos Imigrantes, Rodovia Castelo Branco e
outras — são comparáveis às melhores e
mais seguras da América do Sul e das
Américas. O desenvolvimento industrial da
região, associando a uma política
francamente exportadora do governo
federal, funcionou como alavanca da
grande expansão portuária do Sudeste,
onde Santos e Rio de Janeiro se projetam
como os portos de maior movimento do
país.
A navegação fluvial é muito pouco
explorada, embora haja trechos
navegáveis em rios como o Tietê e o
Paraná, para os quais há projetos de
criação de uma hidrovia.
Encontra-se também na região Sudeste, o
único trem de passageiros que liga diariamente duas capitais do Brasil, pela Estrada de Ferro Vitória-Minas, ligando Vitória a Belo Horizonte.
A área de plantios de Pinus totalizou 1.562.782 ha em
2012, valor 5,1% inferior ao registrado em 2011. A
maior concentração de plantios florestais de pinus nas
Regiões Sul e Sudeste do país (72,3%) se justifica em
função da localização das principais unidades
industriais dos segmentos de Celulose e Papel,
Painéis de Madeira Industrializada, Siderurgia a
Carvão Vegetal e Madeira Mecanicamente
Processada. No caso do Pinus, além do segmento de
Papel e Celulose (53,5%), os segmentos mais
representativos são o de Painéis de Madeira Industrializada e o de Produtores Independentes, que
detêm, respectivamente, 24,4% e 15,9% da área
plantada.O Estado do Paraná lidera o ranking de área
plantada de Pinus com 39,7% da área total, seguido
por Santa Catarina, que possui 34,5%.
Em 2012, estima-se que o Brasil produziu 52,2
milhões de m³ de lenha a partir de florestas
plantadas, sendo que as Regiões Sul e Sudeste
representaram 92,5% deste total. A lenha proveniente
de florestas plantadas de Pinus é consumida, em sua
quase totalidade, pelos estados das Regiões Sul e
Sudeste do país. A quantidade de lenha obtida, foi de
49 058 232 m³ (18,5% superior ao ano anterior).
Deste total, 93,0% estão concentrados nas Regiões
Sudeste e Sul. O maior produtor é o Rio Grande do Sul
(14 127 269 m³), seguido por Paraná (11.300 033
m³), Santa Catarina (8 097 378 m³), São Paulo (6 662
921 m³) e Minas Gerais (4 898 201 m³). Salto do
Itararé, no Paraná, é o município que mais produziu (1
125 000 m³). O maior município produtor em Santa
Catarina é Arvoredo (972 000 m³); no Rio Grande do
Sul é Santa Cruz do Sul (767 930 m³); em São Paulo é
Itapetininga (695 400 m³); e em Minas Gerais é Três
Marias (592 833 m³). O Paraná é o maior estado
produtor de madeira em tora para outras finalidades,
com uma produção de 15 444 468 m³ de um total de
45 962 916 m³ produzidos no Brasil. O segundo estado a se destacar é Santa Catarina com 8 965 814
m³, seguido por São Paulo (8 952 989 m³), Rio
Grande do Sul (4 995 384 m³) e Minas Gerais (3 407
721 m³).
LOGÍSTICA DE TRANSPORTE
A região Sul do Brasil é a menor das
regiões do país. Sua área terrestre é de
576 409,6 km² e é formada por três
Estados: Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná.
O Sul é bem servido no setor de
transportes, dispondo de condições
naturais que facilitam a implantação de
uma boa malha rodoviária e ferroviária.
Embora quase todas as principais cidades
da região sejam servidas por linhas da
Rede Ferroviária Federal (RFFSA), o
transporte rodoviário é mais desenvolvido.
A região conta com várias estradas, tais
como a Rodovia Régis Bittencourt, ligando
São Paulo ao Rio Grande do Sul, e a
Rodovia do Café, alcançando o norte do
Paraná até o porto de Paranaguá.
Esta região possui ainda portos marítimos
em atividade: o porto de Paranaguá, que
exporta principalmente café e soja; os
portos de Imbituba e Laguna, em Santa
Catarina, exportadores de carvão mineral;
os portos de São Francisco do Sul, Itajaí e
Itapoá também em Santa Catarina,
exportadores de produtos da indústria metal-mecânica e frigorífica, além de móveis e madeira beneficiada; e finalmente os portos de Rio
Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
RESÍDUOS AGRÍCOLAS
Os resíduos do setor agrícola podem contribuir como
fonte renovável para a matriz energética brasileira.
Nesse contexto, buscou-se, neste relatório, levantar os
montantes de resíduos gerados pelas agroindústrias
associadas ao setor agrícola, visando gerar subsídios
para a elaboração de políticas que busquem promover
alternativas de reaproveitamento destes resíduos,
objetivando a recuperação de matérias-primas, a
reciclagem da matéria orgânica, a geração de energia e
a minimização dos impactos ambientais decorrentes
destas atividades.
Para determinar a produção das diferentes culturas
agrícolas no Brasil e o posterior cálculo da geração de
resíduos, foram utilizados dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção.
Com base nestes dados, definiram- se as lavouras de
maior representatividade considerando-se sua área de
produção, absoluta e percentual, por região e para o
total do Brasil, tanto para as culturas permanentes
como para as culturas temporárias . O peso dos
resíduos gerados para cada produto processado nas
agroindústrias associadas às principais culturas foi
estimado a partir de dados encontrados na literatura. Com estes dados, foi estimado o fator residual, o qual
representa a porcentagem da biomassa total
correspondente aos resíduos gerados durante o
processamento dos produtos. Pode-se observar a
ampla geração de resíduos no país, representando mais de 291 milhões de t para o ano. De acordo com o estudo, a cultura que mais gerou resíduos foi a
de cana-de-açúcar, com um montante de 201 milhões de t de resíduos (torta de filtro e bagaço). Uma alternativa adequada para fazer frente a este
cenário é o uso da biomassa como fonte sustentável de energia, especialmente nas agroindústrias associadas, nas quais,estimou-se a geração de
291.138.869 t de resíduos e 604.255.461 m³ de efluentes (considerando-se aqui apenas os efluentes resultantes do processamento da cana-de-açúcar)
passíveis de reaproveitamento energético.Quantitativo de Resíduos no setor Sucroenergético. Em estudo do INEE, ABIB , IPEA e SAE o resíduo gerado na
safrano Brasil em tonelada de Vinhaça (658.638.453) e de Bagaço de Cana (201.418.487=16.464 MW).
Quantitativo do Potencial de Resíduos na agroindústria brasileira. Considera-se como resíduo (soja 73% e milho 58%), o IPEA e SAE quantificam em
resíduos gerados no Brasil em toneladas de Soja (41.862.129) e de Milho (29.432.678). Soma-se aos resíduos gerados em toneladas pela cultura do
feijão (1.847.984), arroz (2.530.355), trigo (3.033.315), café (1.220.029), laranja (8.825.276) e demais culturas. Temos um total de Potencial de
Resíduos gerados na agroindústria brasileira de 291.138.870 (sem a vinhaça) suficientes para gerar 22.999 MW/ano de energia.
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