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nº
J u n h o ’ 0 9
33
EditorialO FIM DA RESERVA AGRÍCOLA NACIONAL?
Os solos são um bem imprescindível àexistência das actuais e das futuras gerações.Preservá-los é mais do que um dever de toda ahumanidade.
Portugal dispõe apenas de cerca de 8% do seuterritório com solos de aptidão agrícola sendo queapenas 2% são solos de grande qualidade, ou seja,solos de classe A.Portugal é assim, um dos países europeus em que ossolos agrícolas de boa qualidade são mais escassos.A escassez de bons solos, e, a necessidade da suapreservação, como garantia, entre outras, dasegurança alimentar nacional, estiveram na base dacriação da RAN Reserva Agrícola Nacional, noinício dos anos oitenta, pela mão pioneira doArquitecto Gonçalo Ribeiro Telles.
Apesar dos atropelos que sofreu, ao longodestes anos, a RAN, a par da REN ReservaEcológica Nacional, revelaram-se como importantesinstrumentos de Ordenamento do Território.A necessidade da sua revisão, que não se contesta,não implicava, contudo, que tantas competênciasfossem colocadas nas mãos das autarquias sabendo-se o historial de atrocidades, ilegalidades eexpedientes para desanexar solos da RAN que estasusaram ao longo dos anos.
Efectivamente, o que a Oikos há muito vinhatemendo aconteceu, ou seja, a nova Lei da RAN (DL73/2009), coloca este importante instrumento deordenamento do Território praticamente nas mãosdas autarquias, atribuindo-lhe inúmerascompetências, quer no âmbito da delimitação, querno âmbito da desanexação, mormente através dafigura do interesse público.
Ora, grande parte dos atropelos contra a RAN ea REN foram cometidos usando a figura jurídica dointeresse público, de forma indiscriminada, muitasvezes para servir interesses privados. Estesinstrumentos de ordenamento, sempre foram vistos,pela maioria das autarquias como empecilhos para oque apelidavam de desenvolvimento, mas que nãopassava de um mero crescimento desordenado, aoserviço de alguns interesses privados em prejuízodo interesse colectivo. O próprio poder central usoumuitas vezes a figura do interesse público como nosexemplos já aqui citados, noutro editorial, dasplataformas logísticas, de Castanheira do Ribatejo e
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>> pág. 11
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C "TURISMO E AMBIENTE"OLÓQUIO
C "PLANTAS,
BIODIVERSIDADE
E VIDA"
OLÓQUIO
XV JORNADAS SOBRE
AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
PLANO DE ACTIVIDADES
PARA 2009
MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE
DA ÁGUA DA BACIA HIDROGRÁFICA
DO RIO LIS
PARTICIPAÇÃO DA OIKOS EMACTIVIDADES E REUNIÕES NOANO DE 2008
do vale agrícola do Coronado (Maia-Trofa), ambassituadas em RAN, com solos de grande qualidade.
Portanto, se com a anterior lei foram possíveistantos danos, é pois de temer que com a nova lei asituação venha a ser muito agravada. Vejamos um,entre os vários exemplos, dos perigos, consagradono Art. 10º da nova lei: “na elaboração da propostade delimitação da RAN deve ser ponderada anecessidade de exclusão de áreas com edificaçõeslegalmente licenciadas ou autorizadas, bem comodas destinadas à satisfação das carências existentesem termos de habitação, actividades económicas,equipamentos e de infraestruturas” (cf. Art. 12º nº 3).Conhecendo-se o historial de expedientes que asautarquias utilizaram para desanexar solos da RAN,na anterior lei, muito menos permissiva, veja-se adiscricionariedade que os municípios vão dispor naaplicação desta nova lei. Ou seja, está a ser-lhesestendida uma passadeira vermelha para adestruição dos tão odiados solos que lhes têmatrapalhado os desmandos.
É incompreensível que um país que dispõeapenas de 8% de solos com aptidão agrícola, se dê aoluxo de os destruir com construção, quando dispõede uma imensa maioria de território onde o podefazer.
Pensamos pois que é o fim da RAN e adestruição de muitos milhares de hectares de solosférteis que muita falta farão às futuras gerações. Amenos que a sociedade civil, instituições e cidadãos,tome nas mãos o importante dever de proteger estessolos actuando e denunciado de forma enérgica,quer durante a delimitação da RAN, quer emprocessos de desanexação. O combate é muito maisdifícil do que o anterior, dado que, mesmo com umalei mais rigorosa, os atropelos aconteceram, mas éum dever cívico e imperioso, sob pena de nostornar-mos, citando o grande Almada Negreiros,num “país de vendidos”, que hipotecouirremediavelmente o futuro.
A conjuntura não é fácil, a participação cívicanão está nos melhores dias, e a crise económica égeralmente inimiga destas questões, mas as futurasgerações jamais nos perdoariam se nada fizéssemos.
Nuno Carvalho
02
No dia 02 de Fevereiro (Dia Mundial das Zonas Húmidas) teve lugar no Centro de Interpretação
Ambiental em Leiria o colóquio subordinado ao
tema "Plantas, Biodiversidade e Vida". O evento,
promovido pela Oikos, teve como oradores o
Professor Doutor Jorge Paiva, da Universidade
de Coimbra, e o Engº Luís António Ferreira,
Colóquio "PLANTAS, BIODIVERSIDADE E VIDA"
A 05 de Junho (Dia Mundial do Ambiente), a
Oikos realizou, no Centro de Interpretação
Ambiental em Leiria, o colóquio com o tema
“Turismo e Ambiente” contando com a
Colóquio "TURISMO E AMBIENTE"
n º
3 3J u n h o ’ 0 9
da Oikos. O Colóquio saldou-se por um
assinalável êxito, quer pela excelência dos
temas apresentados, quer pela participação do
público, que esgotou a sala e participou de
forma activa no debate final.
presença dos seguintes oradores: Dra. Maria do
Rosário Borges, da Universidade de Évora, e
Dr. Avelino Sousa Director do Hotel Vila Park,
Santo André. Seguiu-se um período de debate,
com muita participação por parte do público.
COLÓQUIOS
03n º
XV JORNADAS SOBRE AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
Concluídos os trabalhos das XV
Jornadas sobre Ambiente e Desenvolvimento,
dedicadas ao tema “(Re)pensar a floresta:
Conservação e Exploração Sustentável”,
apresentam-se, em síntese, as seguintes
conclusões:
A exploração dos bosques mediterrânicos
segundo mosaicos de uso diversificado tem
contr ibuído para a manutenção da
estratificação biológica horizontal e vertical, a
qual se reflecte na diversidade biológica
existente nestes ecossistemas, bem como no
incremento da sua biomassa. Paralelamente, a
investigação científica demonstra que a um
aumento desta diversidade biológica
corresponde uma facilitação na gestão dos
recursos, particularmente dos hídricos e
pedológicos, bem como paisagísticos e
estéticos, entre outros. Urge, pois, adoptar
novos paradigmas no relacionamento humano
com os bosques mediterrânicos, valorizando
devidamente os serviços ambientais
produzidos, de forma a manter a utilização e
conservação desses sistemas, - que integram
espécies tão importantes como o carvalho, o
sobreiro e a azinheira - cultural e
CONCLUSÕES
3 3
biologicamente tão ricos quanto importantes.
Salientou-se a importância de que os
recursos/património arqueológicos sejam
entendidos como mais um elemento a
considerar no conjunto da riqueza do território
onde se integra o património florestal, devendo
ser sistematicamente integrados nos
instrumentos de gestão/regulação da floresta.
Neste sentido, promover iniciativas que
conduzam à efectiva utilização de boas
práticas, desde o promotor ao licenciador,
nomeadamente através da realização de acções
de sensibilização e formação dos técnicos e
operadores florestais, a edição de manuais de
boas práticas, a existência de campanhas de
prospecção prévias ao processo de povoamento
ou repovoamento florestal, pós-incêndio,
foram algumas das medidas propostas, de
modo a evitar a sua destruição
Constatou-se a existência de um vastíssimo
corpo legislativo associado ao planeamento,
gestão e conservação da floresta. Contudo, nem
sempre convenientemente regulamentado nem
devidamente cumprido, mas gerando uma
profusão de entidades com responsabilidades
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04n º
3 3
XV JORNADAS SOBRE AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOCONT.
na sua implementação juntos dos diversos
agentes com intervenção directa sobre a
floresta.
Das políticas e estratégias para a floresta
portuguesa, foram salientadas as principais
linhas de acção a implementar, das quais
ressaltam os objectivos de reordenamento do
coberto florestal em função das produtividades
potenciais e das fileiras produtivas de pinheiro
bravo, eucalipto e sobreiro já instaladas, a
redução, em 2018, a menos de 75 incêndios
florestais por ano, com duração superior a 24
horas, e redução dos riscos associados a pragas,
entre outros.
No particular das pragas, foi evidenciada a
importância da acção da investigação científica
no controlo da praga de nemátodo do pinheiro-
bravo, que está a ser desenvolvida na península
de Tróia, bem como para o conjunto de
trabalhos de monitorização e controlo que vem
sendo efectuado sobre outras pragas e doenças.
Na situação particular do nemátodo do
pinheiro-bravo foram desmistificadas algumas
das crenças que se vão desenvolvendo, e foram
explicados o ciclo de vida e vectores de
propagação, sendo analisados e debatidos os
meios de combate à mesma. Com base no
conhecimento produzido e com uma actuação
eficaz de todos os agentes envolvidos, o
p i n h e i r o n ã o e s t a r á c o n d e n a d o a o
desaparecimento por via desta doença.
No tocante à execução das políticas e estratégias
para a floresta, em 2010, foi salientada a
importância das ZIF (Zonas de Intervenção
Florestal), integrando 500.000ha de território,
dos 500.000ha com PGF (Planos de Gestão
Florestal) e os 27.000ha de matas públicas
geridas como modelo.
Em matéria de gestão pública da floresta, foi
claramente expresso o sentimento de que
algumas das matas nacionais como no caso
concreto do Pinhal do Rei não deverão ver a
sua gestão privatizada, tanto mais que se têm
revelado referenciais em matéria de gestão
florestal a nível nacional e internacional.
Perante um cada vez mais exigente sector deactividade, foi uma vez mais salientada ainexistência do cadastro florestal actualizado,com todas as consequências que daí advêmpara a referida gestão da floresta e dos recursosflorestais. De igual forma, foi evidenciada ainexistência de dados fiáveis e actualizadosrelativos à floresta, por parte da maioria dasautarquias do distrito de Leiria, inviabilizandoa rigorosa caracterização da floresta do distrito,a partir de 1995, como se pretendia, quer notocante a áreas ardidas e processos derepovoamento, quer no tocante às espéciesactualmente existentes. No caso particular dafloresta do distrito de Leiria foi manifestadapreocupação com a progressiva ocupação deespaços florestais por eucalipto, na maioria dasvezes com recurso a práticas de reflorestaçãocompletamente desadequadas face aos solos eecossistemas em questão, as quais se vêmtraduzindo numa evidente degradação de solosem resultado dos fenómenos erosivos e emgraves impactes sobre a qualidade equantidade dos recursos hídricos regionais e
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05n º
3 3
XV JORNADAS SOBRE AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOCONT.
locais. Ainda sobre a galopante e preocupanteeucaliptização que se constata a nível regional,foi salientado o facto de em alguns concelhos seter já excedido a quota legal de 25% de áreaflorestada com eucalipto e não haver quaisquerdecisões por parte da administração.
Ao crescimento evidente na fileira do eucaliptocorresponde um evidente decréscimo na fileirado pinheiro-bravo, sector que em 2005empregava cerca de 55000 pessoas, em 4800unidades, e gerava 3524 milhões de euros. Ap e q u e n a d i m e n s ã o d a m a i o r i a d a spropriedades (31% menores que 1ha e 30%menores que 5ha), e a ausência de investimentopor parte dos proprietários, serão as causasmaiores da crise que se abate sobre este sector deactividade, cuja área de floresta se viu reduzidaem 27% nos últimos 10 anos e deposita agoranas ZIF (Zonas de Intervenção Florestal)algumas expectativas a nível de gestão.
Feita a análise à floresta nas suas múltiplasvariáveis os recursos directos e indirectos quedisponibiliza, a produção que viabiliza, amultiplicidade de usos que permite, os actoresque sobre ela intervêm, os riscos que encerra(dos biológicos aos incêndios), da diversidade edimensão dos proprietários florestais, entreoutras a gestão florestal deverá compatibilizaros múltiplos interesses em questão, em que osambientais não poderão ser subalternizados, eexigir a definição de um quadro legislativoestável e aplicável, coadjuvado por um quadrode financiamento eficiente. Naturalmente, faceà importância de que a investigação científica etecnológica se reveste neste sector, será exigívelque seja considerada parceira de excelência emtodas as fases dos distintos processos,
assumindo particular relevo na monitorizaçãoa projectos e actividades desenvolvidas pelosdiversos sectores.
Face ao exposto, exige-se a elaboração urgentedo Cadastro Florestal e a agilização eoptimização do acesso aos recursos financeirosdisponíveis no FFP e PRODER, enquanto seapela à criação de uma Autoridade Florestalrobusta, pró-activa e dialogante com todos osintervenientes.
A certificação da gestão sustentável da florestaportuguesa, nomeadamente através daAssociação para a Gestão FlorestalResponsável - FSC Portugal (FSC-ForestStewardship Council), ou outra entidadecertificadora devidamente creditada, poderáser um contributo inestimável para garantir agestão florestal responsável, assegurando asustentabilidade em todos os processosenvolvidos, por cumprimentos dos 10princípios e 56 critérios FSC, entre os quais osrelativos aos “Benefícios da floresta”,“Impacte ambiental”, “Monitorização eAvaliação”, “Manutenção de florestas de altovalor de conservação” e “Plantação deárvores”.Existem, em 2008, 8 unidades certificadas pelaAssociação para a Gestão FlorestalResponsável - FSC Portugal, assegurando200.000ha de área florestal certificada. Podeser, então, o início da mudança que se pretendever realizada na floresta Portuguesa, rumo àsua sustentabilidade.
Leiria 14 de Março de 2009O Presidente da Direcção da Oikos
Nuno Carvalho
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06n º
3 3
PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2009
Senhores associados,
o âmbito das suas competências, a Direcção
da Oikos propõe-se desenvolver, em 2009, as
actividades abaixo indicadas.
XV JORNADAS SOBRE AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO
“(Re)pensar a floresta: Conservação e
Exploração Sustentável”
Actividade a realizar nos dias 13 e 14 de Março
de 2009, no auditório da ESEL.
XVI CONCURSO DE FOTOGRAFIA - Tema
“AMBIENTE”
Dia Mundial do Ambiente (Dia 05 de Junho)
Divulgação em Fevereiro e exposição a
inaugurar em 06 de Junho de 2009.
R E C O L H A D E Á G U A N A B A C I A
HIDROGRÁFICA DO LIS PROJECTO DE
MONITORIZAÇÃO
Dando continuidade ao projecto que vem
sendo desenvolvido desde 1990, e assinalando
o Dia Mundial da Água, irá proceder-se à
recolha de água em quinze pontos da Bacia
Hidrográfica do rio Lis análises bacteriológicas
e alguns parâmetros físico-químicos. Nesta
recolha contar-se-á com a colaboração das
Autoridades de Saúde dos concelhos da Bacia.
Os resultados serão posteriormente tratados e
divulgados junto da comunidade em geral e da
comunidade escolar, em particular.
INQUÉRITO ÀS CÂMARAS MUNICIPAIS
SOBRE A FLORESTA
Conclusão do inquérito que a Oikos iniciou
N
J u n h o ’ 0 9
durante o ano de 2008. Trata-se de um
inquérito, por questionário, a todas as Câmaras
Municipais do Distrito de Leiria, sobre a
situação actual, em termos quantitativos, da
floresta nos respectivos concelhos, mormente
no que respeita às áreas florestais totais e
distribuição pelas diversas espécies, bem como
da evolução nos últimos 10 anos. Os resultados
deverão ser apresentados nas Jornadas da
Oikos.
À VOLTA DO AMBIENTE
Ciclo de colóquios a realizar no Centro de
Interpretação Ambiental de Leiria
Dia Mundial das Zonas Húmidas (02 de
Fevereiro)
Tema: Plantas, Biodiversidade e vida
Dia Mundial do Ambiente (05 de Junho)
Tema: Turismo e Ambiente
Dia Nacional da Água (Dia 01 de Outubro)
Tema: Óleos alimentares: contributo dos
cidadãos para a sua valorização
EDIÇÃO DA REVISTA “BARLIA Nº 5)
A “Barlia” é uma revista científica sobre
Ambiente e Desenvolvimento, produzida pela
Oikos.
ACTIVIDADES NO CENTRO AZUL / 2009
A Oikos desenvolverá várias acções de
educação ambiental no Centro Azul da praia do
Pedrógão, com o apoio da Câmara Municipal
07n º
3 3
PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2009
J u n h o ’ 0 9
de Leiria.
Estão programadas as seguintes actividades:
V Concurso juvenil de fotografia “Um retrato
do litoral”
“Praia Limpa e Saudável”
“Protecção dunar”.
DATAS COMEMORATIVAS
Assinalar, com realização de diversas acções e
produção de materiais, as datas comemorativas
relacionadas com o Ambiente: Dia Mundial da
Floresta, Dia Mundial da Água, Dia Mundial da
Terra, Dia Mundial do Ambiente e outros.
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Face às características dos projectos previstos,
os materiais a editar serão em menor número
do que em anos anteriores.
ACÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL,
AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO E
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
A Oikos continuará a colaborar com as escolas e
outras instituições da região, em palestras e
conferências, mormente a participação em
colóquios, jornadas e congressos sobre os temas
que nos sejam solicitados.
RECEPÇÃO DE ANIMAIS SELVAGENS
FERIDOS E/OU DE CATIVEIRO
A Oikos pretende manter o trabalho que tem
vindo a ser desenvolvido, com a recolha e
encaminhamento de animais debilitados e / ou
feridos.
INFORMAÇÃO
A Oikos pretende continuar a intervir nos
diversos órgãos de comunicação social, em
defesa dos valores do ambiente e do
património, numa perspectiva de informação e
formação dos cidadãos. De igual forma,
continuará a editar o Boletim Informativo “O
Guarda-Rios”, agora em versão electrónica.
TOMADAS DE POSIÇÃO, FACE AO
PATRIMÓNIO NATURAL E CONSTRUÍDO
A Oikos continuará, e tentará reforçar, a sua
intervenção no apoio ao público, através da
emissão de pareceres técnicos e da elaboração e
encaminhamento de denúncias e protestos
provenientes de cidadãos.
PARTICIPAÇÃO EM ORGANISMOS
A Oikos procurará manter as participações
existentes nos organismos em que se encontra
representada: Conselho de Bacia do Lis,
Conselhos Cinegéticos Municipais de Leiria,
Marinha Grande, Porto de Mós, Batalha e
Ansião, Conselho Regional da Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento do Centro,
Comissão Mista de Coordenação do Plano
Regional de Ordenamento Florestal do Centro
Litoral Região Agrária da Beira Litoral,
Comissão de Acompanhamento do Programa
Operacional do Centro, Comissão de
Acompanhamento Ambiental da Fábrica Cibra-
Pataias, Comissão de Acompanhamento
Ambiental da Fábrica Secil-Maceira Lis,
C o m i s s ã o T é c n i c a e C i e n t i f i c a d e
Acompanhamento da 2ª fase do Projecto
SIMLIS, e Comissão de Acompanhamento da
Valorlis.
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E APOIO À
COMUNIDADE:
A Oikos continuará a adquirir materiais (livros;
vídeos; CD-ROM,s, para melhorar cada vez
mais o seu apoio a todos quantos nos
procuram.
INTERASSOCIATIVISMO
Trata-se de uma área extremamente
08n º
3 3
PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2009
J u n h o ’ 0 9
Objectivos do projecto:- Dar resposta à problemática de âmbitonacional e global que se traduz pela alteração edeterioração da qualidade dos rios;- Contribuir para a procura de soluções dosproblemas dos ecossistemas ribeirinhos eincrementar a consciência ambiental dasentidades e dos cidadãos em geral;- Desenvolver o respeito e a protecção peloscursos de água, de acordo com a Carta Europeiada Água;- Promover a educação, formal e não formal,para a Cidadania e para o Ordenamento doTerritório.
Este projecto foi desenvolvido a partirdo Projecte Rius, implementado com sucesso naCatalunha e mais recentemente na Galiza, comquem foi estabelecido um protocolo para a suaadaptação e implementação no território
português. Em Portugal foi lançado pelaASPEA Associação Portuguesa de EducaçãoAmbiental e pela APG Associação deProfessores de Geografia.Participar no Projecto Rios é conhecer os nossosrios e aprender a valorizar a sua importânciaatravés da observação, monitorização, evigilância visando a sua conservação eevolução. Estas inspecções são ferramentasmuito importantes que permitem aaproximação das pessoas a um melhorconhecimento dos nossos rios.A Oikos aderiu ao Projecto Rios adoptando doistroços do rio Lis, um a montante e outro ajuzante da cidade. A primeira observação feitapela Oikos ocorreu no dia 31 de Maio de 2009 e apróxima deverá ocorrer durante o mês deOutubro ou Novembro. Este projecto temcontinuidade e terá pelos menos duasobservações anuais.
PROJECTO RIOS
importante para a eficácia do trabalho para o
ambiente no nosso país, pelo que a Oikos
t e n t a r á r e f o r ç a r a s c o l a b o r a ç õ e s
interassociativas no ano de 2009.
Leiria, 04 de Fevereiro de 2009
O Presidente da Direcção
Nuno Carvalho
09n º
3 3
PARTICIPAÇÃO DA OIKOS EM ACTIVIDADES E REUNIÕES NO ANO DE 2008
JANEIRO
Dia 03 -
Dia 05 -
Dia 11 -
Dia 14 -
Dia 17
Dia 18 -
Dia 18
Reunião na Câmara Municipal de Leiria
para a apresentação do Estudo de Impacte
Ambiental da Linha de muita Alta Tensão
Batalha / Lavos.
Inauguração do Centro de Interpretação
do Vale do Lapedo Leiria.
Exposição “Terras de Vida”, Cursos
Educação e Formação de Adultos Escola
E.B.2,3/S. de Maceira.
Reunião na Câmara Municipal de Leiria
para a apresentação do Estudo de Impacte
Ambiental da Estação de Tratamento de
Efluentes de Sunicultura da Região de Leiria
Leiria.
- Reunião na SIMLIS para a apresentação
do Estudo de Impacte Ambiental da Estação de
Tratamento de Efluentes de Sunicultura da
Região de Leiria Leiria.
Sessão de esclarecimento na Junta de
Freguesia de Amor sobre o Estudo de Impacte
Ambiental da Estação de Tratamento de
Efluentes de Sunicultura da Região de Leiria
Leiria.
Comemoração do 18º aniversário do
Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da
Quercus Ourém.
-
FEVEREIRO
MARÇO
Dias 14 e 15
Dia 24 -
Dia 31 -
ABRIL
Dia 02 -
Dia 04 -
Dia 17 -
Dia 22 -
Dia 23 -
Dias 25, 26 e 27 -
- XIV Jornadas sobre Ambiente e
Desenvolvimento “Pedra, Barro e Areia:
Estratégias de Conservação e Exploração
Sustentável” Leiria.
Observação do rio Lis, entre a ponte do
Arrabalde e a ponte Hintze Ribeiro para avaliar
a situação da desova dos peixes com vista ao
fecho das comportas no rio lis Leiria.
Assembleia Geral do CEPAE Batalha.
Recolha de água para análises na Bacia
Hidrográfica do Rio Lis.
2ª Reunião da Comissão de
Acompanhamento do PO Centro Coimbra.
Conferência “Construção sustentável:
por uma ca(u)as comum” Porto de Mós.
Realização de colóquio subordinado ao
tema “Ondas: Energia com futuro?” CIA
Centro de Interpretação Ambiental Leiria.
Participação numa palestra sobre os
OGM's na ESEL, a convite dos alunos da Escola
Sec. Afonso Lopes Vieira, em Leiria.
I Fim-de-semana da
juventude da Batalha Esteve patente ao
J u n h o ’ 0 9
10n º
3 3
PARTICIPAÇÃO DA OIKOS EM ACTIVIDADES E REUNIÕES NO ANO DE 2008
J u n h o ’ 0 9
p ú b l i c o a e x p o s i ç ã o d a O i k o s d o s
“Ecossistemas ribeirinhos”.
1ª Reunião da Comissão de
Acompanhamento da VALORLIS Leiria.
Dia 03 Inauguração da Feira de Maio Leiria.
Seminário de apresentação dos
resultados do Coastwatch Europe 2007
“Comunidades ribeirinhas”, Lisboa.
Representação da Oikos no Dia
Europeu de Portas Abertas na CMP Cimentos
Maceira e Pataias Maceira.
Participação numa palestra sobre
energias alternativas na ECOTECA, a convite
dos alunos da Esc. Sec. de Porto de Mós Porto
de Mós.
Realização do Colóquio “O Polis, e
Leiria para além do Polis” Centro de
Interpretação Ambiental, em Leiria.
Dia Mundial do Ambiente
Participação como orador no Colóquio
“Informar, Participar, Decidir ir Uma
Cidadania para o Desenvolv imento
Sustentável I” Lisboa.
Participação como orador numsimpósio “A Insustentável Leveza do MeioAmbiente Base Aérea de Monte Real.
Dia 30
MAIO
Dias 09 e 10
Dia 14
Dia 15
JUNHO
Dia 05
Dia 05
Dia 05
-
-
-
-
-
-
-
Dia 14
Dia 19
JULHODia 05
Dia 19
AGOSTO
SETEMBRODia 14
Dia 19
Dia 20
OUTUBRO
Dias 06
Dia 20
Montagem da estrutura “Dunar” napraia do Pedrógão Pedrógão.
Dia Reunião da Comissão Técnica eCientifica de Acompanhamento da 2ª Fase doProjecto SIMLIS Leiria. Visita à ETAR dasOlhalvas Leiria.
Acção “Praia Limpa e Saudável” -Centro Azul - Praia do Pedrógão.
Montagem da exposição de fotografia“Litoral Regional”, no Centro Azul da praia doPedrógão.
Dia 25 Acção “Praia Limpa e Saudável”realizada no Centro Azul - Praia do Pedrógão.
Desmontagem da estrutura deprotecção às dunas na Praia do Pedrógão.
Realização do Colóquio “Pensar aFloresta” Centro de Interpretação Ambiental,em Leiria.
Reunião de Coordenadores doCoastwatch Europe - Peniche.
Acção de formação ”Como podemosreduzir” realizada no Jardim-de-Infância “ODominó” em Leiria.
Reunião da Comissão deAcompanhamento da Valorlis Leiria. Visita àsobras em curso.
-
-
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F I C H A T É C N I C ADirectorCoordenadorPropriedade
Design
Nuno CarvalhoFilipe Alves
OIKOS - Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de LeiriaAv. Cidade de Maringá | Centro Associativo Municipal, Sala 9
Apartado 2840 | 2401-901 LEIRIA |Tel./Fax. 244 828 555 |Email: geral@oikosambiente.com | www.oikosambiente.com
IDEA - informática e design, lda
Os artigos assinados exprimem a opinião dos seus autores e não necessariamente a da OIKOS
n º
113 3
MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DA BACIAHIDROGRÁFICA DO RIO LIS
À semelhança dos anos anteriores, a Oikos
efectuou a recolha de amostras de água da
Bacia Hidrográfica do Rio Lis, em 14 pontos,
nos rios Lena e Lis, ribeiras do Sirol, Milagres
e Aroeira, tendo sido analisados um conjunto
de parâmetros bacteorológicos e fisíco-
químicos. O projecto dá continuidade ao
programa de monitorização da qualidade da
água da Bacia do Lis, que vem sendo
desenvolvido desde 1990, e contou com o
apoio da Câmara Municipal de Leiria. O
projecto teve mais uma vez a colaboração dos
técnicos de saúde dos concelhos envolvidos:
Porto de Mós, Batalha, Leiria e Marinha
Grande. Para além da componente educativa,
o presente projecto permite um melhor
conhecimento da qualidade da água na Bacia
do Lis e, através da divulgação dos
resultados contribuir para a resolução de
problemas ao remeter para a intervenção das
autoridades responsáveis pela gestão da
Bacia Hidrográfica do Rio Lis, aos seus vários
níveis.
J u n h o ’ 0 9
PARTICIPAÇÃO DA OIKOS EM ACTIVIDADES E REUNIÕES NO ANO DE 2008
J u n h o ’ 0 9
NOVEMBRO
Dia 12
Dia 19
Realização do Colóquio “Limpeza eConservação de Linhas de Água” Centro deInterpretação Ambiental, em Leiria.
Inauguração da Estação de Tratamentode Águas Residuais Norte Coimbrão, Leiria.
-
-
Dia 27
DEZEMBRO
Reunião da Comissão de
Acompanhamento Ambiental da fábrica
Maceira-Liz Maceira.
-
-Dia 22 Reunião: Renovação da zona de caça
da Carreira - Câmara Municipal de Leiria
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