Comportamento Operante - Skinner

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Rockson Pessoa

PSICOLOGIA EXPERIMENTALEXPERIMENTAL

B. F. Skinner

Do metodológico ao radical Na penúltima aula, discutimos o

behaviorismo metodológico de Watson, o qual surgiu em oposição ao mentalismo, sendo tal corrente representada na época pela psicanálise;

Para Watson, de maneira resumida, teríamos o esquema (S - R) de tal modo que o homem seria passivo no ambiente.

O ambiente como enredo Mas o homem é mais que um sujeito

que se submete aos imperativos do ambiente;

Até mesmo os ratos, buscam padrões para se comportar, tanto quando vivenciam situações agradáveis ou desagradáveis... Por que o homem não seria diferente?

Behaviorismo radical O Behaviorismo Radical é uma forma de

behaviorismo praticada por B.F.Skinner e adotada por vários outros psicólogos: Ferster, Sidman, Schoenfeld, Catania, Hineline, Jack Michael, etc. Constitue-se numa interpretação filosófica (isto é, baseada numa ideologia) de dados obtidos através da investigação sistemática do comportamento;

O corpo desta investigação propriamente dita é a Análise Experimental / Funcional do Comportamento.

Behaviorismo radical O behaviorista radical rejeita o mentalismo

por ser materialista, e acaba com o dualismo por acreditar que o comportamento é uma função biológica do organismo vivo;

Não preciso da mente para respirar, não explico a digestão por processos cognitivos, porque explicaria o comportamento por um ou outro?

O behaviorista radical propõe que existam dois

tipos de transações entre o comportamento

e o ambiente:

Behaviorismo radical

a) consequências seletivas consequências seletivas (que ocorrem após o comportamento e modificam a probabilidade futura de ocorrerem comportamentos equivalentes, i.e., da mesma classe);

b) contextoscontextos que estabelecem a ocasião para o comportamento ser afetado por suas consequências (e que portanto ocorreriam antes do comportamento e que igualmente afetariam a probabilidade desse comportamento).

Behaviorismo radical Estas duas classes possíveis de interações são

denominadas "contingências" e constituem as duas classes conceituais fundamentais para a análise do comportamento;

Relações funcionais são estabelecidas na medida em que registramos mudanças na probabilidade de ocorrência dos comportamentos que procuramos entender em relação a mudanças quer nas consequências, quer nos contextos, quer em ambos.

Behaviorismo radical Para sua rejeição do mentalismo/cognitivismo

como explicação do comportamento, e por sua posição não reducionista diante de eventos neurais (Skinner não aceita que eventos fisiológicos/neurológicos expliquem o comportamento, estas são outras tantas funções biológicas a serem explicadas;

O comportamento é um campo de estudo em si mesmo.

Radicalismo de Skinner Para Skinner, os estudos de eventos internos inclui-

se legitimamente dentro do campo de estudos da Psicologia, de uma ciência do comportamento. Assim ele é radical em dois sentidos: por negar radicalmente (i.e., negar absolutamente) a existência de algo que escapa ao mundo físico, que não tenha uma existência identificável no espaço e no tempo (mente, consciência, cognição);

E por radicalmente aceitar (i.e., aceitar integralmente) todos os fenômenos comportamentais.

Behaviorismo radical

Para Skinner, o homem é o fenômeno de interesse, é a origem de todas as coisas, não sua interação com o universo;

O organismo não é nem gerente nem iniciador de ações, é o palco onde as interações Comportamento- Ambiente se dão.

Sujeito operante

A psicologia proposta por Skinner não é uma psicologia S-R. Para ele não existe Comportamento (no sentido de não "podemos entender") sem as circunstâncias em que ocorre;

Não tem sentido falarmos em circunstâncias sem a especificação do comportamento que circunstanciam.

Condicionamento operante

Todo comportamento que modifica o ambiente e é afetado por ele, denomina-se Condicionamento Operante;

A partir disso, podemos compreender como a consequência daquilo que fazemos nos mantêm no mesmo caminho, ou afasta-nos dele.

Comportamento Respondente

S R

(uma alteração no ambiente elicia uma resposta do organismo)

Comportamento Operante

R C

(uma resposta emitida pelo organismo produz uma alteração no ambiente)

Comportamentos e Conseqüências

Comportamento (resposta)

Dizer “Oi!”

girar uma torneira

Fazer uma pergunta

Fazer o dever de casa

Conseqüência

Ouvir um “Ola!”

Obter água

Receber a resposta

Elogio do professor

Resumindo...

ComportamenComportamento to (Resposta)(Resposta)

ComportamenComportamento to (Resposta)(Resposta)

Conseqüência Conseqüência agradável agradável

Conseqüência Conseqüência desagradávdesagradáv

el el

Situação Situação tende a se tende a se

repetir repetir

Situação tende Situação tende a a nãonão se se repetir repetir

Possibilidades fantásticas...

Se os comportamentos das pessoas são controlados por suas conseqüências, isso

significa que podemos modificar os comportamentos das pessoas

programando conseqüências especiais para seus comportamentos.

Conseqüências = Reforços

Portanto, reforço é uma conseqüência do comportamento que aumenta a probabilidade de um determinado comportamento voltar a ocorrer.

Controle do Comportamento Controle do Comportamento por conseqüênciaspor conseqüências

Reforço Reforço

Chamamos de reforço a toda consequência que, uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência da resposta.

Reforço positivoReforço positivo

Um reforço positivo aumenta a probabilidade de um comportamento pela presença (positividade) de uma recompensa (estímulo forçador).

Ex: A criança ao obter uma boa nota recebe um elogio do pai

Reforço negativoReforço negativo Assim como o reforço positivo, também

aumenta a probabilidade de um comportamento pela a retirada e/ou ausência de um (estímulo aversivo) (que cause desprazer) após o organismo apresentar o comportamento pretendido.

Reforço negativo

FUGA: Quando o indivíduo busca fugir de um estímulo aversivo que está presente;

ESQUIVA: Quando o indivíduo expressa um comportamento com o intuito de evitar o surgimento de um estímulo aversivo

ReforçosReforços

O que difere um reforço positivo de um reforço negativo é que o primeiro consiste em inserir um estímulo reforçador (ER) no ambiente e o segundo consiste em retirar um estímulo aversivo (EA)

Reforços Reforços . Por exemplo, o comportamento do

funcionário “trabalhar muito” é reforçado pelo (estímulo reforçador) de se receber uma elogio do diretor, de modo que o elogio é um reforço positivo;

Por outro lado, desligar uma máquina barulhento enquanto esse mesmo funcionário trabalha, retirará do ambiente um estímulo aversivo, que é o barulho, de modo que desligar a máquina é um reforço negativo.

Punição É muito comum a confusão entre reforço

negativo e punição;

O reforço negativo, ao contrário do que o nome pode sugerir, não é um estímulo que reduza a frequência do comportamento, isto é, um estímulo aversivo; reforço negativo é um estímulo que aumenta a frequência do comportamento que consiste em retirar um estímulo aversivo do ambiente. Reforço ou reforçamento não é recompensa.

Punição A punição, por sua vez, é um estímulo

aversivo que reduz a probabilidade do comportamento.

A punição pode ser, também, positiva (caso em que consiste em se inserir no ambiente um estímulo aversivo, como, por exemplo, um puxão de orelha) ou negativa (caso em que consiste na retirada de um estímulo reforçador do ambiente, como na proibição que uma criança receba de assistir televisão).

Pontos importantes

Os termos positivo e negativo, nesse caso, não expressam que o reforçamento ou punição seria boa ou ruim.

Eles simplesmente referem-se à retirada ou à introdução de estímulos que podem aumentar ou diminuir a frequência de um dado comportamento.

Pontos importantes Quando o estímulo é introduzido em um

reforço ou punição dizemos que é positivo

Ex: Um abraço após um encontro

Quando é retirado, dizemos que é negativo.

Ex: Proibir a criança de brincar com o video-game em virtude de uma “nota baixa”.

Extinção do Extinção do comportamentocomportamento

Reforços não apenas aumentam a probabilidade de incidência no comportamento como também são utilizados para que um determinado comportamento deixe acontecer, estimulando a não-incidência deste;

Do mesmo modo, podemos aplicar a punição para diminuir a frequência de um comportamento inadequado. Desta forma temos a punição positiva, pela qual se insere algo aversivo no ambiente, ou também a punição negativa, pela qual se retira algo reforçador do ambiente, e também a extinção, que é a retirada total do estímulo ao comportamento do ambiente.

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