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SABERES E

HABILIDADES DO

TRABALHO DOCENTE

Contexto histórico – transformações nas

práticas economicas, políticas, sociais e

culturais

Exigência de reestruturação nos diferentes

setores da sociedade

Novos profissionais – novos

conhecimentos, habilidades, atitudes e

valores

Duas tendências

1ª. Neoliberal – hegemônica

Culto ao mercado

Individualismo

Competitividade

Desregulação e a flexibilidade do mercado de trabalho

O estado mínimo

Primazia do econômico sobre o político

Perspectiva de Educação

Escola - instrumento de controle social

Princípios da qualidade e produtividade

Resultados padrões, indicadores e medidas

2ª. Oposição à ideologia Neoliberal

Defende a construção de uma sociedade mais justa, humana e

inclusiva;

Superação das desigualdades sociais

Perspectiva de Educação

• Formação de sujeitos críticos capazes de se adaptar, transformar

e reinventar;

• Qualidade na direção – intelectual, cultural, social, ética e

política

• Não reduzida aos aspectos científicos e técnicos do processo

pedagógico. (Candau, 1999, p. 40)

Reconstrução da competência

docente

1. Que é ser docente na sociedade hoje?

2. Quem é o professor que queremos

formar?

3. Quais são esses novos saberes docentes

que os professores devem possuir?

Formação Docente: inicial e continuada

Não se inicia nem se esgota na formação

inicial – parte do processo;

Formação continuada – esta não pode se

limitar à atualização e à suplência;

Processo de formação: inacabado, em

constante movimento de reconversão –

escola: espaço privilegiado de formação.

Princípios para

construção de saberes

e habilidades docentes

Intencionalidade do trabalho docente

Intencionalidade : ação de modo consciente

Caracteriza o agir humano;

Humaniza o homem – ação em função de

construir resultados;

“Agir de modo consciente significa estabelecer

fins e alcançá-los por meio de uma ação

intencional.” (Luckesi, 1995)

A profissão docente “é fortemente carregada

de uma intencionalidade política.”

(Nóvoa, 1991, p.122)

• Problema: Cursos de formação em geral

• Privilegiado meios de ensino, “como fazer”

(técnica, instrumental);

• Professor – reduzido a técnico, executor de

decisões tomadas por especialistas;

• “Para que ensinar” – finalidades politicas e

sociais da educação – esquecidas;

Intencionalidade – Ação política

Compromisso com um determinado projeto

de homem e de sociedade

• Não existe ação humana neutra

Para que educamos? Que alunos queremos

formar?

Qual a função da escola?

O que é ensinar? O que é aprender?

O que é conhecimento?

Qual o papel da Educação Física na

Educação Básica?

Onde se materializa, primeiramente, a

intencionalidade do professor?

Planejamento de Ensino

Articulação teoria e prática

• Formação inicial e continuada – teoria e

prática separados;

Formação Acadêmica

• Privilegia a teoria (conhecimento científico)

em detrimento da prática (saber da

experiência);

• Afastada dos problemas reais que o professor

deve enfrentar em seu trabalho cotidiano

• Desafio da formação inicial reflexão

nos cursos de licenciatura da realidade

escolar;

• Formação continuada – cursos, seminários,

conferencias reproduzindo a formação

inicial

• Professores da escola: dificuldades de

refletir sua prática escolar.

Porque os professores da Escola tem

dificuldades de pensar sobre sua prática?

Porque apesar da escola ser o local de formação do

professor na constituição do saber da experiência (saber

docente cotidiano), não se produz saberes só com a prática.

A teoria tem um importante papel nesse processo e, sem

trabalho de reflexão (teórica), é impossível avançar na análise

da prática. O processo de reflexão deve partir da prática e

buscar elementos teóricos que ajudem a explicá-la,

compreendê-la.

“A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da

relação teoria - prática sem a qual a teoria pode ir virando

blablablá e a prática, ativismo”. (Paulo Freire, p. 22)

relação dialética

Faço – penso – faço

Ação – reflexão – Ação modificada

Teoria e prática no

trabalho docente

A reflexão é importante porque:

Implica ruptura com a visão técnico-

racional do trabalho docente

Afirma a legitimidade dos saberes que os

professores constroem

Possibilita formas de intervir e transformar

a realidade

Formação inicial

• Proposta curricular que permita ao futuro docente

aprender e refletir sobre seu processo de

aprendizagem;

• Analisar práticas escolares concretas.

Formação em serviço/continuada

• Garantir espaço/tempo para o docente aprender

coletivamente a refletir sobre sua prática cotidiana.

O trabalho coletivo na escola

Ser humano – ser social

Identidade social e profissional construída na

interação com o outro

Complexidade do trabalho educativo exige

vários profissionais para enfrentar os

diferentes aspectos do trabalho institucional.

Predominância na prática dos professores da

escola

Individualismo

Principal obstáculo para construção de uma

cultura docente comum

Trabalho coletivo: condição indispensável

para a construção de um projeto político

pedagógico.

Mas o que é um trabalho coletivo?

Organizar reuniões coletivas e sistemáticas

para:

• Estudar

• Trocar experiências

• Refletir sobre os problemas da prática

cotidiana na sala de aula e na escola para

tomada de decisões.

• Questionar sua prática, revisá-la;

• Refletir sobre o que está fazendo e por que

fazê-lo dessa maneira e não de outra.

Trabalho coletivo exige:

Compromisso, participação, cooperação,

respeito mútuo, crítica e alteridade.

Reconhecimento do caráter subjetivo

e social do trabalho docente

Subjetividade do individuo no processo de

formação docente.

Subjetividade = característica do sujeito;

aquilo que é pessoal, individual, que pertence

ao sujeito e apenas a ele (Japiassú e

Marcondes)

História de vida

Trajetórias profissionais

Resultado da influência de aspectos mais amplos:

culturais, econômicos, sociais e políticos;

Desvelamento de tais influencias é condição

necessária para que o professor construa a

capacidade de exercer controle consciente sobre

suas próprias ações.

Referências bibliográficas

CALDEIRA, A. M. S. A formação de professores

de Educação Física: Quais saberes e quais

habilidades? Revista Brasileira de Ciências do

Esporte, v.22, n3, p. 87-103, mai, 2001.