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COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA - BRASIL
COLÔNIA: A SOLUÇÃO AÇUCAREIRA
Objetivo
Principal:
Analisar a
Colonização
da América e
as Condições
Em Que a
empresa
Açucareira Foi
Montada na
Colônia No
Séc. XVI.
Objetivo
Secundário:
Verificar a
Inserção do
Brasil nos
Quadros do
Antigo Sistema
Colonial.
COLÉGIO TIRADENTES DA PMMG Aula 01 e 02
Características
da Colonização
da América
Tipos de
Ocupação
Tipos de Trabalho Tamanho das
Propriedades e destino da
Produção
Colonização
Portuguesa
Colônias de
Exploração:
América do Sul
(Leste)
Mão de Obra
Escrava
Predominante: Negra
Africana e Indígena e
Mão de Obra Livre
Assalariada
Latifúndio e Produção Tipo
Plantation + Extração
Destinadas à Metrópole
(Exógeno)
Colonização
Espanhola
Colônias de
Exploração:
América Central
e Sul (Oeste)
Trabalho
Compulsório de
Nativos; Escravo
Negro Africano na
América Central
(Caribe) e Mão de
Obra Livre
Assalariada
Latifúndio e Produção Tipo
Plantation + Extração
Destinadas à Metrópole
(Exógeno)
Colonização
Britânica
Colônias de
Exploração: Sul
Colônias de
Povoamento:
Norte e Canadá
Mão de Obra
Escrava Negra
Africana: Sul
Mão de Obra Livre
Assalariada: Norte e
Cenrtro
Latifúndio e Produção Tipo
Plantation Destinada à
Metrópole: Sul
Minifúndio e Produção voltada
para o mercado interno
(Endógeno)
QUADRO COMPARATIVO DA COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA
Portuguesa / Espanhola / Britânica
Características
da
Colonização
da América
Ideais de
Acumulação
financeira
Onde eram
Gastas as
Riquezas
Produzidas
Como se
Organizou o
Comércio
Colonial
Para que Servia
a Produção na
Colônia
Colônias de
Exploração
vinculado a
ideia de
enriquecimento
rápido na
colônia para
gastar na
Europa.
Os lucros
eram levados
para a Europa.
Dependia da
Europa para
realizar suas
trocas
comerciais.
Para atender os
interesses
econômicos dos
países europeus.
Colônias de
Povoamento
vinculado ao
trabalho e a
poupança.
Os lucros
eram
reinvestidos
na própria
colônia, indo
para a Europa
apenas os
impostos.
Surgiu um
mercado
interno, dentro
da própria
colônia.
Para atender e
satisfazer as
necessidades
da própria colônia.
QUADRO COMPARATIVO ENTRE AS COLÔNIAS DE
POVOAMENTO E AS COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO
DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO ASSOCIADOS A
FATORES HISTÓRICOS:
América Latina: Os países considerados latinos tiveram uma
colonização de exploração, ou seja, apenas forneciam riquezas
oriundas da natureza (madeira, pedras preciosas, entre outros) e
cultivavam produtos tropicais (cana-de-açúcar, café, borracha, entre
outros). Em resultado a essa intensa exploração, os países latinos
herdaram desse período um grande atraso socioeconômico que
reflete nos dias atuais.
América Anglo-Saxônica: Os países que fazem parte da América
Anglo-saxônica tiveram uma colonização de povoamento. Isso quer
dizer que o interesse da metrópole era povoar e desenvolver o lugar.
Nesse tipo de colonização a intenção não estava ligada à exploração
de riquezas com a finalidade de enviá-las para a metrópole, e sim de
abastecer os próprios habitantes. Em suma, as riquezas produzidas
permaneciam no país. Essa característica foi de fundamental
importância para que países como Estados Unidos e Canadá se
tornassem grandes nações, sendo o primeiro a maior potência
mundial.
SÉCULO XVI: O CONTEXTO DE PRODUÇÃO
PRODUZIR O QUÊ?
A RESPONSABILIDADE CAIU SOBRE O AÇÚCAR
POR CLAROS MOTIVOS ECONÔMICO-
FINANCEIROS ENTRE OS QUAIS PODEMOS
APONTAR:
* Clima (Tropical) e solo (Massapê) da maior parte do
litoral brasileiro;
* O açúcar era um produto já bastante conhecido em
toda a Europa;
* Portugal já possuía experiência de produção
açucareira, adquirida nas ilhas da Madeira e dos
Açores.
DIFICULDADES INICIAIS
* A finalidade da produção era ocupar a terra, mas a
área era muito vasta, exigindo uma enorme produção
(exigia área muito extensa de cultivo e produção em
grande escala);
* A produção em área tão extensa exigia grande capital
inicial e um amplo sistema de transporte marítimo;
* Seria preciso uma poderosa estrutura comercial para
ganhar o mercado europeu
Obs.: Portugal não tinha condições de suprir
nenhuma das exigências.
SOLUÇÃO:
* Estabelecimento de novos contratos com os
comerciantes e banqueiros holandeses, velhos
conhecidos do Portugueses do comércio de açúcar nas
ilhas atlânticas.
DESTA FORMA O AÇÚCAR PERMITIA:
* Obter com relativa facilidade o capital inicial para a
efetivação da colonização;
* Resolver o problema do transporte marítimo;
* Solucionar o problema do alargamento do mercado
consumidor europeu, para que este passasse a
consumir o produto em grande escala.
ÁREAS DE PRESENÇA HOLANDESA NO INÍCIO DA
COLONIZAÇÃO:
* Empréstimo para a instalação dos engenhos;
* Transporte o açúcar do Brasil pra a Europa;
* Distribuição do Produto no Mercado Europeu.
Obs.: A Parceria entre Portugal e Holanda durou 100
anos e enquanto durou possibilitou que o Brasil, já no
final do século XVI, se tornasse uma colônia rica,
embora com pouca área ocupada (apenas 5% do
território atual).
O FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA
1) SISTEMA DE PLANTATION Objetivo: Propiciar a máxima rentabilidade.
Caraterísticas: Monocultura, Latifúndio, Escravista e voltada para o
Mercado Externo (Acumulação Exógena – maior parte da renda ia para o
exterior enquanto o pouco que ficava ia para os bolsos dos senhores de
engenho).
Soluções inicialmente consideradas para a mão-de-obra:
* Utilizar trabalhadores assalariados lusitanos (Mas faltava mão-de-obra
na Europa e não havia interesse por pequeno salário, além do risco de
pessoas livres, com o tempo, se transformarem em pequenos
prorietários com uma economia de subsistência);
* Utilizar escravos indígenas e/ou negros africanos.
2) ESCRAVIDÃO Objetivo: Suprir o problema da Mão-De-Obra (Plantação, fabrico e
serviços gerais).
Características: Até o século XVII o número de escravos indígenas
superava o número de negros africanos se modificando nos períodos
posteriores sem que houvesse um fim para a escravização de
indígenas até o fim da colonização em outras atividades.
COMÉRCIO TRIANGULAR BRASILEIRO
O BRASIL DENTRO DO PACTO COLONIAL
Quais as características que determinam o status de colônia
para o Brasil?
* Pertencíamos a Portugal;
* Estabelecimento dos Princípios Mercantilistas no Brasil:
Acumulação de Ouro e Prata (Metalismo/Entesouramento/
Bulionismo) e Balança Comercial Favorável (O Brasil ajudava a
reduzir as importações de Portugal e consequentemente seus gastos
em ouro, possibilitando acumulação interna de ouro na Metrópole);
PACTO COLONIAL = Monopólio Comercial exercido pela Metrópole
sobre a Colônia.
MOTIVOS ECONÔMICOS QUE JUSTIFICAM O STATUS DO
BRASIL COMO COLÔNIA DE PORTUGAL:
* O açúcar destinava-se ao mercado externo e não o interno;
* A produção açucareira visava suprir as necessidade de Portugal e
não do Brasil;
* A parte mais lucrativa do empreendimento (O Comércio) ficava
para Portugal, restando ao Brasil apenas a produção;
* Grande parte daquilo que era gerado como lucro da colônia
acabava sendo desviado para Portugal através do pagamento de
importações de Escravos e Manufaturados.
AULA 03
BRASIL COLÔNIA: A SOCIEDADE COLONIAL
BRASILEIRA
Objetivo
Principal:
Estudar as
Condições Em
Que Se
Formou A
Sociedade
Brasileira Nos
Séculos XVI e
XVII.
Objetivo
Secundário:
Verificar as
Características
Fundamentais
da Sociedade
Colonial
Brasileira
CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE COLONIAL BRASILEIRA
1) Estratificação Social: Quase impossível haver mobilidade
vertical;
2) Caráter Rural: Maior parte das relações processava-se no
campo. Cidade e vilas eram concentradas no litoral e eram poucas e
pequenas nos séculos XVI e XVII;
3) Patriarcalismo: Senhores com podres quase absolutos sobre
seus famílias, dependentes e escravos. Sobre sua região exerciam
poderes políticos, administrativos e judiciários (assumiam funções
que na Metrópole pertencia a funcionários da Coroa)
4) Aristocratização: Concentração de Poder e Terras nas mãos da
elite agrária, transformando-se em uma elite rural com feições
conservadoras que se opunha a qualquer tipo de modernização, o
que pesou com o passar do tempo, para que o Brasil não
acompanhasse o desenvolvimento de outras partes do mundo.
SOCIEDADE DO AÇÚCAR
GRUPOS QUE COMPUNHAM A SOCIEDADE COLONIAL DOS
SÉCULOS XVI E XVII:
1) Classe Alta: Formada pelos latifundiários / Aristocracia Rural
(Poderes Políticos; Concentração de Renda nas suas Mãos; Posse
das Terras e dos Escravos). Não era Homogênea: a) Mais Ricos:
Donos dos Canaviais e dos Engenhos; b) Ricos Intermediários:
Donos de Canaviais que não tinham Engenhos e c) Menos Ricos:
Produziam alimentos para a subsistência da colônia.
2) Classe Intermediária: Situava-se ente os Senhores de terras e
os Escravos. Formada por Agregados, Padres, Militares,
Funcionários Públicos, Comerciantes, Artesãos e Trabalhadores
Livres. Hoje sabe-se que a lucratividade do comerciante era bem
maior que a da agricultura.
3) Classe Baixa: Formada pelos escravos que constituíam a maioria
da população. Grupo formado basicamente por negros – Escravos
indígenas permaneceram como maioria apenas nas partes mais
pobres da colônia -, era responsável por todo o trabalho manual,
mas sua importância política e social era praticamente nula pois
eram destituídos de qualquer direito.
OBSERVAÇÃO:
Nas áreas dedicadas ao PLANTATION as quatro características
discutidas inicialmente nesta aula prevaleceram durante todo o
período colonial, mas nas áreas cm outro tipo de atividade (Pecuária,
Exploração de Produtos Florestais ou Agricultura de subsistência)
houveram algumas diferenças e nem sempre prevaleciam as quatro
características, mas sempre havia Aristocratização e Patriarcalismo.
Variando apenas a Estratificação Social e o Caráter Rural.
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