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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Professora Pedagoga PDE - Lorene de Oliveira Beloso
Professora Drª. Antonia Maria Bersanetti
efetivação do trabalho colegiado
Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação
Departamento de Políticas e Programas Educacionais Coordenação Estadual do PDE
LORENE DE OLIVEIRA BELOSO
Conselho Escolar: efetivação do trabalho colegiado
CAMPO MOURÃO
2009/2010
Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação
Departamento de Políticas e Programas Educacionais
Coordenação Estadual do PDE
LORENE DE OLIVEIRA BELOSO
Conselho Escolar: efetivação do trabalho colegiado
Produção Didática em forma de Caderno Pedagógico apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, sob orientação da Profª. Drª. Antonia Maria Bersanetti , do Departamento de Pedagogia da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão.
CAMPO MOURÃO
2009/2010
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 03
INTRODUÇÃO 04
UNIDADE I: Gestão Democrática 05
UNIDADE II: Organização da Escola 15
UNIDADE III: Conselho Escolar 20
UNIDADE IV: Integrantes do Conselho Escolar 30
REFERÊNCIAS 36
REFERÊNCIAS IMAGENS 37
REFERÊNCIAS VÍDEOS 38
3
APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico faz parte da produção do Material Didático-Pedagógico,
atividade obrigatória e individual a ser elaborada durante o segundo período do
Programa de Desenvolvimento Educacional, caracterizada como Caderno
Pedagógico e constitui como uma das estratégias de ação do Projeto de
Intervenção Pedagógica a ser implementado na escola.
Tem como objetivo dialogar com Conselheiros, Comunidade, Grêmio Estudantil e
Professores, sobre a importância da atuação do Conselho Escolar.
Com este Caderno Pedagógico, pretende-se contribuir com os membros para que
possam fortalecer e consolidar o Conselho Escolar visando à integração da
comunidade escolar no propósito da qualidade de ensino para o aluno.
A unidade I tem como objetivo compreender a importância da Gestão
Democrática na Escola Pública, garantindo e assegurando que ela cumpra o seu
papel de transmitir o saber sistematizado e construído pela humanidade.
Na unidade II pretende-se ressaltar a importância da organização do trabalho
pedagógico, compreendendo que a escola para garantir uma gestão democrática
precisa ter um planejamento, organizado na coletividade, que se efetiva na
elaboração do Projeto Político Pedagógico; Regimento Escolar; Plano de Ação da
Escola; Diretrizes Curriculares da Educação Básica; Proposta Pedagógica
Curricular, sendo que estes efetivam o papel político e social da Escola Pública.
Na Unidade III estaremos conversando especificamente sobre os Conselhos
Escolares ressaltando-os como órgãos colegiados compostos por representantes
das comunidades escolar e local, cuja função é deliberar sobre questões político
pedagógicas, administrativas, financeiras, no âmbito da escola, assim efetivar as
finalidades da escola.
Na unidade IV vamos dialogar sobre a função e as atribuições dos conselheiros,
para que estes possam compreender a dimensão do papel do Conselho Escolar.
INTRODUÇÃO
A Gestão Democrática tem como princípio, organizar o trabalho na escola, numa
perspectiva de decisão coletiva. Essa exige que o trabalho escolar deva ser
perspectiva de decisão coletiva, ou seja, que o trabalho escolar deva ser
pensado, discutido, organizado e sistematizado coletivamente.
Nesse sentido só podemos afirmar que as instâncias colegiadas fortalecem a
gestão democrática. Sendo, porém, que a atuação do Conselho Escolar na escola
tem se mostrado apenas exercendo ações imediatistas, burocráticas, para
atender uma exigência de legislação, fugindo assim da sua real função que é
analisar e deliberar coletivamente as decisões a serem tomadas no âmbito
escolar, é o que justifica esse projeto. Para efetivação do Conselho Escolar é
necessário que os conselheiros tenham clareza da devida importância desse
colegiado na organização pedagógica da escola.
Acredita-se que para a superação dessa prática imediatista e utilitária do
Conselho Escolar e para a efetivação do trabalho colegiado na escola, há
necessidade de explicitar a importância deste, para os conselheiros, pois
representam os segmentos escolares e da sociedade que da escola usufrui.
Percebe-se, por meio dessa realidade dos Conselhos Escolares nas escolas que
os representantes ainda não se apropriaram do verdadeiro sentido de
pertencimento da escola pública. Por isso, a necessidade de estudar e
estabelecer, tendo como horizonte, a superação dos processos burocráticos,
hierárquicos para ser compreendido como condição de organização do espaço
público, no compromisso coletivo.
4
Unidade I
Gestão Democrática
Ver-se-á neste estudo que a Gestão Democrática busca estabelecer o controle civil
da educação e da escola pública procurando introduzir maior liberdade de expressão
e de ação na escola, e de dirigentes da mesma, na busca da educação e qualidade
de ensino.
Também é preciso a transformação da escola hierarquizante e autoritária, para
atingir seus objetivos educativos em relação ao meio (direção, secretaria, zeladoria,
vigilância e atendimento de pais e alunos) percebendo que o ensino e a
aprendizagem não acontecem apenas em sala de aula.
Vídeo 1 - Portal Dia a dia Educação – TV Multimídia1
1 PARANÁ, Secretária Estadual de Educação do. TV Multimídia, Categoria “Vídeos Pedagogia”. Disponível em: < http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=11191 > Acessado em: 21 maio 2010
Para saber mais:
Assista ao vídeo que apresenta s ituações cotidianas da escola. T raz elementos para a reflexão da prática
pedagógica e do desenvolvimento da autonomia.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=11191
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O que é Gestão Democrática?
O que você entende por gerir democraticamente uma
escola?
E na sua escola como acontece a gestão escolar?
Precisa-se, sim, de uma estrutura administrativa escolar com objetivos educacionais
que atenda os interesses das camadas trabalhadoras, que facilite a participação de
pais e comunidade nas decisões aí tomadas, entendendo que a escola precisa servir
os interesses desses usuários a quem ela realmente precisa servir , a quem
realmente ela pertence, sabendo-se que essa população mantém o Estado com o
pagamento de seus impostos.
Por isso é necessário a participação política de grupos e pessoas envolvidas com as
atividades escolares – eleição de dirigentes (diretores) – colegiados com
participação de alunos, pais, pessoal escolar, associação de pais e professores,
grêmio estudantil, processos coletivos de avaliação continuada, serviços escolares,
etc. Por isso é indispensável que se verifique os determinantes sócio-econômicos,
políticos e culturais. Por isso, há que se pensar numa transformação radical, no
modo como a escola organiza suas atividades, fazendo com que sua administração
favoreça a participação dos dirigentes, grupos e pessoas envolvidas nas atividades
escolares.
Vídeo 2 - - Portal Dia a dia Educação – TV Multimídia2
Quanto a importância do gestor, segundo Davis et al (2002), a presença de
liderança, de coordenação, é indispensável na vida de uma equipe. Alguém que
tenha uma visão global da situação e que saiba onde se quer chegar incentivando o
grupo a pensar e a “pôr a mão na massa” para executar o que foi previsto, que
aponte a direção do trabalho, apoiando o grupo durante sua execução e levando
2 PARANÁ, Secretária Estadual de Educação do. TV Multimídia, Categoria “Nos da Educação”. Disponível em: < http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/genre.php?genreid=91&letter=&start=150 > Acessado em: 20 jun. 2010
Para saber mais:
O professor Ângelo Ricardo de Souza, doutor em Educação pela PUC-São Paulo,
aborda a gestão democrática na escola pública. Comenta sobre a gestão dos
sistemas educacional como possibilidade de uma escola democrática e o
desenvolvimento das Políticas Públicas.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/ modules/debaser/singlefile.php?id=555
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=556
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=557
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cada um a superar suas dificuldades. Ser o articulador do processo de elaboração e
desenvolvimento do projeto pedagógico da escola.
Ilustração 1
http://www.diaad ia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/2filosofia/4educacao.jpg3
O sucesso do trabalho do gestor depende do empenho e do saber fazer pedagógico
dos demais participantes da orquestra. Mas só ele pode conduzir o grupo. É tarefa
do líder propor atividades instigantes, provocadoras e, ao mesmo tempo, viáveis,
para transmitir confiança e imprimir uma perspectiva de sucesso. É preciso acionar
os conhecimentos e habilidades, além de manter a persistência para despertar o
interesse e a vontade de todos. Algumas dessas responsabilidades podem ser
compartilhadas com o Conselho Escolar, com o auxiliar de direção, com o
coordenador pedagógico, ou até mesmo com o professor.
Para receber ajuda, é importante desencadear um processo de mobilização, que
faça as coisas acontecerem, bem como identificar parceiros e colaboradores. A
atuação do gestor é fundamental na transformação da escola em um espaço vivo e
atuante, no qual o foco central seja o aluno.
Vídeo 3 - Portal Dia-a-dia Educação TV Multimídia4
3 PARANÁ, Secretaria Estadual de Educação do. Educação. Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat .php?cid=10&min=300&orderby=titleA&show=10>
Acesso em12 jun. 2010.
Para saber mais: O Professor Vitor Henrique Paro, que é Livre-docente em Gestão Escolar pela
USP fala sobre: “Gestão escolar e as várias facetas do espaço escolar”.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=471
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=472
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=473
È importante que o Gestor desencadeie um processo de
mobilização, que faça as coisas acontecerem.
Essa tarefa é grande.
7
1.1 Democracia
Ilustração 2 Portal Dia-a-d ia Educação TV Mult imídia
Escola de Atenas5
4 PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar e as várias facetas do espaço escolar. In PARANÁ, Secretária Estadual de
Educação do. TV Multimídia, Categoria “Nos da Educação”. Disponível em: <
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/genre.php?genreid=91&letter=&start=240 > Acessado em: 21
maio 2010 5 PARANÁ, Secretária Estadual de Educação do. TV Multimídia, Categoria “Imagens: Filosofia”. Disponível em: < http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=10&min=320&orderby=titleA&show=10 >
Acessado em: 10jul. 2010
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Vimos então o que significa Gestão Democrática.
Mas... O que é Democracia?
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Coutinho ao discutir o conceito afirmou que a
democracia é o “regime que assegura a igualdade,
a participação coletiva de todos na apropriação dos
bens coletivamente criados”. (COUTINHO, 2000,
apud. Souza et al 2005).
Para esse autor a idéia de democracia implica em igualdade de condições de vida
para todos.
Chaui (1997) também avalia que:
A democracia, modelada sobre o mercado e sobre a desigualdade sócio -
econômica, é uma farsa bem sucedida, visto que os mecanismos por ela acionados destinam-se apenas a conservar a impossibilidade efetiva da democracia. Se na t radução do pensamento democrático, democracia
significa: a) igualdade; b) soberania popular; c) preenchimento das exigências constitucionais; d) reconhecimento da maioria e dos direitos da minoria; e) liberdade, torna-se óbvia a fragilidade democrática no capitalismo. (CHAUI, 1997, p.141)
Para a autora citada, as condições desiguais de vida, geradas pelo modelo
capitalista impõem restrições ao desenvolvimento da democracia.
Para que a democracia seja eixo de organização da vida social, esta precisa ser
disponibilizada, pois de acordo com Apple (1997, p.17) “as pessoas precisam ter
acesso a oportunidades e condições de experimentá-la e assim entender o que
significa essa forma de vida em sociedade”.
Para saber mais leia o texto: “Democracia” de
Vitor Henrique Paro.
Você encontra este texto em:
PARO, Vitor Henrique. Gestão Escolar,
Democracia e Qualidade do Ensino. São
Paulo: Ática, 2007. p 72 – 79.
Para o grego – demos = povo e
cracia = poder (poder que
emana do povo)
9
Porém, na prática, ainda há pessoas que não entendem a concepção de democracia
e a confundem com “eleição” isto é, confundem a democracia com o ato de escolha
de representantes nos períodos eleitorais. Porém, este é apenas um dos
procedimentos construídos historicamente para que a democracia se exerça como
soberania popular. Neste procedimento está implícita a delegação do povo de
poderes a representantes temporários (vereadores, deputados, senadores, prefeitos,
governadores, presidentes) para tomarem decisões sobre a vida coletiva numa
determinada esfera. No caso brasileiro, estes representantes são avaliados a cada
quatro anos e reconduzidos (reeleitos) ou destituídos (não reeleitos). Mas cabe
lembrar que a constituição de 1988 introduziu outros procedimentos como:
referendo, plebiscito e a iniciativa popular legislativa, participação em conselhos,
para ampliar a participação da população na tomada de decisões. Porém, todos
estes procedimentos implicam no reconhecimento de que o que sustenta o processo
democrático é a relação representante/representado, o que exige que os mandatos
sejam acompanhados e avaliados pela população, seja o mandato do presidente da
República, do representante dos pais no Conselho Escolar ou o mandato do diretor
da escola.
Tomemos como exemplo o caso da gestão escolar: na maioria das escolas públicas
que realizam eleições para compor o seu quadro dirigente, encontramos
professores, funcionários, alunos e seus familiares que reconhecem no (a) diretor
(a), não um representante da comunidade escolar, mas alguém que possui o poder
de decidir tudo a seu modo e, pior ainda, acreditam que elegeram esse (a) diretor (a)
para “fazer” por eles. Na prática, o que este (a) diretor (a) possui é um mandato
imperativo, na medida em que os interesses particulares acabam tendo prioridade
sobre os interesses coletivos e isso burla qualquer alternativa de desenvolvimento
que compõe a democracia na prática governamental.
Com tudo isso, podemos resumir uma compreensão de democracia como método
de tomada de decisão, que define procedimentos para as escolhas e que estes
procedimentos remetem, sempre, a relação com o povo (seja o conjunto de
moradores da cidade, do país, seja a comunidade escolar) fonte última da
soberania. Portanto, um processo de regulação da vida coletiva, dando a cada
10
participante, poder de interferência e decisão, tanto quanto, iguais possibilidades de
opção e ação diante dos processos decisórios.
1.2 Instância da Gestão Democrática
1.2.1 Conselho Escolar
Vídeo 4 - Programa de Formação de Conselheiros6
O Conselho Escolar é um colegiado formado por pais, alunos, professores,
representantes da comunidade que dela se servem, e que proporciona a eles o
exercício da cidadania, o aprendizado de relações sociais mais democráticas, a
formação de cidadãos ativos. Por meio do Conselho Escolar, a população poderá
controlar a qualidade de um serviço prestado pelo Estado, ou seja, poderá definir e
acompanhar a educação que lhe é oferecida.
Porém, neste momento, não vamos entrar em detalhes sobre o Conselho Escolar,
pois a partir da unidade III iremos tratar deste assunto com maiores detalhes.
1.2.2 Grêmio Estudantil
Ilustração 3 – planet protectors club Clip Art . Disponível em:
<http://www.pdclipart.org/displayimage.php?album=37&pos=331> Acessado em: 15 jul. 20107
6 MINAS GERAIS, Universidade Federal de. Democracia, República e Participação. Disponível
em:<http://www.ufmg.br/conselheirosnacionais/videos-tematicos/> Acessado em: 07 jun. 2010 7 PUBLIC DOMAIN CLIP ART. planet protectors club Clip Art. Disponível em: <http://www.pdclipart.org/index.php>
Acessado em: 15 jul. 2010
Para início de conversa, assista ao vídeo: “Democracia, República e
Participação”, que comenta sobre a origem dos conselhos.
http://www.ufmg.br/conselheirosnacionais/videos-tematicos/
O caminho da autonomia e da democracia deve ser construído pelos alunos.
11
O Grêmio Estudantil, conforme Souza (et al 2005) é uma entidade do segmento
estudanti l. Ele está a serviço da ampliação da democracia na escola, através das
suas funções de representação e organização dos alunos e, exatamente por isto,
necessita a garantia de toda a independência para o seu funcionamento. Muitas
vezes, vemos diretores, pedagogos e professores bem intencionados dedicando-se
para “organizar o Grêmio” para os alunos. A despeito da boa intenção, essa prática
de tutela sobre os estudantes, pouco (ou nada) ajuda, pois o caminho da autonomia
e da democracia deve ser construído pelos próprios alunos.
O que a escola e o seu grupo de funcionários podem fazer é dar o suporte material e
teórico que os alunos necessitam para a implementação do Grêmio Estudantil, mas
garantindo a liberdade de organização para eles, os quais, mesmo com todos os
erros que cometerão terão no Grêmio mais do que uma entidade representativa,
terão um grande aprendizado político.
Para Libâneo (2004), o Grêmio Estudantil é uma entidade representativa dos alunos
criada pela Lei Federal n° 7398/85, que lhes confere autonomia para se organizarem
em torno de seus interesses, com finalidades educacionais, culturais, cívicas e
sociais.
Site 1 – Dia a Dia Educação – Grêmio Estudantil8
1.2.3 Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF
8 PARANÁ, Secretária Estadual de Educação. Dia a Dia Educação: Grêmio Estudantil. Disponível em: <
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/gremio/como_formar.php > Acessado em: 12 fev. 2010
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Você conhece o site do dia a dia da educação que fala somente sobre a função do Grêmio Estudantil? Acesse o site abaixo relacionado e fique por dentro
http://www.diad iaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/gremio/como_formar.php
12
Essa associação objetiva servir como ponto básico de organização para o segmento
das famílias dos alunos, uma vez que, via de regra, são delas, o segmento menos
articulado na realidade escolar. Não se trata de uma reedição das Associações de
Pais e Mestres (APM) que são entidades de direito privado e que foram criadas há
muito tempo em parte considerável do território nacional compondo uma tradição na
educação pública. A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) não
objetiva auxiliar a escola pública através de captação de recursos financeiros. Esta
associação presta ao segmento de famílias dos alunos o mesmo papel que o
Grêmio Estudantil tem para os alunos, ou seja, de organizar e representar os
interesses de um segmento importantíssimo e muitas vezes aliado das principais
discussões da escola pública.
Para Libâneo (2004), a APMF reúne os pais de alunos, docentes, técnico-
administrativos, alunos maiores de 18 anos e geralmente atua mediante uma
diretoria executiva e um conselho deliberativo.
Essas associações contribuem significativamente para a ampliação da democracia
nos processos de gestão e organização da escola. Todavia, isto tudo, pode significar
muito pouco, particularmente se o princípio democrático não estiver sustentando a
organização dessas associações, isto é, de pouco vale a criação de conselhos,
conferências, eleições, se não houver disposição dos profissionais que atuam na
escola ou no sistema de ensino, dos estudantes e seus familiares ou mesmo da
sociedade em geral,para a edificação de espaços para o diálogo, nos quais todos,
independente de condição social ou vínculo com a educação possam participar,
opinando,sendo ouvidos e respeitados.
Site 2 – Dia a dia Educação - Comunidade9
9 PARANÁ, Secretária Estadual de Educação. Dia a Dia Educação: Comunidade. Disponível em: <http://celepar7.pr.gov.br/apm/menu/menu_apm.asp> Acessado em: 10 fev. 2010
Você conhece o site do dia a dia da educação que fala somente sobre a função da Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF? Acesse o site abaixo relacionado e fique por dentro
http://celepar7.pr.gov.br/apm/menu/menu_apm.asp
13
1.2.4 Conselho de Classe
Segundo Libâneo (2004), o Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativa
quanto à avaliação escolar dos alunos, decidindo sobre ações preventivas e
corretivas em relação ao rendimento dos alunos, ao comportamento discente, as
promoções e reprovações e outras medidas concernentes a melhoria da qualidade
da oferta dos serviços educacionais e ao melhor desempenho escolar dos alunos.
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Para saber mais leia o texto: “O Sistema de
Organização e Gestão da Escola” de José Carlos
Libâneo.
Você encontra este texto em:
LIBÂNEO, José Carlos. “O sistema de organização e gestão da escola” In: LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola - teoria e prática. 4ª ed. Goiânia:
Alternativa, 2001. Disponível em < http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/32/3/LDB_Gest%C3%A3o.pdf >. Acessado em 03 jun 2010.
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Unidade II
Organização da Escola
A Escola, para exercer seu papel político e social necessita ter planejamento:
Projeto Político Pedagógico; Regimento Escolar; Diretrizes Curriculares; Proposta
Pedagógica, Plano de Trabalho Docente e O Plano de Ação da Escola
2.1 Projeto Político Pedagógico
Conforme Libâneo (2004), pela participação na organização e gestão escolar,
podemos aprender várias coisas: tomar decisões coletivamente, formular o projeto
pedagógico, dividir com as preocupações, desenvolver o espírito de solidariedade,
investir no seu desenvolvimento profissional. Mas principalmente, aprender.
Inicialmente, cabe ressaltar que os diversos atores que compõe a escola precisam
ter a clareza de que a necessidade de um projeto pedagógico antecede a qualquer
Vamos conhecê-los?
Você sabe como a escola organiza seu trabalho?
Por que da importância desta organização?
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decisão política ou determinação legal, visto que todos os envolvidos nas práticas
escolares devem vislumbrar o horizonte onde querem chegar com seus alunos.
Vários são os elementos que, interdependentemente, configuram-se no projeto
pedagógico da escola. O Projeto Político Pedagógico pode ser compreendido:
[....] como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada,
que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para a transformação da realidade (VASCONCELOS, 1995 apud. DAVIS, 2002 p.51).
Esse projeto constitui-se, então, em elemento de organização e integração da
prática escolar, à medida que assume um valor de articulador dessa mesma prática
e elemento referencial da caminhada que a escola precisa empreender na
perspectiva de transformação do fazer dos seus atores.
Em função disso, a escola precisa levar em conta as múltiplas conexões que o seu
Projeto Político Pedagógico mantém com as demandas sociais apresentadas a uma
instituição competente, democrática e de qualidade.
O Projeto Político Pedagógico necessita executar o que a prática dos sujeitos que a
constroem tem a dizer, ao mesmo tempo em que deve amadurecer neles a idéia de
que o princípio de autonomia implica no compromisso de decidir e assumir ações
coletivas no âmbito da escola.
A implementação do Projeto Político Pedagógico (PPP) pode por sua vez, levar a
instituição escolar a solidificar sua identidade, transformando-se em um espaço
necessário à construção da cidadania.
Mais do que ter um texto bem elaborado, é construirmos o envolvimento e o
crescimento das pessoas, principalmente dos educadores, no processo de construção do PPP, através de uma participação efetiva naquilo que é essencial na instituição. Que o planejamento seja do grupo e não para o
grupo. Como sabemos, o problema maior não está tanto em se fazer uma mudança, mas em sustentá-la. Daí a essencialidade da participação. (VASCONCELLOS. 1995, apud DAVIS, 2002. p.52)
O autor citado ressalta ainda que o Projeto Político Pedagógico - PPP, não pode ser
concebido como um simples documento para ser “guardado na gaveta”, ele
necessita de constantes revisões e avaliações pelos vários segmentos da escola, a
16
fim de assegurar sua dinamicidade em relação aos desafios permanentemente
apresentados ao trabalho pedagógico.
A discussão coletiva na construção do Projeto Político Pedagógico - PPP constitui-
se em referencia importante para que os vários segmentos da escola descubram
formas de participação, muitas vezes, ainda não percebidas por eles.
Além disso, pode levar os indivíduos a constatarem que é possível – apesar de
autoritarismos velados ou explícitos presentes na escola – interferir nas decisões,
que vão orientar a organização do trabalho pedagógico como um todo.
Construído contando com a participação coletiva, todo e qualquer projeto realmente
democrático precisa selecionar alternativas também democráticas de organização e
funcionamento do espaço escolar, na perspectiva de romper com estruturas mentais
e organizacionais fragmentadas. Nessa direção, são princípios orientadores do
Projeto Político Pedagógico: relação escola-comunidade, ação coletiva, gestão
democrática, currículo, avaliação e valorização dos profissionais da educação.
Esses elementos precisam ser problematizados na escola, a partir da consideração
das quatro dimensões em torno das quais é organizado o trabalho pedagógico:
administrativa, pedagógica, financeira e jurídica.
Por outro lado, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) – Lei 9394/96, apresenta cinco (5)
eixos importantes que devem orientar o trabalho da escola (flexibilidade, autonomia,
responsabilidade, planejamento e participação), os quais devem ser considerados
na construção do Projeto Político Pedagógico.
Ao configurar-se a luz dos eixos mencionados, o Projeto Político Pedagógico
corresponde a um posicionamento da escola frente ao horizonte e as possibilidades
que ela pode alcançar, a partir do envolvimento dos seus atores. Obviamente,
indagações e dúvidas podem aparecer nesse caminhar, instalando muitas vezes, o
conflito em torno de concepções que estão em luta no cotidiano escolar. Entretanto,
a convergência e o partilhar de práticas e idéias deve levar a superação.
..... se fará ao se entender e propor uma organização que se funda no entendimento compartilhado dos professores, dos alunos e demais interessados na educação. (ROMAO & GADOTTI, 1997, apud. DAVIS, 2002, p.56)
17
Assim, o desafio da construção do Projeto Político Pedagógico vincula -se ao desejo
da comunidade de ver explicitada pela escola uma proposta capaz de indicar as
intenções políticas e pedagógicas que fundamentam suas práticas. Nesse sentido, o
PPP precisa partir da realidade de cada escola, uma vez que não há escolas iguais,
mas instituições educativas que se constroem a partir de dinâmicas específicas.
Vídeo 5 – Escola de Gestores – Fazendo a Escola10
2.2 Regimento Escolar
Com o objetivo legitimar e normatizar a organização pedagógica, administrativa, e
disciplinar, tanto como as relações entre os segmentos constitutivos da comunidade
escolar, se faz necessário que a escola tenha um documento legal a existência
obrigatória do Regimento Escolar.
2.3 Diretrizes Curriculares
As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõem formar sujeitos que
construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social
10 BRASIL. Ministério da Educação e Cultura do. Curso de Especialização em Gestão Escolar. Disponível em: <
http://escoladegestores.mec.gov.br/videos/videos.htm > Acessado em: 12 fev. 2010
Para saber mais:
Assista aos vídeos “O Projeto Político Pedagógico: conceitos e
significados” do programa Fazendo a Escola.
http://escoladegestores.mec.gov.br/videos/videos/pppconc-p1.swf
http://escoladegestores.mec.gov.br/videos/videos/pppconc-p2.swf
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18
e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de
uma inserção cidadã e transformadora na sociedade.
2.4 Proposta Pedagógica
A Proposta Pedagógica Curricular é um documento construído coletivamente no
âmbito da escola, e tem como referência as Diretrizes Curriculares.
A Proposta Pedagógica Curricular expressa uma concepção de educação e de
sociedade, pensada filosófica, histórica e culturalmente no Projeto Político
Pedagógico. Ela é construída pelos professores das disciplinas e mediada pela
equipe pedagógica, lança mão dos fundamentos curriculares historicamente
produzidos para proceder a seleção de conteúdos e métodos com sua respectiva
intencionalidade.
2.5 Plano de Trabalho Docente
O Plano de Trabalho Docente tem como ponto de partida, o Projeto Político
Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular. É a partir do Projeto Político
Pedagógico que se organiza o currículo escolar, o qual se legitima no regime nto
escolar e se expressa no plano de trabalho docente.
2.6 Plano de Ação da Escola
A Escola deve organizar seu Plano de Ação com objetivo de articular as ações
necessárias para a realização da gestão democrática na escola, e deve expressar a
sua proposta no Projeto Político Pedagógico, ou seja, a escola deve pensar
coletivamente quais ações irá realizar para concretizar o seu projeto Educativo.
Portanto, a escola, ao construir seu Plano de Ação, deve definir ações a serem
realizadas a curto prazo e organizá-lo coletivamente, já que a gestão democrática
implica uma tomada de decisão coletiva nas ações de natureza imediata,
proporcionando condições didático-pedagógicas para a realização e concretização
do Projeto Político-Pedagógico.
19
Unidade III
Conselho Escolar
Ilustração 4 – Dia a dia Educação – TV Multimíd ia11
Partindo da idéia que:
A gestão democrática participativa valoriza a participação da comunidade escolar no processo de tomada de decisão, concebe a docência como trabalho interativo, aposta na construção coletiva dos objetivos e do
funcionamento da escola, por meio da dinâmica intersubjetiva do diálogo, do consenso. (LIBÂNEO, 2001, p. 105)
Podemos entender por gestão democrática participativa a garantia de mecanismos e
condições para que espaços de participação, partilhamento e descentralização do
poder ocorram no âmbito da escola.
Vídeo 6 - Escola de Gestores – Fazendo a Escola12
11 PARANÁ, Secretária Estadual de Educação do. TV Multimídia, Categoria “Imagens:Arte”. Disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=4&min=200&orderby=titleA&show=10>
Acessado em: 10 jul. 2010 12 BRASIL. Ministério da Educação e Cultura do. Curso de Especialização em Gestão Escolar. Disponível em: <
http://escoladegestores.mec.gov.br/videos/videos.htm > Acessado em: 12 fev. 2010
Para saber mais:
Assista ao vídeo sobre “O Conselho Escolar” apresentado pelo
programa Salto para o Futuro.
http://escoladegestores.mec.gov.br/videos/videos/cediretor.swf
Os mecanismos que se encontram no âmbito escolar são entidades colegiadas,
como a Associação de Pais Mestres e Funcionários (APMF), Grêmio Estudanti l,
Conselho de Classe e o Conselho Escolar, este conceituado segundo Cury (2000):
Conselho vem do latim Consilium. Por sua vez, consilium provém do verbo consulo/consulere, significando tanto ouvir alguém quanto submeter algo a uma deliberação de alguém, após uma ponderação refletida, prudente e de
bom-senso. Trata-se, pois, de um verbo cujos significados postulam a via de mão dupla: ouvir e ser ouvido. Obviamente a recíproca audição se compõe com o ver e ser visto e, assim sendo, quando um Conselho participa dos
destinos de uma sociedade ou de partes destes, o próprio verbo consulere já contém um princípio de publicidade (CURY, 2000, p.47).
Brasil (2006 p 13) comenta que na História existem registros indicando que há quase
três milênios, o povo hebreu, os clãs visigodos e as cidades-Estado do mundo greco
romano, já utilizavam conselhos como formas de gestão dos grupos sociais. Ainda
segundo o autor, no Livro Sagrado cristão consta o registro de que a prudência
aconselhara Moisés a reunir 70 “anciãos ou sábios” para ajudá-lo no governo de seu
povo, dando origem ao sinédrio, o “Conselho de Anciãos” do povo hebreu.
Leis, princípios ou regras que regem a vida humana em grupos, desde sua origem,
sempre foram sendo instituídas por meio de mecanismos de deliberação coletiva, já
no séculos IX e VII a.C. percebe-se a existência de soluções para conflitos não raros
e crescentes na conturbada vida grupal, como observa Norberto L. Guarinello
(GUARINELLO apud BRASIL, 2006 p 13), eram encontradas comunitariamente por
mecanismos públicos, e que nesses atos em conselho – unânimes ou não- residia “a
origem mais remota da política,como instrumento de tomada de decisões coletivas e
de resoluções de conflitos, e do Estado que não se distinguia da comunidade, mas
era a sua própria expressão.”
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21
O conceito de conselhos no Brasil se estabeleceu sob o signo e ilusório das cortes
européias que segundo Brasil (2006 p 16), compreendia o Rei/Monarca como aquele
que detinha a autoridade sobre o Estado, a quem todos deviam obediência ou ao
conselho por ele adotado, composto por aqueles dotados de doutos saberes.
Segundo o mesmo autor com complexidade da sociedade atual, o processo de
democratização do “público” impôs à ampliação de gestão das políticas públicas,
criando as políticas setoriais, com definição discutida em conselhos próprios, com
abrangências diversas: unidades da federação, programas de governo, redes
associativas populares e categorias institucionais.
Os conselhos, hoje caracterizados como conselhos da cidadania, sociais ou
populares, que nascem das categorias associadas de pertencimento e participação
e tornam-se a expressão de um novo princípio cidadão. Brasil (2006 p 17) aborda
que participação cidadã tem como eixo a construção de um projeto de sociedade,
que concebe o Estado como um patrimônio comum a serviço dos cidadãos, sujeitos
portadores de poder e de direitos relativos à comum qualidade de vida e com voz
plural da sociedade para situar a ação do Estado na coerência ou lógica da
cidadania.
Vídeo 7 - Escola de Gestores – Fazendo a Escola13
13 BRASIL. Ministério da Educação e Cultura do. Curso de Especialização em Gestão Escolar. Disponível em: <
http://escoladegestores.mec.gov.br/videos/videos.htm > Acessado em: 12 fev. 2010
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Para saber mais: Assista aos vídeos “Conselho Escolar e Educação com qualidade
social” do programa Salto para o Futuro.
http://escoladegestores.mec.gov.br/videos/videos/ceqsocial-p1.swf
http://escoladegestores.mec.gov.br/videos/videos/ceqsocial-p2.swf
22
Os conselhos de educação tanto hoje quanto na sua mais remota procedência,
sejam eles de representação popular ou colegiados de anciãos, de ilustres, sempre
constituíram formas de deliberação coletiva, representando a pluralidade das vozes
do grupo social, de caráter público e na defesa dos interesses da cidadania. Os
conselhos de educação situam como órgãos de deliberação coletiva, entendendo-se
por esta, conforme Brasil (2006 p 21), como colegiado constituído por uma
assembléia de pessoas, de natureza pública, para aconselhar, dar parecer, deliberar
sobre questões de interesse público, em sentido amplo ou restrito.
Conforme Brasil (2006, p 32 – 33) os Conselhos Escolares são órgãos colegiados
compostos por representantes das comunidades escolar e local, que devem
deliberar sobre questões político pedagógicas, administrativas, financeiras, no
âmbito da escola, além de analisar as ações a serem realizadas e os meios a para
efetivar as finalidades da escola.
A saber, Brasil (2006, p33) afirma que os Conselhos Escolares representam as
comunidades escolar e local, atuando em conjunto e definindo caminhos para tomar
as deliberações que são de sua responsabilidade, sendo que representam a
participação e a decisão, num espaço de discussão, negociação e encaminhamento
das demandas educacionais, possibilitando a participação social da gestão
democrática.
Ilustração 5 – Conselhos Escolares14
14 BRASIL, Ministério da Educação. Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania (org) Ignez
Pinto Navarro et.al. Brasília: MEC, SEEB, 2006
Os Conselhos Escolares contribuem
decisivamente para a criação de um novo
cotidiano escolar, no qual a escola e a
comunidade se identificam no enfrentamento
não só dos desafios escolares imediatos, mas dos
graves problemas sociais vividos na realidade
brasileira.
23
Brasil (2006, p 33) corrobora que é “uma instância de discussão, acompanhamento
e deliberação, na qual se busca incentivar uma cultura democrática, substituindo a
cultura patrimonialista pela cultura participativa e cidadã”.
Trata-se de refletir, cotidianamente, sobre a qualidade do trabalho que a escola está
realizando.
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Você conhece a realidade dos alunos desta escola?
Como a escola está trabalhando para atendê-los?
Quais as principais dificuldades na aprendizagem?
Como está sendo o trabalho dos professores e
especialistas que atuam na escola, a ação dos
trabalhadores não-docentes, a atuação dos pais ou
responsáveis e seus respectivos papéis nesse conjunto?
Brasil (2006 p 24) destaca que o termo colegiado, que
deriva de colégio, vem sendo associado ao funcionamento
dos conselhos, e usado genericamente para colocar em
evidência suas ações. Porém, gestão colegiada deve
evidenciar e trazer à realidade a expressão da vontade da
sociedade na formulação das políticas, das normas
educacionais e nas decisões dos dirigentes. Fundamentado
nas atuais normas dos conselhos de educação, os conselhos
apresentam-se com competência para quatro funções:
Deliberativas; Consultivas; Fiscais e Mobilizadoras.
24
Mobilizadoras : quando promovem a participação, de
forma integrada, dos segmentos representativos da
escola e da comunidade local em diversas atividades,
contribuindo, assim, para a efetivação da democracia
participativa e para a melhoria da qualidade social da
educação.
Fiscais: quando acompanham a execução das ações
pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e
garantindo o cumprimento das normas das escolas e a
qualidade social do cotidiano escolar.
Consultivas: quando tem um caráter de assessoramento,
analisando questões, dos diversos segmentos da escola,
apresentando sugestões, que poderão ou não serem
acatadas pelas direções das unidades escolares.
Deliberativas: quando decidem sobre o Projeto Político-
Pedagógico e outros assuntos da escola, garantem a
elaboração de normas internas e o cumprimento das
normas dos sistemas de ensino e decidem sobre a
organização e o funcionamento geral das escolas,
propondo à direção as ações a serem desenvolvidas nos
aspectos pedagógicos, administrativos ou financeiros..
25
Os Conselhos Escolares tem como atribuição deliberar, nos casos de sua
competência, e “aconselhar” os dirigentes, no que julgar prudente, sobre ações a
empreender e os meios a utilizar para que os dirigentes realizem sua gestão de
acordo com que a comunidade deseja em determinada escola e, no âmbito de sua
competência, o que deve ser feito. Para tanto, é essencial que os conselhos reúnam
em si a síntese do significado social da escola, a fim de poder formar-se
essencialmente a voz da maioria dos agentes na comunidade escolar e local,
podendo assim falar ao dirigente em nome da sociedade, caracterizando de
sobremaneira a Gestão Democrática.
Ainda, para situar o Conselho Escolar na Gestão Escolar nos dias atuais,
reafirmamos que o Conselho Escolar é um colegiado formado por pais, alunos,
professores, representantes da comunidade que dela se servem, e que proporciona
a eles o exercício da cidadania, o aprendizado de relações sociais mais
democráticas, a formação de cidadãos ativos. Por meio do Conselho, a população
poderá controlar a qualidade de um serviço prestado pelo Estado, ou seja, poderá
definir e acompanhar a educação que lhe é oferecida. E para melhor situá-lo na
Gestão Escolar, apresentamos algumas considerações feitas por Paro (2001) sobre
esse colegiado na democratização da Gestão Escolar e demais cadernos que
“Promover a participação da comunidade na gestão das escolas, universalizando,
em dois anos, a instituição de Conselhos Escolares ou órgãos equivalentes.”
(Plano Nacional de Educação)
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embasam o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares,
organizados pelo Ministério da Educação (MEC).
De acordo com Paro (2001), os Conselhos surgiram na década de 1980, sendo os
mesmos, temidos pelos diretores, pois poderiam representar uma intromissão dos pais,
alunos e professores na direção da escola e com isso os dirigentes poderiam perder seu
poder, atrapalhando a direção da escola.Tal fato não aconteceu, pois apesar dos
temores dos mais conservadores de que a escola, com os conselhos, poderiam
transformar-se em “bagunça”, percebeu-se que é possível conviver de modo civilizado
com outros sujeitos tocando nos problemas de direção e funcionamento da escola.
Apesar desse entendimento, o Conselho continuou a encontrar uma série de
dificuldades para se constituir de fato numa instância colegiada e contribuir dessa
forma para a efetivação da Gestão Democrática uma vez que:
O Conselho de Escola tem sido tomado, em geral, como uma medida isolada, descolado de sua política mais ampla e séria de democratização da escola evidenciando muito mais sua face burocrática do que sua inspiração democrática (PARO, 2001, p.80).
Um aspecto importante destacado pelo autor, referente à participação do conselho,
diz respeito à fraca participação dos diversos segmentos da escola e da comunidade
nas reuniões e isso é reflexo da falta de uma política de participação que envolva
uma nova ética a perpassar todas as atividades da escola.
Vídeo 8 – Escola de Gestores – Fazendo a Escola15
Segundo Paro (1995), o Conselho Escolar constituído apenas como mais uma
instituição da escola, pouco adianta para o avanço da democracia. Ele tem de se
15 Brasil. Ministério da Educação. O papel dos colegiados na gestão escolar [Fazendo escola]. Disponível em
<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/8754> acessado em 10 jun 2010
Para saber mais:
Assista ao vídeo “O Papel dos Colegiados na gestão escolar” com Maria da
Glória Gohn, Regina Vinhaes Gracindo e Márcia Angela Águia, da série Fazendo
escola, da TV Escola, que Discute como é possível estimular a participação e a
atuação dos colegiados nas decisões sobre a escola.
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/8754
27
supor como uma ferramenta que objetiva a superação dos condicionamentos
ideológicos, institucionais, político-sociais e materiais. Paro ainda ressalta que a falta
de tempo para participação na escola, a timidez, a dificuldade de falar em público,
baixa auto-estima e pouca convicção da importância de sua participação são alguns
fatores que implicam também na não participação.
Por outro lado Paro, também ressalta que a comunidade faz a sua critica em relação
a não participação da escola na comunidade.
Assim, é primordial que a escola procure aproximar-se da comunidade e auscultar
seus reais problemas e interesses. A falta dessa aproximação, da postura de não
ouvir o outro parece explicar em grande parte o fracasso de iniciativas paternalistas
de gestão colegiada e de participação que:
[...]por mais bem intencionados que sejam, procuram agir “em nome da comunidade” sem antes ouvir as pessoas e os grupos pretensamente
favorecidos com o processo e sem dar-lhes acesso ao questionamento da própria forma de “participação”(PARO, 1985, p. 27)
Assim, a luta pela participação coletiva e pela superação dos condicionantes deve
compor um só processo, de modo que avanços em um dos campos levem os
avanços no outro, de forma contínua e interdependente.
Paro (1995), esclarece que é possível ampliar o sentido da democracia na educação
escolar por meio da implantação de propostas para organização, consolidação e
funcionamento do Conselho Escolar.
Vídeo 9 – Dia a dia Educação – TV Multimídia16
16 PARANÁ, Secretária Estadual de Educação do. TV Multimídia, Categoria “Vídeos Pedagogia”. Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/genre.php?genreid=72&letter=&start=120> Acessado em: 24
maio 2010
“Se a escola não participa da comunidade, por que irá a
comunidade participar da escola?” (PARO, 1995)
Assista a narração do Poema “A Escola” de Paulo Freire
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=13323
28
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Mediante o poema de Paulo Freire sobre a
Escola. Como o Conselho Escolar pode contribuir para que se efetive na Escola a
participação de todos?
29
Unidade IV
Integrantes do Conselho Escolar
No Plano Nacional de Educação segundo Brasil (2006, p 40) está expressa a
necessidade de “promover a participação da comunidade na gestão das escolas,
universalizando, em dois anos, a instituição de Conselhos Escolares ou órgãos
equivalentes”. Portanto a iniciativa de criação dos conselhos depende efetivamente
do diretor da escola ou a quaisquer representantes dos segmentos da comunidade
escolar e local
Da Composição dos Conselhos Escolares:
direção da escola
representação dos estudantes,
pais ou responsáveis pelos estudantes,
professores,
trabalhadores em educação não-docentes e
comunidade local.
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Para iniciar esta conversa que tal escrever sobre a
sua função no Conselho Escolar? Por que ela é
importante?
De acordo com o modelo de Estatuto do Conselho Escolar oferecido pela Secretaria
de Educação Básica do Estado do Paraná (2010?), no seu Art. 18 estabelece que a
composição do Conselho Escolar deve:
Art. 18 – O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e proporcionalidade, previsto nos artigos 16 e 17, é
constituído pelos seguintes conselheiros: a) diretor; b) representante da equipe pedagógica;
c) representante do corpo docente (professores); d) representante dos funcionários administrativos; e) representante dos funcionários de serviços gerais;
f) representante do corpo discente (alunos); g) representante dos pais de alunos; h) representante do Grêmio Estudantil;
i) representante dos movimentos sociais organizados da comunidade (APMF, Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde, etc). (PARANÁ, 2010? p 4),
Ilustração 6 - Conselhos Escolares17
O diretor atua como coordenador na execução das Deliberações do Conselho
Escolar e das ações de todos os segmentos. O mesmo poderá ou não ser o próprio
presidente do Conselho Escolar, a critério de cada conselho, conforme estabelecido
pelo Regimento Interno. De acordo com o modelo de Estatuto do Conselho Escolar
oferecido pela Paraná (2010?), no seu Art. 15 estabelece que:
Art. 15 - O Conselho Escolar terá como membro nato o Diretor do estabelecimento de ensino, eleito para o cargo, em conformidade com a legislação pertinente, constituindo-se no Presidente do referido Conselho. (PARANÁ, 2010? p 4)
Pode se dizer que os membros efetivos são os representantes de cada segmento.
Brasil (2006, p42) estabelece que os suplentes possam estar presentes em todas as
reuniões, mas apenas com o direito de voz, se o membro efetivo estiver presente.
Os diretores no exercício da função têm a sua participação assegurada no Conselho
Escolar, ou seja, são “membros natos”.
17 BRASIL, Ministério da Educação. Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania (org) Ignez
Pinto Navarro et.al. Brasília: MEC, SEEB, 2006
Como todo o órgão colegiado, o Conselho Escolar
toma decisões coletivas. Ele só existe quando está
reunido.
31
Aos membros dos Conselhos Escolares deve-se dar a possibilidade de efetiva
participação, sendo que o importante é a representatividade, a disponibilidade e o
compromisso, onde estes possam manter um diálogo, pois os Conselhos Escolares
são acima de tudo, é um espaço de participação e de exercício de liberdade.
Brasil (2006, p 44) estabelece de como realizar a escolha dos integrantes do
Conselho Escolar, sendo que a seleção desses Conselhos deve observar as
diretrizes do sistema de ensino, definindo a forma de escolha (eleições, por
exemplo) existência de uma comissão Eleitoral, convocação de assembléias gerais
para deliberações, existência de membros efetivos e suplentes. Se a opção for pela
eleição como forma de escolha dos conselheiros, o voto deve ser único, assegurar a
transparência do processo eleitoral, realizar debates e apresentar planos de
trabalho, etc.
Quanto as atribuições e funcionamento dos Conselhos Escolares, o modelo de
Estatuto do Conselho Escolar oferecido pela Secretaria de Educação Básica do
Estado do Paraná (2010?), no seu Art. 43 estabelece que:
I - aprovar e acompanhar a efetivação do projeto político-pedagógico da
escola; II - analisar e aprovar o Plano Anual da Escola, com base no projeto políticopedagógico da mesma;
III – criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática na elaboração do projeto político-pedagógico bem como do regimento escolar, incluindo suas formas de funcionamento aprovados pela comunidade
escolar; IV - acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes, prioridades e metas estabelecidas no seu Plano Anual, redirecionando as
ações quando necessário; V - definir critérios para utilização do prédio escolar , observando os dispositivos legais emanados da mantenedora e resguardando o disposto
no Artigo 10 da Constituição do Estado do Paraná, sem prejuízo ao processo pedagógico da escola; VI - analisar projetos elaborados e/ou em execução por quaisquer dos
segmentos que compõem a comunidade escolar, no sentido de avaliar sua importância no processo educativo; VII – analisar e propor alternativas de solução à questões de natureza
pedagógica, administrativa e financeira, detectadas pelo próprio Conselho Escolar, bem como as encaminhadas, por escrito, pelos diferentes participantes da comunidade escolar, no âmbito de sua competência;
VIII - articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem; IX - elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que se
fizer necessário, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação e legislação vigente; X – definir e aprovar o uso dos recursos destinados à escola mediante
Planos de Aplicação, bem como prestação de contas desses recursos, em ação conjunta com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF;
32
XI - discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no
Regimento Escolar encaminhadas pela comunidade escolar ; XII- apoiar a criação e o fortalecimento de entidades representativas dos segmentos escolares;
XIII - promover, regularmente, círculos de estudos, objetivando a formação continuada dos Conselheiros a partir de necessidades detectadas, proporcionando um melhor desempenho do seu trabalho;
XIV– aprovar e acompanhar o cumprimento do Calendário Escolar observada a legislação vigente e diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
XV – discutir e acompanhar a efetivação da proposta curricular da escola, objetivando o aprimoramento do processo pedagógico, respeitadas as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
XVI - estabelecer c ritérios para aquisição de material escolar e/ou de out ras espécies necessárias à efetivação da proposta pedagógica da escola; XVII – zelar pelo cumprimento e defesa aos Direitos da Criança e do
Adolescente, com base na Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente; XVIII – avaliar, periodicamente e sistematicamente, as informações
referentes ao uso dos recursos financeiros, os serviços prestados pela Escola e resultados pedagógicos obtidos; XIX – encaminhar, quando for necessário, à autoridade competente,
solicitação de verificação, com fim de apurar irregularidades de diretor, diretor-auxiliar e demais profissionais da escola, em decisão tomada pela maioria absoluta de seus membros, em Assembléia Extraordinária
convocada para tal fim, com razões fundamentadas, documentadas e devidamente registradas; XX - assessorar, apoiar e colaborar com a direção em matéria de sua
competência e em todas as suas atribuições, com destaque especial para: a) o cumprimento das disposições legais; b) a preservação do prédio e dos equipamentos escolares; c) a aplicação de medidas disciplinares previstas
no Regimento Escolar quando encaminhadas pela Direção, Equipe Pedagógica e/ou referendadas pelo Conselho de Classe; d) comunicar ao órgão competente as medidas de emergência, adotadas pelo Conselho
Escolar, em casos de irregularidades graves na escola; XXI - estabelecer anualmente um cronograma de reuniões ordinárias. (PARANÁ, 2010? p 8 10),
Brasil (2006, 45) em relação as atribuições define que a primeira delas deve ser a
elaboração do Regimento Interno do Conselho Escolar, que define ações
importantes, como calendário de reuniões, substituição de conselheiros, condições
de participação do suplente, processos de tomada de decisões, indicação das
funções do conselheiro, etc. Num segundo momento, deve-se partir para a
elaboração, discussão e aprovação do Projeto Político Pedagógico da escola. Se já
existe o Projeto Político Pedagógico, cabe ao Conselho Escolar avaliá-lo, propor
alterações, se for o caso, e implementá-lo.
De modo geral, podem ser identificadas algumas atribuições dos Conselhos
Escolares:
Elaborar o Regimento Interno do Conselho Escolar;
33
Coordenar o processo de discussão, elaboração ou alteração do
Regimento Escolar; Convocar assembléias gerais da comunidade escolar ou de seus
segmentos;
Garantir a participação das comunidades escolar e local na definição do Projeto Político Pedagógico da unidade escolar;
Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber do
estudante e valorize a cultura da comunidade local; Propor e coordenar alterações curriculares na unidade escolar,
respeitando a legislação vigente, a partir da análise, entre outros
aspectos, do aproveitamento significativo do tempo e dos espaços pedagógicos na escola;
Propor e coordenar discussões junto aos segmentos e notar as
alterações metodológicas, didáticas e administrativas na escola, respeitando a Legislação vigente;
Acompanhar a evolução dos indicadores educacionais (abandono
escolar, aprovação, aprendizagem, entre outros) propondo, quando se fizerem necessárias, intervenções pedagógicas e/ou medidas socio-educativas visando a melhoria da qualidade social da educação escolar;
Elaborar o plano de formação continuada dos conselheiros escolares, visando ampliar a qualificação de sua atuação;
Aprovar o plano administrativo anual, elaborado pela direção da escola,
sobre a programação e a aplicação dos recursos financeiros, promovendo alterações, se for o caso;
Fiscalizar a gestão administrativa, pedagógica e financeira da unidade
escolar; Promover relações de cooperação e intercâmbio com outros Conselhos
Escolares. (BRASIL, 2006, 46 – 47)
Cada Conselho deve considerar a autonomia da escola como é previsto na Lei de
Diretrizes e Bases – LDB, chamar para a discussão de suas atribuições prioritárias,
e principalmente no seu empenho no processo de construção de um Projeto Político
Pedagógico que garante uma escola pública de qualidade.
Vídeo 10 – Dia a Dia Educação TV Multimídia18
Podemos dizer que é indispensável a participação do Conselho Escolar para a
realização de um trabalho que procure a transformação da realidade brasileira.
18 PARANÁ, Secretária Estadual de Educação do. TV Multimídia, Categoria “Vídeos Pedagogia”. Disponível em: <
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/genre.php?genreid=72 > Acessado em: 15 jul. 2010
Assista o programa produzido pela Univesp que discute como a LDB alterou a gestão
das escolas brasileiras. O vídeo enfatiza como a participação dos pais na escola foi
suprimida no decorrer dos anos e discute as mudanças necessárias tendo em vista a
gestão democrática. Jamil Cury comenta alguns aspectos constantes na LDB.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=16571
Esta parte apresenta como ocorre a avaliação institucional e a preparação para as
avaliações pelas escolas. Apresenta também as ideias de Lourdes Marcelino Machado
e Jamil Cury sobre o tema.
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=16572
34
Site 3 – Dia a dia Educação – Coordenação de Gestão Escolar19
19 PARANÁ, Secretária Estadual de Educação. Dia a Dia Educação: Coordenação de Gestão Escolar. Disponível em: <
http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=16> Acessado em: 10 fev. 2010
Para ter acesso aos conteúdos do Estatuto do Conselho Escolar, acesse o link abaixo:
http://www.diaad ia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/Estatuto_1_edicao.pdf
ou a segunda edição que foi revisada e atualizada: subsídios para elaboração do estatuto do conselho escolar
http://www.diaad ia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/Estatuto_2_edicao.pdf
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35
REFERÊNCIAS
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Ferreira. Brasília DF: Editora Universidade de Brasília, 1991. Vol.1.
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