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Aula 07
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CURSO ON-LINE PORTUGUS REGULAR PROFESSORES: ADRIANA FIGUEIREDO E FERNANDO FIGUEIREDO
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Estamos aqui hoje para falar de um dos assuntos que mais nos surpreendeu quando nos deparamos um dia com as primeiras provas de concursos pblicos... Descobrimos que, em vez de uma srie de regras que deveriam ser memorizadas, estudar crase, na verdade, uma continuidade daquilo que aprendemos em regncia. , principalmente, pelo estudo de regncia nominal e verbal que iremos entender o fenmeno da crase na nossa lngua. Alm disso, aprenderemos os casos em que se usa artigo, os casos em que ele proibido, facultativo... Algum aqui se lembra de ter tido aula sobre artigo na escola? Pois , deveramos, j que os casos mais interessantes de crase so, na verdade, resultado da lgica do uso do artigo na lngua portuguesa.
Alm de abordarem um assunto apaixonante, em funo de no exigir muita decoreba, muitas questes de crase hoje no esperam apenas que o aluno saiba usar ou no o acento grave, mas querem que ele justifique, explique o uso ou a ausncia do acento. Se o aluno se ateve apenas a memorizar aquelas regrinhas que muitas gramticas ainda apresentam, ele pode at acertar as questes mais fceis, mas, possivelmente, ter bastante dificuldade para lidar com as frases mais elaboradas.
Portanto, queles que conseguiram decorar aquelas tantas regras do uso da crase, deixamos um conselho: procure entender, aps esta aula, o porqu de cada uma. Assim, elas tero uma grande utilidade nas provas de hoje, que priorizam o aluno que entende, que consegue explicar as artimanhas da nossa lngua.
Alm disso, ao final desta aula, selecionamos algumas questes do Cespe/UnB e ESAF, revisando todos os assuntos at agora estudados, com nossos comentrios. para treinar at no aguentar mais... Portanto, at o final do curso, vamos fazendo uma reviso dos tpicos j vistos, porque acreditamos que, assim, voc ficar sempre em dia com a matria!
Esperamos que aproveitem os exerccios... Boa aula!
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C R A S E
a fuso de duas vogais iguais. Na escrita, esse fenmeno vem marcado com o acento grave.
As justificativas para o uso do acento grave so duas:
1 Justificativa: CASOS DE CONTRAO
a) preposio a + artigo definido a (a + a(s) = (s)).
b) preposio a + pronomes demonstrativos a(s)(=aquela(s)), aquele(s), aquela(s), aquilo.
c) preposio a + pronome relativo a qual/as quais.
Importante!
No caso de contrao de preposio A com artigo feminino A, a preposio aparece por exigncia de um verbo (regncia verbal) ou de um nome (regncia nominal). O artigo, por exigncia de um substantivo feminino. Veja o modelo:
Os universitrios leem como se assistissem [a] [a] televiso com um controle remoto.
Uma maneira prtica de saber se a palavra feminina aceita ou no artigo us-la na funo de sujeito. Na ordem direta, voc diria A televiso nos diverte ou Televiso nos diverte? Com certeza, usaria a primeira forma. Portanto, a palavra televiso aceita artigo feminino. Se o verbo ou o nome no pedir preposio A ou se a palavra seguinte no aceitar artigo feminino, no ocorrer o fenmeno da crase.
Essa explicao vai servir para mostrar os casos em que h o acento grave, em que no h e quando o uso do acento facultativo.
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Exerccios:
I.Complete as lacunas das frases usando a, , as, s:
Comentrios:
Nas frases de 1 a 6, observa-se a presena da preposio a exigida por chegar
[a], Pediram [a]...comparecessem [a], aluso [a], Fui [a] e Obedea
[a]. Como as palavras femininas que se seguem aceitam artigo feminino (a [a]
repartio, [a] jovem... [a] secretaria , [as} crianas , [a] Grcia, [a]
Braslia de minha infncia e [a] senhorita/senhora/madame, ocorre o
fenmeno da crase. Portanto, temos a fuso da preposio a com artigo definido
a.
1) Cheguei cedo [ ] ___ [ ] repartio.
2) Pediram [ ] ___ [ ] jovem que comparecesse [ ]___ [ ] secretaria.
3) Fiz aluso [ ] ____ [ ] crianas.
4) Fui [ ] ____ [ ] Grcia ano passado.
5) Fui [ ] ____ [ ] Braslia de minha infncia.
6) Obedea [ ] ____ [ ] senhorita/senhora/madame.
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Aqui, vale um recado sobre as frases 4 e 5:
Quando aparece nome de lugar (Grcia, Braslia...), para saber se aceita ou no
artigo, procedemos da mesma maneira como foi apresentado na teoria: se, na
funo de sujeito, pudermos usar o artigo porque o nome do lugar aceita. Caso
contrrio, s aparece a preposio a. Por exemplo:
- A Grcia um pas que me encanta. (aceita artigo) (suj.)
- Braslia a capital do Brasil (e no A Braslia ...; logo, Braslia no
aceita artigo). Porm, se o nome do lugar vier determinado, usaremos o artigo.
Sobre a frase 6, vale observar: A senhorita/senhora/madame apresentou
suas desculpas ( esses pronomes de tratamento aceitam artigo. Mais frente,
vamos ver os pronomes de tratamento que no aceitam).
As frase de 1 a 6 so exemplos de contrao de preposio a + artigo
feminino a.
Respostas: 1) ; 2) ; 3) ; 4) ; 5) ; 6)
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Comentrios:
Em 7, 8 e 9, h contrao de preposio a com pronomes demonstrativos:
Fiz referncia [a] + a (=aquela) que gesticulava, Emprestei o livro [a] +
aquela e Emprestei o livro [a] + aquele.
Na frase 7, aparece o a como pronome demonstrativo. Aqui, vale um
recado:
O pronome demonstrativo a(s) aparece, geralmente, antes de que relativo ou de
preposio de, quando fica claro o valor semntico de demonstrativo. Observe:
Refiro-me (=quela) da direita.
Refiro-me (=quela) que chegou de branco
Respostas: 7) ; 8) quela; 9) quele
7) Fiz referncia [ ] ___ que gesticulava freneticamente.
8) Emprestei o livro [ ]aquela velha amiga.
9) Emprestei o livro [ ]aquele velho amigo.
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Comentrios:
A frase 10 mostra o pronome relativo a qual, que introduz orao adjetiva e
j possui a letra a. Com esse conectivo, haver acento no a do a qual se, dentro da
orao adjetiva, algum termo pedir preposio a. Observe:
... a qual me referi (Eu me referi a). Logo, a preposio a do verbo referir-
se encontra-se com o a de a qual: ... qual me referi...
Resposta: 10) qual
Resumindo
10) A moa a qual me referi [ ] era uma velha amiga.
Crase Obrigatria:
- preposio a + artigo definido a(s)(frases 1 a 6) - preposio a + pronomes demonstrativos a(s), aquela(s), aquele(s), aquilo (frases 7 a 9)
- preposio a + pronome relativo a qual/as quais (frase 10)
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11) Falou [ ] ___ [ ] Joo.
12) Comeou [ ] ___ [ ] ventar. 13) Aludiu [ ] ___ [ ] V.Ex/voc.
14) Fui [ ] ___ [ ] Braslia.
15) Ofereci ajuda [ ] ___ [ ] esta/essa/uma/qualquer pessoa.
16) Dedicou o prmio [ ] ___ [ ] ela.
Comentrios:
(Importante: usaremos o cdigo [x] para mostrar que no se usa a.)
Nas frases de 11 a 16, ocorre apenas a presena da preposio a, pois Joo,
nome prprio masculino, no aceita artigo feminino (Falou [a] [x] Joo); ventar
verbo, no vem com artigo (Comeou [a] [x] ventar); pronomes de tratamento
no aceitam artigo, exceo feita aos tratamentos senhorita, senhora e madame da
frase 6.
E por que esses tratamentos aceitam artigo e V.Ex, voc no aceitam? No
incio desse assunto mostramos uma maneira prtica de saber se substantivos ou
pronomes aceitam ou no artigo: iniciar uma frase na ordem direta (sujeito +
verbo + complemento). Por exemplo:
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- A senhorita/senhora/madame aceita minhas desculpas?
Agora, voc diria A V.Ex/voc aceita minhas desculpas? ou
V.Ex/voc aceita minhas desculpas?. Certamente a ltima que seria usada.
Aqui, vale um recado:
Os pronomes de tratamento no aceitam artigo, excees feitas a senhorita,
senhora e madame.
Teramos, portanto, na frase 13, s a preposio (Aludiu [a] [x] V.Ex (voc).
Na 14, seguindo o mesmo princpio, Braslia no aceita artigo Braslia
a capital do Brasil (Fui [a] [x] Braslia). Na frase 15, os pronomes esta, essa,
qualquer e o pronome indefinido uma tambm no aceitam artigo (forme uma
frase, na ordem direta, usando esses pronomes na funo de sujeito e ver que
no vm com artigo Esta/Essa/Qualquer pessoa inteligente). Uma pessoa
esteve procurando, e no A esta/essa/qualquer/uma pessoa esteve te procurando.
S preposio (Ofereci ajuda [a] [x] esta...)
Na 16, a mesma explicao (Dedicou o prmio [a] [x] ela), j que os
pronomes pessoais tambm no aceitam artigo. Logo, se aparece apenas um a,
no ocorrer o fenmeno de crase.
Respostas: 11) a; 12) a; 13) a; 14) a; 15) a; 16) a
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Comentrios:
As frases 17, 18 e 19 exemplificam o uso de pronomes relativos
antecedidos de preposio a, porque tambm esses conectivos no admitem a
presena de artigo.
Na frase 20, a qual no recebe acento grave porque o verbo admirar no
pede preposio a (confronte com a frase 10, em que o a do a qual recebe acento
porque o verbo referir-se rege preposio a).
Respostas: 17) a; 18) a; 19) a; 20) a qual
Ateno!
17) A diretora [ ] que me referi chegou.
18) A diretora [ ] quem me referi chegou.
19) A escritora [ ] cuja obra me referi ganhou um prmio.
20) A escritora [ ] a qual admiro ganhou um prmio.
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Antes do pronome relativo que s haver acento no a quando o termo
anterior pedir preposio a e aparecer um a com valor de demonstrativo, o que d
para perceber com certa facilidade. Veja a frase 7 (Fiz referncia que
gesticulava). Na 17 isso no ocorre (A diretora aquela que me referi???).
Certamente, numa redao, voc no usaria esta construo.
Portanto, vale sistematizar:
Os pronomes relativos e a crase:
1. Ocorrer crase nos relativos a qual, as quais, se esses pronomes vierem
antecedidos de preposio, exigida por um termo (verbo ou nome) que vem
aps esses relativos; (frase 10)
2. Diante do pronome relativo que, normalmente no h crase, pois esse
pronome no admite artigo. O a que vem antes do que apenas preposio.
(frase 17). Entretanto, o pronome relativo que poder vir antecedido de a
acentuado, quando o a (s) for demonstrativo (=aquela). (frase 7)
3. Antes de quem, cujo, cuja, cujos, cujas, jamais ocorrer crase, pois esses
pronomes no aceitam artigo. O a que os anteceder ser apenas preposio.
(frases 18 e 19).
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Comentrios:
Na frase 21, mais um caso em que nunca se usa acento grave: entre
palavras repetidas. Esse a apenas preposio.
Resposta: 21) a
Resumindo
Crase Proibida:
1. Antes de palavra masculina;
2. Antes de verbos;
3. Antes de pronomes de tratamento, como V.Ex, voc, Sua Excelncia...,;
exceto com madame, senhora e senhorita;
4. Com nomes de lugar que no aceitam artigo a;
5. Antes de pronomes demonstrativos este, esta, esse, essa;
6. Com pronomes indefinidos (algum, nenhum...);
7. Antes de artigo indefinido (um, uma);
8. Entre palavras repetidas.
21) Perdeu o gol cara [ ] cara.
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22) Ofereci ajuda [ ]__ [ ] Maria.
23) Fez meno [ ]___ [ ] Ceclia Meireles.
24) Ofereci ajuda [ ] ___ [ ] minha/sua/nossa amiga.
25) Ofereci ajuda [ ] ___ [ ] minha amiga e no [ ] ___[ ] sua.
26)Corri at [ ]___ [ ] sala.
Comentrios:
Nas frases de 22 a 26, temos exemplos de uso facultativo do acento grave.
So trs os casos de uso facultativo:
1) antes de nome prprio feminino: podemos usar o artigo ou no.
A Maria esteve te procurando ou Maria esteve te procurando
(Ofereci ajuda [a] [a] ou [x] Maria).
Antes e nomes ilustres, porm, no aparece artigo.
(Fez meno [a] [x] Ceclia Meireles)
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2) antes de pronome possessivo feminino singular: podemos usar o artigo
ou no.
A minha/sua/nossa amiga chegou ou Minha/Sua/Nossa chegou
(Ofereci ajuda [a] [a] ou [x] minha/sua/nossa amiga).
Todavia, antes de possessiva feminino singular com substantivo feminino
subentendido, acento obrigatrio. Veja:
Ofereci ajuda [a] [a] ou [x] minha amiga e no [a] [a] sua (amiga)
3) aps a preposio at, facultativo o uso do acento grave, uma vez que
existe at (preposio) e at a (locuo prepositiva que termina em a).
Respostas: 22) ou a; 23) a; 24) ou a; 25) ou a; 26) ou a
Resumindo
Crase Facultativa:
1) antes de nome prprio feminino;
2) antes de pronome possessivo feminino no singular;
3) aps a preposio at.
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2 Justificativa: CASOS DE LOCUES FEMININAS
adverbiais: s vezes, s pressas, toa, bea, s duas horas, mingua... prepositivas: beira de, espera de, s expensas de, moda de, procura
de...
conjuntivas: medida que, proporo que.
No incio dessa aula, dissemos que as justificativas para o uso do acento grave
so duas. A primeira trata da contrao da preposio a mais artigo definido
feminino, pronomes demonstrativos e relativo a qual.
Agora, vamos ao segundo caso: As locues femininas.
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Diferentemente do primeiro, aqui no temos de achar dois as. Nas
locues, a questo semntica, ou seja, aparecem expresses femininas idia de
tempo, intensidade, modo, lugar, proporo etc.
A sistematizao em adverbiais, prepositivas e conjuntivas por causa da
forma: as prepositivas terminam em preposio ( beira de, moda de, espera
de, procura de...); as conjuntivas, em conjuno ( medida que e proporo
que).
J as adverbiais no tm uma terminao caracterstica. Sabemos que so
locues adverbiais por causa dos valores circunstanciais prprios do advrbio
(tempo, lugar, intensidade...).
Exerccios I. Use o acento grave nas locues feminina, quando se exigir:
1) Compro sempre ___ vista, nunca ___ prazo.
2) Gostava de churrasco ___ Osvaldo Aranha.
3) Queria tudo ___ claras.
Comentrios:
No custa nada lembrar: acento nas locues s se for feminina.
Na frase 1, s a primeira ( vista) locuo feminina, pois prazo
vocbulo masculino.
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Na 2, embora Osvaldo seja palavra masculina, subentende-se a locuo
prepositiva feminina moda de.
Em 3, s claras uma locuo adverbial feminina de modo.
Respostas: 1) vista/a prazo; 2) Osvaldo Aranha; 3) s claras
4) Vivia ___ espera de um milagre.
5) Saiu ___ cinco horas ___ fim de ver um filme.
Comentrios:
Na frase 4, a locuo prepositiva ( espera de) formada por palavra
feminina. Em (5), na primeira ocorrncia, a locuo adverbial feminina
indicando tempo, mas na segunda ocorrncia, h uma locuo prepositiva
representada por palavra masculina fim.
Respostas: 4) espera de; 5) s cinco horas/a fim de
6) Chegou ___ uma hora e saiu ___ oito.
7) Estou aqui desde ___ trs horas.
Comentrios:
Na frase 6, as locues so representadas por palavra feminina hora.
Porm, se as expresses de hora vierem antecedidas de preposio (aps, desde),
no haver acento (frase 7).
Respostas: 6) uma hora/s oito (horas); 7) desde as trs horas.
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8) Sentia-se mais ___ vontade ___ medida que ia se aproximando da reta final.
9) ___ medida que tomaste desagradou a todos.
Comentrios:
Em (8), temos, respectivamente, uma locuo adverbial feminina e uma
locuo conjuntiva feminina com ideia de proporo.
Repare que na frase 9, no h mais a ideia de proporo. Temos a medida
funcionando como sujeito de desagradou:
A medida que tomaste desagradou a todos. (suj.) or. adjetiva
Respostas: 8) vontade/ medida que; 9) A medida
10) ___ vezes, ela faz ___ vezes do professor.
11) Fez a prova ___ lpis.
12) Andei ___ cavalo pela fazenda.
13) ___ beira do rio, admirava o quadro ___ leo que acabara de pintar.
14) Comia, ____ pressas, um angu ____ baiana.
Comentrios:
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Na frase 10, s na primeira ocorrncia que h ideia circunstancial de
tempo (s vezes = de vez em quando).
Na segunda passagem, essa expresso funciona como objeto direto de faz
(ela faz as vezes), no possui valor adverbial, ela faz algo (= as vezes)
Nas frases 11 e 12, as locues so masculinas (lpis, cavalo). Na 13, a
locuo prepositiva feminina (beira), mas a palavra leo, na segunda passagem,
masculina.
Em (14), as duas locues so adverbiais femininas.
Respostas: 10) s vezes/as vezes; 11) a lpis;
12) a cavalo; 13) beira de/a leo;
14) s pressas/a baiana.
Observaes finais:
a) Antes das palavras CASA e TERRA (em oposio a bordo) no ocorrer o acento.
Exemplos:
Retornaram rapidamente a casa.
Quando o navio atracou pudemos ir a terra.
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Porm, se vierem determinadas, haver o acento:
Retornaram rapidamente casa dos pais.
Iria terra dos avs.
b) No se usa o acento grave no a antes de palavras tomadas em sentido geral.
Exemplos:
Este pano cheira a gasolina.(Este pano cheira a lcool)
Ela se candidatou a deputada.(Ele se candidatou a deputado)
Repare que ao trocar por palavra masculina, no aparece artigo (cheira a
lcool e no ao lcool/se candidatou a deputado e no ao deputado), logo no
aparecer artigo antes do nome feminino.
Reconhecemos que esse caso no de fcil percepo, mas a boa notcia
que rarssimas so as questes de concurso pblico que exploram esse caso. Mais
um exemplo:
Viso a melhores condies de trabalho.
Esse o caso mais comum de palavra tomada em sentido geral: usar a
preposio a antes de substantivo no plural. A ausncia do artigo definido as
confirma essa indeterminao.
1) Marque V ou F para os casos de crase abaixo. Nas situaes de crase, indique a justificativa para o acento:
01. Ele fez referncia a tarefa feita por ns. ( )
O substantivo referncia pede preposio a. A palavra tarefa aceita artigo. A frase est errada, falta o acento.
02. Traou uma reta oblqua a do centro. ( )
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O adjetivo oblqua exige a preposio a. E essa preposio vai-se encontrar com o pronome demonstrativo a (=aquela) que vem antes de do centro(Traou uma reta oblqua a + a do centro). A frase est errada. Falta o acento.
03. No conheo as que saram. ( )
O verbo conhecer transitivo direto, no pede preposio. A palavra as s pronome demonstrativo (=aquelas). A frase est certa, no h fenmeno da crase.
04. Ele se referia as que saram. ( )
O verbo referir-se transitivo indireto, pede preposio a. E essa preposio vai-se encontrar com o pronome demonstrativo as (=aquelas), que vem antes da orao que saram (Ele se referia a + as que saram). A frase est errada, falta o acento. 05. Apresentou-lhe a esposa. ( )
O verbo apresentar, aqui, transitivo direto e indireto e vem seguido de dois objetos: o indireto, sob a forma de pronome (lhe) e o direto (a esposa). Ora, se a esposa objeto direto, no h que se iniciar com preposio e, sem ela, no ocorre o fenmeno da crase. O a que aparece na frase artigo. A frase est certa.
06. Era uma camisa semelhante a que o diretor usava. ( )
O adjetivo semelhante exige a preposio a. E essa preposio encontra-se com o pronome demonstrativo a (=aquela), antes do relativo que (Era uma camisa semelhante a + a que o diretor usava). Da o erro: falta o acento.
07. Ele no obedecia aquele regulamento. ( )
Quem obedece, obedece a algum, ou a alguma coisa. O verbo obedecer transitivo indireto e vem acompanhado da preposio a. E essa preposio encontra-se com o a que inicia o pronome demonstrativo aquele. A frase est errada, deveria vir com o acento.
08. Ele desconhecia aquele regulamento. ( )
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O verbo desconhecer transitivo direto, no exige preposio. Da o fato de o pronome demonstrativo aquele no ter de vir com o acento grave. A frase est certa.
09. No me refiro aquilo. ( )
Referir-se transitivo indireto, e vem acompanhado da preposio a. E essa preposio a encontra-se com o a do demonstrativo aquilo. Falta o acento de aquilo. A frase est errada.
10. Esta a lei a qual fiz aluso. ( )
Ateno: trata-se de regncia com pronome relativo. Organize a frase que vem aps o pronome relativo. Colocando-a na ordem direta, teremos: (Eu) fiz aluso a + a qual. Ora, da o erro: falta o acento do relativo a qual.
11. Esta a lei a qual desconhecia. ( )
Agora, temos s o pronome relativo a qual. O verbo desconhecer no exige preposio, transitivo direto. Por isso, a frase est certa. No h crase.
12. Esta a mulher a quem fiz referncia. ( )
Organizando a frase que vem aps o relativo, teramos (Eu) fiz referncia a. S que essa preposio que o substantivo referncia exige no se encontra com nenhum outro a, pois o pronome relativo quem no aceita artigo. A frase est certa, o a de a quem s preposio.
13. Ele se dedica a empresa, respeita a hierarquia e obedece as leis. ( )
Observe que o grande segredo do uso da crase saber regncia. O verbo dedicar-se transitivo indireto. Logo, exige a preposio a, que vai-se encontrar com o artigo a de empresa. Por isso, o primeiro erro: falta o acento. J o verbo respeitar transitivo direto, no pede preposio: o a que vem antes de hierarquia s artigo. Quanto a isso, a frase est certa. J o verbo obedecer exige preposio a, transitivo indireto. E a preposio a encontra-se com o artigo as que antecede leis. Mais uma vez, falta o acento. A frase reescrita de forma correta ficaria assim: Ele se dedica empresa, respeita ahierarquia e obedece s leis. 14. Nas prximas frias, iremos a Sucia, a Blgica e a Portugal. ( )
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Com nome de lugar, mais uma dica: utilize o verbo voltar seguido do nome do lugar, para ver se o artigo aparece. Assim, teramos: voltei da Sucia, daBlgica e de Portugal. Ora, Sucia e Blgica admitem artigo a, mas Portugalno. Assim, a frase est errada, faltam dois acentos graves. Reescrita de forma correta, a frase ficaria assim: Nas prximas frias, iremos Sucia, Blgica e a Portugal.
15. Viajaremos a Londres e a Roma do Coliseu. ( )
Londres no admite artigo a: Voltei de Londres. A palavra Roma, se estivesse sozinha na frase tambm no admitiria (Voltei de Roma); s que aqui se fala da Roma do Coliseu. O nome de lugar est seguido de determinante, por isso deve vir antecedido de artigo. Faltou o acento grave antes de Roma. A frase est errada.
16. As vezes, o pessoal sai as escondidas. ( )
Duas locues femininas: uma adverbial de tempo (s vezes) e outra adverbial de modo (s escondidas). As duas, portanto, deveriam vir acentuadas. A frase est errada.
17. A reunio vai das cinco as seis horas. ( )
Observe o paralelismo estrutural que se criou na frase: antes da palavra cinco, tem-se a contrao da preposio de e o artigo as. Antes da palavra seis, o mesmo no ocorreu: a preposio a deveria ter-se contrado ao artigo as. Est faltando, portanto, o acento. O certo seria dizer: A reunio vai das cinco sseis horas. Frase errada.
18. A reunio vai durar de cinco a seis horas. ( )
Trata-se de intervalo de tempo. Antes da palavra cinco s aparece a preposio de. Antes da palavra seis, ento, s deve aparecer a preposio a. A frase est certa.
19. S as primeiras horas da noite pde assistir a cerimnia. ( )
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Falta o acento da locuo adverbial de tempo s primeiras horas da noite. Alm disso, o verbo assistir, que transitivo indireto, exige a preposio a, que se encontra com o artigo que antecede o substantivo cerimnia. Falta tambm o acento. A frase, reescrita de forma correta, seria: S s primeiras horas da noite pde assistir cerimnia.
20. Ao sair, bata a porta. ( )
O verbo bater, aqui, o mesmo que fechar, transitivo direto. Logo, no vem seguido da preposio a. O a que aparece antes do substantivo porta s artigo. A frase est certa.
21. Ele s chegar a uma hora. ( )
Trata-se de locuo feminina adverbial de tempo. Assim como s duas horas, s trs horas, zero hora etc. Falta o acento. Frase errada.
22. Voc deve correr at rvore. ( )
Crase facultativa. Aps a preposio at, a preposio a facultativa. A frase est certa e poderia ter vindo tambm sem acento.
23. Ele est aqui desde s dez horas. ( )
A locuo adverbial de tempo j foi iniciada com uma preposio desde, por isso no aceita outra preposio a. A frase est errada, o que deveria ter vindo aps a preposio desde apenas o artigo as.
24. O diretor fazia aluso a aluna alguma. ( )
O substantivo aluso pede preposio, mas o substantivo aluna vem seguido de um pronome indefinido alguma, que lhe d um sentido vago, indefinido. Por isso, o artigo proibido. A frase est certa. O a que aparece antes de aluna preposio.
25. Meu mdico me proibiu de ir festa, batizado, casamento. ( )
O verbo ir veio adequadamente seguido da preposio a, indicando destino, lugar. Mas a palavra festa est tomada em sentido geral. Observe que, na sequncia, vieram outros substantivos com sentido genrico (todo tipo de festa, batizado, casamento...). O artigo, portanto, proibido. A frase est errada.
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Finalmente, as questes de concursos...
01. (Tc./TRT-FUNDEC) No trecho entidade vinculada Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, est corretamente empregado o acento indicativo da crase, fato que NO ocorre em:
a) Os trabalhadores recorreram todas as instncias para garantir seu direito. b) Proibiam sempre s mesmas crianas que permanecessem nas ruas. c) S era permitido s crianas trabalhar durante o dia. d) O governo deixava as crianas jogadas prpria sorte. e) falta do que fazer, os menores invadiam as ruas da cidade.
Comentrios:
Na letra A, alm de todas estar no plural e o a aparecer no singular, esse pronome indefinido, o que probe o uso do acento no a por no se usar artigo definido a antes de pronomes indefinidos.
Em B, C e D, os termos proibiam, permitido e jogadas regem preposio a e as palavras femininas que se seguem (crianas e sorte) aceitam artigo feminino a. Na opo E, o acento ocorre por falta de ser locuo prepositiva feminina. Repare: em B, C e D, h exemplos de contrao de preposio a + artigo feminino a; em E, caso de locuo feminina.
Resposta: letra A. 02. (Fundec) A alternativa em que NO pode ocorrer o fenmeno da crase :
a) Ningum respondeu at hoje as perguntas sobre o assunto. a) S mesmo um deus perdoaria a seus flagelados. b) Ele acabou obedecendo a vontade de seus pais. c) Tais medidas visam a segurana de todos. d) Cheguei a Itlia em plena primavera!
Comentrios:
O comando da questo pede para se assinalar a questo em que no se deve usar o acento grave. Na opo A, teramos em responder s perguntas, o encontro da preposio a (respondeu a) com o artigo feminino as (as perguntas). Em B, no haveria acento, pois aquele a no pode receber acento, j que flagelados, alm de ser vocbulo masculino, est no plural. Portanto, o a em a seus flagelados apenas preposio.
Em C, D e E, os verbos obedecer, visar e chegar regem preposio a e as palavras vontade, segurana e Itlia aceitam artigo a.
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Resposta: letra B. 03. A crase dever ser empregada na seguinte alternativa:
a) As cidades as quais me refiro so estncias tursticas. b) Os alunos a quem me dirijo so inteligentes. c) Encaminharei o discurso a Vossa Senhoria. d) O documento visava a elucidar dvidas. e) Trata-se de pintura a leo.
Comentrios:
Na letra A, aparece o relativo as quais. Como vimos na teoria, com esse pronome, se na sequncia, algum termo pedir preposio a, haver o acento (em s quais me refiro, o verbo referir-se pede preposio a).
Nas outras opes, s aparece a preposio a, pois quem, Vossa Senhoria, elucidar e leo no pedem artigo definido feminino.
Resposta: letra A.
04. _______ beira do leito, assistiu ______amiga. Hora ______hora, minuto ______minuto, sempre ______espera de um milagre.
a) A a . b) a a a . c) A a a a . d) A a .
Comentrios:
Na passagem beira do leito, temos uma locuo prepositiva feminina. Em assistiu /a amiga, como o verbo assistir (= dar assistncia) pode ser transitivo direto ou indireto, a preposio a poderia aparecer ou no (assistiu amiga ou assistiu a amiga).
Entre palavras repetidas, no haver jamais acento no a (hora a hora/minuto a minuto). Por fim, em espera de, tem-se mais uma locuo prepositiva feminina.
Resposta: letra B.
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05. O poeta aspirava ______felicidade, mas sem ______volta da amada ele no _____obteria. A afirmativa que completa corretamente as lacunas da frase acima :
a) A A b) A A c) A d) A e)
Comentrios:
Na passagem aspirava felicidade, o verbo aspirar (=desejar, almejar) pede preposio a e felicidade palavra feminina que aceita artigo a. Em sem a volta, esse a apenas artigo, j que nenhuma palavra anterior pede preposio a, o que aparece a preposio sem. J o a de ele no a obteria pronome pessoal oblquo, que retoma o substantivo felicidade.
Resposta: letra B.
06. Disposto _____recomear, o auxiliar judicirio referiu-se _____ palavras de apoio que ouviu, _____entrada do servio.
a) s a. b) s . c) a as a. d) a s . e) a as .
Comentrios:
Em Disposto a recomear, recomear verbo, portanto no aceita artigo. J em referiu-se s palavras, referir-se rege preposio a e palavras, substantivo feminino, aceita artigo feminino plural. Na expresso entrada do servio, h uma locuo prepositiva feminina entrada de.
Resposta: letra D.
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07. Ele aprendeu ____tempo que a obedincia ____ leis dignifica o cidado devotado ____ptria.
a) h as a. b) a s a. c) h as . d) s . e) h s .
Comentrios:
No incio do perodo, temos uma passagem em que aparece uma expresso que indica tempo decorrido, passado. Logo, no usaremos a preposio a, e sim o verbo haver, para mostrar essa ideia. Em obedincia s leis, o nome obedincia pede preposio a e leis aceita artigo feminino plural as, o que tambm ocorre em devotado ptria (devotado a + a ptria).
Gabarito: letra E
08. (Senado Analista/2009) sabido que a terra no pertence aos ndios; antes, so eles que pertencem terra. No perodo acima, utilizou-se corretamente o acento indicativo de crase antes da palavra terra. Assinale a alternativa em que isso no tenha ocorrido. (A) Voltarei terra natal. (B) A sonda espacial retornar em breve Terra. (C) Quando chegamos terra, ainda sentamos em nosso corpo o balano do mar. (D) Eu me referia terra dos meus antepassados. (E) Havendo descuido, a areia ser misturada terra.
Comentrios: Sabemos que terra, com o sentido de cho firme, fazendo oposio a bordo, no aceita artigo, por isso no pode vir antecedida de a com acento indicativo de crase. Mas em todos os outros sentidos, a palavra terra poder vir antecedida de crase (se vier seguida de expresso determinante, se for o planeta Terra, etc.).
Na frase do enunciado, terra no vem com esse sentido de oposio a bordo, tem o sentido de solo, territrio. Por isso, como o verbo pertencer transitivo indireto e a palavra terra aceita artigo, houve a crase. A banca pedia a nica alternativa com erro.
Nas letras A e D, a palavra terra vem especificada, seguida respectivamente dos determinantes natal e dos meus antepassados. Por isso, nas
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duas alternativas, terra aceita artigo e veio antecedida de a com acento indicativo de crase.
A letra B tambm est correta, j que o verbo retornar pede a preposio a indicando direo e o substantivo Terra (planeta) aceita artigo a. Na letra C, terra vem com o sentido contrrio a bordo, o que se pode perceber pela continuidade da frase (...o balano do mar). Logo, embora o verbo chegar deva vir seguido da preposio a indicando direo, destino, o substantivo terra no aceita artigo. Por isso, o acento veio de forma indevida.
Na letra E, o verbo misturar vem seguido da preposio a e a palavra terra aceita artigo, j que no vem com o sentido contrrio a bordo, como ocorreu na alternativa C.
Resposta: letra C.
09. (Petrobras Bio/Cesgranrio 2010) O sinal indicativo de crase deve ser usado somente no a presente em:
(A) Mas a dor de dente pode passar a ser um problema. (B) Os pais costumam levar a seus filhos a obrigao de serem felizes. (C) No se deve dar importncia a chamada da capa da revista. (D) Os livros publicados por universidades devem ser levados a srio. (E) O dinheiro no traz a felicidade que se imagina, quando se luta por ele.
Comentrios:
Na letra A, no ocorre crase em nenhuma das ocorrncias do vocbulo a: o primeiro a artigo do substantivo dor e o segundo a preposio que liga verbos de uma locuo verbal (j que verbo no pode vir antecedido de artigo a).
Na letra B, o verbo levar transitivo direto e indireto: vem com o objeto direto (a obrigao de serem felizes) e indireto (a seus filhos). Apesar de o verbo pedir a preposio a, o pronome possessivo masculino seus no admite artigo feminino. Da na letra B no ocorrer a crase. Alm disso, o outro a que aparece na frase artigo de obrigao.
J na letra C, o verbo dar pede dois complementos: um objeto direto (importncia) e outro indireto ( chamada da capa de revista). Alm disso, o substantivo chamada aceita artigo a. Portanto, o sinal indicativo de crase deveria estar presente na frase. Na letra D, a srio locuo adverbial masculina, portanto no aceita crase. E, na letra E, o verbo trazer transitivo direto e no pede a preposio a. O a que aparece antes de felicidade apenas artigo.
Resposta: letra C.
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10. (PGE/FCC 2009) Uma floresta secundria apresenta, segundo estudo recente, biodiversidade semelhante ____ da floresta original, embora haja especialistas que contestam o fato de que as matas da segunda gerao evoluam de modo ____ garantir as condies ideais de sobrevivncia ____ cada uma das espcies.
As lacunas da frase acima estaro corretamente preenchidas por:
a) a b) a a c) a a d) a e) a
Comentrios:
O adjetivo semelhante rege preposio a. E essa preposio se encontra com o pronome demonstrativo a (=aquela) em da floresta original. Assim, o que temos biodiversidade semelhante a + a da floresta original. Logo, o primeiro a com acento. A locuo prepositiva de modo a termina com a preposio a, mas o verbo garantir no aceita artigo feminino a. Portanto, o segundo a no vem com acento grave. O verbo garantir nessa frase transitivo direto e indireto, e vem seguido do objeto direto as condies ideais de sobrevivncia e do objeto indireto a cada uma das espcies. Ora, ainda que o verbo pea a preposio a, antes do seu objeto indireto, o pronome indefinido cada no aceita artigo definido a. Por isso, o terceiro a do perodo tambm no vem com acento grave.
Resposta: letra B.
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11. (DPE - SP - Superior/ FCC 2009) A presena do sinal indicativo de crase ou sua ausncia esto inteiramente corretas na frase: (A) A publicidade, destinada a convencer pessoas consumir determinados produtos, deve respeitar s normas morais vigentes na sociedade. (B) Peas publicitrias, vistas como obras de arte, no deveriam estar sujeitas certos padres sociais de comportamento. (C) A publicidade objetiva atingir um pblico consumidor, a quem uma marca dever ser ou parecer mais atraente do que a outra. (D) Destinadas as pessoas que tenham poder aquisitivo, algumas propagandas apelam estilos de vida mais elegantes e charmosos. (E) A propaganda destina-se a convencer pessoas escolha de um determinado produto, percebido como superior a outro.
Comentrios: Segundo o enunciado, a banca quer a alternativa correta, ou seja:
todas as alternativas, exceto uma, possuem erro, ou quanto ao uso da crase ou quanto sua omisso.
A letra A apresenta um erro por uso do sinal indicativo da crase. O verbo convencer transitivo direto e indireto e pede a preposio a, mas o verbo consumir no aceita artigo feminino a. Por isso, o uso do acento foi indevido.
A letra B tambm est errada: o adjetivo sujeitas rege preposio a, mas o pronome indefinido certos, alm do fato de ser um pronome indefinido, est no masculino plural e, por tudo isso, no aceita artigo definido feminino singular a. A letra B tem, portanto, erro pela presena da crase.
A letra C apresenta o verbo atingir seguido da preposio a, mas pblico consumidor vem antecedido de artigo indefinido um, no aceitando, portanto, artigo feminino singular a. Erro na alternativa pelo uso indevido do acento indicativo de crase.
J a letra D apresenta erro por um motivo diverso das demais alternativas: o adjetivo destinadas rege preposio a e o substantivo pessoasaceita artigo as. Falta, portanto o acento em as (Destinadas a + as pessoas): o erro aqui pela ausncia do acento. Alm disso, logo a seguir vem outro erro: o verbo apelar nessa frase transitivo indireto e vem seguido da preposio a, mas o substantivo estilos no aceita artigo a. Mais um erro, dessa vez pelo usoindevido. Dois erros, portanto, na letra D: pela omisso do acento em as pessoas e pelo uso inadequado em estilos de vida.
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A letra E est correta: o verbo destinar-se transitivo indireto, mas o verbo convencer no aceita artigo a. Na continuidade da frase, mais um acerto: o verbo convencer transitivo direto e indireto; vem com o objeto direto (pessoas) e indireto ( escolha de um determinado produto). J que ele pede a preposio a e o substantivo escolha aceita artigo a, o acento indicativo de crase foi corretamente utilizado. Alm disso, o adjetivo superior, embora exigisse a preposio a, o pronome indefinido outro no aceitava artigo a. Por isso, em superior a outro a ausncia do sinal indicativo da crase foi correta. Na alternativa E, as trs ocorrncias do vocbulo a estavam corretas.
Resposta: letra E.
12. (ESAF) Assinale o item cujas lacunas devem ser preenchidas pela seqncia H-A-.
a) Daqui _____ alguns dias, _____ diretora apresentar ______ algumas pessoas o programa.
b) ______ vrios exemplares de livros _____ disposio dos que _____ secretaria indicar.
c) _____ melhor colocao receber _____ recompensa _____ que tem direito. d) _____ dois dias, ______ prova chega ______ banca. e) _____ tempos, vem ______ jovem visando ______ colocao digna de seus
mritos.
Comentrios:
Letra A: locuo prepositiva daqui a + alguns dias. O pronome indefinido alguns no aceita artigo definido a. Em a diretora, esse a s artigo (a diretora sujeito do verbo apresentar). Em a algumas pessoas, o a preposio que rege o verbo apresentar, j que o pronome indefinido algumas tambm no aceita artigo. Logo, a sequncia correta dessa alternativa A-A-A;
Letra B: em h vrios exemplares de livros, tem-se o verbo haver. Em disposio dos que, tem-se a locuo prepositiva disposio de, que, por ser feminina, deve vir acentuada. J em a secretaria indicar, esse a artigo, j que a secretaria sujeito de indicar e, por isso mesmo, no pede preposio. A sequncia correta aqui seria: H--A.
Letra C: em A melhor colocao o a artigo, pois a melhor colocao sujeito do verbo receber. O a de a recompensa tambm artigo j que o verbo receber transitivo direto e no rege preposio. Em a que tem direito, esse a preposio exigida pelo substantivo direito. Como o pronome relativo que no aceita artigo a, esse a sem acento. Aqui, teramos: A-A-A.
Letra D: o verbo chegar est no presente do indicativo, mas tem valor de futuro. Logo, a expresso a dois dias indica tempo futuro e no tempo decorrido, como muitos que fizeram a prova pensaram. Se fosse tempo decorrido,
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seria o verbo haver, mas como tempo futuro, deve-se usar a preposio a. J o a de a prova artigo definido, pois a prova sujeito do verbo chegar. Por fim, em chega banca, tem-se a contrao da preposio a do verbo chegar com o artigo a do substantivo banca. Sequncia correta da letra D: A-A-.
Letra E: agora sim, tem-se ideia de tempo decorrido. A expresso h dois dias deve vir com o verbo haver. Em a jovem, o a artigo definido do sujeito a jovem. J em visando colocao, o verbo visar (=almejar) rege preposio a e o substantivo colocao aceita artigo feminino a. Sequncia para a letra E: H-A-.
Resposta: letra E.
13. (AFC-ESAF) Indique a seqncia que preenche corretamente as lacunas indicadas com (____).
De uma forma mais genrica, _____ que substituir _____ imagem centralizada e que tende _____ uniformidade de indivduo cidado possuidor de alguns direitos e submetido _____ deveres igualmente abstratos, isto , desligados das circunstncias sociais e culturais reais, o que reduz a vida social _____ relaes do indivduo e do Estado, pela imagem invertida de uma relao _____ mais direta possvel entre a identidade pessoal ou coletiva e o universo aberto da tcnica, das redes de comunicaes e dos mercados.
a) h, a, , a, s, a b) , , a, , as, a c) h, , a, , s, a d) a, , , a, s, a e) a, h, , a, as, a
Comentrios:
Na expresso h que substituir, temos o verbo haver, que compe uma locuo verbal junto ao verbo substituir ( o mesmo que deve substituir). Em a imagem centralizada, o a apenas artigo definido de imagem, pois o verbo substituir no rege preposio, transitivo direto. Em tende uniformidade, tem-se o encontro da preposio do verbo tender com o artigo definido a de uniformidade. O adjetivo submetido, por outro lado, pede preposio a, mas o substantivo masculino plural deveres no aceita artigo definido a. J em reduz a vida social s relaes, tem-se o encontro da preposio a, exigida pelo verbo reduzir, que transitivo direto e indireto, com o artigo as de as relaes (reduz a + as relaes). No trecho uma relao a mais direta possvel, o a artigo definido da expresso a mais possvel, que estudamos em concordncia nominal: por isso, no deve receber acento grave.
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Resposta: letra A.
14 (TRF NCE) ...no seguem a instruo risca...; o item abaixo que mostra o acento grave indicativo da crase pela mesma razo da que o justifica no segmento destacado :
a) As crianas no devem dormir noite com luz acesa; b) O pediatra recomenda s mes que apaguem a luz; c) A criana no tem direito luz no corredor; d) O pai deve ficar atento miopia dos filhos; e) A pesquisa e til pediatria.
Comentrios:
Eis uma questo que no busca erro nem acerto quanto ao uso do sinal indicativo de crase, apenas quer que o candidato explique o porqu da utilizao do acento. Ora, na teoria, vimos que s existem duas justificativas para o uso do acento grave: pelo fenmeno (o encontro de um a com outro a) ou pela locuo (o acento das locues femininas).
O acento da expresso risca, do exemplo que consta no enunciado, se justifica por ser ela uma locuo adverbial feminina. Assim, o candidato deveria buscar uma frase que apresentasse a mesma explicao para o acento indicativo de crase. Na letra A, noite locuo adverbial feminina, por isso veio acentuada. Na letra B, tem-se o encontro da preposio a exigida pelo verbo transitivo direto e indireto recomendar com o artigo as de as mes. Na letra C, o substantivo direito rege preposio a e o substantivo luz aceita artigo a. Na letra D, o adjetivo atento que rege a preposio a e a palavra miopia aceita artigo a.Na letra E, tambm ocorre o encontro da preposio a, exigida pelo adjetivo til, com o artigo a do substantivo pediatria.
Logo, as letras B, C, D e E apresentam acento indicativo de crase em funo de fenmeno fontico. Apenas a letra A apresenta uma locuo feminina acentuada.
Resposta: letra A.
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Vamos fechar a nossa aula com questes da banca Cespe/UnB sobre regncia e crase?
Julgue as alternativas a seguir, de acordo com seus respectivos textos:
(MTE Cespe/2009)
Assim, poderemos assegurar seu maior acesso terra, s fontes de trabalho, melhor qualidade de vida, educao, sade, habitao e a outros servios bsicos.
15. Na enumerao feita, o trecho a outros servios bsicos poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: outros servios bsicos, ou seja, com sinal indicativo de crase.
Comentrios:
Ainda que o substantivo acesso exija a preposio a, o pronome indefinido outros no aceita artigo a, por ser indefinido e por estar no masculino plural. Por isso, a assertiva est errada.
No conseguia dormir direito por no conseguir juntar dinheiro sequer para retornar minha cidade e rever a famlia, relatou.
16. O sinal indicativo de crase em retornar minha cidade facultativo e a sua omisso preservaria os sentidos do texto e a correo das estruturas lingsticas.
Comentrios:
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O verbo retornar, de fato, deve vir seguido da preposio a, indicando direo, destino, e o pronome possessivo singular minha tem artigo facultativo. Logo, o acento grave facultativo: sua presena ou sua ausncia no implicaria erro gramatical nem mudana de sentido da frase. A assertiva est certa.
Em 2009, a economia brasileira dever crescer 2,59%, resultado bem abaixo do esperado para a alta do PIB em 2008, de 5,6%. Esta a projeo da mais recente pesquisa de projees macroeconmicas e expectativas de mercado, feita mensalmente pela Federao Brasileira de Bancos (FEBRABAN) junto a analistas de 33 instituies.
17. No trecho junto a analistas de 33 instituies, poderia ter sido empregado o sinal indicativo de crase em a, pois se trata de caso em que esse emprego facultativo.
Comentrios:
Em junto a analistas, tem-se a locuo prepositiva junto a que, por sua vez, vem seguida de substantivo masculino plural, que no aceita artigo a. Por isso, o sinal indicativo de crase proibido. O a que antecede analistas preposio. Assertiva errada.
(IPAJM Advogado/2010) Nada vemos de semelhante ao que aconteceu, no plano das ideias, em outro momento de grandes transformaes da tcnica e tambm de grandes descobertas o sculo XVI , com o renascimento de um mundo esquecido e das doutrinas dos velhos filsofos da Grcia e do Oriente, e, com elas, a crtica e a dissoluo de antigas crenas que davam ao homem a certeza do saber e a segurana da ao.
18. As relaes de regncia entre semelhante e aconteceu permitem que o trecho ao que seja substitudo por quilo que, sem prejudicar a coerncia nem a correo gramatical do texto.
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Comentrios:
De fato, o adjetivo semelhante rege preposio a, que, no caso do texto, encontrou-se com o demonstrativo o, que antecede o relativo que. Ora, o que a banca prope a substituio de ao por quilo, ou seja, a troca de um demonstrativo o por outro demonstrativo aquilo, acrescentando-se o acento indicativo de crase. Seria uma reescritura perfeita, no acarretaria erro gramatical nem mudana de sentido da frase. A assertiva est correta.
Esgotado o assunto da semana, vamos nossa reviso? Comearemos pelas questes do Cespe/UnB e terminaremos com ESAF. O tema da nossa aula Pronomes e Emprego das Conjunes. Se possvel, aproveite para revisar a teoria e fixar os conceitos j estudados...
PRONOMES/COESO TEXTUAL
(As questes de 1 a 23 foram retiradas de provas do Cespe/UnB)
Nos itens abaixo, julgue as assertivas do texto quanto coeso textual.
Texto 1
Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada mais
marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo
segundo nossa qualificao, nossa energia, nossa imaginao. Ainda assim, para
a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais do que puro desgaste da
vida. Na sociedade capitalista, a produtividade do trabalho aumentou
simultaneamente a to forte rotinizao, apequenamento e embrutecimento do
processo de trabalho de forma que j no h nada que mais nos desagrade do que
trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos em comum com os
outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar.
Nossa capacidade de trabalho, a potncia humana de transformao e
emancipao de todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar po.
3
6
9
12
15
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Capacidade, potncia, criao, o trabalho foi transformado pelo capital no
seu contrrio. Tornou-se o instrumento de alienao no sentido clssico da
palavra: o ato de entregar ao outro o que nosso, nosso tempo de vida.
Emir Sader. Trabalhemos menos, trabalhemos todos.
In: Correio Braziliense, 18/11/2007 (com adaptaes).
1. Subentende-se, pela argumentao do texto, que seu contrrio (l.15)
corresponde a contrrio do capital.
Comentrios:
Na expresso seu contrrio, o pronome possessivo seu remete ao
vocbulo trabalho, pois na construo passiva ...o trabalho foi transformado
pelo capital no seu contrrio, a expresso pelo capital agente da passiva.
Logo, teramos ...o capital transformou o trabalho no seu contrrio.
Alm disso, a continuidade textual ratifica ao informar que O trabalho
tornou-se instrumento de alienao e no mais capacidade, potncia e
criao.
Gabarito: Errado
Texto 2
Ele alega que muitos presos das penitencirias da regio so de famlias
pobres da Grande So Paulo, que no dispem de condies financeiras para
visit-los semanalmente, o que prejudica o trabalho de reeducao e de
ressocializao.
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2. No trecho para visit-los semanalmente (l.3), o pronome refere-se a presos
(l.1).
Comentrios:
Quando o elemento de coeso representando por pronomes pessoais o,
a, os, as, a identificao do referente pode ser facilitada, j que so pronomes que
se flexionam em gnero e nmero.
Logo, o pronome los vai se referir a um nome masculino plural.
Agora, pelo sentido da frase, observa-se que as famlias pobres no
dispem de condies financeiras para visitar os presos, da o nome do pronome
oblquo no masculino plural.
Gabarito: Certo
Texto 3
Se governos e organizaes internacionais no direcionarem investimentos
para adaptarem a produo agrcola mudana climtica, a fome poder
dizimar os que vivem nessas reas.
3. Na linha 3, o pronome que refere-se ao antecedente os.
Comentrios:
Agora, aparece o pronome relativo que para estabelecer coeso no texto.
Como sempre, a organizao da frase permitir identificar com segurana
seu antecedente.
O papel do pronome relativo evitar a repetio do antecedente (um
substantivo ou um pronome substantivo). Nesse caso, o antecedente o pronome
demonstrativo os (= aqueles).
Organizando a orao adjetiva, teramos: aqueles vivem nessas reas.
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Gabarito: Certo
Texto 4
Algumas pessoas o classificavam como assistencialista, idealista, utpico,
querendo dizer que no passava de um sonhador. Como bom mineiro, voc ria.
Elas no percebiam que voc sabia que no ia abolir a fome nem erradicar a
misria.
4. No trecho Elas no percebiam (l. 3), o pronome Elas se refere a Algumas
pessoas (l.1).
Comentrios:
O pronome pessoal reto Elas, no feminino plural, vai ter que se referir a
um nome feminino plural.
Pelo sentido, temos: Algumas pessoas o classificavam...Elas (Algumas
pessoas) no percebiam...
Gabarito: Certo
Texto 5
Um lugar sob o comando de gestores, onde os funcionrios so orientados
por metas, tm o desempenho avaliado dia a dia e recebem prmios em dinheiro
pela eficincia na execuo de suas tarefas, pode parecer tudo menos uma
escola pblica brasileira. Pois essas so algumas das prticas implantadas com
sucesso em um grupo de escolas estaduais de ensino mdio de Pernambuco. A
experincia chama a ateno pelo impressionante progresso dos estudantes
depois que ingressaram ali.
Como praxe no local, o avano foi quantificado.
3
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Os alunos so testados na entrada, e quase metade deles tirou zero em
matemtica e notas entre 1 e 2 em portugus. Isso em uma escala de zero a 10.
Depois de trs anos, eles cravaram em tais matrias, em uma prova aplicada
pelo Ministrio da Educao. Em poucas escolas pblicas brasileiras, a mdia
foi to alta. De sada, h uma caracterstica que as distingue das demais: elas
so administradas por uma parceria entre o governo e uma associao formada
por empresrios da regio. Os professores so avaliados em quatro frentes:
recebem notas dos alunos, dos pais e do diretor e ainda outra pelo cumprimento
das metas acadmicas. Aos melhores, concedido bnus no salrio.
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptaes).
5. O termo ali (l.7) refere-se ao antecedente um grupo de escolas estaduais de
ensino mdio de Pernambuco (l.5-6).
Comentrios:
Nesse item, aparece um advrbio como elemento de retomada no texto.
Observe que no s o pronome que estabelece coeso textual.
O advrbio e o numeral, por exemplo, tambm podem exercer esse papel.
Como esse advrbio indica circunstncia de lugar, vai remeter o leitor a
um antecedente que indica essa circunstncia.
A experincia que chama a ateno a implantada por um grupo de
escolas estaduais de ensino mdio de Pernambuco, que conseguiu com que os
estudantes que ingressassem ali tivessem um impressionante progresso.
Gabarito: Certo
Texto 6
Toda empresa tem uma cultura, uma personalidade, uma cara. Essa
cultura acaba impressa nas pessoas que trabalham ali. E as pessoas, por sua vez,
ajudam a modelar a alma das empresas. Apresentamos aqui algumas das caras 3
6
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que representam duas das melhores empresas para trabalhar no Brasil. Suas
histrias ilustram como funcionam, na prtica, as polticas de desenvolvimento
de talentos, de reconhecimento e recompensa das empresas.
Breno o retrato das oportunidades para jovens numa empresa em que
mais da metade dos funcionrios tm menos de 35 anos. Como era de se esperar,
um ambiente assim bastante descontrado. Em sua mesa de trabalho, Breno
exibe o ingresso de uma banda que acompanhava o cantor jamaicano Bob
Marley.
Assim como o banco em que trabalha, Hugo se tornou mais ligado s
questes ambientais com o passar dos anos. Hoje o banco considera que parte de
sua misso incluir a sustentabilidade nos negcios. O Hugo uma das
pessoas que melhor encarnam esse esprito aqui dentro, diz a diretora de RH do
banco.
6. O advrbio aqui (l.3) tem como referncia o espao textual, mais
especificamente, seus dois ltimos pargrafos.
Comentrios:
Mais uma questo em que aparece um advrbio com a funo de remeter
o leitor a informaes prestadas no texto.
O advrbio aqui no tem a finalidade de indicar o lugar cidade, pas
em que se encontra o autor, e sim a de apontar uma informao que aparece no
corpo textual.
S que, diferentemente do texto 5, em que o advrbio lembra o que j
foi dito, nesse texto, ele aponta para o que vir: a apresentao de algumas das
caras, exemplificadas no pargrafos seguintes Breno e Hugo.
Gabarito: Certo
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7. Nas relaes de coeso textual, o termo Suas histrias (l.5) tanto pode
retomar caras (l.4) como empresas (l.4) mas o desenvolvimento do texto
indica que a coerncia seleciona caras como referente.
Comentrios:
Reparem a expresso usada pela banca na composio da questo:
desenvolvimento do texto. Realmente, nas relaes de coeso textual, Suas
histrias, (feminino plural) poderia se referir a caras ou empresas, porm, no
seu desenvolvimento, o texto vai falar das histrias dos caras, e no das
empresas.
Gabarito: Certo
Texto 7
Um cenrio polmico embasado no desencadeamento de um estrondoso
processo de excluso, diretamente proporcional ao avano tecnolgico, cuja
projeo futura indica que a automao do trabalho exigir cada vez menos 3
Importante! Nos textos de 1 a 5, todos os elementos de coeso (pronomes, advrbios)
faziam meno ao que j apareceu no texto.
Quando isso ocorre temos a chamada anfora.
No texto 6, um exemplo de catfora, pois esse termo remete a informaes
que ainda vo aparecer.
Esquematizando:
anfora
catfora
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trabalhadores implicados tanto na produo propriamente dita quanto no
controle da produo.
8. Devido s relaes de sentido entre as palavras do texto correta a substituio
do pronome cuja (l.3) pela preposio de para expressar noo de posse entre
avano tecnolgico (l. 1 e 2) e projeo futura (l.3).
Comentrios:
A substituio sugerida (troca do pronome relativo cuja pela preposio
de) at manteria a ideia de posse, mas as relaes de sentido ficariam
prejudicadas, pois com o pronome relativo tem-se o seguinte sentido: a projeo
futura do avano tecnolgico indica que a automao do trabalho exigir..., o
que no ocorre com a substituio pela preposio de: ...diretamente
proporcional ao avano tecnolgico de projeo futura indica???
Gabarito: Errado
9. (Anal. Finep / UNB) Julgue os itens seguintes quanto ao uso dos pronomes e
correo da transformao sinttica proposta.
1) narrar (...) a histria da modernizao de nossa sociedade por narr-la;
2) Vrios fatores criaram o espao social necessrio por Vrios fatores
criaram-no;
3) facultou o desenvolvimento da imprensa por facultou lhe imprensa;
4) pode ter vontade prpria e direo definida por pode ter-lhes;
5) que o leitor e a leitura foram assumindo ao longo do tempo por que os
assumiram ao longo do tempo.
Comentrios:
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Nessa questo, so usados pronomes com a funo de substituir termos da
orao. Lembre-se: os pronomes oblquos substituem complementos, enquanto os
pronomes retos substituem o sujeito.
Alm disso, quando os complementos so objetos (direto ou indireto), os
pronomes oblquos tonos o, a, os, as funcionam como objetos diretos e o
pronome lhe(s) funciona como objeto indireto.
No item 1, o pronome substitui a histria da modernizao de nossa
sociedade, que funciona como objeto direto. Da, narr-la.
No item 2, o espao social necessrio tambm completa um verbo
transitivo direto, funcionando, pois, como objeto direto: criaram-no.
Ateno!
Quando os pronomes pedidos so o, a, os, as e os verbos terminam em r, s, z
eliminam-se essas terminaes e acrescenta-se o l (cantar + o = cant-lo; quis + o
= qui-lo; fiz + a = fi-la). Com os verbos terminando em som nasal, acrescenta-se o
n (deram + a = deram-na).
No item 3, o desenvolvimento da imprensa tambm aparece como
objeto direto. Sendo assim, no se pode usar o pronome lhe, j que este funciona
como objeto indireto. Teramos, ento, facultou-o.
No item 4, aparece um objeto direto composto: vontade prpria e direo
definida, cujos ncleos (vontade e direo) so femininos. Portanto, teramos:
pode t-las.
No item 5, a expresso o leitor e a leitura funciona como sujeito de
foram assumindo. Como quem substitui sujeito pronome reto, a frase seria: que
eles assumiram ao longo do tempo.
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Gabarito: 1) Certo; 2) Certo; 3) Errado; 4) Errado; 5) Errado
10. (Deleg. Pol. Fed. / UnB) Em cada um dos itens a seguir, julgue se seria
gramaticalmente correta a substituio do fragmento indicado do texto pela expresso
destacada em negrito.
1) um sonho escapa a nosso controle: um sonho nos escapa;
2) capacidade de superar os limites frequentemente medocres da realidade:
capacidade de super-los;
3) volta unicamente para seu restrito campo individual: volta unicamente seu
restrito campo individual;
4) capaz de prolongar o real existente na direo do futuro: capaz de lhe prolongar
na direo do futuro;
Comentrios:
No item 1, o pronome nos reescreve o objeto indireto a nosso
controle, ou seja, um sonho nos escapa. Os pronomes oblquos tonos me, te,
se, nos e vos podem aparecer como objetos diretos ou indiretos.
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No item 2, o pronome los substitui os limites frequentemente
medocres da realidade, que funciona como objeto direto. Como o verbo superar
terminar em r, corta-se o r e acrescenta-se o l.
No item 3, o erro no envolve a substituio do complemento, e sim o
emprego do acento grave antes de termo masculino ( seu restrito campo
individual).
No item 4, o complemento direto o real existente substitudo pelo
pronome lhe, que serve para substituir complemento indireto. Logo, a frase
ficaria assim: Capaz de o prolongar ou prolong-lo.
Gabarito: 1) Certo; 2) Certo: 3) Errado; 4) Errado
(BANCO DE BRASLIA/CESPE 2010)
Texto 8
hoje crtico para a sobrevivncia de qualquer organizao o reconhecimento
de que a criatividade a mola mestra para o sucesso de seus empreendimentos,
sendo responsvel pela prpria sustentao das empresas no competitivo mundo
dos negcios. Os profissionais criativos e empreendedores esto sendo cada vez
mais valorizados nos seus ambientes de trabalho. So eles no as mquinas,
nem o capital os verdadeiros responsveis pelo sucesso de uma empresa.
11. Pelas relaes de sentido entre os termos da orao, conclui-se que seus
estabelece relaes de coeso entre organizao e empreendimentos, o que
justifica o emprego da forma pronominal no masculino plural e na terceira
pessoa.
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Comentrios:
O pronome possessivo seus remete no texto palavra organizao, j que
entendemos que a criatividade a mola mestra para o sucesso dos
empreendimentos da organizao, estabelecendo, assim, relao de coeso entre
empreendimentos e organizao.
Com relao ao pronome possessivo como elemento de coeso, h uma
curiosidade: embora o possessivo seus faa meno a organizao, que est no
feminino singular, ele no concorda com o seu referente, e sim com o substantivo
que se segue: empreendimentos. Da, a forma seus concordando com o
substantivo que se segue.
Concluso: pronome possessivo como elemento de coeso textual no
concorda com seu referente, mas com o substantivo que se segue.
Gabarito: Certo
Texto 9
A responsabilidade social tem a ver com a capacidade de permanecer ou no no
mercado. Em uma empresa socialmente responsvel, pode-se catalisar a
inteligncia instalada e lhe dar uma direo e um sentido. Isso fortalece a
empresa, torna-a mais competitiva, aumenta a autoestima e a dedicao dos
funcionrios, amplia o sentimento de pertencimento a vida das pessoas, em
vez de ser ameaada pelo trabalho, fortalecida por ele.
12. A funo exercida pelo pronome lhe estaria correta e coerentemente
desempenhada pelo pronome ela, desde que fosse usada tambm a preposio
a, o que resultaria em crase, com a seguinte redao: dar ela uma direo.
Comentrios:
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Realmente, quando usamos o pronome lhe ele pode ser substitudo por a
ele, a ela sem prejuzo de correo.
Como o lhe retoma a palavra empresa poderamos dizer: dar-lhe uma
direo ou dar a ela (empresa) uma direo. O problema quando ele sugere o
uso do acento grave no a antes de ela. Pronome pessoal no aceita artigo.
Gabarito: Errado
13. Nas relaes de coeso do texto, o pronome Isso retoma e resume a ideia do
perodo anterior, iniciado por Em uma empresa.
Comentrios:
Nesse item, observa-se que o pronome isso tem como finalidade retomar
toda a informao prestada no perodo anterior, e no apenas a expresso Em
uma empresa. O que fortalece a empresa o fato de se poder catalisar, em uma
empresa socialmente responsvel, a inteligncia instalada e lidar uma direo e
um sentido.
Gabarito: Errado
BRB ESCR. (CESPE/2010)
Texto 10
Os produtos base de G. biloba com o devido registro nos rgos responsveis
e comercializados nas farmcias brasileiras so fabricados com extratos
padronizados geralmente adquiridos no exterior. As indstrias nacionais apenas
os transformam em comprimidos, cpsulas e outras formas farmacuticas.
14. Mantm-se a correo gramatical do texto, caso se altere o pronome os por
lhes.
Comentrios:
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Vimos que os pronomes o, a, os, as, como complementos verbais,
substituem objeto direto e o pronome lhe(s), objeto indireto.
Logo, no cabe substituir os por lhes, j que o pronome os funciona como
objeto direto de transformam: As indstrias nacionais apenas transformam os
produtos (= os) em comprimidos...
Gabarito: Errado
Texto 11
A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores envolvidos com a temtica da sade maiores esforos para compreender as mudanas recentes, pois o modo de as pessoas fazerem uso de suas capacidades fsicas, cognitivas e afetivas para produzir foi transformado. A organizao do trabalho, ao atingir o indivduo, modifica a sua maneira de enfrentar os riscos e traz efeitos sobre a sade ainda no perfeitamente conhecidos ou dimensionados. Enfrentam-se, teoricamente e na prtica, as manifestaes de sade, a qual alterada no seio da sociedade devido aos efeitos da desigualdade da distribuio dos bens produzidos, aquisio de uma multiplicidade de conhecimentos e de erros, s possibilidadesde domnio dos territrios e comportamentos e ao choque contnuo dos conflitos. Os profissionais deparam-se, frequentemente, com as suas tentativas frustradas de estabelecer um perfil de morbidade coerente com as queixas dos trabalhadores relacionadas, por exemplo, ao desconforto do posto de trabalho, sensao de esgotamento, ou s perturbaes na vida familiar.
15. A presena da preposio a em aquisio, s possibilidades e ao choque exigida por Enfrentam-se; por isso, sua repetio importante, pois explicita as relaes entre termos to distantes no perodo sinttico.
Comentrios:
De fato, a repetio da preposio que inicia os elementos aquisio, s possibilidades e ao choque importante, pois eles compem uma enumerao e a repetio do conectivo acentua esse paralelismo. Quanto a isso, a alternativa est correta. Entretanto, a presena da preposio a no se explica pela regncia da forma verbal Enfrentam-se, e sim pela regncia do adjetivo devido. exatamente isto: no perodo Enfrentam-se, teoricamente e na prtica, as manifestaes de sade, a qual alterada no seio da sociedade devido aos efeitos da desigualdade da distribuio dos bens produzidos, o adjetivo devido que pede a preposio a.
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Perceba que a banca omitiu o 1 item dessa enumerao, que j tinha se iniciado com o substantivo efeitos, s para confundir o aluno.
Gabarito: assertiva errada.
16. No texto 11, o termo Os profissionais retoma pesquisadores, pessoas e indivduo.
Comentrios:
Por um lado, o substantivo pesquisadores da 1 linha do texto mesmo retomado pelo vocbulo profissionais, que aparece no final. De fato, os profissionais e os pesquisadores so as mesmas pessoas no texto. Tais elementos possuem, portanto, o mesmo referente.
Entretanto, os vocbulos pessoas e indivduo pertencem a outra realidade semntica. O que voc precisa perceber que, de fato, o substantivo indivduopossui o mesmo referente de pessoas, mas ambos no se referem a profissionais, como a banca sugere. So realidades semnticas distintas.
Portanto, profissionais retoma pesquisadores, mas no retoma pessoas e indivduo.
Gabarito: assertiva errada.
Texto 12 A viabilidade dos direitos humanos
A conscincia universal sobre a importncia dos direitos humanos chegou a uma nitidez nunca antes atingida. Entende-se: j comemoramos o cinqentenrio da Declarao Universal dos Direitos do Homem (aprovada pela Assemblia-Geral das Naes Unidas, de 10 de dezembro de 1948, em Paris).
Nunca se proclamaram to alto esses direitos, e nunca obrigao reconhec-lo eles foram to sistematicamente violados como em nossos tempos. A luta para estabelec-los firmemente em nossas conscincias, na conscincia de cada ser humano, em especial na conscincia dos governantes, passa obrigatoriamente por uma luta constante por parte daqueles que se reivindicam militantes da causa dos direitos humanos.
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Essa tenso entre o crescente interesse pelos direitos humanos e suas constantes violaes nos chama dramaticamente ao, em contribuir permanentemente para dar-lhes vigncia. No basta, no suficiente que estejam formalmente declarados, firmados e confirmados no plano internacional, bem como, na maioria dos casos, inseridos no direito positivo interno dos Estados. Na verdade uma grande exigncia se faz presente: agir diuturnamente para transform-los em realidade bem viva. Conhecida e aceita por todos.
No prprio ventre da Revoluo Francesa, de onde os direitos humanos de primeira gerao se originaram, estabeleceu-se a crtica; portanto, a luta no nova. O abismo existente entre a igualdade proclamada e a desigualdade real veio a agravar-se com o advento da Revoluo Industrial. As pssimas condies de vida das massas sociais agrupadas em torno dos centros mineiros e fabris inspiraram a busca de uma nova ordem, que garantisse condies de vida digna.
Comeou ento a luta pelo reconhecimento dos direitos humanos de segunda gerao, ou seja: os direitos de igualdade econmica, social e cultural, que passou a ser uma nova exigncia desde as reunies da Internacional Socialista e dos congressos sindicais que ocorreram durante o sculo XIX. No plano internacional, somente em 1966 os direitos humanos de segunda gerao foram reconhecidos, por meio do Pacto Internacional de Direitos Econmicos, Sociais e Culturais, aprovado pela Assemblia-Geral das Naes Unidas.
O referido pacto, em seus primeiros artigos, reconhece o direito ao trabalho e a uma remunerao que assegure condies de uma existncia digna, direito sindicalizao, ao descanso e ao lazer, segurana social, direito proteo e assistncia famlia, me e s crianas, bem como o direito sade e educao.
Em outro artigo, reconhecido o direito fundamental de toda pessoa estar protegida contra a fome. Novamente nos deparamos com a grande contradio entre o que se proclama e o que a realidade concreta em nossa Amrica Latina. A misria latino-americana simplesmente escandalosa; na verdade, nos ltimos tempos, temos produzido uma horda de milhes de novos pobres, sendo que a metade desse contingente formada por miserveis que no conseguem sequer satisfazer minimamente as suas necessidades bsicas.
Jair Krischke. Internet: . Acesso em abril de 2003 (com adaptaes).
Com referncia aos processos coesivos de referncia do texto 14, julgue os itens subseqentes.
17) sobre equivale a em cima. 18) suas refere-se a direitos humanos. 19 ) lhes refere-se a violaes. 20) los refere-se a Estados . 21) onde refere-se a Paris.
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22) direitos humanos de segunda gerao relaciona-se a direitos de igualdade econmica, social e cultural. 23) que refere-se a miserveis.
Comentrios:
Item 17: de fato, a preposio sobre, em outro contexto, pode equivale a em cima. Por exemplo, ao se dizer O livro est sobre a mesa, a preposio sobre tem o valor de em cima. S que, na frase que a questo oferece, a preposio sobre indica valor semntico de assunto. Nesse caso, a substituio correta seria por acerca de (A conscincia universal sobre/acerca da importncia dos direitos humanos).
Voc percebeu que, nesse item, a banca tratava do valor semntico que a preposio sobre apresentava? Aqui, vale lembrar que:
A preposio, quando aparece na frase, pode ter valor relacional ou nocional. Valor relacional o mesmo que valor gramatical: a preposio aparece por ser exigida pelo termo anterior. So os casos de regncia verbal (Necessito de alimento) ou regncia nominal (Necessidade de alimento). Valor nocional, por outro lado, ocorre quando a preposio vem frase, no por ser exigida pelo termo que a antecede, mas para acrescentar um novo valor semntico. Como exemplo, podemos citar a expresso livro de Maria, em que a preposio de tem valor semntico de posse.
Gabarito: assertiva errada.
Item 18: no trecho Essa tenso entre o crescente interesse pelos direitos humanos e suas constantes violaes, o pronome possessivo est retomando a expresso direitos humanos. Basta substituir o pronome suas por direitos humanos e voc ver que h sentido: as constantes violaes dos direitoshumanos.
Agora, perceba algo interessante: o pronome suas no concorda com direitos, e sim com violaes, que o substantivo que lhe segue. Aqui, vale um recado:
Lembre-se de que o pronome possessivo, diferentemente dos pronomes pessoais, concorda no com o termo que ele retoma, mas com o substantivo que vem aps ele. Assim, o pronome possessivo pode retomar uma palavra no masculino, mas aparecer no feminino, em funo do substantivo que lhe segue.
Gabarito: assertiva certa.
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Item 19: no trecho em contribuir permanentemente para dar-lhes vigncia, o pronome pessoal lhes tambm est retomando direitos humanos, e no violaes, como a banca sugere. Basta organizar a frase e voc ver: em contribuir permanentemente para dar vigncia aos direitos humanos.
Gabarito: assertiva errada.
Item 20: no trecho agir diuturnamente para transform-los em realidade bem viva, o pronome grifado retoma, como tantas outras expresses no texto faziam, a expresso direitos humanos, e no Estados.
Gabarito: assertiva errada.
Item 21: no trecho No prprio ventre da Revoluo Francesa, de onde os direitos humanos de primeira gerao se originaram, o pronome relativo onderetoma a expresso Revoluo Francesa. E a banca, para confundir o aluno, aproveita que a Revoluo Francesa ocorreu em Paris, e pergunta se o pronome relativo retoma Paris... Cuidado para no cair nessa...
Gabarito: assertiva errada.
Item 22: no trecho Comeou ento a luta pelo reconhecimento dos direitoshumanos de segunda gerao, observa-se que a expresso grifada tem a funo de apontar para a informao que vem logo a seguir no texto: os direitos de igualdade econmica, social e cultural. Observa-se, aqui, a funo catafrica que tem a expresso direitos humanos de segunda gerao, pois anuncia o que vir adiante no texto. So os mesmos direitos.
Gabarito: assertiva certa.
Item 23: o pronome relativo que retoma, de fato, o substantivo miserveis, seu antecedente imediato. Basta organizar a frase, substituindo o pronome relativo pelo substantivo miserveis e voc ver: os miserveis no conseguem sequer satisfazer minimamente as suas necessidades bsicas.
Gabarito: assertiva certa.
Aqui, vale um lembrete:
O pronome relativo um conectivo que retoma um termo de natureza substantiva (pode ser um substantivo, um pronome ou at um numeral substantivo). Para localizar adequadamente seu antecedente, basta substituir o pronome relativo
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pelo termo que voc acha que ele retoma e organizar a frase, verificando se h sentido.
Agora, vamos revisar conjunes, ainda treinando com o Cespe/UnB?
Texto 12
Se no h como fazer girar o seu comrcio por falta de navios, o Brasil fica
deriva, guiado por empresas estrangeiras.(...)
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24. Preservam-se a coerncia dos argumentos e a correo gramatical do texto
com a substituio da conjuno Se por Caso.
Comentrios:
O conectivo caso condicional e pede verbo no subjuntivo, o que j
caracteriza erro quanto correo gramatical (Caso no h como fazer
girar...???). Esse modo subjuntivo caracterstico das condicionais, finais e
concessivas. A troca de um pelo outro manteria o sentido do texto (condio),
mas acarretaria erro gramatical.
Gabarito: errado
Texto 13
No mundo moderno em que vivemos, certamente difcil reconstituir as
sensaes, as impresses que tiveram os primeiros homens em contato com a
natureza.(...)
25. Devido funo que exerce na orao, a vrgula empregada depois de
sensaes poderia ser substituda tanto pela conjuno e como pela conjuno
ou, sem prejudicar a correo gramatical ou a coerncia do texto.
Comentrios:
A vrgula que aparece aps sensaes separa os dois elementos da
enumerao (termos de mesma funo). A conjuno e poderia, portanto,
substituir perfeitamente a vrgula para unir os dois elementos da enumerao,
assim como o conectivo ou, pois nessa frase ele no exclui, ele soma.
Esse conectivo (ou) merece uma observao. Uma construo
coordenada com ou pode indicar:
a) incluso (os elementos se somam).
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Ex.: Estou disposto a apagar ressentimentos ou divergncias, que no tm
mais de existir.
b) excluso (os elementos se excluem)
Ex.: Fale agora, ou se cale para sempre.
Pelo contexto que iremos distinguir o valor desse conectivo.
Gabarito: certo
Texto 14
Tempo, espao e matria so, pois, ideias que penetram o nosso conhecimento
das coisas, desde o mais primitivo, e que evoluram por meio das especulaes
filosficas at as modernas investigaes cientficas, que as integraram em um
nvel mais profundo de sntese, uma unificao que levou milnios para ser
atingida. (...)
26. Caso se deslocasse a conjuno pois para o incio da orao, a coerncia da
argumentao seria preservada, desde que fossem retiradas as duas vrgulas que
isolam essa palavra e que se fizessem os necessrios ajustes nas letras maisculas
e minsculas.
Comentrios:
A conjuno pois mais uma que merece um comentrio particular. Ela
pode introduzir as seguintes ideias:
1) explicao (conjuno coordenativa explicativa aparece no incio da orao)
Ex.: No demore, pois estou com saudade.
2) concluso (conjuno coordenativa conclusiva aparece deslocada para o
meio da orao)
Ex.: Treinou bastante, dever, pois, chegar entre os primeiros.
3) causa (conjuno subordinativa causal)
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Ex.: Essa liberao deve ser feita rapidamente, pois no tenho muito tempo de
vida.
No caso especfico dessa questo, como essa conjuno aparece no meio da
orao, o valor s pode ser conclusivo, no podendo, assim, ser deslocado para o
incio, com perda da coerncia em relao ao que se quer afirmar (ideia de
concluso, e no explicao ou causa).
Gabarito: errado
Texto 15
Na CALC, mesmo que os lderes latino-americanos tenham falado de seu poder
coletivo e de sua unidade crescente, as tenses regionais ficaram evidentes.
27. O termo mesmo que pode, sem prejuzo para a correo gramatical do
perodo e sem alterao das informaes originais, ser substitudo por qualquer
um dos seguintes: ainda que, por muito que, por mais que, porquanto, uma vez
que.
Comentrios:
A locuo conjuntiva mesmo que estabelece com a orao seguinte uma
relao de concesso, assim como as conjunes ainda que, por muito que e por
mais que tambm introduzem essa ideia. Porm, as conjunes porquanto e uma
vez que so explicativas ou causais.
Gabarito: errado
Importante
Lembre-se: o estudo das conjunes inclui a correlao entre as ideias e
os conectivos prprios dessas ideias. Os conectivos prprios da explicao
so porque, pois, porquanto....; os da concluso so portanto, por conseguinte,
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Texto 05
A medida, que foi acompanhada por pases fora do cartel, no conseguiu, no
entanto, segurar o preo da commodity, que caiu abaixo dos US$ 40.(...)
28. O termo no entanto pode, sem prejuzo para a correo gramatical do
perodo e sem alterao das informaes originais, ser substitudo por qualquer
um dos seguintes: porm, contudo, conquanto, contanto que.
Comentrios:
Mais uma questo em que se reescreve um conectivo do texto. A
conjuno destacada denota adversidade, assim como as conjunes porm e
contudo. J conquanto concessivo (olha a memorizao a, a lista das
conjunes...), poderia at substituir a conjuno adversativa, mas teramos que
colocar o verbo no subjuntivo, tendo, assim, prejuzo gramatical. O conectivo
contanto que, por sua vez, condicional. Essas duas ltimas, portanto, no
podem substituir no entanto.
Gabarito: errado
Texto 16
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No Brasil, o problema de viabilidade econmica do investimento pblico torna-
se ainda mais agudo, devido elevada parcela de populao de baixa renda. No
entanto, vale ressaltar que a gua de qualidade tambm um fator de excluso
social, uma vez que a populao de baixa
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