Contribuição dos estudos recentes de pedologia

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Queiroz, 2000. Revista Brasileira de Geomorfologia

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Queiroz Neto, J .P. !Revista Brasileira de Geomorfologia, volume 1, n.l(2000) 59-6Mais tarde, aplicando hipteses derivadasde trabalho no publicadode Daniels, segundo oqual as formas de relevo podem ser dissociadas emsuperfcies geomrficas que se sucedem ao longodas vertentes, desde a posio cimeira,Lepsch etal.(1977a, 1977b) interpretaram seqncias desolos ao longo das vertentes,como relacionadas gnese das formas por processos erosivos.Na tentativa de interpretar os materiais deorigem dos solos, envolvendo conceitos de discon-tinuidades erosivas, de pa\eossolos enterrados e dediagnsticode caractersticas reliquiais, sobretudode solos velhos, passou-se a empregar umprocedi-mento que pode ser denominado de dissociaovertical dos horizontes, talcomo propuzeraFir-rnann (1969, 1977), para o estabelecimento decorrelaes pedoestratigrficas no sul da Australia.Um dos pontos de partida para o empregodo procedimento da dissociao vertical de hori-zontes foi sem dvidao trabalho de Ab'Saber(1962), sobre o horizonte sub-superficial de casca-lhos inhumados, que tambm poderia ser denomi-nado complexo da stone-line. As propostas deAb'Saber passam a ser empregadas como referenci-ai da presena de materiais retrabalhados, testemu-nhos de paleoclimas semi-ridos do final do Pleis-toceno. Aos conceitos desenvolvidos nesse traba-lho possvel acrescentar aqueles contidos nostrabalhos clssicos de Bigarella e Mousinhos e deBigarella et al. (1965a ,1965b)que, almda pre-sena das linhas de pedra,de camadas cascalhen-talseixosas e de diferenas texturais, acrescentaramdiferenasde cor para distinguir superposio decolvios. As propostas para a interpretao daevoluo do relevo e das vertentes, no Quaternrio,estavam sintetizadas nummodelo, que contemplavasucessivas fases de eroso emclimas secos/ridos epedognese em climas mais midos, ainda fazendovaler ateoria da biostasia eresistasia.Resumindo, as relaes entre os solos e orelevo, no Brasil, foram interpretadas nas seguintesdirees:1- atravs da posio ocupada pelos perfis na pai-sagem, relacionada superfcies geomrficas dediferentes idades;2-pela presena de diferenciaes verticais nointerior dosperfis de solo, interpretadas comodiscontinuidades erosivas; essas diferenciaespoderiam ser marcadas pela presena de linhas depedra ede horizontes escurecidos (enterrados);3- pelo estabelecimento de cronosseqncias, atra-vs dos resultados de anlises laboratoriais e deinterpretao da morfologia dos perfis;4- pela presena de corpos ferruginosos(couraas,camadas concrecionrias), que denunciariampro-cessos antigos de intemperismo.4. A Contribuio dos Estudos Recentes de Pe-dologiaA anlise estrutural da cobertura pedol-gica, introduzida no Brasilno inicio da dcada de1980 (Queiroz Neto et al., 1981,Lucas et al..1984), permitiu ultrapassar a viso verticalista daPedologia, calcada no estudo de perfis isolados, eintroduziu a anlise detalhada da organizaolate-ral/espacial (tridimensional) da cobertura pedolgi-ca ao longo das vertentes. A importncia da utiliza-o desse procedimento foi ressaltada por Boulet(1992):1- permite mostrar a participao dos processosuperficiais na diferenciao lateral da coberturapedolgica;2- possibilita perceber o papele a importncia doprocessos geoqumicose pedolgicos na evoluodo relevo.Atravs da utilizao do novo procedi-mento, foi possvelmostrar que a cobertura pedo-lgica contnua ao longo das vertentes e que asdiferenciaes registradas dizem respeitoa siste-mas de transformao laterale no a perfis justa-postos, como a viso anterior obtida pelo estudo deperfis verticais levara a pensar; importante as i-nalar que o conceito de catena, proposto por Milnemmeados da dcada de 30, baseava-se justamentena idia dejustaposiode perfis verticais ao longdas encostas.Tanto os trabalhos realizados no vale dorio do Peixe e no plat de Marilia quanto na regiode Bauru, no estado de So Paulo, mostraram quas coberturas pedolgicas compreendiama trans-formao lateral de solos com horizonte B latoss-lico, com estruturamicroagregada e ocupandoparte alta das encostas, para solos com horizonte Btextural vertente abaixo, com acentuada diferenci-o vertical de horizontes e estruturasubangul-polidrica bem desenvolvida. Alm disso, os dif -rentes horizontes observadosverticalmentecorr s-pondem a seqncias de transformaopedolgionde intervm processos complexos de perdaargila e sesquixidos de ferro:teses de Doutomento e dissertaes de Mestrado trabalhaexaustivamente essas questes (FernandesBarr -1985; Castro, 1990; Salomo,1994; Santos, 199-=Esses trabalhos, na esteiradasobservaes ';Boulet na GuianaFrancesa, indicamque essistemas de transformao iniciam-se na base dasvertentes etendem a invadi-Ia remontantemencomo assinalado por Pellerin e Queiroz e-(1992a,1992b), as coberturas pedolgicas de partedas colinas ao longo do rio do Peixe j encontram-se totalmentetransformadas em solos com hon-zonte B textural.Por outro lado, como havia siassinalado por Bocquier (1971), esses sistemasatuam por autodesenvolvimento: uma vez desencadeados, eles se manifestaro enquanto as condies62portantoo dohorizonteestrutura!formaacomppedognPellrin eainda, qda informamodelagemento dbalanotransfofundameIpretaepresenaJ ournauxcas emb(Lepschformas eistemasos erosiPaulniatambm unese - ertraar o dmateriaibalhamenas espeqsobretudem 1962o consti1957) depoderiamper ascetRefutandointerpreta.pedras undeclima