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COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
NOVA OLÍMPIA – PARANÁ
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
NOVA OLIMPIA – 2010COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONOVA OLÍMPIA - PARANÁ
CÓDIGO DO MUNICÍPIO: 1730CÓDIGO DO COLÉGIO: 00081
INEP: 41006976RUA SANTA CATARINA S/NCEP 87490-000TELEFONE/FAX: (44) 36851310SITE – APMDUQUEDECAXIAS@INTERHOUSE.COM.BRE-MAIL: nlmduquedecaxias@seed.pr.gov.brNOVA OLÍMPIA – PARANÁ
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – UMUARAMA
ENTIDADE MANTENEDORA: SEED-CURITIBA-PRMODALIDADE DE ENSINO: ENS. FUND. SÉRIES FINAIS, ENS. MÉDIO E EJA.
APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual Duque de Caxias – Ensino Fundamental e Médio, atendendo aos
princípios democráticos da liberdade e da autonomia, reconstruiu coletivamente o Projeto
Político Pedagógico, identificando a escola e os anseios de sua comunidade.
Participaram das discussões e decisões: pais, alunos do Ensino Fundamental e
Médio, agentes educacionais 1 e 2, professores, equipe diretiva, equipe pedagógica, APMF,
Conselho Escolar e Grêmio Estudantil. Este documento servirá como instrumento referencial
Político Pedagógico da prática educativa cotidiana.
As reflexões e discussões para a reconstrução do Projeto Político Pedagógico,
tiveram como princípios norteadores: educação de qualidade para todos, acesso, sucesso e
permanência de todos na escola, respeito à diversidade e inclusão educacional, gestão
democrática da escola pública, autonomia, valorização dos profissionais da educação e
condições dignas de trabalho para todos.
Todo esforço objetivou a melhoria da qualidade dos serviços prestados pela escola
e, o seu serviço primordial é o ensino de qualidade, visando formação do cidadão crítico,
responsável, criativo e participativo. É, portanto, resultado de investigações, discussões,
estudos e reflexões a respeito do contexto histórico onde a escola está inserida.
Tomou-se como parâmetro referencial das discussões, a Constituição Federal, no
que diz respeito à Educação, LDB – Lei 9.394/96, Estatuto do Magistério, Estatuto da Criança e
do Adolescente, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do
Paraná, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Diretrizes Curriculares da Educação
do Campo do Estado do Paraná.
As ações propostas estabelecem uma direção, uma intencionalidade, que se
concretizará através de ações individuais e coletivas que materializarão os anseios de
transformação da realidade escolar que ora se apresenta e, por conseguinte da sociedade,
tornando a mais igualitária, justa e democrática.
HISTÓRICO
O município de Nova Olímpia se localiza na Região Noroeste do Paraná. Foi
fundado em 06 de agosto de 1959, elevada a categoria de município em 13 de novembro de
1967. Sua população é de aproximadamente 5.280 habitantes, sendo 4.325 habitantes na área
urbana e 955 habitantes na área rural.
Está localizado geograficamente próximo ao distrito de São Silvestre, pertencente ao
município de Cruzeiro do Oeste. Estando também, próxima aos distritos Gleba Quatro e Santa
Felicidade, pertencentes ao município de Tapira de onde recebemos grande número de alunos.
A Estrutura Agrária é formada, na maioria, de pequenas propriedades com o cultivo
de café, cana de açúcar, lavoura branca (milho, algodão, mandioca...) e principalmente a
pecuária de corte e de leite.
A agricultura da região está passando por grandes problemas, dentre eles, a falta de
técnicas para aumentar a produtividade. Sem conservação do solo e com o custo elevado
destinado ao controle das pragas, a produção e o ganho dos agricultores são cada vez
menores. Desestimulados, os agricultores acabam vendendo as propriedades e vindo para a
cidade trabalhar como empregados assalariados.
A vida urbana de Nova Olímpia é pacata. O comércio é modesto, onde trabalha
grande parte da população. Outros trabalham nas indústrias aqui instaladas: incubatório,
marcenarias, serrarias e confecções. Há ainda grande parte que trabalha no corte de cana,
como boia fria nas lavouras, ou no serviço doméstico.
A distância calculada entre os municípios de Nova Olímpia e Umuarama, onde está
localizado o Núcleo Regional de Educação ao qual pertence este colégio, é de
aproximadamente cinquenta quilômetros.
O corpo discente do Colégio, que é o único no município a ofertar as modalidades de
Ensino Fundamental 5.ª a 8.ª série e Ensino Médio, é uma comunidade com características
bem heterogêneas, as relações no interior da mesma é marcada pela diversidade.
Um aspecto importante a ser destacado, se refere aos programas sociais
implantados pelo Governo Federal: Bolsa Escola, PETI, Segundo Tempo, etc. Cerca de 300
dos nossos alunos, fazem parte de um dos programas citados, ficando longe do convívio
familiar durante todo o dia.
O Colégio Estadual Duque de Caxias, obteve sucessivos atos oficiais, gerando
mudanças de modalidade de ensino e de nomenclatura.
A denominação “Duque de Caxias”, recebida por este estabelecimento por ocasião
de sua criação em 1969, é em homenagem ao patrono do exercito brasileiro, Luiz Alves de
Lima e Silva, o “Duque de Caxias”, que se tornou um vulto pelas suas vitórias em batalhas no
Período Colonial.
Na época de sua criação o cargo de Direção foi ocupado pelo professor Alcides
Afonso dos Santos. Faziam parte do corpo docente as professoras: Ignez Américo Gonçalves
Camilo, Zoraide do Amaral, Zenaide do Amaral, Izabel Cristina Batista Alves, Valdecir
Custódio, Valdecir dos Reis, Antonieta Rosa da Fonseca e Diva Montovani.
Sua criação se deu através do Decreto nº 17084/69 de 30/10/1969 com a
denominação de “Grupo Escolar Duque de Caxias”, oferecendo as quatro séries iniciais (1ª a 4ª
séries). Com a aprovação do Plano de Implantação de 1º Grau, pela Resolução 1960/77 de
26/10/77. Em 14/06/78, recebe a denominação de “Escola Duque de Caxias – Ensino de 1º
Grau”.
No ano de 1978, foi autorizado o funcionamento no mesmo prédio o “Colégio Rui
Barbosa”, de nível de educação profissionalizante com os cursos de Magistério e
Contabilidade.
Com o Decreto nº 2474/80 de 12/06/80, ocorre a junção do Colégio Rui Barbosa e
Escola Duque de Caxias, constituindo um único estabelecimento com a denominação de
“Colégio Estadual Duque de Caxias – Ensino de 1º e 2º Graus”, com as modalidades de 1ª a 4ª
séries e o profissionalizante de Magistério e Contabilidade de 2º Grau. O mesmo decreto cria
na escola o Curso de Técnico em Contabilidade e o Curso de Magistério com três séries.
Pelo decreto nº 4020/92 de 12/11/92, houve a suspensão definitiva das atividades
escolares da Escola Duque de Caxias – Ensino de 1º Grau, de 1ª a 4ª séries, ocorrendo a
municipalização deste grau de ensino, tal nível de ensino passou a ser ofertado pela “Escola
Municipal Maria Rodrigues Travaglia – Ensino de 1º Grau”.
Com o Decreto nº 4220/92 de 20/11/92, houve a junção as escolas estaduais do
município, “Escola Estadual Castro Alves” de 5ª a 8ª séries e o “Colégio Rui Barbosa” de 2º
Grau, passando a denominar-se “Colégio Estadual Duque de Caxias – Ensino de 1º e 2º
Graus”, atendendo as modalidades de 5ª a 8ª séries e 2º Grau, com os cursos de Magistério e
Contabilidade.
Pelo Decreto nº 2285/93 de 27/04/93, autoriza-se o funcionamento da 4ª série de
Contabilidade com o título de habilitação de “Técnico em Contabilidade” e 3ª série com
habilitação de “Auxiliar de Contabilidade”. Ao mesmo tempo ocorre a aprovação da proposta de
habilitação de Magistério Noturno, com duração de 4 anos.
O primeiro reconhecimento do Ensino Fundamental de 5º a 8º séries, no Colégio
Estadual Duque de Caxias ocorreu pela Resolução nº 5368/94 de 09/11/94.
Pelo Decreto nº 2456/97 de 15/07/97 autoriza-se o funcionamento do Ensino de 2º
Grau regular – Educação Geral.
Através do decreto nº 3120/98 passa a ser denominado de “Colégio Estadual Duque
de Caxias – Ensino Fundamental e Médio”.
Em 13/08/2002, pelo Decreto nº 3335/2002, cessa definitivamente os Cursos de
Habilitação Técnico em Contabilidade e Magistério.
Atualmente a instituição oferta as seguintes modalidades de Ensino: Ensino
Fundamental, 5.ª a 8.ª séries, períodos matutino e vespertino, somando um total de quatorze
(14) turmas e 380 alunos matriculados. No Ensino Médio, estão matriculados 285 alunos em
oito (8) turmas e dois turnos, vespertino e noturno. Período vespertino: cinco turmas. Período
noturno: três turmas. Assim sendo, a escola é de porte quatro.
Através da Deliberação 02/03 de 24/03/2003, autoriza-se a abertura de demanda
para Professor Apoio Permanente, atendendo aluno cadeirante, com deficiências físicas
causadas por paralisia cerebral. No Estado do Paraná, este Colégio foi pioneiro nesta
modalidade de atendimento de 5.ª a 8.ª série e Ensino Médio.
Pela Resolução nº 1314/04 de 01/04/2004, a SEED autoriza a abertura da primeira
Sala de Recursos do Estado do Paraná para atender alunos do Ensino Fundamental, 5ª a 8ª
séries na área da deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos.
Em 2006, a escola passou a ofertar serviço de apoio em contra turno, abrindo
demanda para o funcionamento de duas Salas de Apoio à Aprendizagem para atender alunos
de 5.ª séries que apresentam dificuldades de aprendizagem na Língua Portuguesa e
Matemática, especialmente dificuldades na leitura, na escrita e no cálculo. As referidas salas
funcionam nos períodos matutino e vespertino. São atendidos em média vinte (20) alunos em
cada turno.
Tendo em vista, a importância que a aprendizagem das Línguas Estrangeiras
Modernas tem no desenvolvimento do ser humano quanto à compreensão de valores sociais e
a aquisição de conhecimentos sobre outras culturas, em 2009, foi implantado o Centro de
Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).
Em 2009, foi implantado o Programa Viva Escola. O referido programa visa a expansão de
atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular, vinculadas
ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e
de sua realidade. No mesmo ano a professora Maria Julia Magrinelli, desenvolveu o projeto
“Memória Viva” com o objetivo de resgatar a história do município de Nova Olímpia. No
corrente ano a professora Fátima Regina Magrinelli de Souza, está trabalhando com o
projeto “EURECA” com o objetivo de preparar alunos do Ensino Médio para o vestibular.
Em 2010, foi autorizado o funcionamento do Centro de Atendimento Especializado
Área da Deficiência Visual – CAEDV, cuja finalidade básica é proporcionar às pessoas
portadoras de deficiência visual, condições que favoreçam o desenvolvimento de suas
potencialidades, visando sua auto-realização, aprendizagem, integração e
independência.
Em agosto de 2010, implanta-se a modalidade de ensino EJA, Ensino Fundamental e
Médio com três finalidades básicas. São elas:
Reparadora: refere-se à entrada de jovens e adultos no âmbito dos direitos civis. A
restauração de um direito a eles negado - o direito a uma escola de qualidade;
Equalizadora: relaciona-se à igualdade de oportunidades que possibilite oferecer aos
indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social e nos demais canais de
participação;
Qualificadora: diz respeito à educação permanente, com base no caráter incompleto do
ser humano, cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em
quadros escolares ou não-escolares.
Caracterização dos Alunos Atendidos na EJA:
Jovens: indivíduos em constante mudança biológica. Eles têm interesses, motivações,
experiências e expectativas importantes a serem considerados. A intensidade das
descobertas e dos desafios vivenciados pelo jovem leva a uma extrema valorização do
convívio entre eles, fazendo com que a sociabilidade ocupe posição central em sua
vivência: os grupos de amigos, os grupos de pares, etc.
Adultos: Alguém que evolui e se transforma continuamente. Seu desenvolvimento cognitivo
relaciona aprendizagem, interação com o meio sócio cultural e os processos de mediação.
O aluno adulto tem como característica responder pelos seus atos, além de assumir
responsabilidades diante dos desafios da vida. O predomínio da racionalidade é outro
aspecto marcante nos adultos. O adulto tende a enxergar o mundo e seus acontecimentos
de forma mais objetiva, de modo que pode tomar decisões movidas mais pela razão.
Este Estabelecimento de Ensino, desde sua fundação atende educandos proveniente
do meio rural e urbano. Os estudantes do período noturno são jovens trabalhadores. Desde
a sua criação recebe grande número de alunos de São Silvestre, distrito de Cruzeiro do
Oeste, de Santa Felicidade, pertencente ao município de Tapira e ainda, residentes na zona
rural pertencentes ao município de Maria Helena. O interesse justifica-se pela proximidade
destes à sede do município de Nova Olímpia, a motivação pela qualidade de ensino
ofertada e regularidade do transporte escolar.
A comunidade optou por organizar o currículo por disciplina. A Matriz Curricular
compõe-se das seguintes disciplinas:
Ensino Fundamental Regular e EJA – Arte, Ciências, Educação Física, Ensino
Religioso, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática e Língua Estrangeira
Moderna – Inglês;
Ensino Médio Regular e EJA – Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia,
História, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Língua Estrangeira Moderna –
Inglês, Filosofia e Sociologia.
O quadro geral dos profissionais da escola está composto da forma que segue:
Professor Vínculo Graduação Pós GraduaçãoAnadir das Graças Farina QPM Letras/Pedagogia Met.Téc.Prod.TextoAparecida de L. Mossini QPM Letras Planej.EducacionaElisabeth Menezes
Souza
QPM Educação Artística Didática e
Metodologia de Ens.Zenaide do A. de Toledo QPM Biologia BiologiaFátima Regina Magrinelli QPM História Geociências – PDEIlson Ortiz Abolis QPM Matemática Planej. EducacionalIsabel Satico Oshima QPM Matemática Matemática – PDELourdes Camilo Alves QPM História História do mundo
contemporâneoLuiz Adalberto Silvério
Rodrigues
QPM Educação Física Educação especial
Luzia Aparecida de
Souza
QPM Letras Metod.Téc.Prod.Texto
Márcia de Fátima Souza QPM Educação Física Ed.Fis.Escolar
Planej.Desportivo –
PDEMaria Aparecida Gomes QPM Geografia GeociênciasMaria Elena B. Bacelar QPM Letras Planej.EducacionalMaria Inoes Roble Alves QPM Matemática MatemáticaMirian Carla Trevisan QPM Letras Ling.Port.e LiteraturaSonia Regina Alves QPM Letras Metodologias em
produção de textoOcinéia de Freitas
Barbosa
QPM Matemática Matemática
Sonia de Freitas
Quinelato
QPM Letras e Arte Metod.do Ensino –
PDESonia Ortiz da Cunha QPM História Planej. Educacioanl –
PDEWilson José Ferreira QPM Matemática MatemáticaCélia Regina Di Renso QPM História GeociênciasPriscila Loreiro Ortiz QPM Matemática Interdisciplinariedade
Na EducaçãoAdalgisa da Luz
Lonardoni
QPM História Educação Especial
Maria Rosa de Andrade QPM Matemática Educação Especial
Maria Julia Magrinelli QPM História Metodologia na
disciplina de HistóriaMaria Regina da Silva
Farina
QPM Letras PDE
Luciana Travassos Ledo PSS Ciências BiológicasWesley Eduardo Cordeiro PSS QuímicaMárcia Andréia Piveta PSS LetrasCleuza Perõn PSS HistóriaGevanete Ferreira PSS Estudos SociaisRoseli dos S. Bandeira PSS Letras Educação EspecialRosilene de Paula PSS Ciências Biológicas Gestão AmbientalMarcio Flores da Silva PSS Educação FísicaRogério Barbiéri PSS Educação FísicaMaria José Santana PSS HistóriaEquipe DiretivaDiretor: Luiz Carlos
Prado
QPM Educação Física Treino Desportivo
Met.Ens.SuperiorDiretora Auxiliar: Elizete
Bandeira de Paula
QG Matemática Matemática
Secretária: Lenir da Silva
Soares
QG Normal Superior
Equipe PedagógicaLeonilda Fernandes Q PM Pedagogia Adm. Escolar,
Supervisão de Ensino
e Orientação
Educacional.
Planejamento
Educacional. PDE.Ezilda F. P. de Souza QPM Pedagogia Educ. Especial,
Supervisão e
Orientação.
Metodologia do Ens.
Educ. Especial.Gislene Apª dos Santos QPM Pedagogia Ética e Gestão de
Pessoas.
Educação Especial.
Psicopedagogia. Roseli Apª Ribeiro PSS PedagogiaAgente Educacional Albeni Rodrigues dos
Anjos
QG Magistério
Maria Aparecida Piloto QG MagistérioClaudenilza da Silva PSS Magistério
Eunice Rosa Pereira dos
Santos
PSS Magistério
Eurides Rosa da Silva CLAD 2º Grau CompletoIvone da Silva Valera CLAD 2º Grau IncompletoMaria Aparecida Cattiste CLAD 2º Grau CompletoMaria Josefina Budim Pr. Educação 1º Grau CompletoZilda Fátima Camilo
Corbeta
CLAD Magistério
O espaço físico disponível:
N.º de salas de aula 15N.º de banheiros masculino 02N.º de banheiros feminino 02N.º de cancha poli esportiva 01N.º de salas administrativa 04Biblioteca 01Laboratório de informática 01Laboratório de ciências 01Sala de vídeo 02Cozinha 01Áreas coberta – Uma das áreas é usada como refeitório 03
A escola está equipada com materiais multimídia: Tv pendrive, data show
computadores, aparelhos de DVDs, retro projetor, vídeo cassete e uma grande variedade de
materiais pedagógicos adquiridos com a verba recebida do PDE Escola.
Faz parte da biblioteca um rico acervo de livros e revistas que possibilita que a
comunidade escolar tenha diversificadas fontes de pesquisa, leitura e informações.
MARCO SITUACIONAL
Durante o processo de análise crítica dos problemas existentes na escola pela
comunidade, especialmente aqueles referentes a aprendizagem, houve ampla discussão. Em
diversos momentos se fez presente a divergência e a contradição, devido a multiplicidade de
culturas presentes no mesmo espaço. A tolerância teve que ser exercitada, e a diversidade
cultural como característica positiva das sociedades modernas, precisou ser enaltecida para
que se chegasse a um consenso coletivo.
Diante do quadro que ora se apresenta e dos desafios impostos pela sociedade
moderna, todos concordam que educação é prioridade. Assim, o conhecimento, a informação e
a capacidade de se relacionar com os outros, observando os princípios da solidariedade, do
respeito, da ética e da democracia são considerados pelo coletivo como patrimônio humano.
Os resultados do colégio se apresentam da seguinte forma no Ensino Fundamental
Regular:
TAXA DE APROVAÇÃO
2005 = 84,0
2007 = 84,4
2009 = 90,0
PROVA BRASIL
MATEMÁTICA
2005 = 248,04
2007 = 230,62
2009 = 257,09
LÍNGUA PORTUGUESA
2005 = 228,60
2007 = 205,10
2009 = 243,23
IDEB da Escola
2005 = 3,9
2007 = 3,3
2009 = 4,5
2011/meta = 4,3
Ensino Médio Regular
Ano Aprovação Repetência Abandono2005 77,4 4,5 182006 84,7 3,8 11,42007 85 4,3 10,62008 84,1 6,3 9,52009 84,7 8,7 6,4
O perfil da comunidade atendida pela instituição de ensino foi assim caracterizado:
Heterogeneidade e diversidade.
22,5% dos alunos são da zona rural e 77,95% da zona urbana.
Estrutura familiar diversificada.
Nível sócio-econômico de médio para baixo.
Alunos egressos da EJA para o Ensino Médio Regular.
Alunos que se evadem da escola, principalmente período noturno, Ensino Médio, por
motivo de trabalho.
Parcela significativa de alunos que não demonstram interesse para os estudos.
Parte dos jovens aspira melhor qualidade de vida, enquanto a maioria não tem projeto
algum.
Jovem aspirante ao trabalho.
Trabalhadores rurais e urbanos que conciliam trabalho e estudo.
Defasagem idade/série.
Parte das famílias possui escassas condições para acompanhar os estudos dos filhos.
Falta de limites.
Casos de dificuldade de relacionamento professor x aluno, aluno x aluno.
Alunos que apresentam defasagem na aprendizagem dos conteúdos com relação a
série que cursam.
Chegou-se a seguinte conclusão a respeito dos problemas existentes na escola:
• Os dados estatísticos dos resultados escolares mostram a existência da desigualdade no
desempenho dos estudantes, refletido pela existência de evasões, repetências e grande
número de alunos aprovados pelo Conselho de Classe. Esses resultados demonstram que, a
escola, apesar dos esforços, não tem conseguido solucionar parte dos problemas de
defasagem acadêmica que o aluno traz das séries anteriores e atender a diversidade existente
na escola, principalmente no caso do jovem trabalhador.
• A Recuperação de Estudos paralela ainda não está alcançado os objetivos propostos, tendo
em vista os resultados já mencionados acima.
• Parte dos órgãos empregatícios do município, não incentiva o jovem trabalhador a estudar e
quando este se obriga a fazer uma escolha entre estudar e trabalhar, o mesmo opta pelo
trabalho.
• Os profissionais da educação do estabelecimento têm dificuldades para despertar o
interesse dos alunos desmotivados para os estudos.
• Parte da comunidade escolar tem dificuldade em se envolver nos trabalhos coletivos.
• Os alunos não têm clareza sobre como o professor avalia o seu desempenho e a razão pela
qual deve estudar determinados conteúdos.
• Salas numerosas e tumultuadas dificultam o aprendizado e o trabalho escolar, levando em
consideração a diversidade presente e a necessidade da inclusão educacional.
• Presença de grupo de alunos com sérios problemas disciplinares tem prejudicado o
processo de ensino e aprendizagem.
• A falta de profissional e de colaboração entre alguns funcionários gera a insatisfação
pessoal e a má distribuição do trabalho, causando alguns conflitos entre os funcionários do
quadro de apoio.
• Biblioteca fechada no período noturno por falta de pessoal, dificulta o trabalho de leitura e
pesquisa para os alunos deste período.
• Alguns professores têm dificuldade para diversificar a metodologia de ensino, tornando as
aulas menos atrativas para os alunos.
• Dificuldade dos profissionais da educação em lidar com problemas disciplinares.
• Dificuldade dos professores, na prática, em realizar as adequações curriculares para
atender a toda diversidade presente na sala de aula.
• Normas construídas coletivamente (comunidade escolar) no início de cada ano letivo, não
são cumpridas por alguns profissionais da escola e/ou alunos.
• Os equipamentos Tecnológicos a serem utilizados como recursos pedagógicos são pouco
utilizados porque os professores não têm o total domínio sobre o manuseio dos mesmos.
• Falta de conscientização dos alunos para melhorar a higiene no ambiente escolar,
principalmente nos banheiros, que apresenta estrutura física deficitária;
• Espaço físico inadequado para o atendimento aos alunos com necessidades especiais;
• Alto índice de reprova e/ou aprovação por conselho nas disciplinas de Matemática, História,
Língua Portuguesa, Química e Geografia.
• Resistência e/ou dificuldade de alguns docentes, em aceitar/aplicarem os
encaminhamentos pedagógicos orientados;
• Dificuldade do coletivo no entendimento do conceito/critérios/instrumentos de avaliação.
• Dificuldade da equipe pedagógica em acompanhar a hora-atividade dos docentes, devido a
sua organização não funcional;
• Dificuldade do professor em encaminhar os conteúdos como se fundamentam nas
Diretrizes Curriculares.
• Dificuldade do corpo docente e dos alunos em utilizar algumas ferramentas do sistema
linux; espaço físico e número de máquinas do laboratório do Paraná Digital, inadequados para
atender a maioria das turmas;
• Poucas atividades diferenciadas que oportunizem aos alunos ampliarem os seus
conhecimentos (feiras e mostras culturais, científicas e artísticas).
• As ações propostas pelo colegiado no Conselho de Classe a fim de buscar melhorias para o
processo de ensino e aprendizagem não são colocadas em prática por todos os professores.
• Falta de funcionário para atender as necessidades da escola dificulta a distribuição de
horários de trabalho e atendimento, comprometendo o direito à férias e à licença especial.
• Insuficiência de capacitação para os funcionários do setor administrativo.
• Falta de integração dos alunos com os agentes educacionais.
MARCO CONCEITUAL
Entendendo que, o acesso à educação escolar, extrapola o ato da matrícula e
assiduidade, implicando em apropriação do saber e das oportunidades educacionais oferecidas
à totalidade dos educandos, busca-se a qualidade de aprendizagem para todos com vista a
atingir as finalidades da educação. Uma educação inclusiva pressupõe atender todas as
diversidades, vencer barreiras, qualquer forma de discriminação e/ou preconceitos impostos
pela sociedade, igualando assim, direitos e oportunidades para todos. Levando-se em conta
ainda que o desempenho escolar depende primordialmente de uma escola mais justa e
igualitária, firmou-se neste Projeto Político Pedagógico conceitos das pedagogias
progressistas.
Concepção de Mundo, Sociedade, Cultura, Homem, Educação, Escola,
Conhecimento, Tecnologia, Currículo, Ensino, Aprendizagem, Método de Ensino,
Avaliação, Cidadania, Tempo e Espaço e Formação Continuada.
“O ambiente geral, o clima cultural, os valores e as imagens
mudaram de trinta anos para cá. Por isso a educação, a escola, suas
leituras e currículos e seus instrumentos didáticos também devem mudar,
pois são realidades concretas e não metafísicas" (A.Gramsci).
O mundo se transforma constantemente, e o homem é sujeito da própria educação.
Dessa forma, através da reflexão sobre o ambiente, ele contribuirá para as mudanças e
melhorias que se fizerem necessárias. No mundo da tecnologia, da comunicação e da
informação não se pode perder de vista a importância da qualidade de vida de todos os seres.
Toda atividade humana ocorre na sociedade, na qual os sujeitos vivem integrados,
unidos pela consciência de grupo. A sociedade vive um permanente processo de
transformação e isso coloca-nos a necessidade de mudança para não perecer.
Neste contexto, vê-se o homem como um ser histórico, já que suas ações e
pensamentos mudam com o tempo, a partir das diferentes situações vividas. Isto ocorre, não
só do ponto de vista da vida coletiva, como também da vida pessoal de cada um. O trabalho
transforma e faz com que jamais permaneçamos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer
que seja ela.
O homem é um ser ativo, criador e de relações, que “reconstrói” a história a partir do
seu presente. A cada novo fato, reinterpreta a experiência vivida, ou seja, a partir do trabalho
coletivo e na medida em que este se transforma, também se constrói e reconstrói a história.
Nessa interação que ocorre entre os homens dá-se a necessidade de criar formas de
convivência que contribuam para a vida em sociedade. Nisso se dá a cidadania e a construção
da cultura.
O conhecimento é a informação elaborada, e, portanto, o processo de
estabelecimento, no sujeito, de representações mentais das diferentes relações constituintes
do objeto, ou de um objeto de conhecimento com o outro.
Assim sendo, a Educação é um processo de descoberta, apropriação e
transformação de conhecimentos e valores acumulados pela sociedade através da história.
Enquanto processo, não é formada por produtos finais, por saberes prontos, ou por imposição
de conteúdos vazios de significados. Ela ocorre na descoberta, apropriação e transformação
dos conteúdos e valores ensinados/aprendidos que tenham uma finalidade social.
É sabido que a educação abrange vários modos de formação do ser humano: ela
ocorre através do trabalho, das manifestações culturais, do aprendizado na escola, entre
outros. E, segundo a LDB 9394/96, a educação escolar, por sua vez, deve estar relacionada ao
mundo do trabalho e a vida em sociedade.
Assim sendo, cabe a escola, enquanto instituição social e agente formadora de
sujeitos para atuar na sociedade, promover meios para que o educando possa nela interagir e
viver plenamente a sua cidadania, tendo por função básica oferecer condições para a
apropriação ativa dos conhecimentos elaborados, proporcionando as condições necessárias à
aprendizagem, tendo em vista a preparação para o prosseguimento dos estudos série a série,
para o mundo de trabalho e para as demais exigências da vida social. É também função da
escola trabalhar os valores essenciais para a construção de uma sociedade justa e
democrática.
Dessa forma, o currículo deve levar em conta as propostas traçadas neste Projeto
Político Pedagógico, prevendo de forma sistemática e ordenada a seleção de conteúdos que
se julga importante para a formação dos alunos, no sentido de desenvolver a consciência de
cidadania. Nele deve refletir a intencionalidade de cada disciplina, levando em conta os
conhecimentos que se pretende proporcionar aos alunos do Ensino Fundamental, Médio, EJA,
Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM) e Centro de Atendimento Especializado
Área da Deficiência Visual – CAEDV. Será organizado por disciplina, contemplando um breve
histórico de cada uma, os conteúdos estruturantes, básicos e específicos, metodologia de
ensino e avaliação.
A aprendizagem, enquanto resultado do ato de ensinar, é um processo através do
qual, educador e educando utilizam-se de estratégias diversas para ensinar e aprender,
ocorrendo pela interação entre as pessoas e com o ambiente, contando com a intervenção
adequada do professor. Para isso, a aprendizagem escolar deve estar organizada de forma
que cumpra com a sua finalidade específica de ensinar/aprender os conhecimentos
sistematizados. Isto é, apesar de se aprender em diversos lugares, é na escola que são
organizadas as condições específicas para promoção e apropriação dos conteúdos
previamente selecionados através do currículo. Sendo, portanto, a aprendizagem escolar, um
processo contínuo de construção de conhecimentos organizados e orientados no processo de
ensino.
O ensino, por sua vez, é uma atividade de mediação pela qual são providas as
condições e os meios para que os educandos se tornem sujeitos ativos na apropriação de
conhecimentos.
O ensino visa direcionar, orientar e promover o processo de aprendizagem. Tem
caráter pedagógico, ou seja, o de dar rumo definitivo para o processo educacional que se
realiza na escola.
Para tanto se faz necessário compreender as relações entre método e metodologia.
Ou seja, compreender que há uma íntima relação entre o processo pelo qual o homem produz
conhecimento e o modo pelo qual esse conhecimento é apropriado pelas gerações seguintes.
Pedagogicamente falando, o educador necessita conhecer as inter-relações entre a
produção do conhecimento – método – e a transmissão/apropriação desse conhecimento –
metodologia. Considera-se então, que o método é uma forma específica de compreender a
realidade, de se chegar a um determinado conhecimento e, metodologia é um meio para se
efetivar o processo educativo.
Os procedimentos metodológicos (metodologias) selecionados pelo educador devem
levar em conta os diferentes níveis de aprendizagem e a natureza da área do conhecimento,
efetivando-se as adequações que se fizerem necessárias. Deve-se priorizar metodologias que
enfatizem o pensar e promovam a interação entre os saberes do educador e os saberes dos
educandos, objetivando dar significado aos conteúdos que estão sendo ensinados.
Os conteúdos selecionados devem refletir os amplos aspectos da cultura, articulando
singularidade e totalidade, de forma a construir uma compreensão de presente, passado e
futuro, possibilitando identificar as mudanças e permanências inerentes ao processo de
construção do conhecimento na sua relação com o contexto social.
Desta forma, os conteúdos irão além do contexto particular dos educandos e
garantirão o acesso aos conhecimentos nas suas múltiplas naturezas (política, econômica,
científica, ético-social, dentre outras), contribuindo assim, para a formação da consciência
histórica e política dos educandos.
Por sua vez, a avaliação faz parte do processo ensino aprendizagem. Sobre isso a
Deliberação n.º 007/99 diz o seguinte:
Art. 1.º A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as
finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como,
diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
Assim sendo, a prática avaliativa deverá ser construtiva. O mais importante não é a
aprovação ou a reprovação do educando, mas sua aprendizagem e consequentemente, o seu
crescimento. Daí ela ser contínua, cumulativa e formativa, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos, a fim de permitir que se façam as intervenções necessárias.
A hora atividade é o momento em que o professor organiza a sua prática
pedagógica. Deve ser usada como um espaço para planejamento, aprofundamento teórico
metodológico e interação com outros professores e com a equipe pedagógica. Enquanto
espaço de formação continuada a hora atividade deve proporcionar a reflexão e a busca do
conhecimento necessário para que o educador possa conduzir o processo de ensino e de
aprendizagem de forma a garantir que se cumpram os objetivos propostos no plano de trabalho
docente.
No que se refere a gestão democrática, ela é constituída pela participação de
estudantes, funcionários, professores, pais e comunidade. A gestão democrática tem por
finalidade desenvolver a capacidade de cada escola/estabelecimento de autogovernar-se
(autonomia) com ampla participação dos diferentes segmentos da escola – APMF, Conselho
Escolar, Grêmio Estudantil e Representantes de Classe.
Tendo como concepção a Gestão Democrática, implica considerar que as decisões
financeiras, pedagógicas e administrativas devem ser discutidas no Conselho Escolar, que é
órgão máximo de gestão. Ele é consultivo, deliberativo, avaliativo, fiscalizador e toda
comunidade deve estar nele representado.
O Conselho de Classe é um órgão deliberativo, que deve servir de respaldo para a
melhoria do trabalho na escola, tendo sempre em vista o desenvolvimento de estratégias que
permitam ao aluno apropriar-se do conhecimento. Portanto, é um instrumento de avaliação.
O colegiado se reunirá uma vez por bimestre com diferentes propósitos:
Primeiro Conselho: tem por finalidade verificar os aspectos relativos a aprendizagem dos
alunos: quais e quantos apresentam dificuldades, em que áreas do conhecimento, medidas
que foram adotadas pelos professores; avaliação do trabalho pedagógico: auto avaliação
docente, junto ao grupo da série em que atua e indicação dos ajustes necessários
(conhecimento dos conteúdos, plano de trabalho docente, recursos didáticos, metodologia
de ensino, diversificação e adequação dos instrumentos e critérios de avaliação). Analisar
as medidas já adotadas e indicar as ações a serem implementadas.
Segundo Conselho: Retomada de dados do primeiro Conselho de Classe e análise da
eficácia das ações desenvolvidas; manutenção e/ou estabelecimento de novas medidas,
visando o constante avanço dos alunos citados no primeiro Conselho de Classe; verificação
da necessidade de revisão da sistemática de ensino, observando no plano de trabalho
docente, a retomada dos conteúdos trabalhados; estabelecimento de novas ações caso
seja necessário.
Terceiro Conselho: Manutenção, aprimoramento e/ou estabelecimento de novas medidas
visando o constante avanço dos alunos citados no segundo Conselho de Classe.
Quarto Conselho: Avaliação do trabalho desenvolvido na escola; encaminhamentos
necessários para o ano seguinte; avaliação de cada componente curricular; análise de
situações dos alunos que necessitam de maior atenção ou acompanhamento no ano
seguinte; decisão sobre a progressão de alunos que, devido a situações excepcionais,
tiveram sua aprendizagem comprometida.
O pré-conselho trata-se de uma avaliação prévia, realizada ao final de cada bimestre,
para levantamento dos avanços e dificuldades referentes ao processo de ensino e
aprendizagem, realizado com os professores de cada disciplina e com cada turma.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF é um órgão de
representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter
político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é regida por Estatuto próprio,
aprovado e homologado em Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.
O Grêmio Estudantil, instituído e efetivado na escola é a organização que representa
os interesses dos estudantes dentro do Estabelecimento de Ensino. Ele permite que os alunos
discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente
escolar como na comunidade. Não tem caráter político-partidário, religioso, racial e também
não tem caráter lucrativo. É um órgão reconhecido de apoio à Direção da escola.
Tendo em vista as finalidades da educação básica, as referências conceituais
abordadas visam contribuir para a compreensão da realidade social de forma que
educador/educando possam visualizar o que de fato determina esta realidade e as
possibilidades de intervir junto a ela no sentido de transformá-la e assim, construir uma
sociedade o mais democrática possível. Diante de tal propósito, considera-se que o diálogo é a
única forma de consolidar a democracia e tornar possível o exercício da cidadania.
MARCO OPERACIONAL
Ficaram estabelecidas as seguintes metas a serem alcançadas a curto, médio e
longo prazo:
- Consolidação da gestão democrática. Ampla participação dos representantes dos diferentes
segmentos da escola, APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, representantes de
classe nas decisões e ações administrativas/pedagógicas a serem desenvolvidas pela
escola.
Para tanto, a direção deverá abrir espaços onde toda comunidade escolar possa discutir e
negociar encaminhamentos sobre os principais acontecimentos da escola. As informações
deverão circular de maneira rápida e precisa entre pais, professores, demais profissionais
da escola, alunos e outros membros da comunidade escolar. As discussões e informações
poderão ser repassadas em reuniões, através de correspondência, publicação de
resultados em edital, divulgação na rádio comunitária, etc.
- Resgatar o sentido de autonomia, democracia e liberdade junto à comunidade, formando
grupos de pais, alunos, professores para discussões periódicas. Nos grupos poderão ser
trabalhados os temas já mencionados e outros de acordo com a necessidade da escola.
Todo trabalho deverá ser orientado pelos professores, pela direção e equipe pedagógica.
- Eleger anualmente através do voto, representantes de turma para tratar de assuntos
pertinentes a classe no ambiente escolar.
- Para que as aulas possam ser enriquecidas com o uso dos recursos tecnológicos
educacionais, faz-se necessário que o professor seja capacitado para tanto, e que os
equipamentos disponíveis sejam de boa qualidade. Além da formação na própria escola,
solicitar junto à mantenedora, curso de capacitação para professores na área de tecnologia
educacional.
- Formação continuada para todos os profissionais da educação da instituição. A hora
atividade deve ser organizada por área, a fim de favorecer o trabalho coletivo. Dez por
cento (10%) da carga horária da hora atividade dos professores poderá ser destinada a
estudos, coordenados pela equipe pedagógica e professor PDE, organizado conforme as
condições e necessidades dos mesmos. Com os funcionários os estudos serão organizados
por turno. Em ambos os casos proceder com antecedência o levantamento das
necessidades de cada categoria.
- Primar pelo uso de metodologias ativas de forma que os educandos aprendam e
compreendam o significado dos conteúdos ensinados.
- Manter diálogo permanente com os alunos a fim de esclarecer sobre a importância dos
estudos na vida das pessoas, trazendo membros da comunidade, jovens e pessoas de mais
idade para dar depoimentos. Os que estudaram destacarão em que aspectos os estudos
contribuíram para o seu sucesso na vida e, os que não tiveram oportunidade de estudar, ou
não souberam aproveitar a ocasião, destacarão quais dificuldades enfrentam na vida
cotidiana por falta do estudo.
- Vencer a barreira da repetência e da evasão, através de práticas de recuperação de
estudos eficaz em contra turno no período letivo e após o termino do período letivo em
parceria com a mantenedora, APMF e Secretaria Municipal de Educação.
- Escolarizar 100% da comunidade. Fazer um chamamento através da rádio comunitária, das
igrejas a fim de trazer para a escola toda criança, adolescente e jovem que não concluíram
a educação básica. Para atendê-los em suas necessidades, faz-se necessário um
profissional que compreenda a situação sócio-econômica desses alunos, aulas bem
planejadas, uso de metodologias inovadoras, adaptações curriculares, uso de ferramentas
diversificadas para enriquecimento das aulas e Avaliação anual do trabalho escolar no início
de cada ano letivo incluindo a comunidade interna e a externa. (Equipe administrativa,
professores, funcionários, pais e alunos).
- Valorizar o trabalho escolar, guardar memória do que foi produzido pelos alunos e
professores, bem como, publicar no site do colégio as produções.
- Assegurar transparência nas decisões, informando a comunidade escolar sobre a
efetivação das decisões tomadas coletivamente e dos resultados escolares.
- As intervenções pedagógicas, de acordo com a necessidade de cada caso em especial,
assumirão as formas de atendimento individual pelo professor da disciplina na própria sala
de aula, na Sala de Apoio e atendimento na Sala de Recursos.
- A recuperação paralela será proporcionada obrigatoriamente pelo estabelecimento de
ensino ao aluno que não se apropriou dos conteúdos trabalhados. Os conteúdos de
recuperação, o instrumento de avaliação, a data em que a recuperação será realizada, bem
como o valor da avaliação deverão ser registrados no livro de registro de classe. Os
resultados da recuperação deverão incorporar-se aos das avaliações efetuadas durante o
bimestre, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.
- De acordo com a especificidade de cada disciplina e conteúdo de ensino, o professor
poderá lançar mão de instrumentos avaliativos diversos. Principalmente aqueles que
favorecem o melhor acompanhamento e aperfeiçoamento do processo de aprendizagem
dos alunos.
- A escola garantirá a participação de representante de turma do Ensino Médio no Conselho
de Classe.
- Será realizado o Pré-Conselho com os professores de todas as disciplinas e turmas,
juntamente com a equipe pedagógica, com registros em ficha própria.
- Será realizado o Pré-Conselho nas turmas do Ensino Fundamental pelos próprios alunos,
orientados por membro da equipe pedagógica e professores. No Ensino Médio pelos alunos
e o professor representante da turma.
- Desafios Educacionais Contemporâneos, a Diversidade e a Inclusão Educacional serão
trabalhados levando-se em conta a intencionalidade social, histórica, política e cultural,
sempre que possível, no contexto dos conteúdos de todas as disciplinas que compõem a
Matriz Curricular.
- O coletivo do colégio optou por não ofertar o Regime de Progressão Parcial, tendo em vista
que tal modalidade de progressão não poderia ser aplicada para os alunos de todos os
turnos, devido as dificuldades de transporte, organização do horário, considerando também
as experiências vivenciadas em anos anteriores que demonstraram que os resultados são
negativos. Para os alunos transferidos de outras escolas com dependência, serão exigidos
trabalhos na forma de adaptação. Os trabalhos, corrigidos pelo professor da respectiva
disciplina, farão parte da pasta individual do aluno.
- A articulação escola, família e comunidade deverão acontecer cotidianamente e/ou através
de reuniões previamente planejadas no início do ano letivo e ao final de cada bimestre.
- O uso do uniforme será solicitado em todas as atividades escolares, inclusive em:
atividades fora do estabelecimento, aulas em contra turno e pesquisa na biblioteca.
- Decidir com os pais, em assembleia, a melhor forma de se cobrar o uso do uniforme
escolar.
- Será obrigatória, conforme Regimento Escolar a participação no Conselho de Classe do
diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, da equipe pedagógica, dos docentes e os alunos
representantes que atuam numa mesma turma e/ou série, por meio de: pré-conselho de
Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante
de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s); conselho de classe Integrado, com a participação da
equipe de direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa
de alunos e pais de alunos por turma e/ou série.
- Sensibilizar os alunos e famílias sobre a importância de cobrar dos órgãos empregatícios
valorização e o apoio aos estudos organizando os horários de trabalho de forma a não
prejudicar a frequência escolar.
- Realização de reuniões de pais bimestrais, por série, para tratar de assuntos gerais das
turmas, e atender os casos necessários de forma individual.
- Desenvolver trabalho bimestralmente com professores, alunos e pais de alunos que foram
aprovados por Conselho de classe no ano anterior e/ou não obteve bom rendimento
escolar no bimestre.
- Os casos de indisciplina serão tratados conforme reza no Regimento Escolar.
- Reunião periódica com os agentes educacionais para discutir a organização do trabalho
visando melhor atender a comunidade escolar.
- Solicitar junto a mantenedora a contratação de funcionário.
- Participação dos agentes educacionais nas capacitações ofertadas pela SEED e pela
escola.
- Trabalho com alunos para conscientização da importância da manutenção do espaço
escolar.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico passará por avaliações anualmente de forma
democrática e emancipadora, isto é, uma avaliação que visa à melhoria da qualidade dos
serviços que a escola presta a comunidade. Participará do processo d avaliação: equipe
diretiva, professores, funcionários, Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil.
REFERÊNCIAS
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1968. Disponível em www.mcc.gov.br/legis/default.shtm.
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DALBEN. Imaculada Loureiro de Freitas. Conselho de Classe e Avaliação do Projeto
Político Pedagógico da Escola.
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FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra. 1997.
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GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere: introdução ao estudo da filosofia e a filosofia de Benedetto
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HOFFMANN. Jussara. Avaliar para promover as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação,
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KUENZER, A. Z. O trabalho como princípio educativo. Cadernos de Pesquisa, São Paulo,
1989.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9394/96. Disponível em:
www.mcc.gov.br/legis/default.shtm.
Revista Presença Pedagógica – Nov./Dez./2004
VEIGA. Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico da Escola – Uma construção
possível. 13ª ed. Campinas: Papirus. 1995.
SILVA, Mônica Ribeiro da Costa e Joaquim Gonçalves da. Método e Metodologia: implicações
na prática docente. Curitiba, 2008.
Nova Olímpia, 18 de agosto de 2010.
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