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Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina e Bispo Referencial da Pastoral Familiar do Regional Sul 2/
CNBB
Nesta Edição
01 – “As seis funções da Família”
02 – Catequese do Papa: a Igreja
07 – Calendário 2015 revisado
08 – O que é uma Associação de Família?
10 – Sínodo sobre a Família 1ª Parte
15 – Os Papas e a Família Alguns destaques
18 – Convite para publicação de encontros, reuniões, assembleias, congressos etc
19– Novos Direitos Humanos
BOLETIM ON LINE
Novembro de 2014
Ano VII
CNBB – REGIONAL SUL 2
“As seis funções da Família” Função procriativa. O ca-
sal se torna família com o
nascimento dos filhos. A
preservação da espécie, a
geração de filhos, é algo
inscrito na biologia huma-
na. Os pais se eternizam e
se completam nos filhos.
São colaboradores do
Criador. A esterilidade é
vivida como um sofrimen-
to, uma falha da natureza.
Também o aborto é um ato
contra a vida humana. O
exercício da paternidade
depende da consciência
bem formada.
Função econômica. Pro-
vem da necessidade de
criar os filhos e sustentar a
família. Daí o direito ao sa-
lário justo para a satisfa-
ção das necessidades bási-
cas. O trabalho e a colabo-
ração de todos para o bem
da família, é um dever de
pais e filhos. A desarmonia
no campo econômico leva
ao fracasso familiar. A
conquista do pão de cada
dia é oca-sião de santifi-
cação da família. Quem
casa quer casa.
Função educativa. O útero
é a primeira escola, os pais
são os primeiros mestres. A
família é uma escola de
amor, de valores, de justi-
ça. Disciplina e liberdade
com responsabilidade,
educação religiosa, ética e
social são valores que cabe
à família transmitir. Quem
ama educa, portanto a edu-
cação não é papel só da
mãe, mas do casal. Ser
pai não é ser apenas re-
produtor. Pela educação
os filhos se tornam inde-
pendentes e cidadãos do
mundo.
Função afetiva. O afeto é
tão necessário quanto o
alimento. O colo, o beijo,
o abraço são manifesta-
ções de carinho. Sem
afeto, a pessoa humana
adoece, se desequilibra,
sofre e faz sofrer. O gran-
de presente para os filhos
é o amor dos pais. Isso
lhes confere segurança. O
afeto abre as portas da in-
teligência, enche a mente
de motivação, pois o co-
ração tem razões que a
mente desconhece. Ve-
mos mais com o coração
que com os olhos. Pais
amigos, não significa pais
permissivos, mas sim par-
ticipativos. Gestos de afe-
to marcam mais que pala-
vras e doutrinas.
Função religiosa. A pes-
soa humana nasce com
abertura para a transcen-
dência, isto é, para o ou-
tro e para Deus. Frustrar a
dimensão religiosa de
uma criança é uma injus-
tiça contra a natureza hu-
mana que é espiritual. A
fundamentação dos valo-
res, do sentido da vida,
das respostas aos questio-
namentos sobre a morte,
o sofrimento, etc, encon-
tramos na fé e na religião.
A fé abre horizontes no-
vos. A família é um san-
tuário, uma Igreja
doméstica.
Função social. É a edu-
cação para a justiça. Na
família aprendemos o
alfabeto da convivência
social. Por isso mesmo a
família é célula da socie-
dade, é esperança e futuro
do mundo. Quando a fa-
mília é desagregada a so-
ciedade é prejudicada.
Personalidades sadias são
forjadas na escola do
amor que é a família. Ali
crescemos como pessoas,
filhos, irmãos, amigos.
Por outro lado, cabe ao
Estado promover políticas
familiares que possibili-
tem à família cumprir
suas funções. A missão
da família é ser santuário
da vida, laboratório do
amor, escola de valores,
comunidade de aliança de
pessoas. O mundo é cha-
mado a ser uma grande
família, como dizemos, a
"família humana", ou se-
ja, um mundo com espíri-
to fraterno e solidário,
onde o outro é nosso
irmão.
Dom Orlando Brandes Arcebispo de Londrina
Colaboração da Pastoral Familiar da Paróquia
Imaculada Conceição
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Ouvimos no Livro do Gênesis: Deus escolheu
Abraão, nosso pai na fé,
e pediu-lhe que partisse,
que deixasse a sua pá-tria terrena e fosse para
uma outra terra, que Ele
lhe teria indicado (cf. Gn 12, 1-9). E nesta
vocação Deus não cha-
ma Abraão sozinho,
como indivíduo, mas inclui desde o início a
sua família, a sua pa-
rentela e todos os que estão ao serviço da sua
casa. Uma vez a cami-
nho — sim, assim a Igreja começa a cami-
nhar — Deus ampliará
ainda mais o horizonte
e cumulará Abraão de bênçãos, prometendo-
lhe uma descendência
tão numerosa como as estrelas do céu e a areia
à beira-mar. O primeiro
dado importante é este: começando por Abraão,
Deus forma um povo
para que leve a sua
bênção a todas as famí-lias da terra. E deste
povo nasce Jesus. É
Deus que faz este povo, esta história, a Igreja a
caminho, e neste povo
nasce Jesus.
Um segundo elemento:
não é Abraão que cons-titui um povo ao seu
redor, mas é Deus que dá vida a este povo.
Em geral era o homem
que se dirigia à divin-
dade, procurando anu-lar a distância e invo-
cando apoio e tutela.
As pessoas rezavam aos deuses, às divinda-
des. Mas neste caso
assiste-se a algo inau-
dito: é o próprio Deus que toma a iniciativa.
Ouçamos isto: é o pró-
prio Deus que bate à porta de Abraão, di-
zendo-lhe: vai em fren-
te, deixa a tua terra, começa a caminhar e
de ti farei um grande
povo. Este é o início da
Igreja e neste povo nasce Jesus. Deus toma
a iniciativa e dirige a
sua palavra ao homem, criando um vínculo e
uma relação nova com
ele. «Mas padre, como é possível? Deus fala-
nos?». «Sim». «E nós
podemos falar com
Deus?». «Sim». «Po-demos manter um diá-
logo com Deus?».
«Sim!». Isto chama-se oração, mas foi Deus
que começou. Assim
Deus forma um povo
com todos os que ou-vem a sua Palavra
pondo-se a caminho,
confiando nele. Esta é a única condição: con-
fiar em Deus. Se confi-
ares em Deus, se O ouvires e te puseres a
caminho, isto quer
A IGREJA
Uma vez a caminho — sim, assim a Igreja
começa a caminhar — Deus
ampliará ainda mais o horizonte e cumulará Abraão
de bênçãos, prometendo-lhe
uma descendência tão numerosa
como as estrelas do céu e a areia à
beira-mar
Hoje começo um ciclo de catequeses sobre a
Igreja. É um pouco
como um filho que fala da sua mãe, da própria
família. Falar da Igreja
significa falar da nossa
mãe, da nossa família. Com efeito, a Igreja não
é uma instituição desti-
nada a si mesma, nem uma associação particu-
lar, uma ONG, e tam-
bém não deve limitar o
seu olhar ao clero ou ao Vaticano... «A Igreja
pensa...». A Igreja so-
mos todos nós! «De quem falas?». «Não dos
sacerdotes...». Ah, os
sacerdotes fazem parte da Igreja, mas a Igreja
somos todos nós! Não a
limitemos aos presbíte-
ros e bispos, ao Vatica-no... Eles fazem parte
da Igreja, mas a Igreja
somos todos nós, todos família, todos da mãe.
E a Igreja é uma reali-
dade muito mais vasta, que se abre a toda a
humanidade e não nas-
ce num laboratório; a
Igreja não nasceu no laboratório, não nasceu
repentinamente. É fun-
dada por Jesus, mas constitui um povo com
uma longa história atrás
de si e uma preparação
que começa muito antes do próprio Cristo.
Esta história, ou «pré-
história» da Igreja já se encontra nas páginas do
Antigo Testamento.
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dizer fazer Igreja. O
amor de Deus precede
tudo. Deus é sempre o primeiro, chega antes
de nós, precede-nos. O
profetas Isaías, ou Je-remias, não me recordo
bem, dizia que Deus é
como a flor da amendo-
eira, porque é a primei-ra árvore que floresce
na primavera. Para di-
zer que Deus floresce sempre antes de nós.
Quando chegamos Ele
espera por nós, chama-
nos, faz-nos caminhar. Sempre nos antecipa. E
isto chama-se amor,
porque Deus nos espera sempre. «Mas padre,
não acredito nisto, pois
se o senhor soubesse, padre, a minha vida não
foi muito boa, como
posso pensar que Deus
espera por mim?». «Deus espera-te. E se
foste um grande peca-
dor, espera-te ainda mais e espera-te com
muito amor, porque Ele
é o primeiro. Esta é a beleza da Igreja, que
nos leva a este Deus
que nos espera! Precede
Abraão e precede até Adão.
Abraão e os seus ou-
vem o apelo de Deus e põem-se a caminho,
embora não saibam
bem quem é este Deus e
para onde os quer con-duzir. É verdade, por-
que Abraão se põe a
caminho, confiando neste Deus que lhe fa-
lou, mas não dispunha
de um livro de teologia para estudar quem era
aquele Deus. Confia,
fia-se do amor. Deus
faz-lhe sentir o amor e ele fia-se. Mas isto não
significa que aquele
povo seja sempre con-
victo e fiel. Desde o
início existem resistên-cias, o fechamento em
si mesmos, nos próprios
interesses, e a tentação de negociar com Deus e
resolver tudo à própria
maneira. E estas são as
traições e os pecados que marcam o caminho
do povo ao longo de
toda a história da salva-ção, que é a história da
fidelidade de Deus e da
infidelidade do povo.
Mas Deus não se cansa, Deus tem paciência,
muita paciência, e no
tempo continua a edu-car e a formar o seu
povo como um pai com
o seu filho. Diz o profe-ta Oseias: «Caminhei
contigo e ensinei-te a
caminhar, como um pai
ensina o seu filho». Como é bonita esta
imagem de Deus! Tam-
bém conosco é assim: Ele ensina-nos a cami-
nhar. É a mesma atitude
que Ele mantém em relação à Igreja. Assim
também nós, apesar do
nosso propósito de se-
guir o Senhor Jesus, vivemos cada dia a
experiência do egoísmo
e da dureza do nosso coração. Mas quando
nos reconhecemos pe-
cadores, Deus enche-
nos de misericórdia e amor. E perdoa-nos
sempre. É precisamente
isto que nos faz crescer como povo de Deus,
como Igreja: não é a
nossa bondade, não são os nossos méritos —
somos pequeninos, não
é isto — mas é a expe-
riência diária de que o Senhor nos ama e cuida
de nós. É isto que nos
faz sentir verdadeira-
mente seus, nas suas
mãos, levando-nos a crescer na comunhão
com Ele e entre nós.
Ser Igreja é sentir-se nas mãos de Deus, que
é Pai e nos ama, acari-
cia, espera e faz sentir
a sua ternura. E isto é muito bonito!
Caros amigos, eis o
desígnio de Deus; quando chamou Abra-
ão, pensava nisto: for-
mar um povo abençoa-do pelo seu amor, para
levar a sua bênção a
todos os povos da ter-
ra. Este plano não mu-da, está sempre em
ação. Em Cristo teve o
seu cumprimento e ainda hoje Deus conti-
nua a realizá-lo na
Igreja. Então peçamos a graça de permanecer
fiéis ao seguimento do
Senhor Jesus e à escuta
da sua Palavra, cada dia prontos para partir,
como Abraão, rumo à
terra de Deus e do homem, a nossa verda-
deira pátria, tornando-
nos assim bênção, sinal
do amor de Deus por todos os seus filhos.
Gosto de pensar que
um sinônimo, outro nome que nós cristãos
podemos ter, seria:
somos homens e mu-lheres, pessoas que
bendizem. Com a sua
vida, o cristão deve
bendizer sempre, ben-dizer Deus e todos.
Nós cristãos somos
pessoas que bendizem, que sabem bendizer.
Trata-se de uma bonita
vocação! (18/ jun.2014)
Na primeira catequese
sobre a Igreja, na quar-
ta-feira passada, come-
çamos a partir da inici-
A IGREJA
Caros amigos, eis
o desígnio de
Deus; quando
chamou Abraão,
pensava nisto:
formar um povo
abençoado pelo
seu amor, para
levar a sua bênção
a todos os povos
da terra.
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do-nos a entrar nesta
relação que nos prece-de. Esta relação de
Deus com o seu povo
precede-nos a todos,
desde aquela época.
Em tal sentido o pen-
samento dirige-se, em
primeiro lugar, com gratidão àqueles que
nos precederam e que
nos acolheram na Igre-ja. Ninguém se torna
cristão por si só! É cla-
ro isto? Ninguém se
torna cristão por si só! Os cristãos não se fa-
zem no laboratório. O
cristão faz parte de um povo que vem de longe.
O cristão pertence a um
povo que se chama
Igreja, e é esta Igreja que o faz cristão, no dia
do Batismo e depois no
percurso da catequese, e assim por diante. Mas
ninguém se torna cris-
tão por si só! Se cre-mos, se sabemos rezar,
se conhecemos o Se-
nhor, se podemos ouvir
a sua Palavra, se O sentimos próximo de
nós e se O reconhece-
mos nos irmãos, é por-que outros, antes de
nós, viveram a fé e
porque depois no-la transmitiram. Nós rece-
bemos a fé dos nossos
pais, dos nossos ante-
passados; foram eles que no-la ensinaram. Se
pensarmos bem, quem
sabe quantos rostos de entes queridos passam
diante dos nossos olhos
neste momento! Pode
ser o rosto dos nossos pais que pediram o
Batismo para nós; o dos
nossos avós ou de al-gum familiar que nos
ensinou a fazer o sinal
da cruz e a recitar as primeiras orações. Re-
cordo-me sempre do
rosto da religiosa que me ensinou o catecis-
mo, vem sempre ao
meu pensamento —
indubitavelmente, ela está no Céu, porque é
uma mulher santa —
mas eu recordo-me sempre dela e dou gra-
ças a Deus por esta
religiosa. Ou então o rosto do pároco, de
outro sacerdote, ou de
uma religiosa, de um
catequista, que nos transmitiu o conteúdo
da fé e nos fez crescer
como cristãos... Eis, esta é a Igreja: uma
grande família na qual
somos acolhidos e
aprendemos a viver como crentes e discí-
pulos do Senhor Jesus.
Podemos percorrer este caminho não apenas
graças a outras pesso-
as, mas juntamente com outras pessoas. Na
Igreja não existe «per-
sonalizações», não
existem «jogadores livres». Quantas vezes
o Papa Bento descre-
veu a Igreja como um «nós» eclesial! Às
vezes ouvimos alguém
dizer: «Eu creio em Deus, creio em Jesus,
mas não me interesso
pela Igreja...». Quantas
vezes ouvimos isto? Assim não funciona.
Alguns pensam que
podem manter uma relação pessoal, direta,
imediata com Jesus
Cristo, fora da comu-
nhão e da mediação da Igreja. São tentações
perigosas e prejudici-
ais. Como dizia o grande Paulo VI, trata-
se de dicotomias ab-
surdas. É verdade que caminhar juntos é algo
A IGREJA
Não vivemos isolados e não
somos cristãos a título individual,
cada qual por sua própria conta, não, a nossa
identidade cristã é pertença! Somos cristãos porque pertencemos à
Igreja. É como um sobrenome: se o
nome é «sou cristão», o
sobrenome é «pertenço à
Igreja».
ativa de Deus, o qual
quer formar um povo que leve a sua Bênção a
todos os povos da terra.
Começa com Abraão e
depois, com muita pa-ciência — e Deus tem
muita paciência! —
prepara este povo na Antiga Aliança até o
constituir em Jesus
Cristo como sinal e instrumento da união
dos homens com Deus
e entre si (cf. Conc.
Ecum. Vat. II, Const. Lumen gentium, 1).
Hoje, desejamos medi-
tar sobre a importância, para o cristão de per-
tencer a este povo. Fa-
laremos sobre a perten-
ça à Igreja.
Não vivemos isolados e
não somos cristãos a
título individual, cada qual por sua própria
conta, não, a nossa
identidade cristã é per-tença! Somos cristãos
porque pertencemos à
Igreja. É como um so-
brenome: se o nome é «sou cristão», o sobre-
nome é «pertenço à
Igreja». É muito bom observar que esta per-
tença se exprime tam-
bém no nome que Deus atribui a Si mesmo.
Com efeito, responden-
do a Moisés, no maravi-
lhoso episódio da «sar-ça ardente» (cf. Êx 3,
15), Ele define-se a Si
mesmo como o Deus dos pais. Não diz: Eu
sou o Todo-Poderoso...,
não: Eu sou o Deus de
Abraão, o Deus de Isa-ac, o Deus de Jacob.
Deste modo, Ele mani-
festa-se como o Deus que fez uma aliança
com os nossos pais e
permanece sempre fiel ao seu pacto, chaman-
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exigente, e por vezes
pode ser cansativo: pode acontecer que
algum irmão ou irmã
nos cause problemas, ou provoque escânda-
los... Mas o Senhor
confiou a sua mensa-gem de salvação a pes-
soas humanas, a todos
nós, a testemunhas; e é
nos nossos irmãos e nas nossas irmãs, com os
seus dotes e os seus
limites, que vem ao nosso encontro e se
deixa reconhecer. É isto
que significa pertencer
à Igreja. Recordai-vos bem: ser cristão signifi-
ca pertença à Igreja. O
nome é «cristão» e o sobrenome, «pertença à
Igreja».
Caros amigos, peçamos ao Senhor, por interces-
são da Virgem Maria
Mãe da Igreja, a graça
de nunca cair na tenta-ção de pensar que po-
demos renunciar aos
outros, que podemos prescindir da Igreja,
que nos podemos salvar
sozinhos, que somos cristãos de laboratório.
Pelo contrário, não se
pode amar a Deus sem
amar os irmãos; não se pode amar a Deus fora
da Igreja; não se pode
viver em comunhão com Deus sem viver na
Igreja; não podemos ser
bons cristãos, a não ser
juntamente com todos aqueles que procuram
seguir o Senhor Jesus,
como um único povo, um único corpo; é nisto
que consiste a Igreja.
Obrigado! (25/ jun.2014)
Nas catequeses prece-
dentes vimos que a
Igreja constitui um
povo, um povo prepa-
rado com paciência e
amor por Deus e ao qual todos nós somos
chamados a pertencer.
Hoje, gostaria de pôr em evidência a novida-
de que caracteriza este
povo: trata-se verdadei-
ramente de um novo povo, que se fundamen-
ta na nova aliança, esti-
pulada pelo Senhor Jesus mediante o dom
da sua própria vida.
Esta novidade não nega o caminho precedente,
nem se lhe opõe mas,
ao contrário, leva-o em
frente, completa-o.
Existe uma figura muito significativa, que serve
de elo de união entre o
Antigo e o Novo Tes-tamento: a de João Bap-
tista. Para os Evange-
lhos sinópticos, ele é o «precursor», aquele que
prepara a vinda do Se-
nhor, predispondo o
povo para a conversão do coração e para o
acolhimento da conso-
lação de Deus, já pró-xima. Segundo o Evan-
gelho de João, é a «tes-
temunha», enquanto
nos faz reconhecer em Jesus Aquele que vem
do Alto, para perdoar os
nossos pecados e para fazer do seu povo a sua
esposa, primícias da
nova humanidade. Co-mo «precursor» e «tes-
temunha», João Baptis-
ta desempenha um pa-
pel central no contexto da Escritura inteira,
enquanto serve de ponte
entre a promessa do
Antigo Testamento e o
seu cumprimento, entre as profecias e a sua
realização em Jesus
Cristo. Com o seu tes-temunho, João indica-
nos Jesus, convida-nos
a segui-lo e diz-nos
sem meios-termos que isto exige humildade,
arrependimento e con-
versão: trata-se de um convite à humildade,
ao arrependimento e à
conversão.
Do mesmo modo como
Moisés tinha estipula-
do a aliança com Deus,
em virtude da lei rece-bida no Sinai, assim
Jesus, de uma colina à
margem do lago da Galileia, confia aos
seus discípulos e à
multidão um ensina-mento novo, que co-
meça com as Bem-
Aventuranças. Moisés
transmite a Lei no Si-nai e Jesus, o novo
Moisés, comunica a
Lei naquele monte, à margem do lago da
Galileia. As Bem-
Aventuranças são o
caminho que Deus indica como resposta
ao desejo de felicidade,
ínsito no homem, e aperfeiçoam os man-
damentos da Antiga
Aliança. Nós estamos habituados a aprender
os dez mandamentos
— sem dúvida, todos
vós os sabeis, já os aprendestes na cate-
quese — mas não es-
tamos acostumados a repetir as Bem-
Aventuranças. Então,
procuremos recordá-las e gravá-las no nosso
coração. Façamos algo:
eu vou dizê-las uma
após a outra, e vós
A IGREJA
Caros amigos, peçamos ao Senhor, por
intercessão da Virgem Maria Mãe da Igreja, a graça de nunca cair na
tentação de pensar que podemos
renunciar aos outros, que podemos
prescindir da Igreja, que nos podemos salvar sozinhos, que
somos cristãos de laboratório.
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céus».
Muito bem! Mas faça-mos algo mais: dou-vos
um dever de casa, uma
tarefa para fazer em
casa. Pegai no Evange-lho, aquele que tendes
convosco... Recordai
que deveis ter sempre convosco um pequeno
Evangelho, no bolso, na
bolsa, sempre; aquele que tendes em casa.
Pegai no Evangelho e,
vede que nos primeiros
capítulos de Mateus — acho que no capítulo 5
— se encontram as
Bem-Aventuranças. E hoje, ou amanhã, lede-
as em casa. Fá-lo-eis?
[Todos: Sim!] Para não
as esquecer, porque se trata da Lei que Jesus
nos concede! Fá-lo-eis?
Obrigado!
Nestas palavras encon-
tra-se toda a novidade
trazida por Cristo; toda a novidade de Cristo
está nestas palavras.
Com efeito, as Bem-
Aventuranças são o retrato de Jesus, a sua
forma de vida; e consti-
tuem o caminho da verdadeira felicidade,
que também nós pode-
mos percorrer com a graça que Jesus nos
concede.
Além da nova Lei, Je-
sus confia-nos inclusive o «protocolo», de acor-
do com o qual seremos
julgados. No fim do mundo nós seremos
julgados. E quais serão
as perguntas que nos
farão lá? Quais serão as interrogações? Qual é o
protocolo segundo o
qual o Juiz nos julgará? É aquele que encontra-
mos no capítulo 25 do
Evangelho de Mateus.
Hoje, tendes a tarefa de
ler o capítulo 5 do Evangelho de Mateus,
onde se encontram as
Bem-Aventuranças; e
lereis também o capítu-lo 25, onde está o pro-
tocolo, onde estão as
perguntas que nos diri-girão no dia do Juízo.
Não teremos títulos,
créditos ou privilégios para aduzir. O Senhor
reconhecer-nos-á se,
por nossa vez, O ti-
vermos reconhecido no pobre, no faminto, no
indigente, no margina-
lizado, nos que sofrem, em quem está sozi-
nho... Este é um dos
critérios fundamentais
de averiguação da nos-sa vida cristã, com o
qual Jesus nos convida
a confrontar-nos cada dia. Leio as Bem-
Aventuranças e penso
como deve ser a minha vida cristã, e depois
faço o exame de cons-
ciência com este capí-
tulo 25 de Mateus. Cada dia: fiz isso, fiz
aquilo... Isto far-nos-á
bem! São gestos sim-ples, mas concretos.
Caros amigos, a nova
aliança consiste preci-samente nisto: em re-
conhecer-nos, em Cris-
to, contemplados pela
misericórdia e pela compaixão de Deus. É
isto que enche o nosso
coração de alegria, e é isto que faz da nossa
vida um testemunho
bonito e credível do
amor de Deus por to-dos os irmãos que en-
contramos todos os
dias. Recordai-vos dos vossos deveres! Capí-
tulo 5 de Mateus, e
capítulo 25 de Mateus. Obrigado! (06/ ago.2014)
A IGREJA
Com efeito, as Bem-Aventuranças
são o retrato de Jesus, a sua forma de vida; e
constituem o caminho da verdadeira
felicidade, que também nós
podemos percorrer com a graça que Jesus
nos concede.
deveis repeti-las. Con-
cordais?
Primeira: «Bem-
aventurados os pobres de espírito, porque de-
les é o Reino dos céus».
«Bem-aventurados os que choram, porque
serão consolados»
«Bem-aventurados os
mansos, porque possui-rão a terra».
«Bem-aventurados os
que têm fome e sede de justiça, porque serão
saciados».
«Bem-aventurados os misericordiosos, porque
alcançarão misericór-
dia».
«Bem-aventurados os puros de coração, por-
que verão Deus».
«Bem-aventurados os pacíficos, porque serão
chamados filhos de
Deus».
«Bem-aventurados os que são perseguidos por
causa da justiça, porque
deles é o Reino dos céus».
«Bem-aventurados sois
vós quando vos calunia-rem, quando vos perse-
guirem e disserem fal-
samente todo o mal
contra vós por causa de mim». Ajudo-vos: [re-
pete com o povo]
«Bem-aventurados sois vós quando vos calunia-
rem, quando vos perse-
guirem e disserem fal-samente todo o mal
contra vós por causa de
mim».
«Alegrai-vos e exultai, porque será grande a
vossa recompensa nos
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Mês Data Evento Local/Responsável
JAN 1º Confraternização Universal Paróquias e Dioceses
FEV 18 Abertura da Campanha da Fraternidade 2015 Paróquias e Dioceses
MAR 07 e 08 REUNIÃO DA COORDENAÇÃO DA CRPF JACARÉZINHO/PR
23 e 25 Seminário 20 anos da Evangelium vitae Curitiba - PR
ABR 05 Páscoa da Ressurreição do Senhor Paróquias e Dioceses
MAI
15 Dia Internacional da Família Paróquias e Dioceses
17 Ascensão do Senhor Paróquias e Dioceses
24 Pentecostes Paróquias e Dioceses
30 5º Simpósio Nacional da Família Aparecida - SP
31 7ª Peregrinação Nacional da Família Aparecida - SP
31 Santíssima Trindade Paróquias e Dioceses
JUN
04 SS.Corpo e Sangue de Cristo Paróquias e Dioceses
12 Sagrado Coração de Jesus Paróquias e Dioceses
19 a 21 39ª Assembleia Geral da CNPF Brasília - DF
28 São Pedro e São Paulo Paróquias e Dioceses
JUL 04 e 05 REUNIÃO DA COORDENAÇÃO DA CRPF GUARAPUAVA/PR
AGO
02 Vocação Dia do Sacerdote Paróquias e Dioceses
09 Vocação Dia dos Pais Paróquias e Dioceses
09 a 15 Semana Nacional da Família Paróquias e Dioceses
16 Vocação Dia do/a Religioso/a Paróquias e Dioceses
22 Reunião Promoção e Defesa da Vida ((aa ddeeffiinniirr))
23 Vocação Dia do Leigo Paróquias e Dioceses
30 Vocação Dia do Catequista Paróquias e Dioceses
SET 20 Reunião Província de Maringá (08h00-16h00) Campo Mourão
22 a 27 VIII Encontro Mundial com as Famílias Filadélfia - USA
OUT
01 e 07 Semana Nacional da Vida Paróquias e Dioceses
08 Dia do Nascituro Paróquias e Dioceses
04 a 25 XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos
Vaticano
21 Dia Nacional de Valorização da Família Paróquias e Dioceses
30 e 31 5º CONGRESSO REGIONAL CRPF SUL 2 GUARAPUAVA/PR
NOV
1º
1º Todos os Santos Paróquias e Dioceses
Encontro Nacional da Pastoral Familiar ((aa ddeeffiinniirr))
Encontro Nacional de Estudos Bispos e Padres ((aa ddeeffiinniirr))
22 Solenidade de Cristo Rei Paróquias e Dioceses
28 Vigília pela Vida Nascente Paróquias e Dioceses
DEZ 08 Dia Nacional da Família Paróquias e Dioceses
27 Festa da Sagrada Família Paróquias e Dioceses
CALENDÁRIO 2015 COMISSÃO REGIONAL DA PASTORAL FAMILIAR
CNBB – SUL 2
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NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22001144
8
O que é uma Associação de Famílias?
É uma entidade devidamente registrada
em Cartório que dispõe de personalidade
jurídica, tendo valor político e social. Sem
vínculos políticos ou religiosos ela con-
grega pessoas sensíveis aos bens da famí-
lia com disponibilidade para promovê-los
e defendê-los por meio da presença e tes-
temunho.
Porque eu devo fazer parte
da ASSOCIAÇÃO DE FAMÍLIAS
DE CASCAVEL E REGIÃO?
Vivemos em um país democrático, ou seja, onde a maioria deveria ter suas posições acatadas. O problema é que esta maioria esta desorganizada fa-
zendo com que em muitos casos haja uma inversão de valores. Com a adesão de muitas pessoas de bem a esta associação ela ga-nha legitimidade para lutar pelo fortalecimento da família em busca de garantir a esta ins-tituição um clima cultural positivo e todas as condições para que seja capaz de cumprir su-as tarefas, e continuar sendo o maior recurso disponível para cada pessoa e para a socieda-de brasileira.
O que defende a ASSOCIAÇÃO DE FAMÍLIAS DE CASCAVEL E REGIÃO?
Todos podem ter acesso ao estatuto da associação mas a sua missão poder ser definida em ( três)
03 pontos :
a) Defesa da vida da concepção natural até a morte.
b) O defesa direito dos pais educarem os filhos.
c) A família fundamentada no casamento entre um homem e uma mulher.
É preciso pagar para ser sócio?
Não necessariamente. Dependendo a categoria de sócio desejada não há necessidade de qualquer
pagamento de qualquer taxa de adesão ou mensalidade. Caso haja desejo em participar dos conse-
lhos, votando e sendo votado em projetos e para integrar a equipe de coordenação da associação
será necessário associar-se como membro participante contribuinte com taxa de 10 reais mensais.
Como me associo?
Basta preencher um cadastro e declarar que concorda com os princípios defendidos pela AFCR.
Para ter acesso ao cadastro basta enviar e-mail para:
associacaofcr@hotmail.com
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A Associação de Família de Cascavel e Região (AFCR) já está em andamento. Hoje, 18 de outubro de 2014, estamos com 125 associados das cidades de Cascavel, Vera Cruz do Oeste, Corbélia, Céu Azul, Capanema, Palotina, Assis Chateubriand e Niterói (RJ).
Este dado é relevante, pois a associação está a menos de dois meses constituída juridica-mente e somente a partir de outubro é que as inscrições foram abertas.
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OO SSíínnooddoo ddooss BBiissppooss
A partir desta edição vamos refletir
sobre o Sínodo dos Bispos que
neste ano trabalhou sobre o tema:
“Os desafios pastorais da família
no contexto da evangelização” no
período de 5 a 19 de outubro. Num
primeiro momento, parece impor-
tante entender alguns conceitos,
uma rápida olhada na história e as
etapas que preparam e finalmente o
próprio Sínodo.
O vocábulo grego synodos corres-
ponde ao termo latino concilium,
que significa "assembleia". É um
caminhar juntos, como ressaltou o
Papa Francisco no discurso de en-
cerramento da III Assembleia Ge-
ral Extraordinária do Sínodo dos
Bispos: “Posso tranquilamente
afirmar que — com um espírito de
colegialidade e de sinodalidade —
vivemos verdadeiramente uma
experiência de «Sínodo», um per-
curso solidário, um «caminho con-
junto».
Esses dois termos – sínodo e concí-
lio – eram usados para designar as
reuniões eclesiásticas convocadas
para deliberar sobre matérias rela-
cionadas com fé, moral ou disci-
plina. Porém, com o passar do
tempo, concílio passou a denomi-
nar especialmente as grandes as-
sembleias universais de bispos, em
geral presididas pelo Papa ou por
seus representantes (concílios ge-
rais ou ecumênicos), e sínodo res-
tringiu-se às assembleias menores,
em âmbito nacional, regional ou
diocesano, às vezes com a partici-
pação também de sacerdotes e de
leigos.
O Sínodo dos Bispos, como orga-
nismo representativo do Episcopa-
do católico foi solicitado pelo
Concílio Vaticano II, no nº 5 do
Decreto Christus Dominus. Paulo
VI por meio do Motu Proprio
Apostolica Sollicitudo de 15 de
setembro de 1965, determinou a
existência, natureza e composição
desse organismo.
O cânon 342 do Código de Direito
Canônico o define de forma preci-
sa: "É a assembleia dos Bispos
que, escolhidos das diversas regi-
ões do mundo, reúnem-se em de-
terminados tempos para promover
a estreita união entre o Romano
Pontífice e os Bispos, para auxiliar
com seu conselho ao Romano Pon-
tífice, na preservação e crescimen-
to da fé e dos costumes, na obser-
vância e consolidação da discipli-
na eclesiástica, e ainda para exa-
minar questões que se referem à
ação da Igreja no mundo”.
O Sínodo dos Bispos não faz parte
da Cúria Romana nem depende
dela e está sujeito diretamente à
autoridade do Papa, a quem com-
pete convocá-lo quando julgar o-
portuno, estabelecer os temas a
serem tratados, confirmar a eleição
dos bispos que nele participarão,
presidi-lo pessoalmente ou através
de alguém que o represente. O Sí-
nodo dos Bispos não tem poder
deliberativo, isto é, não lhe compe-
te estabelecer normas ou emitir
decretos, mas desempenha o im-
portante encargo de colaborar com
JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm DDiiááccoonnoo PPeerrmmaanneennttee,,
ddaa DDiioocceessee ddee UUnniiããoo
ddaa VViittóórriiaa -- PPRR,,
BBaacchhaarreell ee MMeessttrree eemm
TTeeoollooggiiaa ppeellaa PPoonnttiiffíícciiaa
UUnniivveerrssiiddaaddee CCaattóólliiccaa
ddoo PPaarraannáá PPUUCCPPRR
0055 aa 1199 ddee
oouuttuubbrroo ddee 22001144
IIIIII AAsssseemmbblleeiiaa
GGeerraall
EExxttrraaoorrddiinnáárriiaa:: “Os desafios pastorais da
família no contexto da
evangelização”
__________________________
0044 aa 2255 ddee
oouuttuubbrroo ddee 22001155
XXIIVV AAsssseemmbblleeiiaa
GGeerraall OOrrddiinnáárriiaa:: “A vocação e a missão da
família na Igreja e no mundo
contemporâneo”
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o Sumo Pontífice nas decisões
a serem por este tomadas em
graves questões atinentes à
vida da Igreja.
Vale destacar aqui alguns dos
itens do Motu Proprio Aposto-
lica Sollicitudo. O item I diz
que “O Sínodo dos Bispos,
pelo qual os Bispos escolhidos
de várias regiões do orbe,
prestam mais eficaz colabora-
ção ao Supremo Pastor da
Igreja, constitui-se de tal mo-
do que: a) Seja um órgão ecle-
siástico central; b) Faça as
vezes de todo o Episcopado
católico; c) Seja perpétuo por
natureza; d) Quanto à estrutu-
ra, desempenhe suas funções
temporária e ocasionalmente.”
Os fins gerais do Sínodo dos
Bispos estão dispostos no item
II: “ a) Fomentar a íntima uni-
ão e a cooperação entre o Su-
mo Pontífice e os Bispos de
todo o mundo; b) Proporcio-
nar as informações diretas e
fidedignas sobre os problemas
e situações atinentes à vida
interna da Igreja, e sua corres-
pondente ação no mundo atu-
al; c) Facilitar a concordância
de opiniões, ao menos nos
pontos essenciais da doutrina
e quanto ao modo de atuar na
vida da Igreja.” Os fins espe-
ciais e imediatos, estão no
mesmo item: “a) Intercâmbio
de informações oportunas; b)
Aconselhamento sobre as
questões para as quais o Síno-
do seja, cada vez, convocado.”
O item IV aponta que o Síno-
do dos Bispos pode reunir-se
em assembleia geral, extra-
ordinária e especial e o itens
V a VII detalham cada tipo de
assembleia:
A assembleia geral ordiná-
ria, compreende, primeira-
mente e de per si: a) Os Patri-
arcas, Arcebispos Maiores e
Metropolitas independentes
dos Patriarcados das Igrejas
Católicas de rito oriental; b)
Os Bispos eleitos pelas Confe-
rências Episcopais Nacionais,
a teor do nº VIII; c) Os Bispos
eleitos pelas Conferências
Episcopais de várias nações,
ou seja, instituídas paras as
nações sem Conferência Epis-
copal própria, a teor do nº
VIII; d) Acrescem-se dez reli-
giosos, representantes dos
Institutos religiosos clericais,
eleitos pela União Romana
dos Superiores Gerais. Parti-
cipam também os Cardeais
que presidem aos Dicastérios
da Cúria Romana.
A assembleia extraordiná-
ria, compreende: a) Os Patri-
arcas, Arcebispos Maiores e
Metropolitas independentes
dos Patriarcados das Igrejas
Católicas de rito oriental; b)
Os Presidentes das Conferên-
cias Episcopais Nacionais; c)
Os Presidentes das Conferên-
cias Episcopais de várias na-
ções, instituídas paras as na-
ções que não têm Conferência
Episcopal própria; d) Três
religiosos, representantes dos
Institutos religiosos clericais,
eleitos pela União Romana
dos Superiores Gerais. Parti-
cipam também os Cardeais
que presidem aos Dicastérios
da Cúria Romana.
A assembleia especial, com-
preende: os Patriarcas, Arce-
bispos Maiores e Metropolitas
independentes dos Patriarca-
dos das Igrejas Católicas de
rito oriental, como também os
representantes das Conferên-
cias Episcopais de uma ou
várias nações, quer dos Institu-
tos Religiosos a teor dos itens
V e VIII, contanto que perten-
çam todos às regiões para as
quais foi convocado o Sínodo
dos Bispos.
AAsssseemmbblleeiiaass
rreeaalliizzaaddaass
Até a presente data, foram rea-
lizadas:
Treze Assembleias Gerais
Ordinárias:
1967 - "A preservação e o for-
talecimento da fé católi-
ca, a sua integridade, o
seu vigor, o seu desen-
volvimento, a sua coe-
rência doutrinal e histó-
rica".
1971 - "O sacerdócio ministe-
rial e a justiça no mun-
do".
1974 - "A evangelização no
mundo moderno".
1977 - "A catequese no nosso
tempo".
1980 - "A família cristã".
1983 - "A penitência e a recon-
ciliação na missão da
Igreja".
1987 - “A vocação e a missão
dos leigos na Igreja e no
mundo".
1990 - "A formação dos
sacerdotes nas circuns-
tâncias atuais".
1994 - "A vida consagrada e a
sua missão na Igreja e
no mundo".
2001 - "O Bispo: Servidor do
Evangelho de Jesus
Cristo para a esperança
do mundo".
2005 - "A Eucaristia: fonte e
ápice da vida e da mis-
são da Igreja".
2008 - "A Palavra de Deus na
vida e na missão da I-
greja".
2012 - " A nova evangelização
para a transmissão da fé
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cristã".
2015 - “A vocação e a missão
da família na Igreja e
no mundo contemporâ-
neo” (a ser realizada de
4 a 25 de outubro) Esta
será a XIV Assembleia
Geral Ordinária.
Três Assembleias
Extraordinárias
1969 - "Cooperação entre a
Santa Sé a as Conferên-
cias Episcopais".
1985 - "XX aniversário da
conclusão do Concílio
Vaticano II".
2014 - “Os desafios pastorais
da família no contexto
da evangelização”.
Dez Assembleias
Especiais
1980 - "A situação pastoral
nos Países Baixos".
1991 - "Somos testemunhas de
Cristo que nos liber-
tou".
1994 - "A Igreja na África e a
sua missão evangeliza-
dora rumo ao ano
2000: 'Sereis minhas
testemunhas' (At. 1, 8)".
1995 - "Cristo é a nossa espe-
rança, renovados pelo
seu espírito, solidários
testemunhamos o seu
amor".
1997 - "Encontro com Jesus
Cristo vivo: o caminho
para a conversão, a
comunhão e a solidari-
edade na América"
1998 - "Jesus Cristo o Salva-
dor e a sua missão de
amor e serviço na Ásia:
‘Eu vim para que todos
tenham vida e a tenham
em abundância’ (Jo 10,
10)"
1998 - "Jesus Cristo: seguir o
seu Caminho, procla-
mar a sua Verdade, vi-
ver a sua Vida: um
chamado para os povos
da Oceania"
1999 - "Jesus Cristo, vivo na
sua Igreja, fonte de es-
perança para a Euro-
pa"
2009 - "A Igreja na África a
serviço da reconcilia-
ção da justiça e da paz.
‘Vós sois o sol da ter-
ra... Vós sois a luz do
mundo’ (Mt 5, 13.14)"
2010 - "A Igreja Católica no
Oriente Médio: comu-
nhão e testemunho. 'A
multidão dos que havi-
am acreditado era um
só coração e uma só
alma' (At 4, 32)"
AA ccoonnvvooccaaççããoo ddoo
SSíínnooddoo ssoobbrree aa
FFaammíílliiaa
Em 08 de outubro de 2013 o
Papa Francisco convocou a
III Assembleia Geral Extra-
ordinária do Sínodo dos
Bispos com o tema: “Os de-
safios pastorais da família
no contexto da evangeliza-
ção” a ser realizada nos dias 5
a 19 de outubro de 2014.
AA nnoovviiddaaddee
A importância deste tema so-
bressai do fato que o Santo
Padre decidiu estabelecer para
o Sínodo dos Bispos a novi-
dade com um itinerário de
trabalho em duas etapas:
- a primeira, a Assembleia
Geral Extraordinária de
2014, destinada a especificar
o “status quaestionis” e a re-
colher testemunhos e propos-
tas dos Bispos para anunciar e
viver de maneira fidedigna o
Evangelho para a família; - a
segunda, a Assembleia Geral
Ordinária de 2015, que deve-
rá refletir e definir linhas de
ação para a pastoral da pessoa
humana e da família.
OO DDooccuummeennttoo
PPrreeppaarraattóórriioo
Em novembro de 2013 foi pu-
blicado o Documento Prepara-
tório contendo três itens prin-
cipais: I – O Sínodo: família
e evangelização; II – A Igreja
e o Evangelho sobre a famí-
lia: - O projeto de Deus Cria-
dor e Redentor e - o ensina-
mento da Igreja sobre a Famí-
lia; III – Questionário com
prazo para devolução até o dia
20 de janeiro de 2014, conten-
do 39 perguntas distribuídas
em nove temas: 1. Sobre a
difusão da Sagrada Escritura e
do Magistério da Igreja a pro-
pósito da família; 2. Sobre o
matrimônio segundo a lei natu-
ral; 3.A pastoral da família no
contexto da evangelização;
4.Sobre a pastoral para enfren-
tar algumas situações matri-
moniais difíceis; 5.Sobre as
uniões de pessoas do mesmo
sexo; 6.Sobre a educação dos
filhos no contexto das situa-
ções de matrimônios irregula-
res; 7.Sobre a abertura dos
esposos à vida; 8.Sobre a rela-
ção entre a família e a pessoa e
9.Outros desafios e propostas
O Instrumentum
Laboris
Em 24 de junho de 2014 foi
emitido o Instrumentum labo-
ris, que nasceu a partir das
respostas ao questionário
do Documento Preparatório.
As respostas, numerosas e mi-
nuciosas, foram enviadas pelos
Sínodos das Igrejas Orientais
Católicas sui iuris, pelas Con-
ferências Episcopais, pelos
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NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22001144
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Dicastérios da Cúria Romana
e pela União dos Superiores-
Gerais. Chegaram diretamente
à Secretaria Geral também
respostas – chamadas obser-
vações – da parte de um nú-
mero significativo de dioce-
ses, paróquias, movimentos,
grupos, associações eclesiais e
realidades familiares, assim
como de instituições acadêmi-
cas, especialistas, fiéis e ou-
tras pessoas interessadas em
fazer conhecer a própria
reflexão.
O texto está estruturado em
três partes e retoma, em con-
formidade com uma ordem
funcional à Assembleia sino-
dal, as oito temáticas propos-
tas no questionário. A primei-
ra parte é dedicada ao Evan-
gelho da família, entre desíg-
nio de Deus e vocação da pes-
soa em Cristo, horizonte no
qual se relevam o conheci-
mento e a recepção do dado
bíblico e dos documentos do
Magistério da Igreja, incluin-
do as dificuldades, entre as
quais a compreensão da lei
natural. A segunda parte a-
borda as várias propostas de
pastoral familiar, os relativos
desafios e as situações mais
difíceis. A terceira parte é
dedicada à abertura à vida e
à responsabilidade educacio-
nal dos pais, que caracterizam
o matrimônio entre o homem
e a mulher, com referência
particular às situações pasto-
rais atuais.
O presente documento, fruto
do trabalho colegial proveni-
ente da consulta das Igrejas
particulares que a Secretaria
Geral do Sínodo recolheu e
elaborou juntamente com o
Conselho de Secretaria ofere-
ce um panorama amplo, em-
bora não exaustivo, da situa-
ção familiar contemporânea,
dos seus desafios e das refle-
xões que suscita.
Os temas que não estão inclu-
ídos neste documento, alguns
dos quais foram indicados
pelas respostas no n. 9 (ou-
tros) do questionário, serão
abordados durante a Assem-
bleia Geral Ordinária do Sí-
nodo de 2015.
MMiissssaa ddee AAbbeerrttuurraa ddaa
IIIIII AAsssseemmbblleeiiaa
EExxttrraaoorrddiinnáárriiaa
O papa Francisco na homilia,
no dia 5 de outubro, lembra
que no Evangelho da parábola
dos vinhateiros (Mt 21, 33-43)
são os agricultores que arruí-
nam o projeto do Senhor: não
trabalham para o Senhor, mas
só pensam nos seus interesses.
Ele diz que “através da sua
parábola, Jesus dirige-se aos
sumos sacerdotes e aos anci-
ãos do povo, isto é, aos «sá-
bios», à classe dirigente. Foi a
eles, de modo particular, que
Deus confiou o seu «sonho»,
isto é, o seu povo, para que o
cultivem, cuidem dele e o
guardem dos animais selva-
gens. Esta é a tarefa dos líderes
do povo: cultivar a vinha com
liberdade, criatividade e dili-
gência.”
E o papa continua admoestan-
do que”também nós somos
chamados a trabalhar para a
vinha do Senhor, no Sínodo
dos Bispos. As assembleias
sinodais não servem para dis-
cutir ideias bonitas e originais,
nem para ver quem é mais in-
teligente… Servem para culti-
var e guardar melhor a vinha
do Senhor, para cooperar no
seu sonho, no seu projeto de
amor a respeito do seu povo.
Neste caso, o Senhor pede-nos
para cuidarmos da família,
que, desde os primórdios, é
parte integrante do desígnio de
amor que ele tem para a huma-
nidade.” E completa: “Nós
somos todos pecadores e tam-
bém nos pode vir a tentação de
«nos apoderarmos» da vinha,
por causa da ganância que
nunca falta em nós, seres hu-
manos. O sonho de Deus sem-
pre se embate com a hipocrisia
de alguns dos seus servidores.
Podemos «frustrar» o sonho de
Deus, se não nos deixarmos
guiar pelo Espírito Santo. O
Espírito dá-nos a sabedoria,
que supera a ciência, para tra-
MMêêss ddee ddeezzeemmbbrroo –– mmaarrqquuee nnaa AAggeennddaa
0088 –– DDiiaa NNaacciioonnaall ddaa FFaammíílliiaa
2288 ––
CCeelleebbrraaççããoo ddaa SSaaggrraaddaa FFaammíílliiaa
BBOOLLEETTIIMM OONN LLIINNEE –– PPAASSTTOORRAALL FFAAMMIILLIIAARR –– CCNNBBBB//RREEGGIIOONNAALL SSUULL 22
NNOOVVEEMMBBRROO DDEE 22001144
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balharmos generosamente
com verdadeira liberdade e
humilde criatividade.”
O papa encerra a homilia com
ênfase: “Irmãos sinodais, para
cultivar e guardar bem a vi-
nha, é preciso que os nossos
corações e as nossas mentes
sejam guardados em Cristo
Jesus pela «paz de Deus que
ultrapassa toda a inteligência»
(Flp 4, 7). Assim, os nossos
pensamentos e os nossos pro-
jetos estarão de acordo com o
sonho de Deus: formar para Si
um povo santo que Lhe per-
tença e produza os frutos do
Reino de Deus (cf. Mt 21,
43).”
SSaauuddaaççããoo ddoo PPaappaa aaooss
PPaaddrreess SSiinnooddaaiiss
No dia 6 de outubro, o papa
Francisco fez o seguinte pro-
nunciamento de saudação:
Eminências, Beatitudes, Exce-
lências irmãos e irmãs
Dou-vos as minhas cordiais
boas-vindas a este encontro,
enquanto vos agradeço de
coração a vossa presença e
assistência solícitas e qualifi-
cadas.
Em vosso nome, gostaria de
manifestar o meu profundo e
sentido agradecimento a todas
as pessoas que trabalharam
com dedicação, paciência e
competência, durante longos
meses, lendo, avaliando e ela-
borando os temas, os textos e
os trabalhos desta Assembleia
Geral Extraordinária.
Permiti que eu dirija um obri-
gado particular e cordial ao
Cardeal Lorenzo Baldisseri,
Secretário-Geral do Sínodo, a
D. Fabio Fabene, Subsecretá-
rio, e juntamente com eles a
todos os relatores, escritores,
consultores e tradutores, bem
como a todos os funcionários
da secretaria do Sínodo dos
Bispos. Eles trabalharam incan-
savelmente, e continuam a la-
butar, pelo bom êxito do pre-
sente Sínodo: verdadeiramente,
muito obrigado, e que o Senhor
vos recompense!
Agradeço igualmente ao Con-
selho pós-sinodal, ao relator e
ao Secretário-Geral; às Confe-
rências Episcopais, que traba-
lharam realmente muito e, jun-
tamente com eles, agradeço
também aos três Presidentes
delegados...
Mas estou grato inclusive a
vós, estimados Cardeais, Patri-
arcas, Bispos, sacerdotes, reli-
giosos, religiosas, leigos e lei-
gas, pela vossa presença e pela
vossa participação, que enri-
quecem os trabalhos e o espíri-
to de colegialidade e de sino-
dalidade para o bem da Igreja e
das famílias! Também este es-
pírito de sinodalidade, desejei
que estivesse presente na elei-
ção do relator, do Secretário-
Geral e dos Presidentes delega-
dos. Os primeiros dois foram
eleitos diretamente pelo Conse-
lho pós-sinodal, também ele
eleito pelos participantes no
último Sínodo. No entanto,
dado que os Presidentes dele-
gados devem ser escolhidos
pelo Papa, eu solicitei ao pró-
prio Conselho pós-sinodal que
propusesse alguns nomes, e
nomeei aqueles que o Conselho
me propôs.
Vós transmitis a voz das Igrejas
particulares, reunidas a nível de
Igrejas locais mediante as Con-
ferências Episcopais. A Igreja
universal e as Igrejas particula-
res são de instituição divina; as
Igrejas locais assim entendidas
são de instituição humana.
Esta é a voz que transmitireis
em sinodalidade. Trata-se de
uma grande responsabilidade:
anunciar as realidades e as
problemáticas das Igrejas, para
as ajudar a percorrer aquele
caminho que é o Evangelho da
família.
Uma condição geral de base é
a seguinte: falar claro. Que
ninguém diga: «Isto não se
pode dizer; pensará de mim
assim ou assim...». É necessá-
rio dizer tudo o que se sente
com parrésia. Depois do ulti-
mo Consistório (Fevereiro de
2014), no qual se falou sobre a
família, um Cardeal escreveu-
me dizendo: é uma lástima que
alguns Purpurados não tiveram
a coragem de dizer certas coi-
sas por respeito ao Papa, talvez
julgando que o Papa pensasse
de outra maneira. Isto não está
bem, isto não é sinodalidade,
porque é necessário dizer tudo
aquilo que, no Senhor, senti-
mos que devemos dizer: sem
hesitações, sem medo. E, ao
mesmo tempo, é preciso ouvir
com humildade e aceitar de
coração aberto aquilo que os
irmãos dizem. A sinodalidade
exerce-se com estas duas ati-
tudes.
É por isso que vos peço, por
favor, estas atitudes de irmãos
no Senhor: falar com parrésia
e ouvir com humildade. E
fazei-o com grande tranquili-
dade e paz, porque o Sínodo se
realiza sempre cum Petro et
sub Petro, e a presença do
Papa é garantia para todos e
guardião da fé.
Estimados irmãos, colabore-
mos todos para que se afirme
com clareza a dinâmica da sinodalidade. Obrigado!
(Continua na próxima edição)
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PPiioo XXII
"Para enervar a influência do
ambiente familiar, acresce hoje
o fato de que, quase por toda a
parte, se tende a afastar cada vez
mais da família a juventude,
desde os mais tenros anos, sob
vários pretextos, quer econômi-
cos, industriais ou comerciais,
quer mesmo políticos" (Carta
Encíclica Divini Illius Magistri,
1929)
"Além disso, é necessário que
os cônjuges cristãos, com a gra-
ça divina que internamente
transforma a fraca vontade, con-
formem seus pensamentos e
conduta àquela puríssima lei de
Cristo, a fim de alcançarem para
si e para a própria família a ver-
dadeira paz e felicidade" (Carta
Encíclica Casti Connubii, 1930)
"Mas o primeiro e grande jar-
dim, onde deve quase esponta-
neamente germinar e desabro-
char as flores do santuário, é
sempre a família, verdadeira-
mente e profundamente cristã. A
maior parte dos santos bispos e
sacerdotes, aos quais a Igreja
rende louvores, deve o início
das suas vocações e da sua san-
tidade aos exemplos e ensina-
mentos de um pai cheio de fé e
forte virtude e de uma mãe casta
e piedosa, de uma família na
qual reinava a pureza dos cos-
tumes e a caridade de Deus e o
amor ao próximo" (Carta Encí-
clica Ad Catholici Sacerdotti,
1935)
"Assim como o matrimônio e o
direito ao seu uso natural são de
origem divina, assim também a
constituição e as prerrogativas
fundamentais da família deri-
vam, não do arbítrio humano,
nem de fatores econômicos,
senão do próprio Criador su-
premo de todas as coisas" (Carta
Encíclica Divinis Redemptoris,
1937)
PPiioo XXIIII
"Para não pararmos aqui somen-
te: as inegáveis dificuldades,
que uma bela coroa de filhos
traz consigo, especialmente em
nossos tempos de vida cara em
famílias simples, exige cora-
gem, sacrifícios, heroísmo. Mas
como a amargura saudável da
mirra, assim esta dureza tempo-
rária dos direitos conjugais em
primeiro lugar, preserva os es-
posos de uma culpa grave, fonte
funesta de ruína para famílias e
nações. Além disso, essas difi-
culdades corajosamente aborda-
das, devem garantir-lhe a con-
servação da graça sacramental e
uma grande ajuda divina" (Ca-
tequese, 10 janeiro 1940)
“A família humana é o último e
sublime acontecimento da mão
de Deus na natureza do univer-
so, a última maravilha por Ele
colocada como coroa do mundo
visível, no último e sétimo dia
da criação; quando no paraíso
das delícias por Ele plantado e
preparado, plasmou e conduziu
o homem e a mulher colocando-
os para cultivá-lo e guardá-lo
(Gn 2, 8-15) e deu a eles o do-
mínio sobre todos os pássaros
do céu, os peixes do mar e os
animais da terra (Gn 1, 28)"
(Catequese, 8 abril 1942)
“Como para as famílias que
reservam 'a parte de Deus' sobre
os bens recebidos d'Ele e dos
quais eles gozam, assim para
vós aquilo que sobre toda coisa
convém que motive a santa am-
bição da bela vocação por al-
guns dos vossos filhos, deveria
ser movido pelo pensamento do
quanto na vida espiritual vos é
recompensado por Cristo, por
meio da sua Igreja, dos seus
sacerdotes, dos seus religiosos,
assim abundantemente” (Cate-
quese, 25 março 1942)
"O valor do testemunho dos pais
de famílias numerosas não so-
mente consiste em rejeitar sem
rodeios, e com a força dos fatos,
todo compromisso intencional
entre a lei de Deus e o egoísmo
do homem, mas na prontidão em
aceitar, com alegria e reconhe-
cimento, os inestimáveis dons
de Deus, que são os filhos, e na
quantidade que a Ele agrade"
(Discurso, 20 de janeiro de
1958)
JJooããoo XXXXIIIIII
OOss PPaappaass ee aa
FFaammíílliiaa AAllgguunnss ddeessttaaqquueess
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"Se não há paz, união e concór-
dia nas famílias, como poderá
havê-la na sociedade civil? Esta
ordenada e harmônica união,
que deve sempre reinar dentro
das paredes domésticas, nasce
do vínculo indissolúvel e da
santidade própria do matrimônio
cristão e contribui imensamente
para a ordem, progresso e o
bem-estar de toda a sociedade
civil" (Carta Encíclica Ad Petri
Cathedram, 1959)
"Famílias cristãs, pesai as vos-
sas responsabilidades e dai vos-
sos filhos, com alegria e grati-
dão, ao serviço da Igreja" (Carta
Encíclica Sacerdotii Nostri
Primordia)
"Temos de proclamar solene-
mente que a vida humana deve
ser transmitida por meio da fa-
mília, fundada no matrimônio
uno e indissolúvel, elevado para
os cristãos à dignidade de sa-
cramento. A transmissão da vida
humana foi confiada pela natu-
reza a um ato pessoal e consci-
ente (...) Por isso, não se podem
usar aqui meios, nem seguir
métodos, que serão lícitos quan-
do se tratar da transmissão da
vida nas plantas e nos animais"
(Carta Encíclica Mater Et
Magistra)
"A família, baseada no matri-
mônio livremente contraído,
unitário e indissolúvel, há de ser
considerada como o núcleo fun-
damental e natural da sociedade
humana" (Carta Encíclica
Pacem In Terris, 1963)
PPaauulloo VVII
"Os esposos cristãos, portanto,
dóceis à Sua voz, lembrem-se de
que a sua vocação cristã, iniciada com o Batismo, se especificou
ulteriormente e se reforçou com o
sacramento do Matrimônio. (...)
Foi a eles que o Senhor confiou a
missão de tornarem visível aos
homens a santidade e a suavidade
da lei que une o amor mútuo dos
esposos com a sua cooperação
com o amor de Deus, autor da
vida humana" (Carta Encíclica
Humanae Vitae, 1968)
"Não se pode deixar de pôr em
realce a ação evangelizadora da
família (...) Nos diversos momen-
tos da história da Igreja, ela me-
receu bem a bela designação san-
cionada pelo Concílio Ecumênico
Vaticano II: 'Igreja doméstica'.
Isso quer dizer que, em cada fa-
mília cristã, deveriam encontrar-
se os diversos aspectos da Igreja
inteira. Por outras palavras, a
família, como a Igreja, tem por
dever ser um espaço onde o E-
vangelho é transmitido e donde o
Evangelho irradia" (Exortação
Apostólica Evangelii Nuntiandi,
1975)
JJooããoo PPaauulloo II
"As Famílias são 'o santuário
doméstico da Igreja', direi até;
uma verdadeira e própria 'Igreja
doméstica', em que florescem as
vocações religiosas, em que se
tomam as santas decisões, e onde
se prepara o futuro do mundo"
(Primeira Radiomensagem, 27 de
Agosto de 1978)
JJooããoo PPaauulloo IIII
"É a família cristã que promove
simples e profundamente a dig-
nidade e o valor da vida humana
desde o momento da concep-
ção" (Peregrinação Apostólica à
África, 1980)
"É necessário proclamar alto a
santidade do matrimônio, o va-
lor da família e a intangibilidade
da vida humana. Não me cansa-
rei nunca de cumprir esta que
julgo missão inadiável" (Discur-
so ao Sacro Colégio, 1980)
"A força e a vitalidade de cada
país serão em medida da força e
da vitalidade da família nesse
mesmo país. Nenhum grupo tem
tanto reflexo no país quanto a
família. Nenhum grupo tem um
papel tão influente no futuro do
mundo. Por esta razão, os espo-
sos cristãos têm uma missão
insubstituível no mundo de hoje.
O amor generoso e a fidelidade
do esposo e da esposa oferecem
estabilidade e esperança a um
mundo dilacerado pelo ódio e
pela divisão" (1º Congresso In-
ternacional da Família da África
e da Europa, 1981)
"A paternidade e a maternidade
humana, mesmo sendo biologi-
camente semelhantes às de ou-
tros seres da natureza, têm em si
mesmas de modo essencial e
exclusivo uma 'semelhança' com
Deus, sobre a qual se funda a
família, concebida como comu-
nidade de vida humana, como
comunidade de pessoas unidas
ATENÇÃO:
A XIV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DO SÍNODO DOS BISPOS
será de 4 a 25 de outubro de 2015, sobre o tema: “A vocação e
a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”
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no amor" (Carta às Famílias,
1994)
"Família: uma via comum,
mesmo se permanece particular,
única e irrepetível, como irrepe-
tível é cada homem; uma via da
qual o ser humano não pode
separar-se" (Carta às Famílias,
1994)
"Nas famílias cristãs, fundadas
no sacramento do matrimônio, a
fé nos vislumbra maravilhosa-
mente o rosto de Cristo, esplen-
dor da verdade, que enche de
luz e de alegria os lares que ins-
piram a sua vida no Evangelho"
(Encontro do Papa com as Fa-
mílias, 4 de outubro de 1997)
"No plano de Deus, o matrimô-
nio - o matrimônio indissolúvel
– é o fundamento de uma famí-
lia sadia e responsável" (Encon-
tro do Papa com as Famílias, 5
de outubro de 1997)
"Através da família, toda a exis-
tência humana é orientada para
o futuro. Nela, o homem vem ao
mundo, cresce e amadurece.
Nela, ele se torna um cidadão
sempre mais maduro do seu
país, e um membro da Igreja
sempre mais consciente" (En-
contro do Papa com as Famílias,
5 de outubro de 1997)
BBeennttoo XXVVII
"A edificação de cada uma das
famílias cristãs situa-se no con-
texto daquela família mais am-
pla que é a Igreja, a qual a sus-
tenta e leva consigo. (…) E,
vice-versa, a Igreja é edificada
pelas famílias, pequenas Igrejas
domésticas" (Discurso, 6 de
Junho de 2005)
"As famílias cristãs constituem
um recurso decisivo para a edu-
cação na fé, para a edificação da
Igreja como comunhão e para a
sua capacidade de presença mis-
sionária nas situações mais di-
versificadas da vida, além de
fermentar em sentido cristão a
cultura difundida e as estruturas
sociais" (Discurso, 6 de Junho
de 2005)
"Queridas famílias, sede corajo-
sas! Não cedais à mentalidade
secularizada que propõe a con-
vivência como preparação ou
mesmo substituição do matri-
mônio. Mostrai com o vosso
testemunho de vida que é possí-
vel amar, como Cristo, sem re-
servas, que não é preciso ter
medo de assumir um compro-
misso com outra pessoa" (Ho-
milia, 5 de Junho de 2011)
"Queridas famílias, a vossa vo-
cação não é fácil de viver, espe-
cialmente hoje, mas a realidade
do amor é maravilhosa, é a úni-
ca força que pode verdadeira-
mente transformar o universo, o
mundo" (Encontro Mundial das
Famílias, 3 de Junho de 2012)
"Não é só a Igreja que é chama-
da a ser imagem do Deus Uno
em Três Pessoas, mas também a
família fundada no matrimônio
entre o homem e a mulher" (En-
contro Mundial das Famílias, 3
de Junho de 2012)
"Família, trabalho e festa. Trata-
se de três dons de Deus, três
dimensões da nossa existência,
que devem encontrar um equilí-
brio harmonioso para construir
sociedades com um rosto huma-
no" (Catequese, 6 de Junho de
2012)
FFrraanncciissccoo
"Os avós são a sabedoria da
família, são a sabedoria de um
povo. E um povo que não ouve
os avós, é um povo que morre!
Ouçamos os avós!" (Discurso às
Famílias, 26 de Outubro de
2013)
"Aquilo que mais pesa na vida é
a falta de amor. Pesa não rece-
ber um sorriso, não ser benquis-
to. Pesam certos silêncios, às
vezes mesmo em família, entre
marido e esposa, entre pais e
filhos, entre irmãos. Sem amor,
a fadiga torna-se mais pesada,
intolerável" (Discurso às Famí-
lias, 26 de Outubro de 2013)
"A família atravessa uma crise
cultural profunda, como todas as
comunidades e vínculos sociais.
No caso da família, a fragilidade
dos vínculos reveste-se de espe-
cial gravidade, porque se trata
da célula básica da sociedade"
(Exortação Apostólica Evangelii
Gaudium, 2013)
"No vosso caminho familiar,
partilhais tantos momentos be-
los: as refeições, o descanso, o
trabalho em casa, a diversão, a
oração, as viagens e as peregri-
nações, as ações de solidarieda-
de… Todavia, se falta o amor,
falta a alegria; e Jesus é quem
nos dá o amor autêntico" (Carta
do Papa às Famílias, 25 de feve-
reiro de 2014)
"Mas ouvi este conselho: Não
acabeis o dia sem fazer as pazes.
A paz faz-se de novo cada dia
em família!" (Catequese, 2 de
Abril de 2014)
"Três palavras que devem exis-
tir sempre em casa: com licença,
obrigado, desculpa. Com licen-
ça: para não se intrometer na
vida dos cônjuges. Com licença,
como te parece isto? Com licen-
ça, permite-me. Obrigado: agra-
decer ao cônjuge; obrigado por
aquilo que fizeste por mim, o-
brigado por isto. A beleza da
gratidão! E dado que todos nós
erramos, há outra palavra um
pouco difícil de pronunciar, mas
necessária: desculpa" (Cateque-
se, 2 de Abril de 2014)
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CCOONNGGRREESSSSOOSS,, AASSSSEEMMBBLLEEIIAASS,, EENNCCOONNTTRROOSS,,
RREEUUNNIIÕÕEESS EE DDEEMMAAIISS EEVVEENNTTOOSS EE
AACCOONNTTEECCIIMMEENNTTOOSS DDIIOOCCEESSAANNOOSS EE PPAARROOQQUUIIAAIISS
Convidamos para que nos envie matérias, artigos, textos e fotos para
divulgação de Congressos, Assembleias, Encontros, Retiros, Reuniões e demais eventos, acontecimentos e boas práticas da sua diocese e/ou
paróquia relativos à Pastoral Familiar.
Mais informações
(41) 3261-3461 / (41) 9211-3706 (vivo)
ou
jckrum@gmail.com
“Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados:
é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não
podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser
amados. Precisamos de ternura.” (Papa Francisco, mensagem para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais)
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A justiça procede, enfim, da vontade da maioria. Não
existe mais verdade de
referência, não existem direitos
que nascem da natureza do
homem.
Três anos depois do
fim do segundo
conflito mundial, a
ONU apresentava
solenemente a De-
claração Universal
dos Direitos Huma-
nos (1948). O do-
cumento enfatiza-
va que a guerra
apenas terminada
tivera como causa
profunda a recusa
de reconhecer que
todos os homens
nascem livres e i-
guais em dignida-
de, que todos têm
os mesmos direitos,
a começar pelo
direito à vida.
Para prevenir confli-
tos como o anteri-
or, era necessário
convidar todas as
nações do mundo
a se empenharem
em respeitar os di-
reitos do homem e
levar à prática os
direitos proclama-
dos, dando-lhes
vigor com legisla-
ções nacionais a-
propriadas. Esta
Proclamação se
inscreve numa rica
tradição, que con-
sidera que o ho-
mem é capaz de
descobrir, pela sua
razão, que é sujeito
de direitos funda-
mentais. Tais direi-
tos se impõem a
todos os homens
com o brilho da
sua verdade. Eles
são declarados e
proclamados; to-
dos os homens são
capazes de reco-
nhecê-los e sapo
convidados a
promovê-los e a
protegê-los. A De-
claração de 1948
pretende colocar
as relações inter-
nacionais sobre
esta base. Com a
carta de S. Fran-
cisco (1945), este
documento define
a razão de ser da
ONU e dá a esta
última a missão
que lhe é essenci-
al: promovera paz
e o desenvolvi-
mento, no respeito
às pessoas e às
nações. Atualmen-
te se constata
uma tendência a
redefinir os direitos
do homem sobre
bases diferentes
daquelas que ins-
piraram a Decla-
ração de 1948.
Sob o influxo de
um pragmatismo
típico de uma cer-
ta tradição anglo-
saxônica, acredi-
ta-se que nenhu-
ma verdade se
NNoovvooss DDiirreeiittooss
HHuummaannooss
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maioria. Não exis-
te mais verdade
de referência,
não existem mais
direitos que nas-
cem da natureza
do homem.
No campo jurídi-
co, a lei é a ex-
pressão da von-
tade daquele
que promulga a
norma. Objeto do
direito não é mais
a justiça, mas a
lei. É à luz deste
debate entre du-
as concepções
Bispo Referencial
Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina do.brandes@uol.com.br
Casal coordenador
Jorge Luis Bovo e
Sandra Regina P.Bovo
Diocese de Apucarana jlbovo@hotmail.com
jorgebovo@gmail.com sandrabovo@gmail.com
Assessor Regional
Diác. Juares C. Krum
Diocese de União da Vitória jckrum@gmail.com
PRIORIDADE:
EVANGELIZAÇÃO
DAS FAMÍLIAS
Com seis destaques:
Catequese Grupos de Reflexão Pais e Filhos Espiritualidade
Conjugal Juventude Noivos
impõe ao homem
enquanto tal. A
origem dos direi-
tos do homem
tem que ser bus-
cada em outra
base. Ela se en-
contra no con-
senso. Os direitos
do homem teriam
nascido de um
processo em que,
no final, a deci-
são da maioria
definiria aquilo
que é justo e ver-
dadeiro. A justiça
procede, enfim,
da vontade da
radicalmente di-
ferentes da Filoso-
fia do Direito que
se coloca hoje a
questão dos “no-
vos direitos do
homem”.
Enfim, o debate
se resume em
uma interrogação
muito simples: a
vontade dos mais
fortes basta para
convalidar a justi-
ça de uma lei e
para legitimar
“novos direitos”
como o aborto
ou a eutanásia?
(Leia o artigo completo em Lexicon – Pontifício Conselho
para a Família - Termos ambíguos e discutidos sobre a
família, vida e questões éticas, p. 731-744)
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