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CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
VILSON MARCIANO
APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA CONTÁBIL N O
ESTOQUE DE UMA EMPRESA DE COMÉRCIO DE MATERIAL DE
CONSTRUÇÃO: UM ESTUDO DE CASO
São José
2013
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
VILSON MARCIANO
APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA CONTÁBIL N O
ESTOQUE DE UMA EMPRESA DE COMÉRCIO DE MATERIAL DE
CONSTRUÇÃO: UM ESTUDO DE CASO
Trabalho elaborado e apresentado ao Curso
de Ciências Contábeis, do Centro
Universitário municipal de São José – USJ,
como requisito para a obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Prof. Msc. Isair Sell
São José
2013
VILSON MARCIANO
APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA CONTÁBIL N O
ESTOQUE DE UMA EMPRESA DE COMÉRCIO DE MATERIAL DE
CONSTRUÇÃO: UM ESTUDO DE CASO
Trabalho de Conclusão de curso elaborado como requisito final para aprovação no
Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Municipal de São José USJ
______________________________________
Orientador: Professor Isair Sell, Msc.
Prof. _______________________________________
Membro: Professora Estela Bueno, Esp.
Prof. _______________________________________
Membro: Professora Stephanie Kalynka Rocha, Esp.
São José, 26 de junho de 2013
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, a Deus por sempre estar comigo em todos os momentos, e
pela força, luz e perseverança durante a caminhada. Obrigada por estar sempre
comigo e presente em meu coração.
A minha mãe e meu pai que já estão no plano superior, minha esposa e
minha filha que me suportaram durante os momentos turbulentos na caminhada,
meus irmãos, sobrinhos e cunhados (as) que me apoiaram nos quatro anos de luta.
Amo vocês, e sem o apoio de vocês eu não chegaria a lugar nenhum.
Obrigada por serem as pessoas maravilhosas que vocês são.
A minha esposa Gislene que sempre esteve ao meu lado me apoiando e me
dando forças para concluir o curso e compreendendo os momentos de
distanciamento para elaboração do TCC.
Aos meus amigos, que durante esse período se preocuparam e me deram
força para não desistir do sonho de conquistar essa graduação, que é uma vitória
para mim.
Ao meu patrão Jorge Rechia Guarezi que me incentivou a ingressar no curso,
e sempre que precisei prontamente me liberou para estudar para alguma prova ou
fazer algum trabalho.
Aos meus familiares em geral, pela compreensão no distanciamento durante
os quatro anos.
A todos os colegas e professores do curso de Ciências Contábeis da USJ, em
especial ao meu orientador Professor Msc. Isair Sell que sem sua ajuda eu não teria
conseguido terminar meu TCC nesse semestre. Obrigado pela compreensão e pela
dedicação em me atender sempre que procurei, por email ou no USJ, para lhe pedir
orientação e que nunca negou atenção.
Aos meus colegas de classe, por tantos momentos de alegria e
aprendizagem, e ao Centro Universitário Municipal de São José que me ofereceu um
curso que superou minhas expectativas, e por contribuírem diretamente na minha
formação pessoal e profissional.
RESUMO A auditoria hoje se faz necessária na maioria das empresas, como ferramenta para auxiliar no controle do estoque pode evitar que se tenha prejuízos. A auditoria externa e suas ferramentas, que foram utilizadas no levantamento físico do estoque da empresa auditada mostram como ele se encontra em um determinado momento, demonstrando possíveis erros que possam existir nos registros contábeis, para que se possa interpretar adequadamente as demonstrações evitando distorção na analise das informações. Como objetivo geral o estudo de caso visa demonstrar a utilização das ferramentas de auditoria no estoque de uma empresa comercial, verificando se os valores e as quantidades correspondem com os constantes nas demonstrações, portanto, para atingir o objetivo foi necessário fazer um levantamento físico do estoque em questão utilizando uma amostra de 89 produtos, escolhidos conforme grau de importância dentro do estoque, como resultado pode ser observado nos papéis de trabalho às diferenças encontradas no estoque. Através do resultado apresentado pela auditoria os administradores podem tomar providências com relação aos controles, e responsabilizar as pessoas relacionadas com a organização e controle dos produtos. Foram relacionadas as normas e procedimentos da auditoria em estoque com suas características e aplicações, foi descrito a aplicação do princípio do registro pelo valor original aplicado aos estoques e foi demonstrado o resultado apurado na auditoria do estoque, objeto do estudo de caso, onde constatou-se que tem produtos que estão na relação de estoque, mas não foram encontrados na empresa e tem produtos que segundo a relação de estoque deveriam estar disponível para venda, mas não constam no estoque e nem foram encontrados na empresa. Constatou-se ainda uma diferença significativa entre o valor histórico do estoque o valor de reposição do mesmo. Como metodologia foi aplicado uma pesquisa de natureza aplicada de abordagem quantitativa, pois o trabalho visa levantar dados para solução de um problema específico, além de quantificar e analisar dados utilizando técnicas de auditoria, quanto aos objetivos a pesquisa é exploratória, além de ser um estudo de caso, exigiu planejamento e entrevista com pessoa ligada ao problema. Palavras-chave: Auditoria. Estoque. Demonstrações Contábeis.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 8
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 9
3. PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS ...................................................................... 10
3.1 PERGUNTA DE PESQUISA ........................................................................... 10
3.2 OBJETIVOS .................................................................................................... 10
3.2.1 Geral ............................................................................................................ 11
3.2.2 Específicos ................................................................................................. 11
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................... 12
4.1 METODOLOGIA .............................................................................................. 12
4.1.1 Modalidades da pesquisa .......................................................................... 12
4.1.2 Coleta de dados .......................................................................................... 13
4.2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ................................................ 13
4.3 AMBIENTE DE PESQUISA ............................................................................. 13
4.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................ 13
4.5 LIMITAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................ 14
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 15
5.1 CONCEITO DE AUDITORIA ........................................................................... 15
5.2 CARTA DE APRESENTAÇÃO ........................................................................ 15
5.3 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA .............................................................. 16
5.3.1 Inspeção ...................................................................................................... 16
5.3.2 Contagem .................................................................................................... 16
5.3.3 Questionamentos ....................................................................................... 17
5.3.4 Observação ................................................................................................. 17
5.3.5 Repetição .................................................................................................... 17
5.3.6 Cut-off ......................................................................................................... 18
5.4 AUDITORIA DE ESTOQUE............................................................................. 18
5.4.1 Controle interno ......................................................................................... 18
5.4.2 Características de um sistema de controle interno ................................ 19
5.4.3 Planejamento da auditoria, controle interno, amostr agem .................... 20
5.4.4 Amostragem ............................................................................................... 21
5.5 TIPOS DE AUDITORIA ................................................................................... 21
5.6 A IMPORTÂNCIA DO ESTOQUE PARA O RESULTADO .............................. 22
5.7 CONTROLE FÍSICO DO ESTOQUE ............................................................... 23
5.8 PERDA, QUEBRA, OBSOLESCÊNCIA, DESVIO ........................................... 23
5.9 VALORES QUE COMPÕEM O CUSTO DO ESTOQUE ................................. 24
5.10 CRITÉRIO E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE ............................ 25
5.11 PROGRAMA DE AUDITORIA DE ESTOQUE ............................................. 25
5.11.1 Procedimentos ........................................................................................ 25
5.12 PAPÉIS DE TRABALHO DE AUDITORIA DE ESTOQUE ........................... 26
5.13 RELATÓRIO DE AUDITORIA DE ESTOQUE .............................................. 26
6. ESTUDO DE CASO............................................................................................ 28
6.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA ........................................................................... 28
6.2 DESCRIÇÃO DA AMOSTRA........................................................................... 28
6.3 PAPEL DE TRABALHO DA AUDITORIA ........................................................ 29
6.4 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................... 36
6.4.1 Quantidade em estoque ............................................................................. 36
6.4.2 Preço unitário ............................................................................................. 36
6.4.3 Valor total .................................................................................................... 36
6.4.4 Quantidade auditada .................................................................................. 37
6.4.5 Diferença verificada ................................................................................... 37
6.4.6 Valor total da diferença .............................................................................. 37
6.4.7 Valor do custo atual unitário ..................................................................... 38
6.4.8 Valor original dos produtos ...................................................................... 38
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 39
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
8
1. INTRODUÇÃO
Os estoques que representam o custo acumulado dos materiais ainda não
vendidos ou consumidos têm uma participação expressiva na determinação do lucro
da maior parte dos empreendimentos comerciais, esta relação é tão significativa
quanto à informação do valor dos estoques é para demonstrar a situação econômica
de uma empresa.
Para proteger os ativos de uma empresa é necessário a utilização de um
controle interno, essa tarefa seria ideal que fosse feita por Auditor interno, utilizando
controles contábeis e controles administrativos, registrando e fornecendo
informações confiáveis para a administração.
Contagens físicas periódicas dos estoques são necessárias para a
comprovação da exatidão dos resultados das apurações contábeis dos períodos
intermediários.
Embora a maior parte das empresas no passado não possuísse qualquer
base para avaliar os resultados de suas operações exceto através da tomada anual
dos inventários físicos, poucas empresas atualmente não usam algum método de
contabilidade de custo, para determinar os lucros mensais.
Diante do objeto do estudo (estoque) vê-se a necessidade de utilizar os
procedimentos de auditoria, para avaliar e evidenciar as demonstrações contábeis
de uma entidade e dar emissão de parecer se sua apresentação está adequada, de
acordo com princípios contábeis geralmente aceitos.
A auditoria por meio de exame dos registros e análise das demonstrações
contábeis, mensura e dá confiabilidade aos fatos registrados nos documentos
contábeis, portanto é a auditoria que dá credibilidade às demonstrações contábeis e
as informações nelas contidas.
Através do parecer do auditor é que os interessados nas informações
econômica, financeira e patrimonial de uma empresa em determinada data ou
período, poderão avaliar e tomar decisões relacionadas a seu interesse para com a
empresa.
9
2. JUSTIFICATIVA
Os interessados nas demonstrações contábeis esperam que todos os
registros sejam verdadeiros e todas as informações sejam confiáveis, para dar
garantia e veracidade nas informações. As empresas asseguram esse conceito
divulgando o parecer do Auditor que, através da auditoria e suas ferramentas de
trabalho faz conferência detalhada nas demonstrações contábeis, registros e,
levantamento físico dos produtos para certificar sua existência.
Diante da competitividade em todas as áreas, o parecer do auditor agrega
valor para a empresa, que pode fazer a diferença para um possível cliente,
investidor, ou outro interessado que pode tomar a decisão a partir dessa informação.
Segundo Attie (1998, p. 27)” o surgimento da auditoria está ancorada na
necessidade de confirmação por parte dos investidores e proprietários quanto a
realidade econômico-financeira espelhada no patrimônio das empresas investidas”.
Para o Auditor os estoques são áreas que fornecem maior desafio, pois
envolvem o ativo circulante de maior importância, influenciando diretamente no
resultado, sobre esse objeto a auditoria exerce uma ação preventiva, saneadora e
moralizadora, confirmando a veracidade dos registros.
Esse trabalho visa mostrar as técnicas e ferramentas utilizadas na auditoria
do estoque de uma empresa comercial, também será apresentado os papéis de
trabalho, relatório e o parecer do auditor sobre a situação do estoque em um
determinado momento e, descrever a aplicação do princípio do registro pelo valor
original aplicado aos estoques.
Justifica-se ainda por ser um trabalho de cunho teórico, científico que
demonstra na prática, através do estudo de caso, a sua viabilidade e aplicação.
10
3. PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS
Neste capítulo, será apresentada a problemática do tema estudado,
juntamente com a pergunta de pesquisa e os objetivos gerais e específicos desta
monografia, também será apresentado como se desenvolverá a pesquisa visando
atingir o objetivo do problema proposto.
3.1 PERGUNTA DE PESQUISA
A auditoria está cada vez mais presente na tomada de decisões pelos
administradores, investidores, governo, clientes e demais interessados, que com a
evolução da ciência contábil tornou-se indispensável na administração das
empresas.
As empresas que buscam mais transparência nas informações e, as incluídas
na Lei das S/A 11.638/07 alterada pela Lei nº 11.941/09 que são obrigadas a terem
suas demonstrações financeiras auditadas demonstram a crescente valorização da
auditoria pelos administradores, com essa visão, empresas de menor tamanho estão
buscando na auditoria evidências para confirmar sua situação financeira.
Os estoques que tem influência no resultado do exercício, necessitam do
parecer de um auditor para comprovar a veracidade das informações, segundo
Marion (2008, p. 299) “qualquer alteração em um dos estoques não compensados
no outro repercute diretamente no PL por meio do lucro”.
Diante do exposto, foi estabelecido a seguinte questão: O valor das
mercadorias em estoque constantes nas demonstrações Contábeis representam
efetivamente o valor e a existência física das mercadorias em estoque?
3.2 OBJETIVOS
De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 18), “o objetivo de uma
pesquisa é apresentar os métodos que serão utilizados para encontrar a solução
para o problema proposto, contribuindo assim, com informações que possam
agregar conhecimentos e servir de apoio para a tomada de decisão.”
11
Os objetivos de um projeto de estudos, de pesquisa, não representam
somente as intenções do autor, mas a possibilidade de obtenção de metas,
resultados, finalidades, que o trabalho deve atingir.
3.2.1 Geral
O objetivo geral deste trabalho é verificar de acordo com as técnicas de
auditoria, se o valor das mercadorias em estoque constantes nas demonstrações
contábeis representam efetivamente o valor e a existência física das mercadorias em
estoque.
3.2.2 Específicos
Contribuindo na solução do problema e atingir o objetivo geral, os objetivos
específicos são:
a) Fazer a descrição das normas e procedimentos da auditoria de estoque;
b) Descrever a aplicação do princípio do registro pelo valor original aplicado aos
estoques;
c) Apontar os resultados apurados na auditoria do estoque, objeto do estudo de
caso.
12
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para o desenvolvimento de um trabalho de conclusão de curso é necessário
que se siga algumas regras, necessárias para atingir o objetivo da pesquisa.
Para essa finalidade existe a metodologia que norteia e demonstra os
métodos utilizados.
4.1 METODOLOGIA
Ao desenvolver um trabalho de pesquisa necessita-se de algo que guie,
informando o caminho técnico a ser seguido.
“No desenvolvimento de uma pesquisa cientifica, obrigatoriamente nos
utilizamos de um método de pesquisa. São técnicas e instrumentos que determinam
o modo sistematizado da forma de proceder num processo de pesquisa” (Souza;
Fialho; Otani, 2007 p. 24).
A pesquisa científica, que contribui para o enriquecimento do conhecimento,
deve ser planejada e executada com processamento criterioso das informações
dentro das normas metodológicas.
4.1.1 Modalidades da pesquisa
A presente pesquisa é de natureza aplicada, pois visa levantar dados para
solução de problema especifico.
Quanto a forma de abordagem do problema esta pesquisa é de natureza
quantitativa, pois além de quantificar e analisar, utilizará recursos e técnicas
estatísticas, focada na mensuração de fenômenos, coletará dados numéricos e
aplicará testes para obtenção de resultados.
Referente aos objetivos a pesquisa é classificada como exploratória, além de
ser um estudo de caso, necessitará de planejamento e entrevistas com pessoa que
tenha experiência prática com o problema.
O conhecimento adquirido por meio do objeto pesquisado foi possível com
pesquisa documental, relatórios e demonstrações contábeis.
13
4.1.2 Coleta de dados
A coleta de dados se dará por meio de leitura de documentos, fornecidos
pelos administradores da empresa pesquisada para obtenção de informações do
objeto analisado.
Será feito levantamento de material em local específico, para obter
informações relevantes e detalhadas para compor o desenvolvimento do trabalho,
segundo Salomon (2004, p. 156) “a escolha e classificação dos métodos de
pesquisa. Conforme a natureza do problema ter-se-á de recorrer, exclusiva ou
conjuntamente, a métodos diferentes e às suas respectivas técnicas”.
4.2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
No trabalho de auditoria do estudo de caso, será levantado dados por meio de
amostragem para complementar o estudo do objeto em questão.
O levantamento dos dados se dará por análise qualitativa e quantitativa, por
meio de análise documental e contagem dos produtos para conferência e se
certificar da veracidade das informações. “O objetivo da análise é reunir as
informações de forma coerente e organizada visando responder o problema de
pesquisa” (SILVA, 2007).
4.3 AMBIENTE DE PESQUISA
A pesquisa se dará inicialmente com análise de documentos e posteriormente
será feito um inventário físico dos materiais de interesse, para se certificar que as
informações documentais são verdadeiras, aplicando as ferramentas de auditoria
para atingir o objetivo desejado.
4.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população se compõe dos itens do estoque de materiais de construção,
pois, conforme comenta a autora Silva (2011, p. 90) “tanto a pesquisa científica de
natureza quantitativa, quanto a qualitativa tem por objetivo estabelecer
generalizações, a partir da observação de grupos de indivíduos chamados de
14
população ou universo”. Essa metodologia será utilizada como base para fazer o
levantamento físico do estoque a ser estudado.
Para escolher a amostra será levado em conta a representatividade do seu
valor na composição do valor do estoque, segundo Silva (2011, p. 90) “a amostra é
uma parte significativa da população, determinada por um processo de
amostragem”.
A amostra é extraída da população que é o estoque total da empresa, já a
amostra é uma parte desse total.
Os elementos da amostra serão julgados adequados baseando-se em
escolha por produtos específicos, na população de interesse do pesquisador por
meio de amostra não probabilística intencional.
4.5 LIMITAÇÃO DA PESQUISA
Como limitação da pesquisa pode-se citar:
a) documentos fornecidos pelo administrador;
b) disponibilidade de pessoal para ajudar no levantamento do inventário;
c) quantidade de itens a ser inventariado;
d) representatividade dos produtos escolhidos para a amostra;
e) o estudo aplica-se somente à empresa objeto do estudo de caso, dado as suas
características de gestão e controle interno.
15
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo o Manual de Metodologia Científica do USJ (2011, p.17)
fundamentação teórica é a fase da pesquisa que, “apresenta o tema proposto
fundamentando-o com uma revisão crítica de fontes de pesquisa relacionadas ao
tema de forma ampla para depois específica”.
5.1 CONCEITO DE AUDITORIA
No exame dos registros e das demonstrações contábeis, o objetivo é
determinar a autenticidade das informações registradas.
A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionados com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes. (Franco; Marra, 2009, p. 28)
Segundo Attie (1998, p. 25) “Auditoria é uma especialização contábil voltada a
testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de
expressar uma opinião sobre determinado dado”.
Para Boynton, Johnson e kel (2002, p. 30) Segundo o Report of the committee
on basic auditing concepts of the American Accouting Association (Accouunting
Review, w. 47)
define auditoria como um processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas de evidências sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações e critérios estabelecidos, e de comunicação dos resultados a usuários interessados.
5.2 CARTA DE APRESENTAÇÃO
Carta de apresentação é meio de formalização do contrato de prestação de
serviços de auditoria entre Auditor e empresário, comentado a seguir por Franco e
Marra (2009, p. 253).
O auditor independente, quando chamado a prestar sua colaboração profissional a uma empresa, assume com ela contrato de prestação de
16
serviços profissionais, no qual ficam estabelecidos a natureza e a extensão do serviço a ser executado, o tempo de duração do contrato e a remuneração a ser paga pelo trabalho, além de outros detalhes de interesse mútuo, que definam direitos e obrigações das duas partes.
Antes de formalizar a contratação, o auditor deve esclarecer para o cliente
sobre diversos aspectos dos serviços que serão prestados.
5.3 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
É um conjunto de procedimentos que o Auditor segue para obter o resultado
pretendido na auditoria que desejar fazer, procedimentos que norteiam o profissional
para um bom desempenho facilitando o desenvolvimento da auditoria.
Segundo Boyton, Johnson e Kell (2002, p.209) “São os métodos ou técnicas
que o Auditor utiliza para coletar e avaliar material de evidência suficiente e
competente”.
O Auditor faz a escolha dos procedimentos a serem utilizados no decorrer do
trabalho durante o planejamento da auditoria.
Para o desenvolvimento desse trabalho foi escolhido alguns procedimentos:
inspeção, contagem, questionamentos, observação, repetição, cut-off, necessários
para realizar a auditoria no estoque.
5.3.1 Inspeção
Utilizados intensamente em auditorias, segundo Hernandez (2006, p.70) “é
um procedimento que presta-se especialmente à obtenção de evidência sobre a
existência de ativos; fornece elementos de juízo muito sólidos: o que é visto existe”.
5.3.2 Contagem
Embora os diferentes tipos de mercadorias exijam diferentes procedimentos
de contagem física dos estoques, e a situação varia de acordo com a complexidade
ou volume dos itens.
As duas aplicações mais usuais de contagem são (1) contagem física de recursos tangíveis, tais como caixa em tesouraria ou estoque em mãos, e (2) localização de todos os documentos pré-numerados. A primeira constitui uma forma de avaliação da evidência física da quantidade em mãos, enquanto a segunda pode ser vista como uma forma de avaliação dos controles internos da companhia, mediante evidencia objetiva da integridade dos registros contábeis.(Boyton, Johnson e Kell, 2002, p.211)
17
Na auditoria de estoque, é por meio da contagem que o Auditor levanta os
dados da amostra para comparar com as demonstrações contábeis, anota nos
papéis de trabalho para analisar os dados.
5.3.3 Questionamentos
Como parte das ferramentas, o auditor utiliza este procedimento para
conseguir informações relacionadas ao objetivo da auditoria que segundo
Hernandez (2006, p.71) “esse procedimento consiste simplesmente em obter
informações dos funcionários e empregados sobre aspectos específicos das
operações”.
Procedimento importante no trabalho de auditoria, utilizando este
procedimento o Auditor se informa sobre determinados aspectos a serem
investigados na empresa.
5.3.4 Observação
Na auditoria de estoques é muito utilizado, pois o auditor necessita de ajuda
de terceiros para o levantamento físico dos produtos, aí se faz necessário esse
procedimento, para Attie (1998, p. 143) “a observação é técnica indispensável à
auditoria. Pode revelar erros, problemas ou deficiências através de exame, e é uma
técnica dependente da argúcia, dos conhecimentos e da experiência do autor”.
Observação relaciona-se a acompanhar ou testemunhar a realização de
alguma atividade ou processo.
5.3.5 Repetição
Diante da incerteza da veracidade das informações fornecidas, o Auditor
utiliza essa ferramenta para confirmar os cálculos, e quantidades de produtos
fornecidas pelo cliente.
Um importante procedimento de auditoria é a repetição, pelo auditor, de conciliações e cálculos realizados pelo cliente – totais de lançamentos contábeis, cálculos de precisão, de juros, de ágios ou deságios no lançamento de bônus, de quantidades vezes preços unitários de itens em estoque, de totais em quadros e tabelas auxiliares etc. (Boyton, Johnson e, Kell, 2002, p. 211, 212)
18
Repetição é um fator importante para o auditor, é através da repetição que o
Auditor faz a conferência das somas, cálculos e outras informações das
demonstrações contábeis.
5.3.6 Cut-off
A partir do qual as equipes de inventário trabalharão. A seção de recepção
deverá estar fechada por ocasião da contagem física das mercadorias nela contida,
nenhuma mercadoria deverá ser recebida durante esse período e nada deverá ser
transferido para o almoxarifado até a finalização total da contagem física naquele
local. Segundo Marion (2008, p. 308):
O corte de compras e vendas consiste na escolha criteriosa de qual é a última nota fiscal de compra e qual é a última nota fiscal de venda a ser considerada nos registros fiscais e contábeis, cuidando-se para que a mercadoria correspondente a compra seja considerada e as correspondentes às vendas sejam retiradas antes do início da contagem.
Segundo Attie (1998, p. 300) o Cut-off visa identificar a correta contabilização
das transações em seus períodos de competência.
Os procedimentos de auditoria são estabelecidos pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) através da NBC-T- 11.
5.4 AUDITORIA DE ESTOQUE
O principal objetivo da auditoria de estoque é levantar as quantidades físicas
dos estoques e, comparar com registros das demonstrações contábeis para certificar
a autenticidade da importância registrada.
5.4.1 Controle interno
Segundo a eficácia dos controles internos adotados pelo cliente, que devem
incluir uma série de procedimentos, tem-se um patrimônio bem protegido quanto à
exatidão das quantidades registradas.
O Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de
Contadores Públicos Certificados, AICPA, afirma:
o controle interno compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger
19
seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada pela administração. Attie (1998, p. 110)
Toda empresa comercial deveria ter algum tipo de controle interno,
principalmente do estoque, devido a sua relação com o resultado, pois seus efeitos
são imediatamente sentidos no patrimônio líquido além da transparência para o
administrador.
Sobre o controle, Franco e Marra (2009, p. 267) descrevem de uma forma
mais ampla para um melhor entendimento sobre o assunto, a importância dele para
a administração e o patrimônio.
Controles internos entendemos todos os instrumentos da organização destinados a vigilância, fiscalização e verificação administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que produzam reflexos em seu patrimônio. Assim, o principal meio de controle de que dispõe uma administração e a contabilidade, entretanto, através da escrituração, registra os fatos após sua ocorrência (controle consequente), enquanto outros meios de controle são utilizados para constatar a ocorrência no momento em que ela se verifica (controle concomitante), existindo ainda aqueles que preveem a ocorrência do fato por antecipação (controle antecedente). São portanto meios de controle interno todos os registros, livros, fichas, mapas, boletins, papeis, formulários, pedidos, notas, faturas, documentos, guias, impressos, ordens internas, regulamentos e demais instrumentos de organização administrativa que formam o sistema de vigilância, fiscalização e verificação utilizados pelos administradores para exercer o controle sobre todos os fatos ocorridos na empresa e sobre todos os atos praticados por aqueles que exercem funções direta ou indiretamente relacionadas com a organização, o patrimônio e o funcionamento da empresa.
Para o administrador, o controle interno significa a segurança de seu estoque,
contudo para manter o controle deverá usar um bom sistema de registro de entrada
e saída, com permanente controle sobre cálculos e do sistema de compras.
5.4.2 Características de um sistema de controle int erno
Cada procedimento de auditoria tem uma característica própria, facilitando o
trabalho do auditor garantindo a eficácia do trabalho, segundo Attie (1998, p. 114)
“um sistema de controle interno bem desenvolvido pode incluir o controle
orçamentário, custos-padrão, relatórios operacionais periódicos, análises
estatísticas, programa de treinamento do pessoal e, inclusive, auditoria interna”.
20
5.4.3 Planejamento da auditoria, controle interno, amostragem
Um planejamento e controle apropriados são fundamentais para a realização
do trabalho de tal forma que o auditor possa cumprir sua responsabilidade de
auditoria sem um desperdício injustificado de tempo.
A necessidade de tal planejamento aumenta em relação ao tamanho do
serviço a ser executado. Um planejamento adequado deverá incluir a determinação
de extensão do trabalho, o preparo antecipado do programa e estimativa do tempo a
ser despendido na execução dos trabalhos e a programação das necessidades de
pessoal.
No caso de se tratar de um primeiro serviço de auditoria em um determinado
cliente, é necessário fazer estudos preliminares bastante extensos, como base para
o preparo de um esboço genérico do programa de auditoria. Tais estudos deverão
conter informações sobre os pontos essenciais dos seguintes itens:
1) Natureza do negócio e localização dos escritórios e fábricas do cliente;
2) Esquema geral da organização, e relação dos chefes responsáveis;
3) Procedimentos contábeis e de controle interno e localização dos livros e
registros;
4) Principais diretrizes contábeis;
5) Objetivo do exame de auditoria, incluindo o estudo da finalidade desejada pelo
cliente, e a data que o relatório deverá ser entregue;
6) Estudo das demonstrações financeiras anteriores e atuais.
Os trabalhos da auditoria se dará pelos seguintes métodos:
1- Inspeção física
A auditoria iniciara pela inspeção física para assegurar-se da real existência
dos produtos a serem auditados.
Verificar se há um controle interno do estoque que será levantado para
confirmar saldo físico dos produtos.
2- Contagem dos itens físicos
Será feito a contagem física do estoque a ser auditado, para isso será
necessário fazer o “corte” para verificar os controles dos estoques, que serão
inventariados anotando as ultimas entradas e as últimas saídas, confrontando o
resultado das anotações com os registros contábeis para verificar se à disparidade.
21
O levantamento físico do inventário será feito por meio de amostragem, será
levantado a quantidade física de dez produtos de cada item com importância
significativa.
3- Revisão dos critérios de avaliação
De posse da contagem física se dará a revisão da avaliação dos estoques
para se certificar de que estão dentro das normas contábeis geralmente aceitas.
4- Conferência de somas cálculos
Nessa etapa será feito a conferencia das somas e cálculos dos dados e
informações recebidas e também daquelas produzidas durante a auditoria.
5.4.4 Amostragem
Amostragem é o procedimento que o auditor utiliza para inventariar um
estoque com muitos itens, Franco e Marra (2009, p. 148) comentam a seguir que
amostragem:
É o processo pelo qual se obtêm informação sobre um todo (população), examinando-se apenas uma parte do mesmo (amostra). A amostra tem que ser representativa da população. Para uma amostra ser representativa, cada item da população deve ter a mesma chance de ser selecionado, ou seja, de ser incluído na amostra. A seleção da amostra não deve ter preconceito ou tendência. Deve ser sempre imparcial não só no sentido do objetivo final a ser alcançado, como também no sentido de não facilitar demais o trabalho a ser realizado pelo AFC, o que e em si uma parcialidade.
Esse método é fundamental na auditoria de estoque de uma empresa
comercial, devido à quantidade de itens em seu estoque. Ao selecionar uma amostra
o Auditor deve observar se o resultado da amostra proporciona evidência de
auditoria suficiente.
5.5 TIPOS DE AUDITORIA
Segundo Boynton, Johnson e kell (2002, p. 31, 32)São três os tipos de
auditoria: auditoria de demonstrações contábeis, auditoria de compliance e auditoria
operacional, conforme citado a seguir.
1- Auditoria de demonstrações contábeis
22
Auditoria de demonstrações contábeis envolve obtenção e avaliação de
evidencias a respeito das demonstrações contábeis de uma entidade, para emissão
de parecer se sua apresentação está adequada, de acordo com princípios contábeis
geralmente aceitos (PCGA) – que, no caso, normalmente são os critérios
estabelecidos.
2- Auditoria de compliance
A auditoria de compliance envolve obtenção e avaliação de evidências para
determinar se certas atividades financeiras ou operacionais de uma entidade
obedecem a condições, regras ou regulamentos a elas aplicáveis. Nesse tipo de
auditoria, os critérios estabelecidos podem originar-se de várias fontes.
3- Auditoria operacional
Uma auditoria operacional envolve obtenção e avaliação de evidências a
respeito da eficiência e eficácia das atividades operacionais de uma entidade, em
comparação com objetivos estabelecidos. Esse tipo de auditoria algumas vezes é
denominado auditoria de desempenho ou auditoria gerencial.
5.6 A IMPORTÂNCIA DO ESTOQUE PARA O RESULTADO
Na citação a seguir, Marion (2008, p. 295) descreve o quanto é importante o
estoque para uma empresa comercial,
O grupo de contas estoques assume grande importância no contexto do balanço patrimonial (BP) e seus efeitos são imediatamente sentidos no patrimônio líquido. Daí a necessidade de demonstrar sua movimentação na demonstração do resultado do exercício (DRE), principalmente nos balaços patrimoniais das empresas comerciais onde o estoque tende a ser o item de maior valor e de intensa movimentação (isso não quer dizer que não seja importante também nas empresas industriais ou mesmo em outras empresas).
O estoque que representa o custo acumulado dos produtos não vendidos tem
um significado na determinação do lucro nas empresas comerciais.
23
5.7 CONTROLE FÍSICO DO ESTOQUE
Procedimento que tem ligação direta com o controle interno, segundo
comentário de Almeida na citação a seguir, é a partir do controle interno que o
Auditor responsabiliza as pessoas que custodiam os bens da empresa, e a partir daí
inicia seu trabalho.
O inventario físico representa um procedimento de controle que visa apurar as responsabilidades das pessoas que custodiam bens da empresa. Esse procedimento é executado pela contagem física dos bens e confronto do resultado com os registros de estoques. Dessa forma, CE recomendável que os participantes das contagens não sejam as pessoas responsáveis pela custodia dos estoques. Além disso, o inventario físico visa adequar os registros contábeis à real situação existente. As contagens físicas devem ser realizadas pelo menos uma vez por ano. Existem empresas que fazem inventários físicos de todos os bens do estoque no final ou próximo ao final do exercício social, enquanto outras procedem contagens físicas ao longo dos meses do ano (método rotativo), de forma que todos os bens sejam contados pelo menos uma vez durante o exercício social. Esse método pressupõe que a empresa tenha registro perpétuo de estoque (representa um registro analítico e indica a movimentação em reais e quantidades por bem) e um bom sistema de controle interno. (Almeida, 2009, p. 231)
O controle físico é necessário em uma empresa comercial, seu objetivo é
assegurar seu maior gerador de receitas.
Para registrar as contagens poderão ser usadas relações de inventários,
fichas ou etiquetas, porém, quaisquer que forem os registros usados, deverão ser
claramente identificados neles as pessoas que contam e que conferem.
As etiquetas pré-numeradas são geralmente consideradas como o registro
mais conveniente para esse propósito. Deverá ser mantido um controle sobre a
sequência numérica limitada das etiquetas, será necessário assegurar-se que todas
as etiquetas não preenchidas foram inutilizadas. Essas etiquetas são formadas por
duas partes, permanecendo uma delas anexas as mercadorias contadas ou, para
facilitar qualquer conferencia de alguma discrepância indicada na comparação da
contagem e as fichas ou registros de estoque.
5.8 PERDA, QUEBRA, OBSOLESCÊNCIA, DESVIO
O texto a seguir mostra os procedimentos que a contabilidade deve adotar
quanto a quebra, perda, obsolescência e como certificar essas ocorrências.
24
Ocorrendo quebras e perdas por deterioração, obsolescência ou a razão de outros riscos não cobertos por seguros, a lei fiscal impõe formas específicas para que se determine o montante considerado custo operacional dedutível. O item II do artigo 299 do RIR/99 determina que a dedutibilidade fiscal somente é aceita quando comprovada: - por laudo ou certificado de autoridade sanitária ou de segurança que especifique e identifique as quantidades destruídas ou inutilizadas e as razões da providência; - por certificado de autoridade competente, nos casos de incêndios, inundações ou outros eventos semelhantes; e - mediante laudo de autoridade fiscal chamada a certificar a destruição de bens obsoletos, invendáveis ou danificados, quando não houver valor residual apurável. As autoridades competentes que emitirão os laudos ou certificados são: - autoridade sanitária; - corpo de bombeiros; - autoridade fiscal; entre outros, que, Identificarão as quantidades destruídas ou inutilizadas e as razões da providência. (http://www.agncontabilidade.com.br/) ( Visitado no dia 08 de maio de 2013).
É interessante para a empresa que seus estoques estejam livres de produtos
que não agregam valor ao patrimônio nem oferecem benefícios futuros.
5.9 VALORES QUE COMPÕEM O CUSTO DO ESTOQUE
Marion (2008, p.309 e 310) descreve a seguir os critérios a serem seguidos
para compor o custo dos estoques e a incidência dos tributos sobre ele:
Atualmente, prevalece o critério principal estabelecido em lei, ou seja: “custo ou mercado, dos dois o menor.” Portanto, é necessário estabelecer os dois para escolher o menor. Começaremos por estudar o custo para depois estudarmos o preço de mercado. Uma primeira consideração necessária é com relação ao custo de aquisição e às implicações fiscais e hábitos operacionais com embalagens, vasilhame, descontos, despesas de seguro e transporte. A legislação fiscal determina os tributos a serem cobrados nas operações de comercialização. Os tributos mais evidentes são o IPI, o ICMS e o imposto sobre serviço (ISS). A incidência dos tributos é diferenciada de empresa industrial para empresa comercial e diferenciada também para empresa prestadora de serviço. Portanto existe uma diferenciação de uma empresa adquirente para outra, mas essa diferenciação ocorre também de uma empresa fornecedora para outra, exigindo muita atenção no estudo da legislação pertinente às operações da empresa especificada, bem como no estudo da legislação pertinente aos fornecedores.
Na composição do custo do estoque deve-se observar as normas e critérios
estabelecidos em lei para compor corretamente seu valor.
25
5.10 CRITÉRIO E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
Segundo a lei 6.404, lei das sociedades por ações, os estoques são avaliados
pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de previsão para ajustá-los ao valor
de mercado, quando este for inferior.
O instituto dos auditores independentes do Brasil (IBRACON), em seu
pronunciamento nº IX, determina que o termo mercado significa o custo corrente de
reposição (correspondente ao tipo e quantidades normalmente adquiridas pela
empresa) ou preço líquido de realização.
5.11 PROGRAMA DE AUDITORIA DE ESTOQUE
Programa de auditoria de estoque é o meio pelo qual o Auditor se organiza
para iniciar os procedimentos de auditoria, Hernandez (2006, p. 103) comenta, “os
programas de auditoria são a forma escrita de uma série de procedimentos de
verificação a serem aplicados a elementos determinados, com a finalidade de obter
informações adequadas que possibilitem ao Auditor formar sua opinião”.
O programa deve ser preparado levando-se em conta o tamanho da empresa
e, o sistema de controle interno que a empresa utiliza, focando no objetivo do
trabalho.
Nesse momento será feito o planejamento da auditoria para que se possa
executar o maior número de procedimentos possíveis.
5.11.1 Procedimentos
Segundo Franco e Marra (2009, p.59) “os procedimentos de auditoria são o
conjunto de técnicas que permitem ao Auditor obter evidências ou provas suficientes
e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis
auditadas e abrangem testes substantivos”.
A responsabilidade primária do Auditor, quanto ao exame dos estoques, se
relaciona com os seguintes pontos:
1- Verificação: Verificar, tanto quanto seja praticável, se os valores demonstrados
como estoques estão representados por existência física das mercadorias.
2- Concordância: Ver se os valores foram determinados em concordância com
princípios contábeis de custeio.
26
3- Somas: Examinar as contagens para ver se estão exatas, no que diz respeito a
somas, cálculos e relação dos itens.
4- Qualidade: Verificar se não contem itens obsoletos ou defeituosos no estoque.
5- Tomada física: Esquema de localização das diversas partes da empresa,
princípios adotados e problemas especiais.
6- Comparação: Comparar os estoques escriturais e fiscos, na data da contagem,
para identificar diferença de maior valor, que devam ser explicadas.
5.12 PAPÉIS DE TRABALHO DE AUDITORIA DE ESTOQUE
É utilizado para o Auditor levantar provas suficientes para justificar sua
opinião no parecer na conclusão do seu trabalho de auditoria.
Quanto aos papeis de trabalho, Franco e Marra (2009, p. 59) descrevem a
seguir.
Os papeis de trabalho são o conjunto de documentos e apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor, preparados de forma manual, por meios eletrônicos ou por outros meios, que constituem a evidencia do trabalho executado e o fundamento de sua opinião.
Os papeis de trabalho são obrigatórios em um trabalho de auditoria, é nos
papeis de trabalho que o auditor vai anotando os acontecimentos no
desenvolvimento de seu trabalho, para depois fazer o relatório.
5.13 RELATÓRIO DE AUDITORIA DE ESTOQUE
Franco e Marra (2009, p. 527) descrevem a seguir sobre o relatório, que
segundo eles é o coroamento do trabalho do auditor:
O relatório é o coroamento do trabalho de auditoria, pois é por meio dele que o auditor informa, às pessoas a quem se dirige, o seguinte: - O trabalho que realizou. - O alcance abrangido pelo trabalho. - A forma como realizou. - Os fatos relevantes observados, que ele julga devam ser divulgados. - As conclusões a que chegou, as quais culminarão com sua opinião ou parecer, sobre as demonstrações contábeis, ou outras peças examinadas.
Ressalta-se a relevância do relatório, pois descreve passo a passo o trabalho
feito pelo auditor, mas o desfecho final é dado pelo parecer que evidencia sua
opinião, utilizando as informações contidas no relatório.
27
Em se tratando do meio através do qual ele se comunica com seu cliente, ou com demais usuários das demonstrações contábeis auditadas (administradores, acionistas, banqueiros, poderes públicos ou outros interessados na empresa auditada e em seus resultados), o auditor deve esmerar-se na elaboração do relatório, não somente por razões de prestígio ou conceito profissional, mas para, também, atingir a finalidade informativa de seu trabalho e atender às normas de auditoria relativas ao parecer do Auditor. (Franco ; Marra, 2009, p. 527)
Portanto o relatório além de coroar o trabalho do auditor serve de ferramenta
de comunicação entre auditor e os interessados no seu trabalho.
28
6. ESTUDO DE CASO
Nesse momento inicia-se o desenvolvimento do estudo de caso, abordando o
detalhamento do objeto estudado para atingir o objetivo do trabalho. “Seu objeto
pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de organizações,
ou até mesmo uma situação”. (DENCKER, 2000, P. 127). Portanto o objeto de
estudo é um grupo de produtos dentro de uma organização.
6.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
O estudo de caso foi desenvolvido em uma empresa do ramo de materiais de
construção, constituída no município de São José a mais de 30 anos, a empresa
possui em seu quadro de funcionários mais de 100 colaboradores, distribuídos em
três lojas, sendo a matriz com 80% e duas filiais com 10% cada.
A empresa estudada atua no varejo de materiais de construção da grande
Florianópolis, com grande participação nesse mercado e colabora para o
desenvolvimento da região, gerando emprego e renda.
Por se tratar de uma empresa de grande porte com número elevado de
materiais em seus estoques, optou-se por fazer a contagem física em uma das filiais,
que tem o estoque mais homogêneo e menor quantidade de produtos.
No estoque da filial foi extraída uma amostra intencional, que se relaciona
com o volume de vendas do estabelecimento, e com o fluxo de saída dos produtos
de seu estoque.
6.2 DESCRIÇÃO DA AMOSTRA
Devido à quantidade de itens no grupo do estoque auditado, foi utilizado o
procedimento de amostragem intencional.
As informações decorrentes desse procedimento serão suficientes para
determinar o resultado da auditoria, pois o resultado da análise de uma amostra
pode demonstrar o estado que se encontra toda a população, masque forneça
evidência suficiente para determinar o resultado.
29
Os produtos selecionados fazem parte do estoque da filial que será auditada,
e que estão à disposição dos clientes em exposição no salão da loja.
O tamanho da amostra selecionada evidencia o estoque que será auditado, e
foi separada uma amostra na quantidade 89 itens no valor de R$ 16.322,15que
representam seus grupos de influência dentro do estoque.
6.3 PAPEL DE TRABALHO DA AUDITORIA
O papel de trabalho evidência o trabalho de auditoria realizado com aplicação
das técnicas e procedimentos de auditoria e também a conclusão sobre a análise do
teste realizado.
Optou-se em elaborar um único papel de trabalho que evidenciasse todas as
informações, cálculos e valores auditados.
A seguir é apresentado o papel de trabalho realizado na auditoria do estoque.
30
PAPEL DE TRABALHO DE AUDITORIA DE ESTOQUE
Empresa: Estudo de Caso.
Tabela 1: Papel de trabalho – Estoque. √ √ ¥ ǂ
GRUPO DE MATERIAIS Quantidade em Estoque
Preço Unitário
Valor Total Quantidade
Auditada Diferença Verificada
Valor Total Diferença
Valor do custo atual
unitário
Valor Original dos
Produtos
ENSACADOS a b c = a x b d e = a - d f = e x b g h = d x g
CIMENTO VOTORAN CP-IV (SC 50 KG) 22 17,91 394,02 22 - - 18,50 407,00
AREIA MEDIA GROSSA SACO 20KG 25 1,90 47,50 23 (2) (3,80) 2,12 48,76
BRITA 3/4 SACO 20KG 21 4,20 88,20 21 - - 4,75 99,75
ARGAMASSA P/REBOCO MEDIA/F SACO 20KG 13 2,82 36,66 14 1 2,82 3,11 43,54
ARGAMASSA AC-I 20KG (INT.) CERAMFIX 8 3,21 25,68 8 - - 3,51 28,08
ARGAMASSA AC-II 20KG (EXT.) CERAMFIX 17 4,90 83,30 16 (1) (4,90) 5,45 87,20
ARGAMASSA AC-III 20KG VOTORAN 9 17,67 159,03 9 - - 18,49 166,41
ARGAMASSA MULTIPLO USO 20KG VOTORAN 13 5,69 73,97 18 5 28,45 7,99 143,82
ACESSÓRIOS
ASSENTO ALMOF.SABAT.BRANCO-NV-89 ASTRA 4 50,46 201,84 2 (2) (100,92) 65,12 130,24
ASSENTO SOFT ASTRA BRANCO -TPJ BR1 0 9,58 - 3 3 28,74 12,53 37,59
KIT MILANO 7 PCS CROMADO ACRILICO RF 0 26,34 - 2 2 52,68 32,35 64,70
CAIXA DESCARGA BRANCA C17/S*BR1 ASTRA 0 12,37 - 1 1 12,37 13,22 13,22
CONXÕES
ADAPTADOR C/FLANGE 50mm TIGRE 12 11,05 132,60 12 - - 12,75 153,00
JOELHO SOLD. AZUL 25mm X 1/2 90o TIGRE 70 2,32 162,40 65 (5) (11,60) 3,79 246,35
TE REDUCAO 50X25mm 30 3,47 104,10 25 (5) (17,35) 4,87 121,75
CAP ESGOTO 150mm BR/KRONA 4 13,37 53,48 6 2 26,74 15,46 92,76
JOELHO ESGOTO 100mm 90 GRAUS TIGRE 34 3,25 110,50 12 (22) (71,50) 4,63 55,56
JUNCAO ESGOTO SIMPLES 100X100mm KRONA 3 5,41 16,23 5 2 10,82 6,87 34,35
TE ESGOTO 150 X 150mm TUBOZAN 5 21,24 106,20 3 (2) (42,48) 24,36 73,08
Continua.
31
Continuação.
GRUPO DE MATERIAIS Quantidade em Estoque
Preço Unitário
Valor Total Quantidade
Auditada Diferença Verificada
Valor Total Diferença
Valor do custo atual
unitário
Valor Original dos
Produtos
CAIXAS SIFONADAS
CAIXA DE GORDURA TIGRE PVC DN100 1 12,70 112,70 1 - - 34,26 134,26
CAIXA SIF.BRANCA 150X150X50mm TIGRE 12 12,88 154,56 12 - - 13,79 165,48
CAIXA PLUVIAL C/GRELHA 20X20 FIBERBLU 2 42,97 85,94 0 (2) (85,94) 47,82 -
CAIXA PLUVIAL SIFON.C/TAMPA 20X20 FIBERBLU 2 42,97 85,94 0 (2) (85,94) 55,63 -
AGUA PLUVIAL
BOCAL AQUAPLUV BEIRAL TIGRE 1 13,75 13,75 0 (1) (13,75) 15,78 -
CALHA AQUAPLUV BEIRAL TIGRE 6 31,42 188,52 4 (2) (62,84) 36,45 145,80
ESQUADRO EXTERNO AQUAPLUV BEIRAL TIGRE 6 11,13 66,78 6 - - 13,49 80,94
CONDUTOR AQUAPLUV BEIRAL TIGRE 8 24,32 194,56 8 - - 27,76 222,08
AGUA QUENTE
JOELHO TRANSICAO AQUATERM 22MMX3/4" TIGRE 10 5,02 50,20 6 (4) (20,08) 5,72 34,32
TE MISTURADOR TRANS.AQUATERM
22MMX3/4"TIGRE 2 10,65 21,30 2 - - 11,79 23,58
TUBO PVC AQUATERM 22MM 3METROS TIGRE 15 18,27 274,05 14 (1) (18,27) 19,67 275,38
REGISTRO PVC
REGISTRO ESFERA BORBOLETA 3/4 TIGRE 3 6,47 19,41 8 5 32,35 7,13 57,04
REGISTRO ESFERA VS 25mm VIQUA 29 2,72 78,88 33 4 10,88 2,97 98,01
(3553) REPARO REGISTRO MARRON 25MM LEKAT 1 8,84 8,84 1 - - 9,97 9,97
TUBOS
TUBO PVC ESGOTO 100MM TIGRE 43 5,55 238,65 49 6 33,30 6,12 299,88
TUBO PVC SOLDAVEL 25MM TIGRE 60 1,55 93,00 63 3 4,65 1,69 106,47
TUBO PVC SOLDAVEL 50MM TIGRE 4 5,30 21,20 4 - - 5,97 23,88
Continua.
32
Continuação.
GRUPO DE MATERIAIS Quantidade em Estoque
Preço Unitário
Valor Total Quantidade
Auditada Diferença Verificada
Valor Total Diferença
Valor do custo atual
unitário
Valor Original dos
Produtos
BASCULANTE
BASC.ALUM. 60X40 B2-604 ALUMASA 2 31,26 62,52 2 - - 34,86 69,72
BASC.ALUM. 1.20X1.00 B10-1210 ALUMASA 1 163,65 163,65 1 - - 181,23 181,23
BASC.FERRO 0.60X0.60 MGM 2 35,64 71,28 2 - - 39,47 78,94
BASC.FERRO 1.00X1.20 MGM 2 72,84 145,68 2 - - 81,37 162,74
FECHADURAS E CADEADOS
CADEADO PAPAIZ 40MM 5 11,44 57,20 5 - - 12,56 62,80
FECHADURA ALIANCA INOX 2600/40 EXT. 7 18,06 126,42 7 - - 19,45 136,15
FECHADURA STAM ESCOVADA 804/11 (G)EXT. 2 25,62 51,24 2 - - 28,32 56,64
KIT DE SEGURANCA 5560A 61Z6 ALIANCA 3 141,17 423,51 3 - - 156,83 470,49
KIT DE SEGURANCA 4140-Z-6 BL ALIANCA 2 96,95 193,90 2 - - 103,74 207,48
ESCADAS
ESCADA METALICA 5 DEGRAUS MAESTRO 1 55,88 55,88 1 - - 61,37 61,37
ESCADA ALUMINIO 5 DEGRAUS ALUMASA 4 158,00 632,00 4 - - 174,48 697,92
ESCADA MADEIRA 15/30 DEGRAUS 1 69,99 69,99 1 - - 75,97 75,97
FERRAMENTAS
ALICATE UNIVERSAL 8" PP FAMASTIL 5 14,74 73,70 5 - - 16,23 81,15
ALICATE UNIVER. 8" PROFISSIONAL IRWIN 5 20,24 101,20 4 (1) (20,24) 22,31 89,24
PRUMO METALITE 700GR.FAMASTIL 158 N.4 1 21,07 21,07 1 - - 23,56 23,56
NIVEL DE ALUMINIO 16" FAMASTIL 5 17,70 88,50 4 (1) (17,70) 19,47 77,88
MARRETA C/CABO 1,5KG FAMASTIL 8 24,34 194,72 8 - - 26,82 214,56
TRENA FITA METAL 5 MTS FAMASTIL 9 9,42 84,78 8 (1) (9,42) 12,47 99,76
MARTELO PROF.POLIDO 27MM FAMASTIL 9 16,73 150,57 9 - - 17,96 161,64
SERROTE PROF.DENTE TEMP.JACK 22"IRWIN 1 59,68 59,68 1 - - 64,96 64,96
Continua.
33
Continuação.
GRUPO DE MATERIAIS Quantidade em Estoque
Preço Unitário
Valor Total Quantidade
Auditada Diferença Verificada
Valor Total Diferença
Valor do custo atual
unitário
Valor Original dos
Produtos
FIOS
FIO FLEXIVEL 1.5 MM AZUL CORFIO 249 0,39 97,11 251 2 0,78 0,46 115,46
FIO FLEXIVEL 10.0 MM AZUL CORFIO 120 4,23 507,60 99 (21) (88,83) 5,12 506,88
FIO FLEXIVEL 2.5 MM AZUL CORFIO 350 0,60 210,00 320 (30) (18,00) 0,72 230,40
FIO FLEXIVEL 4.0 MM AZUL CORFIO 265 0,99 262,35 250 (15) (14,85) 1,37 342,50
FIO FLEXIVEL 6.0 MM AZUL CORFIO 210 1,46 306,60 195 (15) (21,90) 1,85 360,75
IMPERMEABILIZANTES
HYDRONORTH INCOLOR 1LT 3 13,57 40,71 2 (1) (13,57) 14,99 29,98
ISOL 2 PRETO 3.6LTS OTTO BAUMGART 2 21,78 43,56 2 - - 23,97 47,94
MAXPREN LAJE 18 KGS MAXTON 1 111,07 111,07 1 - - 123,79 123,79
ALVENARIT 3.6KG OTTO BAUMGART 3 22,53 67,59 3 - - 25,88 77,64
LOUÇA
BACIO C/CX.ACOP.ARIES BRANCO ETERNIT 2 150,52 301,04 2 - - 168,75 337,50
BACIO CONV.DIAMANTINA BRANCO ICASA 1 75,60 75,60 1 - - 84,93 84,93
BACIO C/CX.ACOP.SABARA BRANCO ICASA 1 169,18 169,18 1 - - 186,99 186,99
BACIO CONV.SABATINI BRANCO ICASA 2 107,16 214,32 3 1 107,16 119,74 359,22
CHUVEIRO
CHUVEIRO MEGA BANHO PRES.7500W CORONA 1 173,49 173,49 1 - - 187,45 187,45
CHUVEIRO MAXI DUCHA LORENZETTI 5500 4 25,95 103,80 4 - - 29,73 118,92
CHUVEIRO THERMOSYSTEM ND 7700W BRANCO 3 64,83 194,49 3 - - 75,82 227,46
CHUVEIRO ELETR.ADVANCED 7500W LORENZETI 1 70,19 70,19 1 - - 79,12 79,12
Continua.
34
Continuação.
GRUPO DE MATERIAIS Quantidade em Estoque
Preço Unitário
Valor Total Quantidade
Auditada Diferença Verificada
Valor Total Diferença
Valor do custo atual
unitário
Valor Original dos
Produtos
TINTAS
SELADOR ACRIL. 18 LTS SUVINIL 3 64,90 194,70 3 - - 71,93 215,79
SELADOR ACRILICO PIGM. 18LTS RESICOLOR 4 37,92 151,68 4 - - 43,98 175,92
TINTA ACR.FOSCO OURO BR 18 LTS RESICOLOR 3 132,90 398,70 3 - - 149,98 449,94
TINTA ACR.FOSCO PREM.BR.NEVE 18LTS SUVINIL 16 199,90 3.198,40 16 - - 227,76 3.644,16
TINTA ACR.FOSCO PREMIUM BR.18LTS RESIC. 12 124,00 1.488,00 12 - - 138,75 1.665,00
TORNEIRA
TORNEIRA ELETRICA BICA MOVEL 1994 FAME 1 74,45 74,45 1 - - 83,29 83,29
TORNEIRA ELETRICA BRA VERSATIL LORENZETTI 2 93,65 187,30 2 - - 105,94 211,88
TORNEIRA ELETRONICA BRANCA SINTEX 1 123,54 123,54 1 - - 139,85 139,85
TORNEIRA COZ.PAR.B.MOVEL 162 C50 KELLY 1 29,51 29,51 1 - - 34,56 34,56
TORNEIRA COZ.PAR.B.MOVEL 162 C-51 KELLY 5 26,93 134,65 5 - - 29,37 146,85
TORNEIRA COZ.PAR.B.MOVEL 2162 C43 KELLY 4 75,69 302,76 3 (1) (75,69) 84,95 254,85
PURIFICADOR COMP.C/TORNEIRA 1081 DURIN 2 30,70 61,40 1 (1) (30,70) 35,97 35,97
TORNEIRA LAVAT.MESA B.MOVEL ACB X 1195IX JAPI 0 56,54 - 1 1 56,54 63,88 63,88
TORNEIRA COZ.PAR.B.MOVEL 2162 C43 KELLY 4 75,69 302,76 4 - - 86,75 347,00
TORNEIRA COZ.PAR.B.MOVEL TRIO DOCOL 4 67,18 268,72 3 (1) (67,18) 74,95 224,85
TORNEIRA LAVAT.B.ALTA TRIO DOCOL 2 62,70 125,40 2 - - 69,97 139,94
T O T A L . . . . . . . . . . 16.322,15 (509,17) 18.049,11
Fonte: Elaborada pelo autor. ɫ 1.726,96
Data do corte do inventário: 31/05/2013. ʞ 408,28 ɸ
Amostra não probabilística. ʈ (917,45) Continua.
35
Continuação.
Trabalho de auditoria do estoque realizado em 05/06/2013. Levantamento elaborado por: Vilson Marciano
Legenda dos Tikes: √ Valor conforme relação de inventário obtida no dia do corte para conferência.
¥ Quantidade constatada no dia da conferência dos materiais em estoque.
ǂ Valor do custo da última compra constante das Notas Fiscais de compra.
ɫ Diferença constatada considerando o valor líquido entre o que faltou e o que estava sem registro.
ʞ Valor dos produtos que foram encontrados sem registro no estoque.
ʈ Valor dos produtos que não foram localizados no dia do levantamento e conferência do estoque.
ɸ Diferença entre o valor histórico e o valor original do custo dos produtos em estoque.
Conclusão: a) Falta de controle do estoque;
b) Produtos que constam na relação do inventário do estoque, mas não estão na empresa;
c) Produtos que estão no estoque da empresa,mas não constam no controle de estoque;
d) Sugerir aperfeiçoar o controle de estoque e realizar inventários físicos periodicamente.
e) Considerar o valor da diferença levantada para verificar o impacto nas demonstrações contábeis e a necessidade de ressalva no parecer
.
36
6.4 ANÁLISE DOS DADOS
Através da utilização das ferramentas de auditoria, procedimento contábil
para apuração e análise dos dados fornecidos, descreve-se a seguir o que foi
apurado durante os trabalhos na referida empresa.
6.4.1 Quantidade em estoque
Através da análise feita na demonstração contábil do estoque na empresa
auditada, verificou-se as quantidades que a empresa mantém nos registros, que é
em torno de 4.200 itens, quantidade que por sinal é adequada para uma filial que
têm um giro rápido das mercadorias e a facilidade de reposição pela matriz.
Verificou-se que a empresa mantém em seus registros o estoque valorizado
pela média ponderada, regime mais utilizado nas empresas comerciais devido a sua
facilidade de controle e sua aceitação pelos órgãos competentes.
6.4.2 Preço unitário
Nessa coluna estão relacionados os preços dos produtos da amostra que
representa o estoque da empresa auditada, preços extraídos da conta estoque em
31/05/2013, que compõe as demonstrações contábeis da empresa.
Os preços estão demonstrados conforme informado na demonstração pela
empresa, sendo que não tivemos acesso as notas fiscais das compras anteriores
para confirmar a exatidão da informação.
6.4.3 Valor total
Coluna que representa a soma dos valores dos produtos na amostra, valores
que serão comparados com o custo atual para verificar a diferença entre registro e o
valor presente das mercadorias, para verificar se a empresa não está com valor
defasado de seu estoque, registrado com valor antigo de produtos que têm
permanência duradoura no estoque, o valor total da amostra importou em
R$16.322,15.
37
6.4.4 Quantidade auditada
Nesta coluna demonstra-se as quantidades dos produtos que foram
levantados, a partir dessa coluna começa-se a fazer comparação dos valores
apurados com os valores que a empresa forneceu através das demonstrações
contábeis. A partir desse resultado começa-se a preparar as informações que serão
demonstradas na conclusão do trabalho.
6.4.5 Diferença verificada
Na comparação entre as quantidades dos produtos registrados no estoque da
empresa que foi levantado, pode-se verificar que ouve diferença de quantidades
para mais e para menos em alguns produtos, diferenças que para uma análise
financeira tem grande influência, pois no valor final as diferenças oferecem
preocupação, se considerar toda a população. Para o controle de estoque poderia
se dizer que são diferenças significantes, devido a quantidade dos produtos no
estoque.
As mercadorias têm características diferentes umas das outras, e não
poderiam ser compensado a falta pelo que sobrou. Diante dessa análise constatou-
se a falta de controle interno do estoque das mercadorias.
O que sobra no controle poderia ser desviado sem que dessem falta.
O que faltou precisa ser verificado com mais detalhes para levantar os
motivos reais dessa constatação.
6.4.6 Valor total da diferença
Nessa coluna estão relacionados os valores das diferenças entre as
quantidades registradas no estoque e as quantidades levantadas, assim pode-se
avaliar que em valores as diferenças não são tão significativas, se considerar que o
valor dos produtos que sobra quase cobre os produtos que faltam, mas nem sempre
pode se esperar esse resultado, podendo ter o resultado negativo daí gerando
prejuízo para a empresa, que foi o caso.
Verificou-se que a diferença que faltou foi de R$ 917,45
Verificou-se que a diferença que sobrou foi de R$ 408,28
Importando numa diferença líquida negativa de R$ 509,17
38
Nesse caso aconselha-se a implantação de um controle interno mais rigoroso
para evitar que a empresa venha a perder o controle do estoque, que pode facilitar o
surgimento de novas diferenças e desvio de produtos, se não constarem no controle
de estoque, como foi constatado em alguns casos.
6.4.7 Valor do custo atual unitário
Esses valores foram fornecidos pelo departamento de compras da empresa
auditada, não se teve acesso às notas fiscais para certificar a exatidão das
informações, porém diante da informação pode-se verificar que há diferença entre os
valores analisados, diferença esta que pode influenciar no resultado do exercício e
alterar o valor do patrimônio líquido.
Nesse caso é aconselhável que se faça uma análise em todos os produtos e
trazer a valor presente, e assim pode-se ter o valor do patrimônio atualizado para
gestão de analise nas tomadas de decisão e mensurar o real valor do estoque em
determinada data.
6.4.8 Valor original dos produtos
Estão relacionados os valores dos produtos atualizados multiplicados pela
quantidade do inventário levantado. Pode ser verificado através desse resultado a
diferença entre o valor do estoque registrado e do estoque atualizado, por meio
dessa informação pode-se dizer que o estoque dessa empresa está defasado com
relação ao valor presente do custo dos produtos, no valor de R$ 1.726,96
representando 10,58 % do valor da amostra do estoque atual de R$ 16.322,15,
nesse caso desvalorizando o patrimônio da empresa em 8,98% 22.450,00 se
comparado ao estoque total que é em torno de R$ 250.000,00.
39
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A auditoria, ferramenta da contabilidade utilizada atualmente pela maioria das
grandes empresas, por meio de levantamentos e análises visa apurar
irregularidades na empresa auditada e confirmar a veracidade dos registros nas
suas demonstrações, devido ao fato de se ter várias pessoas trabalhando em
diferentes setores, controlando e fornecendo informações para o departamento
contábil fazer os devidos registros, podendo haver informações distorcidas e falha
nos controles.
Contudo pode-se perceber que a empresa auditada demonstra que há falhas
em seu sistema de controle interno, através do levantamento físico verificou-se que
o estoque tem variações nas quantidades para mais e para menos, situação que
deixa seu estoque fragilizado, pois pessoas mal intencionadas podem se aproveitar
da situação e fraudar a empresa.
Foi constatado que o estoque registrado nas demonstrações contábeis está
3,12% maior que o demonstrado no papel de trabalho da auditoria, portanto seu
valor não está representado adequadamente nas demonstrações, já com relação ao
valor presente, está defasado 8,98%, levando a empresa a ter seu patrimônio de
estoque registrado com valor inferior.
Verificou-se através do resultado apurado no papel de trabalho que em uma
amostra com 89 itens e valor de R$ 16.322,15 a empresa teve um prejuízo de 3,12%
R$ 509,17. Se considerarmos o estoque total que é em torno de 4.200 itens com
valor aproximado de R$ 250.000,00, e um percentual de 3,12%, seria apurado um
prejuízo de R$ 7.800,00.
Assim responde-se a questão de pesquisa, pois fica evidenciado que o valor
das mercadorias em estoque não representam efetivamente o valor e a existência
física do que consta de mercadorias em estoque segundo as demonstrações
contábeis.
Pode ser percebido, portanto que os objetivos principais dessa pesquisa
foram alcançados, com a demonstração dos números nos papéis de trabalho pode-
se verificar a situação do estoque da empresa auditada em um determinado
momento, com seus respectivos saldos do estoque, objeto do estudo de caso,
facilitando para os administradores analisar e tomar as decisões cabíveis.
40
Chegou-se a esses resultados por meio da utilização das normas e
procedimentos de auditoria aplicada no estoque da empresa auditada, que
nortearam desenvolvimento e conclusão dessa monografia.
Diante do que foi apurado pode-se concluir que a empresa tem condições de
reverter à situação, mantendo seus registros atualizados e um controle de estoque
mais eficiente.
Como sugestão para futuras pesquisas cita-se:
• Realizar a pesquisa, incluindo outras áreas da empresa;
• Fazer a pesquisa em duas empresas, para comparar os resultados;
• Aplicar outros procedimentos de auditoria na empresa auditada.
41
REFERÊNCIAS
AGN CONTABILIDADE Disponível em:
http ://www.agncontabilidade .com.br. Acesso em 08/05/2013
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti, Auditoria: Um Curso Moderno e Completo . 6. ed.
São Paulo. Atlas, 2009.
ATTIE, William, Auditoria: Conceitos e Aplicações . São Paulo. Atlas, 1998.
BOYNTON, William C; JOHNSON, Raymond N; KELL, Walter G, Auditoria . São
Paulo. Atlas, 2002.
BRASIL. NPC 2. Pronunciamento instituto dos auditores independentes, IBRACON,
de 30/04/1999
CONTABILIDADE: NOVAS PRÁTICA-LEIS Disponível em:
http://crc-go.jusbrasil.com.br/noticias. acesso em 31/05/2013
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, Princípios Fundamentais e Normas
Brasileiras de Contabilidade; Auditoria e Pericia . Brasília. 2008.
DENCKER, Ada de Freitas M. Métodos e técnicas de pesquisa em turismo . 4. Ed.
São Paulo. Futura, 2000.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto, Auditoria Contábil: Normas de Auditoria,
Procedimentos e Papéis de Trabalho, Programas de Au ditoria, Relatórios de
Auditoria . São Paulo. Atlas, 2009.
HERNANDEZ, José Perez Junior. Auditoria de demonstrações contábeis;
normas e procedimentos. 3. Ed. São Paulo. Atlas, 2006.
MARION, José Carlos, Contabilidade Empresarial . 13.ed São Paulo. Atlas, 2008.
42
SILVA, Renata; KARKOTLI, Gilson, Manual De Metodologia Científica do USJ .
São José, 2011-1.
SALOMON, Délcio Vieira, Como Fazer Uma Monografia . São Paulo. Martins
Fontes, 2004.
SOUZA, Antônio Carlos de, FIALHO, Francisco Antônio Pereira, OTANI, Nilo. TCC
Métodos e Técnicas . Florianópolis. Visual Books, 2007.
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