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COLÉGIO ESTADUAL NESTOR VÍCTOR PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ANO 2012 1

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · Este documento norteará nossa escola, na construção de um trabalho coletivo, no qual estaremos imbuídos em oferecermos uma aprendizagem

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COLÉGIO ESTADUAL

NESTOR VÍCTOR

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

ANO 2012

1

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ESCOLA

O TRABALHO É PELA GLÓRIA OU PELO PÃO?

SÃO OS OSSOS DO OFÍCIO OU O OFÍCIO DA

CONSTRUÇÃO?

QUANDO O SILÊNCIO ESTALA, A VOZ NÃO CALA...

E A VIDA HUMANA FLUI SOB AS PALAVRAS.

ALGUNS JAZEM ESTÁTICOS.

OUTROS EXPRESSAM-SE FRENÉTICOS.

MAS À LUZ DE TODAS AS CONSIDERAÇÕES:

A VIDA É A ESCOLA E A ESCOLA É A

EXISTÊNCIA HUMANA.

AQUI SE COLHE AS SEARAS MADURAS

SEMEADAS NO PASSADO.

SE LANÇA AS SEMENTES DO FUTURO

E SE SABOREIA O PRESENTE,

PORQUE NESTE LUGAR

O ALIMENTO PRINCIPAL É O SABER!

Professora: Deolinda Cornicelli Buosi

APRESENTAÇÃO

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Este documento norteará nossa escola, na construção de um trabalho coletivo, no

qual estaremos imbuídos em oferecermos uma aprendizagem de qualidade, praticando a

equidade, para alcançarmos a educação para todos, sem exceção e, assim obter o

ideário educacional almejado.

Neste sentido, compreendemos que as expectativas, por uma educação de

qualidade, são alavancas que oportunizarão aos educandos conhecimentos significativos,

funcionais e sua formação como ser humano. Essas buscas permeiam a construção

desse Projeto Político-Pedagógico.

O Projeto Político Pedagógico foi construído coletivamente, envolvendo toda

comunidade escolar (alunos, pais, professores, funcionários, pedagogos, direção e órgãos

colegiados). Foi formada uma comissão, com a participação paritária de cada segmento,

que coordenaram os trabalhos. A participação efetiva dos nossos alunos, pais,

professores e funcionários foi de indispensável relevância, através de respostas a

questionários, reuniões por séries (alunos e pais) e por setores. Consideramos todas as

opiniões, propiciamos embasamento aos grupos sobre temas pertinentes a escola e

refletimos conjuntamente repensando a nossa realidade escolar, propondo soluções.

Neste Projeto estamos, expondo nossas dificuldades e angústias, para superá-las,

propomos ações pautadas na coerência da nossa realidade educacional.

IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental, Médio e Normal (00021),

de acordo com a Minuta de Resolução expedida pelo Secretário Estadual da Educação –

2011 enquadra-se no porte 6, é administrado em regime de gestão democrática, está

situado na Avenida Passos, nº 188, zona urbana, município de Pérola, Estado do Paraná,

Telefones: (44) 36361172 e 36361679, e-mail: [email protected].

O município de Pérola localiza-se a 50 km do Núcleo Regional de Educação de

Umuarama, na região Noroeste do Paraná. Possui 10.208 habitantes (Censo 2010). Sua

economia gira em torno do comércio, empresas (facções de roupas), fábricas de roupas,

pecuária e outros.

O Colégio Estadual Nestor Víctor - Ensino Fundamental e Médio, foi criado pelo

Decreto nº 4506/78 do dia 03/Janeiro/1978, de acordo com a Lei nº 4.978 de

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05/Dezembro/1964, e publicado no Diário Oficial de 09/Janeiro/1978, com a denominação

de Escola Normal de Grau Ginasial de Pérola.

Passou a denominar-se Ginásio Estadual de Pérola pelo de COLÉGIO ESTADUAL

NESTOR VÍCTOR – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL Decreto nº 8.131,

sob a Lei 4.978 de 05/Dezembro/1964 e as Resoluções nº 26/65 e 46/67 do Conselho

Estadual de Educação.

Pelo Decreto nº 18540 de 12/Março/1970, publicado a 16/Março/1970, passou a

denominar-se Ginásio Estadual Nestor Víctor.

Pelo Decreto nº 4.506 de 03/Janeiro/1978, passou a fazer parte do Complexo

Escolar Braga Couto, com a denominação de Escola Nestor Víctor – Ensino de 1o Grau.

Ficou autorizado a funcionar com a denominação de Colégio Estadual Nestor

Víctor – Ensino de 1o e 2o Graus e autorizado a ministrar as habilitações: Plena de

Contabilidade, Magistério e Básico em Química pela Resolução nº 3.429/81 e o Complexo

Escolar Professor Oscar Braga Couto – Ensino de 1o Grau passa a denominar-se

Complexo Escolar Professor Oscar Braga Couto – Ensino de 1o e 2o Graus.

Pela Resolução nº 244/82 de 28/janeiro/1982 ficou reconhecido o curso de 1o Grau

de 1a a 8a série.

Pela Resolução nº 7448 de 22/Outubro/1984 ficou reconhecido os Cursos de 2o

Grau: Habilitação Profissional Plena de Contabilidade, Magistério e Habilitação Básica em

Química.

Pela Resolução nº 2156/86 de 13/Maio/1986 foi autorizado o funcionamento do

Curso de 2o Grau Regular – Propedêutico, com efeito retroativo ao ano letivo de 1.983.

Pela Resolução nº 672/87 de 24/Fevereiro/1987 – D.O.E. (Diário Oficial do Estado)

de 11/Março/1987 ficou reconhecido o Curso de 2o Grau Regular – Propedêutico.

Através da Resolução nº 2577 de 30/Junho/83 o Complexo Escolar Professor

Oscar Braga Couto, passou a ter nova denominação, sendo então “Complexo Escolar

Estadual Professor Oscar Braga Couto – Ensino de 1o e 2o Graus e o Colégio Nestor

Víctor – Ensino de 1o e 2o Graus passa a denominar-se Colégio Estadual Nestor Víctor –

Ensino Fundamental de 1o e 2o Graus.

Pela Resolução 4608/92 de 11/Dezembro/1992 foram suspensas em caráter

definitivo as atividades escolares relativas ao ensino das quatro (04) primeiras séries do

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1o Grau, do Colégio Estadual Nestor Víctor.

Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 publicada no Diário Oficial no dia

11/Setembro/98, página doze (12), o Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino de 1 o e 2o

Grau passou a denominar-se Colégio Estadual Nestor Víctor - Ensino Fundamental e

Médio.

Os Cursos profissionalizantes Técnico em Contabilidade e Magistério foram

cessados respectivamente pelas Resoluções nº 3.189/99 – SEED(Secretaria de Estado

da Educação do Paraná) e nº 4.445/02 – SEED(Secretaria de Estado da Educação do

Paraná).

O Colégio Estadual Nestor Víctor - Ensino Fundamental, Médio e Normal, é

mantido pelo Governo do Estado do Paraná, pertence ao Núcleo Regional de Educação

de Umuarama, mantêm o Ensino Fundamental Resolução nº 244/82 – Parecer nº 805/02

– CEF-Conselho de Educação Federal/SEED-Secretaria de Estado da Educação do

Paraná em oito anos (regular), séries finais (5ª a 8ª séries) no turno diurno , o Ensino

Médio, Resolução nº 672/87 – Parecer nº 965/2002 – CEF-Conselho de Educação

Federal/SEED- Secretaria de Estado da Educação do Paraná e Formação de Docentes

da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na modalidade Normal,

Nível Médio – Resolução 5289/08 de 18/11/2008 – Parecer 180/08 DET - Departamento

de Educação e Trabalho/SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná nos turnos

diurno e noturno, ambos em regime anual.

Ensino Fundamental: Ato da Renovação de Reconhecimento do Curso Resolução

nº5962/06 DOE 31/01/2007.

Ensino Médio: Ato da Renovação de Reconhecimento do Curso Resolução nº

5959/06 DOE – Diário Estadual do Paraná 31/01/2007.

Educação Especial: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, art. 58, 59 e

60; DCE-Diretrizes Curriculares Nacionais – Educação Especial; DCE-Diretrizes

Curriculares da Educação Básica – versão preliminar; Deliberação 02/03 Paraná;

Instrução Normativa 05/04 Sala de Recursos.

Em decorrência da Resolução nº 3712/06–DOE – Diário Oficial do Estado.

28/08/2006, o Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental e Médio passa a

denominar-se Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental Médio e Normal.

E, em 2008, o Regimento Escolar foi aprovado com Ato Administrativo de nº

0341/08.

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CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS

Ao final de cada ano letivo este Estabelecimento de Ensino faz uma previsão do

número de turmas para o ano subsequente, sendo que esta distribuição de turmas e

matrículas obedece a Resolução nº 864/01 – SEED – Secretaria de Estado da Educação

do Paraná e uma Instrução Normativa expedida anualmente pelo Departamento

de Infra-Estrutura da Secretaria de Educação do Estado do Paraná, que orienta a

matrícula nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Educação Básica.

: As turmas são compostas da seguinte forma:

Os alunos que moram na zona rural e dependem de transporte escolar

deverão matricular-se no horário em que o mesmo é oferecido, sendo Ensino

Fundamental no período vespertino e Ensino Médio no período noturno.

Para os demais alunos as matrículas serão de acordo com as vagas

oferecidas por este Estabelecimento de Ensino.

Para alunos novos será respeitado o fluxo entre os

Estabelecimentos de Ensino e o georreferenciamento.

No Regimento escolar, aprovado pelo ato administrativo nº 0341/08 do Núcleo

Regional de Educação, referente à oferta do Ensino Médio, Organizado em dois Blocos

de Disciplinas Semestrais e ao Centro de Línguas Estrangeiras Moderna – CELEM.

Adendo Regimental de Alteração e de Acréscimo nº 001/2010 organiza por série,

no Ensino Médio, Organizado em dois Blocos de Disciplinas Semestrais e para o Curso

de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino

Fundamental, em nível médio, na modalidade normal; (NR)

Matriz curricular

2012

Ensino Fundamental:

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Base Nacional Comum

Artes

Ciências

Educação Física

Geografia

História

Língua Portuguesa

Matemática

Ensino Religioso

Parte Diversificada Língua Estrangeira

Moderna - Inglês

Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais:

Bloco 1 Bloco 2

Biologia

Educação Física

Filosofia

História

Língua E. Moderna-Inglês

Língua Portuguesa

Arte

Física

Geografia

Matemática

Sociologia

Química

Formação de Docentes: (1ª série)

Base Nacional Comum

Arte

Biologia

Educação Física

Filosofia

Geografia

História

Língua Portuguesa e Literatura

Matemática

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Sociologia

Língua Estrangeira Moderna – Inglês

Formação Específica Prática de Formação

Fundamentos Históricos da Educação

Fundamentos Psicológicos da Educação

Organização do Trabalho Escolar

Formação de Docentes: (2ª série)

Base Nacional Comum

Biologia

Educação Física

Geografia

História

Língua Portuguesa e Literatura

Matemática

Sociologia

Língua Estrangeira Moderna – Inglês

Formação Específica Concepções Norteadoras da Educação Especial

Prática de Formação

Fundamentos Históricos e Políticos da Ed. Infantil

Fundamentos Sociológicos da Educação

Organização do Trabalho Pedagógico

Trabalho Pedagógico na Educação Infantil

Formação de Docente: (3ª série)

Base Nacional Comum

Língua Portuguesa e Literatura

Língua Estrangeira Moderna- Inglês

Matemática

Educação Física

Física

Química

Formação Específica

Prática de Formação

Fundamentos filosóficos da educação

Literatura Infantil

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Metodologia do Ensino de Matemática

Metod. do Ensino de Português e Alfab.

Trabalho Pedagógico na Educação Infantil

Formação de Docente: (4ª série)

Base Nacional Comum

Língua Portuguesa e literatura

Educação Física

Matemática

Física

Química

Língua Estrangeira Moderna – Inglês

Formação Específica Prática de Formação

Metod. do Ens. de Português e Alfabetização

Metodologia do Ensino de História

Metodologia do Ensino de Geografia

Metodologia do Ensino de Ciências

Metodologia do Ensino de Arte

Metodologia do Ensino de Educação Física

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental, Médio e Normal dispõe:

18 salas de aula

01 laboratório de Ciências

01 laboratório de informática (Paraná Digital e Proinfo-Programa

Nacional de Informática na Educação)

01 sala dos professores

01 sala de direção e vice-direção

01 sala de secretária

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01 sala para Equipe Pedagógica

01 secretaria

02 almoxarifado

01 biblioteca

01 sala de multiuso

01 cozinha

01 quadra de esportes coberta

01 quadra de esportes descoberta

02 depósitos de alimentos

01 depósito de materiais de Educação Física

01 sala de Teatro

01 pátio coberto

01 Sanitário feminino no 1º pavilhão com 06 cabines, sendo uma adaptada para

aluna cadeirante

01 Sanitário masculino no 1º pavilhão com 06 cabines, sendo uma adaptada para

aluno cadeirante

01 Sanitário feminino 2º pavilhão com 04 cabines

01 Sanitário feminino na quadra de esportes com 02 cabines

01 Sanitário masculino na quadra de esportes com 02 cabines

01 Sanitário feminino para professoras e funcionárias

01 Sanitário masculino para professores e funcionários

01 Sanitário para funcionários da cozinha

RECURSOS MATERIAIS

Recursos MateriaisQuantidades

2012

Laboratório de Ciências:- conjunto de Termologia- conjunto de Ótica Ondas- Leis de Hom- microscópio Esteroscópio- conjunto de Mov. Cinemática e Dinâmica- torso Humano Anatômico- luneta astronômica

01010101010101

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- balança de plataforma digital- estadiometro portátil- agitador magnético- manta aquecedora balão 250 ml- medidor de PH digital- suporte universal- balão fundo chato 250 ml- balão volumétrico 250 ml- bastão de vidro- copo becker vidro- erlenmeyer de vidro 250 ml- funil de vidro 150 ml- funil de separação 250 ml- pipeta de vidro graduada 10 ml

Materiais Pedagógicos:- sólidos geométricos- flauta doce soprano- baqueta de madeira- mesa para tênis de mesa completo- cones- colchonete- bolas de borracha- kit pancake- relógio didático- tangram em madeira- torre Hanói – 1 base c/ 6 círculo- jogo alfabético silábico 372 peças- jogo dominó assoc. Ideias 28 pç.- jogo vamos formar palavras 60 pç.- jogo seqüência lógica 16 peças.- fantoche família branca- jogo de memória c/ antônimos- conjunto barras de medida- blocos lógicos c/ 48 em madeira- conjunto números e sinais 40 peças- dominó educ. subtração- dominó educ. multiplicação- escala cuisinare c/294 peças madeira- conjunto dourado 611 peças madeira- conjunto réguas numéricas 61 reg.

Acervo Bibliográfico Ensino Fundamental:Antologia textos filosóficosAtlas do BrasilTradição e Cult.Coz.QuilombolaAcervo temas paranaense 27 tit.Coletânea Ciências humanasLiteraturaPoesia

0101010101040404060806050505

20404001103020040102030806060620100101020202020202

3501010201

949168

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ContosEnsino ReligiosoLíngua PortuguesaBiografiasHistória do ParanáHistória do BrasilHistória GeralInglêsEspanholO.S.P.B.MatemáticaEducação ArtísticaCiênciasMeio AmbienteEducação FísicaGeografiaSaúdeEnciclopédiasDireitoDicionáriosLíngua EstrangeiraLiteratura InfantilMitos e LendasTeatro BrasileiroCrônicasFísica

Acervo Bibliográfico Ensino Médio:Antologia textos filosóficosAtlas do BrasilTradição e Cult.Coz.QuilombolaAcervo temas paranaense 27 tit.Coletânea Ciências humanasLiteratura EstrangeiraLiteratura BrasileiraPoesiaContosEnsino ReligiosoPsicologiaLíngua PortuguesaSociologiaFilosofiaPedagogiaBiografiasHistória do ParanáHistória do BrasilHistória GeralInglêsEspanhol

1470205

249204226604703-

461642122720791214

12723010619

1304704

3501010201

200478277322417637065830

249204226604703

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O.S.P.B.MatemáticaArteLiteratura GeralContabilidadeEducação FísicaGeografiaFísicaQuímicaBiologiaSaúdeEnciclopédiasDireitoDicionáriosColeção Paulo CoelhoZíbia GasparettoMonteiro LobatoMitos e LendasTeatro BrasileiroTeatro InfantilCrônicasLíngua e LiteraturaEducação EspecialEducaçãoPeriódicos

Biblioteca do ProfessorPedagogiaLíngua PortuguesaGeografiaAtlasMapasHistóriaCiênciasMatemáticaEducação FísicaArtePsicologiaBiologiaEnsino ReligiosoLíngua EstrangeiraFilosofiaSociologiaFísicaQuímica

Recursos TecnológicosAntena Parabólica 1,50 m.LNBF Monoponto Banda c/ extendidaReceptor digital ZINWELL

741305951-

27100652939791260

127100377246667

1289821

16464

790512020315101508150510040418061512

010101

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Televisor “20”Televisor pendrive “29”Vídeo casseteFotocopiadoraDVDKit – TV EscolaComputadorImpressoraData showRetroprojetorRádioMimeógrafoInternet AmplificadorLupa eletrônica

021401010301370601010501020201

QUADRO GERAL DE PESSOAL

CORPO DOCENTE

Professor R.G. Formação Superior Função Atual

Ademair Terassani 2.137.759-7 Ciências/Biologia Professor

Ana Gláucia Zirondi Estel 4.568.658-2 Letras Professora

Alaine de Moura Lino 9.224.415-6 Química Professora

Alan Mackert dos Santos 6.079.042-6 Educação Física Professor

Anderson da Fonseca Sapucaia 9.060.388-4 Ciências Professor

Ângela Mércia Pipino 1.605.135-7 Pedagogia Pedagoga

Aparecida de Fatima Santos 3.294.422-1 Ciências/Matemática Professora

Cecília Marques Kmiecik 3.802.691-7 Letras Professora

Celi Cristina Piccirilo 4.199.755-9 Matemática Professora

Celina Aparecida Belini Marques 5.502.239-9 Pedagogia Professora

Cileide Paião Schiapati 6.126.059-5 Letras Professora

Cleide Ap. Bocchi Biaca 3.360.048-8 Biologia/Mat./Física Diretora Auxiliar

Cleyde de Lourdes Fabbri 2.186.932-5 Letras Professora

Deolinda Cornicelli Buosi 4.307.447-4 Geog./Pedag./Ed.Art. Professora

Deusenir Bazan de Souza 4.324.419-1 Letras Professora

Edna Rosa da Silva Silveira 5.267.925-7 História Professora

Edson Lanza 4.949.914-0 Educação Física Professora

Elisangela Manzoli Carvalho 9.144.307-4 Ciências Professora

Erceli Adelia Cotrin da Silva 1.013.950-3 Letras Professora

Fernanda Cristina Trentim 9.218.833-7 Matemática Professora

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Gilmar Borges Celeri 7.309.832-7 Matemática Professora

Gislaine L. Gasparoto Ferla 7.350.075-3 Matemática Professora

Graciele Hatsumi Obana 4.481.526-5 Letras Professora

Graice Apª de O. Braguetto 8.058.602-7 Ciências/Física Professora

Hericles Fernando Silveira 6.456.333-5 Letras Professor

Iara Cristina Zaffalon 8.955.367-9 Educação Física Professora

Ivania Baesso Guizilini 7.923.662-4 História Professora

Janete Elen Saldanha Gazim 4.232.029-8 Geografia Professora

Jislaine Pizzi 4.384.986-7 Ciências e Biologia Diretora Auxiliar

José Aparecido dos Santos 2.195.040-8 Esquema II Disc.Técnica

José Augusto Antunes 1.668.527-5 Filosofia Professor

José Maria do Couto 1.037.411-1 Física Professor

Leila Pereira Fraga Rodrigues 4.716.424-9 Educação Física Professora

Luzia Arboléia Rissato 1.596.600-9 Geografia Professora

Magali Silveira da Silva 5.916.002-8 Pedagogia Professora

Maria Apª C. Martins Casini 2.230.987-0 Ed. Artística Professora

Maria Critina Petenucci 2.048.317-2 Pedagogia Pedagoga

Maria Fátima de França 4.017.857-0 Letras Professora

Maria Fernanda Moura Favero 9.762.010-5 Matemática Professora

Maria Selise Palatinsk 0.904.910-0 História Professora

Maria Zélia Nunes da Paz 6.575.589-0 Química Professora

Mirlene Ianegitz Ramos 10.726.937-8 Ciências Biológicas Professora

Nadir Fernandes de Faria 3.687.695-6 Geografia Professora

Patrícia Perdomo Varago 9.704.190-3 Letras Professora

Reginaldo Piccirilo 4.187.483-0 Matemática/Ciências Professor

Roberto dos Santos Viana 9.336.143-1 História Professor

Rodrigo Favero Maróstica 8.128.327-3 Educação Física Professor

Rosária dos Santos Sgrignoli 3.836.503-7 Pedagogia Professora

Roseli Aparecida Bressan 3.441.434-3 História Professora

Roseli Silva Minzon 7.372.574-7 Ciências Sociais Professora

Rosiele Cordeiro André 8.718.400-5 Biologia Professora

Rosilene Bressan 4.238.826-2 Ciências e Biologia Profª da Lei 15308/06

Sandra Aparecida Silvestre 3.461.337-0 Ed. Física Professora

Sandra Maria Fuentes Lopes 4.458.078-0 Pedagogia Pedagoga

Senise Cristine C. Duarte Mari 3.150.448-1 Pedagogia Profª/Pedagoga

Silvana Regina Fernandes 3.336.817-8 Ed. Física Professora

Silvania Formagio 6.002.443-0 Educação Especial Professora

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Solange de Fátima André 3.652.174-0 Ciências/Matemática Profª da Lei 15308/06

Sonia Apª Miquelini J. Silva 4.428.123-6 Pedagogia Pedagoga

Sônia de Lira Rodrigues 3.938.655-0 Matemática Diretora

Sueli Aparecida Maqueda 4.170.061-0 Letras Professora

Tatiane Apª Mendonça Pinto 11.038.330-4 Letras Professora

Ticyana Gosalan Sumeira 9.474.706-6 Pedagogia Professora

Valdir Paulino Leite 1.490.794-7 Letras Professor

Valéria Apª Piovesan Santos 6.964.568-2 Biologia Professora

Wilson José Leandro Stefani 1.641.116-7 Ed. Física Professor

Zenilde Mª Daniel Odorizzi 1.873.779-5 Geografia Professora

Escola Descentralizada – São Jorge do Patrocínio

Professor R.G. Formação Superior Função Atual

Claudinei Leonel 2.159.029-0 Matemática Professor

Evandro Cesar de Almeida 6.329.191-9 Educação Física Professor

Genicreia Tejada Carreira 5.786.027-8 Letras Professora

Graice Ap.ª de Oliveira Braguetto 8.058.602-7 Ciências/Física Professora

Leila P. Fraga Rodrigues 4.716.424-9 Educação Física Professora

Marcia Regina dos Santos Fagundes 6.018.514-0 Pedagogia Professora

Nilva Pascoalina Salesse 4.605.281-1 História Professora

Patricia Simões Carraro 10.281.856-3 Química Professora

Rosangela Galiotti de Freitas Souza 4.956.665-4 Pedagogia Professora

Rosimeyri Dorigani Arrais 4.568.590-0 Química Professora

Sonia Maria Leonel Guido 3.019.017-3 Pedagogia Professora

Vera Lúcia Rossafa Palmieri 4.017.766-3 Pedagogia Coordenadora/Curso

Escola Descentralizada – Altônia

Professor R.G. Formação Superior Função Atual

Ana Maria Trevizan 1.874.957-2 Pedagogia Coordenadora/Estágio

Dirlene Maciel 6.198.755-0 Pedagogia/Libras Profª Intérp.

Emilia Kondo Matsumura 2.001.770-8 Matemática Professora

Fábio dos Santos Oliveira 10.034.958-2 Nm,.;/Pedagogia Coordenador/Curso

Fernanda Gamberini 9.174.681-6 Química Professora

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Junia Aparecida da Silva 5.092.672-9 História Professora

Magali Greghi 5.916.002-8 Pedagogia Professora

Silvana Rodrigues R. da Mata 5.088.602-6 Educação Física Professora

Simone Lorena Tobbin 6.697.909-1 Pedagogia Professora

QUADRO DE APOIO

Funcionários RG Função Graduação

Alda de Siqueira 3.943.016-9 Ag. Educacional II Ensino Superior

Ana Célia Nicolau Ferreira 5.267.972-9 Ag. Educacional I Ensino Fund.

Angela Maria Souza 8.825.145-8 Ag. Educacional II Ensino Médio

Deyse Bariani 5.647.158-8 Ag. Educacional II Ensino Superior

Edinéia Ap. Pereira da Silva 11.038.080-1 Ag. Educacional II Ensino Superior

Ides Aparecida dos Santos 3.138.481-8 Ag. Educacional I Ensino Médio

Ivone Olivoto 4.237.493-8 Ag. Educacional II Ensino Superior

Ivor Neri 4.199.778-8 Ag. Educacional I Ensino Médio

José Milton de Souza 2.231.339-8 Ag. Educacional I Ensino Fund.

Lucinda Divina Caliani 3.211.066-5 Ag. Educacional I Ensino Médio

Luzia Aparecida Zanon 3.973.448-6 Ag. Educacional I Ensino Médio

Malvina Goes 1.701.159-6 Ag. Educacional II Ensino Médio

Márcia Elaine Bimbato 5.702.631-6 Ag. Ed. Secretária Ensino Médio

Marcinda Garcia da Silva 4.989.648-4 Ag. Educacional I Ensino Fundamental

Margarete da Silva Trinque 5.857.932-7 Ag. Educacional II Ensino Médio

Maria Ap. Mattos Mira 4.245.610-1 Ag. Educacional II Ensino Superior

Maria Inês C. da Silva 4.599.816-9 Ag. Educacional I Ensino Médio

Maria Luiza Kuboski Neri 8.040.854-4 Ag. Educacional I Ensino Fundamental

Maria Rosalina C. Casini 6.500.378-3 Ag. Educacional I Ensino Médio

Mariza Matias da Silva 3.827.940-8 Ag. Educacional II Ensino Superior

Neuseli de F .de O. França 4.568.287-0 Ag. Educacional I Ensino Médio

Neuza Souza de Oliveira 7.854.123-6 Ag. Educacional I Ensino Médio

Odete Ferreira 2.194.874-8 Ag. Educacional I Ensino Médio

Rosana Galina 6.455.956-7 Ag. Educacional I Ensino Médio

Do Processo de Classificação

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Art. 87 - A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível

com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais,

podendo ser realizada:

I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série anual ou os

Blocos de Disciplinas Semestrais da respectiva série ou fase anterior, na mesma escola;

II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do

exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar

o aluno na série anual, no Bloco de Disciplinas Semestral da respectiva série, no ciclo, na

disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos

por meios formais ou informais.

Art. 88 - A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e

exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos

profissionais:

I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola

para efetivar o processo;

II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;A disciplina

escolar é um conjunto de conhecimentos, elaborados levando-se conta a

especificidade de cada um deles, assim como sua contextualização política,

econômica, social e cultural, identificado e dotado de organização própria para o

estudo. Esses conhecimentos, ao vincularem-se à escola, estabelecem novas

relações de saber a partir das atividades de seus agentes principais, ou seja, de

professores e alunos.

V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

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Art. 89 - A Classificação para o Curso de Formação de Docentes da Educação

Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade

Normal é permitida apenas para a 1ª série, sendo vedada nas demais séries.

Do Processo de Reclassificação

Art. 90 - A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino

avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,

levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de

estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que

registre o seu Histórico Escolar.

Art. 91 - O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço

de aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na

série/ano/blocos de disciplinas semestrais/disciplina(s), deverá notificar o NRE para que

este proceda orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das

normas que fundamentam o processo de Reclassificação.

Parágrafo Único – Os alunos, quando maiores, ou seus responsáveis, poderão

solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à

escola aprová-lo ou não.

Art. 92 - A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno

e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo de reclassificação a ser

iniciado, a fim de obter o devido consentimento.

Art. 93 - A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela

equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações

emanadas da Secretaria de Estado da Educação, a fim de discutir as evidências e

documentos que comprovem a necessidade da reclassificação.

Art. 94 - Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,

anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para

que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

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Art. 95 - O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

Art. 96 - O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e

integrará a Pasta Individual do aluno.

Art. 97 - O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo

estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à

Secretaria de Estado da Educação.

Art. 98 - A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

Art. 99 – É vedada a Reclassificação para o Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na

Modalidade Normal, pois o aluno deve cursar série a série.

Da Progressão Parcial

Art. 107 - A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno,

não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente às séries seguintes.

Art. 108 - O estabelecimento de ensino oferta matrícula com Progressão Parcial ao

aluno que não obtiver êxito em uma disciplina.

Art. 109 - A disciplina em dependência será cursada, pelo aluno, em turno contrário

ao da série anual, etapas, fases ou por Blocos de Disciplinas Semestrais da respectiva

série em que foi matriculado.

§ 1º - O regime de Progressão Parcial exige, para aprovação na dependência, a

frequência determinada em lei e o aproveitamento escolar estabelecido no Regimento.

§ 2º - Havendo incompatibilidade de horário, será estabelecido plano especial de

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estudos para a disciplina em dependência, registrando-se em relatório, o qual integrará a

pasta individual do aluno.

Art. 110 - É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio e no Curso de Formação

de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em Nível

Médio, na Modalidade Normal, ao aluno com dependência de disciplina no Ensino

Fundamental.

Art. 111 - A expedição de Certificado ou Diploma de conclusão do curso ocorrerá

depois de atendida à carga horária mínima exigida em lei.

Parágrafo Único – Ao final do curso, havendo disciplina em dependência, o aluno

será matriculado na série, para cursar somente a(s) disciplina(s) em dependência(s) e o

Certificado ou Diploma será expedido após a sua conclusão.

Art. 112 - É vedada a matrícula de alunos em regime de Progressão Parcial no

curso de Formação de Docentes.

ORGANIZAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL NESTOR VÍCTOR

O Colégio Estadual Nestor Víctor situa-se na cidade de Pérola/Paraná. Possui o

Ensino Fundamental de 6º a 9º anos nos períodos matutinos e vespertino e Ensino Médio

e Formação de Docentes no período matutino e noturno.

No ano letivo de 2012 este estabelecimento conta com 1.374 alunos matriculados;

1 diretora; 1 diretora auxiliar, 1 secretária; 4 pedagogas; 1 coordenadora de curso

(Formação de Docentes) e estágio; 81 docentes, sendo 2 readaptados; 8 funcionários na

função de apoio técnico administrativo e 15 funcionários na função de auxiliar de serviços

gerais.

Este Estabelecimento de Ensino oferece e administra 21 turmas de Ensino

Fundamental Regular, sendo 08 turmas no período matutino e 13 no período vespertino;

07 turmas de Ensino Médio organizado por blocos de disciplinas semestrais no período

matutino e 07 turmas no período noturno. Ofertamos 04 turmas do Curso de Formação

de Docentes no período noturno, 02 turmas no Município de São Jorge do Patrocínio no

período noturno e 02 turmas no Município de Altônia no período matutino; 01 Sala de

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Recursos no período matutino de 6ª e 9ª anos na área de Deficiência Mental e Distúrbio

da Aprendizagem; 1 Centro de Atendimento Especializado de Deficiência Visual no

período vespertino e Sala de Apoio à Aprendizagem nas disciplinas de Língua

Portuguesa e Matemática dos 6º e 9º anos no período matutino e vespertino. Além disto,

possui três Atividades Complementares (Treinamento de Futsal, Vôlei e aula de Teatro). E

o Projeto Segundo Tempo.

Distribuídas nos três turnos conforme abaixo:

Período da Manhã:

Ensino Fundamental: 240 ALUNOS

Série Turmas Total de Alunos

6º 02 59

7º 02 59

8º 02 70

9º 02 52

Sala de Recursos 01 06

Ensino Médio: 209 ALUNOS

Ano Turmas Total de Alunos

1º 03 95

2º 02 63

3º 02 51

Formação de Docentes – Altônia: 63 ALUNOS

Ano Turmas Total de Alunos

2º 01 28

3º 01 35

Período da Tarde:

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Ensino Fundamental: 349 ALUNOS

Ano Turmas Total de Alunos

6º 04 113

7º 04 106

8º 03 78

9º 02 52

Centro de Atendimento - DV 01 04

Período da Noite:

Ensino Médio: 222 ALUNOS

Ano Turmas Total de Alunos

1º 02 74

2º 02 77

3º 03 71

Formação de Docentes: 87 ALUNOS

Ano Turmas Total de Alunos

1ª 01 40

2ª 01 20

3ª 01 15

4ª 01 12

Formação de Docentes

SÃO JORGE PATROCÍNIO: 40 ALUNOS - Noturno

Ano Turmas Total de Alunos

3º 01 23

4º 01 17

Quanto à distribuição de aulas para os professores das turmas neste ano letivo

(2012), foi obedecida a Resolução nº 5779/2011 – SEED(Secretaria de Estado da

Educação do Paraná).

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO

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O Colégio Estadual Nestor Víctor, funciona nos seguintes horários:

• Período matutino: início 7:35h e término 12:00h, (com 5 aulas de 50 minutos).

• Período vespertino: início 13:00h e término 17:25h, (com 5 aulas de 50 minutos).

• Período noturno: início 18:50h e término 23:00h, (com 3 aulas de 50 minutos e 2

aulas de 45 minutos).

A Carga Horária mínima do ano letivo, para o Ensino Fundamental, Médio e Nor-

mal, será de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um número mínimo de 200 (duzen-

tos) dias de efetivo trabalho escolar (LDB – Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional - nº 9394/96).

O controle da frequência contabilizará a presença do aluno nas atividades escola-

res programadas, sendo obrigado a participar de pelo menos 75% (setenta e cinco por

cento) do total das horas previstas para aprovação. (LDB - Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional- 9394/96).

PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR

É oferecido por este estabelecimento o atendimento descentralizado do curso de

Formação de Docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, em

nível médio, na modalidade normal integrado, aos municípios de São Jorge do Patrocínio

desde 2008, e Altônia a partir de 2010. Estes municípios comportam uma demanda de

alunos para o funcionamento do curso por tempo determinado, não dando condições de

continuidade, condição necessária para a autorização e implantação do curso nestes

municípios.

O Corpo Docente deste estabelecimento de ensino conta com a maioria de

professores QPM ( Quadro Próprio do Magistério) e PSS ( Processo seletivo Simplificado)

os quais desenvolvem um trabalho responsável e contínuo.

O Corpo Discente do estabelecimento de ensino é constituído por uma grande

diversidade de alunos, com idade entre 10 a 20 anos, filhos de pais de classe

assalariadas, urbana e rurais, com diferentes origens étinicas e culturais, com direitos a

ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade por meio dos conteúdos

disciplinares.

Um número razoável das famílias são economicamente desfavorecidas, apesar de

ter melhorado muito com a ampliação da oferta de trabalho às famílias perolenses. Em

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consequência desta oferta, as mães saem para trabalharem deixando as crianças

sozinhas, sem orientação de nenhum adulto. No espaço escolar é que nossos educandos

tem oportunidade de adquirir os conhecimentos historicamente acumulados, sendo este,

fator preponderante no processo de tomada de consciência, para a formação do cidadão

e sua emancipação.

Culturalmente seu perfil é restrito, pois as famílias não têm acesso à quase nenhum

instrumento de lazer que envolva a área social. Nossos educandos encontram na escola o

acesso a livros, revistas, internet, etc. O nosso município possui biblioteca pública, mas os

educandos utilizam com mais frequência a biblioteca da escola que possui um bom

acervo bibliográfico.

OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL, DO ENSINO MÉDIO

E DA FORMAÇÃO DE DOCENTES

Propiciar a todos os alunos e alunas sem discriminação, o saber

sistematizado e historicamente acumulado, necessário ao processo de tomada de

consciência, à emancipação e à formação do cidadão. No curso profissionalizante

essencialmente, preparar o educando para exercer com proficiência a sua função.

Promover atividades que estimulem a consciência dos valores universais:

ética, respeito, dignidade e solidariedade.

Garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no processo

educacional a todos os sujeitos que, historicamente encontram-se excluídos no

processo de escolarização.

Permitir ao educando ser sujeito de sua própria história, construindo sua

identidade como cidadão, para atuar e transformar a sociedade existente.

Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos, possibilitando o

prosseguimento de estudos. (LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -

1996)

Desenvolver a autonomia intelectual e o pensamento crítico do educando

como pessoa humana, incluindo a formação ética. (LDB - Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional-1996)

Compreender o ambiente natural e social, do sistema político da tecnologia,

das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade. (LDB - Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional-1996)

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Preparar o aluno para uma sociedade em constante mudança, a fim de que

ele tome conhecimento dos recursos históricos, científicos e tecnológicos do mundo

que o rodeia.

Oportunizar o uso das tecnologias de informação e comunicação nas

práticas educacionais estabelecendo um constante processo de reflexão crítica nas

novas formas de ver, ler e escrever o mundo.

Assegurar aos alunos um ambiente escolar favorável, propiciando a

aquisição do conhecimento a todos os educandos, oportunizando-lhes novas

perspectivas evitando a evasão escolar e a repetência.

Aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem dando ênfase ao Projeto

Político Pedagógico, reelaborando-o quando necessário, sempre com a participação

efetiva de toda comunidade escolar.

Propiciar condições para que a ação de professores, funcionários e alunos

sejam emergente no cotidiano escolar e comunitário.

Socializar decisões e informações, envolvendo a participação dos pais,

alunos, professores, funcionários e órgãos colegiados na administração escolar

(Gestão Democrática).

Propiciar atividades culturais e esportivas envolvendo pais, alunos,

professores, funcionários e comunidade geral, integrando assim a escola à sociedade.

Propiciar formação continuada para a comunidade escolar, através de

reuniões (Conselho escolar, APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários,

Grêmio Estudantil, etc.)

MARCO SITUACIONAL

POSSIBILIDADES E AVANÇOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Na prática pedagógica os educadores buscam resolver os desafios enfrentados

como indisciplina e a evasão por meio de novas metodologias, com atividades

diferenciadas que a maioria das vezes ficam comprometidas pela superlotação das salas

de aula, às vezes sem espaço até para o professor, dificultando um trabalho

individualizado com os alunos que necessitam dessa intervenção.

Os docentes desenvolvem um trabalho comprometido com o processo ensino-

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aprendizagem, mas que ainda precisa ser aprimorado. A equipe pedagógica vem há dois

anos tentando conscientizar os docentes da importância do Método Dialético na

construção do conhecimento. Já houve progressos mais há um caminho longo para ser

percorrido, encontramos várias dificuldades como: rotatividade de professores, falta de

conhecimento, receio de mudança e das inovações metodológicas de alguns docentes.

O processo avaliativo começa a ser desenvolvido com mais coerência, havia muita

dificuldade de alguns docentes diferenciarem critérios de instrumentos de avaliação. Após

um trabalho contínuo da Equipe Pedagógica, acompanhando a elaboração do Plano de

Trabalho Docente, já houve grandes avanços. A recuperação concomitante ao processo

também é outra dificuldade, porém a maioria já consegue efetuá-la com êxito, a Equipe

Pedagógica continua trabalhando com os que ainda não internalizaram esses princípios.

Um grande entrave para a continuidade das ações pedagógicas é a falta de

substituto para os pedagogos e funcionários de serviços gerais e administrativo quando

saem de licença especial ou médica, comprometendo a qualidade do trabalho que estava

sendo desenvolvido.

EVASÃO ESCOLAR

A evasão escolar no colégio ocorre no período noturno, principalmente na primeira

série do Ensino Médio, isto não quer dizer que não há temos nas segundas e terceiras

séries, mais seu percentual é bem menor.

Em nossa escola o trabalho é a principal causa do abandono, pois em nosso

município a inserção do jovem ao mercado de trabalho passa a ser uma exigência

continua e, esses jovens são chamados cedo, a ingressarem nesse mundo. Muitos destes

tentam conciliar o estudo com o trabalho, na perspectiva de adquirirem um melhor

emprego e, consequentemente, maior remuneração. Entretanto, o cansaço físico, as

exigências do trabalho, entre outros motivos, termina por influenciar fortemente a decisão

de abandonar à escola. Muitas vezes, esse jovens veem-se obrigados a optar por

trabalhar em lugar de estudar, devido a necessidade de contribuir para o sustento da

família ou o seu próprio.

INDISCIPLINA

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A ausência de disciplina e a falta de organização nos estudos começam a aparecer

quando o aluno começa a perder a vontade intrínseca de querer aprender, que com o

passar do tempo, deixa de ser vontade e passa a ser quase um sacrifício.

A indisciplina está sendo um dos problemas graves em nossa escola hoje, não só

na sala de aula, mas em todo os espaço escolar e manifesta-se de diversas formas.

Alguns dos fatores que ocasionam a indisciplina são: falta de limites por parte dos pais;

hiperatividade; desinteresse pelo estudo ou por algumas disciplinas em particular; o

"insucesso" escolar, não se referindo exclusivamente às notas nas disciplinas, mas

também em certos valores que o aluno não vê refletidos nele, como aspectos físicos e

intelectual, que podem ocasionar agressividade, apatia, desmotivação, desatenção e

imaturidade; o não acompanhamento das aulas, por faltas, ocasiona o não entendimento

dos conteúdos e leva ao desinteresse pelas aulas e pelos conteúdos trabalhados.

No cotidiano escolar observa-se que o comportamento do aluno também é reflexo

das experiências vividas no meio familiar. Porém não se pode atribuir esse fator como

sendo a única causa do problema. É importante perceber que cada indivíduo responde

diferentemente aos estímulos provindos do meio.

Sendo assim, o assunto indisciplina é muito relevante, pois interfere diretamente no

processo de ensino aprendizagem.

GESTÃO ESCOLAR

A Gestão democrática é o resultado de um processo pedagógico coletivo que

envolve, o conhecimento da legislação e também a participação das instâncias colegiadas

como Conselho Escolar, Associação de Pais Mestres e Funcionários - APMF e o Grêmio

Estudantil que contribuem de maneira eminente para a autonomia da escola. As

Instâncias Colegiadas deste colégio tem uma boa participação, alguns estão sempre nas

reuniões quando convocados, mas infelizmente não temos a participação de todos os

representantes nas reuniões. Temos um excelente relacionamento entre todos(as) da

comunidade escolar, pois trabalhamos em conjunto, em equipe.

APRENDIZAGEM

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A Aprendizagem vem acontecendo, com alguns avanços, mas ainda percebemos

os resquícios da concepção tradicional, onde os professores desenvolvem os

conteúdos e avaliam os alunos fora do contexto, ou seja, da totalidade dos quais

deveriam ser focados os conteúdos escolares.

PARTICIPAÇÃO DOS PAIS

A participação dos pais na vida escolar dos alunos ainda é um grande desafio a

ser enfrentado por todos: educadores, equipe pedagógica e direção, não só a participação

em reuniões, mas um acompanhamento efetivo no processo ensino aprendizagem. Muitos

pais acham que por mandar o(a) filho(a) para a escola já estão fazendo a parte deles. Mas

por meio de convocações individuais ou em reuniões, a direção, equipe pedagógica e

professores vêm trabalhando a questão do acompanhamento por parte dos responsáveis,

por meio do diálogo e conscientização da necessidade e importância desse

acompanhamento efetivo na vida escolar de seus filhos(as).

À FORMAÇÃO INICIAL

Alguns professores recém-graduados chegam na escola para atuarem em sua

disciplina de habilitação com o embasamento teórico recebido na graduação e pós-

graduação. Inicia-se a prática pedagógica que na maioria das vezes é conturbada, porque

a realidade da escola pública, com a qual eles se deparam não é apresentada nos bancos

das universidades. Nossa realidade é de superação de problemas todos os dias, como

salas superlotadas, alunos desinteressados, falta de compromisso dos responsáveis.

Diante desta realidade o professor iniciante muitas vezes não consegue conciliar o

conteúdo a ser trabalhado com o domínio da turma, e a aprendizagem fica comprometida,

crescendo ainda mais o número de alunos indisciplinados e que tumultuam as aulas.

Esses professores chegam sem muita noção de quais conteúdos devem ser trabalhados,

a metodologia adequada a ser utilizada, sem conhecer as Diretrizes Curriculares, como

fazer o Plano de Trabalhado Docente, com dificuldades de preenchimento do livro registro

de classe.

FORMAÇÃO CONTINUADA

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A Formação continuada é oferecida pela SEED – Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, em vários momentos durante o ano letivo em: Reuniões

Pedagógicas, Replanejamentos e estudos na hora atividade, para todos os profissionais

da educação.

É ofertada no início do ano letivo e no início do segundo semestre, no próprio

estabelecimento onde atua o profissional, também são ofertados grupos de estudos para

todos os segmentos, professores, funcionários, APMF - Associação de Pais Mestres e

Funcionários, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil. E ainda cursos por instrumentos on-

line para todas as áreas. Temos a Formação em Ação, para todas as áreas em forma de

oficinas.

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

O Colégio Estadual Nestor Víctor se organiza com salas ambientes, para que o

aluno tenha oportunidade de interagir com um maior número possível de recursos,

materiais pedagógicos e humanos, propiciando o enriquecimento e a contextualização

dos conteúdos. Nessa forma de organização são os alunos e não os professores que

trocam de sala, a cada aula.

A sala de aula deve apresentar um ambiente acolhedor para favorecer o

desenvolvimento da aprendizagem. O professor deverá caracterizar sua sala de aula com

autenticidade, apreço e empatia; tem que confiar na capacidade construtora dos alunos e

do grupo; tem que demonstrar interesse e valorizar o aluno como ser humano,

estabelecer um relacionamento amigável de respeito e companheirismo, onde a

aprendizagem possa transformar sua prática social.

A escola tem que estar conectada aos anseios da comunidade escolar que atende.

ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR ANO 2011

No Colégio Estadual Nestor Víctor já é prática há alguns anos, no início do período

letivo retomar os dados estatísticos de anos anteriores, dados de todas as Turmas, Prova

Brasil e ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. Onde juntos direção, equipe

pedagógica, funcionários e todo o corpo docente analisam os resultados, e a partir destes

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dados são propostos os encaminhamentos para o próximo ano letivo.

Neste ano 2012 após análise, percebeu-se um avanço em relação as reprovas do

ano anterior 2010/2011 e evasão escolar, discutiu-se quais ações realizadas foram boas e

deram resultados positivos e quais ações precisam ser melhoradas neste ano. Segue

quadro com os dados:

Ensino Fundamental:

6º ano

Matriculados 177 alunos

Aprovados 81,92%

Aprovados por Conselho 9,60%

Reprovados 1,69%

Abandono 0%

Transferidos 6,77%

7ºano

Matriculados 151 alunos

Aprovados 78,80%

Aprovados por Conselho 11,25%

Reprovados 2,65%

Abandono 0%

Transferidos 7,28%

8º ano

Matriculados 133 alunos

Aprovados 73,68%

Aprovados por Conselho 8,27%

Reprovados 3,76%

Abandono 1,50%

Transferidos 12,78%

9º ano

Matriculados 167 alunos

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Aprovados 79,04%

Aprovados por Conselho 6,58%

Reprovados 0, 59%

Abandono 0%

Transferidos 13,77%

Ensino Médio – 2º semestre 2011

1ª série Bloco 1

Matriculados 69 alunos

Transferidos 1,44%

Sem Frequência 0%

Concluintes 53 alunos

Aprovados 72,46%

Aprovados por Conselho 4,34%

Reprovados 2,89%

Abandono 18,84%

1ª série Bloco 2

Matriculados 75 alunos

Transferidos 1,33%

Sem Frequência 0%

Concluintes 62 alunos

Aprovados 76%

Aprovados por Conselho 6,66%

Reprovados 4%

Abandono 12%

2ª série Bloco 1

Matriculados 63 alunos

Transferidos 3,17%

Sem Frequência 0%

Concluintes 55 alunos

Aprovados 82,54%

Aprovados por Conselho 3,17%

32

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Reprovados 1,58%

Abandono 7,93%

2ª série Bloco 2

Matriculados 65 alunos

Transferidos 4,61%

Sem Frequência 0%

Concluintes 54 alunos

Aprovados 78,46%

Aprovados por Conselho 4,61%

Reprovados 3,07%

Abandono 9,23%

3ª série Bloco 1

Matriculados 58 alunos

Transferidos 3,44%

Sem Frequência 0%

Concluintes 55 alunos

Aprovados 87,93%

Aprovados por Conselho 6,89%

Reprovados 0%

Abandono 1,72%

3ª série Bloco 2

Matriculados 59 alunos

Transferidos 1,69%

Sem Frequência 0%

Concluintes 53 alunos

Aprovados 89,83%

Aprovados por Conselho 0%

Reprovados 0%

Abandono 8,47%

Formação de Docente:

33

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1ª série (Pérola)

Matriculados 38 alunos

Aprovados 50%

Aprovados por Conselho 0%

Reprovados 0%

Abandono 13,15%

Transferidos

Sem Frequência

15,78%

21,05%

2ª série (Altônia)

Matriculados 38 alunos

Aprovados 94,73%

Aprovados por Conselho 0%

Reprovados 0%

Abandono 0%

Transferidos 5,26%

1ª série (Altônia)

Matriculados 35 alunos

Aprovados 77,14%

Aprovados por Conselho 11,42%

Reprovados 2,85%

Abandono 0%

Transferidos 8,57%

2ª série (Pérola)

Matriculados 17 alunos

Aprovados 88,23%

Aprovados por Conselho 0%

Reprovados 0%

Abandono 0%

Transferidos 5,88%

2ª série (São Jorge do Patrocínio)

Matriculados 25 alunos

34

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Aprovados 92%

Aprovados por Conselho 0%

Reprovados 0%

Abandono 4%

Transferidos 4%

3ª série (Pérola)

Matriculados 14 alunos

Aprovados 92,85%

Aprovados por Conselho 0%

Reprovados 0%

Abandono 0%

Transferidos 7,14% Sem frequência 5,88

3ª série (São Jorge do Patrocínio)

Matriculados 19 alunos

Aprovados 100%

Aprovados por Conselho 0%

Reprovados 0%

Abandono 0%

Transferidos 0%

4ª série (Pérola)

Matriculados 17 alunos

Aprovados 88,23%

Aprovados por Conselho 0%

Reprovados 0%

Abandono 0%

Transferidos 5,88% Sem frequência 5,88%

DIVERSIDADE

35

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Na escola as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à

diversidade é o eixo norteador para uma educação de qualidade para todos,

desmistificando rótulos e preconceitos. É necessário construir um espaço dialógico no

qual as diferenças sejam respeitadas, e não sejam fatores de exclusão.

O exercício da cidadania prevê o respeito, o reconhecimento, a aceitação e a

valorização das diversidades étnicas, religiosas, físicas, mentais, culturais, sócio-

econômicas, linguísticas, de capacidades, que formam os grupamentos humanos de

cunho democrático.

É papel da escola um local acessível a todos sem distinção. Ela deve garantir e

assegurar o acesso e permanência de qualquer criança, adolescente, jovem ou adulto,

para se apropriarem dos bens culturais historicamente acumulados pela humanidade,

construindo assim conhecimentos realmente significativos. Oportunizando o acesso,

a permanência e o sucesso de todos os educandos.

RELAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS DA ESCOLA E OS DISCENTES

No colégio a relação professor aluno ainda é um problema a ser enfrentado por todos,

o cotidiano escolar está cada vez mais angustiante, são grandes os desafios a serem

enfrentados pelos educadores em sala de aula em nosso estabelecimento. O

comportamento agitado dos educandos, a falta de interesse pelas aulas, o uso de

palavrões entre eles, a agressividade, vem dificultando a ação docente, chegando para

alguns ao frustramento da profissão, com carga horária excessiva, muitas turmas, salas

com um número grande alunos, sem espaço as vezes até para o professor, etc. Embora a

prática de alguns desses educadores continua embasada em tendências tradicionais . No

colégio a dois anos a equipe pedagógica realiza um trabalho de orientação e

acompanhamento da Pedagogia Histórico-Crítica e do Plano de Trabalho Docente, foi

ministrado um grupo de estudos de 40 horas, embasado no trabalho PDE - Plano de

Desenvolvimento Educacional, da pedagoga Maria Cristina Petenucci – 2008.

Quanto aos funcionários da educação, estes sempre foram vistos como

cumpridores de tarefa, esta é uma realidade historicamente construída, hoje encontram

uma realidade mais favorável, onde enfrentam o desafio de serem vistos também como

educadores, visto que a educação não é adquirida apenas dentro da sala de aula, a

dificuldade encontrada está no fato de que é muito difícil mudar algo que implica a

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mudança do conceito das pessoas, porém estamos todos caminhando para que os

funcionários, também sejam valorizados como educadores. Professores, equipe

pedagógica e direção já demonstram maior aceitação. Não eximindo também a culpa de

alguns dos funcionários que devem mudar o seu comportamento e ser um educador.

EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS

Quanto aos equipamentos físicos o Colégio possui alguns em boas condições,

outros precisam de manutenção e outros de reforma.

Na estrutura física esse estabelecimento precisa de muitas melhoras para que o

trabalho pedagógico possa ser melhor desenvolvido em todos os ambientes. Uma das

quadras não oferece condições adequadas para as aulas, por falta de cobertura; a

biblioteca tem um bom acervo bibliográfico, mas o espaço físico é inadequado para

leituras e pesquisas, o acervo precisa ser informatizado; o laboratório de informática

precisa de um ADM local para atender professores, alunos, a comunidade e a

manutenção dos equipamentos é primordial; o laboratório de Ciências, Física, Química e

Biologia precisa também de manutenção dos equipamentos e mobiliário adequado.

Precisamos de um refeitório, este espaço na escola é insuficiente pelo número de

alunos que atendemos em cada período, pois os alunos ficam pelo pátio com pratos na

mão. Outro fator agravante é que o refeitório fica em frente aos banheiros feminino e

masculino.

A escola necessita urgentemente de um anfiteatro, pois este espaço é de

primordial importância para desenvolvermos em nossos educandos a cultura, a arte, a

cidadania.

As salas de aula do nosso colégio não comportam o número de alunos

estabelecido pela Seed, elas possuem 49 metros quadrados, porém para que o aluno

visualize o quadro é preciso deixar as carteiras no mínimo, 2 metros distante deste,

teremos que descontar então 14 metros quadrados, se o espaço por aluno é de 1,20m,

temos espaço somente para 29 alunos.

Esse estabelecimento necessita da construção de no mínimo 05 salas, pois

algumas salas de aula foram ocupadas com a implantação de programas como Sala de

Recursos, Deficiência Visual - DV, Apoio Pedagógico, outras com Laboratório de

Informática e Ciências, Equipe Pedagógica e sala dos professores. Alguns dos programas

ainda não tem sala para o atendimento, estão funcionando em espaços organizados pela

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escola, que não são ideais. Estas salas oportunizarão condições mais favoráveis para o

processo de desenvolvimento de nossos educandos.

ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE

A hora-atividade deste estabelecimento de ensino, consta no livro ponto juntamente

com a hora-aula, tendo a mesma necessidade de cumprimento e assinatura do professor.

A verificação do cumprimento da hora-atividade é de responsabilidade do Diretor do

Estabelecimento de Ensino.

A maioria dos docentes tem disponibilidade de estar cumprindo a hora-atividade

dentro dos dias determinados pela SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná,

um dia da semana para cada área, mas ainda temos uma parcela de docentes que por

trabalhar em vários estabelecimentos não conseguem atender a essa determinação.

Neste momento quando necessário, a equipe pedagógica utiliza esse espaço

também para destacar pontos positivos e negativos quanto ao Projeto Político

Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, com o

objetivo de fazer os ajustes e as mudanças que forem necessárias. Essas inferências

ocorrem quando são extremamente necessárias, pois o período da hora-atividade já é

insuficiente para as atividades disciplinares do professor.

MARCO CONCEITUAL

CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser histórico, construído através de suas relações com o mundo na-

tural e social. Ele difere das outras espécies pela capacidade de transformar a natureza

através de seu trabalho, por meio de instrumentos por ele criados e aperfeiçoados ao lon-

go do desenvolvimento histórico-humano.

O homem é um ser que é determinado por sua historicidade, esta história inicia-se

com o ato de seu nascimento.

O homem está em contato com o mundo que o cerca a partir de circunstâncias, neces-

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sidades e da cultura onde se insere. As abordagens religiosas, do senso comum, filosófi -

cas, artísticas, científicas, etc, são parte integrante da vida do ser humano. A realidade vi-

venciada pelo homem, não se limita aos objetos naturais ou artificiais, consistentes fisica-

mente, ela é o próprio significado resultante das relações sociais dentro de um contexto

determinado. Ao contradizê-la, ele projeta um futuro em que outra realidade será construí-

da.

Segundo Saviani (1980), o homem deve ser compreendido como um ser concreto

“síntese de múltiplas determinações”. Ele “está no centro do processo educativo e deve

educar-se para o convívio social como um sujeito capaz de tomar decisões, de avaliar, de

fazer opções, comprometer-se por elas, e por aqueles que vivem ao seu lado”, pois “é um

ser essencialmente histórico”.

CONCEPÇÃO DE MUNDO

É no mundo que ocorrem as interações homem-homem e homem-meio social, ca-

racterizado pelas diversas culturas e pelo conhecimento. O mundo concebido é resultado

do processo de estabelecimento das relações entre a subjetividade individual do homem e

a realidade objetiva. É na integração destas duas dimensões da natureza humana que o

indivíduo vai se permitir e conseguir viver com a grandiosidade da pluralidade da sua ca-

pacidade, transcendendo sua subjetividade.

Mas devido a rapidez do processo de produção das informações e pela globaliza-

ção torna-se necessário proporcionar ao homem condições para que ele alcance objetivos

materiais, políticos, culturais e espirituais, que venham ao encontro da extinção das injus-

tiças, das diferenças, das distinções, das divisões e de todos os entraves que o detém na

sua jornada de aperfeiçoamento, na tentativa de se formar o ser humano que se imagina

e deseja. É neste ponto que a escola pode ser um espaço que contribua para a efetiva

mudança social.

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Vivemos em uma sociedade capitalista, onde o acúmulo de bens materiais é valori -

zado, enquanto que o bem-estar coletivo é secundário. A sociedade capitalista é dividida

em classes, onde o trabalhador troca sua força de trabalho pelo salário, que é suficiente

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apenas para ele e sua família se manterem, enquanto que o capitalista acumula capital

(lucro), que é o símbolo maior de poder, de prestígio e status social.

Para que ocorra mudanças na sociedade atual é preciso que a população se aproprie

do saber erudito para então expressar de forma elaborada os seus interesses, que são os

populares.

É através da educação podemos almejar esta superação da sociedade. Saviani -

1991, coloca que a escola é a instituição cujo papel consiste na socialização do saber

elaborado, sistematizado e a cultura erudita. A escola surge com a intenção de passar

para as próximas gerações os conhecimentos produzidos ao longo da história. É daí que

surge a necessidade de se saber ler e escrever, para que os alunos possam acessar o

saber sistematizado da cultura erudita, a apropriação deste saber propiciará subsídios aos

educandos para atuarem conscientemente na sociedade para transformá-la.

Uma educação de qualidade considera como compromisso promover o desenvolvi-

mento do aluno como ser humano completo, que pensa, se sensibiliza, se relaciona e

atua no mundo. Só a vivência cotidiana sadia dos valores humanos pode estimular os jo-

vens a darem mais valor às relações e qualidades humanas e à cultura, que aos bens

materiais e ao consumo. Para nos tornarmos sociedade sustentável, o paradigma cultural

do sucesso e da felicidade pessoal precisa ser mudado do TER para o SER, assim, pro-

vavelmente conseguiremos educar uma nova geração que consiga viver melhor e ser feliz

consumindo menos. Acreditamos ser possível formar um cidadão que sabe mediar confli-

tos, propondo soluções criativas em favor da solidariedade humana e do equilíbrio ambi-

ental. Para tanto esse sujeito necessita visualizar processos, enfim, ter uma visão sistêmi-

ca da realidade.

A sociedade ideal é aquela na qual todos os homens têm a possibilidade de desenvo-

lver seu potencial de forma plena, em diferentes aspectos, fazendo do ser humano um ser

integral. (MARX-2002). Uma sociedade inclusiva e solidária, onde haja lugar digno para

todos e todas, sem discriminação de classe social, origem étnica, gênero, idade, condição

física ou mental; que estimule a participação e o protagonismo popular; que fomenta pro-

cessos emancipatórios e transformadores.

CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura é considerada tudo que o homem por meio da sua racionalidade, mais

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precisamente a inteligência, consegue executar, dessa forma todos os povos e socieda-

des possuem cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos

adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.

Os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religiões,

crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências,

invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).

A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem

tem a capacidade de desenvolvê-la. Ela teve seu início quando o homem na

transformação da natureza, como realidade concreta e material produziu o movimento

histórico, portanto a cultura é produto do trabalho.

CONCEPÇÃO DE MÚSICA

A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e

comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e

relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as

culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos,

manifestações cívicas, políticas etc. Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo

que, já na Grécia antiga, era considerada como fundamental para a formação dos futuros

cidadãos, ao lado da matemática e da filosofia.

A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim

como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à

linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana, o que por si só

justifica sua presença no contexto da educação.

De acordo com a lei Federal 11.769/08 a música deverá ser conteúdo obrigatório,

mas não exclusivo da Educação Básica. Pesquisas científicas já produzidas

demonstraram os efeitos positivos que as músicas podem produzir sobre as ondas

elétricas cerebrais.

O ensino da música na Educação Básica, desta forma, deve contribuir na formação

de crianças sempre mais saudáveis e equilibradas.

CONCEPÇÃO DE GESTÃO E ÓRGÃOS COLEGIADOS

Processo político no qual as pessoas que atuam na escola identificam problemas,

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discutem, deliberam e planejam, encaminham, acompanham, controlam e avaliam o con-

junto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola na busca da solução dos

problemas.

Esse processo, sustentado no diálogo, na alteridade e no reconhecimento às

especificidades técnicas das diversas funções presentes na escola, tem como base a

participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito às normas

coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de

amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.

A Gestão Democrática, é uma prática político-pedagógica e administrativa, onde o

gestor, através da articulação entre os diversos segmentos da unidade escola, modifica

as relações de poder, transformando-as em ações colegiadas, transparentes e

autônomas. É por meio da gestão democrática que os indivíduos avançam na conquista

da cidadania, pois à medida que tomam decisões em conjunto, percebem e vivenciam

seus direitos e deveres, aprendendo a respeitar limites e conviver com ideias divergentes

(BORGUETTI, 2000, p. 115)

Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como Órgãos Colegiados de

representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos por Estatutos e

Regulamentos próprios.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,

avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e

administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação

educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF ou similar, pessoa jurídica

de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do

estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins

lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída

por prazo indeterminado.

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do

estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e

coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros.

O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em

assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-Pedagógico da escola e

no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais,

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indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e

aprendizagem.

CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O currículo é o resultado das escolhas intencionais que fazemos dentro do imenso

conjunto de conhecimentos produzidos pela humanidade. Deverá conter uma seleção de

conteúdos essenciais na formação da consciência de classe, tendo como objetivo a luta

cotidiana contra o capitalismo e cultivando os valores de uma sociedade onde a distribui -

ção de renda seja mais igualitária, onde todos tenham os mesmos acessos e oportunida-

des.

Por meio do currículo a escola organiza sua prática e se responsabiliza em disponi-

bilizá-las aos alunos, com objetivo que estes socializem conhecimentos, sendo este o eixo

central do currículo. Este é organizado por disciplinas, que apesar de serem diferentes na

abordagem, estruturam-se nos mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais como

os mecanismos conceituais e simbólicos. Esses princípios são critérios de sentido que or-

ganizam a relação do conhecimento com as orientações para a vida prática social.

O currículo deve ser embasado nas dimensões científica, artística e filosófica do co-

nhecimento, possibilitando um trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade

do conhecimento e sua relação com o cotidiano. Tornando a escola em um espaço da

contradição e diálogo entre os conhecimentos sistematizados e o senso comum.

Seu papel é relevante na formação humana do educando, ele deve prever conheci-

mentos que possibilitem o seu desenvolvimento integral, oportunizando tornar-se um cida-

dão crítico, participativo, reflexivo, autônomo e que seja capaz de atuar na sociedade para

transformá-la.

CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

O conhecimento é construído na interação sujeito-objeto a partir de ações

socialmente mediadas.

Segundo o Método Dialético, o conhecimento constrói-se, fundamentalmente, a

partir da base material (prática social dos homens e processos de transformação da

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natureza por eles forjados); porém as organizações culturais, artísticas, políticas,

econômicas, religiosas, jurídicas etc., também são expressões sociais que inferem na

construção do conhecimento. Portanto, é a existência social dos homens que gera o

conhecimento, pois resulta do trabalho humano no processo histórico de transformação

do mundo e da sociedade, através da reflexão sobre esse processo. O conhecimento,

como fato histórico e social supõe sempre continuidades, rupturas, reelaborações,

reincorporações, permanências e avanços (GASPARIN, 2005).

CONCEPÇÃO DE CUIDAR E EDUCAR

O cuidar e o educar, indissociáveis funções da escola, resultarão em ações

integradas que buscam articular-se, pedagogicamente, no interior da própria instituição, e

também externamente, com os serviços de apoio aos sistemas educacionais e com as

políticas de outras áreas, para assegurar a aprendizagem, o bem-estar e o

desenvolvimento do aluno em todas as suas dimensões (Resolução 07/2010, CNE, art.

23).

O cuidar e o educar devem caminhar juntos, considerando de forma democrática

as diferenças individuais e, ao mesmo tempo, a natureza complexa da criança. O ato de

educar significa propiciar situações de cuidados e brincadeiras organizadas em função

das características infantis, de forma a favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem.

Compreender a indissociabilidade entre educar e cuidar implica em promover uma

ação pedagógica respaldada em uma visão integrada acerca do desenvolvimento

humano, respeitando as peculiaridades de cada indivíduo e oportunizando situações de

aprendizagem significativas e prazerosas. Assim, é preciso refletir como educar e cuidar

pode auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento da

criança em relação a si e ao mundo.

As situações de educar remetem às situações de cuidado, auxiliando o

desenvolvimento das capacidades cognitivas, bem como das potencialidades afetivas,

emocionais, sociais, corporais, estéticas e éticas.

CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

A concepção de criança é uma noção historicamente construída e

consequentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma

homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época.

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A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma

organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura,

em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em

que se desenvolve, mas também o marca. A criança tem na família, biológica ou não, um

ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de interações sociais que

estabelece com outras instituições sociais.

No processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam as mais

diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses

originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o

conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o

meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim,

fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação.

A adolescência é um processo de construção sob condições histórico-culturais

específicas (OZELLA, 2003, p. 20). Isso significa pensar que a adolescência deve ser

vista e compreendida como uma categoria construída socialmente, a partir das

necessidades sociais e econômicas dos grupos sociais, que lhe constituem como

pessoas, enquanto são constituídas por elas.

A adolescência, portanto, deve ser compreendida como um processo de transição

biopsicossocial da infância para a idade adulta, onde estão presentes influências

históricas e culturais na constituição do sujeito. As modificações subjetivas dos

adolescentes ocorrem através da reformulação de fatores psicológicos internalizados,

mas com uma forte influência dos aspectos culturais e sociais referentes ao modelo

difundido na sociedade e, principalmente na mídia, além dos papéis atribuídos a cada

gênero pela cultura. Portanto, a adolescência é um processo estruturante da identidade

corporal, social, sexual e afetiva.

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

A descoberta da escrita, pela criança, em uma sociedade instruída, ocorre muito

antes do ingresso escolar: ela desenvolve noções de letramento da mesma forma que

desenvolve outras aprendizagens significativas. Aprende a significar por escrito o idioma

falado. À medida que a criança interage com eventos de letramento de sua cultura, ela

elabora hipóteses sobre a função da escrita a partir do conhecimento que tem da língua

oral. (DI NUCCI in LEITE (org.), 2001: 62)

Desta maneira, alfabetizar nas atuais concepções deve favorecer às crianças (dentre

outros aprendizados) a possibilidade de uso e aprimoramento da língua escrita e oral.

Tudo isso aponta para um processo de alfabetização que deva assegurar desde o início

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que as crianças passem a ter contato com a materialidade da língua escrita (a

compreensão da organização do sistema de escrita em si) por meio de textos

significativos (escritos, lidos, falados, ouvidos).

Portanto, letramento é o conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso

de diferentes tipos de material escrito (HOUAISS, 2004), e alfabetização é um processo

dentro do letramento, é a ação de ensinar/aprender a ler e a escrever. Ambos os

processos são interdependentes e indissociáveis.

CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

As novas tecnologias têm o intuito de reforçarem os trabalhos pedagógicos e didáti-

cos, permitindo serem criadas situações de aprendizagens ricas, complexas e diversifica-

das, porém sua utilização deve ser propiciada em situações desafiadoras. Elas ampliam

as opções de ação didática dos professores, com o objetivo de desenvolver no educando

a postura crítica, a curiosidade, a observação, a análise, a troca de ideias, de forma que

este tenha autonomia no seu processo de aprendizagem, buscando e ampliando seus co-

nhecimentos.

É fundamental que o professor tenha conhecimento sobre as múltiplas

possibilidades de cada recurso tecnológico, para utilizá-lo como instrumento provocador

de aprendizagem. Caso contrário, não é possível saber como o recurso pode auxiliar no

processo de aprendizagem. Ele não precisa se tornar um especialista, mas é necessário

conhecer as potencialidades de cada instrumento e saber utilizá-los para aperfeiçoar a

sua prática em sala de aula.

CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM

O processo ensino aprendizagem deve ser desenvolvido através do Método Dialé-

tico, onde o aluno constrói o seu conhecimento, através do movimento da Síncrise para a

Síntese, mediado pela Análise. O aluno quando chega à escola já traz um conhecimento

baseado em experiências anteriores. Esse conhecimento informal e fragmentado (sincréti-

co) deverá ser trabalhado pelo professor, buscando despertar-lhe o interesse em rever

sua posição preliminar, dando início à construção do conhecimento (análise); através da

elaboração das múltiplas relações de significados, vai se aproximando cada vez mais do

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conhecimento elaborado (síntese). Portanto, o método dialético em sala de aula consiste

na construção do conhecimento a partir de informações desconexas, até um pensamento

organizado e coerente.

A aprendizagem consiste na apropriação e reconstrução do conhecimento. É um

processo mediatizado que deve ocorrer entre professor/ conhecimento/aluno, compreen-

de dois momentos; o primeiro que é interpessoal, e o segundo que é intrapessoal. O pri-

meiro momento é decisivo e primordial, é onde acontece a mediação do conhecimento

pelo professor, para que ocorra o segundo momento que é a aprendizagem.

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser uma prática transformadora, para que isso ocorra, ela deve

propiciar ao aluno ser o sujeito fundamental dessa transformação, como alguém que

requer formas de acompanhamento pedagógico. Para formarmos alunos conscientes no

sentido amplo, devemos nos embasar no ideal de homem, de sociedade, de educação,

de ensino e de aprendizagem.

A avaliação está intrinsecamente ligada ao processo ensino aprendizagem, desde

o seu planejamento. Esta deve ser mediadora entre o ensino e a aprendizagem, ser

diagnóstica, contínua e processual, de forma contextualizada para detectar os avanços

dos alunos e da turma.

Avaliar é investigar para intervir. Para tanto deverão ser utilizados os mais variados

instrumentos, esses deverão ser elaborados e adequados às suas finalidades. Devem

ser planejados e elaborados com certos requisitos metodológicos da ciência, só assim

coletarão verdadeiramente os dados da aprendizagem dos educandos, o que garantirá,

por sua vez, um juízo qualitativo correto sobre a aprendizagem dos educandos e sua

reorientação, caso seja necessário.

A seleção de conteúdos com os quais trabalhamos é indissociável dos critérios de

avaliação, e da expectativa de aprendizagem. O docente deve saber discernir quais

instrumentos são mais apropriados para avaliar cada conteúdo. É esta compreensão que

vai nortear o peso que daremos a cada instrumento utilizado.

O critério é a síntese do conteúdo, estreitamente vinculado à expectativa de

aprendizagem, e define, de forma clara, os propósitos e a dimensão do que se avalia.

No processo avaliativo a recuperação paralela é fator preponderante, pois é o

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esforço de retomar, de voltar o conteúdo, para garantir, no mínimo, a possibilidade de

aprendizagem. A avaliação incide, sobre a recuperação de conteúdos, e

consequentemente a de notas.

CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A cidadania está em permanente construção, é um referencial de conquista da

humanidade. Aqueles que não se conformam com as formas de dominações arraigadas

na sociedade e sempre buscam mais direitos, maior liberdade, melhores garantias

individuais e coletivas são o exemplo de cidadão. Cidadania pressupõe também deveres.

O cidadão deve ser consciente das suas responsabilidades enquanto parte integrante de

um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom

funcionamento todos devem dar sua parcela de contribuição. Ser cidadão, é ter

consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à

igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. É também participar no destino da

sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. É sentir-se integrado a um todo maior,

a uma comunidade.

ARTICULAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA, ANOS INICÍAIS, ANOS FINAIS

E ENSINO MÉDIO

A família é o núcleo social de maior importância. É uma instituição permeada de

tradição, da qual se extrai o fundamento social e moral, aspectos que determinam o

interesse da sociedade. E é justamente por ser algo tão complexo que abordar aspectos

da relação pais e filhos fundados no ambiente escolar também se torna uma tarefa difícil.

Ainda mais na atualidade, quando nos deparamos com novas organizações familiares e,

também, com a crise pela qual essa instituição vem passando.

Sem dúvidas, criar filhos, educá-los, prepará-los para agir com responsabilidade e

com segurança no conturbado mundo em que vivemos é uma tarefa exigente e

desafiadora. Não podemos deixar de lado o fato de que a família e escola são pontos de

apoio e de formação na vida do cidadão. Quanto maior for a parceria entre ambos, mais

positivos e significativos serão os resultados. Por isso, jamais a escola poderá assumir a

função da família na vida do aluno.

É importante que pais, professores e alunos entendam e trabalhem as questões do

dia a dia, buscando compreender com clareza cada situação vivida no ambiente escolar;

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o que, sem dúvida alguma, não é tarefa fácil. Por isso, cabe à escola, em parceria com

os pais cumprir a cada dia a preciosa tarefa de transformar as crianças e os jovens em

cidadãos atuantes, participativos e conscientes de seus direitos e deveres. Somente desta

maneira é que conseguiremos atingir com êxito o nosso primordial objetivo de educar.

A articulação entre família e escola se dá através de reuniões, discussões, diálogo,

gráficos mostrando a situação da escola e, principalmente neste início de 2012, diálogo

constante explicando a mudança do Ensino Fundamental de 9 anos. Esclarecer aos pais

que os alunos permanecerão mais tempo na escola, 5 anos nas séries iniciais e 4 anos

nas séries finais do Ensino Fundamental.

A escola primando pela continuidade do processo de formação no todo do Ensino

Fundamental e Médio, no decorrer da reconstrução da Proposta Pedagógica Curricular,

dará sequência e coerência entre os conteúdos propostos, com vistas à organização de

encaminhamentos metodológicos coerentes com os objetivos de cada etapa de ensino.

CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO

A jornada escolar obedece ao calendário que é elaborado anualmente pelo Esta-

belecimento de Ensino, atende ao disposto na legislação vigente, bem como, às normas

baixadas em Instrução específica pela Secretaria de Estado da Educação e submetido à

apreciação e homologação do Núcleo Regional de Educação.

O espaço e tempo escolares estão relacionados ao currículo, prática pedagógica,

inovações didático-metodológicas, relações que se estabelecem no processo de ensino e

aprendizagem no interior da sala de aula, organização das séries, ano letivo, uso do

tempo nas atividades em sala de aula, diversidade dos tempos da escola (tempo

pedagógico, tempo do professor, tempo dos educandos, etc.) entre outros.

O espaço considera o lugar e o tempo como um símbolo social resultante de um

longo processo de aprendizagem humana. Conforme Vinhão Frago (1998), o que qualifica

o espaço físico e o constitui como lugar é a sua ocupação, sua utilização.

A ocupação do espaço, sua utilização, supõe sua constituição como

lugar. O “salto qualitativo” que leva do espaço ao lugar é, pois, uma construção. O

espaço se projeta ou se imagina; o lugar se constrói. Constrói-se “a partir do fluir

da vida” e a partir do espaço como suporte; o espaço, portanto, está sempre

disponível e disposto para converter-se em lugar, para ser construído.

(VIÑAO FRAGO, 1998, p.61)

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Nesta perspectiva, o espaço, assim como o tempo, não podem ser entendidos

como neutros pois, sendo uma construção social expressam as relações sociais que

neles se desenvolvem.

Se entendemos que a organização do tempo e do espaço escolares é construção

humana que foi elaborada no decorrer da história e que, portanto, expressa as relações

sociais que aí se estabelecem, podemos vislumbrar a possibilidade de mudanças na

estrutura espaço-temporal das escolas de modo a se tornarem espaços que favoreçam o

processo de desenvolvimento e formação dos educandos, respeitando-os como sujeitos.

FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada dos professores e dos agentes educacionais I e II é essen-

cial para o seu aprimoramento profissional. Sempre acrescenta conhecimentos novos, de-

vem estar em consonância com as dificuldades atuais da escola, que ofereçam sugestões

aplicáveis quanto as metodologias. Devem estar vinculadas a SEED - Secretaria de Esta-

do da Educação do Paraná e Instituições Superiores credenciadas com o objetivo de tra-

zer subsídios teóricos e práticos para os profissionais atuarem com eficiência.

PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL,

MÉDIO E NORMAL

INTRODUCÃO

A escola pública passou a atender nas últimas décadas um número maior de

alunos vindos das classes populares (DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica,

2008).

Para isso, os sujeitos da Educação Básica, crianças, jovens e adultos, em geral

oriundos das classes assalariadas, urbanas e rurais, de diversas regiões e com diferentes

origens étnicas e culturais (FRIGOTTO,2004), devem ter acesso ao conhecimento

produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas

escolares. Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de

socialização do conhecimento, os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola,

de modo contextualizado, propondo nesta perspectiva que tais conhecimentos contribuam

para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da

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sociedade contemporânea (DCE - Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008).

As disciplinas escolares são um conjunto de conhecimentos, são elaborados

levando-se em conta a especificidade de cada um deles, assim como sua

contextualização política, econômica, social e cultural. Identificado e dotado de

organização própria para o estudo. Esses conhecimentos, ao vincularem-se à escola,

estabelecem novas relações de saber a partir das atividades de seus agentes principais,

ou seja, de professores e alunos.

As Propostas Pedagógicas Curriculares focam o conhecimento como um processo

de interação entre sujeito e objeto, comprometido com as necessidades sócio-culturais.

No campo da prática pedagógica, propondo um novo sentido para a relação ensino e

apredizagem, redescobrindo o vínculo entre a sala de aula e a realidade social. Os

conhecimentos que se constroem na escola só têm sentido quando são o resultado de

uma interação entre o saber escolar e os outros saberes, ou seja, entre o que o aluno

aprende na escola e o que ele traz para a escola.

ARTE

APRESENTAÇÃO:

Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, inclusive onde hoje se

situa o Estado do Paraná, ocorreu a primeira forma registrada de arte na educação. A

congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma

educação de tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana.

Nas reduções jesuíticas, realizaram um trabalho de catequização dos indígenas com os

ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança,

pintura, escultura e artes manuais. Em todos os lugares onde a companhia de Jesus se

radicou, promoveu essas formas artísticas, não somente cultivando as formas Ibéricas, da

alta idade média e renascentista, como assimilando também as locais. Esse trabalho

perdurou aproximadamente por 250 anos (1500-1759).

Por volta do séc. XVIII, buscou-se a efetiva superação do modelo teocêntrico

medieval, de modo que se voltou ao projeto conhecido com Iluminista, cuja característica

principal era a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela

ciência.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil,uma série de obras e

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ações foram iniciadas para acomodar, em termos materiais e culturais, a corte

portuguesa, assim chegou um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da

Academia de Belas Artes, na qual, os alunos poderiam aprender as artes e ofícios

artísticos.

Esse grupo ficou conhecido conhecido com Missão Artística Francesa e obedecia ao estilo

neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica, com exercícios centrados na cópia

e reprodução de obras consagradas, que caracterizavam a pedagogia da escola

tradicional. Esse padrão entrou em conflito estético com a arte colonial barroca, que era

de origem brasileira e composta por artistas simples e que não recebiam remuneração

pelo trabalho que desenvolviam.

Neste período surgem as escolas de belas artes e música para a formação estética e o de

artes manuais.

Neste contexto, foi feita a primeira reforma educacional no Brasil República, em

1890. Essa proposta educacional procurava atender o modo de produção capitalista,

caracterizado pelo início da industrialização no Brasil. Em alguns momentos de nossa

história, essa concepção de ensino esteve presente, como no período do Governo de

Getúlio Vargas (1930- 1945) com a generalização do ensino profissionalizante nas

escolas públicas; na ditadura militar (1964-1985) com o direcionamento às habilidades e

técnicas; e na segunda metade da década de 1990, com a pedagogia das competências e

habilidades que fundamentaram os Parâmetros Curriculares Nacionais.

Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi a Semana

de Arte Moderna em1922, que influenciou muitos artistas brasileiros.

Em cantraposição às formas anteriores de ensino da arte que impunham os

modelos que não correspondiam à cultura dos alunos, como a arte medieval e

renascentista dos jesuítas, sobre a arte indígena; ou neoclássica da Missão Francesa

sobre uma arte colonial e barroca, com características brasileiras, procurou-se valorizar a

cultura nacional, expressa na educação pela escola nova, que postulava métodos de

ensino em que a liberdade de expressão do aluno era priorizada.

A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se

intensificaram: nas artes plásticas, com Bienais e movimentos contrários a ela; na música,

com a bossa nova e os festivais; no teatro, com o teatro de rua, teatro oficina e o teatro da

arena de Augusto Boal, e no cinema, com o cinema novo de Glauber Rocha. Esses

Movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e,

gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar.

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O ensino de Educação Artística passou a pertencer à área de Comunicação e

Expressão, da mesma forma que a produção artística ficou sujeita aos atos que instituíram

a censura militar. Enquanto o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes

manuais e técnicas, na música, enfatizou-se a execução de hinos pátrios e de festas

cívicas.

No final da década de 1980 os professores recebem os PCNs, que foram produzidos e

distribuídos. Na década de 1990 é elaborado o Currículo Básico... Os professores se

reúnem em seminários, simpósios e surgem as Diretrizes. Assim, surgem as

capacitações profissionais no Paraná, na qual delibera a DCE, que têm como referência

visar o pensar do aluno como um sujeito histórico e social a disciplina de Arte para o

Ensino Fundamental e Médio tem como elementos basilares, a arte, a cultura e a

linguagem.

A arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos,

artísticos e contextualizandos.

Portanto a arte não é uma produção fragmentada ou fruto de módulos aleatórios ou

apartados do contexto social nem tão pouco mera contemplação, é sim uma área de

conhecimento que interagi nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e

econômicas, pois os sujeitos são construções históricas e influem e são influenciados pelo

pensar, fazer e fluir Arte.

A arte viabiliza a integração das diferentes linguagens artísticas a manifestações

culturais entendendo os educadores como sujeitos que constroem e são construídos

historicamente, possibilitando e ampliando as oportunidades para as exigências estéticas

a partir dos conteúdos, instigar a memória, percepção e as possíveis associações com a

realidade/cotidiano do educando.

Possibilita o estudo da arte como campo de conhecimento, construindo saberes

específicos envolvendo as manifestações culturais locais, regionais e globais. O contexto

histórico-social e o repertório de conhecimento do próprio educando, onde o objeto de

estudo deve ser ressaltado, isto é, a construção do saber e o conhecimento estético e

artístico de forma contextualizada. (O que, para que e para quem).

Assim, o ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no Sistema Educacional e passa

a se preocupar também com o conhecimento estético, artístico e o desenvolvimento do

sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante transformação.

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CONTEÚDOS:

Ensino Fundamental- Anos Finais

6ºANO

MÚSICA

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

COMPOSIÇÃO:

Ritmo

Melodia

Escalas: diatômica, pentafônia cromática,

maior, menor, improvisação...

Gêneros: erudito e popular

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Greco-romana

Oriental

Ocidental

Idade Média

Música Popular (Folclore)

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de

diferentes ritmos e escalas musicais.

Teoria da música.

Produção e execução de instrumentos rítmicos.

Prática coral e cânone rítmico e melódico.

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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o

movimento artístico no qual se originou.

Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e

harmônicos.

ARTES VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS:

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa/abstrato Geométrico

Técnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...

Gêneros: Paisagem, retrato e cenas da mitologia.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Idade Média

Arte Popular (Folclore)

Arte Pré-Histórica

Renascimento

Barroco.

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ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição,

movimentos e períodos das artes visuais.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação

com o movimento artístico no qual se originou.

TEATRO

ELEMENTOS FORMAIS:

Personagem

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Técnicas: Jogos teatrais, teatro indireto, improvisação, manipulação e máscara.

Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro.

Espaço cênico, circo e adereços.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Greco-Romana

Teatro oriental

Africano

Teatro Medieval

Renascimento

Teatro Popular

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Estudo das estruturas teatrais:

Personagem, ação dramática, espaço cênico e sua articulação com formas de

composição em movimentos e períodos onde se originam.

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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com

movimentos artísticos nos quais se originam.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatral.

DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS:

Movimento corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Eixo

Deslocamento

Ponto de apoio

Formação

Técnica: improvisação

Gênero: Circular

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Idade Média

Arte Popular (Folclore).

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de

composição, movimentos e períodos da dança.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o

movimento artístico no qual se originou.

7ºANO

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MÚSICA:

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

COMPOSIÇÃO:

Ritmo

Melodia

Escalas

Estrutura

Gêneros: Folclórico, popular e étnico.

Técnicas: Vocal, instrumental, mista e improvisação.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Música popular e étnica (Ocidental e Oriental)

Brasileira

Paranaense

Africana

Renascimento

Neoclássica

Caipira/Sertanejo e Raiz.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer música através de diferentes formas musicais.

Pesquisa da paisagem sonora

Teorias da música

Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da

paisagem sonora.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

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Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas

contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

ARTES VISUAIS:

ELEMENTOS FORMAIS:

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa/abstrata geométrica

Técnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo...

Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira

Paranaense

Abstracionismo

Expressionismo

Impressionismo

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura desses povos.

Teoria das artes visuais

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Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular,

relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas

contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

TEATRO:

ELEMENTOS FORMAIS:

Personagem

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Representação, leitura dramática, cenografia.

Gêneros: Rua, comédia, arena, caracterização

Técnicas: Jogos dramáticos e teatrais, mímicas, improvisação, formas animadas...

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Comédia dell'arte

Teatro popular

Teatro popular brasileiro e paranaense.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.

Teorias do teatro

Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas

origens e práticas contemporâneas.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composições teatrais, presentes no

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cotidiano.

8ºANO:

MÚSICA:

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

COMPOSIÇÃO:

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos

Técnicas: Vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.

Sonoplastia

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno, Sertanejo pop

Vanguardas e Clássica.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias (vídeo, TV e

computador)

Teorias sobre música e indústria cultural.

Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos

tecnológicos.

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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão das diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua função social

e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias;

relacionadas a produção, divulgação e consumo.

ARTES VISUAIS:

ELEMENTOS FORMAIS:

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Cenografia

Técnicas: Pintura

Desenho

Fotografia

Audiovisual

Gravura...

Gêneros:

Natureza morta

Retrato

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Paisagem.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Indústria Cultural

Arte Digital

Vanguardas

Arte Contemporânea

Arte Cinética

Op Art

Pop Art

Classicismo

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.

Teoria das Artes Visuais e mídias

Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão das artes visuais no cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de

veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais

nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

TEATRO:

ELEMENTOS FORMAIS:

Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)

Texto dramáticos Cenografia

Maquiagem

Sonoplastia

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Roteiro

Enredo

Técnicas: Jogos teatrais

Sombra

adaptação cênica

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Indústria cultura

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

Vanguardas

Classicismo

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.

Teorias da representação no teatro e mídias

Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão das diferentes formas de representação no cinema e nas mídias, sua

função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação

nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS:

Movimentos Corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Direções

Dinâmicas

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Aceleração

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria Cultural, Espetáculo.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

Dança Clássica

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.

Teoria da dança de palco e em diferentes mídias.

Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão das diferentes formas de dança no cinema, musicais e nas mídias, sua

função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas

mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

9º ANO

MÚSICA:

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

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COMPOSIÇÃO:

Ritmo

Melodia

Harmonia

Estrutura

Técnicas: Vocal, Instrumental e mista

Gênero: Popular, folclórico, étnico.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Música engajada

Música popular brasileira

Música contemporânea

Hip Hop, Rock, Punk e Romantismo.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer música e sua funçaõ social.

Teoria da música.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com

enfoque na Arte Engajada.

EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM:

Compreensão da música como fator de transformação social.

Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

ARTES VISUAIS:

ELEMENTOS FORMAIS:

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

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Luz

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Geométrica

Figura fundo

Perspectiva

Semelhanças

Contraste

Ritmo visual

Cenografia

Técnicas: Pintura, desenho, performance...

Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Realismo

Dadaísmo

Arte Engajada

Muralismo

Pré-colombiana

Grafite (Hip Hop)

Romantismo

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.

Teorias das artes visuais.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição com enfoque na Arte

Engajada.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão da dimensão das artes visuais enquanto fator de transformação social.

Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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TEATRO:

ELEMENTOS FORMAIS:

Personagem

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio.

Teatro Fórum

Teatro Imagem

Representação

Roteiro

Enredo

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

MOVIMENTOS E PEÍODOS:

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do absurdo

Romantismo.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

Teorias do teatro.

Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na

Arte Engajada.

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EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de

transformação social.

Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

DANÇA:

ELEMENTOS FORMAIS:

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Ponto de apoio

Níveis (Alto, médio e baixo)

Rotação

Deslocamento

Gênero:

Salão, espetáculo, moderna e coreografia.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Arte Engajada

Vanguardas

Dança

Contemporânea

Romantismo.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer dança

e sua função social.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança com

enfoque na Arte Engajada.

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ENSINO MÉDIO:

MÚSICA:

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

COMPOSIÇÃO:

Ritmo

Melodia

Harmonia

Modal, Tonal e Fusão de ambos.

Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop.

Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.

Improvisação.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Música popular brasileira, paranaense, popular.

Indústria Cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-americana.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e

erudita), dos modos de fazer música e sua função social.

Teoria da música

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com

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enfoque na música de diversas culturas.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a

sociedade contemporânea.

Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e

mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

ARTES VISUAIS:

ELEMENTOS FORMAIS:

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional

Tridimensional

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e

esculturas...

Gêneros:

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Paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de Vanguarda

Indústria Cultural

Arte Engajada

Arte Contemporânea

Arte Digital

Arte Latino Americana.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e

mídias.

Teoria das artes visuais.

Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com

enfoque nas diversas culturas.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação

com a sociedade contemporânea.

Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade

singular e social.

Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas

culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

TEATRO:

ELEMENTOS FORMAIS:

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Personagem

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Técnicas: Jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio.

Teatro Fórum

Roteiro

Encenação

Leitura dramática

Gêneros: Tragédia, Comédia, drama e Épico.

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia

Sonoplastia

Figurino

Iluminação

Direção.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Teatro Greco Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do oprimido

Teatro Pobre

Teatro Vanguarda

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Teatro Renascentista

Teatro Latino Americano

Teatro Realista

Teatro simbologista.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico, sua articulação com os

elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.

Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

Teorias do teatro.

Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.

Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque

na Arte Engajada.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o

movimento artístico no qual se originou.

Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.

Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação

nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composições teatrais.

DANÇA:

ELEMENTOS FORMAIS:

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

COMPOSIÇÃO:

Eixo

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Dinâmica

Aceleração

Ponto de apoio

Salto e queda

Rotação

Níveis

Formação

Deslocamento

Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo, Indústria cultural, étnica, folclórica,

circular, populares, salão, moderna, contemporânea...

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Pré-história

Greco-romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

Arte Engajada

Vanguardas

Dança Contemporânea

ABORDAGEM PEDAGÓGICA:

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de

composição, movimentos e períodos da dança.

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Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e

executada.

Teoria da dança.

Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o

movimento artístico no qual se originou.

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas

contemporâneas.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.

Compreensão das diferentes formas da dança no cinema, musicais e nas mídias, sua

função social e ideológica de veiculação e consumo.

Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas

mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e

social.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

Nas séries/anos finais do Ensino Fundamental (5o a 8o séries/ 6o ao 9o ano)

gradativamente abandona a prática artística e a ênfase nos elementos formais, tratando

de forma superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos.

No Ensino Médio a prioridade para a História da Arte, com raros momentos de prática

artística, centrando no estudo de movimentos e períodos artísticos e na leitura de obras

de arte.

Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos do

conhecimento em Arte, percorrendo um arco que se inicia nos elementos formais, com

atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos movimentos e períodos, com exercícios

cognitivos, abstratos (Ensino Médio).

Diante deste diagnóstico, torna-se imprescindível adotar outra postura metodológica,

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que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente

abordando metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e

movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são interdependentes,

possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento, como

ideologia e como trabalho criador, proposto nesta Diretriz.

Nas aulas de Arte será abordada a unidade dos conteúdos estruturantes, com um

encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição

artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as

séries da Educação Básica.

Na preparação das aulas, será considerado para quem elas serão ministradas, como,

por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento.

Dessa forma, será contemplada, na metodologia do ensino da arte, três momentos da

organização pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,

bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos ;

• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de

arte;

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que

compõe uma obra de arte .

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três

simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno

tenha vivenciado cada um deles.

3.1 Teorizar

Teorizar a parte do trabalho metodológico que privilegia a cognição, em que a

racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre arte.

Tal conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes

elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados nas Artes Visuais,

Dança, Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da

metodologia são trabalhados.

É imprescindível o professor considerar a origem cultural e o grupo social dos alunos e

que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade.

Também é importante que discuta como as manifestações artísticas podem produzir

significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra. Além disso,

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é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório do conhecimento em

arte, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas

diferentes sociedades e modos de produção.

Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a

obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do

trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados.

4.2 Sentir e perceber

No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro,

Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção

artística. Trata de envolver a apreciação e apropriação dos objetos da natureza e da

cultura em uma dimensão estética.

A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos sentidos. De

fato, a fruição a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas conforme as

experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida.

O trabalho do professor será de possibilitar o acesso e mediar a percepção e

apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras,

transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua

dimensão singular e social.

Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno perceba que, no processo de

composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o

seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito

histórico e social, é também singular, e na sua obra apresenta uma nova realidade social.

4.3 Trabalho Artístico

A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da

imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver

essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma

abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se

familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo pedagógico em Arte. Os três

aspectos metodológicos abordados nesta Diretriz – teorizar, sentir e perceber .

Os Desafios Educacionais Contemporâneos que estão de acordo com as Leis Federais

nº 10645/08 que delineia a Educação Indígena e a Lei nº10639/03 da Educação Afro

brasileira e Africana, serão efetivadas atividades pertinentes a estas temáticas dentro do

contexto pedagógico ressaltando aspectos culturais e históricos de forma prática e teórica.

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4. AVALIAÇÃO:

A avaliação da disciplina de Arte será contínua, diagnóstica e processual. Através de

trabalhos em sala, apresentações de trabalhos artísticos, trabalhos em grupo, análise de

textos, pesquisas, aulas expositivas, multimídia e seminários.

Será Contínua de forma que haja necessidade de avaliação diária, semanal, quinzenal ou

mensal. Contemplando os conteúdos desenvolvidos.

Será diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os

alunos;

Será processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Inclui a

avaliação do professor através de trabalhos em sala, apresentações de trabalhos

artísticos, trabalhos em grupo, análise de textos, pesquisas, aulas expositivas, multimídia,

seminários e auto avaliação do aluno.

De acordo com a LDB, a avaliação contínua e cumulativa terá prevalecia dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de

eventuais provas finais. Assim sendo, segundo o Conselho Estadual de Educação, a

avaliação almeja o desenvolvimento formativo e cultural do aluno e sua participação nas

atividades realizadas.

A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de mediação da apreensão de

conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, serão utilizados vários

instrumentos de verificação tais como:

• trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• pesquisas bibliográfica e de campo;

• debates em forma de seminários e simpósios;

• provas teóricas e práticas;

• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às

seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação

com a sociedade contemporânea;

• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade

singular e social;

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• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas

culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

REFERÊNCIAS:

LDB, Lei de Diretrizes e Bases.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica. Arte. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

REGIMENTO ESCOLAR, Colégio Estadual Nestor Víctor-Pérola-PR.

DCN, Diretrizes Curriculares Nacionais.

BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno vida.

Na construção das diferentes concepções sobre o fenômeno Vida e suas

implicações para o ensino, buscou na História da Ciência os contextos históricos nos

quais as pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças

conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.

A importância de se estudar a Biologia está no fato de que se trata de um tema

relacionado com as origens de tudo o que existe no Universo e os caminhos percorridos

pelos seres vivos até os dias atuais. Desperta a curiosidade do homem, encontra

respostas pra muitas questões e proporciona um melhor entendimento sobre a sua

própria existência.

É importante, também, pois leva o ser humano a refletir sobre a necessidade de

garantir sua sobrevivência, respeitando a natureza e entendendo que os benefícios

historicamente conquistados pela humanidade deve beneficiar a todos e não apenas a

uma pequena minoria.

A disciplina de Biologia direciona ao estudo e compreensão do fenômeno VIDA

com base em conceitos das diversas áreas de conhecimento que a compõe,

desenvolvendo o pensamento biológico de forma a permitir a reflexão sobre a origem, o

significado, a estrutura orgânica, as relações do objeto de estudo da disciplina para

entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais, numa busca constante de

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compreender o fenômeno vida.

Os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio têm

por finalidade permitir ao homem moderno que detenha o conhecimento de si próprio,

bem como do ambiente que o cerca, de forma harmônica.

HISTÓRICO DE BIOLOGIA

Biologia é a ciência responsável pelo estudo da vida, desde seu surgimento,

composição, constituição, até mesmo sua história evolutiva, aspectos comportamentais,

relação com outros organismos e com o ambiente.

Desde a antiguidade o homem caçador, coletor, através de suas observações,

contribuiu para explicar o fenômeno VIDA. Através de pensadores como Aristóteles,

Robert Hooke, Darwin, Avery e outros que contribuíram para o desenvolvimento de

inovações tecnológicas e científicas interferindo no pensamento biológico e evolutivo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Organização dos seres vivos.

Mecanismos biológicos.

Biodiversidade.

Manipulação genética.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenétcos.

• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

• Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

• Teoria celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

• Teorias evolutivas.

• Transmissão das características hereditárias.

• Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência com

o ambiente.

• Organismos Geneticamente Modificados.

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Obs.: Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos e as

Diversidades serão trabalhados integrados ao conteúdo, como a Lei referente a

história e cultura afro-brasileira e africana (10.639/03), a história e cultura dos povos

indígenas (11.645/08) e a lei que institui a Política Nacional de Educação Ambiental

(9.795/99). Os experimentos serão amparados pela Lei 14.037/03: Código Estadual

de Proteção aos Animais, Lei de Biossegurança, Resoluções do Conama/MMA

(Conselho Nacional do Meio Ambiente) e Política Nacional da Biodiversidade.

METODOLOGIA:

É muito importante que os conteúdos tenham sequência e relação, servindo como

ponte entre o conhecimento anterior e aquele a ser adquirido, não sendo apenas

chegada, mas caminho.

Abordar sempre o conteúdo de forma significativa para o aluno, incentivando a

refletir sobre a situação problema que envolve a discussão do tema, despertando no

aluno o interesse e a vontade de aprofundar as pesquisas e buscar as alternativas

resolutivas para a questão em pauta.

Os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos,

a Diversidades, a Cultura Afro Brasileira e Indígena serão trabalhados integrados,

contínuos e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos, possibilitando

que os alunos tenham um posicionamento crítico da realidade, para compreendê-la e

nela intervirem.

• Propiciar ao aluno situações de estudos;

• Debates, leituras de rótulos e embalagens;

• Troca de experiências;

• Pesquisa de campo: coletas de animais, vegetais e fungos.

• Uso de vídeos;

• Uso do laboratório de informática;

• Pesquisa na internet, youtube, livros, revistas, jornais e etc.

• Tv multimídia.

• Visitas a Universidades, Rios, Matas ciliares, Parques, Aterro Sanitário:

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• Relatórios das visitas e práticas de laboratório.

• Palestras.

AVALIAÇÃO:

- Prática emancipatória;

-Instrumento para obtenção de informações necessárias sobre o desenvolvimento

da prática pedagógica.

- Instrumento reflexivo.

A avaliação será colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo

que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este

processo. As práticas avaliativas deverão superar as práticas classificatórias e

autoritárias, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma

sociedade justa e mais humana.

A avaliação será diagnóstica, continua e cumulativa, utilizando vários instrumentos,

valorizando o conhecimento já adquirido pelo aluno, propiciando condições para o seu

avanço no processo de ensino-aprendizagem.

Em Biologia, a avaliação será voltada para o sucesso no processo ensino-

aprendizagem, através de testes escritos, relatórios, trabalhos em grupos, debates,

pesquisas, seminários e outros, considerando todo o processo de construção.

Os experimentos realizados serão avaliados através de relatórios e participação de

cada aluno no memento da realização das experiências.

Recuperação paralela: Será realizada no decorrer das aulas por orientações de

ensino e atividades diversas adaptadas à dificuldade de cada aluno, será feita também

através de aulas extras para os alunos que apresentam uma dificuldade mais acentuada e

que requer mais contato com a disciplina.

Como instrumento de aprendizagem que forneça um feedback adequado para a

retomada dos conteúdos a serem trabalhados, para que assim professores e alunos

trabalhem em cima destas dificuldades a fim de superar os obstáculos existentes e

obterem um avanço no processo de ensino-aprendizagem.

REFERÊNCIAS:

FAVARETTO, José Arnaldo e MERCADANTE, Clarinda. Biologia. Vol. Único. Ed.

Moderna, 2005.

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AMABIS, José Mariano e MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. Vol. 1, 2 e 3. Ed.

Moderna, 2004.

SILVA JÚNIOR, César da e SASSON, Sezar. Biologia. 8ª edição. Ed. Saraiva, 2005.

LOPES, Sônia e ROSSO, Sergio. Biologia. Vol. Único. Ed. Saraiva, 2005.

LAURENCE, J. Biologia. Vol. Único. Ed. Nova Geração, 2005. ( Livro didático público)

Biologia / vários autores – Curitiba: SEED-PR, 2006. (Livro didático público)

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual Nestor Víctor.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Secretaria de Estado da

Educação, 2.008.

CENTRO DE ATENDIMENTO AO DEFICIENTE VISUAL – DV

APRESENTAÇÃO:

A linguagem, a comunicação e as múltiplas formas de expressão cultural ou

artística se constituem de imagens e apelos visuais cada vez mais complexos e

sofisticados. Os conteúdos escolares privilegiam a visualização em todas as áreas de

conhecimento, de um universo permeado de símbolos gráficos, imagens, letras e

números. Assim, necessidades decorrentes de limitações visuais não devem ser

ignoradas, negligenciadas ou confundidas com concessões ou necessidades fictícias.

Para que isso não ocorra, devemos ficar atentos em relação aos nossos conceitos,

preconceitos, gestos atitudes e posturas com abertura e disposição para rever as práticas

convencionais, conhecer, reconhecer e aceitar as diferenças como desafios positivos e

expressão natural das potencialidades humanas.

O Centro de Atendimento Especializado/DV, é um serviço de apoio especializado

de natureza pedagógica, ofertado nos estabelecimentos do ensino regular para Educação

Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. As

atividades são desenvolvidas com atendimento por cronograma, em turno contrário ao

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frequentado no ensino regular, atendendo alunos com deficiência visual.

( Governo do Paraná/SEED/SUP. DA ED./DEEIN)

OBJETIVO GERAL:

Propiciar através da utilização de recursos e ações pedagógicas específicas à

apropriação e produção do conhecimento científico, bem como acesso às informações de

maneira, que o aluno com deficiência visual adquira independência e autonomia para sua

inclusão social.

OBJETIVOS:

Proporcionar através de atividades prazer e motivação, o que leva à intencionalidade e

esta desenvolve a iniciativa e a autonomia, que são objetivos primordiais da

estimulação visual.

Provocar a conduta de utilizar a visão para executar todo tipo de tarefas,

- Despertar o interesse na utilização da visão potencial, desenvolver a eficiência

visual, estabelecer conceitos de permanência dos objetos, e facilitar a exploração

dirigida e organizada.

- Estimular a utilização plena do potencial de visão e dos sentidos remanescentes,

tais como: tato, olfato, audição, percepção vestibular, visão residual, pontos de

referência, pistas no decorrer do trajeto, bengala longa, cão guia, mapa braille, etc.

- Proporcionar ao deficiente visual autonomia na locomoção, auto-confiança, aumento

da auto-estima e independência, elementos estes, facilitadores na sua integração social.

- Proporcionar atividades que desenvolva as potencialidades, adquirindo equilíbrio

emocional, autoconfiança, desenvolvendo sua criatividade e condições essenciais para

sua integração no meio em que vive, exercendo direitos e deveres de cidadão.

- Propor ao aluno com cegueira total, condições para que aprenda a escrita e a leitura

em Braille, desenvolva o raciocínio e adquira independência nas atividades cotidianas.

- Oferecer ao aluno com cegueira total e parcial condição para que conheça caminhos

para chegar à lugares que deseja, facilitando e assegurando sua locomoção e

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independência.

- Estimular a visão para que aprenda utilizar o resíduo visual existente, realizando

correções de uso inadequado da visão.

- Promover o desenvolvimento psicomotor, sensorial e cognitivo do aluno, promovendo

sua socialização e interação com o meio.

CONTEÚDOS:

• Escrita e leitura em Braille;

• Sistema matemático/ sorobã;

• Orientação e mobilidade;

• Coordenação motora global e fina;

• Orientação espacial e temporal;

• AVAS;

• Socialização;

• Linguagem oral e escrita;

• Estímulos sensoriais;

ATIVIDADES:

Braille ( atividades preparatórias)

• reconhecer formas;

• seguir linhas em alto relevo;

• deslizar dedos sobre caminhos, caminhos interrompidos e linhas horizontais e

verticais.

• Percorrer labirintos, explorando-os com as pontas dos dedos e indicar verbalmente

o ponto encontrado;

• associar a posição dos pontos Braille com a lateralidade ( direita e esquerda)

• formular imagens através das informações táteis;

• separação de grãos variados;

• nomeação dos pontos Braille;

• uso adequado da reglete, punção e prancha;

• encaixes variados;

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• fazer bolinhas de diferentes tamanhos;

• discriminar e identificar objetos de diferentes tamanhos;

• perfuração

BRAILLE

Escrita e leitura em Braille;

Uso da punção;

Uso da reglete:

Alfabeto Braille;

Silabas, palavras, frases e textos:

SISTEMA DE NUMERAÇÃO: SOROBÃ

manuseio do sorobã;

cálculos e operações matemáticas;

manuseio de números em Braille e a tinta;

relação número e quantidade;

ordenar, seriar;

ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE:

• Cognitivos: Atividades proposta ao aluno para adquirir e concretizar conceitos, a

natureza e função dos objetos, solução de problemas, abstração, retenção e

transferência.

• Psicomotores: Proporcionar ao aluno experiências que venham desenvolver

capacidades perceptivas movimentos básicos fundamentais, capacidades físicas,

destrezas motoras e comunicação não verbal.

• Emocionais: Ajudar ao aluno aumentar sua autoconfiança, autoestima, motivação,

valores e autoimagem.

• Treinamento dos sentidos remanescentes: Utilização da visão residual da forma

mais eficiente, para as pessoas de visão subnormal.

• Desenvolvimento de interpretação de pistas e estabelecimento de pontos de

referência captados pelos sentidos remanescentes. Ex: Uma farmácia, o cheiro de

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remédios lhe informam que está passando por ela. O cheiro é uma pista e a

farmácia pode ser um ponto de referência. Relação do espaço de ação e com

objetos significativos do ambiente pela utilização dos sentidos remanescentes.

• Técnicas com guia vidente: São técnicas utilizadas com o deficiente visual para o

mesmo andar com máxima segurança, quando estiver acompanhado. Observa-se

desde a postura correta de segurá-lo, dentre outras, como: Mudança de direção,

passagens estreitas, troca de lado, subir e descer escadas, aceitar e recusar ajuda,

sentar-se (cadeiras/bancos) e passagens por portas.

• Técnicas de autoproteção: São técnicas utilizadas pelo aluno, onde o mesmo usa

apenas seu corpo como recurso de proteção e segurança. Entre elas temos:

Proteção superior, proteção inferior, rastreamento com a mão, enquadramento,

tomada de direção, método de pesquisa.

• Desenvolvimento da orientação: Sabemos que a locomoção é uma atitude nata do

indivíduo, isto é, se não apresentar distúrbios psicomotores e não for estimulado

corretamente. Para o deficiente visual ter uma mobilidade segura é importante e

necessária uma boa orientação, que é decorrente de alguns fatores, tais como:

Ponto de referência, pistas, sistema de numeração externa e interna, medição,

pontos cardeais, auto familiarização com o ambiente.

• Técnicas com bengala longa: Dentre os recursos utilizados pelos deficientes

visuais para locomoção, a bengala longa apresenta-se como um dos mais seguros,

isto é, quando manipulado corretamente. Para esse manuseio correto da bengala é

necessário destreza motora, boa percepção tátil-cinestésico, vivências pré-

bengala, conhecimento e manipulação com a bengala para introduzir-se as

técnicas que são: Varredura, técnica diagonal (utilizada somente em ambientes

internos), detecção de objetos, passagem por portas, rastreamento com técnica

diagonal, subir e descer escadas, técnicas de toque, técnica de toque e deslize,

técnica de deslize, rastreamento com técnica de toque, rastreamento em três

pontos.

• Ao final desta etapa em ambientes internos, o aluno já terá o domínio dessas

diversas técnicas. O mesmo receberá agora instruções em ambientes externos,

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onde colocará em prática seus conhecimentos. Nesta fase, precisará de muita

atenção, concentração, iniciativa para transpor várias situações, pois não terá

somente contato com o público (sociedade), mais também com vários tipos de

ambientes, obstáculos, calçadas, ruas, cruzamentos, avenidas, veículos, comércio

(lojas, shopping, mercearias, etc.), espaços físicos mais variados possíveis.

COORDENAÇÃO GLOBAL:

caminhada;

pular com um pé só;

chutar bola;

andar sobre corda;

andar na ponta dos pés;

pegar e soltar a bola;

COORDENAÇÃO MOTORA FINA:

virar páginas alternando as folhas;

dobrar papel;

separar e juntar objetos;

manusear massa de modelagem;

encaixes variados,

amassar papéis;

brincar com bolas com guizo;

enfiar contas;

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colocar sementes dentro do vidro;

fazer bolinhas de papel;

identificar grãos;

dar nó e laço.

ORIENTAÇÃO ESPACIAL:

Orientar-se no espaço, em direção, localização e tempo.

Identificar e efetuar movimentos em diferentes velocidades e trajetórias.

Andar pela sala explorando o ambiente e os objetos, inicialmente de olhos abertos

e depois de olhos fechados.

Montar quebra-cabeças.

Jogar amarelinha.

Responder onde está o céu, o teto, o chão, a lâmpada, com palavras como: em

cima, atrás, etc.

Andar pela sala e pelo pátio seguindo a direção indicada por setas pintadas no

chão.

ORIENTAÇÃO TEMPORAL:

Ouvir histórias, ou músicas que contenham histórias, e depois contar a sequência

dos fatos.

Ordenar cartões com figuras e formas e recompor uma história com início, meio e

fim.

Observar animais (mosca, lesma, lagartixa, gato, tartaruga, etc.) e dizer quais são

os mais velozes e os mais lentos.

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Mover carrinhos rápida e lentamente, seguindo instruções do professor.

Plantar feijões e observar o seu crescimento. Posteriormente, o professor e as

crianças desenharão a história da vida do feijão, passando pelas etapas do seu

desenvolvimento, da semente até a planta adulta.

calendário;

estações do ano;

dias da semana;

organização dos dias de atendimento,

noção de antes e depois;

dia e noite;

manhã, tarde e noite;

AVAS;

Realizar atividades como: lavar as mãos, secá-las, utilizar o banheiro

adequadamente;

passar creme pelo corpo, batom;

pentear os cabelos, prendê-los;

identificar roupa no direito e no avesso;

entrar e sair de automóveis;

alimentar-se corretamente;

comer frutas retirando a casca quando necessária;

vestir-se e despir-se;

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colocar tênis, sandálias e sapatos sem ajuda;

tomar banho sozinho;

utilizar utensílios domésticos, identificando sua utilidade.

SOCIALIZAÇÃO;

Brincar com outras crianças;

participar de festas na escola e na comunidade;

passeio pelo comércio e em outros locais de interesse do aluno,

hábitos de cortesia;

LINGUAGEM ORAL E ESCRITA:

interpretação de pequenos textos;

relatar fatos e histórias;

dar e receber recados;

ouvir e cantar música;

escrita a tinta e em Braille;

formar pequenos textos ( orais e escritos)

ESTÍMULOS SENSORIAIS;

perceber, discriminar e reconhecer frutas, legumes, alimentos produtos de limpeza

e outros produtos através de cheiro e sabor;

perceber odores agradáveis e desagradáveis;

perceber diferentes sabores;

reconhecer locais pelo cheiro como: farmácia, açougue, padaria, fábricas e lojas de

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móveis;

perceber e reconhecer os sons dos animais e sons produzidos no meio ambiente;

perceber a direção e posição do som (lado direito, esquerdo, em cima, embaixo)

orientando-se em sua locomoção.

METODOLOGIA:

O atendimento oferecido ocorrerá em horário oposto da Sala de Ensino Regular,

por meio de atendimento coletivo ou individual ocorrendo 2 vezes por semana com

duração de 45 minutos por atendimento. O serviço prestado reúne recursos e estratégias

que buscam promover o interesse do aluno, bem como oportunidade de acesso a bens e

serviços, informações e relações no ambiente em que vive. Este suporte tende a

favorecer a autonomia, a produtividade, a integração e a funcionalidade no ambiente

escolar e comunitário.

O trabalho do CAE/DV será vinculado ou não ao ensino comum, com

estimulações/adaptações voltadas a indivíduos cegos, alunos com baixa visão ou

decorrentes de algum tipo de comprometimento visual, com ênfase no desenvolvimento

da percepção tátil e auditiva, orientação e mobilidade e atividades de vida autônoma e

social e atividades de estimulação visual. Caso esse aluno tenha outros

comprometimentos associados à deficiência visual, deverão ser encaminhados aos

centros especia1izados para receber outros tipos de atendimentos.

A metodologia de trabalho será assim organizada por cronograma de atendimentos:

segunda-feira terça-

feira

quarta-feira quinta-feira sexta-feira

Tarde

13:00-kAUAN

13:45-

LUCIANA

14:30-

PEDRO H.

13:00-ADILSON

13:45-ADILSON

14:30- KAUAN

15:15-

INTERVALO

13:00-

ITINERÂNCIA

13:45-

ITINERÂNCIA

14:30-

13:00-PEDRO H.

13:45-LUIZ

FELIPE

14:30- H.A

15:15-

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15:15-

INTERVALO

15:30-

APARECIDA

16:15-

APARECIDA

15:30-LUCIANA

16:15-LUIZ

FELIPE

ITINERÂNCIA

15:15-

INTERVALO

15:30-

ITINERÂNCIA

16:10-H.A

INTERVALO

15:30- H.A

16:15- H.A

AVALIAÇÃO:

O encaminhamento de educandos com baixa visão, cegueira ou problemas

relacionados a visão ao CAE/DV será feita após consulta com profissional de

oftalmologia que indicará a necessidade de frequentar o Centro. Este será vinculado a

entrevistas e preenchimento de fichas ( anamnese) pela equipe pedagógica da Escola

que sedia o CAE/DV, e posteriormente o educando fará parte do programa de

atendimento.

A avaliação efetuada pelo professor será diagnóstica, contínua e formativa, através

de relatórios semestrais, que constará as evoluções ou retrocessos do aluno tanto

pedagógicos como orgânicos, com assessoria da equipe pedagógica ou do profissional de

oftalmologia.

O desligamento do aluno do CAE/DV, acontecerá quando os objetivos propostos forem

alcançados ou quando completados 7 anos de idade ( idade máxima para estimulação

visual no caso de estrabismo.)

CIÊNCIAS

1- APRESENTAÇÃO:

A disciplina de ciências, no ensino fundamental, se constitui historicamente

por um conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para

compreender o conhecimento científico, que resulta da investigação da natureza, objeto

de estudo desta disciplina.

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Através da mesma os alunos terão oportunidade de conhecer e

compreender o mundo natural e o não natural e ver - se como integrante dos mesmos. O

conhecimento de ciências sempre se fez presente no universo desde os tempos mais

remotos e tem como objetivo a ideia reducionista de Ciências como transmissão de

conceitos prontos e acabados, entendendo que a construção do conhecimento científico

é um processo histórico e coletivo, portando, deve considerar os aspectos históricos,

culturais, éticos, políticos, sociais e tecnológicos entre outros, que marcaram o

desenvolvimento científico.

A influência cada vez maior da ciência e da tecnologia em nossas vidas e a

rapidez com que surgem as inovações nesses campos torna necessária a presença da

disciplina de ciências na Educação Básica.

O ensino de ciências deve despertar o espírito crítico no estudante e

estimulá - lo a questionar afirmações gratuitas e falaciosas, além de incentivá - lo a buscar

evidências.

O ensino de ciências constitui, portanto, um meio importante de preparar o

estudante para os desafios que surgem em uma sociedade, preocupada em integrar, mais

e mais, as descobertas científicas ao bem-estar dos indivíduos.

A ciência aborda os conceitos científicos escolares para o entendimento de

questões sobre os conteúdos estruturantes e suas relações com o objeto de estudo desta

disciplina.

Esses conceitos científicos possibilitam ao educando aperfeiçoar técnicas,

desenvolver e fabricar novos instrumentos, armazenando o excesso de suas produções,

desenvolvendo formas teóricas e noções de cálculos. Outros fatos significativos direciona

o pensamento do educando e consequentemente promovem mudanças na sua forma de

pensar e entender o mundo cientifico.

A disciplina de ciências deve proporcionar ao aluno uma aprendizagem significativa

ou seja os conteúdos escolares devem atribuir ao aluno significado como elemento central

do processo ensino-aprendizagem.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Os conteúdos da disciplina de ciências são fundamentais para compreensão de

seu objeto de estudo e ensino. São construídos a partir da historicidade do conceito

cientifico visando superar a fragmentação do currículo, alem de promover uma

estruturação da disciplina.

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A seleção dos conteúdos de ciências considera a relevância para o entendimento

do mundo no atual período histórico, devem valorizar conhecimentos científicos das

diferentes ciências – Biologia, Física, Químicas entre outros.

I. Astronomia

II. Matéria

III. Sistemas Biológicos

IV. Energia

V. Biodiversidade

3- CONTEÚDOS BÁSICOS:

Universo

Sistema solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Astros

Origem e evolução do universo

Gravitação universal

Constituição da matéria

Propriedades da matéria

Níveis de organização celular

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

Formas de energia

Transmissão de energia

Conversão de energia

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos

Origem da vida

Sistemática

Interações ecológicas

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OBS:

Os conteúdos referentes a história e cultura afro-brasileira, indígena e os relacionados

aos desafios Educacionais Contemporâneas, serão trabalhados de forma integrada com

os conteúdos básicos.

4- METODOLOGIA:

Tão importante quanto escolher conteúdos para se trabalhar é a

metodologia usada para tal processo,a escolha de abordagens,estratégias e recursos

adequados para o processo pedagógico contribui para que os educandos adquiram

conceitos científicos mais significativos e o professor crie critérios e instrumentos de

avaliação. Os conteúdos serão trabalhados integrando os conceitos científicos e

valorizando o pluralismo metodológico, superando práticas pedagógicas centradas em um

único método, deste modo valorizando as experiências de vida dos alunos para, a partir

daí aprofundar os conteúdos a fim de que a aprendizagem se torne mais significativa,

formando sujeitos mais críticos e atuantes na sociedade na qual vivem.

Serão estabelecidas relações entre os diversos conteúdos estruturantes e

outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas e relações entre os conteúdos

estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas que

fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de

ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos

escolares.

*PROBLEMATIZAÇÃO: Serve de motivação para levar o educando a buscar

conhecimentos científicos. Situações vivenciadas pelos mesmos, são usadas de forma

problematizada pelo professor para que os mesmos cheguem a sua resolução através do

conhecimento científico.

*CONTEXTUALIZAÇÃO: Os conteúdos científicos devem ser aproximados o máximo

possível das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outros....

*INTERDISCIPLINARIEDADE: É a busca de conteúdos específicos de outras disciplinas

para entender o objeto de estudo de ciências.

*PESQUISA: Estratégia que visa a construção do conhecimento . Começa com a procura

do material, passa pela sua interpretação e chega a construção de atividades. Neste

elemento os estudantes superam atos de leitura e repetição, compreende criticamente o

conteúdo pesquisado e explicita sua interpretação.

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*LEITURA CIENTÍFICA: Permite a aproximação entre educando e educador, provocando

aprofundamento dos conteúdos.

*ATIVIDADE EM GRUPO: Esta atividade aproxima a disciplina de ciências com

problemas reais, contribuindo para aprendizagem significativa. O educando tem a

oportunidade de trocar experiências, ideias, desenvolver atitude de equipe e colaboração.

*OBSERVAÇÃO: A observação possibilita a construção de hipóteses e faz o aluno

superar a simples constatação de resultados. Também permite ao professor perceber as

dificuldades individuais de interpretação, a falta de atenção e as lacunas teóricos

conceituais.

*ATIVIDADE EXPERIMENTAL: Este elemento desenvolve o interesse nos estudantes e

cria situações de investigação para formação de conceitos, devendo ser mediado pelo

professor. A atividade experimental deve proporcionar discussões, interpretações e

debates. Não deve somente ser momento de comprovação de leis e teorias ou meras

ilustrações de aulas teóricas.

*RECURSOS INSTRUCIONAIS: Na análise dos conteúdos científicos escolares, no

trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem esses recursos podem

e devem ser utilizados( mapas conceituais, organogramas, mapa,de relação, diagrama V,

gráficos, tabelas, infográficos, entre outros....). Estes recursos se fundamentam na

aprendizagem significativa e subsidiam o professor, porque são compostos por

observação, atividades experimentais, relações conceituais e interdisciplinariedade.

*LÚDICO: Permite uma maior interação entre os assuntos abordados entre sí, e do

estudante e estes, sendo que, quanto maior for esta interação, maior será o nível de

percepção e reestruturação cognitiva realizada pelo estudante. Este elemento de prática

pedagógica promove a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse.

ASPECTOS ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS

A – HISTÓRIA DA CIÊNCIA

A história da ciência propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares

prioritariamente sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si mesmo e

como fonte de estudo que permite ao professor compreender melhor os conceitos

científicos, assim, enriquecendo suas estratégias de ensino.

B – DIVULGAÇÃO CIENTIFÍCA

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Na utilização de um texto de divulgação cientifica será observado que este tipo de

material não foi produzido originalmente para ser utilizado em sala de aula e, por

isso, requer uma adequação didática, o professor observará também a qualidade

desses materiais, pois o uso de materiais inadequados compromete o ensino e

prejudica a aprendizagem.

C – AS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

As atividades experimentais contribuem para a superação de obstáculos na

aprendizagem de conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações,

discussões e confronto de ideias entre os estudantes, mas também pela natureza

investigativa, superando o entendimento que as atividades experimentais sempre

devem apresentar resultados verdadeiros e de que há uma dicotomia irreversível

entre aula teórica e pratica.

O encaminhamento metodológico não ficará restrito a um único método.

Entre as possibilidades destacam - se:

- Exposição através de fatos cotidianos como noticias de jornais e outros;

- Aulas expositivas;

- Leituras de textos complementares, análise, e interpretação de dados,

gráficos, imagens, gravuras, tabelas e esquemas;

- Resolução e elaboração de problemas;

- Estudo de caso e problemas sociais;

- Uso do vídeo, DVD, retroprojetor, torso e TV pendrive, computador e

microscópio;

- Montagem de maquetes;

- Relatórios;

- Trabalhos individuais e em grupo;

- Palestras com profissionais da área da saúde e outros;

- Pesquisas bibliográficas, entrevistas e outros;

- Visitas a postos de saúde, SANEPAR, Horto florestal da UNIPAR, entre

outras.

- Discutir a importância do IAP, IBAMA, CORIPA, CIBAX;

- Debates;

- Cartazes;

- Produção de textos;

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- Observação e trabalho de campo;

- Problematização, contextualização e interdisciplinariedade;

-Pesquisa, leitura, atividades em grupo, observação, atividades experimentais,

recursos instrucionais e o lúdico.

5 – AVALIAÇÃO:

Será utilizada como um instrumento importante no processo ensino-

aprendizagem, pois propiciará o momento de interação e construção de significados, no

qual os estudantes aprendem. Para que ocorra essa ação de maneira significativa, à que

se refletir e planejar procedimentos a serem utilizados de maneira a superar a avaliação,

para que a mesma, não permaneça tão somente classificatória e excludente. A avaliação

deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano,

envolvendo recursos pedagógicos e instrucionais diversos. Os estabelecimentos de

ensino e os professores, devem prover meios para a recuperação dos alunos de menor

rendimento, os conteúdos deverão ser retomados constantemente de forma a superar as

dificuldades dos estudantes, estabelecendo-se desta forma, mecanismos para se realizar

recuperação de conteúdos, de forma paralela. De acordo com o artigo 24 da LDB nº

9394/96, a avaliação deve ser contínua e cumulativa, em relação à aprendizagem do

estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Instrumentos para avaliação:

- Provas ( não classificatórias )

- Pesquisas bibliográficas

- Debates

- Pesquisas em grupos

- Trabalhos em grupos

- Elaboração de murais

- Auto-avaliação

- Leituras

- Produção de texto

- Interpretações

- Tarefas de casa

Tornando imprescindível, a coerência entre o planejamento, o

encaminhamento metodológico e o processo avaliativo, tendo a finalidade de que os

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instrumentos de avaliação estejam ligados ao propósito do processo pedagógico.

Levando em conta a série que a turma se encontra, observando o nível cognitivo dos

alunos.

Tendo os alunos diferentes formas de apropriação dos conteúdos

específicos a partir do planejamento e das ações pedagógicas desenvolvidas durante as

aulas, atendendo a essas especificidades por meio de recursos científicos e tecnológicos

envolvidos no cotidiano dos alunos.

Referências Bibliográficas:

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios

educacionais Contemporâneos: educação Ambiental. Curitiba: SEED: 2008.

PPP – Projeto Politico Pedagógico - Colégio Estadual Nestor Víctor.

CIÊNCIAS NATURAIS: aprendendo com o cotidiano, Eduardo Canto Leite. Ed. Moderna,

2009 SP.

CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Apresentação

A escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que delimita a

escolarização como privilégio de um grupo, uma exclusão que foi legitimada nas políticas

e práticas educacionais reprodutoras da ordem social. A partir do processo de

democratização da escola, evidencia-se o paradoxo inclusão/exclusão quando os

sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo indivíduos e grupos

considerados fora dos padrões homogeneizadores da escola. Assim, sob formas distintas,

a exclusão tem apresentado características comuns nos processos de segregação e

integração, que pressupõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar.

No final do século XIX os alunos com necessidades especiais eram tidos como

indignos de educação escolar. No século XX ocorreu o atendimento a esses alunos em

instituições apropriadas. A partir da década de 60, surgiram as políticas públicas e, mais

tarde, as classes especiais dentro das escolas comum. na década de 70, ocorreu a fase

de integração, permitindo, nas escolas comuns, a aceitação das crianças ou alunos com

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necessidades educacionais especiais, mais foi a partir do final da década de 80, que

intensificou-se a atenção à necessidades de educar esses alunos no ensino regular

A partir da visão dos direitos humanos e do conceito de cidadania fundamentado

no reconhecimento das diferenças e na participação dos sujeitos, decorre uma

identificação dos mecanismos e processos de hierarquização que operam na regulação e

produção das desigualdades. Essa problematização explicita os processos normativos de

distinção dos alunos em razão de características intelectuais, físicas, culturais, sociais e

linguísticas, entre outras, estruturantes do modelo tradicional de educação escola.

A educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional

especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões,

terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas,

escolas especiais e classes especiais. Essa organização, fundamentada no conceito de

normalidade/anormalidade, determina formas de atendimento clínico-terapêuticos

fortemente ancorados nos testes psicométricos que, por meio de diagnósticos, definem as

práticas escolares para os alunos com deficiência.

Esta disciplina é importante no curso de formação de docentes porque a educação

especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e

modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e

serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas

turmas comuns do ensino regular. É uma disciplina que contribui para o conhecimento

das leis que regem a educação especial a fim de aplicá-las em sua caminhada escolar.

O atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e

organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a

plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. As

atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se

daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização.

Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à

autonomia e independência na escola e fora dela.

A disciplina de CNEE tem como objetivo proporcionar conhecimentos sobre A

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva que

objetiva o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas

regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades

educacionais especiais. Portanto faz-se necessário oferecer possibilidades para que o

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aluno se beneficie das aulas da disciplina visando a compreensão da educação inclusiva

que constitui uma proposta educacional que reconhece e garante o direito de todos os

alunos de compartilhar um mesmo espaço escolar, sem discriminações de qualquer

natureza. Promove a igualdade e valoriza as diferenças na organização de um currículo

que favoreça a aprendizagem de todos os alunos e que estimule transformações

pedagógicas das escolas, visando à atualização de suas práticas como meio de atender

às necessidades dos alunos durante o percurso educacional. Compreende uma inovação

educacional, ao romper com paradigmas que sustentam a maneira excludente de ensinar

e ao propor a emancipação, como ponto de partida de todo processo educacional.

Nesse sentido é fundamental que a inclusão escolar de todas as crianças tenha

início na educação infantil, onde se desenvolvem as bases necessárias para a construção

do conhecimento e seu desenvolvimento global. É essencial saber que o atendimento

educacional especializado tem como objetivo assegurar a inclusão, disponibilizando

meios para o acesso ao currículo, que proporcione a independência para a realização das

tarefas e a construção da autonomia. Constitui oferta obrigatória pelos sistemas de ensino

e deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na sala de recursos da própria

escola onde o aluno está matriculado, em outra escola da rede pública ou em centros

especializados que realizem esse serviço educacional. Diferencia-se das atividades

desenvolvidas na sala de aula comum, não sendo substitutivo à escolarização.

Conteúdos

• Conceitos, legislação, fundamentos históricos, sócio-políticos e éticos;

• Proposta de inclusão;

• Serviços de apoios especializados e formas de atendimentos da Educação

Especial nos sistemas de deficiência;

• A ação do educador junto à comunidade em relação à inclusão;

• Prevenção de deficiências;

• As especificidades do atendimento educacional aos alunos com

necessidades educacionais especiais, apoio pedagógico especializado;

• Avaliação no contexto escolar;

• O currículo e a Educação Especial (flexibilização e adaptação);

• Áreas de deficiência;

Metodologia

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As ações pedagógicas da disciplina devem estar pautadas na construção do

conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a

relação teórico-prática, na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação

dos conteúdos.

Portanto através de encaminhamento metodológico fundamentados numa

concepção histórico-critica,onde o desenvolvimento da disciplina envolverá instrumento e

signos necessários ao processo de ensino e aprendizagem favorece a pesquisa e a

socialização do conhecimento através da diversificação da metodologia que busca

sistematizar o objeto de estudo. O conteúdo abordado oportunizarão a análise de todo o

processo de desenvolvimento, aprendizagem e desenvolvimento integral do aluno.

A metodologia a ser trabalhada visa assegurar de forma qualitativa uma visão

ampla dos conteúdos, utilizando técnicas como:

A técnica GVGO (grupo verbalizador e observador);

Discussão em grupo/circular;

Aulas expositivas;

Pesquisas;

Relatórios;

Trabalho individualizado;

Filmes e relatórios referentes;

Estudos de Casos;

Avaliação

O trabalho de avaliação será entendido como um processo contínuo cujo objetivo

não é apenas a atribuição de notas aos alunos, mas também uma possibilidade de

reflexão sobre a própria prática pedagógica. Através dessa atitude, é possível detectar

problemas e buscar soluções para eles.

O aluno não será avaliado por um único trabalho que tenha executado, mas pelo

conjunto de atividades realizadas, o que possibilitará observar o desenvolvimento de sua

aprendizagem.

A avaliação pedagógica como processo dinâmico considera tanto o conhecimento

prévio e o nível atual de desenvolvimento do aluno quanto às possibilidades de

aprendizagem futura, configurando uma ação pedagógica processual e formativa que

analisa o desempenho do aluno em relação ao seu progresso individual, prevalecendo na

avaliação os aspectos qualitativos que indiquem as intervenções pedagógicas do

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professor. No processo de avaliação, o professor criará estratégias considerando que

alguns alunos podem demandar ampliação do tempo para a realização dos trabalhos e o

uso da língua de sinais, de textos em Braille, de informática ou de tecnologia assistiva

como uma prática cotidiana.

De acordo com o regimento escolar será aplicada a cada conteúdo discutido uma

avaliação paralela, caso o aluno não tenha assimilado o conteúdo terá uma nova

oportunidade. Sendo que as avaliações escritas valerão 60 pontos e os demais trabalhos

em grupo, individuais, pesquisas, etc. 40 pontos; somando um total de 100 pontos na

média semestral.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB

4.024, de 20 de dezembro de 1961.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB

5.692, de 11 de agosto de 1971.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei Nº. 7.853, de 24

de outubro de 1989.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Lei nº 8.069, de 13 de julho de

1990.

BRASIL. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para satisfazer

as necessidades básicas de aprendizagem.

UNESCO, Jomtiem/Tailândia, 1990.

BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas

especiais. Brasília: UNESCO, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de

Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB

9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto nº 3.298, de

20 de dezembro de 1999.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais

para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO -

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DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Proposta Pedagógica Curricular

do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal. Curitiba. SEED – Pr., 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO

-DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO TRABALHO - Fundamentos teórico-metodológicos

das disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

Normal em nível Médio, Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR,

2008. - 242 P.

PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor Ensino Fundamental

Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2011.

EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO

A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física, optou-se, nestas

Diretrizes Curriculares, por retratar transformações sociais pelas quais o Brasil passava a

partir do século XIX, o que coincidiu com o momento em que a Educação Física tornou-se

componente curricular. Entre estas transformações, pode-se citar o fim da exploração

escrava e as políticas de incentivo a imigração ; o crescimento das cidades e a

instauração de uma ordem social que se adaptasse ao modo de vida na nova

configuração econômica.

A nova ordem social implicou, entre outros fatores, em medidas para aplicar

preceitos de moralidade, entre as quais a ginástica teve lugar de destaque. Neste primeiro

momento, desta forma, a Educação Física confundiu-se com a prática da ginástica.

Com a Proclamação da República, entre as muitas propostas de mudança, veio a

tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais praticadas

pelo antigo regime. Ainda no final do século XIX, Rui Barbosa, deputado geral do Império,

emitiu um parecer sobre o projeto denominado Reforma do Ensino Primário e várias

instituições complementares da Instrução Pública, no ano de 1882, quando entre outras

conclusões, afirmou a importância da ginástica para a formação, equiparando-a, em

categoria e autoridade as demais disciplinas.

A partir de então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos

currículos escolares.

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As práticas pedagógicas escolares de Educação Física foram fortemente

influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX.

Por não existir um plano nacional de Educação Física a prática nas escolas se

dava pelo método francês de ginástica, adotado pelas Forças Armadas e tornado

obrigatório a partir de 1931. Ainda na década de 1930 o esporte começou a se popularizar

confundindo-se com a Educação Física. Houve um incentivo as práticas desportivas com

o intuito de promover políticas nacionalistas pensadas para o país. Uma série de medidas

foi adotada para ressaltar o sentimento de valorização patriótica, por meio dos esportes.

Assim, a Educação Física se consolidou no contexto escolar, a partir da

Constituição de 1937, com forte ênfase no desenvolvimento de uma disciplina corporal

que objetivava doutrinar para o patriotismo, a hierarquia e a ordem.

Os chamados esportes olímpicos – Vôlei, Basquete, Handebol e Atletismo, entre

outros foram priorizados para formar atletas que representasse o país em competições

internacionais.

A Educação Física continuou de caráter obrigatório na escola, com a promulgação

da lei 5692/71, por meio de seu artigo 7º e pelo Decreto 69450/71. Assim, a disciplina

passou a ter legislação específica e foi integrada como atividade escolar regular

obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis de sistema de ensino.

Com a evolução das tecnologias houve grandes alterações nas atividades diárias

das pessoas. Os trabalhos que anteriormente, na sua maioria, eram manuais, hoje são

realizados por máquinas. Essa realidade tornou o homem um ser sedentário. Em virtude

dessa inatividade as pessoas começaram a ter doenças, que até então, eram exclusivas

dos idosos. Hoje, a humanidade, especialmente os jovens carece de atividades físicas

para terem qualidade de vida. A Educação Física na escola visa possibilitar o

conhecimento sobre os fatos passados e atuais que interferem negativa ou positivamente

no movimento humano, buscando criticidade e ações de melhoria na realidade de cada

um.

Dar um novo significado às aulas, superando a dimensão meramente motriz por

uma dimensão histórica, cultural e social, rompendo com as ideias de que o corpo se

restringe ao biológico, ao mensurável.

Faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e

contextualizada,o que é possível por meio dos elementos articuladores:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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IV. ESPORTE

GINÁSTICA

DANÇA

JOGOS E BRINCADEIRAS

LUTAS

CONTEÚDOS BÁSICOS

• ESPORTE

Coletivos, individuais e radicais.

• JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos de tabuleiro,

jogos cooperativos e jogos dramáticos.

DANÇA

Danças folclóricas, danças de rua, danças criativas e danças circulares.

GINÁSTICA

Ginástica rítmica, ginástica circense e ginástica geral.

LUTAS

Lutas de aproximação , capoeira com afastamento e com elementos mediados

Os Desafios Educacionais Contemporâneos que estão de acordo com as Leis

Federais n 0645/08 que delineia a Educação Indígena e a Lei n 10639/03 da

Educação Afro brasileira e Africana, serão efetivadas atividades pertinentes e estas

temáticas dentro do contexto pedagógico ressaltando aspectos culturais e

históricos de forma prática e teórica.

METODOLOGIA

Através dos conteúdos estruturantes das diretrizes curriculares do Estado do

Paraná, esportes, danças, lutas, ginástica, jogos e brincadeiras, através da disciplina

Educação Física, os alunos devem apropriar-se do conhecimento acerca do seu corpo,

suas limitações e funções, além de refletirem criticamente sob suas práticas corporais.

Portanto através do objetivo de estudo do conhecimento da Educação Física que é

a cultura corporal, o professor de Educação Física deve propor atividades que tentem ao

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máximo superar o tecnicismo exagerado, e a reprodução do modo competitivo que vemos

todos os dias nos mais diversos ambientes relacionados à prática da atividade física de

uma forma geral, sempre observando o ambiente em que está inserida esta

escola(comunidade, cidade, estado).

Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo

“teórico”, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a

construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a

expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a

reflexão sobre o movimento corporal, tudo isso segundo o princípio da complexidade

crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino Fundamental

quanto no Ensino Médio.

Assim sendo, o professor deverá lançar o conteúdo estruturante a ser desenvolvido

em aula e, observar o que os alunos já sabem, conhecem deste determinado assunto,

para após esse primeiro mapeamento, ir subsidiando as informações necessárias para o

aprendizado efetivo dos alunos, através de informações sistematizadas e regulares que

possibilitem essa apropriação.

Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências

objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,

sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.

AVALIAÇÃO

Quanto falamos em avaliação em Educação Física, não conseguimos chegar a um

consenso, onde em sua grande maioria a avaliação acaba sendo como forma de

observação da prática e ou até mesmo a própria participação ou não nas aulas.

Portanto os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o

comprometimento e o envolvimento dos alunos no processo pedagógico. Quando falamos

em comprometimento e envolvimento, queremos dizer se os alunos entregaram as

atividades propostas e tiverem ou não apropriação do conhecimento com as atividades

desenvolvidas.

O aluno deve conseguir recriar jogos e regras a fim de modificar as estruturas de

ações dos jogos, assim a participação efetiva dos alunos é fator preponderante nesse

processo.

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Dessa forma a avaliação poderá ser:

• Avaliação contínua e diagnóstica;

• Observação contínua do professor nos trabalhos e pesquisas desenvolvidas pelos

alunos; o que foi proposto e seu conceito produzido a partir das discussões nas

aulas, bem como os acréscimos no conhecimento;

• Provas práticas e teóricas;

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão

revisitar o processo desenvolvido até então, para identificar lacunas no processo de

ensino aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem à

superação das dificuldades encontradas.

A avaliação serve de parâmetro para saber o que tem que retomar com os alunos e

como retomar. Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor

organizará e reorganizará o seu trabalho visando às diversas manifestações corporais,

evidenciadas nas formas de ginástica, esporte, jogos e brincadeiras, lutas e danças,

possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de

construir uma suposta relação com o mundo.

Recuperação de estudos acontecerá concomitante com o processo de ensino

aprendizagem.

REFERÊNCIAS

CARLINI, Alda Luiza. A Educação e a Corporalidade do Educando. Discorpo. São

Paulo, n.04, p. 41-60. 1995.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a História que não se conta. 2.

ed. Campinas: Papirus, 1991.

COLETIVOS DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo:

Cortez, 1992.

DARIDO, S.C. e RANGEL, I.C. Educação Física na Escola: implicação para a prática

pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

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DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ DE EDUCAÇÃO FÍSICA –

ENSINO FUNDAMENTAL – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED, 2006.

ESCOBAR. M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da Educação Física. in: Revista

Motrivivência, n.08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.

NANNI, Dionísia. Dança-Educação: Pré-escola à Universidade. Rio de Janeiro. Editora

Sprint- 1995.

REVISTA CONFEF. Sistema CONFEF/CREFs. Conselho Federal e Regional de

Educação Física.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, Colégio Estadual Nestor Victor- Ensino

Fundamental e Médio.

REGIMENTO ESCOLAR,Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino Fundamental

ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO

O Ensino Religioso pauta-se historicamente no ensino do catolicismo que

expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento da

república, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou a ser laico.

Mesmo assim, a presença das aulas de religião foi mantida nos currículos escolares,

devido ao poder da Igreja católica junto ao Estado brasileiro.

Tal influência pode ser constatada nas Constituições do Brasil, nas quais o Ensino

Religioso foi citado, com a representatividade hegemonicamente cristã no processo de

definição dos preceitos legais. Em consequência desde a época do Império a doutrina

cristã tem sido contemplada na organização do currículo de Ensino Religioso.

A partir da constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a se admitido como

disciplina na escola pública, porém, com matrícula facultativa, nas demais constituições, o

Ensino Religioso foi mantido como matéria do currículo, de frequência livre para o aluno, e

de caráter confessional de acordo com o credo da família. Somente a partir das

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discussões da LDBEN 9.394/96, incentivadas pela sociedade civil organizada, o Ensino

Religioso passou a ser compreendido como disciplina escolar. Em decorrência desse

processo, sua instituição nas escolas públicas do país foi regulamentada.

A vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às práticas

catequéticas já não corresponde ao sentido dessa disciplina na escola.

No momento, as Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a

necessária, reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização,

diante das demandas sociais contemporâneas que exigem a compreensão ampla da

diversidade cultural.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, destacamos:

- A necessária superação das tradicionais aulas de religião.

- A inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações:

religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, e as relações culturais, sociais

políticas e econômicas de que são empregadas, as formas diversas de religiosidades.

A disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e respeito as diferentes

expressões religiosas advindas da elaboração cultural dos povos bem como possibilitar o

acesso às diferentes fontes da cultura sobre o sagrado com foco do fenômeno Religioso,

por contemplar todas as manifestações religiosas.

O Ensino Religioso contribuiu também para superar a desigualdade étnico-religioso

e garantir o direito conforme art. 5º, inciso VI, da Constituição brasileira, ela busca

propiciar oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento e de

aprendizagem em relação as diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade.

O Ensino Religioso permite que os educandos possam refletir e entender como os

grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado, e ainda

possibilita compreender suas trajetórias e manifestações no espaço escolar, e estabelecer

relações entre culturas, espaços e diferenças. Ao compreender tais elementos, o

educando passa a elaborar o seu saber e a entender a diversidade de nossa cultura,

marcada também pela religiosidade.

Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da

humanidade, e em conformidade com a legislação brasileira que trata do assunto. O

Ensino Religioso em seu currículo, pressupõe promover aos educandos a oportunidade

do processo de escolarização fundamental para se tornar capazes se entender os

movimentos religiosos específicos de cada cultura possuir o substrato religioso, de modo

a colaborar com a formação da pessoa.

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Na perspectiva de trabalhar o Ensino Religioso superando a tradicional aula de

religião e consolidar a proposta de uma disciplina que possibilite a identificação, o

conhecimento e o entendimento da diversidade cultural e religiosa do ser humano, nas

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso apresentam como objeto de estudo o Sagrado.

Tal concepção de Sagrado apresentado nas Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso

possibilita ao professor trabalhar as diferentes manifestações religiosas inclusive com as

religiões que não se organizam como instituições.

“Etimologicamente, o termo Sagrado se origina do termo latim sacrátus e do ato

sagrar. Como adjetivo, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime inviolável e puro”.

(DCE, 2008p. 48).

Para Eliade, que fundamenta teoricamente as Diretrizes Curriculares de Ensino

Religioso, o Sagrado, uma experiência denominada de hierofania, ou seja, “a

manifestação de algo “diferente” – de uma realidade que não pertence ao nosso mundo –

em objetos que fazem parte integrante do nosso mundo “natural”, “profano”. (ELIADE,

2001 p. 17).

Assim, ao definir o Sagrado como objeto de estudo, o professor tratará as

manifestações religiosas como conhecimento e a sua função nos diversos grupos

humanos, pois, a religião contribui para o processo civilizatório da humanidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- Paisagens Religiosas

- Universo Simbólico Religioso.

- Textos Sagrados

CONTEÚDOS BÁSICOS:

6º ANO

- Organizações religiosas

- Lugares Sagrados

- Textos sagrados orais ou escritos

- Símbolos Religiosos.

7º ANO

- Temporalidade Sagrada

- Festas Religiosas

- Ritos

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- Vida e morte.

Em relação à Lei 10639/03 referente à História e a Cultura Afro-brasileira e

Africana, e a 11645/2008 e aos conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais

contemporâneos serão trabalhados de forma articulada com os conteúdos específicos na

medida que os mesmos possibilitem, por meio de aulas expositivas e dialogadas, vídeos

temáticos, leituras de textos diversos, bem como outras atividades.

METODOLOGIA

O trabalho pedagógico será encaminhado na perspectiva da superação das

práticas tradicionais que tem marcado o ensino escolar. Propõe-se um encaminhamento

metodológico baseado na aula dialogada, a partir da experiência religiosa do aluno e de

seus conhecimentos prévios para em seguida apresentar o conteúdo que será trabalhado.

Os conteúdos serão orientados a partir das manifestações religiosas ou expressões

do Sagrado conhecidas pelos alunos, para que depois sejam trabalhados os conteúdos

relativos às manifestações religiosas menos comuns, do universo cultural da comunidade.

O professor exercerá o papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e

os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula, fazendo um levantamento de

questões ou problemas envolvendo essa temática para que os alunos identifiquem o

quanto já conhecem a respeito do conteúdo, evidenciando-se assim, que qualquer

assunto a ser desenvolvido em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos

alunos.

Num segundo momento o conteúdo, será problematizado através de questões que

articulem o conteúdo em estudo à vida do educando. Tendo o aluno construído o

conhecimento, pressupõe sua contextualização, pois o conhecimento só faz sentido

quando associado ao contexto histórico, político e social.

Se tratando da metodologia a ser desenvolvida nas aulas de ensino religioso, o

estudo do Sagrado se dará por meio de: aulas expositivas e dialogadas, debates e

pesquisas temáticas, apresentação de trabalhos (individual e grupo), confecção de

cartazes temáticos, amostras de vídeos e filmes temáticos, debates, músicas,

interpretação de imagens, textos e músicas dentre outras possibilidades.

Para efetivar o processo de aprendizagem com êxito, cada expressão do Sagrado

será abordada do ponto de vista laico, não religioso, respeitando o direito à liberdade de

consciência e a opção religiosa do educando, efetivando-se assim o processo pedagógico

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na disciplina de Ensino Religioso.

AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento

de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora,

uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas

também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Na disciplina de Ensino Religioso, a avaliação terá como objetivo principal levar o

educando a expressar uma relação de respeito para com a diversidade religiosa, e

compreender os aspectos que envolvem o sagrado. Nessa orientação os processos

avaliativos se darão por meio de: Apresentação de trabalhos temáticos, pesquisas,

amostras culturais, confecção de cartazes e mural, interpretação de textos, músicas e

imagens.

REFERÊNCIAS

Caderno Pedagógico de Ensino Religioso – O Sagrado no Ensino Religioso. SEED.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Religioso,

Secretaria de Estado da Educação, Curitiba, 2008.

ELIADE, Mircea. O SAGRADO E O PROFANO. A essência das religiões. São Paulo:

Cultrz, 2001.

JUNQUEIRA, Sérgio; Wagner, Raul (orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba –

Champagnat, 2004.

Periódico: Mundo Jovem: um jornal de idéias. PUCRS, Porto Alegre.

Colégio Estadual Nestor Victor – PPP – 2011.

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FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO

A Filosofia é a mais antiga das disciplinas do Ocidente. Criada na Grécia em torno

do século VII a C. inicialmente na região da jônia (Ásia Menor) e posteriormente

espalhando-se por toda a Hélade ate o século II a C. se caracterizou por ser uma

habilidade de refinamento educacional do cidadão capaz de empreender a formação

básica (Homero e Hesíodo) de maneira particular, uma vez que se é possível referenciar

algum tipo de educação publica na cidade-estado (polis), a única referencia é a relativa ao

teatro, financiado pelas famílias mais ricas. Durante o período Helenístico, a Filosofia

como processo de formação cívica foi estendido até as fronteiras do reino de Alexandre

da Macedônia (do Egito e Grécia a Índia) enxertando de maneira simbiótica, os elementos

diversificados da cultura Ocidental e Oriental que virão a caracterizar um novo estilo

filosófico doravante sob a tutela de dois estilos culturais diferenciados, a saber, no

Ocidente, o Império Romano no conhecido mare nostrum (nosso mar) e a continuidade do

pensamento filosófico grego, miscigenado a diversidade cultural asiática. Nos exteriores

do então dividido Império Romano (do Ocidente e do Oriente) já na ocasião, cristão, e na

franca ascensão de um novel estilo filosófico Oriental, sob o influxo religioso muçulmano

surge, em torno do século VI d C. a Filosofia árabe e Judaica, delimitando a disciplina

comum processo de reflexão levado a efeito pelas elites, afastando-se o exercício

filosófico dos campos pertinentes aos interesses populares. Através da consolidação do

chamado Império Muçulmano que se estendia do Oeste da Índia até a Península Ibérica

no Emirado de El Andaluz e a todo o Norte Africano na desorganizada estruturação dos

vários reinos bárbaros europeus, representando o pensamento filosófico cristão acuado

pelo avanço árabe e o então sitiado Império Romano do Oriente representante de certa

continuidade do pensamento filosófico greco-romano, percebe-se que a filosofia se

constitui como certa tecnologia circunscrita aos membros dessas sociedades que eram

alfabetizados e de origem social elevada (nobres e religiosos), caracterizando-se por

especializada e refinadas informações de diversificadas origens, a saber, biológicos,

matemáticos, geométricos, lógico-argumentativo, dialéticos, anatômicos, físicos,

metafísicos e outros, profundamente utilizados pela cultura muçulmana que fertilizava a

estagnada cultura Ocidental. Dadas as importantes e profundas permutas técnico-

culturais entre cristão, muçulmanos e judeus nos emirados Ibéricos, o Ocidente teve

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acesso a importantes obras filosóficas perdidas até então, em especial, dos filósofos

Platão e Aristóteles, revitalizando então, o decadente Ocidente. Anos após os trabalhos

do filosofo e médico espanhol muçulmano Averróis, que realizou as traduções das obras

de Aristóteles, os reinos cristãos europeus começam a se organizarem e durante o

processo de reconquista a Filosofia Muçulmana é absorvida pelo mundo cristão

culturalmente alfabetizado (elites e religiosos) e as tecnologias desenvolvidas pelos

Árabes revolucionaram a estrutura educacional da Igreja que na época incentivava a

formação de escolas de alfabetização e a criação das primeiras Universidades,

influenciando profundamente a estrutura curricular das então escolas paróquias através

do trivium e do quadrivium, nelas constando as disciplinas superiores de Direito, Teologia

e Filosofia. Consolidada a Reconquista e, em especial, a estruturação do Reino de

Portugal e em torno do século XV d C. e a tomada de Celta pelos portugueses, anos

após, iniciam-se as navegações e como os descobrimentos iniciou-se uma tremenda

renovação nas linhas de pensamento filosófico, oriunda das rupturas engendradas

através do movimento renascentista onde o movimento estabelece rupturas com a

filosofia tradicional e os fundamentos do mundo filosófico-religioso cristão soa

profundamente abalados com os contatos antropológicos realizados com novas culturas,

o questionamento da autoridade da Igreja, o surgimento de uma nova metodologia de

conhecimento do mundo e da natureza, denominada Ciência, ainda rudimentar, culminam

filosófica e politicamente através dos movimentos sucessivos da Reforma e da Contra-

Reforma no seio da cristandade. É nesse rico e policrômico contexto historiográfico que a

Filosofia aporta a terras brasileiras através da previdente ação missionária jesuítica de

caráter tomista em 1572, ressaltando que na colônia portuguesa, apenas os que

desejavam contrair os votos religiosos católico-romanos ou os raros filhos de fazendeiros

desejosos de alguma educação e com capacidade financeira necessária para sustentar o

estudante nas universidades portuguesas ou européias é que tinha acesso à formação

filosófica dentre outras do trivium e do quadrivium. Desde o século XV d.C. até o inicio do

século XX e as propostas educacionais de ensino publico e escolarização laica, a

disciplina de Filosofia se constituiu como importante ferramenta de inserção cultural e

política dos cidadãos a vida publica, envolvendo a população letrada e com formação

media, em termos comparativos a nossos dias, nas tensões e ações políticas da primeira

metade do século em nosso pais. Com Lei 5.692 de 1971 a disciplina foi suprimida das

escolas brasileiras retomando apenas em 1982 através da Lei 7.044 como conhecimento

que objetivava a formação integral do jovem. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação

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9.394 de 1996 destaca que o Currículo do Ensino Médio observara o domínio dos

conhecimentos de Filosofia necessários ao exercício da cidadania como conhecimento

transversal. O que fora reforçado através da Resolução n. 3 de 1998. A mencionada

Resolução esteve sob discussão entre fevereiro e junho de 2006 no Conselho Nacional

de Educação e em agosto de 2006, através do Parecer CNE n. 38 de 2006 a disciplina de

Filosofia se tornou obrigatória para o Ensino Médio. Tal obrigatoriedade se justifica tenha

visto a atual necessidade social que exige que o cidadão possua formação cultural

diversificada e abrangente, bem como tenha desenvolvidos as capacidades de reflexão

critica e participativa de maneira à bem se entrosar com os avanços científico-

tecnológicos e as demandas sócio-políticas cada vez mais abrangentes e delicadas. Uma

vez que a Filosofia privilegia a ordenação do raciocínio lógico-argumentativo e estimula a

curiosidade pela pesquisa, a aprendizagem constante e transdisciplinar e análise crítico-

reflexivo do entorno social e as dimensões de sua constituição-realidade.

2-1.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Mito e Filosofia

• 2.2.1Conteúdos básicos

• Saber mítico;

• Saber filosófico;

• Relação Mito e Filosofia;

• Atualidade do mito;

• O que é Filosofia?

2.3.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Utilidade da filosofia

Cosmologia e teogonia

Do mito ao saber filosófico

A origem da filosofia

Os filósofos pré-socráticos

Filosofia e natureza

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Maiêutica e dialética

Os sofistas e o mundo prático

A filosofia helenística

Teoria do conhecimento

2.1.2 CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Teoria do conhecimento

• 2.2.2 Conteúdos básicos

• Possibilidade do conhecimento;

• As formas de conhecimento

• O problema da verdade;

• A questão do método;

• Conhecimento e lógica.

2.3.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Senso-comum, bom-senso

Platão: mundo sensível/mundo inteligível

Aristóteles: metafísica e causalidade

O ceticismo

O racionalismo

O empirismo

O ceticismo

2.1.3 CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Ética

• 2.2.3 Conteúdos básicos

• Ética e moral;

• Pluralidade ética;

• Ética e violência;

• Razão, desejo e vontade;

• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

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2.3.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1.1Ética e moral

Liberdade e determinismo.

Ação e verdade

Ética no período clássico;

Aristóteles e o eudaimonismo.

Ética crista

Razão e fé

A moralidade em Kant> o imperativo categórico

O utilitarismo

A ética contemporânea

Ética do discurso

Questões da ética contemporânea

A bioética

1.7.2.1.1Tecnologia genética

1.7.2.1.2Meio ambiente

Direitos humanos

Responsabilidade social

2.1.4 CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Filosofia política

• 2.2.4 Conteúdos básicos

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e Ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa

2.3.4 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2.1 A polis e a formação do cidadão

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2.2 Ética e política em Aristóteles

2.3 Políticas medievais

Contratual ismo clássico

Republicanismo

Direito públicos e privado

2.7. Estado e sociedade civil

2.7.1 Socialismo/liberalismo

2.1. 5 CONTEUTOS ESTRUTURANTES

Filosofia da Ciência

• 2.2..5 Conteúdos básicos

• Concepções de ciência;

• A questão do método científico;

• Contribuições e limites da ciência;

• Ciência e ideologia;

• Ciência e ética.

2.3.5 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Objetividades e falseabilidade

Método indutivo e dedutivo

Percepção e experiência

Observação e hipótese

A Ciência na Historia

A ciência na antiguidade

Alquimia e os mistérios científicos (medieval idade)

Matemática e mecânica (modernidade)

As revoluções cientificas

Lógica e pensamento

Ciência e poder

Os mitos da ciência

O positivismo

Linguagem e cultura

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Escola de Frankfurt

Indústria cultural

2.1.6 CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Estética

• 2.2.6 Conteúdos básicos

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.

Estética e sociedade

2.3.6 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Conceitos fundamentais da Estética

Imitação e expressão

Juízo de gosto e teorias do gênio

O belo e o sublime

A Indústria cultural

A Estética na História

a tradição da mimeses

O naturalismo clássico e renascentista

Iluminismo e a estética normativa

O romantismo e o sistema das artes

Arte e verdade

O pós-modernismo

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos

dar-se-á em quatro momentos:

• a mobilização para o conhecimento;

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• a problematização;

• a investigação;

• a criação de conceitos.

O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de uma

imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São

inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e

motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser

desenvolvido. A isso se denomina, nestas Diretrizes, mobilização para o conhecimento.

A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a investigação e

a criação de conceitos, o que não significa dizer que mobilização não possa ocorrer

diretamente a partir do conteúdo filosófico.

A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor e

estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É

importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização − filme, música, texto

e outros − podem ser retomados a qualquer momento do processo de aprendizagem.

Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o qual se faz

por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a experiência

filosófica. É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos clássicos dos

filósofos, pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes

maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais

orientam e dão qualidade à discussão.

O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é

importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com uma

análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua própria

realidade. Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados a partir da História da

Filosofia, do estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o

estudante do Ensino Médio pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O

texto filosófico que ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o

problema em questão será trazido para o presente com o objetivo de entender o que

ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa

sociedade. Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar-se-á apto a

elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideias e conceitos de

caráter criativo e de socializá-los. A atividade filosófica própria do Ensino Filosofia Médio,

a criação de conceitos, encerra-se basicamente no desenvolvimento dessas condições.

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Após esse exercício, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não está

implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,

de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de

raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico. É imprescindível que o ensino de

Filosofia seja permeado por atividades investigativas individuais e coletivas que

organizem e orientem o debate filosófico, dando-lhe um caráter dinâmico e participativo.

Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupõe um planejamento que

inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a

investigação seja fundamento do processo de criação de conceitos. Ao trabalhar

determinado conteúdo a partir de problemas significativos para estudantes do Ensino

Médio, é importante evitar a superficialidade e o reducionismo e possibilitar as mediações

necessárias para realizar o processo de ensino proposto nestas Diretrizes. Nessa

perspectiva, sabe-se de onde se parte no ensino de Filosofia e é possível se surpreender

com os resultados obtidos ao final do processo. O planejamento deve impedir que as

aulas caiam no vazio e nos prováveis desastres do espontaneísmo.

O Livro Didático Público de Filosofia desenvolve conteúdos básicos a partir de recortes

dos conteúdos estruturantes propostos por estas Diretrizes, e possibilita o trabalho com

os quatro momentos do ensino de Filosofia: a mobilização para o conhecimento, a

problematização, a investigação e a criação de conceitos. Esse livro, que tem como

objetivo auxiliar professores e estudantes para que o ensino de Filosofia se faça com

conteúdo filosófico, foi concebido para ser um ponto de partida e nunca um fim em si

mesmo. Além dele, muitos outros recursos poderão ser aproveitados para enriquecer a

investigação filosófica, como, por exemplo, a consulta ao acervo da Biblioteca.

AVALIAÇÃO

Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e

especializações, espera-se que o estudante possa compreender pensar e problematizar

os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento,

Ética, filosofia da ciência. Elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados

com a problematização e investigação, o estudante desenvolvera atividade filosófica com

os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de

forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser

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construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo

próprio estudante e pelo professor.

A avaliação será diagnostica e contínua segundo os critérios propostos na metodologia

dos conteúdos, sendo acumulativos e avaliando sempre a participação e progresso do

aluno durante as atividades designadas.

Serão aplicadas provas escritas; objetivas/subjetivas atividades, produção de textos,

criação de conceitos.

REFERENCIAS

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 4. Ed. São Paulo; Martins Fontes, 2000

ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. – Filosofando – introdução a Filosofia, São

Paulo; Moderna 1999.

____________temas de Filosofia, São Paulo. Moderna, 2005

CHAUI, Marilena, Convite a Filosofia; São Paulo; Ática, 1999

CORDI, S. etalli. Para filosofar, AÁO PAULO; Scipione, 2003.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Filosofia – Ensino Médio. Estado do

Paraná. Curitiba, 2006.

PPP – Projeto Político Pedagógico da Escola.

DCEB – Diretrizes Curriculares da Educação Básica

FÍSICA

Apresentação

Em tempos remotos, a humanidade precisando resolver problemas e de garantir a

sua subsistência, começou a observar e compreender a natureza. A partir das

observações vieram as sistematizações dos Gregos, que interessavam em explicar as

variações cíclicas observadas nos céus. Estes registros deram origem à astronomia e

consequentemente início ao estudo dos movimentos.

A ciência que nascia evoluía com muitas contribuições dos mais diversos povos,

porém as explicações em cada época a respeito do universo mudam de acordo com o

que se conhece sobre ele.

As inconsistências e insuficiências dos modelos explicativos do Universo exigiram

novos estudos que produziram novos conhecimentos físicos. Estes estudos foram

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estimulados pelas mudanças econômicas, políticas e culturais iniciadas no final do século

XV com a ampliação da sociedade comercial. Estes acontecimentos acentuaram-se ao

longo dos séculos seguintes e abriram caminho para a Revolução Industrial do século

XVIII.

Nesse contexto histórico, GALILEU GALILEI inaugurou a Física que conhecemos

hoje.

Portanto, o objeto de estudo desta ciência é o Universo, sua evolução, suas

transformações e as interações que nele ocorrem.

A Física como ciência se fez e faz presente em toda a evolução cósmica, sempre

investigando e desenvolvendo novos produtos e tecnologias. Desta forma, incorporada à

cultura e integrada como instrumento tecnológico, esse conhecimento tornou-se

indispensável à formação de uma cultura cientifica específica efetiva que permita ao

indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais situando e

dimensionando a interação do ser humano com a natureza levando-o a investigação, a

manipulação, a compreensão e a transformação do conjunto de equipamentos e

procedimentos técnicos e tecnológicos do cotidiano doméstico, social e profissional, sento

assim, a capacidade de avaliar riscos e benefícios desses processos.

A Física vem proporcionar as novas gerações à apropriação crítica dos

conhecimentos físicos e desenvolvendo habilidades como: ler, interpretar, sintetizar,

expressar a linguagem Física, elaborar hipótese, observar, comparar, testar novas

tecnologias, avaliar e analisar previsões e aplicações, incorporando assim o patrimônio

científico cultural, que permita, desse modo, que os indivíduos envolvidos possam

desenvolver-se de forma autônoma e cidadã, dando as novas gerações à possibilidade de

serem os construtores de sua história de forma consciente e livre.

Entende-se então, que a Física deve educar para a cidadania contribuindo para

desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica

ao longo da historia e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para

o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que

percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos,

econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as

estruturas que representam esses aspectos.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Estes são os conteúdos estruturantes que compõem os campos de estudo da

física: movimento, termodinâmica e eletromagnetismo. Estes conteúdos foram e são

importantes para o entendimento de fenômenos físicos ligados ao conhecimento do

universo e fazem parte da cultura científica de nosso tempo, portanto pertencem á

humanidade, é um direito dos estudantes conhecê-los.

Movimento:

Momentum e inércia;

Conservação da quantidade de movimento (Momentum);

Variação da quantidade de movimento – Impulso;

2ª Lei de Newton;

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

Energia e o Princípio da Conservação da Energia;

Gravitação.

Termodinâmica:

VI. Leis da Termodinâmica:

VII. Lei Zero da Termodinâmica;

VIII. 1ª Lei da Termodinâmica;

IX. 2ª Lei da Termodinâmica.

Eletromagnetismo:

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;

Força eletromagnética;

Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/ Lei de Coulomb, Lei de

Ampere, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday;

A natureza da luz e suas propriedades.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

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• Através do diálogo, questionamentos e debates proporcionados pelo professor (a)

levantar o conhecimento prévio trazido pelos alunos;

• Abordar a parte histórica dos conteúdos através de slide, pequenos vídeos, textos

científicos entre outros;

• Através de textos científicos, não científicos e pesquisas nas diversas multimídias

mostrar a história da não neutralidade da produção cientifica, suas relações externas,

sua interdependência com os sistemas produtivos, os aspectos sociais, políticos,

econômicos e culturais dessa ciência;

• Utilizar a linguagem matemática, os modelos de equações matemáticas através de

exemplos e demonstrações de exercícios resolvidos e também para resolver, debates,

com o intuito de levar o aluno a compreender mais facilmente as teorias físicas, chegando

assim ao conhecimento científico;

• Recorrer à experimentação para facilitar a formação de um conceito científico

levando os alunos a discussão e reflexão do fenômeno em questão, solicitando também

relatório individual, questões abertas ou uma síntese da experiência que viu para verificar

a aprendizagem dos alunos e obter subsídios para intervir no processo pedagógico;

• Trabalhar com leituras de textos trazidos pelo professor, científicos ou não, que

após a leitura em grupo, individual ou pelo professor seja debatido por todos, ou com

questões abertas,

• Para enriquecimento de ensino a Física deverá ser trabalhada em conjunto, ou

seja, fazer acontecer entre professor/aluno e aluno/aluno a troca de experiência como

aula expositiva, dinâmicas de grupos, estudos de textos complementares relacionados

aos conteúdos trabalhados, vídeos que mostrem a evolução tanto cientifica como

tecnológica do mundo que nos rodeia, praticas laboratoriais e pesquisas diversas e não

deixando de lado a leitura cientifica, o uso do DVD, internet, Datashow, retoprojetor e

demais recursos tecnológicos para que o estudante mergulhe cada dia mais neste vasto

universo de conhecimento.

• Em relação à Cultura Afro, solicitar uma pesquisa sobre as danças, principalmente

capoeira e os movimentos em Física. Também os sons (músicas). Apresentar o resultado

das pesquisas no mural do Colégio e escolher algumas músicas para apresentar,

inclusive movimentos de capoeira.

• Dentro dos desafios contemporâneos, explicitar e trabalhar em grupo através de

textos, DVDs, slides, entre outros os conhecimentos necessários para entender as

relações entre homem e natureza e a termodinâmica, as possibilidades de intervenção no

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processo de organização social e econômica. As produções finais de cada grupo deverão

ser expostas oralmente ou através de cartazes aos demais grupos.

• Em relação à diversidade sexual na escola, o ensino de Física, deverá nos tempos

apropriados, abrir caminho para o estabelecimento de uma orientação que visa o respeito

a livre orientação sexual em consonância com relações igualitárias de gênero, classe,

raça/etnia, construindo um ambiente pedagógico onde os conhecimentos científicos

acerca deste assunto possam ser difundidos com domínio e propriedade.

• Valorizar e dar ênfase a educação do campo principalmente onde se relaciona

força, massa, roldanas, temperatura, equilíbrio, mecânica e principalmente o

eletromagnetismo, considerando que todo o trabalho praticado no campo tem relação

direta com os eixos principais do ensino da Física.

Avaliação

• Considerar a apropriação dos objetivos de estudos da Física;

• Considerar o progresso dos alunos quanto aos aspectos históricos, conceituais e

culturais;

• Buscar uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo, não só para

verificar a apropriação do conteúdo, mas encontrar subsídios para o professor

intervir;

• Os alunos deverão ser avaliados continuamente;

• Faz-se necessário uma avaliação diagnostica e cumulativa, utilizando os seguintes

instrumentos:

- observação direta quanto à resolução e participação das atividades em sala de

aula, bem como das mudanças de atitude após aquisição de novos conhecimentos;

- formulação, resolução e apresentação de situação problema;

- apresentação de relatório de pesquisa e experimentos;

- apresentação de proposta de solução das problematizarão estudadas;

- aplicação de teste.

• A recuperação concomitante ao processo ensino e aprendizagem vai acontecer a

partir dos conteúdos selecionados, onde as estratégias e recursos utilizados devem ser

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ofertados além dos trabalhados nas avaliações, modificando os encaminhamentos

metodológicos retomando os conteúdos a fim de assegurar a possibilidade de

aprendizagem.

REFERÊNCIAS

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Nestor Víctor;

Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio.

Livro Didático Público – Secretaria de Estado de Educação 2006.

GREF. Grupo de Reelaboraçao do Ensino de Física. 2 ed. 3 vol. São Paulo: EDUSP,

1985;

GONÇALVES FILHO, A; TOSCANO, C. Física para o Ensino Médio. São Paulo:

Scipione, 2002.

MAXIMO. A: ALVARENGA. B. Física: Volume único. São Paulo: Scipione. 1987;

Biblioteca do Professor

www.diaadiaeducaçao.pr.gov.br

www.sbfisica.org.br/rbef

www.ufsem.br/cienciaeambiente

www.scielo.br

www.saladefisica.com.br

www.fsc.ufsc.br/ccef/

www.ifi.unicamp.br/~ghtc

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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

Apresentação

A disciplina Filosofia da educação, ao longo da sua história, contribuiu para

esclarecer um a serie considerável de dúvidas, o que ajudou nas transformações

qualitativas na sociedade. Assim é necessário retomar e discutir o sentido do filosofar nos

cursos de formação de professores, para que os novos mestres possam atribuir novos

significados às práticas docentes.

A Filosofia se caracteriza pela intenção de ampliar incessantemente a

compreensão da realidade, de investigar a respeito do conhecimento de qualquer

natureza, no sentido de se ter uma compreensão, um conhecimento em sua totalidade, ou

o mais próximo da verdade.

No contexto filosófico da Educação faz-se, um questionamento sobre a escola,

suas verdades, seus métodos, sua essência, enfim, reflete os elementos que a compõe,

provocando transformações no professor e futuro educador através da busca por articular

o espaço temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e a experiência humana.

Portanto o trabalho pedagógico voltado para essa disciplina tem por objetivo

compreender o que é filosofia e como ela se distingue da ciência e de outros

empreendimentos intelectuais que também a refletem, despertando no aluno a percepção

da necessidade de elucidar e avaliar suas convicções e pressuposições básicas,

refletindo especificamente sobre a educação e os problemas que a envolvem.

Conteúdos Estruturantes

Pensar filosoficamente (criticamente) o ser social, a produção do conhecimento e

a educação, fundados no princípio histórico-social. Introdução à Filosofia da Educação

norteada pela reflexão com base nas categorias de totalidade, historicidade e dialética.

Principais prensadores da Filosofia da Educação moderna e contemporânea:

• Locke (1632-1704) e o papel da experiência na produção do conhecimento.

• Comenius(1592-1670) e Herbart(1776-1841): a expressão pedagógica de uma

visão essencialista do homem.

• Rousseau (1712-1831): oposição à pedagogia da essência.]

• Pestalozzi(1749-1827) e Decroly(1871-1932); pedagogias centradas no

desenvolvimento da criança.

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• Dewey (1859-1952: o pragmatismo)

• Marx e Gramsci: a concepção histórico-crítica de educação.

Encaminhamento Metodológico.

As aulas devem ser sempre embasadas teoricamente com leitura de textos e

esquemas no quadro; as aulas expositivas deverão ser contextualizadas buscando-se

fazer as relações entre os temas trabalhados, esclarecendo dúvidas sempre que

necessário.

A proposta que permeia as reflexões que se seguem podem ser definidas como

uma forma de ação educativa que pretende através de um direcionamento específico,

proporcionar aos educandos a aquisição de entendimento, de tal forma que não venha

ser tão somente uma ilustração teórica, mas uma forma permanente de vivência e prática.

O encaminhamento metodológico para a disciplina visa assegurar

qualitativamente uma visão ampla dos conhecimentos a serem apropriados, utilizando-se

para isso, de técnicas como:

1- Discussão em grupo

2- Dinâmica de grupo

3- Pesquisas

4- Aulas expositivas

5- Debates em sala de aula

6- Utilização de diferentes mídias na abordagem dos temas propostos (TV

Pendrive/Datashow, entre outras.)

Avaliação

De acordo com a L.D.B. 93.94/96, a avaliação será: diagnóstica, contínua,

formativa e comutativa visando o desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Deve ter como critério considerar o aluno como sujeito

histórico, capaz de estabelecer relações entre o passado e o presente, buscando dessa

forma apropriar-se de conhecimento que permitam sua atuação no mundo.

Portanto, apresenta um caráter diagnóstico, realizado de forma contínua e

inclusiva, integrada às práticas pedagógicas, priorizando a especificidade dos processos

formativos dos alunos. Para tanto, acontecerá através da utilização de instrumentos

diversificados, onde os alunos serão avaliados em vários momentos e de diferentes

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maneiras como:

• Avaliações escritas (individual, dupla, trio...)

• Apresentações orais e debates;

• Exercícios individuais e grupais;

• Avaliação com consulta;

As notas serão distribuídas semestralmente, sendo 60 pontos avaliações escritas

e orais e 40 pontos com trabalhos ou atividades em sala, sendo que essas atividades

serão diversificadas conforme o conteúdo.

No decorrer de cada semestre serão aplicados no mínimo 2 avaliações no valor

de 30 pontos uma(prova teórica) ou (prática) e duas atividades (trabalhos, exercícios,

etc...) no valor de 20 pontos cada:

A recuperação de estudos ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados, a

fim de que ocorra a aprendizagem. Será ofertado uma nova oportunidade avaliativa no

final de cada bimestre aos alunos que não alcançarem a média estabelecida e a todos

que desejarem melhorar seu desempenho escolar, sendo portanto proporcionado

avaliações escritas e/ou trabalhos, com o intuito de reforçar os educandos com maiores

dificuldades, a fim de que todos progridam em sua aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ALVES, G. L. A produção da escola pública contemporânea. Campinas: Autores

Associados, 2001.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13ª. Ed. São Paulo: Ática, 2003.

ENGELS, F. A dialética da natureza. 6ª. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

GADOTTI, M. Concepão dialética da Educação.São Paulo. Cortez, 1983.

LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.9394/96.

LUCKESI, C. C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1994. Coleção Magistério

Segundo Grau. Série Formação de Professores.

MAO T. Sobre a prática e sobre a contradição. São Paulo: Expressão Popular, 1999.

MARX, K., ENGELS, F. A IDEOLOGIA ALEMÃ. 10ª. ED. SÃO Paulo: Hucitec, 1996.

MARX, K. Para a crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1996.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores

Associados, 2003.

SILVA, I. L. F. A formação de docentes da educação infantil e anos iniciais do ensino

133

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fundamental, em nível médio, no Estado do Paraná – 2003.

SUCHODOLSKI, B. A Pedagogia e as Grandes Correntes Filosóficas. Lisboa: Livros

Horizontes, 1984.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUAÇÃO SUPERITENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROFICIONAL. Proposta Pedagógica Curricular

do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino

Fundamental, em nível médio, na modalidade normal. Curitiba, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUAÇÃO SUPERITENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E TRABALHO. Fundamentos-metodológicos das

disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes-

Normal, em nível médio. Curitiba: PR, 2008.

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO

Apresentação

A disciplina fundamentos históricos da Educação tem como principal objetivo

propor reflexões e apontar sugestões ao tratamento pedagógico que deve merecer a

disciplina,prevendo como primeiro tópico a temática: o que é e para que serve a história e

a história da educação,refletindo sobre a relevância do conhecimento histórico e da

disciplina na formação de professores. Temos que destacar as implicações de

concepções para o campo educacional.

Esta disciplina contem um roteiro da história da educação no Brasil, com a

intenção de oferecer ao estudante oportunidade para que possa:

• Adquirir informações básicas sobre nosso passado educacional;

• Exercitar seu espírito crítico em relação ao conteúdo estudado;

• Capacitar-se a contribuir teórica e praticamente para a transformação

da educação brasileira, em especial no que diz respeito ao cotidiano da

escola pública;

CONTEÚDOS

• Concepções de história e historiografia

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• Educação ao longo da história e recorte e metodologia.

• O renascimento e o iluminismo;

• O iluminismo e sua influência na educação brasileira;

• A educação humanista e a reforma;

• A educação Jesuítica;

• A reforma pombalina;

• As pedagogias dominantes e não dominantes;

• As escolas teóricas: Religiosas (confessionais), Tradicionais,

Libertárias e Progressistas;

• O sistema educacional brasileiro;

• Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional;

• O sistema educacional Paranaense;

• Currículo básico;

• Diretrizes estaduais;

• Pluralidade cultural/ diversidade;

• Educação no período de 1930 a 1982: liberalismo econômico,

escolanovismo e tecnicismo.

• As temáticas da lei 11,645 de 2008.

METODOLOGIA

Os conteúdos a serem trabalhados, visam assegurar de forma qualitativa

uma visão ampla dos conteúdos utilizando diversas técnicas, como:

• Aula expositiva;

• Dinâmica de grupo;

• Pesquisa;

• Trabalho em grupo;

• Trabalho individual;

• Discussão circular;

• Técnica GVGO;

• Vídeos;

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Avaliação

A avaliação da aprendizagem é semestral,no valor de 10,0. distribuídos em

avaliações teóricas e/ou práticas no valor de 6,0 ou 7,0 e atividades

diversificadas(trabalhos,pesquisas,entrevistas,entre outras) no valor de 3,0 ou 4,0 de

acordo com a especificidade de cada disciplina.

O aluno será avaliado ao longo do processo ensino-aprendizagem em vários

momentos.

A recuperação de conteúdos é feita permanentemente e concomitante,retomando

as dificuldades apresentadas pelos educandos ao longo do processo. esta terá no

semestre o valor 10,0, sendo substituída, prevalecendo a de maior valor.

A nota do semestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação,sendo valores cumulativos em várias aferições,na

sequencia e ordenação de conteúdos.

REFERÊNCIAS

GHIRALDELLI Jr. Paulo – história da Educação – Editora Cortez, 1991.

RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da Educação Brasileira: a organização escolar. 12ª

ed. São Paulo: Cortez: Autores associados, 1992. (coleção educação contemporânea).

FREITAS, Barbosa. Escola, estado e sociedade. São Paulo: Moraes, 1986.

SILVA, Tomaz Tadeu da (org). Teoria educacional crítica em tempos. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1993. Pós-modernos.

SAVIANE. Dermeval. Escola e democracia. 33ª ed. Revista Campinas: Autores

Associados, 2000.

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

APRESENTAÇÃO

136

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A disciplina de Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil no curso

de Formação de Docentes têm como proposta contribuir para formação do professor de

Educação Infantil, buscando problematizar as questões das crianças. Nesta disciplina

objetiva-se promover uma ampliação de nossa compreensão acerca da infância dando

visibilidade às experiências culturais mais diversas, seja ao longo da história seja no que

se refere às crianças do presente.

É fundamental que na disciplina de Fundamentos Históricos Políticos da

Educação os alunos (as) possam adquirir mais conhecimentos nos estudos históricos.

Estabeleçam a diferença entre valores positivos e negativos do processo

educacional da infância no Brasil.

A presente disciplina utiliza a contribuição referencial curricular do curso de

formação de docentes da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental e

Diretrizes Curriculares da Educação, como base para orientação no desenvolvimento do

processo ensino X aprendizagem da educação infantil.

Esta experiência colabora tanto na re - significação de teorias como na

recondução da análise reflexiva de suas práticas cotidianas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A proposta nas diretrizes curriculares do Ensino de Formação de Docentes

na disciplina de (Fundamentos Históricos Políticos Da Educação Infantil) tem como base:

- A necessidade da infância.

- Grumetes, pajens, órfãs do rei... E outras crianças migrantes.

- Infância e educação no Brasil nascente .

- O cuidado às crianças pequenas no Brasil nascente.

- Reconhecimento social da infância no Brasil: da menoridade à cidadania.

- Orientação curricular para a educação infantil: Referencial Curricular Nacional e

Diretrizes Curriculares Nacionais.

- Infâncias e políticas de educação infantil: inicio do século XXI.

METODOLOGIA

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A metodologia a ser trabalhada visa assegurar de forma qualificativa uma

visão ampla dos conteúdos, utilizando técnicas como:

- Discussão em grupo;

- Dinâmica de grupo;

- Pesquisa;

- Trabalho em grupo;

- Trabalho individualizado;

- Aulas expositivas;

- Debates em sala;...

AVALIAÇÃO:

Os alunos serão avaliados em vários aspectos através de:

- Avaliações escritas (individual, dupla, trio...);

- Apresentações orais e debates;

- Exercícios individuais e grupais;

- Avaliação com consulta;

A avaliação da aprendizagem é semestral,no valor de 10,0. distribuídos em

avaliações teóricas e/ou práticas no valor de 6,0 ou 7,0 e atividades

diversificadas(trabalhos,pesquisas,entrevistas,entre outras) no valor de 3,0 ou 4,0 de

acordo com a especificidade de cada disciplina.

O aluno será avaliado ao longo do processo ensino-aprendizagem em vários

momentos.

A recuperação de conteúdos é feita permanentemente e concomitante,retomando

as dificuldades apresentadas pelos educandos ao longo do processo. esta terá no

semestre o valor 10,0,sendo substituída, prevalecendo a de maior valor.

A nota do semestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada

instrumento de avaliação,sendo valores cumulativos em várias aferições,na sequencia e

ordenação de conteúdos.

REFERÊNCIAS

VASCONCELOS, Vera Maria Ramos de Educação da infância : historia e política.

138

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Rio de Janeiro: DPSA, 2005.

PRIORE, Mary Del (og). Historia da criança no Brasil terceira ed. São Paulo: contexto

1995. Coleção Caminhos da Historia.

NOVA, Escola n. 153. Revista do Professor: A Educação Infantil que faz sentido.

Fundação Victor Civita. 2002.

Diretrizes Curriculares para Educação Básica.

D.C.E. Diretrizes Curriculares Estaduais.

FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

Apresentação

Todo ser que trabalha necessita se reconhecer no que resulta do processo criador,

transformando atos e objetos no processo de formar, ensinar, aprender e produzir

conhecimento. Os alunos deverão estar comprometidos com o processo de aprendizagem

porque estão se preparando para um trabalho especial: a educação de crianças. Nos

conteúdos que irão aprender deverão reconhecer que a Psicologia da Educação é um dos

alicerce responsável para o desenvolvimento necessário para a Formação Docente da

Educação Infantil, Fundamental, Escola Especial, valorizando e analisando os teóricos

propostos por autores com Darwin, Piaget, Vygostsksi e outros.

Na práxis educativa corrente na maioria das escolas e em algumas instituições

educativas há dificuldades, limitações nas propostas , nos autores, psicologias e

tendências. Nos autores da Psicologia Sócio-Histórica o método dialético é fundamental.

Para Vigostski (1984) ele se traduz em três pontos básicos:

a) Entender o objeto de estudo como processo e não com fato;

b) Explicar e essência de tais processos e não ficar na sua aparência ; e

c) Estudar os processos já formados pelo entendimento de sua gênese.

A Psicologia Sócio-Histórica, é uma proposta de construção de uma ciência social

ampla e unificada . Da mesma forma que a psicologia vigotskiana não pode se reduzir à

Pedagogia , uma pedagogia crítica é voltada ao contexto da sociedade brasileira e de seu

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sistema educacional também não se pode se reduzir à psicologia sócio-históricas.

Na proposta psicanalítica, remete ao professor à posição de um dos modelos

fundamentais para a formação dos alunos, pessoa sobre a qual incidem os mecanismos

inconscientes de identificação e projeção, numa relação transferencial . Segundo Bruner,a

proposta psicanalítica coloca o professor numa posição de terapeuta, cuja função é

proteger a criança, resgatando-a do trama familiar e das hipocrisias sociais.

Para Freud, é a internalização do social que gera a cultura ,sendo que este social é

um contexto à relação familiar,triádica, do complexo de Édipo,é uma relação estrutural

que se repetedo contexto histórico.

As concepções de Vigotski e Piaget, apresentam pelo menos dois pontos

fundamentais de distinção: a) a importância da linguagem na formação dos processos

psicológicos complexos(ou superiores); e b) o significado e a posição das relações sociais

no curso do desenvolvimento da criança.

Além de Vigostski e Piaget, destaca-se Henri Wallon ,em sua concepção muito se

aproxima das ideias de Vigostski , pois avança no desenvolvimentodas relações sociais

da criança e no seu desenvolvimento infantil.

Portanto, educador é aprendiz em sua prática social, em seu trabalho cotidiano de

interação com os alunos e com o conhecimento, em suas leituras, seus momentos de

discussão entre seus colegas de trabalho em busca de uma política justa, formando

cidadãos transformadores.

CONTEÚDOS

Introdução ao estudo da Psicologia

Introdução à Psicologia da educação

Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a psicologia

comtemporânia:Skinner e a psicologia comportamental

Psicanálise e educação

O sócio construtivismo:Piaget,Vygotsky,Wallon

Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente

Desenvolvimento da criança e do adolescente

Desenvolvimento humano e sua relação com aprendizagem

A linguagem os aspectos sócias,culturais e afetivos da criança e a cognição

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METODOLOGIA

Os conteúdos serão ministrados de forma produtiva através de aulas expositivas

pelo educador pelo educador e docentes. Também serão empregadas técnicas criativas

tais como G.V.G.O. , simpósios e micro-aulas sempre aproveitando a oportunidade de

treinar o futuro educador.

AVALIAÇÃO

Será feita de maneira diversificada com avaliações escritas e desenvolvimento de

temas que serão apresentados por duplas de alunos para os colegas de classe , trabalhos

individuais e coletivos.

A avaliação além de ser contínua é diagnóstica , acumulativa e semestral, sendo

que o valor total é 5,0 pontos; distribuídos em 2,0 para trabalhos e pesquisas e 3,0 para

avaliações escritas no decorrer do semestre. Sempre haverá uma recuperação paralela a

cada conteúdo ministrado quando não acontecer o processo ensino-aprendizagem e

também àqueles que requererem uma nova oportunidade de realimentação de conteúdo e

nota.

REFERÊNCIAS

BAQUEIRO, R. Vygostsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas,

2001.

BRUNER, J. Concepciones de la Infancia: Freud, Piaget, Vygotsky. In: Bruner, J. E

Linaza, J. L. Acción, Pensamiento y Lenguaje. Madri: Alianza, 1984.

Libâneo, J. C. Democratização da Escola Pública: a pedagogia crítico-social dos

conteúdos. São Paulo: Loyola, 1986.

Vigotski, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Vigotski, L. S. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Martins

Fontes, 2000.

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WALLON. H. As etapas da personalidade da criança. In: WALLON, H. Objectivos e

métodos da psicologia. Lisboa: Estampa, 1975.

WEREBE, M. G. E NADEL-BRULFERT, J. N. ( Org.) Henri Wallon. São Paulo:

Ática, 1986.

FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

1 – APRESENTAÇÃO

A disciplina Fundamentos Sociológicos da Educação, tem como principal

objetivo a efetividade do ensino de Sociologia da educação, fazer o aluno compreender,

problematizar, debater ou alimentar o debate das questões sociológicas nas escolas e na

sociedade. Cabe ao professor produzir uma socialização com os alunos em relação à

Sociologia da Educação.

A Sociologia compõe o arsenal teórico que ajudará aos professores das séries

iniciais e do ensino fundamental a se orientarem, juntamente é claro com as demais

disciplinas, mas que oferece aos futuros professores, um olhar a sociedade e a escola

diferenciado em seu contexto macro social e político.

Fundamentos Sociológicos da Educação vem a oferecer aos alunos o acúmulo

de conhecimento científico necessário da disciplina, levar os alunos as reflexões, mas

para isso o professor deverá saber fazer muito bem recortes, escolhas, delimitações de

conteúdos, de teorias e não passar somente conceitos sobre determinados assuntos,

deve-se, ser criteriosos na cientificidade da Sociologia, apesar do fato de estarmos

inseridos e comprometidos com a classe social trabalhadora, por isso exige ainda mais

rigor cientifico.

A Sociologia da Educação deverá ajudar os alunos a perceberem as

determinações sociais, da sua prática profissional, da configuração do sistema

educacional no país, da sua inserção na estrutura de classes do capitalismo, do

significado da educação no capitalismo, entre outros. Nesse sentindo, a disciplina uma

existência histórica que coincide com a historicidade da educação nas sociedades

modernas e que deve ser compreendida dessa forma, como um instrumento científico que

altera os olhares e, consequentemente, a prática pela práxis educativa.

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2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• A educação como um fenômeno que é estudado pelas Ciências Sociais,

especialmente pela Sociologia.

• Os diferentes olhares sobre a educação.

• A educação e o funcionalismo de Emile Durkheim.

• A pedagogia e a vida moral.

• A educação como fato, com as características de coerção, exterioridade e

generalidade.

• Indivíduo e consciência coletiva.

• A educação em diferentes formações sociais.

• A educação republicana, laica e de acordo com o desenvolvimento da divisão do

trabalho social.

• Os sociólogos brasileiros que desenvolveram estudos a partir dessa teoria, tais

como Fernando de Azevedo e Lourenço Filho.

• A educação como fator essencial e constitutivo do equilíbrio da sociedade.

• A educação como técnica de planejamento social e desenvolvimento da

democracia.

3- METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico da disciplina visa assegurar de forma

qualitativa uma visão ampla dos conteúdos, utilizando-se de instrumentos diversificados

para a apropriação dos conhecimentos, de forma a traduzir em termos mais concretos e

operacionais o alcance dos objetivos propostos.

No desenvolvimento das aulas, prevê-se o envolvimento dos alunos no

processo ensino-aprendizagem, assegurando qualitativamente os conhecimentos a serem

apropriados, utilizando-se para isso, de instrumentos como:

• Discussão em grupo.

• Dinâmica de grupo.

• Pesquisas.

• Trabalho em grupo e individualizado.

• Aulas expositivas.

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• Debates em sala de aula.

• Utilização de diferentes mídias para o desenvolvimento dos temas propostos.

4- AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, dialógica, processual e formativa, visando subsidiar a

apropriação dos conteúdos propostos, de modo a apontar falhas e alternativas de

melhorias ao processo de ensino-aprendizagem.

Portanto, os critérios avaliativos estarão de acordo com os objetivos propostos no

Regimento Escolar do estabelecimento de ensino, assegurando a apropriação dos

conteúdos pelos envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

Para tanto, serão utilizados diferentes instrumentos avaliativos, como provas orais

e escritas, resenhas, trabalhos individuais e em grupo, prevalecendo os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Essas avaliações serão expressas em forma de notas semestrais, perfazendo um

total de 10,0 conforme instruções previstas no Regimento Escolar do Estabelecimento de

Ensino.

A recuperação de estudos ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados, a fim

de que ocorra aprendizagem. Aos alunos que não alcançarem a média estabelecida,

serão proporcionadas avaliações escritas e/ou trabalhos a fim de que progridam em sua

aprendizagem.

6- REFERÊNCIAS:

Fundamentos teóricos-metodológicos das disciplinas da proposta pedagógica curricular,

do curso de formação de docentes – curso de formação de docentes – normal, em nível

médio/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento

de Educação e Trabalho. – Curitiba : SEED – PR., 2008. – 242 p.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ – Sociologia.

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO - Secretaria de Educação do Estado do Paraná –

Sociologia.

OLIVEIRA, P. Da S. - Introdução à Sociologia: série Brasil. São Paulo, Ática, 2006.

144

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GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO

A Geografia é uma ciência, que tem como objeto de estudo o espaço geográfico

produzido ou transformado pela sociedade humana, além do espaço criado pela própria

natureza, ou seja, os processos e estruturas da superfície terrestre. O objetivo da

Geografia é explicar e compreender as relações entre a sociedade e a natureza, e como

ocorre a apropriação de uma ou da outra. O educando vai progressivamente construindo

o espaço geográfico no plano da sua cognição, isto é, na esfera do seu conhecimento.

Conhecer o espaço geográfico para melhor agir no processo de sua construção:

“Aprender é (re) construir pela descoberta” Paulo Freire.

A geografia é umas das disciplinas que vêm oferecendo conceitos diversificados ao

longo da história da humanidade. Possibilitando, através de mudanças tecnológicas,

auxiliar o homem em relação ao meio em que vive.

Para nós, seres humanos, viver implica produzir a existência. Isso significa que

precisamos realizar inúmeras ações para atender às nossas necessidades, aspirações e

conveniências.

Como não vivemos sozinhos, a produção da existência é feita por um conjunto de

ações coletivas e interligada, que constituem o processo social do trabalho.

Por meio do trabalho os homens se apropriam da natureza e utilizam os recursos

que lhes oferecem. Para conduzir sua existência, eles vêm modificando e transformando

a natureza desde sua primeira forma de organização, como: observar as estações do ano,

conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, direção e dinâmica dos ventos, os movimentos

das marés e as correntes marítimas, bem como as variações climáticas e a alternância

entre período seco e período chuvoso, fatores esses essenciais para os povos

agricultores na antiguidade, os quais sempre foram realizados através da sabedoria

popular.

Assim, o papel da geografia no sistema escolar atual é integrar o educado ao meio,

propiciando uma reflexão sobre a realidade e aspiração de mudanças, desde o espaço

em que vive até o planeta como um todo.

A geografia favorece na formação do educado, pela variedade de assuntos que

comporta e pela análise que exige que se faça a realidade, pela possibilidade que abre

para o universo cultural. O ensino da Geografia deve formar cidadão consciente de sua

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identidade assim como lhe dar a dimensão do que é ser cidadão.

Para sabermos Geografia, precisamos ser alfabetizados na leitura dos lugares,

reconhecer as influências, as interações que lugares e paisagens têm com o nosso

cotidiano.

A Geografia é uma ciência social. Ao ser estudada, tem de considerar o aluno e a

sociedade em que vive. Não pode ser uma coisa alheia, distante, desligada da realidade.

A Geografia que o aluno estuda deve permitir que ele perceba como participante do

espaço que estuda, onde os fenômenos que ali acorrem são resultados da vida e do

trabalho dos homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento. O aluno

poderá produzir um conhecimento que expresse a compreensão da realidade local e

mundial.

O conhecimento não brota da realidade, mas todo o aluno tem um conhecimento

que vem da casa, e a função da escola e da Geografia é fazer com que ele sugere o

senso comum, ao fazer confrontação da sua realidade concreta com conhecimento

cientificamente produzido. (CASTROGEOVANNI, Antônio Carlos)

O objetivo do ensino da Geografia é propiciar e contribuir para conceber o espaço

como uma totalidade na qual se passar todas as relações cotidianas. Orientando o

educado para uma percepção dos acontecimentos naturais e relações sociais ligadas ao

seu espaço, conferindo autonomia na construção de seu conhecimento e de sua

identidade como um cidadão, necessário para expressar sua responsabilidade como

sujeito de sua historia e do meio em que vive. É possível perceber que o estudo da

linguagem cartográfica vem, cada vez mais, reafirmando sua importância desde o início

da escolaridade. O estudo das representações cartográficas contribui não apenas que o

educando compreenda os mapas, mas também desenvolvam capacidades relativas à

percepção do espaço.

Entende para a formação dos alunos, o ensino da Geografia deve assumir ao

quadro conceitual das teorias críticas, que incorporou os conflitos e as contradições

sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado espaço, sendo

capaz de compreender o mundo que cerca, e ter uma atitude para transformar.

Desenvolver o raciocínio geográfico através do estudo do Espaço Geográfico e sua

composição conceitual de lugar, paisagem, território (relação de poder), redes região,

sociedade e natureza.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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- Dimensão econômica do espaço geográfico;

- Dimensão política do espaço geográfico;

- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;

- Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias,

exploração e produção.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da

paisagem, a (re) organização do espaço geográfico.

- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A mobilidade populacional e as manifestações socio-espaciais da diversidade

cultural

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

7º ANO

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

- As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- Movimentos migratórios e suas motivações.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

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- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do

espaço geográfico.

− A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

CONTEÚDOS BÁSICOS

8º ANO

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- O comércio em suas implicações socio-espaciais.

- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações.

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do

espaço geográfico.

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A transformação demográfica a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- Os movimentos migratórios e suas motivações.

- As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

9º ANO

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- A revolução técnico- científico- informacional e os novos arranjos no espaço

da produção.

- O comércio mundial e as implicações socio-espaciais.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural.

148

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- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re) organização do espaço geográfico.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

− O espaço em rede: produção, transportes e comunicações a atual

configuração territorial.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ensino médio

_ A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do

espaço geográfico.

A formação, localização exploração e utilização dos recursos naturais.

A revolução técno-científica informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente.

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações socio-espaciais da diversidade cultural.

O comércio e as implicações socio-espaciais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

As implicações socio-espaciais do processo de mundialização.

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A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

METODOLOGIA

O ensino de Geografia propõe-se que os conteúdos estruturantes são

norteadores do trabalho com os conteúdos específicos. Ambos – estruturantes e

específicos – devem ser tratados pedagogicamente a partir das categorias de análise –

relações espaço temporais, relações sociedade-natureza e relações de poder – e do

quadro conceitual de referência.

Segundo Paulo Freire. “aprender é reconstruir pela descoberta”.

O papel do professor é sistematizar esses conhecimentos, correlacionando-os

aos conteúdos propostos e dando-lhes uma fundamentação científica, atuando como

mediador, desafiador e questionador, de modo quem os alunos tenham uma visão mais

ampla dos conteúdos em análise. As aulas de geografia devem ser de campos, recursos

áudio visuais e outros.

A compreensão a educação as relações étnicas racionais que impõe

aprendizagens entre brancos, negros e indígenas trocas de conhecimentos, para

construção de uma sociedade justa.

Deve-se refletir sobre o trabalho e as manifestações culturais, os movimentos

populacionais, seus usos e costumes. A ocupação física, social e temporal do espaço nos

dando ideia de quem foi e a contribuição dos habitantes do nosso estado. Conforme as

leis : ( nº 10.639/ 03 e nº 11.645/08).

AVALIAÇÃO

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem, por

meio de interação com os alunos, levando em consideração os conhecimentos prévios

que os alunos possuem sobre determinados conteúdos. A avaliação é parte do processo

pedagógico, deve acompanhar a aprendizagem dos alunos quando nortear o trabalho do

professor.

É de suma importância que a avaliação seja mais do que a definição de uma

nota ou um conceito. É necessário que a avaliação formativa seja contínuo, diagnóstico

priorize a qualidade de aprendizagem.

Quando à leitura, será proposto aos alunos questões abertas, discussões,

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debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias utilizadas durante a

aula, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como

valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto. Com relação à escrita, ter-se-á o

texto como uma fase do processo de produção e nunca como um produto final.

Ainda por meio de instrumentos avaliativos diversificados, como: leitura e

interpretação de fatos, imagens, gráficos, tabelas, mapas, pesquisas bibliográficas,

relatórios de aulas de campo, etc. Avaliar os avanços que os alunos podem apresentar

em relação à aprendizagem, tendo com base à medida que interpretam, produzem,

discutem, relacionam, analisam, justificam, posicionam-se e argumentam defendendo o

próprio ponto de vista, a fim de participar como sujeitos históricos e participativos.

O professor deve observar, então, se os alunos formam os conceitos

geográficos e assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-

natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

BIBLIOGRAFIA

Boligian – Lenon, Martinez Rogério – Garcia Vanessa – Alvez Vanessa – Geografia –

Espaço e Vivência 1° Edição – 2001. S.P. Editora Atual.

Adas, M. Panorama Geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, 2000.

Moreira, Igor – Construindo o Espaço Brasileiro. Ativa, 2002. São Paulo.

Garcia, & Garcia – Espaço Geográfico e fenômenos naturai. São Paulo, 2002. 1° edição.

Editora Scipione.

Sene, Eustáquio de & Moreira, João Carlos – Trilha da Geografia. São Paulo, Scipione,

2000.

Visentine, José William e Vlach, Vânia – Geografia Crítica. São Paulo . Ática. 2002.

Luci Elian Abadi e Branco Anselmo Lazáro – O homen & Espaço – 17° edição – São

Paulo: Saraiva, 2002.

Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.

CADERNOS TEMÁTICOS: Cultura-Alfra e Educação do Campo.

SANTOS, M. Por uma Geografia Nova – Editora Hucitec – 1986.

Nestor Victor, Colégio Estadual – PPP 2010

PIFFER Osvaldo – Geografia – Coleção Horizonte, Ibep – 2002 – SP

VICENTINI, J. Willian – Sociedade e Espaço, Geografia Geral e do Brasil – Ed. Ática –

31° Edição

COELHO, Marcos Amorim – Terra Luggia – Geografia Geral – O Espaço Natural e

151

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Socioeconômico – Editora Moderna, 1° Edição – Volume único.

KRAJEWISK. A.C. Guimarães R.B. Ribeiro – W.C. Geografia Pesquisa e Ação, Editora

Moderna, 1999.

SANTOS. M. Por uma Geografia Nova e Ensino Médio – Editora Hucitec – 1986.

Lucia Marina e Tércio – Geografia Nova e Ensino Médio - Editora Ática – 2002.

SNE. Eustaquio de e Moreira J.C. Geografia Geral e do Brasil – Espaço Geográfica e

Globalização – Editora Scipione – 2002.

ALMEIDA R.D. e Passini Yelza – O Espaço Geográfico – Ensino e Representação –

Editora Contexto – 1991.

Paraná, governo, Livro Didático Público, 2009.

Paraná, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná: Geografia Secretaria de Estado de Educação, 2008.

Paraná – Quadro natural, transformações territoriais e econômica – Adilar Cigohini,

Láercio de Mello e Nelci Lopes

HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO

Na década de setenta, o ensino de História era predominantemente tradicional. A

prática do professor era marcada pelas aulas expositivas e cabia aos alunos a

memorização e repetição do que era ensinado. O ensino não tinha espaço para analise

crítica e interpretação dos fatos.

A partir da lei 5692/71 o Estado organizou o primeiro grau de oito anos e segundo

grau profissionalizante. O ensino centrou-se numa formação tecnicista, voltada à

preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho. O ensino de história tinha

prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos.

Na segunda metade da década de 80 e no início dos anos 90, cresceram os

debates em torno das reformas democráticas na área educacional, processo que

repercutiu nas novas propostas do ensino de história, defendido pelos professores

universitários de História (ANPUH).

No Paraná, houve também uma tentativa de aproximar a produção acadêmica de

História ao ensino desta disciplina no primeiro grau, fundamentada na pedagogia

histórico-crítica, por meio do Currículo Básica para a Escola Pública do Estado do Paraná

(1990).

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Para o primeiro grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História do

Brasil e História Geral. A História do Paraná e da América Lática apareciam como estudos

de caso, deslocados dos grades blocos de conteúdos.

Durante as reformas educacionais da década de 90, o Ministério da Educação

divulgou entre os anos 1997 e 1999, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental e Médio. Os PCNs tem como preocupação forma cidadãos preparados para

exigências científico-tecnológicas da sociedade contemporânea, pois estas são

necessárias à preparação do indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais.

Outros encontros destinados à formação de professores estavam à serviço de

projetos específicos como a correção de fluxo, que tinha por finalidade ajustar a série de

estudo à idade do aluno.

Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública estadual,

tanto no ensino fundamental como no médio, até o final de 2002. Essa realidade começou

a ser superada em 2003 com a elaboração das Diretrizes Curriculares para o ensino de

história (DCE p. 41, 42).

Por meio destas Diretrizes Curriculares para o ensino de História na educação

básica, busca-se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos,

culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e da produção do

conhecimento histórico.

A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas

fundamentada por meio de um conhecimento constituído por interpretações históricas.

Essas interpretações são compostas por teorias que diagnosticam as necessidades dos

sujeitos históricos e propõem ações no presente e projetos de futuro.

O Ensino de História é a formação de um pensamento histórico a partir da

produção do conhecimento que se modificam temporalmente, os diferentes contextos

espaço-temporais das diversas sociedades.

Os objetivos do estudo de história, pressupõe que o aluno participe ativa e

criticamente do processo, tornando-se capaz de: compreender os fatos passados de

forma que possa entender o presente através de suas raízes históricas; perceber a

ligação entre a sociedade contemporânea e os fatos históricos; compreender a

temporalidade dos acontecimentos históricos; entender que, enquanto cidadãos, somos

agentes ativos do processo de construção da História; entender o processo histórico

como resultado de fatores sócios-culturais; desmistificar a idéia de que a História é

construída somente por grandes heróis, como a História tradicional e factual sempre

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privilegiou; estabelecer o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos

da História do cotidiano e da História cultural. Identificando no próprio cotidiano, nas

relações sociais e nas ações políticas da atualidade a continuidade de elementos do

passado, reforçando o diálogo passado – presente; valorizar o direito de cidadania dos

indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de efetivo fortalecimento da

democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e à luta contra as desigualdades;

contribuir para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, já que a escola é um

espaço privilegiado para o combate ao racismo em diferentes instâncias; conhecer e

compreender a História dos povos latino-americanos, especialmente a História do Brasil,

do Paraná e a História local.

A partir dessa matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os processos

históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas

sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar,

instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Na disciplina de História para o Ensino Fundamental, as relações da vida humana

constituem enfoques significativos para o conhecimento da História. Assim, os conteúdos

estruturantes para esse nível de ensino são:

- Relações de trabalho;

- Relações de Poder;

- Relações de Cultura.

Com relação à disponibilidade de material didático é feito a nível Federal. Nós do

Paraná já estamos em uma nova caminhada onde as DCE's - História, norteará o nosso

trabalho. Portanto, temos que buscar (pesquisar) os conteúdos que não constam nos

livros (didáticos) para nos adequarmos as DCE's.

Conteúdos Básicos – Ensino Fundamental

6ºANO

- A experiência humana no tempo;

- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;

- As culturas locais e a cultura comum.

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7º ANO

- As relações de propriedade;

- A Constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

- As relações entre o campo e a cidade.

- Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

8º ANO

- História das relações da humanidade com o trabalho;

- O trabalho e a vida em sociedade;

- O trabalho e as contradições da modernidade;

− Os trabalhadores e as conquistas de direito.

9º ANO

- A constituição das instituições sociais;

- A formação do Estado;

- Sujeito, guerras e revoluções.

• Em relação às Leis 11.645/08 e a Lei 13.381/08, que tratam respectivamente

da História e Cultura Afro Brasileiro e Indígena, e História do Paraná e Desafios

Educacionais Contemporâneos, tanto no ensino fundamental, quanto no ensino médio,

ambas temáticas serão trabalhados de forma articulada com os conteúdos específicos na

medida em que os conteúdos básicos possibilitem a inserção, por meio de: textos, vídeos

e aulas expositivas e dialogadas.

METODOLOGIA

Para os anos finais do Ensino Fundamental propõe-se, nestas Diretrizes, que os

conteúdos temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e

comparações com a história mundial.

Ao realizar o seu trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e

específicos, o professor deverá apresentar aos alunos e, com eles, retomar

constantemente como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, como

este é produzido a partir do trabalho de um pesquisador (que utiliza um método de

pesquisa que problematiza o passado e busca respostas às suas indagações em

documentos produzidos sobre seu objeto de pesquisa).

Considerando que, em seu trabalho, o historiador tem como objeto de estudo os

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processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo e os

sentidos que os sujeitos deram às mesmas, consideramos importante há necessidade em

sala de aula, da utilização de diferentes métodos de investigação histórica, dentre os

quais:

Aulas expositivas e dialogadas;

Análise de textos;

Análise de interpretação de documentos históricos, bem como de outras fontes

históricas, inclusive a fonte oral;

Análise e interpretação de imagens;

Análise e interpretação de filmes e músicas;

Análise e interpretação de mapas históricos e geográficos;

Debates, teatros, gincanas culturais, jogos educativos, e seminários temáticos.

Por meio da utilização dos seguintes recursos tecnológicos:

Laboratório de Informática;

TV Pen-drive;

Data-show;

Dvd.

Portanto, consideramos que por meio da utilização dessas metodologias e dos

recursos tecnológicos disponíveis no espaço escolar, o educando, ao concluir a Educação

Básica, compreenda que não existe uma verdade histórica única, e sim que verdades são

produzidas a partir evidências que organizam diferentes problematizações fundamentadas

em fontes diversas, promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização

social, política e cultural em cada momento histórico.

AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO

Considerando que a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os

alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a

este processo. Refutamos aqui, as práticas avaliativas que priorizem o caráter

classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função de aprendizagem, e materializa o

modelo excludente de escolarização e de sociedade, pois, compreendemos que a

avaliação tem por finalidade a democratização do ensino,e seu papel consiste, em levar o

educador a tomada de decisões quanto a fazer com que o educando avance no processo

de aprendizagem.

Em sua prática avaliativa, o professor recorrerá a diferentes instrumentos e

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critérios diversificados, tais como: atividades que permitam desenvolver a capacidade de

síntese e redação de uma narrativa histórica, por meio de análise de textos

historiográficos, mapas e documentos históricos, pesquisas bibliográficas, sistematização

de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outros, sempre valorizando

três aspectos importantes, complementares e indissociáveis:

- Investigação e apropriação de conceitos históricos pelos estudantes.

- A compreensão das relações da vida humana.

- O aprendizado dos conteúdos básicos.

Quanto à recuperação de estudos, a mesma deve acontecer a partir de uma lógica

simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do

aluno, então, é preciso investir em diversas metodologias e recursos possíveis para que

ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao

conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a

possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdo ensinado.

Partindo dessa concepção de avaliação, deseja-se que, ao final do trabalho na

disciplina de História, os alunos tenham condições de identificar processos históricos,

reconhecer criticamente as relações de poder neles existente, bem como intervirem no

mundo histórico em que vivem de modo a se fazerem sujeitos da própria história.

REFERÊNCIAS

ARRUDA, José, J. Toda a História. São Paulo: Ática.

PARANÁ: Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.

Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. Curitiba:SEED, 1990.

BONAMINO, Alicia; MARTINEZ, Silvia Alicia. Diretrizes e Parâmetros Curriculares

Nacionais para o Ensino Fundamental: a Participação das Instâncias Políticas do

Estado. In: Educação e Social. Campinas, v. 23, n. 80, set/2002, p. 371-388.

BRASIL. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9394, de 20 de dezembro

de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no

currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-

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Brasileira”, e dá outras providências.

BRASIL. Câmara de Educação Básica. Parecer n. 04/98, de 29 de janeiro de 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

BUOLOS JUNIOR, Alfredo. História – sociedade & cidadania – São Paulo: FTD, 2009.

(Coleção História – Sociedade & Cidadania).

Caderno Pedagógico de História do Paraná. Representações, memórias, identidades.

SEED.

FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. Campinas:

Papirus, 2003. p. 29-38.

Estadual – Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

HOBSBAWM, Erick. Era dos Extremos: O Breve Século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia

das Letras.

LLOYD, Christopher. As estruturas da História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

MAROTTA, Cláudia Otoni de Almeida. O que é história das Mentalidades. São Paulo:

Brasiliense, 1991.

PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino

fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história

do Paraná. Diário Oficial do Paraná, n. 6.134 de 18/12/2001.

PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica,

2005.

PPC - Colégio Estadual Nestor Victor, 2011.

Recursos tecnológicos disponíveis: Paraná Digital, TV – Pendrive, DVD.

158

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HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO

Na década de setenta, o ensino de História era predominantemente tradicional. A

prática do professor era marcada pelas aulas expositivas e cabia aos alunos a

memorização e repetição do que era ensinado. O ensino não tinha espaço para analise

crítica e interpretação dos fatos.

A partir da lei 5692/71 o Estado organizou o primeiro grau de oito anos e segundo

grau profissionalizante. O ensino centrou-se numa formação tecnicista, voltada à

preparação de mão-de-obra para o mercado de trabalho. O ensino de história tinha

prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos.

Na segunda metade da década de 80 e no início dos anos 90, cresceram os

debates em torno das reformas democráticas na área educacional, processo que

repercutiu nas novas propostas do ensino de história, defendido pelos professores

universitários de História (ANPUH).

No Paraná, houve também uma tentativa de aproximar a produção acadêmica de

História ao ensino desta disciplina no primeiro grau, fundamentada na pedagogia

histórico-crítica, por meio do Currículo Básica para a Escola Pública do Estado do Paraná

(1990).

Para o primeiro grau, o conteúdo foi dividido em dois blocos distintos: História do

Brasil e História Geral. A História do Paraná e da América Lática apareciam como estudos

de caso, deslocados dos grades blocos de conteúdos.

Durante as reformas educacionais da década de 90, o Ministério da Educação

divulgou entre os anos 1997 e 1999, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental e Médio. Os PCNs tem como preocupação forma cidadãos preparados para

exigências científico-tecnológicas da sociedade contemporânea, pois estas são

necessárias à preparação do indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais.

Outros encontros destinados à formação de professores estavam à serviço de

projetos específicos como a correção de fluxo, que tinha por finalidade ajustar a série de

estudo à idade do aluno.

Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública estadual,

tanto no ensino fundamental como no médio, até o final de 2002. Essa realidade começou

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Page 160: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - … · Este documento norteará nossa escola, na construção de um trabalho coletivo, no qual estaremos imbuídos em oferecermos uma aprendizagem

a ser superada em 2003 com a elaboração das Diretrizes Curriculares para o ensino de

história (DCE p. 41, 42).

O ensino de História na Educação busca-se despertar reflexões a respeito de

aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, e das relações entre o ensino da

disciplina e a produção do conhecimento histórico.

A partir dessa matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os

processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem

como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas

ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como

estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar,

imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.

Os objetivos centrais do ensino de História no Ensino Médio prendem-se a

formação da consciência de cidadania, de modo a construir no aluno através da

incorporação, conhecimentos científicos, a capacidade de inserção e intervenção claras e

consequentes em sua realidade.

Deseja-se que ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos sejam

capazes de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder

neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em que vivem, de

modo a se fazerem também sujeitos da própria História.

Para tanto, espera-se que ao concluir essa etapa da vida escolar, o aluno seja

capaz de: Reconhecer-se como parte de um grupo social que se articula a outros grupos

sociais; Organizar repertórios histórico-culturais que sejam capazes de contribuir na

compreensão de alguns processos históricos próximos e distantes; Reconhecer e

respeitar as diversas manifestações culturais nas suas diversas temporalidades;

Conhecer, analisar e discutir a realidade social na qual está inserido, atuando

conscientemente nela; Caracterizar e distinguir relações de trabalho, de poder e culturais

em diferentes contextos históricos; Desenvolver habilidades de leitura e decodificação dos

variados registros históricos; Conhecer e respeitar o patrimônio sócio-cultural da

humanidade; Reconhecer as diferentes formas de relações de poder inter e intragrupos

sociais; Refletir sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos que elas

produzem na vida das sociedades; Localizar acontecimentos no tempo, e dominar

padrões de medida e noções para distingui-los por critérios de anterioridade,

posterioridade e simultaneidade; Debater ideias e expressa-las por escrito e por outras

formas de comunicação; Utilizar conceitos para explicar relações sociais, econômicas e

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políticas de realidades históricas singulares, com destaque para a questão da cidadania;

Contribuir para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, já que a escola é

um espaço privilegiado para o combate ao racismo em diferentes instâncias; Entender e

valorizar a contribuição dos africanos, indígenas e afro-descendentes na construção da

nação brasileira; Compreender a História do Paraná e valorizar a identidade cultural do

estado; Utilizar fontes históricas em suas pesquisas escolares; Ter iniciativa e autonomia

na realização de trabalhos individuais e coletivos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O estudo da História no Ensino Médio se fará a partir de temas, que serão

abordados a partir dos conteúdos estruturantes: relações de Trabalho, relações de Poder

e relações Culturais, articulados às categorias de análise tempo e espaço.

Conteúdos Básicos

1º Ano

- Trabalho Escravo, servil, Assalariado e o Trabalho Livre;

- Urbanização e Industrialização.

2 ºAno

- O Estado e as relações do poder;

X. Os sujeitos, as revoltas e as guerras.

3º Ano

- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.

Cultura e Religiosidade.

Em relação às Leis 11.645/08 e a Lei 13.381/08, que tratam respectivamente da

História e Cultura Afro Brasileira e Indígena, e História do Paraná e Desafios

Educacionais Contemporâneos, as temáticas serão trabalhados de forma articulada com

os conteúdos específicos na medida em que os conteúdos básicos possibilitem a

inserção, por meio de: textos, vídeos e aulas expositivas e dialogadas.

METODOLOGIA

Ao realizar o seu trabalho, o professor deverá apresentar aos alunos e, com eles,

retomar constantemente como se dá o processo de construção do conhecimento

histórico, como este é produzido a partir do trabalho de um pesquisador (que utiliza um

método de pesquisa que problematiza o passado e busca respostas às suas indagações

161

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em documentos produzidos sobre seu objeto de pesquisa).

Considerando que, em seu trabalho, o historiador tem como objeto de estudo os

processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo e os

sentidos que os sujeitos deram às mesmas, o que nos remete a diferentes interpretações

de um mesmo acontecimento histórico.

A proposta é de um ensino por temas históricos, ou seja, os conteúdos (básicos

e específicos) terão como finalidade a discussão e a busca de solução para um

tema/problema previamente proposto.

O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos

tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Isso se dá

quando professor e alunos utilizam, em sala de aula e nas pesquisas escolares, os

métodos de investigação histórica articulados pelas narrativas históricas desses sujeitos.

Assim, os alunos perceberão que a História está narrada em diferentes fontes (livros,

cinema, canções, palestras, relatos de memória, etc.), sendo que os historiadores se

utilizam destas fontes para construírem suas narrativas históricas.

Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve ser

fundamentado em vários autores e suas respectivas interpretações, seja por meio dos

manuais didáticos disponíveis ou por meio de textos historiográficos referenciais. Espera-

se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe uma verdade

histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir evidências que organizam

diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo a

consciência da necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada

momento histórico.

As correntes historiográficas utilizadas para o ensino de História no Ensino Médio

serão a Nova Esquerda Inglesa, a partir de sua matriz materialista histórica dialética e a

Nova História Cultural, incluindo alguns historiadores da Nova História.

O trabalho pedagógico na disciplina deve dialogar com várias vertentes tanto

quanto recusar o ensino de História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia.

Para tanto, aplicar-se-ão os seguintes métodos:

• Aulas expositivas e dialogadas;

• Análise de textos;

• Análise de interpretação de documentos históricos, bem como de outras fontes

históricas, inclusive a fonte oral;

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• Análise e interpretação de imagens;

• Análise e interpretação de filmes e músicas;

• Análise e interpretação de mapas históricos e geográficos;

• Debates, teatros, gincanas culturais, jogos educativos, e seminários temáticos.

Por meio da utilização dos seguintes recursos tecnológicos:

• Laboratório de Informática;

• TV Pen-drive;

• Data-show;

• Dvd.

AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO

A avaliação do processo ensino e aprendizagem pode realizar-se por meio de

instrumentos e critérios diversificados. É importante que o professor, adote os que julgar

mais adequados às suas propostas e às características de seus alunos.

De acordo com a DCE História, a avaliação será efetivada de forma contínua,

diagnóstica, formativa, somativa e permitindo assim, um retrato do conjunto do aluno e da

classe.

De acordo com LUCKESI (2002), a avaliação deverá ser assumida como um

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno,

tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu

processo de aprendizagem, fazendo a retomada do conteúdo conforme a necessidade de

acordo com GIROUX (1997, p. 71).

Ao longo do Ensino Médio, o aluno deverá entender que as relações de trabalho,

as relações de poder e as relações culturais articulam e constituem o processo histórico.

A avaliação do ensino de História no Ensino Médio levará em conta alguns

aspectos importantes:

- a apropriação de conceitos históricos;

- a compreensão das dimensões e relações da vida humana (conteúdos

estruturantes); e

- o aprendizado dos conteúdos básicos e específicos.

Sendo que esses três aspectos são entendidos como complementares e

indissociáveis. O professor recorrerá a diferentes instrumentos e critérios diversificados,

163

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tais como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos

históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de

conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outros.

Será efetivada a recuperação paralela, oferecendo aos alunos oportunidades

para superar as dificuldades demonstradas, diante de tais dificuldades o professor e

alunos discutirão e colocarão em prática novos métodos de ensino-aprendizagem e

avaliação, sempre em consonância com as Diretrizes Curriculares de História e Projeto

Político Pedagógico da Escola.

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão

metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de

investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a

clareza dos instrumentos e dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do

ensino, diversificados possibilitando aos estudantes variadas oportunidades e maneiras

de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos

seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os

conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então,

é preciso investir em diversas metodologias e recursos possíveis para que ele aprenda. A

recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar

os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.

Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de

conteúdo.

Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação / recuperação que permeia o

currículo não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação /

recuperação deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe

pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico

relevante para a formação dos alunos.

REFERÊNCIAS

ARRUDA, José, J. Toda a História. São Paulo: Ática.

BRASIL. Lei n. 9.394/96: Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da

União, 23/dezembro/1996.

164

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BRASIL. Lei n. 10.639/03: História e Cultura Afro-Brasileira.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade

Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2004.

Caderno Temático: Cultura-Afro

Caderno Pedagógico de História do Paraná. Representações, Memórias, Identidades –

Secretaria de Estado da Educação; Caderno Temático: Educação do Campo

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs.). Domínios da História.

Campinas: Campus, 1997.

Colégio Estadual Nestor Victor - Projeto Político Pedagógico – PPP – 2011.

CHARTIER, Roger. A História Cultural: Entre Práticas e Representações. Rio de

Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

GISBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Cia das Letras, 1987.

HOBSBAWN, Erick J. Sobre História. São Paulo: Cia da Letras, 2000.

_______. Era dos Extremos: O Breve Século XX: 1914-1991. São Paulo: Cia das

Letras.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14 ed. São Paulo:

Cortez, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares da Educação Básica de História. Curitiba: Secretaria de Estado da

Educação. 2006.

PARANÁ. Lei 13.381/01: História do Paraná. Diário Oficial do Paraná. N. 6.134, 2001.

165

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SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo. História: volume único – 1ºed. Ática, SP, 2008

THOMPSON, Edward P. A Formação da Classe Operária Inglesa. Rio de Janeiro: Paz

e Terra, 2004.

____ . Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Segundo Grau.

Reestruturação do ensino de segundo grau no Paraná: História. 2. ed. Curitiba:

SEED, 1993.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERMA - INGLÊS

APRESENTAÇÃO

O ensino das línguas modernas começou a ser valorizado a partir da assinatura do

decreto de 22 de junho para criar as cadeiras de inglês e francês no governo de D. João

VI em 1809. O objetivo deste decreto foi o de melhorar a instrução pública e de atender às

demandas advindas da abertura dos portos ao comércio. A partir daí, o cenário do ensino

de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes

mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da

história. As propostas curriculares e as metodologias de ensino precisavam atender as

expectativas e demandas sociais contemporâneas e propiciar às novas gerações a

aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos.

Na década de 1970, iniciou-se no Brasil, a discussão das teorias de Piaget sobre a

abordagem cognitiva e construtivista. De acordo com esta abordagem, a aquisição da

língua era entendida como resultado da interação entre o organismo e o ambiente, em

assimilações e acomodações responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência. Neste

mesmo período, educadores brasileiros passaram a tomar contato com os estudos de

Vygotsky no campo da aquisição da linguagem. Para Vygotsky, o desenvolvimento da

linguagem ocorre em duas instâncias, primeiramente externa ao indivíduo (acontece nas

trocas sociais) e depois interna (as trocas sociais exercem um movimento de

interiorização).

A abordagem comunicativa começou a ser discutida no Brasil na década de 80.

Nesta abordagem, a língua é concebida como instrumento de comunicação ou de

166

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interação social, pautando-se no cognitivismo para desenvolver a competência

comunicativa. Desta forma, o professor deixa de ser o centro do ensino e passa à

condição de mediador do processo pedagógico.

Em 1996, a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, determinou a

oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamenta,

a partir da quinta série,cuja escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar,

conforme suas possibilidades de atendimento (Art.26,§5º). Para o Ensino Médio, a lei

determina ainda que seja incluída uma língua estrangeira moderna como disciplina

obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo,

dentro das disponibilidades da instituição (Art.36,§3º).

Ao contextualizar o ensino da Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizar as

questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os aspectos que

o tem marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais.

A importância de aprender um LEM é primordial para a formação crítica do

educando, para a percepção de si mesmo, para a interação com o outro e para o

crescimento individual. Desta forma, busca-se que o aluno analise as questões da nova

ordem global, suas implicações e que desenvolva uma consciência crítica a respeito do

papel das línguas na sociedade. Também, espera-se que o educando reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o

desenvolvimento cultural do país.

Desta forma, espera-se que o aluno:

• Amplie a visão de mundo de nossos alunos, tornando-os cidadãos mais críticos e

reflexivos.

• Perceba a importância da sua própria cultura por meio do conhecimento da cultura

de outros povos;

• Tenha uma consciência mais abrangente sobre o papel das línguas na sociedade;

• Conheça formas variadas de comunicação estabelecendo relações entre ações

individuais e coletivas;

• Propicie aos alunos oportunidades de vivenciar a língua em situações

significativas;

• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social.

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No ensino de Língua Estrangeira, a língua deve ser o principal objeto de estudo,

pois propicia as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade. Como toda

língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação, envolve,

portanto, a presença de pelo menos duas vozes, a do eu e a do outro. A língua constrói

significados, por meio de engajamento discursivo com o outro e de acordo com os

diferentes contextos socioculturais e históricos. Desta forma, a língua se apresenta como

espaço de construções discursivas, onde os sujeitos constituem -se socialmente,

percebendo-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos devem se articular com os conteúdos estruturantes da

disciplina, com a abordagem teórico-metodológico e estar fundamentados de acordo com

as Diretrizes Curriculares. É a partir dos gêneros discursivos que serão explorados os

conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita.

O trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística será

desenvolvido com os gêneros discursivos de acordo com suas esferas sociais de

circulação.

Estas práticas serão aplicadas de forma contextualizada e estarão em constante

processo de construção, visando a interação dos sujeitos com o discurso e tornando-os

capazes de comunicar-se em diferentes formas discursivas.

Os diversos gêneros discursivos permearão os conteúdos específicos de todas as

séries do ensino fundamental,e médio contemplando os discursos sociais, de acordo com

o nível de complexidade de cada série.

Conteúdos para a prática de Leitura:

6º ANO

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

168

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• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

7º ANO

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Informações explícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

8º ANO

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

169

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• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

-expressões que denotam ironia e humor no texto.

9º ANO

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas;

Conteúdos para a prática da Escrita:

170

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6º ANO

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

7º ANO

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

8º ANO

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

171

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• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

9º ANO

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas;

Conteúdos para a prática da Oralidade:

172

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6º ANO

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7º ANO

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas;

8º ANO

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual;

173

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• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º ANO

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Sugestões de gêneros discursivos : história em quadrinhos, piadas, poemas, diálogos,

comercial de TV, diário, bilhetes, imagens, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de

compras, avisos, música, entrevista, notícia, tiras, propagandas, charges, provérbios,

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diário, cartoon, narrativa, reportagem, slogan, sinopse de filmes, anúncio publicitário,

outdoor, blog, depoimento, etc.

A cultura Afro-brasileira e Africana e a Cultura Indígena serão contempladas em diversos

momentos por meio de leitura de textos diversos.

Conteúdos Básicos para o Ensino Médio

1- Leitura

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), diferentes gêneros;

• Léxico.

2- Escrita:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

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• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia.

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

3- Oralidade

Conteúdos

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal, gestos e

pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

176

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• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

3- METODOLOGIA

A aula de LEM deve ser um espaço de construção de atitudes cidadãs, pois as

línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de

entender o mundo e de construir significados. Portanto, o ponto de partida da aula de

Língua Estrangeira será o texto, verbal e não-verbal, contemplando os vários gêneros

textuais, em atividades diversificadas, suas respectivas funções, a intertextualidade, os

recursos coesivos, coerência e por último a gramática em si. É necessário proporcionar

nas aulas de LEM, uma reflexão sobre o uso destes gênero considerando seu contexto de

uso bem como os seus interlocutores. Por isso, o uso dos gêneros discursivos são tão

importantes neste processo, pois estão presentes nas diversas práticas sociais. Estes

momentos de discussão e debates podem ampliar a visão de opiniões, e sobretudo

propor desenvolvimento de atitudes que levem nossos alunos a construção de sua

autonomia.

O trabalho com a LEM fundamenta-se na diversidade de Gêneros textuais

buscando alargar a compreensão dos diversos usos de linguagem, observando que texto

e leitura são elementos indissociáveis, pois um complementa o outro. A leitura estabelece

diferentes relações entre o sujeito e o texto. Dessa forma, o trabalho enfocado nesta

proposta está pautado na perspectiva de uma leitura crítica, extrapolando a relação entre

leitor e unidades de sentido na construção de significados possíveis, superando uma

visão da leitura condicionada apenas à extração de informações.

A leitura propiciará ao aluno contato com uma ampla variedade de textos,

produzidos em diferentes práticas sociais, proporcionando o desenvolvimento de uma

atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e ainda, a uma

atitude responsiva diante deles. Os textos devem ser flexíveis e trabalhados de acordo

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com o contexto e a situação em que a prática social de uso da língua ocorre, envolvendo

a análise e crítica das relações entre textos, língua, poder, grupos sociais e práticas

sociais.

A leitura de imagens, fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais,

serão contempladas como adjuvantes no processo da compreensão leitora, auxiliando os

educandos a interferir sobre o tema e sentido do texto, buscando alargar a compreensão

dos diversos usos de linguagem e desenvolvendo a criticidade.

A prática de produção escrita deve ser desenvolvida de maneira integrada às

outras práticas e atuar como forma de consolidação de conhecimentos , estruturas e

vocabulário. É importante que o professor planeje a produção textual a partir da

delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, estimule a ampliação de leituras sobre o

tema e gênero propostos, acompanhe a produção e reescrita textual, analise a coesão e

coerência textual e conduza o aluno a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos da língua.

A oralidade deve ser entendida como uma prática de apoio para o desenvolvimento

das outras práticas, em especial a leitura, desenvolvendo estratégias que lhe são comuns,

tais como: utilizar conhecimento prévio, formular hipóteses, selecionar informações,

inferir, deduzir e tirar conclusões. O desenvolvimento desta prática é importante , pois

propicia a exploração das marcas linguísticas da oralidade em seu uso formal e informal ,

viabiliza várias possibilidades de leitura e abre espaços para a familiarização com os sons

específicos da língua.

Recomenda-se que seja explorado o aspecto lúdico e uma gradação de atividades

que se proponham a desenvolver a compreensão auditiva, ampliar o vocabulário, as

funções e as estruturas apresentadas no texto e a produção oral.

Portanto, a metodologia deve estar em constante transformação, ser coerente com

a realidade que enfrentamos no dia a dia da sala de aula, com o perfil do aluno, com o

material didático disponível e de acordo com as capacitações oferecidas aos professores.

A metodologia será desenvolvida através de aulas expositivas, dinâmicas de

grupos, jogos pedagógicos e recursos variados como:livros didáticos e

paradidáticos,dicionários, jornais, revistas, vídeos, filmes, documentários, música e

outros, possibilitando despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática

analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos favorecendo uma aprendizagem mais

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efetiva e permitindo elaborar um novo modo de ver a realidade.

Da mesma forma, a produção de texto deve-se partir do contato com outros textos

que direcionarão e ampliarão as possibilidades de criação dos alunos. Quanto à

oralidade, poderá a princípio ser desenvolvida em língua materna, pois nem todos

possuem facilidade em se expressar em Língua Estrangeira, principalmente em séries

iniciais. Consequentemente o desenvolvimento de uma prática oral em Língua Estrangeira

ocorrerá por meio da ampliação de seus conhecimentos linguísticos- culturais. O trabalho

com a análise linguística deve estar relacionado ao conhecimento discursivo, sendo

decorrente das necessidades específicas dos alunos.

Sendo assim, esta metodologia deverá levar em conta os seguintes itens:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada

atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;

b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no

texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras

leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado;

c) Variedade Linguística: formal ou informal;

d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série.

4– AVALIAÇÃO

Como a LEM representa um espaço para o conhecimento de outras maneiras de

pensar, agir e interpretar, é necessário que a avaliação seja um processo a ser construído

ao longo do ano, pois requer do professor ampla observação em relação ao crescimento e

desenvolvimento dos alunos, respeitando acima de tudo as diferenças individuais

encontradas.

Para que haja realmente um aprendizado que vise a construção do sujeito é

necessário que o professor oportunize sempre que possível, momentos e temáticas que

abram espaços para que todos participem e sejam ouvidos. E, através desse confronto,

aconteça a interiorização de novas ideias e essas ideias sejam assimiladas por cada

indivíduo de acordo com a sua vivência social, observando seu desempenho, interesse e

participação nas atividades. O envolvimento dos alunos na construção do significado nas

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práticas discursivas deve ser a base para o planejamento das avaliações de

aprendizagem, desta forma tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o

percurso desenvolvido, identificar dificuldades, bem como propor outros

encaminhamentos para aquisição dos conhecimentos.

Desta forma, as práticas de oralidade, leitura e escrita serão avaliadas em

conjunto, verificando o engajamento discursivo na sala de aula através da interação

verbal, participação dos alunos e assimilação na construção dos significados com os

textos e produções textuais. A avaliação consiste no acompanhamento do

desenvolvimento das ações educativas do aluno, valorizando os conhecimentos prévios

dos alunos, propondo-se a acompanhar as etapas de interação desenvolvidas a partir da

relação estabelecida entre professor e alunos, alunos e alunos, auxiliando-os no

aperfeiçoamento de todo o processo de ensino-aprendizagem. Através dos critérios

citados, os instrumentos utilizados para a avaliação deverão estar conectados com as

atividades propostas em sala de aula, como: observação na interação entre os alunos,

atividades desenvolvidas pelos alunos de leitura, análise dos gêneros textuais

selecionados por série, análise das principais características desses gêneros , produção

de outros gêneros, atividades em duplas ou grupos de pesquisa sobre os gêneros

abordados e atividades de análise linguística. Também poderão ser incluídas atividades

como relatórios ou comentários das atividades desenvolvidas, trabalhos extraclasse de

pesquisa de campo e trabalhos com artes visuais.( cartazes, murais, ilustrações, etc...)

5- REFERÊNCIAS:

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Secretaria de Estado da Educação, 2008

PARANÁ, Governo, Livro Didático Público, 2007.

PROJETO Político Pedagógico do Colégio Estadual Nestor Victor – Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Pérola, 2009.

LÍNGUA PORTUGUESA

1- APRESENTAÇÃO:

180

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A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos

escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito

organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor

dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

O ensino da Língua Portuguesa manteve sua característica elitista e a partir de

1967 sofreu um processo de democratização com a multiplicação de alunos, as condições

escolares e pedagógicas diferenciadas e as novas necessidades e exigências culturais

presentes em toda a sociedade.

O ensino de Língua Portuguesa, neste contexto, não poderia dispensar propostas

pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos

para o espaço escolar, ou seja, a presença de registros linguísticos e padrões culturais

diferentes dos até então admitidos na escola.

Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino da

Língua Portuguesa pautava-se então em exercícios estruturais, técnicas de redação e

treinamento de habilidades de leitura, que contribuíram para fazer frente à pedagogia

tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. A dimensão tradicional do

ensino da Língua deu espaço a novos paradigmas envolvendo questões de uso

contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise.

Desde que a preocupação com a formação dos professores emergiu no campo dos

ensino, pôde-se observar um movimento que procurava se libertar do ensino normativo

inicial. Embora tenha ocorrido um avanço teórico considerável nas pesquisas acerca do

ensino da língua com enfoque nas práticas discursivas, o que se percebe é que houve

uma apropriação, por grande parte dos professores, dos novos conceitos, sem que isso

se refletisse na mudança efetiva de sua prática.

No currículo do Paraná, a partir de 2006, a discussão das Diretrizes Curriculares

criou novos posicionamentos sobre o ensino da Língua Portuguesa e da Literatura.

De fato, toda língua tem um conjunto de regras que merecem ser compreendidas

por quem as estuda. Como todo organismo vivo, porém, as línguas e suas regras são

passíveis de nascer, evoluir e morrer. As constantes trocas sociais encarregam-se de

propor novos vocábulos, subverter estruturas linguísticas e desgastar expressões.

Pretender engessar a língua num conjunto de regras imutáveis é negar a dinâmica

natural dessa instituição cultural que, como as demais criadas pelo homem, pode ser

revista e atualizada.

Nesse sentido, a tentativa de manter a língua numa redoma de uma variedade-

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padrão, evitando que o oral contamine a escrita, parece ser o principal responsável pelo

abismo que se vai formando entre essas duas modalidades da língua. É portanto, papel

da escola dar atenção também ao desenvolvimento voltado tanto para a língua-padrão

escrita quanto para a prática da oralidade, analisando a intencionalidade do discurso em

sua totalidade.

Por sua vez, a apropriação que um sujeito faz de sua língua materna costuma estar

associada ao seu nível de escolaridade. Sabe-se, porém, que estar alfabetizado ou,

mesmo ter cursado vários anos de escola, infelizmente, não é garantia certa de

apropriação da oralidade, leitura e escrita: nem sempre o sujeito que sabe ler e escrever

participa com sucesso das diferentes situações de interação que vivencia em seu círculo

social ou trabalho.

Pensar o ensino da Língua Portuguesa significa pensar numa realidade que

permeia todos os nossos atos cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha

onde quer que estejamos e serve para articular não apenas as relações que

estabelecemos com o mundo, como também a visão que construímos sobre ele. É via

linguagem que nos construímos enquanto sujeitos. É a linguagem a responsável pela

comunicação humana. Assim, o objeto de estudo dessa disciplina é a língua.

Assim, a Língua Portuguesa está presente em todas as disciplinas viabilizando o

ensino aprendizagem do aluno.

Cumpre-se então, dentro do ensino da Língua Portuguesa são os seguintes

objetivos:

− Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade, aplicando

as tecnologias de comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros

contextos relevantes da vida;

− Empregar a língua oral e escrita em diferentes situações de uso, adequando-as ao

contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discurso do

cotidiano, proporcionando a possibilidade de um posicionamento diante deles de

acordo com as DCEs;

− Desenvolver o uso da língua em situações discursivas realizadas por meio de práticas

sociais, considerando-se os interlocutores e seus objetivos, o assunto tratado, os

gêneros e suportes textuais e o contexto de produção da leitura

− Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipos de

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textos, assim como os elementos gramaticais empregados em sua organização;

− Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e

a sensibilidade estética dos alunos através da Literatura, a constituição de um espaço

para o diálogo, que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da

oralidade, da leitura e da escrita;

− Destacar a importância da leitura, das experiências, dos conhecimentos prévios que

permitem fazer previsões e interferências sobre o texto;

− Possibilitar ao educando a ampliação do uso das linguagens verbais e não-verbais

através do contato direto com textos dos mais variados gêneros engendrados pelas

necessidades humanas;

− Criar oportunidades para o educando refletir, construir e levantar hipóteses, a partir da

leitura e da escrita de diferentes textos a fim chegar à compreensão de como a língua

funciona e à decorrente competência textual;

− Possibilitar ao educando, reconhecer que a gramática constitui-se em um documento

de consulta para muitas das dúvidas e como agir em relação aos padrões normativos

exigidos pela escrita.

2- CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

3- CONTEÚDOS BÁSICOS:

6º ano

Gêneros Discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,

de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular e

com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da

escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Leitura

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

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• Argumentos do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão e negrito), figuras de

linguagem.

Escrita

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de Palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância Verbal e Nominal;

Oralidade

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos;

• Entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos da fala;

184

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• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7º ano

Gêneros discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,

de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular e

com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da

escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Leitura

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Informações implícitas e explícitas;

• Discurso direto e indireto;

• elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figura de

linguagem.

Escrita

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

185

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• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figura de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal e nominal.

Oralidade

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos;

• Entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos da fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

8º ano

Gêneros Discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,

de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular e

com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da

escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Leitura

• Tema do texto;

• Interlocutor;

186

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• Intencionalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;;

• Ambiguidade;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figura de

linguagem;

• Semântica – operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado,

expressões que denotam ironia e humor no texto.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figura de

linguagem;

• Concordância verbal e nominal;

• Pepel sintático e estilísticos dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

• Semântica – operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado,

expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

187

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• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos;

• Entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos da fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.

9º ano

Gêneros Discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais

de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas,

de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular e

com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da

escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.

Leitura

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

188

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• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Semântica – operadores argumentativos, polissemia, expressões que denotam

ironia e humor no texto.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Concordância verbal e nominal;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

• Processo de formação das palavras;

• Vícios de linguagem;

• Semântica – operadores argumentativos, modalizadores e polissemia.

Oralidade

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

189

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• Elementos extralinguísticos;

• Entonação, expressão facial, corporal, gestual e pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos da fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, conectivos, recursos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito.

ENSINO MÉDIO

1º ANO

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e figuras de linguagem.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

190

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• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Progressão referencial;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência;

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Intencionalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

191

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Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

2º ANO

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e figuras de linguagem.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Informatividade;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Referência textual;

192

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Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Intencionalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

3º ANO

LEITURA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

193

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Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e figuras de linguagem.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Informatividade;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem;

194

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Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Intencionalidade;

Argumentos;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

4- METODOLOGIA

A metodologia de Língua Portuguesa e Literatura levará em conta o aprimoramento

do domínio discursivo da oralidade, leitura e escrita para que os alunos compreendam e

interfiram nas relações de poder, em relação ao pensamento e à prática de linguagem

imprescindíveis ao convívio social.

Serão abordados temas variados através da leitura de textos diversificados,

depoimentos significativos, debates, troca de opiniões, leitura de imagens e produção de

textos em diversos gêneros. Também se analisará estes textos conforme as intenções e

as condições da sua produção, adaptando-os às diferentes situações de uso, visando à

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construção de conhecimentos sobre o sistema linguístico.

É importante que o professor planeje a produção textual a partir da delimitação do

tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero, o uso adequado de

palavras e expressões para estabelecer a referência textual, conduza à utilização

adequada dos conectivos, estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero

proposto, acompanhe a produção do texto, instigue o uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo, estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é

próprio de cada gênero, incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre

as partes e elementos do texto, encaminhe à re-escrita textual: revisão dos argumentos,

das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for um artigo de

opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a

linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.), analise se a produção

textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a

linguagem está adequada ao contexto e conduza, na re-escrita, a uma reflexão dos

elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

As questões de Literatura em Língua Portuguesa buscarão identificar no aluno

conhecimentos adquiridos no que se refere à capacidade de identificar e de interpretar um

texto literário relacionando-o com o contexto histórico-social em que se insere, por meio

de autores e de obras reconhecidas e as principais características dos períodos literários,

desde o Barroco à época atual relacionando e observando as semelhanças entre os

diversos períodos da Literatura em Língua Portuguesa.

Na oralidade, é fundamental que o professor organize apresentações de textos

produzidos pelos a alunos levando em consideração a aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade finalidade do texto, que proponha reflexões sobre os argumentos

utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e

consequência entre as partes e elementos do texto, oriente sobre o contexto social de uso

do gênero oral selecionado, prepare apresentações que explore as marcas linguísticas

típicas da oralidade em seu uso formal e informal, estimule contação de histórias de

diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação,

expressões faciais, corporal e gestual, pausas e outros, que selecione discursos de outros

para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-

juvenis, entrevistas e reportagens entre outros.

As diferentes culturas existentes em nosso país serão abordadas de forma ampla

e valorizadas através da análise e uso de materiais como textos, filmes, músicas e outras

196

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manifestações culturais. Também o regionalismo e a valorização da produção, as

características, as riquezas populares serão contempladas por meio de textos lidos,

analisados e coproduzidos.

O estabelecimento do diálogo em sala de aula proporcionará a clareza das metas

educacionais e assim trará a oportunidade de ouvir a voz do outro e suas experiências,

fazendo cumprir assim o papel primordial da língua que é a comunicação.

5- AVALIAÇÃO

Considerando o aluno como indivíduo com ritmo e processo diferenciado de

aprendizagem a avaliação será formativa e somativa tendo como alvo a análise do

educando ao longo do ano letivo, possibilitando a reflexão sobre os caminhos a seguir

para que a aprendizagem se efetive.

Assim, especifica-se:

Oralidade: será avaliada tendo em foco a adequação do discurso quanto aos

interlocutores e situações. Estas situações surgirão naturalmente ou serão

naturalmente criadas em forma de: debates, seminários, entrevistas, relatos de

histórias, apresentações teatrais e nestas atividades o professor considerará a

participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, sua fluência, naturalidade

e argumentação.

Leitura: Ao ser avaliado a leitura, o professor deverá considerar as estratégias

empregadas, a compreensão do texto, a análise crítica, a sublimação e a

intertextualidade. Também efetivará a avaliação por meio de discussões, debates e

críticas.

Escrita: O trabalho com a língua pressupõe o conhecimento da mesma. Assim, os

alunos serão avaliados continuamente e sua produção escrita também servirá para

análise e construção de seu próprio pensamento. Seu texto poderá ser re-

estruturado para aprofundamento dos conhecimentos linguísticos e adequação ao

gênero do discurso ora analisado.

A avaliação da análise linguística será enfocada na demonstração de que a língua

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é um sistema de relações para produção de sentido e colocá-lo em contato com a

língua, de forma sistematizada, levando-o a verificar as diferentes variedades.

Literatura: Análise de obras literárias e transformação das mesmas em

apresentação de peças teatrais, exposição oral de síntese de obras lidas

contemplando vários gêneros discursivos.

6- OBSERVAÇÕES

Em todas as séries, as práticas de leitura, escrita e oralidade estarão presentes de

maneira diversificada.

Apesar da Proposta Pedagógica Curricular estar organizada por série, sempre que

possível, será feita a articulação dos conteúdos com outras séries e também na própria

série.

A Proposta Pedagógica Curricular não é fechada na série, essa foi somente uma

maneira para organizá-la.

Os conteúdos não serão trabalhados necessariamente de forma linear, mas de

acordo com as necessidades.

7- REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Alfabetização, leitura e escrita. Boletim

TV Escola/Salto para o Futuro. Brasília, março/2004

DELMANTO, Dileta; Casto, Maria da Conceição. Português: Ideias & Linguagens 12

ed. Reform. São Paulo: Saraiva.

FREDERICO, Ened Yalsuda; OSAKABE, Hakira. PCNEM. Literatura. Análise crítica. In

MEE/SEB

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA / vários autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

AMARAL, Emília, outros autores, Português, Novas Palavras: literatura, gramática,

redação – São Paulo: FTD, 2000.

198

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MAIA, João Domingues, Português Maia volume único, São Paulo: Editora Ática, 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública

do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PPP – Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Nestor Víctor – Ensino

funadmental, Médio e Normal – Pérola – Paraná.

TERRA, Ernani, e DE NICOLA, José, Gramática, literatura e produção de texto para o

ensino médio: curso completo – São Paulo: Scipione, 2002

PARANÁ – Diretrizes Curriculares da Rede Pública do Estado do Paraná: Língua

Portuguesa. Secretaria de Estado da Educação, 2007.

PROJETO Político Pedagógico do Colégio Estadual Nestor Víctor- Ensino Fundamental,

Médio e Normal. Pérola, 2009.

LITERATURA INFANTIL

Apresentação

A literatura infantil é essencial para a formação acadêmica do educando do curso

de Formação de Docentes, pois desperta no mesmo o mundo imaginário, no contexto do

universo, do aprendizado da natureza poética, mitos, lendas que transformam a criação

do faz-de-conta da criança.

Na tradição brasileira, literatura infantil e escola mantiveram sempre relação de

dependência mútua. A escola conta com a literatura infantil – ataviados pelo envolvimento

da narrativa, ou pela força encantatória dos versos – sentimentos, conceitos, atitudes e

comportamentos que lhe compete inculcar em sua clientela. E os livros para crianças não

deixaram nunca de encontrar na escola entreposto seguro, quer como material de leitura

obrigatória, quer como complemento de outras atividades pedagógicas, quer como prêmio

aos melhores alunos.

A criação literária, seja para adultos, seja para crianças, atende a alguns critérios

que definem procedimentos metodológicos que resultem em conhecimentos mais seguro

199

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e em estratégias mais adequadas para a formação de leitores na escola.

Buscando o desenvolvimento da leitura de livros da literatura infantil, aumentando a

curiosidade, ampliando o leitor / escritor de todos os textos, assim deverá o futuro

educador sentir-se preparado para exercer sua profissão.

Segundo Glória Kirinus, ...“o mundo é uma enorme página aberta, escancara céus,

vales, mares, montanhas e desertos como primeira oferta de leitura”... Partindo desse

pensamento é possível perceber a importância da Literatura Infantil na vida da criança e

de todos que conseguem enxergar o mundo com olhos poéticos.

Conteúdos

• Contexto histórico da Literatura Infanto-Juvenil.

• A primeira leitura.

• Natureza mito poética na infância da humanidade e na infância do homem.

• Narrativa oral – o mundo simbólico dos contos de fadas.

• A importância do contador de histórias; Universo da poesia para crianças: Cecília

Meireles e Sidónia Muralfa e outros.

• Criança e poesia na pedagogia de Freinet.

• Literatura infantil na escola.

• Os clássicos reinventados e o pensamento atual na narrativa e na poesia.

• Monteiro Lobato: realidade imaginária.

• A formação do conceito de infância no educador: Lygia Bojunga Nunes, Ana Maria

Machado e outros.

Metodologia

É necessário que o futuro educador tenha um bom embasamento teórico para que

venha de encontro com sua formação pedagógica.

Para Vygotsky, é a linguagem que ajuda a criança a direcionar o pensamento. Ou

seja, uma criança que fala pouco, que não desenha ou utiliza outro tipo de linguagem não

tem os pensamentos bem organizados. Logo, é importante que ela tenha estímulos para

desenvolver sua linguagem, alimentar seus pensamentos e sua imaginação. A palavra é

ação, não surge dela nem é uma representação a parte. Em consequência, ao ao tomar

contato com a literatura infantil, a criança aprenderá não apenas a familiarizar-se com a

linguagem escrita. Muito mais do que isso, a criança estará formando o modo de pensar,

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os valores ideológicos, os padrões de comportamento e sua sociedade e, em especial,

estará alimentando seu imaginário.

Os conteúdos serão desenvolvidos ou seja; unir a teoria e a prática, através dos

clássicos da literatura infantil; discussões entre professor e alunos.

Haverá o momento da leitura com livros da literatura infantil, com apresentações de

trabalhos em grupos, teatros, filmes e dramatizações dos clássicos dos principais autores

da literatura infantil. Apresentação do livro: “A Bolsa Amarela”.

Avaliação

A avaliação será contínua, coletiva e individual com textos escritos. Também na

oralidade alguns clássicos de Monteiro Lobato, Ruth Rocha e outros; onde os educandos

irão dramatizá-los através de apresentações de teatros, fantoches para as crianças que

cursam a Educação Infantil. Produções de gêneros textuais; parlenda, crônicas, poesias e

outros.

A cada conteúdo avaliado haverá uma recuperação paralela, caso o conteúdo não

tenha sido assimilado. O valor a avaliação será de 100 pontos; distribuídos 60 pontos

para testes orais e escritos; 40 pontos serão atribuídos à leitura de livros, entrevistas,

pesquisas...

Referências

ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1991.

CALVINO. I. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

KIRINUS, G. Criança e poesia na pedagogia Freinet. São Paulo: Paulinas, 1998.

RAMOS, A. C. Nos Bastidores do Imaginário: Criação e Literatura Infantil e Juvenil.

DCL.

RODARI, G. Gramática da fantasia. São Paulo: Summus Editorial, 1987.

ZILBERMAN, R. A. Literatura infantil na escola. 11 ed. São Paulo: Global, 2003

PPP. Projeto Político Pedagógico – Nestor Victor, Ensino Fundamental Médio e Normal,

Pérola – PR

DCE. Diretrizes Curriculares da Rede Publica de Educação Básica do Estado do

Paraná. Língua Portuguesa e Literatura. Curitiba, 2006.

SEED – Proposta Pedagógica curricular do curso de Formação de docentes da

Educação Infantil e anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na

modalidade Normal. Curitiba, 2006.

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COSTA, M. M. Metodologia do Ensino da Literatura Infantil. Ibpex, Curitiba, 2007.

LAJOLA, M. No Mundo da Leitura para a Leitura do Mundo. Atica, São Paulo, 1994.

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO

A Matemática é uma ciência em constante construção, que se desenvolve en-

quanto é experimentada, no processo de investigação e resolução de problemas, deixan-

do de lado a possibilidade de ser vista de forma estática, abrindo portas para a criação.

A matemática faz parte da história do homem, foi construída por ele ao longo

dos séculos e está viva em constante transformação. Ao revelar a matemática como cons-

trução humana ao longo da história da humanidade e não como conhecimento pronto e

acabado, mostrando diferentes necessidades e preocupações de diversas culturas, em di -

ferentes momentos históricos, criamos condições para uma aprendizagem mais significati-

va para os alunos.

Assim, é necessário compreender a Matemática desde suas origens até sua

constituição como campo científico e como disciplina. Os povos das antigas civilizações

desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida

hoje, onde o nascimento da Matemática foi demarcado pelos babilônios (2000 a.C.) acu-

mularam registros de álgebra elementar, que deram origem as configurações físicas e ge-

ométricas, da comparação das formas, tamanho e quantidade.

Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais

tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios

lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as pri-

meiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação

das pessoas.

Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para eles,

instigaria o pensamento do homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e o pen-

samento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até os dias de

hoje (STRUIK, 1998).

A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a

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partir do século I a. C., desdobrada nas disciplinas de aritmética, geometria, música e as-

tronomia. O ensino da geometria e da aritmética ocorria de acordo com o pensamento eu-

clidiano, fundado no rigor das demonstrações. A partir do século II d.C., o ensino da arit -

mética teve outra orientação e privilegiou uma exposição mais completa de seus concei-

tos.

No Oriente, ocorreram produções matemáticas entre os hindus, árabes, persas e

chineses que se configuraram em importantes avanços relativos ao conhecimento algébri-

co (MIORIM, 1998).

Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou por mudanças significativas com o

surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino. Surgiam as primeiras

ideias que privilegiavam o aspecto empírico da Matemática.

Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,

desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar en-

genheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas,

construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prática

da guerra. Com a Revolução Industrial, evidenciaram-se diferenças entre classes sociais

e a necessidade de educação para essas classes, Matemática de modo a formar traba-

lhadores e dirigentes do processo produtivo.

Como a Matemática escolar era uma importante disciplina para atender tal de-

manda, demarcava os programas de ensino da época, uma vez que era a ciência que da-

ria a base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática (VALENTE,

1999).

No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discuti-

do em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que

contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensi -

no com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e econômicas dos

últimos séculos.

Neste contexto, temos a tendência histórico crítica, fundamentada no materialis-

mo histórico, que busca a construção sócio individualizada do conhecimento. Na Matemá-

tica é expressada como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender

as necessidades sociais, econômicas e teóricas. A aprendizagem da Matemática consis-

te em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às

ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, anali-

sar, discutir e criar. Desse modo, supera o ensino baseado apenas em desenvolver habili -

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dades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas

de exercícios.

A matemática não é apenas uma disciplina, é uma forma de pensar que deve

estar ao alcance de todos. Sendo assim, somos capazes de aprender matemática, inde-

pendente do meio social que estamos inseridos, uma vez que é parte integrante de nos-

sas raízes culturais.

O ensino da Matemática deverá contribuir para aquisição de conhecimentos

matemáticos, visando o desenvolvimento intelectual dos alunos e auxiliando na formação

de cidadãos conscientes promovendo sua autonomia, trabalhando a leitura e interpreta-

ção de textos matemáticos, ensinando-os a expressar-se através da matemática, incenti-

vando estratégias variadas de resolução de problemas, habituando-se à procura do por-

que dos fatos matemáticos, estimulando a argumentação.

Embora o objeto de estudo da educação matemática, encontra-se em processo

de construção pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da matemática,

de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimen-

to matemático, contribuindo para generalizações e apropriação de linguagem adequada

para descrever e interpretar fenômenos matemáticos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTS E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

6º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Números

e

Álgebra

- Sistemas de Numeração

- Números Naturais

- Múltiplos e Divisores

- Potenciação e Radiciação

- Números Fracionários

- Números Decimais

Grandezas

e

- Medidas de Comprimento

- Medidas de Massa

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Medidas - Medidas de Área

- Medidas de Volume

- Medidas de Tempo

- Medidas de Ângulos

- Sistema Monetário

Geometrias- Geometria Plana e Geometria Espacial

Tratamento

da

Informação

- Dados, Tabelas e Gráficos

- Porcentagem

7º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Números

e

Álgebra

- Números Inteiros

- Números Racionais

- Equação e Inequação do 1º grau

- Razão e Proporção

- Regra de Três

Grandezas

e

Medidas

- Medidas de Temperatura

- Medidas de Ângulos

Geometrias

- Geometria Plana e Espacial

- Geometrias não – Euclidianas

Tratamento

da

- Pesquisa estatística

- Média aritmética, moda e mediana

205

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Informação - Juro simples

8º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Números

e

Álgebra

- Números Racionais e Irracionais

- Sistemas de Equações do 1º Grau

- Potências

- Monômios e Polinômios

- Produtos Notáveis

Grandezas

e

Medidas

- Medidas de Comprimento

- Medidas de Área

- Medidas de Volume

- Medidas de Ângulos

Geometrias

- Geometrias: Plana, Espacial, Analítica e não –

Euclidianas

Tratamento

da

Informação

- Gráfico e Informação

- População e amostra

9º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Números

e

Álgebra

- Números Reais

- Propriedades dos Radicais

- Equação do 2º Grau

- Teorema de Pitágoras

- Equações Irracionais

- Equações Biquadradas

- Regra de Três Composta

Grandezas

e

- Relações Métricas no triângulo retângulo

- Trigonometria no triângulo retângulo

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Medidas

Funções - Noção intuitiva de Função Afim

- Noção Intuitiva de Função Quadrática

Geometrias

- Geometrias: plana, espacial, analítica e não –

Euclidianas

Tratamento

da

Informação

- Noções de Análise Combinatória

- Noções de Probabilidade

- Estatística

- Juros compostos

Conteúdos Básicos do Ensino Médio

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Números

e

Álgebra

- Números Reais

- Números Complexos

- Sistemas Lineares

- Matrizes e Determinantes

- Polinômios

- Equações e Inequações Exponenciais,

Logarítmicas e Modulares

Grandezas

e

Medidas

- Medidas de: Área, Volume, Grandezas

Vetoriais, Informática e Energia

- Trigonometria

Funções- Funções: Afim, Quadrática, Polinomial,

Exponencial, Logarítmica, Trigonométrica e

Modular

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- Progressão Aritmética e Geométrica

Geometrias

- Geometrias: Plana, Espacial, Analítica e Não –

Euclidianas

Tratamento

da

Informação

- Análise Combinatória

- Binômio de Newton

- Estudo das Probabilidades

- Estatística

- Matemática Financeira

METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos dessa escola propiciarão a apropriação de

conhecimentos matemáticos que expressem articulações entre os conteúdos básicos do

mesmo conteúdo estruturante e entre conteúdos básicos de conteúdos estruturantes dife-

rentes, de forma que suas significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas.

A opção nesta Proposta Pedagógica Curricular conforme as DCEs, é pela Edu-

cação Matemática na qual algumas tendências devem fundamentar as metodologias para

a prática docente. São elas:

• Resolução de problemas – trata-se de uma metodologia pela qual, o estudante terá

oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos já adquiridos em novas situa-

ções de modo a resolver a questão proposta, tornando as aulas mais dinâmicas e

não restringindo o ensino de Matemática a modelos clássicos. Assim, possibilitará

a compreensão dos argumentos matemáticos e ajudará vê-los como um conheci-

mento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e aprendi-

zagem.

• Etnomatemática – reconhecer e registrar questões de relevância social que produ-

zem o conhecimento matemático.

• Modelagem matemática – problematizar situações do cotidiano, possibilitando a in-

tervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive,

contribuindo para sua formação crítica.

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• Mídias tecnológicas – os softwares, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da

Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencia-

lizado formas de resolução de problemas.

• História da matemática – é um elemento orientador na elaboração de atividades,

na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender

melhor os conceitos matemáticos. A história da matemática usada em sala de aula

destaca as relações entre ela e as outras ciências. Por exemplo, nas artes, na cul-

tura e na vida dos povos, podemos observar os conhecimentos de geometria da

época nas construções de templos e pirâmides, o uso das razões áureas pelos gre-

gos e, na arte renascentista, a utilização da astronomia para a elaboração de ca-

lendários e para o planejamento das viagens marítimas, etc. Esse estudo contribui

também para os alunos compreenderem o modo como se deram a evolução das

ideias matemáticas e procurar produzir nas aulas como ocorreram as passagens

dessa evolução. Afinal, a matemática está sendo construída novamente pelo aluno

que aprende

• Investigação matemática – é uma questão para qual o aluno precisa estabelecer

uma estratégia, isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução

imediata, envolvendo, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações

matemáticas.

A articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturan-

te pode ocorrer em diferentes momentos e, quando novas situações de aprendizagem

possibilitarem, pode ser retomada e aprofundada.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade, serão contempla-

do articulados aos conteúdos, sempre que possível.

AVALIAÇÃO:

A avaliação acontece ao longo do processo do ensino-aprendizagem,

fundamentada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para

interpretação e discussão, considerando a relação do aluno com o conteúdo trabalhado e

o significado deste conteúdo para o aluno.

A função da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para

aprender, melhorar e refletir sobre seu próprio trabalho, e também oferecer dados sobre

as dificuldades de cada aluno.

No processo avaliativo, o professor fará uso da observação sistemática para

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diagnosticar as dificuldades dos alunos, criando oportunidades diversificadas para que

possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades incluirão provas escritas, orais

e de demonstração, trabalhos em classe e extra-classe individual e/ou em grupos,

pesquisas, entre outros.

A partir dos resultados será realizada a recuperação da aprendizagem. Será um

processo contínuo e concomitante com o processo ensino-aprendizagem, onde serão

ministradas atividades diversificadas.

REFERÊNCIAS:

ANDRINI, A.; VASCONCELLOS, M. J. Novo Praticando Matemática. São Paulo: Brasil,

2002.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

DANTE, L. R. Tudo é matemática. São Paulo: Ática, 2002.

D'AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:

Scipione, 1988.

D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo:

Ática, 1998.

Diretrizes Curriculares de Matemática da Rede Pública de Educação Básica do Estado do

Paraná. Curitiba. 2009.

FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. O profissional em educação matemática. Disponível

em:

<http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/matematica/O_profissional_em_Educacao_M

atematica-Erica2108.pdf>

IMENES, L. M.; LELLIS, M. Matemática. São Paulo: Scipione, 1998.

LINS, R. C. Álgebra. Revista Nova Escola.ed.166 outubro de 2003. Disponível em:

http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/166_out03/html/algebra

MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: propostas e desafios.

Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE

APRESENTAÇÃO

A arte é uma das manifestações mais antigas da humanidade. Estudando

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registros deixados pelos povos antigos, como pintura rupestre, as pinturas egípcias, etc.

Percebemos que ela nos conta o modo de vida, as crenças e os ideais dos povos. Arte é

cultura. Por meio das manifestações artísticas de um povo e de suas relações

socioculturais, tomamos conhecimentos de sua cultura.

Acredita-se que o homem primitivo se expressa por meio de danças,

desenhos rupestres, de sons em forma de música, etc. Nossas crianças, quando brincam,

desenvolvem atividades rítmicas, melódicas, dançam, fantasiam-se de adulto, inventam

histórias, produzem desenhos de maneira lúdica. Conclui-se, então, que o homem sempre

se expressou com o corpo, com os sentimentos e com emoções, para exteriorizar sua

realidade sociocultural. A Arte é, portanto, uma manifestação muito importante, um

processo de formação integral.

Partindo-se do principio de que o conhecimento é o maior bem que o homem

pode ter, a Arte Visual é sua grande aliada.

JUSTIFICATIVA

No curso Formação de Docentes, o ensino da Arte deve ser desenvolvido

dando continuidade os conhecimentos adquiridos na Educação Infantil e Fundamental

em Música, Artes Visuais, Dança e Teatro, ampliando saberes para outras

manifestações.

É fundamental que na disciplina de Arte os alunos possam dar continuidade

aos conhecimentos práticos e teóricos aprendidos em níveis anteriores da Escola Básica

e em sua vida cotidiana. Com isso estarão ampliando os saberes sobre produção e

apreciação, desenvolvendo conhecimentos estéticos e artísticos, com parceria das

disciplinas trabalhadas na área, Linguagens e Códigos nas demais áreas dos

conhecimentos presentes na Escola Média.

O ensino da Arte no Curso de Formação de Docentes, deve ser bem

articulado com as demais disciplinas para que possa haver uma forte contribuição para a

formação da identidade e de uma nova cidadania do jovem que se educa, onde ele

confronta seus valores culturais e artísticos no mundo em que esta inserido.

A Arte contribui para o fortalecimento da experiência sensível e criativa dos

estudantes, no exercício da cidadania e da ética, pois é considerada pelos aspectos

estéticos, como conhecimento humano articulado no âmbito sensível, cognitivo, onde

manifestam-se a sensibilidade, modo de criação, e comunicação sobre o mundo da

natureza e da cultura.

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A Arte envolve uma rede de percepções, presente em diversas práticas do

conhecimento humano. Produzir a apreciar saberes artísticos em múltiplas linguagens,

embasadas em contextos socioculturais, faz com que as pessoas experimentem suas

criações e percepções estéticas de maneira intensa e diferenciada. A Arte desenvolve a

sabedoria de expor sensibilidades e ideias estéticas, envolvendo relações interpessoais,

inter grupais e s diversidade sociocultural. As emoções e os pensamentos são

elaborados, sintetizados, expressos por pessoas produtoras de Arte, que mobilizam as

cognições de seus apreciadores. Esses saberes são praticados e aprendidos na

educação escolar. A Arte faz com que os alunos envolvam-se em decisões estéticas,

saberes culturais, códigos da Arte da comunicação, onde as aulas serão feitas de tal

forma que os mesmos aprendam as elaborações estéticas presentes nos produtos

artísticos de Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.

A disciplina de Arte objetiva uma educação transformadora e responsável,

preocupada com a humanização dos sentidos.

OBJETIVOS

Através dos conteúdos de Arte, pretende-se que o educando ao longo do

ano letivo desenvolva ser potencial para habilidade, sensibilidade, criatividade,

desempenho, envolvimento coletivo e individual, adquirindo através das atividades a

coordenação motora, noções de tempo e espaço, ritmo, bem como, atitudes de respeito e

conhecimento das diversas manifestações artísticas e formas de expressão das artes em

geral.

CONTEÚDOS

A) ARTES VISUAIS:

A.1) IMAGEM:

• Cartaz;

• Tangram;

• Desenho de letras e números;

• Ilustração de textos;

A.2) FORMA

• Textura;

• Desenho;

• Pintura;

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• Gravura;

• Colagem;

• Escultura;

• Modelagem;

• Ponto e Linha:

A.3) LUZ:• Cores - Primárias;

- Secundárias;- Terciárias;

• Sombra:• Intensidade;

A.4) MÚSICA:

• Sons - Sons naturais;

- Sons artificiais;

- Intensidade do som;

- Duração do som;

- Criando sons com harmonia;

- Explorando a música infantil;

- A música como auxilio na aprendizagem;

- Cantigas de roda;

- Brincadeiras infantis;

- Cadernos de músicas infantis:

- Cantigas infantis:

- Brincadeiras;

- Contos;

- Poesias;

A.5) TEATRO

• Técnicas - Técnicas de criatividade;

- Teatro;

- Jogos dramáticos;

- Aprendizagem das técnicas de expressão;

- Improvisação coletiva;

- Recitação / coral;

- Poema;

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A.6) DANÇA:

• Movimento;

• Espaço pessoal (saltar)

• Danças populares (Festa junina e danças infantis);

• Lateralidade;

• Relacionamento (proximidade e afastamento);

• Expressão corporal, gestual e facial;

A.7) – Confecção de trabalhos artísticos feitos com com diferentes materiais.

METODOLOGIA

A Arte permite uma comunicação eficaz entre a obra de arte e o observador,

pois ela o atinge sem necessidade de uma explicação dos fatos. Para criar, é necessário

conhecer. O conhecimento das obras e sua relação com diferentes contextos históricos

mostram que ela é flexível, passível de mudanças a cada momento, por isso é capaz de

transformar continuamente a existência. A partir da aquisição do conhecimento da arte,

nosso mundo é observado com mais intensidade pelas pessoas que conseguem

compreendê-la como uma nova visão de mundo.

Objetivando que o aluno adquira um domínio do conhecimento artístico e

estético e saiba situar a produção de arte, os conteúdos estão situados de modo que

favoreçam:

A compreensão da arte como cultura, do aluno como ser social e dos alunos

como produtores e apreciadores;

As manifestações artísticas de povos e culturas de diferentes épocas e

locais, incluindo a contemporaneidade da arte brasileira;

Os três eixos norteadores da aprendizagem em Arte (produzir, apreciar e

contextualizar);

Um grau crescente de elaboração e aprofundamento nos três eixos.

Não podemos separar os conteúdos em ciclos, pois a arte tende a uma

aprendizagem contínua, em que a compreensão do conteúdo será revisada a cada leitura

de imagem ou a cada produção do aluno.

AVALIAÇÃO:

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A avaliação é um processo contínuo que envolve professor e alunos. A

observação e a análise de produções feitas por artistas ou pelos próprios alunos, em

conjunto, são uma maneira de ensinar e avaliar o grau de apreensão de conteúdos.

Pensar a avaliação como o processo de reflexão sobre a aprendizagem dos

educandos e a ampliação da educação dos sentidos, da apropriação cultural, da leitura de

mundo em busca de autonomias relativas.

Portanto a avaliação será desenvolvida através de trabalhos individuais

produzidos pelos alunos;

Confecções de materiais, música e dança.

REFERÊNCIAS:

BARBOSA. A. A imagem do ensino de arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo:

Perspectiva, 2ª ed., 1996.

BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura da imagem do ensino da arte. São Paulo:

Iluminuras, 2ª ed. 1999.

FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. H. 3ª ed. Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez,

1993.

PILLAR, A. D. (org.) A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre:

Mediação, 1999.

LDB – Lei de Diretrizes e Bases;

ARTE, LINGUAGEM VISUAL – Bruna Renata Cantele e Ângela Cantele Leonardi –

Editora Ibep. Coleção Horizontes:

VIVER COM ARTE – Natália Xavier e Albano Agner.

PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação

Básica, Arte, Curitiba: SEED/DEB, 2008.

METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS

1 – Apresentação

A escola, hoje, deve ir além de garantir que os alunos aprendam a ler, a escrever e

a contar. Porém ela deve ser um espaço que permite pensar, aprender e agir para

enfrentar e resolver problemas que se colocam diante das mudanças que ocorrem na

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escola e na sociedade.

A finalidade do ensino é contribuir para a formação integral das pessoas para que

sejam capazes de compreender a sociedade e intervir nela com o objetivo de melhorá-la.

Dessa forma, o ensino das Ciências naturais busca compreender o ambiente em sua

complexidade, desvelar a ciência e a tecnologia, apresentando-as como atividades

humanas historicamente produzidas, e gerar representações de como o ser humano

entende o universo, o espaço, o tempo, a matéria e a vida.

Para pensar sobre o ensino de Ciências naturais, o conhecimento cientifico é

fundamental, mas não é suficiente. Partiremos de uma visão de ensino que considere o

desenvolvimento cognitivo dos alunos relacionando à suas experiências, sua idade, sua

identidade cultural e social: tornando o aluno crítico, responsável e consciente na

construção de conhecimentos elaborados cientificamente, a fim de que possa participar

da sociedade e desenvolver a tecnologia numa dimensão que abre caminhos para a

evolução cultural da humanidade e todas as implicações pertinentes.

No curso de formação de docentes a disciplina Metodologia do Ensino de Ciências

tem como objetivo a formação e capacitação dos educandos em futuros educadores da

educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, tornando-os formadores de

opiniões, competentes na área de atuação, capazes de desenvolver os conteúdos

essenciais aos seus alunos, promovendo assim a iniciação do pensamento cientifico e a

cultura tecnológica nas crianças.

Assegurar a interatividade no processo de ensino, aprendizagem e a construção de

conceitos de forma significativa fazendo uso de conceitos científicos informais, farás de

Ciências e as atividades experimentais.

2- Conteúdos

• O ensino de Ciências e a construção de cultura científica que possibilita ao cidadão

comparar as diferentes explicações sobre o mundo.

• A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo.

• A aprendizagem integrada de ciências como possibilidade para a compreensão das

relações ciências, sociedade, tecnologia e cidadania.

• A construção dos conceitos científicos, através da História da Ciência.

• O pensamento racional e o pensamento intuitivo na aprendizagem de Ciências.

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• Conteúdos básicos de livros didáticos de Ciências dos anos iniciais do ensino

fundamental.

• As temáticas da Lei 11.645 de 10/03/2008, referente à História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena e os conteúdos relacionados aos Desafios Educacionais

Contemporâneos devem permear os conteúdos e não serem tratadas em forma de

projetos ( Instrução nº 17/06), mas nenhum deles deve ser considerado como

conteúdo específico da disciplina de Ciências(ex: Sexualidade, Drogas, Lixo etc).

• A necessidade de integração com outras áreas do currículo ( ativ. Matemática,

música, literatura, dramatização).

3- Metodologia

Os conteúdos serão trabalhados por meio das atividades, aulas práticas, projetos,

experiências, indo além do espaço físico escolar, podendo o professor utilizar-se de

inúmeros recursos, como por exemplo: a utilização do computador, leitura cientifica,

análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, gravuras, resolução de problemas,

entrevistas, debates, palestras, etc. No decorrer das atividades poderão ser utilizados os

recursos pedagógicos e tecnológicos: internet, slides, DVD's, CD's, CD-ROM's

educativos, softwares e livros.

Toda as atividades e os recursos utilizados visam expandir as ideias, pesquisando,

trabalhando situações-problemas que criem condições de contextualização do

conhecimento produzido, oportunizando ao futuro professor contato com o objetivo de

estudo das ciências da natureza de forma significativa.

Portanto, o Curso de Formação de Docentes tem um papel fundamental na

formação inicial apontando as possibilidades de aprofundamento de estudos que os

jovens poderão escolher ao longo de sua escolarização. Os eixos que constitui as

trajetórias de formação: Noções de Astronomia; Transformação e Interação Matéria e

Energia; Saúde e melhoria da qualidade de vida, possibilita a escolha da área como forma

de dedicação mais especializada que poderão seguir futuramente. Considerando que

encaminhamos esses jovens para a profissão de educador, propomos um Currículo que

possa formá-los solidamente nas diferentes Ciências e Artes, especificamente nas

Ciências da educação.

4- Avaliação

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A avaliação é semestral, porém contínua, através de atividades escritas, pesquisas,

trabalhos em grupo, experimentações, micro-aula ministradas pelos educandos, sempre

com intervenções coerentes na prática pedagógica a fim de ampliar e melhorar o

desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

A avaliação será distribuída em 6,0 (seis pontos) avaliações escritas: e de 4,0

(quatro pontos) trabalhos, pesquisas e micro-aula. No final de cada assunto abordado

haverá uma recuperação paralela, realimentação dos conteúdos de maneira diversificada

tanto na oralidade como na escrita, recuperando o conteúdo e automaticamente a nota.

De acordo com o regimento escolar será aplicada a cada conteúdo discutido uma

avaliação paralela. Sendo que os textos orais e escritos valerão 60 pontos e os demais

trabalhos 40 pontos, somando um total de 100 pontos na média semestral.

5- Referências

SEED – Proposta Pedagógica Curricular do curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na modalidade

Normal. Curitiba, 2006.

ASTOLFI, J.P. A Didática das Ciências. Campinas: Papirus, 1990.

GASPARIN, J.L. Uma didática para à pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores

Associados, 2005.

HARLAN, J.D.; RIVKIN, M.S. Ciências na educação infantil: uma abordagem

integrada. Porto Alegre: Artmed, 2002.

PPP – Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor.

SEED – Secretaria do Estado da Educação, Currículo Básico para escola pública do

Estado do Paraná. Curitiba, 1990.

METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

1-Apresentação

A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil, optou-se,

nas Diretrizes Curriculares, por retratar os movimentos que a constituíram como

componente curricular.

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais

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recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de

conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu,

principalmente, a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a

formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse modele de prática corporal pautava-se em

prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas

como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além de visar à formação de caráter,

da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento

patriótico.

O conhecimento da medicina configurou um outro modelo para a sociedade

brasileira, o que contribuiu para a construção de uma nova ordem econômica, política e

social. “Nesta nova ordem, na qual os médicos higienistas irão ocupar lugar destacado,

também se coloca a necessidade de construir, para o Brasil, um novo homem, sem o qual

a nova sociedade idealizada não se tornaria realidade”

Neste contexto, a educação física ganha espaço na escola, uma vez que o físico

disciplinado era exigência de nova ordem em formação. A educação do físico confundia-

se com a prática da ginástica, pois incluía exercícios físicos escolares e as políticas

educacionais.

No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação

Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de

idade e para ambos os sexos.

No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar e, não por acaso,

passou a ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física.

Com o intuito de promover políticas nacionalistas, houve um incentivo às práticas

desportivas como a criação de grandes centros esportivos, a importação de especialistas

que dominavam as técnicas de algumas modalidades esportivas e a criação do Conselho

Nacional dos Desportos, em 1941 instituído pelo governo brasileiro com o intuito de

orientar, fiscalizar e incentivar a prática desportiva em todo o pais.

Com as reformas educacionais especialmente a Reforma Capanema. A Educação

Física tornou-se uma prática educativa obrigatória, desta vez com carga horária

estipulada de três sessões semanais para meninos e duas para meninas, tanto no ensino

secundário quanto no industrial, e com duração de 30 a 45 minutos por sessão.

Na década de 70 manteve-se o caráter obrigatório da disciplina de Educação Física

nas escolas, passando a ter uma legislação especifica e sendo integrada com atividade

escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do sistema de

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ensino.

A metodologia do ensino de Educação Física deve destacar a dimensão social da

disciplina e possibilitar a consolidação de um novo entendimento em relação ao

movimento humano com expressão de identidade corporal, como prática social e como

uma forma do homem se relacionar com o mundo, valorizando a produção histórica e

cultural dos povos, relativa à ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e as atividades

que correspondem às características regionais.

Portanto a escola precisa preparar o aluno e entendê-lo como uma pessoa inteira,

com sua afetividade, suas percepções, sua expressão, seus sentimentos, seu sentidos,

suas ações, sua crítica, sua criatividade... A educação tem a responsabilidade com o

educando de ampliar seus referenciais de mundo e de trabalhar simultaneamente com

todas as linguagens escritas, sonora, dramáticas, lógica, corporal, etc.

Para ocorrer uma mudança substancial no processo de ensino, no que diz respeito

à integração das áreas, não basta mudar o discurso sobre ele, atribuído ao futuro

professor uma nova visão desse processo: é preciso alterá-lo na prática, de tal modo que,

os agentes, (futuros professores) vivencie esse novo processo reflitam acerca dele e o

sistematizem coletivamente.

Tal prática deve ser centrada na concepção histórico-crítica de educação, que

tenha uma base científica, e principalmente que seja voltada para o aluno, respeitando

seus interesses, sua maturação e sua experiência anteriormente adquirida.

Assim, entendemos que é necessário desenvolver uma concepção de Educação

Física em que a atividade intelectual e a atividade corporal, ao invés de se confrontar, se

harmoniza de forma a melhor integrarem o ser humano no seu relacionamento consigo

mesmo, com as coisas, com o outro e com o mundo.

Para se efetivar a concepção de Educação Física que pretendemos, devemos ter

uma proposta baseada no corpo em movimento, que por usa vez se apresenta: no corpo

livre, no corpo criativo e no corpo lúdico.

Para que o aluno de formação de docentes compreenda que o movimento não é

apenas um suporte que permite ao educando adquirir conceitos abstratos, mas também

desenvolva as sensações e percepções que ele proporciona e, ao concluir o curso possa

adequar-se aos princípios básicos da formação do homem e seu meio natural, cumprir as

leis da formação, ou seja, lei do desenvolvimento biológico, da aprendizagem, da

evolução psico-espiritual, da formação social e a lei da adequação à concepção do mundo

cultural de sua época e, como futuro docente entenda e encaminhe o processo de ensino-

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aprendizagem de acordo com as características das crianças nas diferentes faixas etárias

numa dimensão de totalidade, fundamentando-se numa concepção de mundo, de

sociedade, de homem de corpo, expressando uma direção política de transformação e

mudanças.

Portanto faz-se necessário que o docente trabalhe de forma a encaminhas o

processo ensino-aprendizagem numa dimensão de totalidade, fundamentando-se numa

concepção de mundo, de sociedade, de homem de corpo, expressando uma direção,

política de transformação e mudanças, levando o discente a compreender que o

movimento não é apenas um suporte que permite ao educando adquirir conceitos

abstratos, mas também desenvolver as sensações e percepções que ele proporciona

conhecimento disto e complexo instrumento que é corpo, e por meio dele, o conhecimento

da realidade que o cerca, que compreenda a escola como centro de sistematização do

conhecimento, vinculando a um contexto cultural mais amplo, entendendo-o através da

dialética existente nas inter-relações e entenda que o homem é concreto e precisa ser

visto a luz da visão histórica e cultural, entendendo que ele não se situa a nível de objeto,

mas existe como sujeito participante, e que entenda a Educação Física como um direito e

não como um dever, enfatizando que a atividade física não se esgota na prática, mas

extrapola para a vida.

2- Conteúdos

O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios motor,

cognitivo e afetivo-social do ser humano.

Desenvolvimento motor e aprendizagem motora.

A Educação Física como componente curricular.

A cultura corporal de movimentos: ação e reflexão.

A criança e a cultura corporal de movimentos: o resgate do lúdico e a expressão de

criatividade.

3-Metodologia

A metodologia a ser utilizada na disciplina de Metodologia do Ensino de Educação

Física baseia-se nas relações entre corpo e mente no contexto cultural, tendo como

princípio a diversificação propiciando a igualdade de oportunidades para todos os alunos

e o objetivo de desenvolver as potencialidades, no processo democrático e não seletivo.

Assim, nas aulas o professor deverá sempre contextualizar a prática de aula,

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considerando suas várias dimensões de aprendizagem, priorizando uma ou mais delas e

possibilitando que todos os seus alunos possam aprender a se desenvolver.

Deve servir, portanto, para favorecer a troca de conhecimento que leve a

compreensão dos procedimentos da resolução de problemas de um movimento, fazendo

uso de varias formas de organização, o professor pode dividir o grupo usando os mais

hábeis como “cabeça de chave”, distribuindo-os entre grupos. Nessa situação, a natureza

da aprendizagem estará vinculada a troca de informações e a cooperação, e na tentativa

de se superar, enfrentando o desafio, os alunos podem avançar com suas conquistas

através de:

• Jogos, motores, sensoriais, criativos...

• Ginásticas natural, rítmicas, formativa...

• Trabalhos individuais, em duplas, trios e grupos...

• Gincana escolar (curso FD)

• Vídeos que enriquecem os conteúdos

• Elaboração de planos de aula

• Recreio dirigido (Educação Infantil e Ensino Fundamental séries iniciais)

Portanto a diversificação dos trabalhos em que a operação seja fundamental é algo

valioso para se perceber que todos, sem exceção, têm algum tipo de conhecimento.

Todas atividades e os recursos utilizados visam expandir as idéias, pesquisando,

trabalhando situações problemas que criem condições de contextualização do

conhecimento produzido, oportunizando ao futuro professor contato com o objeto de

estudo da Educação Física de forma significativa.

4 - Avaliação

Entendendo a avaliação como sendo um processo contínuo, participativo,

descentralizado e calentador da compreensão do ser humano em sua totalidade,

podemos dizer que ela representa um instrumento de reflexão, de diagnostico, de

realimentação e de ponto de partida para uma ação voltada para o homem concreto.

A avaliação deve estar em sintonia direta com os princípios, conteúdos e objetivos,

que expressam por sua vez, uma concepção de Educação Física numa perspectiva

histórico-crítica, visando fornecer o corpo docente da escola, informações que permitam

compreender melhor a cada aluno entendê-lo nas suas ações.

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A avaliação por critérios que representa a forma de avaliar estabelecendo o que é

mais relevante e significativo para um aluno a nível de atenção e de conhecimento. O

professor ao propor os objetivos do processo ensino-aprendizagem levantará

determinadas expectativas, que selecionadas, considerando em sua significação e

relevância, atuarão como elemento mediador na formação de critérios.

A avaliação por critérios se apresenta diferente da avaliação por padrões pré-

estabelecidos, estando voltada diretamente para o aluno e norteada pelos conteúdos

essenciais propostos. Essa forma de avaliação deve fornecer aprendizagem, acarretando

uma dinâmica de ações que diagnostifique as necessidades dos alunos, e

consequentemente conduzam à realimentação de conteúdos e a uma nova proposta de

ação.

Serão adotados vários instrumentos de verificação de aprendizagem como

dinâmicas, debate, apresentação de trabalhos, brincadeiras, elaboração de planos de

aulas, provas...

As avaliações serão realizadas de forma contínua para diagnóstico e

acompanhamento formativo do processo dos alunos, ao mesmo tempo servir de ponto de

referência ao professor sobre como ele está conduzindo o seu trabalho.

• Para atribuição de notas, considerar o desempenho participativo dos alunos nas

atividades de grupo, exposição de trabalhos, pesquisas... sempre partir de critérios

claros e previamente concebidos e combinados com a turma de forma que as

mesmas possa: Compreender e sistematizar como ocorre a relação do movimento

humano com o desenvolvimento.

• Analisar criticamente e reconhecer a importância do desenvolvimento motor,

aprendizagem motora.

• Reconhecer a importância da Educação Física como competente currículo.

• Discriminar na cultura corporal de movimentos as semelhanças e diferenças entre

ação, reflexão.

• Reconhecer os procedimentos para o resgate do lúdico e da expressão criativa e

compreender que o efetivo resgate depende da qualidade do ensino, sendo direito

da criança de se apropriar do conhecimento cultural e científico que ao longo da

historia, humanidade acumulou.

5- Referências

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ALMEIDA, P. N. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola,

1987.

BORGES, C. J. Educação Física para a pré-escola. Rio de Janeiro: Sprint, 1987.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo:

Cortez, 1992.

COSTA, V. L. M. Prática da Educação Física no primeiro grau: modelo de reprodução ou

perspectiva de transformação? São Paulo: IBRASA, 1987.

DARIO, S.; RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para a prática

pedagógica. São Paulo: Guanabara Koogan, 2005.

DIEM, L. Brincadeiras e esportes no jardim de infância. Rio de Janeiro: ao Livro Técnico,

1981.

FREIRE, J. B.; SCAGLIA, A. J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione,

2003.

MEDINA, J. P. S. Educação Física cuida do corpo e “mente”: bases para a renovação e

transformação da educação física. Campinas: Papirus, 1989.

Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil

e anos iniciais do ensino fundamental, em nível Médio, na modalidade normal/ Secretaria

de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR, 2006.

BRASIL. Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional. lei nº 9694/96 de 20 de

dezembro. Brasília, 1996.

PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor Ensino Fundamental

Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2010.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ/SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Disponível em www.googlo.com.br/acesso em

19/08/2011 às 23:50 min.

METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO

A Geografia é uma ciência rica em seu conteúdo, sendo o espaço geográfico o

campo de abrangência. Assim, cabe aos educadores aprimorarem suas metodologias,

proporcionando a reflexão da realidade e sua integração com a totalidade do espaço.

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Com o objetivo de explicitar as mudanças e as finalidades do ensino, os conteúdos

metodológicos devem proporcionar subsídios para uma prática pedagógica mais efetiva,

possibilitando aos alunos a prática de pensar os fatos e os acontecimentos, tornando-os

capazes de compreenderem sua posição no mundo e de realizarem intervenções, que

ocorrem por meio do trabalho humano, pois as ações humanas geram, transformam o

espaço geográfico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Concepções de geografia.

• A geografia como ciência.

• Compreensão do espaço produzido pela sociedade (espaço relacional).

• Aspectos teóricos- metodológicos de ensino da geografia;

• Objetivos e finalidades do ensino da geografia na proposta curricular do curso de

Formação de docentes da Educação Infantil e anos iniciais do ensino

fundamental,atendendo as especificidades do Estado do Paraná

(quilombolas,indígenas campo e ilhas)

• Relação entre conteúdos:

• Método de avaliação

• Os conteúdos básicos de geografia na educação Infantil e anos iniciais;

• Diferentes tendencias da Geografia como ciência:

• Análise Critica e elaboração de recursos didáticos para Educação Infantil e Anos

iniciais,

• Análise critica dos livros didáticos dos anos iniciais.

METODOLOGIA

Os conteúdos que compõem a estrutura da disciplina serão desenvolvidos através

das seguintes metodologias:

* aulas expositivas e dialogadas;

* leituras reflexivas de textos;atividades individuais e em grupo;

* estudos dirigidos;

* seminários e palestras sobre os assuntos estudados;

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* teatros,dramatizações,música;

* dinâmicas e técnicas que facilitem a compreensão dos temas abordados;

* elaboração de relatórios sobre filmes assistidos;

* oficinas de confecção de materiais didáticos;

* Orientação na elaboração de planos de aula e apresentação prática dos mesmos.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem por objetivo a verificação da aprendizagem, realizada através de

ações diagnósticas, numa visão inclusiva, priorizando a especificidade dos processos

formativos dos alunos.

Será desenvolvida através de instrumentos diversificados como; relatórios

individuais sobre os temas estudados, elaboração e apresentação de projetos de

confecção de materiais pedagógicos; análise dos planos de aula e verificação do

desempenho do aluno nas aulas práticas com critérios diversificados.

A recuperação ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados, a fim de que

ocorra aprendizagem aos alunos que não alcançaram a totalidade dos conteúdos

trabalhados, proporcionando retomadas dos conteúdos e oportunizando avaliações a fim

de que progridam em sua aprendizagem.

BIBLIOGRAFIA

CARVALHO,A,L,P. considerações sobre as perspectivas para a pesquisa em Geografia

escolar e educação: o exemplo do ensino da geomorfologia.

In:NUNES,F,G(Org).Caminhos da Geografia para o século

XXI.Cascavel:Edunioeste,2002.p.73-80.

CARVALHO,A.L,P.Geomorfologia e Geografia escolar: o ciclo goegrafico davisiano nos

manuais de metodologia do ensino (1925-1993).Centro de Filosofia e Ciencias

Humanas,Universidade Federal de Santa Catarina,Florianópolis,1999.

CARVALHO,A.L,P.Metodologia do ensino geografico: Petropolis: Typografia das

vozes de Petropolis,1925.

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GABAGLIA,R.Praticas de geografia.Rio de Janeiro: Livraria Francisco alves,1930

SAVIANI,N.Saber escolar,Curriculo e Didática: problemas da unidade conteúdo/

método no processo pedagógico.4. ed. Campinas: Autores Associados,2003

METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO

Ensinar História para crianças não é tarefa das mais fáceis. Principalmente por ser esta a disciplina que encontra maior resistência entre os alunos do ensino fundamental. As questões mais frequentes são: porque devo estudar o que já passou? Para que guardar todas estas datas? O que tem a ver com minha vida estes fatos? Existe uma comunidade de sentidos no que se refere à disciplina História.

Este mal estar é fruto dos rumos tomados pelo ensino de História desde sua implantação como disciplina autônoma em 1837.Deste momento em diante,o ensino de História passou a servir a determinados objetivos políticos e seu método era baseado na memorização de datas e na repetição oral de textos escritos.

A disciplina de Metodologia do ensino de História tem como objetivo a reflexão a respeito das formas de ensinar história na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino fundamental. Para tanto, faz-se necessário que os professores desenvolvam seu trabalho integrando os conteúdos das áreas de conhecimento,entendo sua inter – relação na realidade em que vive.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• História e memória social• As finalidades do ensino da história na sociedade brasileira contemporânea.• A transposição didática da história e a construção da compreensão e explicação

histórica.• Relação entre a construção da noção de tempo e espaço e leitura do mundo pela

criança.• O trabalho em fontes históricas.• Objetivos e conteúdos programáticos de história dos anos iniciais do ensino

Fundamental.• Planejamento,seleção e avaliação em história• Análise crítica do material didático.

METODOLOGIA

Os conteúdos que compõem a estrutura da disciplina serão desenvolvidos através

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das seguintes metodologias:* aulas expositivas e dialogadas;* leituras reflexivas de textos;atividades individual e em grupo;* estudos dirigidos;* seminários e palestras sobre os assuntos estudados;* teatros,dramatizações,musica;* dinâmicas e técnicas que facilitem a compreensão dos temas abordados;* elaboração de relatórios sobre filmes assistidos;* oficinas de confecção de materiais didáticos;* Orientação na elaboração de planos de aula e apresentação prática dos mesmos.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem por objetivo a verificação da aprendizagem,realizada através de ações diagnósticas,numa visão inclusiva,priorizando a especificidade dos processos formativos dos alunos.

Será desenvolvida através de instrumentos diversificados como; relatórios individuais sobre os temas estudados,participação em seminários,elaboração e apresentação de projetos de confecção de materiais pedagógicos; análise dos planos de aula e verificação do desempenho do aluno nas aulas práticas com critérios diversificados.

A recuperação ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados, a fim de que ocorra aprendizagem aos alunos que não alcançaram a média estabelecida,serão proporcionados retomadas dos conteúdos e oportunizados avaliações a fim de que progridam em sua aprendizagem.

REFERÊNCIAS

Brasil. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Profissional. Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de docentes de Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental,em nível médio na modalidade normal.Curitiba: SEED – PR; 2006 – 100 p.

CARDOSO, C,F,S, Uma introdução à história. São Paulo: brasiliense,1988.CITRON,S.Ensinar a história hoje: a memória perdida e encontrada.

Lisboa: Livros Horizonte,1990.LE GOFF,J.História e memória. São Paulo: Unicamp,1992.PENTEADO,H,D. Metodologia de ensino de história e geografia. São Paulo: Cortez,1991.SCHIMIDT,M,A.O uso escolar do documento histórico. Caderno de história:Ensino e Metodologia,Curitiba,n.2. 1997.

METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA

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Apresentação

A história da matemática revela que os povos das antigas civilizações (babilônios,

gregos) conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que

vieram a compor a matemática que se conhece hoje.

As primeira propostas de ensino de matemática baseadas em práticas pedagógicas

ocorreram no século V a. C. com os sofistas, considerados profissionais do ensino. O

objetivo desse grupo era formar o homem político, que, pela retórica, deveria dominar a

arte da persuasão. Aos sofistas, devemos a popularização do ensino da matemática, o

seu valor formativo e a sua inclusão de forma regular nos círculos de estudos. A

matemática ensinada se baseava nos conhecimentos de aritmética, geometria, música e

astronomia. Com suas metodologias introduziam uma educação com caráter de

intelectualidade e valor científico.

No Brasil, através dos jesuítas, a matemática passou a fazer parte das disciplinas

do currículo da escola brasileira, entretanto não alcançou destaque nas práticas

pedagógicas.

Já no século XVIII, marcado pelas Revoluções Francesas e Industrial e pelo inicio

da intervenção estatal na educação, com os novos moldes de economia e de política

capitalista, a pesquisa matemática se direcionou a atender os processos de

industrialização e no Brasil se ministrava um ensino de matemática de caráter técnico.

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes em que

apenas o conhecimento da matemática e a experiência de magistério não são

considerados suficientes para a atuação profissional, pois envolve o estudo dos fatores

que influem, direta ou indiretamente sobre os processos de ensino e de aprendizagem em

matemática.

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém está

centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento matemático envolve o estudo de processos que investigam como o

estudante compreende e se apropria da própria Matemática, investigam também como o

aluno, por intermédio do conhecimento matemático desenvolve valores e atitudes de

natureza diversa, visando a sua formação como cidadão. Aborda o conhecimento

matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados,

discutidos, construídos e reconstruídos, influenciados na formação do pensamento do

aluno.

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É necessário que o processo pedagógico em matemática contribua para que o

estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriações de

linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras

áreas de conhecimentos.

Portanto faz-se necessário que o ensinar matemática o docente deverá ter

presente o compromisso com aqueles conhecimento, no sentido de que eles serão

ensinados pelos futuros professores das crianças de 0 à 10 anos de idade. Os alunos, por

sua vez, deverão esta comprometidos com o processo de aprendizagem porque estão se

preparando para um trabalho com características especiais a educação das crianças.

No entanto a Metodologia do ensino da matemática deve proporcionar ampliação e

aprofundamento da matemática de modo que os alunos consigam identificar

regularidades, estabelecer generalizações e apropriar-se da linguagem matemática para

descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e outras áreas de conhecimento.

Conteúdos

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais

destacamos:

• Concepções de Ciência e de Conhecimento Matemático das Escolas Tradicional,

Nova, Tecnicista;

• Construtiva e Pedagógica Histórico-Crítica;

• Pressuposto teórico-metodológicos do ensino e aprendizagem de matemática e/ou

tendências em Educação Matemática;

• Conceitos Matemáticos, Linguagem Matemática e suas Representações;

• Cálculo e/ou algoritmos;

• Resolução de Problemas;

• Etnomatemática;

• Modelagem Matemática;

• Alfabetização Tecnológica;

• História da Matemática;

• Jogos e Desafios;

• Pressuposto teóricos Metodológicos da Alfabetização matemática.

O trabalho com a Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, a educação do

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campo, inclusão, uso indevido de drogas, sexualidade, diversidade serão desenvolvidas

articulados aos conteúdos sempre que possível.

Metodologia

Nesta disciplina propõe-se articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos

específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de

forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino

existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular de

cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do

modo como se articulam”.

Portanto, o docente deverá traduzir em termos mais concretos e operacionais o

que fará em sala de aula para conduzir os discentes a alcançar os objetivos educacionais.

Os conteúdos serão trabalhados através de exposições orais, leituras de textos

pelos alunos e professores, assim com exemplos concretos e relatos de experiências.

atividade prática na sala de aula com materiais pedagógicos, análise de textos e debates,

trabalho em grupo, estudo dirigido, onde o professor seleciona um bom texto e após

leitura individual em sala faz-se perguntas sobre o mesmo.Os alunos deverão marcar no

texto os pontos mais importantes e sintetizar os parágrafos que são também relevantes.

Assim trabalha-se a aprendizagem efetiva, onde exige atividade do aluno.

Através de encaminhamento metodológico fundamentados numa concepção

histórico-crítica, onde o desenvolvimento da disciplina envolverá instrumentos e signos

necessários ao processo de ensino-aprendizagem. Assim favorece a pesquisa e a

socialização do conhecimento através da diversificação da metodologia que busca

sistematizar o objeto de estudo. Os conteúdos abordados oportunizarão a análise de todo

o processo de desenvolvimento e aprendizagem do educando.

Avaliação

A avaliação será coerente com o enfoque dados ao princípios básicos da disciplina.

Se encararmos o ensino da metodologia do ensino da matemática sob um ponto de vista

dinâmico, então teremos que adotar, diante da avaliação, uma postura que considere os

caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas que lhe

são propostos e a partir do diagnostico de suas dificuldades procurar ampliar a sua visão,

o seu saber sobre o conteúdo em estudo.

Nessa escola este processo se desenvolverá ao longo do processo ensino-

aprendizagem através da observação de trabalhos em sala de aula e extraclasse, testes

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escritos, apresentações de trabalhos, miniaulas para subsidiar a análise do professor,

buscando, se necessário, a retomada de conteúdos, não assimilados pelos alunos,

através de recuperação.

As avaliações serão em grupos e individuais no decorrer do semestre, registradas

através de notas conforme o Regime Escolar do estabelecimento.

Referências

Currículo Básico para a Escola Publica do Estado do Paraná. Curitiba, 1990.

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PUBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ. Matemática. Curitiba, 2009.

ALVES, J. EDUCAÇÃO MATEMÁTICA & EXCLUSÃO SOCIAL. Brasília: Plano Editora,

2002.

BIBUDO, M. A. V., (org) Pesquisa em Educação Matemática> Concepções e

Perspectivas, São Paulo: UNESP, 1999.

BICUDO, M. A. V. A história da matemática: questões historiográficas e políticas e

reflexos na educação matemática. Pesquisa em educação matemática: concepções e

perspectivas, São Paulo: UNESP, 1999.

COLEGIO ESTADUAL NESTOR VICTOR – Projeto Político Pedagógico – 2008.

DANTE, L. R. Didática da resolução de Problemas. São Paulo: Ática, 1989.

FIORENTINI, D.; MIORIN, M. A. Por trás da porta, que matemática acontece?

Campinas, São Paulo: Graf. FE/Unicamp-cempem. 2001.

KLINE, M. O fracasso da matemática moderna. São Paulo, Ibrasa, 1976.

LORENZATO, S.; FIORENTINI, D. Iniciação à inverstigação em educação

matemática. Campinas: CEMPEM/COPEMA, 1999.

MACHADO, S. D. A. et al. Educação matemática uma introdução. São Paulo: EUD.

1999. (Série Trilhas)

MOYSÉS, L. Aplicaçoes de Vygosky à Educação Matemática. Campinas. Papirus.

1997. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico).

POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.

SEED – Proposta pedagógica curricular do Curso de Formação de Docentes da

Educação Infantil e Anos Inicial do Ensino Fundamental, em nível médio, na modalidade

Normal. Curitiba, 2006.

SOUZA, A. C. C. Tendência em educação matemática nos anos 90. IV Semana de

Matemática, UTP.

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SCHEFFER, N. F. Modelagem Matemática. Educação Matemática em revistas – RS,

Rio Grande do Sul, / (I): 11-15. JUN. 1999.

SILVA, C. P. da. A matemática no Brasil – uma história de seu desenvolvimento. São

Leopoldo: UNISINOS, 1999.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO -

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO TRABALHO - Fundamentos teórico-metodológicos

das disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

Normal em nível Médio, Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR,

2008. - 242 P.

PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor Ensino Fundamental

Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2011.

METODOLOGIA DO ENSINO DE PORTUGUÊS E ALFABETIZAÇÃO

APRESENTAÇÃO

A linguagem oral e escrita está presente no cotidiano da sociedade e na

prática das instituições da educação infantil, à medida que todos que dela participam:

crianças e adultos, falam, se comunicam entre si, expressando sentimentos e ideias.

No decorrer da história da humanidade,os acidentes geográficos,as manifestações

físicas da natureza,a opção do homem em crescer em comunidade, defendendo-se dos

obstáculos e transportando-os, fez com que houvesse uma preocupação com o

conhecimento. Em princípio,individual e depois coletivamente de tal modo que viram

obrigados a sistematizá-los para uma melhor compreensão e utilização.

Neste contexto histórico inseriu-se a linguagem como indispensável e sem a qual

não há desenvolvimento,pois permeia todas as demais ciências dando o suporte

necessário ás transformações sociais em todas ás áreas do conhecimento que a

humanidade está submetida, em busca incessante de uma melhor qualidade de vida.

Nesse sentido,contribui para que a sociedade pense sobre a vida revendo a história para

compreender o presente e pensar no futuro.

No mundo contemporâneo,se faz cada vez mais necessário,indivíduos criativos e

versáteis,capazes de entender as transformações sociais,fazer uma leitura crítica da

sociedade e nortear a sua vida de maneira autônoma.

A metodologia do ensino de Português e Alfabetização têm a intenção de trazer até

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o aluno, professor o trabalho com as diversidades textuais,histórias e experiencias que

muitas vezes situam-se em vertentes teóricas distintas, mas são amarradas pelo desejo

de proporcionar reflexões e decisões. A posição do aluno – professor será de

pesquisador, uma vez que ele terá que compreender, comparar, interpretar a história do

outro para enfim, escrever a sua própria história.

O objetivo da disciplina é propor ao aluno – professor o compromisso com a

formação humana e o acesso à cultura geral,bem como o respeito à diversidade

cultural,posicionando de maneira crítica,responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais, utilizando a linguagem como forma de mediar e tomar decisões.

O futuro educador,hoje aluno do curso de formação de docentes,deverá receber

conhecimentos especiais na sua qualificação de professor alfabetizador,um dos caminhos

para o desenvolvimento deste trabalho está centrado em diferentes propostas de

alfabetização e ensino da língua portuguesa,analisando os procedimentos de cada

proposta,evidenciando os pressupostos teóricos que sustentem a concepção de ensino e

aprendizagem,a concepção da língua escrita e a corrente psicológica a que estão

atrelados.

CONTEÚDOS

3 º Ano

* Linguagem e sociedade;

* Concepção de linguagem,de linguagem escrita,de alfabetização e de letramento;

* Concepção de ensino e de Aprendizagem;

* Teoria sobre aquisição do conhecimento e sobre aquisição da leitura e escrita;

* Concepção da variação linguística:

• Conceito de texto,de leitura e de escrita;

• Padrões silábicos da língua;

• Tipologia textual e funções de linguagem;

• Processo de avaliação;

• História da Escrita;

• Análise crítica dos processos de alfabetização;

• Noções básicas e fonéticas;

4º Ano

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• características do sistema gráfico da Língua Portuguesa;

• Procedimentos metodológicos;

• Leitura e interpretação;

• Produção e reescrita de textos;

• Análise linguística;

• Atividades de sistematização para o domínio do código:

• Análise crítica dos Parâmetros Curriculares Nacionais, Referencia Curricular

Nacional para Educação Infantil e Diretrizes Curriculares da Educação;

• Analise crítica dos diferentes programas de alfabetização desenvolvidos no Brasil;

• Analise crítica de materiais didáticos de alfabetização e ensino da Língua

Portuguesa ;

• O papel da escola como promotora de alfabetização e letramento: Como alfabetizar

letrando.

Tudo isso a partir do regimento escolar,do P.P.P e das Diretrizes Curriculares

Estaduais desta disciplina.

METODOLOGIA

As ações pedagógicas da metodologia da língua Portuguesa devem estar pautadas

na construção do conhecimento de forma crítica,reflexiva,engajada na realidade,de modo

a privilegiar a relação teórico-prática,na busca da apreensão das diferentes formas de

apresentação dos conteúdos.

A prática da oralidade será desenvolvida através de:

• Debates ( sobre os temas propostos ou outros do interesse do grupo;

• Júris simulados (sobre a atitude de um determinado personagem,havendo aqueles

que concordam e outros que discordam);

• Relatos críticos (de acontecimentos próximos aos alunos,como algum fato que

tenha ocorrido na escola,bairro,cidade ou pais);

• Teatro (encenação de textos teatrais,novelas,história que conheçam, comerciais de

rádio e TV);

• Entrevistas (quando o desenvolvimento de alguma atividade realmente a exigir).

• Instruções(quando for necessário a um aluno explanar os procedimentos da

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execução de uma tarefa ao grupo ou à sala toda);

• Produção oral de :poesia, textos

narrativos,classificados,instrucionais,lúdicos,informativos,correspondência,humoríst

icos,gráficos.

• Dinâmica de grupo.

• A prática da leitura será desenvolvida através e:

• Diferentes gêneros textuais: textos

lúdicos,jornalísticos,didáticos,científicos,literários,parlendas,anúncios,etc.

• Leitura de imagens como fotos,cartazes,propagandas,etc.

• A prática da produção de texto será desenvolvida através de :

• Relatos críticos, bilhete, carta, cartazes, avisos(textos pragmáticos);

• Poemas,contos e crônicos(textos literários);

• Notícias, editoriais, carta de leitor e entrevistas(textos imprensa);

• relatório, resumos de artigos e verbetes da enciclopédia(textos de divulgação

científica).

• Análise linguística (produções de textos e interpretações).

AVALIAÇÃO

O trabalho de avaliação deve ser entendido como um processo contínuo cujo

objetivo não é apenas a atribuição de notas aos alunos,mas também uma possibilidade

de reflexão sobre a própria prática pedagógica. Através dessa atitude,é possível detectar

problemas e buscar soluções para eles.

O aluno não deve ser avaliado por um único trabalho que tenha executado,mas

pelo conjunto de atividades realizadas,o que possibilitará observar o desenvolvimento de

sua aprendizagem.

A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso texto aos

diferentes interlocutores e situações. Num seminário,num debate,numa troca informa de

ideias,numa entrevista,num relato de histórias. O aluno também deve se posicionar como

avaliador de textos orais com os quais convive: noticiários, discursos políticos,programas

televisivos,etc.

A leitura será avaliada através de questões abertas,discussões,debates e outras

atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

236

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A escrita será avaliada nos seus aspectos textuais e gramaticais,através de textos

produzidos e reestruturados e testes escritos.

De acordo com o regimento escolar será aplicada conteúdo discutido uma

avaliação paralela,caso o aluno não tenha assimilado o conteúdo terá uma nova

oportunidade. Sendo que os textos orais escritos valerão 60 pontos e os demais trabalhos

40 pontos;somando um total de 100 pontos na média semestral.

REFERÊNCIAS

DRAMAR,SAlfabetização,leitura e escrita: formação de professores em curso.Rio de

Janeiro:Escola de Professores,1995.

JOLIBERT,Josette e colaboradores.Formando crianças leitoras.Porto Alegre: Artes

Médicas:1994.

JOLIBERT,Josette e colaboradores.Formando crianças produtoras de textos.Porto Alegre:

Artes Médicas:1994.

GAGLIARI,Luiz Carlos.Alfabetização e Linguística.Editora Scipione – São Paulo,1995

FREIRE,Paulo.A Importância do ato de ler. São Paulo,cortez.Autores

Associados,1982.E.Macedo.

SMOLKA,Ana Luiza Bustamanta.A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como

processo discursivo.Editora da Unicamp,S.P.988.

VYGOTSKY,L.S Formação social da Mente. São Paulo: Martins fontes,1991.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Língua

Portuguesa.

Colégio Estadual Nestor Victor - Projeto Político Pedagógico.2008.

Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infântil e Anos

Iniciais do Ensino Fundamental,em nível médio,na modalidade norma – Curitiba : SEED - .2006.

ANTUNES, Celso. Alfabetização Emocional. (Pontos Básicos – Carmem Sigwalt).

237

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BETTELHEIM B.; ZELAN, K. Psicanálise da Alfabetização. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984.

BRASLAVSKI, Berta. Escola e Alfabetização. (Pontos Básicos levantados por Carmem Sigwalt).

CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador. Ática, 2005

.

CHARTIER, A.M. et al. Ler e Escrever: entrando no mundo da escrita. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1994.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

APRESENTAÇÃO:

É fundamental que a disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico,

neste curso de Formação de Docentes tenha como função primordial oportunizar a

reflexão sobre a situação do nosso ensino, discutindo seus problemas e as formas de

como resolvê-los.

A grande valia dessa reflexão objetivará entre outras esclarecer de forma

mais ampla, quais são as responsabilidades que: governo, escola, professores, alunos,

comunidade têm no trabalho de transformação da educação brasileira.

O ensino dessa disciplina objetiva - se em analisar o sistema escolar

brasileiro e sua estrutura administrativa do ensino.

Na primeira série do ensino de Formação de Docentes, as práticas pedagógicas se

concentrarão nos sentidos e significados do trabalho do professor educador em diferentes

modalidades e dimensões, como observação do trabalho docente pelos alunos. Isso

implicará visitas as creches que tenham maternal e pré- escola e escolas

preferencialmente nas 1ª série e 2ª série do ensino fundamental.

É fundamental que a disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico

faça parte da grade curricular do curso de formação de docentes, pois a mesma só irá

acrescentar aos educandos uma visão mais ampla da organização Trabalho e Políticos

Educacionais, por efetivar uma abordagem mais ampla sobre organização formal da

escola, funções e atribuições dos que integram o contexto escolar.

238

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Durante esse trabalho abordaremos leis que regem a educação no Brasil

como as Diretrizes curriculares da Educação Estadual.

Pretende-se neste 2ºano colocar os alunos em contato com situações

problemas no âmbito de algumas modalidades específicas e de experiências

educacionais extra escolares “a pluralidade cultural, as diversidades as desigualdades e a

educação será o norte principal em torno do qual os professores irão organizar e

encaminhar as atividades junto com os alunos essas observações ocorrerão em Centro

de Educação Infantil e escolas, APAES, etc...”

Conteúdos

1º Ano

Os conteúdos a serem trabalhados são de grande valia para Formação de

Docentes, pois os mesmos visam esclarecer de forma bem clara.

- A organização do Ensino Brasileiro.

. O que é sistema

. O que é Sistema Escolar?

- Sistema Escolar Brasileiro

. Níveis de ensino

. Modalidades de Ensino (Educação infântil,Ensino fundamental,médio e normal)

. Funcionamento do Sistema Escolar

. Direitos e Deveres

- Estrutura Administrativa do Ensino Brasileiro

. Princípios Orientadores

. Níveis administrativos

. Recursos financeiros

- O Ensino Fundamental

. A escolaridade obrigatória nas instituições Brasileiras

. A extensão da escolaridade obrigatória

. O ensino fundamental

- Princípios e Finalidade

. Princípios do Ensino

. Finalidades da Educação

. Objetivos do ensino Fundamental e a Educação Infântil.

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- Currículo Escolar

. O que é currículo

. Base comum e parte diversificada

. Parâmetros Curriculares Nacionais

. Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação.

- Avaliação, Recuperação e Promoção.

. Rendimento escolar

. O processo de avaliação

. Aprovação ou reprovação?

- Modalidades Especiais de Educação

. Educação Especial

. Educação Profissional

. Educação Jovem e adulta

. Educação povos indígenas

. Educação à distância

. Educação de campo

2º ano

Unidade III-A Escola de Ensino Fundamental

Capitulo 9 - Organização Formal da Escola

1.A escola como organização

2.Estrutura administrativa da escola

3.Direção de escola

4.Orientação educacional e pedagógica

Capítulo 10 - Relações Humanas na Escola

1.Relações internas

2.Relações externas

Texto: Freire e Axé ensinam crianças a sonhar – Fernando Rossetti 144 Recursos

Materiais

1.O terreno

2.O prédio da escola

3.A sala de aula

4.Dependências Comuns

5.Regime de trabalho

240

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Capitulo 12 – Organizações Auxiliares da Escola

1.Programas suplementares

2.Associação de Pais e Mestres e Funcionários (A.P.M.F)

3.Conselho Escolar e organização estudantil.

Unidade IV – Profissionais da Educação

Capitulo 13 – O educador e a lei

1.Formação

2.Aperfeiçoamento e atualização

3.Valorização dos educadores

Capítulo 14 – A Valorização do Educador

1.Condições de trabalho

. Participação assiduamente dentro das Politicas Educacionais do nosso País .

.

Metodologia

A metodologia a ser trabalhada nesta disciplina de Organização do Trabalho

Pedagógico será Formação de Docentes busca assegurar de forma qualitativa uma visão

mais ampla dos conteúdos, utilizando – se de técnicas como:

. Discussão em grupo

. Dinâmica de grupo

. Pesquisas

. Trabalho em grupo

. Trabalho individualizado

. Leitura de textos complementar (revistas)

. Debates em sala

Todo esse trabalho visará atender as necessidades individuais de cada aluno (a) e

estimulando sempre a oralidade / a reflexão e visão crítica.

AVALIAÇÃO

De acordo com a L.D.B. 93.94/96, a avaliação será: contínua e cumulativa visando

o desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

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Os alunos serão avaliados em vários momentos e de diferentes maneiras como:

•Avaliações escritas ,oral

•Apresentações orais e debates;

•Exercícios individuais e grupais;

A avaliação tem por objetivo a verificação da aprendizagem,realizada através de

ações diagnósticas,numa visão inclusiva,priorizando a especificidade dos processos

formativos dos alunos.

A recuperação ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados,a fim de que

ocorra aprendizagem aos alunos que não alcançaram a totalidade dos conteúdos

trabalhados,proporcionando retomadas dos conteúdos e oportunizando avaliações a fim

que progridam em sua aprendizagem.

As notas serão distribuídas semestralmente, sendo 60 pontos avaliações

escritas e orais e 40 pontos com trabalhos ou atividades em sala, sendo que essas

atividades serão diversificadas conforme o conteúdo.

No decorrer de cada semestre serão aplicados no mínimo 2 avaliações no

valor de 30 pontos uma (prova teórica) ou (prática) e duas atividades

(trabalhos,exercícios, etc...) no valor de 20 pontos cada.

REFERÊNCIAS

SEED. Avaliação, sociedade e escola. Fundamentos para reflexão. Curitiba 1976.

SOUZA, Clarilza Prado de. & outros. Avaliação do rendimento escolar. Campinas:

Papirus, 1991.

DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. Editora Autores Associados, São Paulo, 1995.

PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola Pública. São Paulo: Ática, 1997.

PILETTI, Nelson. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. São Paulo:

Ática 1998.

Proposta Pedagógica Curricular do Curso de formação de Docentes da Educação

infantil e anos iniciais do Ensino fundamental, em nível médio, na modalidade Normal –

Curitiba: SEED – PR. 2006

242

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PRÁTICA DE FORMAÇÃO

APRESENTAÇÃO

As práticas pedagógicas se constituem no eixo articulador dos saberes

fragmentados nas disciplinas. São o mecanismo que garantirá um espaço e um tempo

para a realização da relação e contextualização entre saberes e os fenômenos comuns,

objetos de estudo de cada ciência ou área de conhecimento específico. O objeto de

estudo e de intervenção comum é a educação. Contudo, esse fenômeno geral será

traduzido em problemas de ensino-aprendizagem contemporâneos, a partir dos

pressupostos que orientam o curso e dos objetivos de formação.

A prática de formação deverá ser um trabalho coletivo da instituição fruto de seu

projeto político pedagógico. Nesse sentido todos os professores responsáveis pela

formação teórico-prática do seu aluno. A disciplina tem por objetivo:

● articular os conhecimentos entre as disciplinas, garantindo um espaço e um

tempo para a contextualização entre os saberes e a prática pedagógica,

oportunizando ao aluno uma aproximação com a realidade educacional.

● desenvolver o processo de vivência e reflexão sobre a ação docente,

favorecendo a construção dos saberes pedagógicos.

● proporcionar o estudo da relação teoria-prática que permeia o espaço escolar

e as relações culturais e sociais que interferem e/ou influenciam a gestão nos

diferentes setores da instituição de ensino.

● conhecer as diferentes modalidades de ensino, compreendendo as

diversidades sociais, culturais, étnicas, religiosas, estéticas, de gênero e suas

especificidades educacionais implícitas, bem como o processo de inclusão destas

diferenças no sistema de ensino e na prática docente.

Na primeira série, as práticas pedagógicas se concentrarão nos sentidos e

significados do trabalho do professor/educador, em diferentes modalidades e dimensões.

Será oportunizado aos alunos a observação do trabalho docentes nas instituições de

Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental (1ª e 2ª séries).

Na segunda série, pretende-se colocar os alunos em contato com situações

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problemas no âmbito de algumas modalidades específicas e de experiências

educacionais extra-escolares. O foco principal será as observações voltadas a pluralidade

cultural, as diversidades, as desigualdades e a educação. Será oportunizado aos alunos

em formação a observação da prática do contexto educacional de alunos portadores de

necessidades educacionais especiais , nas creches, APAES, projetos alternativos de

educação popular, bem como projetos voltados para a educação indígena e/ou educação

do campo.

Na terceira série, o foco de todo o trabalho estará voltado para os fundamentos

da Educação Infantil: as concepções de infância, de família e de educação em confronto

na sociedade. Outro elemento importante para a prática será o conhecimento das artes,

brinquedos, crianças e a educação nas diferentes instituições.

Na quarta série os alunos iniciarão suas experiências nas práticas de ensinar,

através da contextualização dos conteúdos desenvolvidos nas aulas das disciplinas.

Terão a oportunidade de vivenciar as práticas pedagógicas nas escolas, possibilitando

aos mesmos a elaboração de materiais didáticos, a seleção adequada dos mesmos e o

desenvolvimento de técnicas de ensino adequadas ás crianças. Na primeira etapa os

alunos deverão fazer o estágio com crianças de 0 a 5 anos e, na segunda etapa, com

crianças de 6 a 9 anos, completando assim todo o ciclo dessa fase da educação.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA 1ª SÉRIE

● Conhecer o sentido e significado do trabalho pedagógico na Educação Infantil

● Vivenciar o tempo, espaço e organização do trabalho pedagógico nas

instituições de Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental;

O eixo de todo o trabalho estará focado nona observação do trabalho docente

pelos alunos através de visitas às creches, maternal e pré-escola e 1º e 2º anos do

Ensino Fundamental.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA 2ª SÉRIE

● Conhecer as diferentes modalidades de educação compreendendo as

diversidades sociais, culturais, étnicas e as diversidades e desigualdades

existentes no meio educacional;

● Observação e investigação do trabalho pedagógico nas instituições: creches,

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escolas regulares, Apaes, projetos alternativos, como também projetos voltados à

Educação indígena, de campo e de Jovens e Adultos.

O eixo de todo o trabalho estará centrado na observação da dinâmica do

trabalho pedagógico, voltada aos alunos portadores de necessidades educacionais

especiais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA 3ª SÉRIE

● Compreender a concepção de infância e da família no Brasil;

● Conhecer os fundamentos que norteiam a Educação Infantil: cuidar e educar;

● Analisar as práticas pedagógicas docentes no cotidiano escolar;

● Confeccionar, compreender e saber utilizar na prática docente elementos

pedagógicos, como: brinquedos, danças, música, teatro, literaturas infantis e a arte

de contar estórias;

O eixo de todo o trabalho estará centrado na produção de pesquisas e

observações em instituições educacionais, tendo como foco concepções de

infância, família e educação em confronto na sociedade. Outro elemento a

ser enfatizado será a importância da arte na Educação Infantil, seus fundamentos

sócio-psicológicos e suas funções no desenvolvimento das crianças.

Compreender a concepção de infância e da família no Brasil;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA 4ª SÉRIE

● Fundamentação teórica quanto a questões ligadas a aprendizagem, disciplina,

utilização adequada de materiais didáticos.

● Desenvolvimento de práticas pedagógica e educativa através dos estudos

realizados ao longo do curso através de questões norteadoras do eixo temático “

Práticas Pedagógicas “. Manejo de turma,utilização de recursos didáticos,

conteúdos científicos a serem desenvolvidos com os alunos em cada etapa, às

metodologias adequadas a cada área do conhecimento e ao acompanhamento do

processo de aprendizagem do aluno. A ação docente deve garantir que os alunos

contextualizem os conteúdos desenvolvidos nas aulas, através das disciplinas com

a prática social, e também vivenciam as práticas pedagógicas nas escolas de 1º ao

5º ano do Ensino Fundamental com mais autonomia intelectual e condução das

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tarefas educativas.

● O trabalho com a Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação do Campo, A

Inclusão, uso indevido de Drogas, Sexualidade, Diversidade Cultural serão

dimensionados através da relação conteúdo prática social.

METODOLOGIA

A metodologia a ser aplicada é a que fundamenta a práxis pedagógica na visão

da Pedagogia Histórico-Crítico: prática social

inicial/teoria/prática social final, isto é, transformada pela teoria e de caráter dialético, pois

o conhecimento está em constante movimento com isto devemos trabalhar com nossos

alunos em constante instigação, sempre perguntando, exemplificando, construindo junto

com eles, dessa maneira tornará o aprendizado muito mais produtivo e envolvente.

No primeiro ano o trabalho deverá centrar-se no sentido de possibilitar o

aprofundamento do que é o trabalho do professor no Centro de Educação Infantil e nas

escolas. A aproximação com essa realidade poderá se dar através de pesquisas já

existentes, reflexões teóricas metodológicas mais consistentes e de realização de

pequenas pesquisas(levantamentos)em instituições próximas dos alunos para que os

mesmos possam investigar e refletir sobre o trabalho do professor.]

No segundo ano o trabalho deverá centrar-se na observação, reflexão e análise

sobre a pluralidade cultural, diversidades e desigualdades na educação. As visitas se

centrarão nas instituições que trabalham com Educação Especial e outras instituições que

trabalham com projetos alternativos em educação como ONGs, e demais órgãos que

trabalham com políticas de inclusão.

No terceiro ano o trabalho se centrará na reflexão e análise sobre os

condicionantes da infância no Brasil e os fundamentos da Educação Infantil, através de

estudos e observações sobre a concepção desses temas. Outro elemento a ser

trabalhado, e utilizado será a confecção de brinquedos, resgate de jogos, músicas,

literaturas infantil, teatros. Todo esse trabalho será realizado em consonância com a

teoria e a prática em sala de aula.

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A utilização desses materiais acontecerão em micro aulas pelos alunos tendo

sempre em vista explicar os objetivos de cada material, música ou brinquedo.

O trabalho do professor terá como base a explicação oral, leitura de textos,

trabalho em grupos, apresentação de micro- aulas para professora, e em sala de aula da

Educação Infantil e Séries Iniciais.

No quarto ano o trabalho se desenvolverá através de práticas pedagógicas com

ênfase no planejamento das aulas, uso adequado de material didático, orientações sobre

manejo de sala e métodos adequados para os conteúdos, responsabilidade com o seu

trabalho: ética profissional e conhecimentos sobre psicologia da aprendizagem, educação

especial e inclusão. O trabalho com a Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação do

Campo, a Inclusão, Uso indevido de Drogas, Sexualidade, Diversidade Cultural serão

dimensionados através da relação conteúdo prática social.

AVALIAÇÃO

A avaliação da Prática de Formação deve ser processual e diagnóstica, ou seja

desta forma ela assume caráter integrador, no sentido de estar presente em todo o

processo de ensino x aprendizagem. Se dará numa perspectiva de caráter formativo e

inclusivo, buscando orientar, reorientar e recuperar os conhecimentos não aprendidos.

Dessa forma, o aluno terá oportunidades de extrapolar todas as suas capacidades

cognoscitivas de aprendizagem no sentido de sua formação como Docente de Educação

Infantil e Séries Iniciais da Educação Básica.

Toda a dinâmica avaliativa ocorrerá através da utilização dos seguintes

instrumentos: trabalhos individual ou em grupo, leituras, análise, discussão e elaboração

de relatórios referentes aos temas propostos nas aulas práticas, apresentação de

trabalhos, pesquisas, palestras, análise de filmes, visitas às escolas para observação da

prática docente, oficinas de material didático e regência de classe na Educação Infantil e

séries iniciais do Ensino Fundamental.

Essas avaliações serão expressas em forma de notas semestrais, perfazendo

um total de 10,0, conforme instruções previstas no Regimento Escolar do

Estabelecimento de Ensino.

A recuperação ocorrerá paralelamente aos conteúdos estudados. Aos alunos que

não alcançarem a média estabelecida e aos que desejarem ampliarem o rendimento

escolar, serão proporcionados meios que permitirá o progresso na aprendizagem.

247

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRZEZINSKI, I. A formação e a carreira de profissionais da educação na LDB

9.394/96: possibilidades e perplexidades. In: BRZEZINSKI, I. (org). LDB interpretada:

diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997. p. 141 – 158

GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia Histórico-Crítica. Campinas: Autores

Associados, 2002.

PICONEZ, Stela C. B. (org) A prática de Ensino e o Estágio Supervisionado.

Campinas, São Paulo: Papirus, 1994.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores-unidade, teoria e prática?

São Paulo: Cortez, 1995.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO -

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL – Proposta Pedagógica Curricular

do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal. Curitiba. SEED – Pr., 2006.

VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO -

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO TRABALHO - Fundamentos teóricos-metodológicos

das disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

Normal em nível Médio, Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR,

2008. - 242 P.

PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Victor Ensino Fundamental

Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2011.

QUÍMICA

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Apresentação

Desde o domínio do fogo, uma das mais antigas descobertas, a química estava

presente. No Ocidente os gregos foram os primeiros a teorizar sobre a composição da

matéria, foram deles a ideia de átomo (Leúcipo e Demócrito 400 a. c.) (VIDAL, 1986, p.

09).

Do século III da era cristã até a idade média surgiu a alquimia, um misto de ci -

ência, religião e magia, buscava a riqueza, cura de doenças e vida eterna. No final do sé-

culo XIV com o fim do feudalismo houve a preocupação em relação a mão de obra produ-

tiva e os estudos sobre substâncias minerais para a cura de doenças. Na transição dos

séculos XV-XVI os estudos de Paraselso ( Phillipus Auredus Theophrastus Bambastus

Von Hohenhein.) possibilitou o nascimento da Iatroquímica (biogeoquímica), que empre-

gando este conhecimentos faz uma leitura cosmológica dos fenômenos, relacionados a

religião. Neste mesmo século ocorreu com a expansão da indústria, do comércio, da

navegação e das técnicas militares, em Paris, Berlim, Florença e Bolonha, nesta época

foi criada então em Paris a, Academie de Scienes subordinada ao Estado, também foi

criada em Londres a Royal Society sem qualquer relação com o Estado, mesmo assim a

estratégia era permanecer em silêncio, pois alguns consideravam as pesquisas meramen-

te especulativa e intuitiva.

Ainda no século XVII ocorreu a revolução química com a incorporação de al-

guns elementos empíricos da alquimia, onde o mágico cedeu lugar ao cientifico.

(CHAUÍ, 2005, in ALFONSO-GOLDFARB, 2005, p. 11-12). No século seguinte aconteceu

então o grande desenvolvimento na experimentação química como o isolamento dos ele-

mentos gasosos(nitrogênio, cloro, hidrogênio e oxigênio) além de elementos como cobal -

to, platina,zinco,níquel, bismuto,manganês, molibdênio, telúrio, tungstênio e cobre. Na re-

volução industrial com a substituição da força humana por máquinas nasce a industria

química, este mesmo momento foi marcado por Antonie Laurent Lavoisier com a elabora-

ção do tratado Elementar da química(Traité Elementaire de Chimie) que propôs uma no-

menclatura universal para todos os compostos químicos, sendo aceita internacionalmen-

te.

O período no qual a ciência moderna se consolidou e passou a deixar marcas

na caminhada da humanidade foi o século XIX com a teoria atômica de John Dalton afir-

mando que a matéria era constituída de pequenas partículas esféricas maciças e indivi -

síveis denominadas átomos ( matéria e sua natureza). Com o surgimento dos laborató-

rios de pesquisas no final do século XIX , a química se consolidou como a principal dis-

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ciplina associada aos efetivos resultados na industria. Desta forma desde o final do século

XX até hoje passamos a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas, e com o

aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, constituindo assim uma era de

transformações nas ciências.

O domínio do fogo representa, sem dúvida, uma das mais antigas descobertas

químicas e aquela que mais profundamente revolucionou a vida do homem. Já no paleolí-

tico, há cerca de 400.000 anos, o homem conservava lareiras em alguns dos seus habitá-

culos na Europa e na Ásia. [...] No neolítico, o fogo foi utilizado para cozer a argila desti-

nada ao fabrico de cerâmica. Mais tarde, graças aos conhecimentos que terão sido adqui-

ridos pelo artífice na prática da combustão e da construção dos fornos, irá permitir a meta-

lurgia. [...] A tinturaria é uma indústria muito antiga. Não é possível fixar-lhe as origens.

Utilizavam-se, na Antiguidade, sucos vegetais tirados da garança, do ingueiro. As mulhe-

res das regiões do Nilo recorriam à malaquite para pintar o rosto. Utilizado como pintura,

servia aos gregos para betumar os seus navios a fim de proteger a madeira

Os alquimistas europeus buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal

(prática de transmutação dos metais em ouro). Dedicavam-se a esses procedimentos,

mas agiam de modo hermético, ocultista, uma vez que a sociedade da época era contra

essas práticas por acreditar tratar-se de bruxaria: Ao longo dos séculos XVII e XVIII,

com o estudo da química pneumática (Boyle, Priestley, Cavendish) e com o rigor metodo-

lógico de Lavoisier, definiu-se um novo saber, que passou a ser conhecido como química,

o qual foi dividido em diferentes ramificações procedimentais, dentre elas: alquimia, boti -

cários, iatroquímica e estudos dos

gases. O experimentalismo marcou a ciência moderna e esteve presente no avanço da

Química dos séculos XVIII e XIX em inúmeras investigações. Dentre as realizações dos

químicos, nesse período, destacaram-se o isolamento de algumas substâncias gasosas

(nitrogênio, cloro, hidrogênio e oxigênio) e a descoberta de muitos outros elementos me-

tálicos: cobalto, platina, zinco, níquel, bismuto, manganês, molibdênio, telúrio, tungstênio

e cobre. Com a Revolução Industrial, o modo de produção capitalista expandiu-se, o que

teve como uma, dentre outras consequências, o impulso ao desenvolvimento da indústria

química. (CHASSOT, 2004, p. 119).

Com o estreitamento gerado por interesses econômicos e pelas instâncias do po-

der resultou, entre outros fatores, na eclosão das duas guerras mundiais do século XX e

no estabelecimento de discussões a respeito da ética na ciência e de seus impactos na

sociedade. Passou-se a questionar a utilização do saber científico tanto para o progresso

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da humanidade quanto para seu possível aniquilamento.

Depois da Segunda Guerra Mundial, as pesquisas sobre o átomo desenvolveram-

se ainda mais. O bombardeio de núcleos com partículas aceleradas conduziu à produção

de novos elementos químicos, bem como o desenvolvimento de diferentes materiais,

como, por exemplo, cerâmicas, ligas metálicas e semicondutores. Isso ocorre em função

do advento da mecânica quântica, que resultou nas bombas .

Deste modo a química participa do desenvolvimento científico tecnológico com

importantes contribuições específicas, cujas às decorrências tem alcance econômico, so-

cial e político. A sociedade e seu cidadão interagem com o conhecimento científico mais

avançado possibilitando compreender e repensar a realidade a qual se insere. Trabalhar

com os conteúdos que, embora relacionados indiretamente ao seu cotidiano, são de rele-

vância nas condições de vida, e acompanhamento das transformações informativas num

processo de trabalho coletivo oportunizando as descobertas de diferentes instrumentos. O

tratamento será desenvolvido, destacando a crença que o conhecimento não é transmiti-

do, mas construído pelos alunos levando em conta aquilo que o aluno sabe.

A disciplina estará fundamentada em trocas constantes de experiências, em um

processo dinâmico, buscando destacar o potencial de cada um. Os conteúdos

estruturantes do ensino de Química no ensino médio está calcado em : MATÉRIA E SUA

NATUREZA, BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SÍNTÉTICA. Seu objeto de estudo é:

substâncias e materiais, sustentados pela tríade: Composição, propriedades e

transformação.

Matéria e sua Natureza: A abordagem da história da química é necessária para a

compreenção de teorias e, em especial, dos modelos atômicos , uma vez que a

concepção de átomo é imprescindível para que se possam entender os aspectos

macróscopiops dos materiais com que o ser humano está em contato diário e perceber o

que ocorre no interior dessas substâncias, ou seja o comportamento microscópio.

Biogeoquímica: A química sempre esteve associada a natura a sua finalidade na

vida das pessoas, seja ela na velocidade com que se processa uma fermentação para

transformar uva em vinho, seja ela na digestão que auxiliada pelo ácido clorídrico

existente no estômago, seja ela no oxigênio que do mar vai para a terra,,vai para o ar e

retorna ao mar. Essas questões estão relacionadas aos processos que ocorrem com os

seres vivos e com o nosso planeta.

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Química Sintética: O avanço das tecnologias permitiu que o homem tivesse cada vez

mais conforto no seu cotidiano, sendo assim desenvolveram-se fertilizantes para um

maior aproveitamento das plantações, a fibra óptica que permite que a comunicação se

torne ágil, os conservantes para que os alimentos não pereçam rapidamente.

Deste modo a química participa do desenvolvimento cientifico com importantes

contribuições especificas, cujas às decorrências tem alcance econômico, social e político.

A sociedade e seu cidadão interagem com o conhecimento cientifico mais avançado

possibilitando compreender e repensar a realidade a qual se insere.

Trabalhar com os conteúdos que embora relacionados indiretamente ao seu

cotidiano, são de relevância nas condições de vida, e acompanhamento das

transformações informativas num processo de trabalho coletivo oportunizando as

descobertas de diferentes instrumentos. O tratamento será desenvolvido, destacando a

crença que o conhecimento não é transmitido, mas construído pelos alunos levando em

conta aquilo que o aluno sabe.

O ensino de química tem como objetivo despertar no aluno a vontade e o interesse

pela pesquisa científica, a descoberta e a redescoberta, enfatizando sua relação com a

vida cotidiana, através de experimentos. Formar um aluno que se aproprie dos

conhecimentos químicos e também seja capaz de refletir sobre o período histórico atual.

O conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos

isolados, prontos e acabados, mais sim uma construção da mente humana, em continua

mudança. O ensino de química deve possibilitar ao aluno a compreensão do processo e

elaboração desse conhecimento com seus avanços, erros e conflitos.

Conteúdos Estruturantes

Matéria e sua Natureza

Biogeoquímica

Química Sintética

Conteúdos Básicos

Solução

Velocidade das reações

Constituição da Matéria

Estados de agregação

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Natureza Elétrica da matéria

Modelos atômicos

Estudo dos metais

Tabela Periódica

Substância simples e compostas

Misturas

Métodos de separação

Solubilidade

Concentração

Forças Intermoleculares

Temperatura e pressão

Densidade

Dispersão e suspensão

Tabela periódica

Reações químicas

Lei das reações químicas Representação das reações químicas

Condições fundamentais para ocorrência das reações

Fatores que interferem na velocidade das reações

Lei da velocidade das reações

tabela periódica

Equilíbrio Químico

Ligação Química

Reações Químicas

Reações químicas reversíveis

Concentração

Relações matemáticas e o equilíbrio químico

Deslocamento químico

Equilíbrio químico em meio aquoso

Tabela periódica

Tabela periódica

Propriedades dos metais

Tipos de ligações químicas

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Solubilidade e as ligações químicas

Interações moleculares

Ligação de hidrogênio

Ligação metálica

Ligação sigma e pi

Ligações polares e apolares

Alotropia

Reações de oxi-redução

reações exotérmicas e endotérmicas

Diagramas das reações

exo- endotérmicas

Variação da entalpia

Calorias

Equações termoquímicas

Princípios termodinâmicos

Lei de Hess

Entropia e energia livre

Calorimetria

Tabela periódica

Radioatividade

Gases

Funções Orgânicas

Modelos atômicos

Elementos químicos

Tabela Periódica

Reações químicas

Velocidade das reações

Emissões radioativas

Leis da radioatividade

Cinética das reações químicas

Fenômenos radioativos

Estados físicos da matéria

tabela periódica

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Propriedades dos gases

Modelos de partículas para materiais gasosos

Misturas gasosas

Diferença entre vapor e gás

Lei dos gases

Funções Orgânicas

Funções inorgânicas

Tabela periódica

Metodologia

Será abordado o ensino de química voltado a construção/reconstrução de significados

dos conceitos científicos na sala, ampliando a compreensão do conhecimento científico e

tecnológico para além do domínio estrito dos conhecimentos de química, o aluno ter

contato com o objeto de estudo da matéria e suas transformações, numa relação de

dialogo onde a aprendizagem dos conceitos químicos se realize no sentido da

organização do conhecimento científico. A Química será tratada com o aluno de modo a

possibilitar o entendimento do mundo e a sua interação com ele. O ensino-aprendizagem

na disciplina de química será baseada nas interações aluno-aluno, aluno-professor e

aluno-professor-objeto do conhecimento. E para que essas interações ocorram com

sucesso, será utilizado os seguintes recursos:

- Leitura de textos, onde o importante será a discussão de ideias;

- Experimentação formal, com discussão pré e pós laboratório e visando a

construção e ampliação de conceitos;

- Demonstrações experimentais, como recurso para coleta de dados e posterior

discussões relacionadas com o conteúdo trabalhado.

- Estudo do meio, através do qual se pode ter ideia interdisciplinar dos campos do

conhecimento(visitas a sistemas produtivos industriais e rurais);

- Aulas dialógicas, na qual será instigado o dialogo sobre o objeto de estudo;

- Áudio-visual, da mesma forma que o trabalho experimental, envolve períodos de

discussão pré e pós atividade áudio-visual e deve facilitar a construção e a ampliação dos

conceitos;

-Informática, como fonte de dados e informações;

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- uso da biblioteca, como fonte de dados e informações;

- Acesso à Internet;

- Temáticas

• Educação Ambiental

• Prevenção e uso indevido de drogas

• Relação Étnico- Raciais

• Sexualidade

• Violência na escola, serão trabalhados permeando os conteúdos Básicos sempre que

for possível.

Critérios de Avaliação:

Na perspectiva que se propõe, a avaliação da disciplina de Química vem mediar a

práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com os

encaminhamentos metodológicos, onde os erros e acertos deverão servir como meio

de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. A avaliação possui uma

finalidade em si mesmo, mas deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do

professor no processo ensino- aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do

processo educacional desenvolvido no coletivo da escola. A avaliação deve

ultrapassar os limites quantitativos e incorporar quatro dimensões: diagnóstica,

processual/ continua, cumulativa e participativa.

Ao centralizar o processo de ensino-aprendizagem na dinâmica discursiva da aula,

com atividades diversificadas, o processo avaliativo passa a requerer mais do que

nunca um caráter inclusivo, no sentido de estimular a autoconfiança e a participação

do aluno. Os alunos têm que realmente se sentir sujeitos do processo e não apenas

executores de tarefas escolares com objetivo exclusivo de acumular pontos para a

avaliação final.

Serão utilizados diversos instrumentos de avaliação, tais como: Atividade de leitura

e interpretação de textos, projeto de pesquisa bibliográfica produção de textos,

palestras/apresentação oral atividades experimentais, projeto de pesquisa de campo,

relatórios, seminários, debates, atividades com textos literários, atividades a partir de

recursos audiovisuais, trabalho em grupo, questões discursivas e questões objetivas.

Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e o ato de

avaliar como objeto de punição e buscar desenvolver no aluno o senso crítico.

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Referências:

SARDELLA, A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo; Ática, 2004.

SARDELLA, A., MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3.ed. São Paulo: Ática,

1992.

PINTO, A. Ciência e existência. São Paulo: Paz e Terra, 1969.

NOVAIS, V. Química. São Paulo: Ed. Atual, 1999. v. 1.

RABELO, E. H. Avaliação: novos tempos, novas práticas. Petrópolis: Vozes, 1998.

PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento

de Ensino de segundo grau. Reestruturação do Ensino de 2ª grau – química. Curitiba:

SEED/DESG,1993.

VIDAL, B. Historia da Química. Lisboa: Edições 70, 1986

GOLDFARB, A.M. Da alquímica à química. São Paulo: Landy, 2001.

BAIRD, C. Química ambiental.2ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

CHASSOT, A. Educação consciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ. DCE - QUÍMICA, Curitiba ,2006.

PPP, Projeto Político Pedagógico,

MORTIMER,E.F,; MACHADO,A. H. Química para o ensino médio. São Paulo:

scipicione, 2002.

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SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO:

Sendo a Língua Portuguesa a principal disciplina capaz de articular-se em toda a comunicação desenvolvida na sociedade, cabe à escola a incumbência de ensinar aos alunos, ler, escrever e interpretar, conferindo a dimensão necessária que esses conhecimentos devem ter na formação do sujeito e cidadão crítico, permitindo que a aventura humana e as incertezas que a envolvem sejam compreendidas em sua complexidade, preparando, quando praticadas conscientemente, para enfrentar problemas e buscar alternativas para superá-los.

Pensar o ensino de Língua Portuguesa significa pensar numa realidade que permeia todos os nossos atos cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha onde quer que estejamos e é via linguagem que nos construímos enquanto sujeitos. É a linguagem a responsável pela comunicação humana.

Portanto, a Língua Portuguesa está presente em todas as disciplinas proporcionando o ensino aprendizagem do aluno.

A Sala de Apoio à Aprendizagem tem como objetivos:Estender o tempo escolar dos alunos dos 6º e 9º anos com defasagens de aprendizagem na leitura, escrita e oralidade;Transformar as atividades da Sala de Apoio à Aprendizagem em experiências pedagógicas de qualidade, de modo que o tempo de estudar e de aprender ganhe novo sentido, expanda-se renove a cada dia.A indicação dos alunos(as) para a composição das turmas da Sala de Apoio à aprendizagem é realizada pelos professores das turmas dos 6º e 9º anos de acordo com o diagnóstico realizado em sala de aula, levando em conta a defasagem de aprendizagem em conteúdos referentes aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

6º ANOCONTEÚDOS:

ORALIDADE:• Tema do texto;• Finalidade;• Argumentos;• Papel do locutor e interlocutor;• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;• Adequação do discurso ao gênero;• Turnos da fala;• Variações linguísticas;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

LEITURA:• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade;

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• Argumentos do texto;• Discurso direto e indireto;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA: Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Discurso direto e indireto; Divisão do texto em parágrafos; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal

9º ANOLEITURA

• Conteúdo temático• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Discurso ideológico presente no texto;• Vozes sociais presentes no texto;• Elementos composicionais do gênero;• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;• Partículas conectivas do texto;• Progressão referencial do texto;• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto,• pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);• Semântica:operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e denotativo

das palavras no texto;expressões que denotam ironia e humor

ESCRITA• Conteúdo temático;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;

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• Vozes sociais presentes no texto;• Elementos composicionais do gênero;• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;• Partículas conectivas do texto;• Progressão referencial do texto;• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,• pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);• Sintaxe de concordância;• Sintaxe de regência• Processo de formação de palavras;• Vícios de linguagem;• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores e polissemia.

ORALIDADE• Conteúdo temático;• Finalidade;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Papel do locutor e interlocutor;• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual,• pausas...;• Adequação do discurso ao gênero;• Turnos de fala;• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;• Elementos semânticos;• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições);• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

METODOLOGIA:Os conteúdos serão desenvolvidos com aulas expositivas e práticas com atividades

de fixação, jogos de dominó, bingo, cruzadinhas, e demais jogos educativos, práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.

Considerar os conhecimentos prévios dos alunos e observar a argumentação, a adequação vocabular, a clareza e coerência, proporcionando a aprendizagem da leitura, da oralidade e da escrita.

Apresentação de textos produzidos pelos alunos valorizando a reflexão que ele faz a partir das suas ideias.

Interpretação oral e escrita dos textos estudados levando o aluno a identificar o tema e a intencionalidade presente nos textos, localizar informações explícitas e inferir informações implícitas nos mesmos.

A Coletânea de Textos Língua Portuguesa, Sala de Apoio à Aprendizagem será o material norteador da prática pedagógica do professor.

AVALIAÇÃO:A oralidade será avaliada em função de adequação do discurso/texto aos

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diferentes interlocutores e situações, analisando a participação do aluno nos diálogos, nos relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, etc..

Ao se avaliar a leitura, serão consideradas as estratégias que os estudantes empregam em seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta texto. Para isso, serão propostas discussões, questões abertas, debates e outras atividades que permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

A escrita será avaliada a partir dos textos produzidos pelos alunos, tendo em vista as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, os elementos linguísticos usados nas produções dos alunos serão avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto.

A análise linguística será avaliada a partir de atividades que abordem os conteúdos gramaticais, fornecidos pelos textos, procurando enfatizar a reflexão e o uso efetivo da língua, privilegiando os conteúdos trabalhados e as situações concretas de comunicação.

O aluno é desligado do programa mediante acompanhamento da Equipe Pedagógica dos Professores da sala regular e professores da sala de apoio quando da superação das dificuldades apresentadas.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Carmem Silvia; KUTNIKAS, Sarina; PANACHÃO, Débora; SALMASO, Sílvia. Construindo a escrita gramática ortografia. São Paulo: Ática.

DELMANTO, Dileta; CASTRO, Maria da Conceição. Português: Ideias & Linguagens 12 ed. Reform. São Paulo: Saraiva.

INEP, Instituto Nacional de Estudos e pesquisas Educacionais Anísio Teixeira — Língua Portuguesa. Orientações para o professor – SAEB – Prova Brasil, Brasília – 2009.

MARTOS, Cloder Rivas, e AGUIAR, Joana D´Arque Gonçalves, Viver e aprender Português. São Paulo: Saraiva – 2006.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Prova Brasil – Matrizes de Referências, Temas, Tópicos e Descritores. Brasília – 2009.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Portuguesa. Secretaria de Estado da Educação, 2009.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Orientações Pedagógicas: Língua Portuguesa, Sala de Apoio à Aprendizagem. Curitiba: SEED-PR.,2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coletânea de textos: Língua Portuguesa, Sala de Apoio à Aprendizagem. Curitiba: SEED- PR., 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Coletânea de textos. Ciclo Básico de

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Alfabetização. Departamento de Ensino Fundamental – 2005.

SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM - MATEMÁTICA: 6º e 9º ANO.

1 – APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA:

Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de

processos de pensamento e a aquisição de atitudes, podendo formar no aluno a

capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de investigação, proporcionando

confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas, propiciando a

formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da

harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.

Quanto ao seu papel instrumental, ela é vista como um conjunto de técnicas e

estratégias para serem aplicadas a outras áreas do conhecimento, assim, como para a

atividade profissional, e nesse sentido, é importante que o aluno veja a Matemática como

um sistema de códigos e regras que a tornam uma linguagem de comunicação de idéias e

permite modelar a realidade e interpretá- la.

Sob o aspecto ciência, é importante que o aluno perceba que as definições,

demonstrações e os encadeamentos conceituais e lógicos tem a função de construir

novos conceitos e estruturas a partir de outros e que servem para validar intuições e dar

sentido às técnicas aplicadas.

Como disciplina escolar, a processo de ensino e aprendizagem da Matemática pode

possibilitar a atribuição de sentidos aos eventos naturais e científicos e melhorar a

qualidade de vida, ao contemplar atividades que favorecem o desenvolvimento de

estratégias mentais para a identificação de situações problemas e a tomada de decisões

para buscar as soluções.

Fundamentando-se teórica e metodologicamente no campo da Educação

Matemática, que compreende a tríade: ensino, aprendizagem e conhecimento

matemático, o processo de ensino e aprendizagem nessa disciplina vem sendo orientado

por pesquisas que consideram os aspectos epistemológicos, históricos e práticos dessa

disciplina.

No Ensino Fundamental, cabe ao professor a sistematização dos conteúdos

matemáticos que emergem das aplicações no cotidiano, conhecidas dos alunos,

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superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da disciplina e de

seu conteúdo, indo além do senso comum.

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o

estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de

linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras

áreas do conhecimento. Assim, a finalidade do ensino de Matemática na escola, é

desenvolver o raciocínio lógico-dedutivo, estimular o pensamento independente, a

criatividade e a capacidade de resolver problemas.

Os conteúdos básicos , recomendados pelas Diretrizes Curriculares da Educação

Básica do Paraná, encontram-se listados por série, ao longo dessa Proposta Pedagógica

Curricular, sendo observada a articulação dos conteúdos estruturantes conforme

orientação dessas diretrizes

CONTEÚDOS: 6º Ano

Números:

• Leitura dos números;

• Escrita dos números;

• Classificação e seriação;

• Antecessor e sucessor;

• Ordem (crescente e decrescente);

• Organização do S.N.D;

• Valor posicional do algarismo;

• Números naturais;

• Pares e ímpares;

• Igualdade;

• Desigualdades;

• Números decimais;

• Números fracionários.

• Operações Fundamentais

Grandezas e Medidas:

• Comprimento

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• Tempo

• Massa

• Área

• Volume

• Ângulos

• Sistema monetário

Geometria

• Reconhecimento de figuras planas;

• Reconhecimento de figuras espaciais;

• Reconhecimento dos elementos das figuras planas;

• Reconhecimento dos elementos das figuras espaciais.

Tratamento da informação:

• Dados, tabelas e gráficos: Leitura, construção e interpretação.

CONTEÚDOS: 9º Ano

• Números e Álgebra

• Grandezas e Medidas

• Geometria

• Tratamento da Informação

• Funções

• Operações

• Medidas

• Estatística.

2 - OBJETIVOS GERAIS

• Aprofundar o estudo dos números naturais, o sistema de numeração decimal

compreendendo a necessidade de ampliação dos conjuntos numéricos;

• Operar com números reais, identificando as propriedades das diferentes operações;

• Utilizar medidas de comprimento, massa, capacidade, área, volume, temperatura,

tempo e de ângulos, bem como utilizar o sistema monetário brasileiro na solução de

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situações problemas.

• Identificar as principais figuras planas e espaciais e suas propriedades, assim como

calcular perímetros, áreas e volumes;

• Construir tabelas, ler e interpretar gráficos que possibilitem reflexões críticas e

previsões sobre a realidade;

• Interpretar e resolver situações-problema.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS DIDÁTICO:

Os Conteúdos específicos de Matemática no Ensino Fundamental serão articulados

aos conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do

Estado do Paraná, e os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo

professor deverá garantir ao aluno o avanço dos conhecimentos adquiridos nas séries

iniciais do Ensino Fundamental, além de conteúdos que favoreçam a aplicação dos

conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, da ciência

matemática e de outras ciências.

Cabe ao professor de Matemática ampliar os conhecimentos trazidos pelos alunos, e

desenvolver de modo mais amplo capacidades tão importantes quanto a abstração, o

raciocínio a resolução de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e

compreensão de fatos matemáticos, de interpretação da própria realidade, e acima de

tudo, fornecer-lhes os instrumentos que a Matemática dispõe para que ele saiba

aprender, pois saber aprender é condição básica para prosseguir se aperfeiçoando ao

longo da vida.

Refletindo sobre a relação matemática e tecnologia, não se pode ignorar que esse

impacto exigirá do ensino da Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva

curricular que favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam

ao indivíduo reconhecer-se e orientar-se nesse mundo do conhecimento em constante

movimento.

Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem

estão sendo influenciados cada vez mais pelos recursos da informática, e que as

calculadoras, computadores e outros elementos tecnológicos estão cada vez mais

presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso desses recursos traz

significativas contribuições para que seja

repensado o processo ensino-aprendizagem de matemática, podendo ser usados pelo

menos com as

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seguintes finalidades:

• Como fonte de informação;

• Como auxiliar no processo da construção do conhecimento;

• Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que

• possibilitem pensar, refletir e criar situações;

Como ferramenta para realizar determinadas atividades, tais como o uso de planilhas

eletrônicas, processadores de texto, banco de dados, etc.

Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um recurso

útil para a verificação de resultados, correção de erros, favorece a busca da percepção de

regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução de

situações-problema, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos,

mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.

A opção metodológica da Resolução de Problemas garante a elaboração de

conjecturas, a busca de regularidades, a generalização de padrões e o exercício da

argumentação, que são elementos fundamentais para o processo da formalização do

conhecimento matemático.

Resolver um problema que não significa apenas a compreensão da questão proposta,

a aplicação de técnicas ou fórmulas adequadas e da obtenção da resposta certa, mas,

sim, uma atitude investigativa em relação àquilo que está sendo estudado; oportuniza ao

aluno a proposição de soluções, explorar possibilidades, levantar hipóteses, discutir,

justificar o raciocínio e validar suas próprias conclusões.

É sob essa perspectiva metodológica, a resposta correta é tão importante quanto a

forma de resolução, permitindo a comparação entre as soluções obtidas e a verbalização

do caminho que conduziu ao resultado.

O uso de diferentes recursos e materiais mostrará ao aluno uma nova face de uma

mesma ideia, que pode ser mais prática, mais lúdica, mas que sempre exige reflexão. A

utilização de revistas e jornais pode ser excelentes fontes de situações problemas através

de notícias, gráficos, tabelas, anúncios, comerciais e outros que provocam

questionamentos contextualizados, pois representam material que possibilita a leitura da

realidade. Por outro lado, uma notícia pode ser motivo para busca de maiores e variados

conhecimentos, favorecendo inclusive a interdisciplinaridade.

A contextualização e a interdisciplinaridade que permitirão conexão entre diversos

temas matemáticos, entre as diferentes formas do pensamento matemático e as demais

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áreas do conhecimento, é que darão a tão importante significativa aos conteúdos

estudados, pois o conhecimento matemático deve ser entendido como parte de um

processo global na formação do aluno, enquanto ser social.

É importante que se estabeleça uma interação aluno-realidade social que possibilite

uma integração real da matemática com o cotidiano e com as demais áreas do

conhecimento. Nesse sentido, a resolução de problemas é uma ferramenta muito útil, pois

possibilita abordagem ampla e que venha se adequar às várias concepções da

matemática.

Resolver problemas é muito mais que uma frase; é o feito específico da inteligência e

inteligência é dom específico do homem. A maior parte dos nossos pensamentos

conscientes está ligada à problemas: quando nos satisfazemos em simples meditações

ou devaneios, nossos pensamentos estão dirigidos para algum fim. Resolver problemas

caracteriza a natureza humana, e para muitos educadores é a principal razão de se

ensinar matemática.

AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

Os alunos serão avaliados durante todas as aulas, através da observação os

trabalhos produzidos, sendo dispensados quando o professor regente e o professor da

sala de apoio, em conjunto, perceberem a evolução dos mesmos.

Dessa forma, poderemos dar oportunidade a outros alunos que necessitam

frequentar a sala de apoio.

REFERÊNCIAS

BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática hoje é feita assim.5a ä 8a série.São Paulo:

FTD, 2002.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. 5a à 8a a Série. São Paulo: Ática, 2008. (Livro

didático para uso do aluno).

GIOVANNI, José Ruy.CASTRUCCI, Benedito. Giovanni Jr, José Ruy. – A Conquista da

Matemática. – A mais Nova.5a à 8a série São Paulo: ed.FTD, 2002.

GRASSESCHI, Maria Cecília C. PROMAT: Projeto Oficina de Matemática. 5a à 8a série.

São Paulo: FTD, 1999.

HOFMANN, Jussara.Avaliação Mediadora.Porto Alegre:Educação e Realidade,1993.

IMENES &LELIS. Matemática:5a à 8a série. São Paulo: Editora Scipione, 1998.

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LORENZATO, S; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática. Disponível

em:http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/-Erica2108.pdf>Acesso em

23mar.2006.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

MACHADO,N.J.Interdisciplinaridade e Matemática.– Proposições. Campinas:Unicamp n.

1[10], p. 25-34, mar. 1993.

MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática com intersubjetividade. In: BICUDO, M.

A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p.13-44.

MIGUEL, A.:MIORIM, M. A. Historia na educação matemática: propostas e desafios. Belo

Horizonte: Autêntica, 2004.

MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização.Campinas, 1995. 218f.

Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de

Campinas.

PARANÁ, Coordenação de Desafios Educacionais contemporâneos. Desafios

Educacionais Contemporâneos. Em www.diaadia.pr.gov.br/cdec/

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Deliberaçcão 007/99. Conselho Estadual de

Educação. Curitiba, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação

Básica.Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação básica. Curitiba:

SEED/PR, 2009.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação- Superintendência da

Educação. Estudos para discussão sobre concepção de currículo e organização da

prática pedagógica. In: Orientações para a Organização da Semana Pedagógica

Fevereiro 2009. Em

PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e

conseqüências. Revista Zetetiké.Campinas, ano 1, n. 1, 1993.

POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1986. PONTE, J.

P. et al. Didáctica da Matemática. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento do

Ensino Secundário, 1997.

RIBNIKOV, K História de lãs matemáticas.Moscou: Mir, 1987.

SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK S. REYS, R. E. A resolução

de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.

SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em

matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (org). Euclides Roxo e a

modernização do ensino de Matemática no Brasil.São Paulo: SBEM, 2003, p. 11-45.

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SOUZA, Maria Helenas Soares de. SPINELLI, Walter. Matemática: Oficina de conceitos.

São Paulo: Editora Ática,2004.

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

SALA DE RECURSOS

1- Apresentação:

De acordo com as Diretrizes Nacionais a Sala de Recursos é um serviço de apoio

pedagógico especializado, no qual o professor realiza a complementação ou

suplementação curricular, usando procedimentos e materiais específicos. As atividades

nestas salas seguem uma dinâmica de trabalho condizente com as dificuldades e

necessidades dos alunos e dos recursos a serem adaptados. A Lei de Diretrizes e Bases

da Educação, nos artigos 58, 59 e 60, dispõe:

“Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de

Educação Escolar, oferecida preferencialmente na Rede Regular de Ensino, para

educandos portadores de necessidades especiais”.

Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender

às suas necessidades.

Parágrafo Único: O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a

ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede

pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste

artigo. ““

O presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação

(CEB/CNE), de conformidade com o disposto no Art. 9o. § 1o, alínea “c”, da Lei Federal

nº. 9.131, de 25 de novembro de 1995, nos Capítulos I, II e III do Título V e nos Artigos 58

a 60 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento no Parecer CEB/CNE

nº. 17, de 3 de julho de 2001, homologado pelo Senhor Ministro de Estado da Educação

em de julho de 2001, e que a esta se integra:

“A presente Resolução institui as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos

que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação Básica, em todas

suas etapas e modalidades”.

O atendimento escolar desses alunos terá início na educação infantil, nas creches

e pré-escolas, assegurando-lhes os serviços de educação especial sempre que se

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evidencie, mediante avaliação e interação com a família e a comunidade, a necessidade

de atendimento educacional especializado.

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas

organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais

especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para

todos.

Os sistemas de ensino devem conhecer a demanda real de atendimento a alunos

com necessidades educacionais especiais, mediante a criação de sistemas de informação

e o estabelecimento de interface com os órgãos governamentais responsáveis pelo

Censo Escolar e pelo Censo Demográfico, para atender a todas as variáveis implícitas à

qualidade do processo formativo desses alunos.

Partindo dos princípios básicos de que a Educação Especial não é uma

modalidade com sentido de sistema paralelo, e sim um conjunto contínuo de ajuda ao

Ensino Fundamental, destaca o atendimento em Sala de Recursos como um trabalho

psicopedagógico, cuja finalidade é atender alunos com que apresentam problemas de

aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e

deficiência intelectual e transtornos específicos, e que necessitam de apoio especializado

complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na Classe Comum.

A dinâmica da Sala de Recursos é inter-relacional, envolve equipe docente da

escola de origem do aluno, família e apoios especializados, buscando êxito no ensino e

na aprendizagem, visando à melhoria das condições para que esse processo aconteça

sem desvincular o aluno do contexto em que está inserido.

A Sala de Recursos trabalha com as diferenças individuais, oportunizando o

acesso à aprendizagem, mediante atendimento diferenciado, visando o desenvolvimento

das habilidades e potencialidades dos alunos.

Proporciona ao aluno com necessidades educacionais especiais condições de

aprender e crescer através de um conjunto rico e variado de interações, com atividades

dinâmicas que promovem mudanças de atitude e comportamento frente à aprendizagem.

A fim de que a aprendizagem se efetive, é necessário um ambiente propício, que

venha colaborar para mudanças significativas, isto é, um ambiente envolvente e um

professor mediador, motivado, otimista e investigador de potencialidades, que faça uso de

estratégias e intervenções que sejam adequadas, ao desenvolvimento organizado e

sistematizado do aluno, respeitadas as suas necessidades educacionais especiais.

Para tanto, enfatiza-se a necessidade de um trabalho integrador entre todos os

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envolvidos no processo de ensino-aprendizagem (escola, pais e apoios especializados),

objetivando a flexibilização de estratégias, critérios e procedimentos, com metodologias

que favoreçam os vários estilos de aprendizagem.

Os alunos que as frequentam têm indicação para essa modalidade na avaliação

psicoeducacional e são matriculados regularmente no ensino regular em suas escolas de

origem. A frequência ao atendimento ocorre em turno contrário, mediante matrícula em

formulário próprio, com compromisso formal assinado pelos responsáveis pelo aluno.

A Sala de Recursos atende os alunos de Classe Comum que estejam

apresentando dificuldade no processo de aprendizagem.

Oferece um atendimento diferenciado aos alunos das Classes de Ensino Regular,

pelo enriquecimento de recursos, pela variedade de procedimentos e pela

individualização do ensino.

Promove o aluno, como agente de sua aprendizagem, pela valorização de sua

identidade e pela consciência do valor do conhecimento para uma vida mais plena.

Promove a valorização de outras habilidades e potencialidades do aluno, bem

como a questão da afetividade e de outros caminhos que tragam felicidade, autonomia e

realização.

Apoia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do

Ensino Fundamental de 5º a 8º séries aos alunos que apresentam problemas de

aprendizagem e deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos, que

necessitam deste apoio complementar.

Realiza Avaliação no Contexto Escolar, identificando os conhecimentos prévios,

assim como as dificuldades e necessidades individuais do aluno através de entrevistas

(professor, equipe técnico-pedagógica, família e aluno) e da observação direta do aluno,

seu ritmo, estilo, progressão e análise do material escolar.

2- Conteúdos:

O trabalho desenvolvido na sala de recursos deve partir das áreas do

desenvolvimento dos processos cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional, necessários

para apropriação e produção de conhecimentos do aluno, com vistas a subsidiar os

conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem para atingir o currículo

da classe comum organizado e, sempre que necessário reorganizado, de acordo com os

interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno e aos conteúdos

pedagógicos defasados das séries iniciais, principalmente Língua Portuguesa e

Matemática, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos

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conteúdos da classe comum.

Com relação às atividades propostas, fica claro que a diversidade utilizada pelo

professor de Salas de Recursos, destaca-se o trabalho de Aquisição da Língua Oral e

Escrita, Interpretação, Produção de Textos, Leitura de Textos, Cálculos, Raciocínio

Lógico, Estatística e Probabilidade, Sistema de Numeração Decimal Posicional, Medidas,

Tratamento da Informação, Área do Desenvolvimento das Habilidades Adaptativas,

Jogos, Praticas Sociais e Conceituais.

3- Metodologia:

Os conteúdos deverão ser trabalhados com metodologias e estratégias

diferenciadas, uma vez que o trabalho com o conteúdo não deve ser confundido com

reforço escolar – repetição de conteúdo da prática educativa da sala de aula.

O planejamento para o trabalho com cada aluno será traçado a partir da Avaliação

Pedagógica no Contexto Escolar.

Será trabalhado o cognitivo junto com o afetivo, criado vínculos que facilitarão e darão

maior sabor à aprendizagem.

O trabalho apoiar-se-á na interrelação dos alunos, em duplas ou em grupos,

porque é sabido que o seu desenvolvimento é facilitado pela mediação estabelecida com

seus pares.

Ajudar o aluno a compreender e a trabalhar com a questão do tempo.

Identificar e utilizar tudo o que é motivador para esse aluno.

Ajudar o aluno a descobrir como ele aprende e como deve estudar para obter

sucesso na escola.

Criar o hábito da auto-avaliação constante, revendo tudo o que é realizado

(elaboração mental).

Contar com material variado que ajude na leitura.

Ler muito para a o aluno variados e significativos tipos de textos.

Estimular trabalhos que envolvam criatividade.

Resgatar sempre a auto-estima, mostrando para o aluno seus avanços,

incentivando-o a prosseguir, melhorando seu desempenho, quer de hábitos sociais, quer

de conteúdos previstos.

Estabelecer, periodicamente, pequenas meta a serem alcançadas, mapeando-as

graficamente, de maneira que o aluno possa acompanhar seu desenvolvimento.

Se houver necessidade, o aluno pode ser encaminhado a outros serviços

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(fonoaudiológico, psicológico, neurologista).

O horário de atendimento será em período contraria ao que o aluno esta

matriculado. Os atendimentos serão organizados conforme as necessidades

pedagógicas, com atendimento por cronograma, elaborado pelo professor e equipe

pedagógica, quando se fizer necessários com os professores da classe comum. O

cronograma será organizado conforme o numero de atendimento, de duas a quatro vezes

por semana, em duas aulas de 50 minutos, num total de 01h40min diárias.

4- Avaliação:

De acordo com a INSTRUÇÃO Nº. 013/08-SUED/SEED, a avaliação de ingresso

na Sala de Recursos é realizada no contexto do ensino regular pelos professores da

classe comum, professor especializado, pedagogo da escola, com assessoramento de

uma equipe multiprofissional externa – (Universidades, Faculdades, Escolas Especiais,

Secretarias Municipais da Saúde, através do estabelecimento de parcerias, entre outros)

e equipe do NRE, devidamente orientada pela SEED/DEEIN.

O acompanhamento do aluno é registrado em relatório semestralmente elaborado

pelo professor da Sala de Recursos, e Classe Comum, com assessoria da equipe técnico

pedagógica, onde serão registrados os avanços acadêmicos e complementados se

necessários com dados relevantes.

A reavaliação dos processos de intervenção educacional é periódica com o

propósito de readequar ou modificar a metodologia no processo de ensino e

aprendizagem.

O desligamento do aluno que não necessitar mais do Serviço de Apoio

Especializado, é formalizado por meio do Relatório Pedagógico elaborado pelos

professores da Sala de Recursos, equipe técnico-pedagógica e, sempre que necessário,

com o apoio de professores de Classe Comum, cujo relatório deverá ser arquivado na

Pasta Individual do aluno.

5- Referências:

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Política nacional de educação

Especial. Brasília, DF: MEC: SEESP, 1994_2001.

CARVALHO, R. E. Removendo barreiras de aprendizagem: educação inclusiva. Porto

Alegre: Mediação, 2000. P. 95-125.

GONZÁLEZ, J. A. T. Educação e diversidade: base didática e organizativa. Porto Alegre:

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Artmed, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento da Educação Especial.

Departamento da Educação Especial. Deliberação CEE/PR nº. 02/03. Curitiba: SEED,

2003.

Instrução nº. 04/04. Curitiba: SEED, 2004.

Instrução nº. 013/08. Curitiba: SUED/SEED, 2008.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N.º 9394/96.

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer CNE N.º

17/01;

Resolução CNE N.° 02/01; e Deliberação N.° 02/03 - CEE – PR,

LDB nº. 9394/96 de 20 de dezembro de 1996.

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para construção de Currículos Inclusivos

(Documento Preliminar).

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer CNE nº.

17/01.

SOCIOLOGIA

1 - APRESENTAÇÃO

A consolidação da Sociologia como ciência da sociedade ocorreu no final do século

XIX, no contexto de duas grandes Revoluções: uma política, a Revolução Francesa de

1789, que mudou a maneira de pensar das pessoas, com o iluminismo contrastando a fé

com a razão e a Revolução Industrial que representou a consolidação do capitalismo,

uma nova forma de viver, a industrialização expandida pelas máquinas e a concentração

de trabalhadores nas cidades. O capitalismo neste período configurava-se como uma

nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de trabalho.

As transformações provocadas nas esferas políticas, sociais e culturais da sociedade

moderna têm raízes muito próximas e não podem ser imputadas apenas aos

acontecimentos externos, uma vez que se trata de Revoluções, movimentos inovadores

de longo curso e profundidade nas alterações de comportamentos. Com isso, surgiram

teorias indagativas e explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares e

posicionamentos políticos. Desde então, essa tem sido a principal preocupação dessa

ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os mecanismos de produção,

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organização, domínio, controle e poder, institucionalizados ou não, que resultam em

relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade.

Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a Sociologia tem

contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida

e fundamentalmente, para a análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar um

saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas

da vida social.

A Sociologia tem como objeto de estudo o conhecimento e a explicação da

sociedade pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem

em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre diferentes grupos, bem

como a compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividade.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia fundamenta e sustenta – se

em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu potencial

explicativo. A sociologia termo empregado pela primeira vez por Augusto Comte em seu

Curso de Filosofia Positiva em 1839, torna-se uma síntese de todo o caminho de uma

humanidade, considera capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais

ciências, logo depois seguindo também a essa corrente positivista, Èmile Durkheim,

pensador que deu cientificidade para a Sociologia através de regras de observação e

procedimentos de investigação, assim, com métodos próprios, a sociologia deixa de ser

apenas uma ideia e ganha status de ciências. Outro pensador importantíssimo para a

Sociologia Max Weber, que propôs a verificação da “intenções”, “motivações” e

“expectativas”, que orientam as ações do individuo na sociedade, Weber desenvolve a

teoria da Sociologia Compreensiva, por último a teoria marxista que é substancialmente

uma critica radical das sociedades capitalistas que não limita só a teoria, Marx se

posiciona contra qualquer separação drástica entre teoria e pratica, Marx se empenhava

em produzir escritas que ajudassem a classe proletária a organizar-se e assim sair de sua

condição de alienação. A Sociologia faz emergir diferentes faces de um mesmo problema

colocado para reflexão e busca de soluções por estes pensadores.

A ciência, dessa forma, pode ser mobilizada para a conservação ou para a

transformação da sociedade, para a melhoria ou para a degradação humana. Como

disciplina escolar, a Sociologia deve acolher essa particularidade – das diferentes

tradições – e, ao mesmo tempo, recusar qualquer espécie de síntese teórica, assim como

encaminhamentos pedagógicos de ocasião, carentes de método e rigor.

Conhecer as diversas concepções sociológicas torna – se de importância central

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na construção do pensamento sociológico, sobretudo no contexto escolar. Por meio de

tais concepções, o professor reflete e orienta criticamente sua ação pedagógica, e, por

sua vez, o aluno do Ensino Médio tem acesso a outros saberes elaborados de forma

rigorosa e crítica, acerca da realidade.

A Sociologia caracteriza-se pelo estudo temático do comportamento social do ser

humano, e tem por objetivo ampliar o conhecimento sobre o ser humano em suas

interações sociais e estudar a ação social em suas diversas dimensões.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O processo de Socialização e as Instituições Sociais; Trabalho, Produção e Classes

Sociais; Poder, Política; Ideologia; Direitos Cidadania e Movimentos Sociais; Cultura e

Indústria Cultural.

3- CONTEÚDOS BÁSICOS

3.1 - O processo de Socialização e as Instituições Sociais

Processo de Socialização;

Instituições Sociais: Familiares, Escolares e Religiosas;

Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc)

3.2- Trabalho, Produção e Classes Sociais.

• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

• Globalização e Neoliberalismo;

• Relações de trabalho;

• Trabalho no Brasil.

3.3 – Poder, Política, Ideologia e Formação do Estado Moderno.

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de Poder;

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Conceitos de Ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

3.4 - Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

• Direitos civis, políticos e sociais;

• Direitos humanos;

• Conceitos de cidadania;

• Movimentos Sociais;

• Movimentos Sociais no Brasil;

• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

• A questão das ONG’S.

3.5 - Cultura e Indústria Cultural:

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na

análise das diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Cultura afro-brasileira e africana;

Culturas indígenas.

4- METODOLOGIA

No ensino de Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos

metodológicos, os quais devem adequar – se aos objetivos pretendidos de forma coerente

e em conformidade com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto

Político Pedagógico da Escola; e considerando o aluno em suas especificidades,

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colocando-o como sujeito de seu aprendizado. Encaminhamentos como a leitura

utilizando o Livro Didático Público e temas garimpados da internet, de jornais, de revistas,

reflexões, o debate, seminários, pesquisa de campo, entrevistas, a análise sociológica de

filmes e letras de música, produções de textos críticos sobre variados temas sociológicos

da atualidade, painel integrado, discussões dentre outras dinâmicas em grupo deverão

compor o elenco de procedimentos metodológicos para que o aluno seja constantemente

provocado a relacionar a teoria com o vivido, a entender a diversidade cultural a qual

estamos inseridos direta ou indiretamente, a rever conhecimentos e a reconstruir

coletivamente novos saberes, afim de superar os desafios contemporâneos; enfim, os

professores empenhar-se-ão para contribuir na construção do pensamento científico

proporcionando aos envolvidos no processo ensino-aprendizagem a fundamentação

necessária para compreensão da vida em sociedade.

5- AVALIAÇÃO

As formas de avaliação da disciplina de Sociologia, acompanharão, as práticas de

ensino e de aprendizagem , seja a reflexão crítica nos debates que acompanham os

textos, análise sociológica de músicas ou filmes, seja através da participação nas

pesquisas de campo, dinâmicas diversas, produção de textos que demonstrem

capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim, várias formas avaliativas serão

oportunizadas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná– las , a coerência dos

objetivos que se no sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo

aluno. A avaliação será contínua, processual, devendo refletir o desenvolvimento global

do aluno considerando as características individuais. O sistema de avaliação será

bimestral seguindo critérios elaborados em consonância com a organização curricular e

descritos no Projeto Político Pedagógico, assegurando-se o acompanhamento ao

desenvolvimento do aluno, oportunizando a recuperação concomitante quando

necessário. Neste contexto, não só o aluno, mas também o professor e a instituição

devem constantemente se auto – avaliarem, para saber até que ponto os objetivos

propostos estão sendo atingidos e se for preciso, replanejar procedimentos para que o

processo ensino-aprendizagem seja efetivado .

6- REFERÊNCIAS:

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DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ – Sociologia.

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO - Secretaria de Educação do Estado do Paraná –

Sociologia.

OLIVEIRA, P. Da S. - Introdução à Sociologia: série Brasil. São Paulo, Ática, 2006.

TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Apresentação

Todos nós temos alguma ideia de como é uma criança: ela se arrasta, engatinha,

corre, pula, joga, fantasia, faz e fala coisas que nós adultos nem sempre entendemos. De

qualquer maneira, sua marca característica é a intensidade da atividade motora e a

fantasia.

Atualmente, é inegável a importância do processo de formação humana das

crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade, o que se encontra ratificado em todos os

documentos que tratam sobre o importante tema da Educação Infantil. Em especial os de

ordem política e legal dentro do princípio de que a educação é um direito de todas as

crianças.

Neste contexto é recente a preocupação com a manutenção e desenvolvimento da

Educação Infantil e de uma política de intervenção pedagógica efetiva que priorize, via

formação de profissionais em curso de nível médio fundamentado na pedagogia histórico-

crítica com duração de (4 anos) para maior qualidade na formação de Professores,

superando, portanto, o grave problema da falta de professores para a Educação Infantil

no Estado do Paraná.

Historicamente, o atendimento às crianças de 0 a 5 anos e 11 meses em

instituições públicas sempre foi compreendido como um favor permeado por

características de assistencialismo. Modificar essa representação social não é tarefa fácil,

uma vez que implica assumir uma concepção de infância e de Educação Infantil as quais

não podem ser vistas de forma isolada, mas entendendo a estreita vinculação entre

classes sociais e suas responsabilidades e o papel do Estado na consecução de políticas

afirmativas para a área educacional.

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Às vezes falta escrúpulos. É difícil explicar a imobilidade a que são submetidas às

crianças quando entram na escola. Mesmo se fosse possível provar (e não é) que uma

pessoa aprende melhor quando está imóvel e em silêncio, isso não poderia ser imposto,

desde o primeiro dia de aula, de forma súbita e violenta.

A expansão da educação infantil no Brasil e no mundo tem ocorrido de forma

crescente nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a

participação da mulher no mercado do trabalho e as mudanças na organização e

estrutura das famílias. Por outro lado, a sociedade está mais consciente da importância

das experiências na 1ª infância, o que motiva demandas por uma educação institucional

para crianças de zero a cinco anos e 11 meses.

A conjugação desses fatores ensejou um movimento da sociedade civil e de órgão

governamentais para que o atendimento as crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade

fosse reconhecido na Constituição Federal de 1988. A partir de então a educação infantil

em creches e pré-escolas passou a ser, ao menos do ponto de vista legal, um dever do

Estado e um direito da criança (artigo 208, Inciso IV). O estatuto da Criança e do

Adolescente, de 1990, destaca também o direito a este atendimento.

A base neste enunciado à proposta está calcada numa visão educacional onde o

trabalho pedagógico é o eixo do processo educativo, porque é através dele que o homem

modifica a natureza e incorpora a própria história da formação humana. Com base nesse

pensamento, faz-se necessário a teoria vivenciando a prática, concretizando assim os

conteúdos relevantes diante da educação infantil, para que o futuro educador tenha o

compromisso sério de propor o crescimento afetivo, emocional e intelectual da criança

através de jogos, brincadeiras, afetividade, corporeidade, linguagens, articulando o cuidar/

a educação, num ser repleto de aprendizagem e interpretações.

Conteúdos 2º ano

• Concepção de desenvolvimento como processo recíproco e conjunto.

• Articulação cuidado/educação

• Concepções de tempo e espaço nas instituições de Educação Infantil.

• O jogo, o brinquedo e a brincadeira na Educação Infantil.

• Linguagem interações e constituição da subjetividade da criança.

• Relações entre família e instituição de Educação Infantil.

• A educação influenciada na Educação Infantil.

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Conteúdos 3º ano

• Especificidades em relação à organização e gestão no processo educativo: o

trabalho pedagógico na Educação Infantil.

• Concepção de educação, planejamento, organização curricular, gestão, avaliação.

• Relações entre publico e privado.

• Gestão demográfica, autonomia, descentralização.

• Políticas públicas e financeira da Educação Infantil.

• Propostas pedagógicas para Educação Infantil.

• Legislação, documentos normativos e de apoio, de âmbito federal, estadual e para

a organização do trabalho na Educação Infantil.

Metodologia

Os conteúdos serão trabalhados através de exposições orais, leituras de textos

pelos alunos e professores, assim com exemplos concretos e relatos de experiências.

Através de encaminhamento metodológico fundamentados numa concepção

histórico-crítica, onde o desenvolvimento da disciplina envolverá instrumentos e signos

necessários ao processo de ensino-aprendizagem. Assim favorece a pesquisa e a

socialização do conhecimento através da diversificação da metodologia que busca

sistematizar o objeto de estudo. Os conteúdos abordados oportunizarão a análise de todo

o processo de desenvolvimento, aprendizagem e desenvolvimento integral da criança de

0 a 5 anos e 11 meses.

Avaliação

Os trabalhos poderão ser avaliados de forma oral ou escrita no total de 60 pontos;

no mínimo duas avaliações; 40 pontos serão distribuídos em pesquisas, entrevistas e

trabalhos em grupo).

A avaliação não será instrumento de medição da apreensão de conteúdos e sim

um instrumento que permitirá aprendizagens socialmente significativas para o aluno.

Incluirá a observação e registro do processo de aprendizagem, com os avanços e

dificuldades percebidas em suas produções. Por meio dos instrumentos e critérios de

avaliação bem definidos, se buscará através de discussão das dificuldades e progressos

dos alunos planejar as ações posteriores.

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Serão adotados vários instrumentos de verificação de aprendizagem como

produção escritas, interações entre sujeitos, debates, provas, apresentação de trabalhos,

dinâmicas, brincadeiras, cantigas...

Referências

ALVES, N.; GARCIA, R. (org.). O sistema da escola. Rio de Janeiro: DP & A. 1999.

BENJAMIN, W. A criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.

BROUGERE, G. Brinquedos e Cultura. 2ª edição. São Paulo: Cortez, 1997.

KRAMER, S. A política da pré-escola no Brasil: a arte do disfarce. Rio de Janeiro:

Achiamé, 1984.

KUHLMANN, J. M. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto

Alegre: Mediação, 1998.

CUNHA, N. H. S., Brinquedoteca um mergulho no brincar. 2ª Ed. São Paulo, Maltese.

1994.

ALMEIDA, M. T. P. Jogos divertidos e brinquedos criativos. Rio de Janeiro, Editora

Vozes, 2004.

REDIN, E. O espaço tempo da criança se der tempo a gente brinca. Porto Alegre,

Editora Mediação, 2ª Edição, 1998.

Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do

Desporto Secretaria da Educação, V. 1, Brasília: Mec SEF, 1998.

FREIRE, B. J. Educação de corpo inteiro. Editora Scipione LTDA. 2ª edição, 1991.

ANTUNES, C. O jogo e a educação infantil. Rio de Janeiro: Vozes. 2003.

ROSSINI, M. A. S. Aprender tem que ser gostoso. Rio de Janeiro, vozes, 2003.

VYGOTSKY, L. S. Formação da mente. são Paulo: Martins Fontes, 1989.

Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil

e anos iniciais do ensino fundamental, em nível, na modalidade normal/ Secretaria de

Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR, 2006.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmera de Educação Básica. Parecer CEB nº

22, de 17 de dezembro de 1998, Brasília, 1998.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmera de Educação Básica. Parecer CEB nº

1, de 29 de janeiro de 1999. Brasília, 1999.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmera de Educação Básica. Parecer CEB nº

1, de 7 de abril de 1999. Brasília, 1999.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmera de Educação Básica. Parecer CEB nº

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2, e 19 de abril de 1999. Brasília, 1999.

CEB nº 4, de 16 de fevereiro de 2000. Brasília, 2000.

BRASIL. Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional. lei nº 9694/96 de 20 de

dezembro. Brasília, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Educação infantil no Brasil: situação

atual. Brasília, MEC/SEF/DPE/COEDI, 1995.

Resolução 05/09, fixa as Diretrizes para Educação Infantil ( CNE/CEB).

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO

-DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO TRABALHO - Fundamentos teórico-metodológicos

das disciplinas da Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes

Normal em nível Médio, Secretaria de Estado da Educação, Curitiba: SEED – PR,

2008. - 242 P.

PPP - Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Nestor Víctor Ensino Fundamental

Médio e Normal. Pérola – Paraná, 2011.

MARCO OPERACIONAL

Serão desenvolvidas as seguintes ações:

Primar (equipe pedagógica, professores e direção) pela continuidade do processo

de formação no todo do Ensino Fundamental e Médio, no decorrer da reconstrução da

Proposta Pedagógica Curricular, dando sequência e coerência entre os conteúdos

propostos, com vistas à organização de encaminhamentos metodológicos coerentes com

os objetivos de cada etapa de ensino.

Propiciar aos docentes embasamento teórico da Pedagogia Histórico-Crítica

(equipe pedagógica), para que estes desenvolvam uma prática docente que realmente

vise a aprendizagem como apropriação e reconstrução do conhecimento, por meio de um

processo que deve ocorrer entre professor / conhecimento / aluno, promovendo assim

uma transformação na vida dos educandos e, consequentemente, na sociedade.

Os profissionais iniciantes em nosso Colégio são orientados pela direção,

equipe pedagógica e até por outros professores que já atuam a mais tempo, quanto ao

funcionamento do colégio. Alguns profissionais são mais acessíveis e outros mais

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resistentes. A orientação é realizada na hora atividade, e quando necessário em

outros momentos, apresentamos o PPP, a Proposta Pedagógica Curricular, como

fazer o Plano de Trabalho Docente e todos os encaminhamentos que se fazem

necessários conforme o desempenho de cada um, no sentido de que este profissional

realize seu trabalho da melhor forma possível. Para transpormos essas dificuldades

um dos fatores preponderantes é o comprometimento dos Profissionais da Educação

em estudar, aperfeiçoar-se, buscando um aprofundamento dos conhecimentos

teóricos, para que estes iluminem uma prática docente-discente transformadora, onde

professores e alunos possam trabalhar juntos, auspiciando caminhos para transformar

a sociedade, a fim de que ela se torne igualitária para todos os cidadãos.

Oportunizar leituras de textos sobre o processo de avaliação, para a

efetivação da avaliação formativa. Explicitando com maior clareza aos docentes os

critérios e os instrumentos de avaliação. O acompanhamento e assessoramento aos

docentes será realizada pela equipe pedagógica e equipe de ensino do núcleo.

Explicitar aos alunos os objetivos almejados ao apresentar os conteúdos,

possibilitando ao educando saber o caminho pelo qual irá percorrer, dando-lhe

segurança.

Orientar os docentes (equipe pedagógica) sobre o Método Dialético, quanto

ao movimento deste que consiste em: partir da síncrise (real aparente), através da

análise (reflexões), para chegar a síntese (real pensado),tendo como príncipio básico

a contradição. Para que este se efetive na prática pedagógica.

Utilizar diversos instrumentos de avaliação (atividades em sala de aula,

pesquisas, tarefas, observações, trabalhos extraclasse, etc...), a fim de conter a

evasão escolar.

Os desafios educacionais contemporâneos a Cidadania , Direitos Humanos,

Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, a Diversidade e a música deverão ser

introduzidas nas práticas pedagógicas das disciplinas durante o ano letivo, sempre

que o conteúdo propiciar sua inferência, pois todos os conteúdos devem ser

trabalhados em diversas dimensões como: social, política, ambiental, cultural, etc.

Quanto aos profissionais resistentes a mudança, agendar capacitação pelo

CRTE - Centro Regional de Tecnologia Educacional, em horários e dias alternativos,

podendo atender a demanda estabelecimento.

Valorizar os agentes educacionais I e II, de forma a tratá-los e respeitá-los

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como educadores que educam também dentro do ambiente escolar.

Orientar os docentes (equipe pedagógica) sobre o Método Dialético, quanto

ao movimento deste que consiste em: partir da síncrise (real aparente), através da

análise (reflexões), para chegar a síntese (real pensado), tendo como princípio básico

a contradição. Para que este se efetive na prática pedagógica.

Realizar confraternizações entre alunos, professores, funcionários, etc.,

visando uma maior aproximação e interação dos membros da comunidade escolar,

como por exemplo: gincanas, excursões, sessão de cinema, passeios ecológicos e

culturais, participação em feiras e teatros, etc.

A direção, Equipe Pedagógica e Professores vem trabalhando a questão do

acompanhamento por parte dos responsáveis pelos alunos, através de convocações

individuais ou em reuniões por meio do diálogo, e conscientização da necessidade e

importância participação efetiva destes na vida escolar de seus filhos(as).

Promover atividades recreativas e culturais visando maior participação da

comunidade escolar.

Quanto a indisciplina na sala de aula utilizar metodologias diversificadas,

buscando maior qualidade no processo ensino aprendizagem; aplicando as sansões

do Regimento Escolar.

Após análise da participação dos educandos no ENEM – Exame Nacional

do Ensino Médio, Prova Brasil, nos eventos e programas dos quais a escola participa

(Olimpíadas Brasileiras de Matemática e Língua Portuguesa, Jocops – Jogos

Colegiais do Paraná, Com Ciência, PAS - Processo de Avaliação Seriado da UEM –

Universidade Estadual do Paraná, etc., divulgar para toda comunidade escolar os

resultados, enfatizando os alunos que conseguiram entrar para o ProUni – Programa

Universidade para Todos.

No início do ano letivo eleger um aluno representante de sala, sendo o

mesmo escolhido pela turma, com a orientação de um professor. Antes da escolha

será realizado um trabalho de conscientização, esse aluno ficará responsável em

participar de formação e tomada de decisões, para efetivar o cumprimento da Gestão

Democrática.

Avaliar os educandos com necessidades especiais dentro do contexto

escolar e encaminhá-los para Sala de Apoio Pedagógico ou Sala de Recursos,

conforme necessidades constatadas pelos professores da turma e pedagogos.

A participação dos pais na escola é de extrema importância, é preciso

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conscientizá-los através de um trabalho organizado pela escola, envolvendo

profissionais de várias áreas (psicólogo, assistente social, etc.) para que estes

compreendam o desenvolvimento escolar de seus filhos.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A avaliação do Projeto Político-Pedagógico será realizada anualmente, participarão

da avaliação os professores, pedagogos, funcionários, alunos, pais, direção e órgãos

colegiados (APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar e

Grêmio Estudantil) com análise, discussão e reflexão sobre as dificuldades evidenciadas

no contexto escolar e propor ações para superá-las. Apresentar nas reuniões mensais do

Conselho Escolar como as ações propostas no Projeto Político Pedagógico, estão sendo

desenvolvidas e se estas estão a contento, acatando possíveis sugestões para aprimorá-

las.

REFERÊNCIAS

BORGUETTI, Rita de Cássia Teixeira. A municipalização das Escolas de Ensino

Fundamental de Marília (EMEFEs). 2000. 176f. Dissertação (Mestrado em Educação) –

Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília.

BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, ed. Saraiva, 1996.

FRAGO, Antonio V; ESCOLANO, Augustin. Currículo, espaço e subjetividade. A

arquitetura como programa. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.

GASPARIN, J. L. Aprender, Desaprender, Reaprender. 2005. Texto digitalizado.

Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3. ed. Campinas: Autores

Associados, 2005.

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MARX, Karl. O Capital, livro 1, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.

Karl. Manifesto do partido comunista / Karl Marx / c/ Friedrich Engels; tradução

de Sueli Tomazzini Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2002.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica. SEED, 2008.

PÉROLA. Colégio Estadual Nestor Víctor-Ensino Fundamental Médio e Normal.

Estatuto do Conselho Escolar. 2005.

PÉROLA. Colégio Estadual Nestor Víctor-Ensino Fundamental Médio e Normal.

Estatuto da APMF. 2005.

PÉROLA. Colégio Estadual Nestor Víctor-Ensino Fundamental Médio e Normal.

Estatuto do Grêmio Estudantil. 2005.

PÉROLA. Colégio Estadual Nestor Víctor-Ensino Fundamental Médio e Normal.

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PETENUCCI, Maria Cristina. Artigo Científico: Pedagogia Histórico-Crítica: da

Teoria à Prática no Contexto Escolar. Trabalho de conclusão do PDE. SEED.2009.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras

aproximações. 2. ed. São Paulo, Cortez, 1991.

VIGOTSKI, L. S.. A Construção do pensamento e da linguagem. São Paulo:

Martins Fontes, 2003.

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