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CUIDADOS AO RECÉM-NASCIDO DE MÃE DIABÉTICA. Gabriela Melara R2 Pediatria HRAS/HMIB Unidade de Neonatologia Orientadora: Dra Fabiana Márcia de A. Moraes Altivo www.paulomargotto.com.br Brasília, 29 de julho de 2013. Introdução. - PowerPoint PPT Presentation
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CUIDADOS AO RECÉM-NASCIDO DE MÃE DIABÉTICA
Gabriela Melara R2 Pediatria
HRAS/HMIB
Unidade de Neonatologia
Orientadora: Dra Fabiana Márcia de A. Moraes Altivo
www.paulomargotto.com.br
Brasília, 29 de julho de 2013
INTRODUÇÃO
Aumento da prevalência do diabetes mellitus na gestação (DMG) nos últimos 20 anos 2,9 para 8,8% Dietas mal balanceadas e hipercalóricas
Mortalidade perinatal caiu de 30% para 2-4% entre as mães diabéticas insulinodependentes nas últimas décadas
Maior risco de obesidade para recém-nascido de diabética (RNMD)
O controle glicêmico periconcepcional é o preditor mais determinante de anormalidades fetais em mulheres diabéticas
DEFINIÇÃO
DMG se aplica tanto a situações em que o tratamento utiliza insulina quanto apenas modificações dietéticas, e se a condição persiste ou não após a gravidez
O parto deve ser programado para 39-40s, se sem intercorrências Risco de parto prematuro é semelhante a
população em geral Via de parto: indicação obstétrica, peso fetal e
complicações da doença na gestação
ALTERAÇÕES METABÓLICAS
Resposta inadequada à insulina hiperglicemia recorrente hiperinsulinemia fetal estimula a síntese de glicogênio, lipogênese e síntese proteica macrossomia
Aumento da energia necessária e o excesso de conversão de glicose em gordura depleção dos níveis de oxigênio fetais
Hipóxia aumento das catecolaminas hipertensão, remodelamento cardíaco e hipertrofia, aumento da eritropoetina , hemácias, hiperplasia e hematócrito policitemia
MORBIDADES POTENCIAIS DO RN DE DIABÉTICA Asfixia neonatal Trauma durante o parto: distócia de ombro, lesão plexo
braquial Anomalias congênitas:
Cardiovascular: CIV, Transposição dos vasos da base, PCA, Situs inversus
SNC: Síndromes de regressão caudal e defeito do tubo neural (anencefalia, encefalocele, meningomielocele, espinha bífida, holoprosencefalia)
Genitourinárias Gastrintestinais Esqueleto
Crescimento intrauterino restrito (CIUR): por insuficiência placentária
Sindrome de regressão caudal em
gestante gemelar com diabetes tipo II
Autor(es): Zaw W, Stone D G. Realizado por
Paulo R. Margotto
MORBIDADES POTENCIAIS DO RN DE DIABÉTICA Insuficiência cardíaca Hiperbilirrubinemia Hipocalcemia Hipomagnesemia Aumento do volume sanguíneo Macrossomia Organomegalia (coração e fígado) Policitemia e hiper viscosidade Dificuldade respiratória/ Síndrome da angústia
respiratória Síndrome do pequeno cólon esquerdo Hematúria transitória
NEONATOLOGISTA
Assistência a sala de parto Aquecimento Reanimação Classificação segundo o grau de risco Alto risco: depressão respiratória, recém-nascido
pré-termo (RNPT), Peso inadequado, Dificuldade respiratória, tocotraumatismo, mal formação, policitemia
Baixo risco: ao ALCON e manter vigilância Conhecer dados sobre a idade gestacional,
maturidade e vitalidade fetal Solicitar PESO (na Sala de Parto) e estudo
histológico da placenta
MONITORIZAÇÃO CLÍNICA Se mãe em uso de insulina: Glicemia capilar: 1, 2, 3, 6,
12, 24 h Se mãe em uso de medicação oral ou dietética: Glicemia
capilar 6, 12 e 24h Alimentação por via oral (VO) se possível na primeira
hora de vida Calcemia: 6-12-24-48h Magnesemia: 6 e 12h e diariamente Hematócrito: 1 e 24h Hemograma: se suspeita de infecção Bilirrubinas: 24-48h, antes se necessário EAS: diário Rx: tórax, abdome, coluna vertebral e ossos Gasometria: se desconforto respiratório e rastreamento
de infecção ECG e Ecocardiograma: quando necessários
MACROSSOMIA
Peso para idade gestacional acima do percentil 90
Decorrente de: Aumento da insulina fetal que estimula a síntese
de glicogênio, lipogênese e síntese protéica IGF I e II são elevados Nível do fator de crescimento do fibroblasto
também está envolvido na maturação da célula beta-pancreática e no crescimento fetal
HIPOGLICEMIA
Glicemia capilar < 50mg% (glicemia plasmática é aproximadamente 10 a 15% maior que a sanguínea)
Clínica: Tremores, convulsões, apatia, recusa alimentar, apnéia com bradicardia, cianose, hipotonia, hipotermia, insuficiência cardíaca no RN – PIG-pequeno para a idade gestacional - (pelo insuficiente substrado energético cardíaco)
Hiperinsulinismo termina geralmente com 48-72hDISTURBIOS METABÓLICOS
Autor(es): Paulo R Margotto / Albaneyde F Formiga
HIPOGLICEMIA Tratamento Preventivo: dieta precoce (1º hora) e se esta não é
possível, perfusão venosa com volume adequado (RNPT, insuf card, fototerapia, berço aquecido, insuf renal, taquipnéia) e TIG de 4-6mg/kg/min
Curativo: Sem clínica: perfusão venosa com TIG de 4-6 mg/kg/min e com
8mg/kg/min caso a glicemia não normalize Hidrocortisona: 5mg/kg/dose a cada 12h por 3 dias Glucagon: 200µg/k/dose (0,2mg/kg/dose) EV push, IM ou SC
(máximo: 1mg). Infusão contínua: 10-20µg/kg/h (0,5 a 1mg/dia). O efeito dura 3h, para RN de mãe diabética até classe C, pode causar efeito rebote hipoglicêmico
Com clínica: Push de glicose 200mg/Kg (2ml/kg/ de soro glicosado a 10%), seguido de perfusão venosa como o sem clínica
**Fazer desmame gradativo devido ao risco de rebote hipoglicêmico
HIPOCALCEMIA Ocorre geralmente entre 24 e 72h. Ca <7mg/dl Persistência de um hipoparatireoidismo após o
nascimento por retardo na elevação do PTH, hiperfosfatemia pelo catabolismo tecidual, RNPT, Asfixia neonatal, baixa absorção intestinal de vit D, devido aos níveis elevados de cortisol
Tratamento: Gluconato de cálcio a 10% Preventivo: RN asfixiado, 1 mEq/kg/dia (2ml/kg) na
perfusão de 24h Curativo:
Sem clínica: 2 mEq/kg/dia, na perfusão de 24h Com clínica:
1 a 2 ml/kg de Gluc Ca 10% diluído em AD, EV gota/gota (1ml/min), monitorizando FC, dose máxima 5 ml no RNPT e 10 ml no RNT, pode ser repetida após 2h
Fazer a manutenção com 4 ml/kg/dia de gluconato de Ca 10% na perfusão, vit D 400 UI/dia
HIPOMAGNESEMIA
Mg sérico < 1,6mg/dL Hipocalcemia refratária ao tratamento,
pensar em hipomagnesemia Tratamento
Imediato: sulfato de Mg a 50%: 0,2 ml/Kg/dose EV ou IM, repetir após 12h, segundo controle laboratorial
Manutenção: 3mEq/l da perfusão venosa das 24h, ou sulfato de Mg 50%, 2 ml/Kg/dia VO
HIPERBILIRRUBINEMIA
Mais frequente e mais intensa Associado a policitemia Conduta habitual
Hiperbilirrubinemia Neonatal-2012 (Incluindo Tabela para RN <35 semanas)Autor(es): Paulo R. Margotto, Liu Campelo Porto, Ana Maria C. Paula
POLICITEMIA E HIPER VISCOSIDADE
Sintomas: cianose, taquipnéia, tremores, convulsões, priapismo, oligúria
Risco aumentado de trombose de veia renal, enterocolite necrosante
Ht° acima de 65% com clínica e acima de 70% mesmo sem clínica
Tratamento: TS parcial segundo: Volume = Volemia (Htc achado - desejado)
Htc achado
(Volemia: 100ml/kg)/Htc desejado:55%
Trocando o sangue do RN por soro fisiológico
PolicitemiaAutor(es): Sofia de Araújo Jácomo
TROMBOSE DE VEIA RENAL Diálise na insuficiência renal Fazer urografia excretora assim que possível Suspeita HAS, massa palpável e hematúria Anticoagulante: Heparina
Realize hemograma, Tempo de protrombina (TP) e Tempo de tromboplastina parcial (TTP) antes do tratamento
) Monitorize TTP a cada dia, se possível D) Após 3 a 5 dias de heparinização com a medicação
convencional, troque a anticoagulação pelo uso de enoxaparina
Trombose neonatalAutor(es): Alexandre Peixoto Serafim
Consultem:
SÍNDROME DO CÓLON ESQUERDO
Dificuldade em eliminar mecônio Distensão abdominal generalizada Diagnóstico: Rx simples de abdome e/ou
enema contrastado Tratamento:
Enemas de solução salina Supositório de glicerina Alimentação gradativa e lenta com leite materno
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA
Tratamento habitual Taquipnéia transitória do RN Doença da membrana hialina
Hiperinsulinemia bloqueia a indução da maturação pulmonar pelo cortisol
PneumoniaSurfactante pulmonar exógenoAutor(es): Paulo R. Margotto
Causas da dificuldade respiratória no recém-nascidoAutor(es): Paulo R. Margotto
SÍNDROME CONVULSIVA
Tratar a causa: distúrbio Ca, Mg, glicose ou sofrimento cerebral
Tratar o sintoma: hidantal, fenobarbital ou Diazepínico nas doses habituais
Fazer estudo do líquor Pesquisar hemorragia intracraniana
Se presente, corrigir o Ht° com transusão de sangue total
Crises convulsivas no período neonatalAutor(es): Sérgio Henrique Veiga, Paulo R. Margotto, Joseleide G Castro
MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA DO RN DE DIABÉTICA Fazer Ecocardiograma em todos os RNMD Transitória e assintomática Insuficiência cardíaca, baixo débito e cardiomegalia Maior parte dos sintomas desaparece em 2 semanas Tratar hipoglicemia, hiperviscosidade, acidose metabólica,
hipoxemia, alterações eletrolíticas Inotrópicos estão contraindicados Restrição hídrica Propranolol: ORAL: 1 a 5 mg/kg/dia divididos de 6/6
horas ou 8/8 horas (melhora a obstrução da via saída ventricular esquerda)
Apresentação: Inderal: 1 comprimido = 10 mg = 1mge 0,5 a 1 mg/kg/dia EV
(Nota: em situações emergenciais, usar endovenoso: Metroprolol (SelokenR):0,1-0,2mg/kg e 2x com aumento progressivo até 0,9mg/kg/dia. Apresentação: ampola de 5 ml com 5mg) Distúrbios cardiológicos
Autor(es): Elysio Moraes Garcia
INFECÇÕES NEONATAIS
Maior risco de infecções neonatais precoces ou tardias
Diminuição dos fatores imunológicos protetores ou por permanecerem mais tempo em unidades neonatais de risco
Hemograma, PCR, Culturas de sangue e líquor quando necessárias
Infecções bacterianas Paulo R. Margotto, Martha Gonçalves Vieira, Martha David Rocha
SNC
Ecotransfontanela está indicado para todos os RNMD
Hemorragia intraventricular no recém-nascido pré-termoAutor(es): Paulo R. Margotto
ASFIXIA
Tratamento Preventivo Curativo: habitual (reanimação, oxigenoterapia,
manutenção da homeostase e da hemodinâmica, prevenção da lesão cerebral)
Asfixia perinatalAutor(es): Carlos A. M. Zaconeta, Fabiano Cunha Gonçalves, Paulo R. Margotto
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