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CADERNO IV – CGA

Conhecimentos Gerais de Aeronaves

CADERNO IV – CGA

Conceitos

Aula #3.1

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Definição de Aeronave

Todo aparelho manobrável em voo que possa sustentar-se e circular no espaço aéreo mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou carga.

Classificam-se em:

Aeróstatos: corpos mais leves que o ar. Voam pelo princípio de Arquimedes. (balão, dirigível)

Aeródinos: corpos mais pesados que o ar. Voam pelo princípio de Bernoulli e pela 3° lei de Newton (ação e reação). (helicóptero, autogiro, avião, planador)

O Princípio de Arquimedes

O princípio de Arquimedes diz que:

Todo corpo imerso em um fluido sofre

ação de uma força (empuxo)

verticalmente para cima, cuja

intensidade é igual ao peso do fluido

deslocado pelo corpo.

Aeróstatos

Balões

Cativos

Livres

Aeróstatos

Dirigíveis

Rígidos

Semirrigidos

Não Rígidos

O Princípio de Bernoulli

O princípio de Bernoulli, também denominado equação de Bernoulli ou

Trinômio de Bernoulli, ou ainda Teorema de Bernoulli: “Estando um fluido

em movimento, quando a velocidade aumenta, a pressão estática diminui”.

3ª Lei de Newton

A Terceira lei de Newton descreve

o resultado da interação entre

duas forças. Ela pode ser

enunciada da seguinte maneira:

Para toda ação (força) sobre um

objeto, em resposta à interação

com outro objeto, existirá uma

reação (força) de mesmo valor e

direção, mas com sentido oposto.

Aeródinos

Ornitóptero Helicóptero

Convertiplano Avião

CADERNO IV – CGA

Partes que Compõem o Avião

Aula #3.2

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Em geral é dividido em 5 partes:

✈ Fuselagem;

✈ Empenagem;

✈ Trem de pouso;

✈ Grupo moto-propulsor;

✈ Asa.

Partes do Avião

Destinada a alojar tripulantes, passageiros e carga;

Parte onde são fixadas as asas e a empenagem.

Classificação de acordo com o número de lugares que a fuselagem comporta:

✈ Monoplace: 1 pessoa;

✈ Biplace: 2 pessoas;

✈ Triplace: 3 pessoas;

✈ Multiplace: mais de 3 pessoas.

Fuselagem

Fuselagem

Classificação de acordo com a estrutura:

Tubular: tubos de aço soldados;

Monocoque: anéis (ou cavernas) e revestimento de alumínio;

Semi-monocoque: anéis (ou cavernas), longarinas e revestimento

externo (tipo mais usado na aviação).

Fuselagem

Fuselagem

Tubular

Fuselagem

Estrutura Monocoque

Fuselagem

Estrutura Semi-Monocoque

CADERNO IV – CGA

Empenagem e Trem de Pouso

Aula #3.3

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Empenagem

Componentes da cauda do avião. Superfícies destinadas a estabilizar o voo.

Superfície horizontal:

Estabilizador horizontal e

Leme de profundidade ou Profundor;

Superfície vertical:

Estabilizador vertical (Deriva)

e Leme de direção.

Empenagem

Estabilizador Horizontal

Tipos de empenagem

Convencional Em “T”

Tipos de empenagem

Butterfly em “V”Dupla ou em “H” Cruciforme

Trem de Pouso

\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\CCC

O Trem de pouso auxilia no amortecimento do pouso e no deslocamento na superfície de operação (solo, água, gelo e etc.);

Produz arrasto parasita quando exposto ao Vento Relativo.

Trem de Pouso

Classificação do Trem de Pouso

Litoplanos Terrestres

Superfície de Pouso Aquáticos ou Hidroaviões

Anfíbios

Mobilidade

Fixo

Semi-Escamoteável ou Retrátil

Escamoteável

Posição das Rodas

Convencional (Bequilha)

Triciclo (Triquilha)

Trem de Pouso

Classificação quanto à superfície de pouso:

Litoplanos ou Terrestres

Classificação quanto à superfície de pouso:

Aquáticos ou Hidroplanos

Classificação quanto à superfície de pouso:

Anfíbios

Classificação quanto à Mobilidade:

Fixo

Semi-escamoteável ou Retrátil

Escamoteável

Classificação quanto à Posição das Rodas:

Convencional Triciclo

Trem PrincipalBequilha

Trem PrincipalTrem do Nariz ou

Triquilha

Classificação do Trem de Pouso

Litoplanos Terrestres

Superfície de Pouso Aquáticos ou Hidroaviões

Anfíbios

Mobilidade

Fixo

Semi-Escamoteável ou Retrátil

Escamoteável

Posição das Rodas

Convencional (Bequilha)

Triciclo (Triquilha)

Trem de Pouso

CADERNO IV – CGA

GMP – Grupo Motopropulsor

Aula #3.4

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Grupo Motopropulsor

Produz a força de traçãoque impulsiona o avião,através do princípio daação e reação.

Motor

a hélice

a reação

a pistão (Convencional)

turboélice

jato puro ou turbo jato

turbo fan

Tipos de Motor

Motor gera energia necessária para movimentar a hélice que

impulsiona o avião para frente.

Usado para aviões que voam a baixas altitudes;

Utiliza gasolina de aviação;

Motor a Pistão e Hélice ou Convencional

Aeronaves com Motor Convencional

Douglas DC-3

Motor de ação mista (motor a jato acionando uma hélice);

A força propulsiva deste motor é produzida 90% pela hélice e 10% pelos

gases de escapamento;

Maior tração que o jato puro em baixas velocidades;

Menor consumo de combustível;

Eficiente nas decolagens (hélice movimentar uma grande massa de ar);

Maior força de frenagem no pouso (arrasto da hélice);

Utiliza querosene como combustível.

Motor Turboélice

Motor Turboélice

Motor Turboélice

Aeronaves com Motor Turboélice

ATR-72

Motor à reação cuja força impulsionadora é dada pelos gases de escapamento

Elementos principais:

turbina/câmara de combustão/compressor

Utiliza querosene como combustível

Ideal para grandes altitudes e velocidade.

Motor Turbo-Jato

Motor Turbo-Jato

Motor Turbo-Jato

Motor a reação mais usado;

Produz mais tração com maior economia e menor ruído;

Como um motor turbo-jato acrescido de fan (ventilador).

Elementos principais:

fan / compressor / câmara de combustão / turbina

Utiliza querosene como combustível.

Motor Turbo-Fan

Motor Turbo-Fan

Aeronaves com Motor Turbo Fan

Airbus 320 neo

Embraer 190

Motor Turbo Fan

CADERNO IV – CGA

Grupo Motopropulsor: Classificação

Aula #3.5

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Motor

Número de Motores

Velocidade

Monomotor

Bimotor

Subsônico

Supersônico

Classificação

Trimotor

Multimotor

Transônico

Classificação quanto ao número de motores

Monomotor

Bimotor

Classificação quanto ao número de motores

Trimotor

Quadrimotor

Classificação quanto ao número de motores

Multimotor ou 6 Motores

Multimotor ou 8 Motores

Classificação quanto à Velocidade

É uma forma medir altas velocidades;

É a razão entre a velocidade verdadeira da aeronave e a velocidade do som no

mesmo nível de voo ou altitude;

Mach = Velocidade da Aeronave

Velocidade do Som

O número de Mach 1 significa que a velocidade aerodinâmica é 100% da

velocidade do som;

Mach = 0,8 significa que a velocidade aerodinâmica é 80% da velocidade do

som.

Número Mach

Velocidade do Som

340,29 m/s

1.226 km/h

Motor Subsônico Abaixo de .75 Mach

Motor Transônico De .75 Mach até 1.20 Mach

Motor Supersônico De 1.20 Mach até 5.00 Mach

Motor Hipersônico Acima de 5.00 Mach

Classificação quanto à Velocidade

CADERNO IV – CGA

Asa

Aula #3.6

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Superfície aerodinâmica que produz

sustentação ao voo. Também usada

como alojamento de trem de pouso,

tanque de combustível e berço dos

motores (nacele);

A sustentação pode ser maior ou

menor, de acordo com sua área e

formato.

Asa

Longarinas: principal elemento estrutural da asa, estendendo-se da raiz

à ponta. Sua construção pode ser de madeira ou liga metálica, como nos

modernos aviões;

Nervuras: elemento da asa responsável pelo seu formato aerodinâmico;

Estais ou Cordas de piano: ligam as nervuras;

Entelagem ou Chapeamento: cobertura.

Estrutura da Asa

Classificação Quanto ao Número de Asas

Monoplano

Biplano

Classificação Quanto ao Número de Asas

Triplano

Multiplano

Cantilever

Semi-Cantilever

Classificação Quanto à Fixação das Asas

Asa Baixa

Asa Média

Classificação Quanto à Posição das Asas

Asa Alta

Asa Parassol

Classificação Quanto à Posição das Asas

Forma das Asas

Elíptica

Retangular

Trapezoidal

Delta

CADERNO IV – CGA

Eixos e Movimentos da Aeronave.

Aula #3.7

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Os eixos de uma aeronave são, na realidade, eixos imaginários, em torno dos

quais a aeronave realiza os movimentos.

Eixos da Aeronave

EIXO

Os movimentos que uma aeronave pode realizar entorno de seus eixos são:

Arfagem ou Tangagem, Rolagem ou Bancagem e Guinada.

Movimentos da Aeronave

Arfagem Rolagem Guinada

Arfagem ou Tangagem é o movimento realizado em torno do eixo lateral da

aeronave. Este movimento é causado pelo Leme de Profundidade (ou

Profundor), localizado no estabilizador horizontal da aeronave.

O Movimento do nariz do avião para cima chama-se Cabrar.

O Movimento do nariz do avião para baixo chama-se Picar.

Arfagem ou Tangagem

Profundor para Cima

Nariz para Cima

Profundor para Baixo

Nariz para Baixo

CABRAR PICAR

Rolagem ou Bancagem é o movimento realizado em torno do eixo longitudinal

da aeronave. Este movimento é causado pelos Ailerons, que são aerofólios

localizados no bordo de fuga das asas, próximo às pontas.

Rolagem ou Bancagem

Aileron esquerdo desce

Aileron direito sobe

Rolagem para Esquerda

Aileron esquerdo sobe

Aileron direito desce

Rolagem para Direita

Guinada é o movimento realizado em torno do eixo vertical da aeronave.

Este movimento é causado pelo Leme de Direção, instalado no estabilizador

vertical da aeronave.

Guinada

Leme para Direita

Nariz para Direita

Leme para Esquerda

Nariz para Esquerda

CADERNO IV – CGA

Superfícies Primárias de Controle

Aula #3.8

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Controle: é a atitude tomada para fazer com que a aeronave siga a

trajetória de voo desejada.

Superfícies de Controle ou Superfícies de Comando de Voo: são diferentes

superfícies de controle utilizadas para controlar a aeronave em torno de

cada um dos seus três eixos. Movendo-se as superfícies de controle em uma

aeronave, muda-se o fluxo de ar que atua nessas superfícies.

São aerofólios articulados ou móveis, projetados para modificar a atitude de

uma aeronave durante o voo. Essas superfícies podem ser divididas em três

grupos, geralmente denominados Superfícies Primárias, Secundárias e

Auxiliares.

Conceitos

O grupo primário inclui os ailerons, profundores e leme.

Superfícies Primárias de Controle

Ailerons

Comandados pelo movimento

do Manche para direita ou

esquerda

ProfundoresComandados pelo

movimento do Manche

para frente ou para trás

Leme

Comandado pelo

movimento dos Pedais

O grupo primário inclui os ailerons, profundores e leme.

Superfícies Primárias de Controle

Ailerons

Comandados pelo movimento

do Manche para direita ou

esquerda

Ailerons

Finalidade: Possibilitar o movimento de

inclinação lateral do avião.

Localização: Nos bordos de fuga das asas,

próximo às pontas.

Comando: Através do movimento lateral ou

rotação do manche.

Movimento dos AileronsRolagem ou Bancagem (eixo Longitudinal)

Manche

Visão Traseira Visão Frontal

Manche

Superfícies Primárias de Controle

Profundores ou Leme de Profundidade

Finalidade: Possibilitar o movimento de

“nariz para cima” e “nariz para baixo”.

Localização: Na empenagem, parte traseira

do estabilizador horizontal.

Comando: Através do movimento

longitudinal da coluna do manche (para

frente e para trás).

Profundores

Comandados pelo

movimento do Manche

para frente ou para trás

Movimento dos Profundores Arfagem ou Tangagem (eixo Lateral)

Manche para Frente

Profundor Desce

Cauda sobe

Nariz desce

Manche para Trás

Profundor sobe

Cauda desce

Nariz sobe

Manche do Nariz para Cima = CABRAR

Manche do Nariz para Baixo = PICAR

Superfícies Primárias de Controle

Leme de Direção

Finalidade: Possibilitar o movimento de

direcionar o nariz para a direita e para a

esquerda.

Localização: Na empenagem, parte traseira

do estabilizador vertical.

Comando: Através do acionamento dos

pedais.

Leme

Comandado pelo movimento

dos Pedais

Movimento do Leme Guinada (eixo Vertical)

Pedal Direito para Frente

Nariz para Direita

Leme para Direita

Cauda para Esquerda

Pedal Esquerdo para Frente

Nariz para Esquerda

Leme para Esquerda

Cauda para Direita

Nariz acompanha o movimento do Leme. Leme para Direita/Nariz para direita.

Quadro Resumo

Comando Superfície de Controle Movimento Eixo

Manche Ailerons Rolagem ou Bancagem Longitudinal

Manche Profundores Arfagem ou Tangagem Lateral

Pedais Leme Direcional Guinada Vertical

CADERNO IV – CGA

Superfícies Secundárias de Controle e

Superfícies Auxiliares de Controle

Aula #3.9

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

As superfícies secundárias são chamadas compensadores, que são em

verdade pequenos aerofólios encaixados nos bordos de fuga das superfícies

de comando primárias com o propósito de corrigir qualquer condição de

desbalanceamento que possa existir durante o voo, sem exercer qualquer

pressão sobre os controles primários.

Superfícies Secundárias de Controle

Superfícies Secundárias de Controle

São Superfícies dedicadas a aumentar (Hipersustentadoras) ou a diminuir

(Hiposustentadoras) a sustentação das aeronaves. No primeiro grupo estão os

Flapes, Slats e Slots. Os dispositivos destinados a diminuir a sustentação são

os Spoilers e os freios aerodinâmicos.

Superfícies Auxiliares de Controle

Os flapes aumentam a área da asa, aumentando dessa forma a sustentação na

decolagem, e possibilitando a diminuição da velocidade durante o pouso. Esses

aerofólios são retrateis e se ajustam aerodinamicamente ao contorno da asa.

Superfícies Auxiliares de Controle

Os Slats são aerofólios, que

se estendem e se retraem do

bordo de ataque das asas.

Alguns tipos criam uma

abertura entre o aerofólio

estendido e o bordo de

ataque, os Slots.

Superfícies Auxiliares de Controle

Os Spoilers ou freios aerodinâmicos são placas instaladas na superfície superior

da asa, que são geralmente defletidas para cima com a função de aumentar a

força de arrasto.

Superfícies Auxiliares de Controle

CADERNO IV – CGA

Introdução ao Estudo dos Fluidos

Aula #3.10

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Escoamento

É o movimento dos fluidos. Pode ser de dois tipos:

Conceitos

Laminar (ou Lamelar): quando

ocorre em uma direção de

forma regular e ordenada.

Turbulento (ou Turbilhonado):

quando seu movimento é

irregular e desorganizado.

Equação da continuidade

“Quanto mais estreito for o tubo de escoamento maior será a velocidade do

fluxo e vice-versa”.

Pressão dinâmica

É a força de movimento, neste caso, criada pela força de impacto de um

fluido. No caso do ar, a pressão dinâmica deixa de existir quando o vento

pára de soprar.

Pressão estática

É a pressão parada ou aquela que é exercida em cima de um corpo

mergulhado na atmosfera.

Conceitos

Conservação da Energia

Expressa que em um fluido ideal (sem viscosidade nem atrito) em regime de

circulação por um conduto fechado, a energia que possui o fluido permanece

constante ao longo de seu percurso.

Princípio de Bernoulli

O princípio de Bernoulli, também denominado equação de Bernoulli ou

Trinômio de Bernoulli, ou ainda Teorema de Bernoulli descreve o

comportamento de um fluido movendo-se ao longo de uma linha de corrente

e traduz para os fluidos o princípio da conservação da energia.

Conceitos

Tubo de Venturi

O físico francês Giovani Venturi provou o teorema de Bernoulli através do

tubo de Venturi. No tubo ficou provado que quando há um estreitamento o

fluido desloca-se mais rapidamente para conservar a energia.

Conceitos

Tubo de Pitot

Tubo Pitot ou simplesmente pitômetro é um instrumento de medição de

velocidade, bastante utilizado para medir a velocidade de fluidos,

principalmente para medir a velocidade em aeronaves.

Conceitos

CADERNO IV – CGA

Aerodinâmica I

Aula #3.11

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aerodinâmica é a parte da física (Mecânica dos Fluidos) que estuda os

gases em movimento e as forças que o ar exerce em corpos sólidos.

Aerodinâmica

Resistência ao Avanço: também chamada resistência do ar, é uma

manifestação da força aerodinâmica. É a força que atua, no sentido

contrário ao do movimento, quando um objeto se move através de um

fluido ou quando o fluido se move através de um objeto. A força é

gerada pelo movimento relativo.

Perfil Aerodinâmico (Superfície Aerodinâmica): forma dada a um

objeto para atenuar a ação da Resistência ao avanço e para

proporcionar reações úteis ao movimento, como por exemplo a

Resultante Aerodinâmica. Os contornos do objeto são ajustados de tal

maneira que o fluido escoe de forma mais suave pelo objeto não se

separando de sua superfície.

Conceitos

Conceitos

É uma superfície aerodinâmica que produz reações úteis ao voo. Alguns

exemplos são: asa, leme de direção, profundor e pás da hélice.

Aerofólio

Perfis do Aerofólio

Perfil Simétrico Perfil Assimétrico

Dorso ou Extradorso: parte superior do aerofólio;

Ventre ou Intradorso: parte inferior do aerofólio;

Bordo de Ataque: dianteira do aerofólio;

Bordo de Fuga: traseira do aerofólio;

Corda: linha reta que une o bordo de ataque ao bordo de fuga;

Envergadura: distância de uma ponta da asa à outra;

Linha de Curvatura Média: une o bordo de ataque ao bordo de fuga

equidistando o extradorso do intradorso.

Partes do Aerofólio

Partes do Aerofólio

Bordo de Fuga

CordaBordo de Ataque

Linha de Curvatura

Média

EXTRADORSO

INTRADORSO

Partes do Aerofólio

CORDA

BORDO DE ATAQUE

BORDO DE FUGA

ENVERGADURA

CADERNO IV – CGA

Aerodinâmica II

Aula #3.12

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Forças que atuam na Aeronave

TRAÇÃO ARRASTO

PESO

SUSTENTAÇÃO

Sustentação: força que se dá pela diferença de pressão, estática e

dinâmica, exercidas no intradorso e extradorso da asa, respectivamente.

Conceitos

e Menor Pressão

e Maior Pressão

Resultante Aerodinâmica: É a força resultante da decomposição das

forças de Sustentação e de Arrasto. A diferença de pressão entre o

intradorso e o extradorso, força a asa para cima e para trás.

Conceitos

Sustentação

Vento

Arrasto

Resultante

Aerodinâmica

Centro de Pressão - CP

Vento Relativo: É Vento provocado pelo deslocamento do avião. Tem

sempre sentido oposto ao deslocamento, a mesma velocidade e direção.

Conceitos

Ângulo de Ataque: é o ângulo formado pela corda do aerofólio (asa) e o

vento relativo.

Conceitos

Corda

Vento Relativo

Ângulo de

Ataque

Ângulo de Incidência: Ângulo formado entre a Corda e a Direção do Voo,

como estes são fixos, o ângulo de incidência é invariável.

Conceitos

Corda da Asa

Eixo Longitudinal

Ângulo de Incidência

Ângulo de Estol: Quando o ângulo de ataque aumenta para o ângulo de

máxima sustentação, o ponto crítico de sustentação é atingido. Isso é

conhecido como ângulo de Estol ou Ângulo Crítico. A Sustentação passa de

seu valor máximo para Zero.

Conceitos

CADERNO IV – CGA

Arrasto, Equilíbrio e Estabilidade

Aula #3.13

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Arrasto: é a resistência do ar aos objetos que se movem nele.

Arrasto Parasita: resistência produzida pelas partes expostas da

aeronave;

Arrasto Induzido: gerado pelo deslocamento do próprio aparelho

(vortex de ponta de asa)

Arrasto

Equilíbrio: é a tendência de voltar à uma condição de estabilidade,

após ser afastado desta condição por uma interferência externa (vento,

turbulência etc.). O equilíbrio de uma aeronave pode ser:

Equilíbrio Estável: o avião tende a voltar ao equilíbrio.

Equilíbrio Instável: o avião tende a se afastar cada vez mais do

equilíbrio.

Equilíbrio Indiferente: o avião continua fora do equilíbrio sem

tendência a aumentar ou diminuir o desvio.

Equilíbrio

Equilíbrio

Equilíbrio Instável

Equilíbrio Estável

Equilíbrio Indiferente

Vento

Estabilidade: característica de uma aeronave, que tende a fazê-la voar

em trajetórias reta e nivelada.

Estabilidade Longitudinal: Está relacionada com o movimento de

arfagem de um avião, portanto, em torno de seu eixo lateral.

Estabilidade

Estabilidade Lateral: Está relacionada com a tendência do avião se

recuperar de um afastamento ou desequilíbrio no plano lateral

(movimento de rolagem/bancagem).

Estabilidade

Estabilidade Direcional: Refere-se ao equilíbrio do avião em torno do

seu eixo vertical. É portanto a tendência do avião de retornar ao

equilíbrio após uma guinada inadvertida.

Estabilidade

CADERNO IV – CGA

Ângulos de Fixação e

Construção das Asas

Aula #3.14

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Ângulo de Incidência: Ângulo formado entre a Corda e a Direção do Voo,

como estes são fixos, o ângulo de incidência é invariável.

Ângulos de Construção e Fixação das Asas

Corda da Asa

Eixo Longitudinal

Ângulo de Incidência

Ângulo de Diedro: é o ângulo formado entre o eixo lateral e o plano da

asa.

Ângulos de Construção e Fixação das Asas

Diedro PositivoDiedro Negativo

Diedro Nulo

Ângulos de Construção e Fixação das Asas

Diedro Positivo

Diedro Negativo

Diedro Nulo

Ângulo de Enflechamento: ângulo formado entre o eixo Lateral e a linha

de bordo de ataque da asa.

Ângulos de Construção e Fixação das Asas

Enflechamento

Positivo

Enflechamento

NuloEnflechamento

Negativo

A estabilidade longitudinal é influenciada pelo ângulo de incidência

da aeronave.

A estabilidade lateral é influenciada pelo ângulo diedro.

A estabilidade direcional é influenciada pelo ângulo de

Enflechamento da aeronave.

Relação Ângulos x Estabilidade

CADERNO IV – CGA

Peso e Balanceamento

Aula #3.15

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Peso e Balanceamento: Calcular o peso e o balanceamento de uma

aeronave consiste em comprovar matematicamente que o peso e a

distribuição deste (balanceamento) estão dentro dos limites

especificados pelo fabricante da aeronave.

Centro de Gravidade: O CG de uma aeronave é o ponto sobre o qual os

momentos de nariz pesado e de cauda pesada são exatamente iguais.

Uma aeronave suspensa por este ponto não deve ter tendência de para

qualquer dos lados do nariz ou da cauda. Este é o ponto onde a força

peso age na aeronave.

Centro de Pressão: É o ponto onde atuam a Resultante Aerodinâmica, o

arrasto e a Sustentação.

Peso e Balanceamento

Peso e Balanceamento SUSTENTAÇÃO

Centro de Pressão

Centro de Gravidade

PESO

Pesos para se considerar no balanceamento:

Vazio: peso do avião com seu equipamento fixo;

Básico: peso vazio acrescido por tripulantes e suas bagagens;

Operacional: peso do avião pronto para decolar faltando carregar PAX e Carga;

De decolagem: peso do avião pronto para decolar (com PAX e Carga);

Zero Combustível: peso do avião pronto para decolar, sem o combustível;

Carga Útil: Pax + Carga (Payload) e;

De pouso: peso com que o avião deve pousar.

Peso e Balanceamento

CADERNO IV – CGA

Manobras

Aula #3.16

3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Decolagem;

Subida;

Voo em linha reta e horizontal;

Voo em curva;

Descida e;

Pouso.

Manobras

Decolagem: Fase inicial do voo, tem início na cabeceira da pista e termina

quando a aeronave cruza 50 pés (15m); São elementos importantes

considerados durante a decolagem, além do peso da aeronave: o vento

predominante, cumprimento da pista, temperatura do ar, umidade do ar e

pressão atmosférica.

Manobras

Subida: fase que vai da decolagem até atingir o nível de cruzeiro. Nesta fase

ocorre a aceleração da aeronave. Duas velocidades são importantes nesta

fase: a velocidade horizontal (de solo) e a velocidade vertical (razão de

subida). A razão de subida é medida por um instrumento chamado CLIMB ou

Variômetro.

Manobras

Voo reto e nivelado: nesta fase com velocidade constante, a sustentação é

igual e oposta ao peso e a tração é igual e oposta ao arrasto.

Manobras

Voo em Curva: para o avião executar uma curva, será necessário o surgimento

de uma força que mude a direção de sua velocidade em direção ao centro da

curva. Esta manobra é obtida ao se inclinar as asas do avião, assim, cria-se

uma componente horizontal da sustentação que puxa o avião para dentro da

curva.

Manobras

Descida: fase de economia de combustível, através de uma descida baseada

na redução dos motores aplicada ao ângulo de ataque. A razão de descida é

indicada pelo Variômetro.

Manobras

Pouso ou Aterragem: fase final da operação. A tração é reduzida a zero e

quando a aeronave toca o solo, são acionados os freios e o sistema de reverso

que auxilia na parada total do aparelho.

Manobras

CADERNO IV – CGA

Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Preparatório para Comissários de Voo

A excelência da aviação aplicada ao treinamento