Cálculo de Escadas

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passa para obter medidas no calculo de escadas - simples

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1. ESCADAS COLETIVAS: dimensionamento segundo a NBR

9077:2001 e a NBR 9050:2004

Destinam-se ao uso público ou coletivo, inclusive nas áreas sociais dos

condomínios residenciais. As dimensões dos pisos e espelhos devem ser

constantes em toda a escada, atendendo às condições definidas a seguir,

excetuando-se as escadas fixas com lances curvos ou mistos (retos + curvos).

Dessa forma, devem ser seguidos os seguintes parâmetros:

Pisos (p): 0,28m ≤ p ≤ 0,32m;

Espelhos (e): 0,16m ≤ e ≤ 0,18m;

0,63m ≤ (p + 2e) ≤ 0,65m;

A largura mínima admissível para as escadas fixas e patamares é de

1,20m.

1.1. COMO CALCULAR UMA ESCADA

el – espessura da laje

pd – pé-direito

H – altura do vão a ser vencido (pd + el)

e – espelho

p – piso

n – número de degraus ou espelhos

cp – profundidade do patamar

d – distância ou comprimento da escada em projeção horizontal

Definindo-se H (pé direito + espessura da laje), dividir o resultado pela

altura escolhida para o espelho e (entre 16 cm e 18 cm). O resultado será n (nº

de degraus ou espelhos), que será utilizado para se achar o valor real do

espelho e. Usar a condição 0,63m ≤ (p + 2e) ≤ 0,65m para calcular a largura do

piso. Para isso, deve-se escolher o valor a ser utilizado entre 0,63m e 0,65m,

dando-se preferência para 0,64m sempre que possível.Como uma escada de

lance único de n degraus possui n-1 pisos e uma escada com um patamar e n

degraus apresenta n-2 pisos, tem-se:

Para escada sem patamar: d = p (n-1);

Para escada com um patamar: d = cp + p (n-2).

Figura: Número de degraus de uma escada

1.2. EXEMPLO PRÁTICO

Calcular n, e, p e d para uma escada reta sem patamar (lance único) de

uso coletivo com os seguintes dados:

pd = 2,70m;

el = 0,15m.

Tem-se:

H = pd + el = 2,70m + 0,15m = 2,85m;

n = H / e (escolher a altura inicial de e) = 2,85m / 0,18m (máximo

permitido para e) = 15,83 = 16 degraus.

Logo:

E (altura real do espelho) = H / n = 2,85m / 16 = 0,178m (NUNCA

arredondar esse valor).

Assim:

2,85m / 0,178m = 16 degraus.

Calcula-se em seguida, pela condição 0,63m ≤ (p + 2e) ≤ 0,65m, a largura do

piso do degrau (p). Definindo-se p + 2e = 0,64m, tem-se:

p + (2 x 0,178m) = 0,64m

p = 0,284m

Finalmente, tem-se uma escada com:

16 degraus (n);

Espelho (e) = 0,178m;

Piso (p) = 0,284m

Para completar o cálculo da escada, deve-se determinar a distância em

projeção horizontal entre o primeiro e o último degrau. Ora, uma escada de n

degraus sem patamar possui n–1 pisos; logo a distância d será igual ao

produto da largura do piso (p) encontrado pelo número de degraus (n) menos

um.

d = p (n-1)

d = 0,284m x (16-1)

d = 4,26m

Portanto, o comprimento da escada será igual a 4,26m e o número de pisos é

igual a 15.

2. ESCADAS – CÓDIGO DE OBRAS SANTA ROSA

Escadas de uso comum - se de utilização aberta à distribuição do fluxo

de circulação de unidades privativas, tais como os corredores de edifícios de

apartamentos, estabelecimentos de hospedagem e salas comerciais;

- Se de uso comum, os corredores, escadas e rampas devem ter largura

mínima de 1,10m (um metro e dez centímetros) para um comprimento máximo

de 10,00m (dez metros) acrescidos de 0,05m (cinco centímetros) para cada

metro de comprimento excedente, ou fração.

- Os corredores e galerias comerciais devem ter largura útil correspondente a

1/12 (um doze avos) de seu comprimento, não podendo ser inferior a:

I - 2,00m (dois metros) se a galeria ou corredor possuir compartimentos em um

de seus lados;

II - 3,00m (três metros) se a galeria ou corredor possuir compartimentos em

ambos os lados.

- Se o cálculo da largura exceder a 4,50m (quatro metros e cinquenta

centímetros), os corredores ou galerias comerciais devem ter sua largura fixada

em 4,50m (quatro metros e cinquenta centímetros) e ser dotados de um hall a

cada 60,00m (sessenta metros) onde possa ser inscrito um círculo com

diâmetro igual ou superior a 7,50m (sete metros e cinquenta centímetros).

- As alturas dos espelhos das escadas a que se refere este artigo não podem

ser inferiores a 0,15m (quinze centímetros).

- Na construção de escadas e rampas em geral, obedece-se ao seguinte:

I - são dispostas de tal forma que assegurem a passagem com altura livre igual

ou superior a 2,10m (dois metros e dez centímetros);

II - os patamares não podem ter nenhuma de suas dimensões inferior à largura

da respectiva escada ou rampa;

III - nenhuma porta pode abrir sobre os degraus ou sobre uma rampa, sendo

obrigatório o uso do patamar.

IV - ser construídas de material incombustível e ter o piso revestido de material

antiderrapante;

V - ser dotadas de corrimão, se elevar a mais de 1,00m (um metro) sobre o

nível do piso, sendo que escadas e rampas com largura superior a 3,00m (três

metros) devem ser dotadas de corrimão intermediário;

VI - não podem ser dotadas de lixeiras ou qualquer outro tipo de equipamento,

bem como de tubulações que possibilitem a expansão de fogo ou fumaça;

VII - o patamar de acesso ao pavimento deve estar no mesmo nível do piso da

circulação;

VIII - os lanços são preferencialmente retos, devendo existir patamares

intermediários se houver mudança de direção ou se a escada precisar vencer

altura superior a 2,80m (dois metros e oitenta centímetros).

- Podem ser dispensadas de patamar as escadas construídas em volta do

elevador somente nos dois primeiros pavimentos.

3. Escada enclausurada protegida (EP)

Escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por

paredes corta-fogo e dotada de portas resistentes ao fogo.

3.1. Cálculo da população

3.1.1. As saídas de emergência são dimensionadas em função da população

da edificação.

3.1.2 A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos

coeficientes da Tabela 5 do Anexo, considerando sua ocupação, dada na

Tabela 1 do Anexo.

3.1.3 Exclusivamente para o cálculo da população, devem ser incluídas nas

áreas de pavimento:

a) as áreas de terraços, sacadas e assemelhados, excetuadas aquelas

pertencentes às edificações dos grupos de ocupação A, B e H;

b) as áreas totais cobertas das edificações F-3 e F-6, inclusive canchas e

assemelhados;

c) as áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edificações dos

grupos F-3, F-6 e F-7, quando, em razão de sua disposição em planta, estes

lugares puderem, eventualmente, ser utilizados como arquibancadas.

3.1.4 Exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de sanitários nas

ocupações E e F são excluídas das áreas de pavimento.

3.2. Dimensionamento das saídas de emergência

3.2.1 Largura das saídas

3.2.1.1 A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de

pessoas que por elas deva transitar, observados os seguintes critérios:

a) os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que servirem à

população;

b) as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do

pavimento de maior população, o qual determina as larguras mínimas para os

lanços correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da

saída.

3.2.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e

outros, é dada pela seguinte fórmula:

N= P/C

Onde:

N = número de unidades de passagem, arredondado

para número inteiro

P = população, conforme coeficiente da Tabela 5.

C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 5 do Anexo.

3.2.2 Larguras mínimas a serem adotadas

As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes:

a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para as

ocupações em geral, ressalvado do disposto a seguir;

b) 2,20 m, para permitir a passagem de macas, camas, e outros, nas

ocupações do grupo H, divisão H-3.

4. ESCADAS ENCLAUSURADAS E PROTEGIDAS (EP)

4.1. As escadas enclausuradas protegidas devem atender aos seguintes

requisitos:

a) ter suas caixas isoladas por paredes resistentes a 2 h de fogo, no mínimo;

b) ter as portas de acesso a esta caixa de escada resistentes ao fogo por 30

min (PRF), e, preferencialmente, dotadas de vidros aramados transparentes

com 0,50 m² de área, no máximo;

c) ser dotadas, em todos os pavimentos (exceto no da descarga, onde isto é

facultativo), de janelas abrindo para o espaço livre exterior;

d) ser dotadas de alçapão de alívio de fumaça (alçapão de tiragem) que

permita a ventilação em seu término superior, com área mínima de 1,00 m².

4.2 As janelas das escadas protegidas devem:

a) estar situadas junto ao teto, estando o peitoril, no mínimo, a 1,10 m acima do

piso do patamar ou degrau adjacente e tendo largura mínima de 80 cm;

b) ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80 m², em cada;

c) ser dotadas de vidros de segurança aramados ou temperados, com área

máxima de 0,50 m² cada um, quando distarem menos de 3,00 m, em projeção

horizontal, de qualquer outra abertura no mesmo prédio, no mesmo nível ou em

nível inferior ao seu ou à divisa do lote, podendo esta distância ser reduzida

para 1,40 m, no caso de aberturas no mesmo plano de parede e no mesmo

nível;

d) ser construídas em perfis reforçados de aço, com espessura mínima de 3

mm, sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, alumínio, madeira,

plástico, e outros;

e) ter, nos caixilhos móveis, movimento que não prejudique o tráfego da

escada e não ofereça dificuldade de abertura ou fechamento, em especial da

parte obrigatoriamente móvel junto ao teto, sendo que de preferência do tipo

basculante, sendo vedados os tipos de abrir com o eixo vertical e “maximar”.

4.3. Admite-se o uso de portas autoportantes de vidro temperado com acesso

às escadas enclausuradas protegidas.

4.4. As escadas enclausuradas protegidas devem possuir ventilação

permanente inferior, com área de 1,20 m² no mínimo, junto ao solo, podendo

esta ventilação ser por veneziana na própria porta de saída térrea ou em local

conveniente da caixa da escada ou corredor da descarga, que permita a

entrada de ar puro, em condições análogas à tomada de ar dos dutos de

ventilação.

4.5. Em edificações “p”, as portas de acesso às unidades autônomas podem

abrir diretamente para o ambiente da escada enclausurada protegida, desde

que:

a) não haja mais de quatro unidades autônomas por pavimento (ver Figura 2);

b) o patamar e eventual corredor a ele anexo não totalizem mais de 12 m²;

c) a escada seja interrompida ao nível da descarga, não indo até eventual

subsolo.

d) havendo mais de uma abertura de iluminação, a distância entre elas não

pode ser inferior a 0,50 m, e a soma de suas áreas não deve ultrapassar 10%

da área da parede em que estiverem situadas.

Figura 2

5. Unidade de passagem

Largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em

0,55 m.

Nota: Capacidade de uma unidade de passagem é o número de pessoas que

passa por esta unidade em 1 min.

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