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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
MATERIAL DIDÁTICO – CADERNO TEMÁTICO
A-DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
PROFESSOR PDE:-Maria da Graça Padoan Miranda
ÁREA PDE:- Geografia
NRE:-Área Metropolitana Sul
PROFESSOR ORIENTADOR:-Luis Lopes Diniz Filho
IES Vinculada:-Universidade Federal do Paraná.
B:-TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: Softwares Educativos no Ensino da
Geografia
C:-TÍTULO: Objetos de aprendizagem,Sustentabilidade e o Ensino da Geografia.
1. APRESENTAÇÃO
Este documento sintetiza a pesquisa realizada ao longo do PDE – Programa de
Desenvolvimento Educacional- 2009. Trata-se da etapa do Programa na qual os docentes
participantes produzem seu Material Didático. Constituído de pesquisa bibliográfica e
documental, este material didático se caracteriza como uma Unidade Temática sobre os
Softwares Educativos no Ensino da Geografia.
Além de representar uma fonte de pesquisa para fundamentar as práticas
educativas nesta área, este estudo possibilitará a fundamentação teórica das atividades
propostas para a implementação do projeto de intervenção na escola que se constitui na
próxima etapa do Programa.
A escolha desse objeto de estudos se revelou relevante tendo em vista a
importância de sua sistematização enquanto demanda educativa da atualidade no campo
da geografia.
O ensino da geografia no âmbito da educação básica cuja abrangência comporta a
educação infantil, o ensino fundamental e médio tem uma responsabilidade histórica em
relação à formação das novas gerações visando a sustentabilidade do planeta, sobretudo,
porque vive-se em um dado estágio de desenvolvimento da sociedade marcado pelo alto
grau de desenvolvimento tecnológico o que significa mais degradação em razão do tipo
de resíduos que esse tipo de desenvolvimento representa.
Tal característica exige um compromisso tanto com a formação e a disponibilização
de acesso aos saberes provenientes das novas tecnologias da informação e da
comunicação quanto com a responsabilidade cidadã de preservação sustentada do meio
ambiente.
Nesse contexto se percebe a relevância social desse estudo que envolve a tecnologia
computacional como meio e fim no processo de ensino e aprendizagem através do estudo
sobre as possibilidades que o uso do software educativo na disciplina de geografia
vinculada a uma proposta de investigação sobre as práticas da educação ambiental.
Sua relevância cientifica inscreve-se no fato de que o estudo procura contribuir com uma
pesquisa documental e bibliográfica sobre o aporte das Tics no processo de ensino e
aprendizagem.
A justificativa profissional para a realização dessa pesquisa está contida no seu
caráter didático pedagógico na medida em que fundamenta as práticas pedagógicas
vinculadas aos conteúdos educacionais da disciplina de geografia no ensino médio.
A escola pública tem como papel social historicamente consolidado possibilitar aos
alunos o acesso aos saberes socialmente produzidos que no seu conjunto representam o
progresso da humanidade. Também no âmbito das representações sociais representa o
caminho de acesso para a inserção no mercado de trabalho e para a ascensão social.
Para a sustentabilidade do planeta a escola significa o meio mais importante para que
promover a formação do sujeito ecológico.
Diante dessas demandas educativas cada disciplina do currículo deve cumprir o
seu papel assumindo seu compromisso com todos os segmentos envolvidos no processo
educativo.
Isso significa que a disciplina de geografia pelas especificidades de seu objeto de
estudos assume um papel central na promoção de atividades educativas que possibilitem
envolver o acesso aos saberes provenientes dos avanços tecnológicos e o seu uso de
forma sustentada pelo conjunto da sociedade assim como discutir o impacto das práticas
do homem na sua interferência no meio.
Ocorre porém, que essas demandas impõem aos profissionais da educação uma
série de desafios que devem ser vencidos com a urgência que as especificidades
educativas suscitam.
Essas dificuldades estão vinculadas ao processo de formação dos professores
tanto no campo computacional quanto no campo da educação ambiental.
Segundo análises apresentadas nos PCNs., os professores das diversas
disciplinas apresentam resistência para a utilização dos recursos e ferramentas
computacionais por diferentes motivos. Entre eles citam-se a falta de acesso aos
equipamentos, falta de informação sobre as possibilidades dos equipamentos
disponibilizados; desconhecimento sobre as possibilidades de se viabilizar o potencial das
ferramentas nas especificidades dos conteúdos escolares das disciplinas.
Outro aspecto que dificulta o uso das tecnologias é a insegurança em relação a
apreensão dos mecanismos de funcionamento das ferramentas como os softwares
educativos.
Diante dessa conjuntura um dos problemas desse estudo se constitui em
demonstrar: quais são as possibilidades e quais os limites de se possibilitar o acesso às
novas tecnologias aos alunos do colégio agrícola de forma significativa para a formação
do sujeito ecológico?
Nesse contexto o Objetivo desse estudo constitui-se em Conhecer a importância
do uso dos objetos de aprendizagem no campo dos softwares educativos no ensino da
geografia com base na teoria da educação ambiental.
Para isso se procurou desvelar aspectos referentes ao uso dos objetos de
aprendizagem no ensino da geografia especialmente os softwares educativos, apresentar
os objetos de aprendizagem mais especificamente os softwares educativos e suas
especificidades no campo da educação e demonstrar a urgência da escola estabelecer
uma agenda no âmbito das diferentes disciplinas do currículo que comprometa o fazer
pedagógico com a sustentabilidade das ações humanas sobretudo nas praticas
educativas desenvolvidas nas Escolas Agrícolas do Paraná.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
2.1. Sustentabilidade, Tecnologia e Educação.
As categorias: sustentabilidade, tecnologia e educação estão presentes no cotidiano
da sociedade atual e são estruturais do próprio processo de desenvolvimento.
Há muito tempo o homem vem percebendo a necessidade de associar ao seu
processo de desenvolvimento, a sustentabilidade, o que significa um processo educativo
permanente.
Como se constata na enciclopédia virtual wikipedia[1] a sustentabilidade é um conceito
sistêmico que envolve de forma estrutural aspectos econômicos, sociais, culturais e
ambientais da sociedade humana.
A sustentabilidade pretende constituir-se em um meio de configurar a civilização e
atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias
possam atender às suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente
sem dissociar a necessidade de preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais,
planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses
ideais.
Entende-se que a sustentabilidade contempla diferentes níveis de organização que
incluem desde a vizinhança local até o planeta inteiro.
Explicam autores como Loureiro[2] que para que um empreendimento humano se
caracterize pela sustentabilidade, deve estar comprometido com três fatores
fundamentais:
ecologicamente correto; economicamente viável; socialmente justo; e culturalmente aceito.
Significa dizer que a sustentabilidade é propiciar o melhor para as pessoas e para o
ambiente tanto agora como para um futuro indefinido. Segundo o Relatório de Brundtland
(1987), sustentabilidade é: "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a
habilidade das gerações futuras de suprir as suas".
“Sustentável” provém da palavra latina “sustinere”, e significa “manter vivo”, “defender”. Este conceito, de interpretação dinâmica, teve várias versões ao longo dos anos, sendo o âmbito econômico, o que enquadrou a definição no ano de 1972, “restituir os recursos consumidos pelas organizações”. Na Cimeira da Terra (Earth Summit), no Rio de Janeiro, em 1992, contextualizou a sustentabilidade como um efeito sobre o futuro, por ações praticadas no presente, ou seja “as consequências da economia têm efeito sobre futuras gerações”. Em 2002, em Joanesburgo, durante a Cimeira da Terra, foram-lhe conferidas três
dimensões, que se mantém como a abordagem atual. Uma dimensão econômica, uma social e outra ecológica, em que a econômica representa a abordagem central, seguindo-se concentricamente, a abordagem social e mais externamente, a ecológica, sendo esta a dimensão agregadora. A sustentabilidade adquiriu, assim, uma visão mais ampla do mundo, congregando duas grandes ideias: a sustentabilidade fraca e a sustentabilidade forte. A primeira representa a definição de sustentabilidade, defendida em 1972, em que a única preocupação é a de devolver o que se consumiu. A segunda, adapta o consumo às exigências mais amplas, relacionando-o com a manutenção dos recursos naturais, tendo efeitos de externalidades, do ponto de vista econômico, sobre o capital humano, financeiro, ambiental.[3]
Conceitualmente, no âmbito da economia, desenvolvimento econômico sustentável
é aquele em que a renda real cresce pelo crescimento dos fatores produtivos reais da
economia e não em termos nominais.
A realidade das estatísticas tem revelado que apenas 10% de tudo o que é extraído do
planeta pela indústria (em peso) se torna produto útil e que todo o restante é resíduo.
Estes dados demonstram a urgência de que todos os segmentos adotem uma Gestão
Sustentável que crie uma cultura coletiva do consumo sustentável, é urgente minimizar a
utilização de recursos naturais e materiais tóxicos. Roesler[4] propõe que:
Ao se decidir por buscar novas possibilidades de comportamento em relação ao ambiente é preciso conceber que esta busca requisita um processo de educação que entre se reconheça que o ambiente por suas características é dotado de capacidade de produzir valores de uso naturais que dão inicio a processos ecológicos, é preciso conceber a capacidade tecnológica vista como organização do conhecimento para um processo sustentável de produção cultural que surge da criatividade, da inovação e organização social.
Por entender que o processo de degradação do meio ambiente resulta em grande
parte da desinformação da população sobre as alternativas de utilização e a capacidade
de recuperação dos recursos naturais, a CNI defende também a implementação de
programas de educação ambiental com o objetivo de disseminar práticas ambientalmente
saudáveis.
Como afirma Monteiro[5] a indústria tem consciência de que, sem a conservação de
riquezas naturais, das florestas e da biodiversidade brasileira, não será possível
assegurar o futuro das novas gerações.
Cabral adverte para a importância de se buscar uma nova cultura sobre a questão
ambiental na medida em que em sua concepção, não existe nada que tenha futuro se
não for ecologicamente correto, socialmente justo, e economicamente viável. O
desenvolvimento sustentável não representa uma opção arbitrária mas uma obrigação
para todos os cidadãos. O Desenvolvimento Sustentável não é ambientalismo nem
apenas ambiente, mas sim um processo de equilíbrio entre os objetos econômicos,
financeiros, ambientais e sociais.
Como se percebe, a sustentabilidade é um termo usado para definir ações e
atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem
comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está
diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio
ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham
no futuro.
Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento
sustentável. O autor do artigo “O que é sustentabilidade” disponível no site
http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/sustentabilidade.htm aponta que são atitudes
necessárias ao desenvolvimento sustentável:
- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada,
garantindo o replantio sempre que necessário.
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois
estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada,
racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para
diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de
recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresariais voltadas para a reciclagem de resíduos
sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita
a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de
matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o
desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim
como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
E alerta que a adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo
um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida,
inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas
gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios,
lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.
Como descreve o Governo Federal, o Brasil se urbaniza cada vez mais e é justamente
nos centros urbanos onde se tem a maior produção de resíduos seja pelo processo de
industrialização seja pela própria dinâmica da vida urbana.
Nosso País é um país cada vez mais urbano. Nossas cidades cresceram em número e tamanho de maneira avassaladora nas últimas décadas, com efeito, a taxa de urbanização brasileira evoluiu de 30,5% em 1970 para 81,2% em 2000., com atualmente, 29,9% dos brasileiros vivendo em regiões metropolitanas. As cidades são sistemas abertos que dependem de forma profunda de recursos externos e colocam o poder público diante de grandes desafios associados à auto-suficiência em consumo, disposição de resíduos sólidos e líquidos, disponibilidade de moradia adequada e transportes públicos eficientes. A situação ambiental das cidades brasileiras é agravada pelo fato de o processo de urbanização ser extremamente rápido e desigual, levando as populações de baixa renda a ocupar áreas periféricas, em geral, desprovidas de infra-estrutura, ou a se instalar em áreas de ambientalmente frágeis, como mananciais de água, encostas e estuários
Os analistas do Anuário Análise Gestão Ambiental 2007 advertem que “ou as cidades
acabam com o lixo ou o lixo acaba com as cidades”.
Na verdade o lixo representa uma questão inerente ás concentrações humanas,
quanto mais desenvolvida uma comunidade social mais lixo cada um de seus membros
irá produzir.
Embora a consciência da questão da sustentabilidade esteja presente nas políticas
das diferentes instâncias da sociedade civil organizada o que se percebe é que a
realidade social revela que uma sociedade forjada pelo capitalismo traz na sua formação
as marcas da contradição. Isso significa que convivem numa relação dialética classes
sociais que vivem em significativos graus de desigualdades.
Desigualdades na partilha da riqueza, do progresso, dos saberes, das tecnologias, das
ciências, dos serviços, das políticas públicas.
Ao explicar o compromisso do Governo com a questão socioambiental ao Congresso
Nacional a Presidência da República[6] descreve
A poderosa associação do Brasil com o meio ambiente corresponde de fato, a um trunfo do País: cerca de 22% das espécies da flora e aproximadamente 20% da água doce do planeta estão em nosso território. O comercio internacional de produtos farmacêuticos feitos a partir de componentes originários de florestas tropicais – das quais temos a maior extensão na Amazônia – está em torno de US$ 40 bilhões por ano. Levantamento inicial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA estima que a biodiversidade brasileira valha mais de quatro vezes o PIB Nacional ( cerca de 4 trilhões). No entanto, não temos ainda sequer uma lei para, no cumprimento da Convenção da Diversidade Biológica (assinada em 1992 pelo Brasil), disciplinar o acesso a essa riqueza, proteger o conhecimento tradicional a ela associado e garantir sua conservação para usufruto das próximas gerações. A persistente biopirataria de que somos vitimas é exemplo dos resultados maléficos da negligencia histórica de governos passados na tarefa de criar as condições para que o País se aproprie e se beneficie integralmente dessa extraordinária biodiversidade.
Essas preocupações verbalizadas pelo Governo central revelam que são justamente
as comunidades mais ricas que produzem maior degradação do ambiente porém,
socializam apenas o ônus de seu processo de produção e de consumo. Globalizam os
prejuízos sociais e não socializam a produção do progresso.
Mas, no seu conjunto todas as organizações sociais em maior ou menor proporção
produzem a degradação do ambiente pela produção de lixo industrial, orgânico, sólidos,
líquidos, gasoso. Tornam vítimas dessa degradação todos os seres vivos do planeta. A
globalização da economia vem associada à globalização da destruição do planeta com as
mesmas características da desigualdade produzida pelo modelo econômico de base
capitalista.
O grau de desenvolvimento da sociedade atual permite caracterizá-la como a
sociedade da informação, do conhecimento. Seu cotidiano é marcado pela presença
constante de diferentes mídias com microchips, cartões bancários, cartões de
transportes, cartões de pagamento, cartões funcionais, crachás de identificação
eletrônicos, TVs, rádios, celulares, i-fones, microcomputadores. Mas é também a
sociedade que quanto mais se desenvolve mais degrada e exige de seus cidadãos o
engajamento nesse processo de desenvolvimento na medida em que não é possível
sobreviver integradamente sem apreender minimamente os processos desse
desenvolvimento.
Isso porque as demandas pela leitura rápida e resposta imediata nas necessidades
do dia-a-dia exigem que todos os sujeitos estejam sintonizados com o sistema de
microeletrônica.
Mesmo as pessoas que não tiveram acessos ao sistema de leitura e escrita nos
processos formais de alfabetização, necessitam atualmente, inteirarem-se
minimamente das novas tecnologias para fazer qualquer movimentação financeira
junto às instituições bancarias, para lidar com os diferentes aparelhos eletrônicos com
controles remotos, aparelhos telefônicos celulares, etc.
Essa alfabetização digital tem se constituído em um dos desafios da escola, além
da necessidade de integrar suas possibilidades de ensino no campo dos avanços
tecnológicos superando as suas práticas tradicionais.
É nesta perspectiva que se percebe a importância da atitude sustentável no âmbito
das Organizações Educativas.
A sustentabilidade é uma palavra consideravelmente recente, relativamente ao
sistema educacional, e tem vindo a alcançar significados muito diversificados na
sociedade e cultura atual.
Observa-se que a questão ambiental tem sido tratada como um conteúdo
educacional transversal e sob um caráter multidisciplinar. Não é comum, porém, uma
sistematização de práticas que possam resultar em formação de hábitos. Há o
compromisso com a conscientização, com a sensibilização, no entanto, não se
constata o estabelecimento de práticas permanentemente comprometidas com a
questão ambiental.
A educação como se percebe representa uma área do fazer humano presente em
todas as fases de desenvolvimento, o homem aprende com a vida e portanto, aprende
diuturnamente mesmo que esse processo de aprendizagem não faça parte de uma
ação sistêmica, formal.
No que se refere à educação formal a escola representa a instituição social que
tem por finalidade promover o processo de ensino comprometido com a formação do
sujeito no campo dos saberes científicos, dos saberes tácitos vinculados ao processo
produtivo e da sociabilidade a partir da qual o sujeito se relaciona com os demais e a
natureza.
Isso arremete a uma ação pensada e não apenas a um comportamento aprendido
pela convivência, como explica Carvalho[7]
É a ideia de ação compreendida como ação política que caracteriza a
condição humana. Sob essa perspectiva, o conceito de ação opõe-se à noção de
comportamento.
O sujeito da ação política é aquele capaz de identificar problemas e participar dos destinos e decisões que afetam seu campo de existência individual e coletivo. A palavra política é entendida em seu sentido mais amplo, como vive e interferir em um mundo coletivo. (...) a capacidade de ação política é a expressão mais acabada da condição humana. (...) os seres humanas definem-se por esse conviver entre seus pares, influindo no destino do mundo que têm em comum. A capacidade de agir em meio à diversidade de ideias e posições é a base da convivência democrática, da participação, da liberdade e da possibilidade de fazer historia e criar novas formas de ser e conviver.
Diante disso, propõe a autora que é possível pensar uma prática educativa
ambiental como sendo aquela que juntamente com outras práticas sociais está
ativamente comprometida com o fazer histórico-social, produz saberes, valores, atitudes e
sensibilidades e por excelência, é constitutiva da esfera pública e da política na qual
exerce a ação com as suas possibilidades emancipadoras do existir humano.
Para isso é, adverte a autora, importante que se tenha em mente que há uma
diferença significativa entre agir e comportar-se uma vez que a ação se promove sempre
como expressão de um sujeito no mundo isto é, um sujeito que se constitui socialmente e
não se reduz a uma interioridade privada, uma existência individual isolada da vida em
comum.
O comportamento por sua vez, arremete à visão que supõe um sujeito atomizado,
apartado e com isso privado da esfera das relações históricas e sociais coletivas.
O sujeito que se comporta tem como ideal de vida em sociedade uma felicidade
adaptativa na medida em que vive em uma sociedade tirânica que o ameaça com a
exclusão e o não reconhecimento, se ele fugir às normas.
O sujeito que age é aquele concebido como estrutural de uma ordem social que
mesmo que determine seu comportamento de possibilidade de ação também é passível
de mudanças e transformações pelas quais vale a pena lutar. Tornar-se sujeito da ação
corresponde um ideal que no processo educativo vale tanto para o educador quanto para
o aluno, tal como descreve Brandão[8]
Ao professor guiado por seu desejo, cabe o esforço imenso de organizar, articular, tornar
lógico seu campo de conhecimento e transmiti-lo a seus alunos. A cada aluno cabe desarticular, retalhar, ingerir e digerir aqueles elementos transmitidos pelo professor que se engancharam em seu desejo, que fazem sentido para ele, que, pela via de transmissão única e aberta entre ele e o professor – a via da transferência – encontram eco nas profundezas de sua existência de sujeito do inconsciente. Se o professor aceitar essa canibalização feita sobre ele e seu saber (sem contudo renunciar as próprias certezas, já que é nelas que se encontra o seu desejo), então estará contribuindo para a relação de aprendizagem autentica. Pela via da transferência o aluno passará por ele, usa-lo-á, por assim dizer, saindo dali com um saber do qual tomou verdadeiramente posse e constituirá a base e o fundamento para futuros conhecimento e saberes.
Segundo Maia[9] é possível ao ser humano, assimilar em média: 10% do que lê,
20% do que escuta, 30% do que vê; 50% do que vê e escuta; 70% do que ouve e logo
discute e 90% do que ouve e logo realiza.
Isso significa que para que seja desenvolvida uma Aprendizagem Significativa, o
aprendiz não deve ser passivo no processo ensino-aprendizagem e mais que isso, deve
integrar diferentes maneiras de aprender para que essa informação nova possa fazer
parte de sua estrutura cognitiva, interagindo com os pares.
A partir desse pensamento o professor fará as suas escolhas, definirá suas
práticas, adotará seus métodos, priorizará seus conteúdos pelo critério do significado
desses na vida cotidiana de seus alunos e dos desafios que vislumbra para as gerações
futuras e os objetos de aprendizagem mais apropriados a cada realidade de aluno, a cada
conteúdo, a cada compromisso.
Segundo Mendes[10] citado no manual da TV Multimídia da Secretaria de estado
da Educação
Objetos de aprendizagem são recursos digitais construídos por meio de linguagens de programação (HTML, JAVA) e ou ferramentas de autoria (editores de textos, imagens e de recursos multimídia) que permitem a construção de jogos, textos, áudio, vídeo, gráficos, imagens, etc. como subsídios para o processo de aprendizagem. Os objetos podem ser usados e reusados em diferentes contextos educacionais.
As principais características que definem um objeto de aprendizagem citados neste
documento são:
Reusabilidade: reutilizável em diversos ambiente de aprendizagem;
Adaptabilidade: pode ser adaptado para qualquer ambiente de ensino nas diferentes
práticas educativas;
Granularidade: blocos de informações que podem ser reagrupados formando um novo
bloco;
Acessibilidade: de fácil acesso via internet, o que permite a usabilidade em diferentes
locais;
Interoperabilidade: é possível operá-lo em distintos hardwares, sistemas operacionais,
navegadores, além do intercambio entre vários sistemas.
Escolher os objetos de aprendizagem que serão trabalhados em sala de aula é
necessariamente uma função do professor, pois, é ele quem define qual o recorte e qual o
conteúdo que será apresentado aos alunos.
Em artigo publicado pelo MEC[11] as autoras Prata e Nascimento observam que as
escolhas do professor está diretamente relacionada às suas concepções de vida.
2.2. Objetos de Aprendizagem e softwares educativos: e suas possibilidades como
ferramenta de ensino.
Cada vez mais se percebe a presença do computador como recurso para o
desenvolvimento de atividades educativas na sala de aula. Não há dúvidas de que se for
utilizado com criterioso planejamento visando os conteúdos educacionais essa ferramenta
é necessária tanto como recurso didático como meio de possibilitar aos alunos o acesso
às novas tecnologias que movem toda a vida cotidiana em sociedade.
Borba e Penteado (2001), ao discutirem a presença da informática nos domínios da atividade humana e em particular nas atividades escolares, argumentam que uma questão central da entrada das novas mídias na escola está relacionada com o professor. Realizam a seguinte observação: “para que o professor em todos os níveis aprenda a conviver com as incertezas trazidas pela mídia que tem características quantitativas e qualitativas novas em relação à memória, um amplo trabalho de reflexão coletiva tem que ser desenvolvido”.
Rodrigues (2006), em sua pesquisa de caráter qualitativo, discutiu o processo coletivo de produção de objetos de aprendizagem desenvolvido na universidade e na escola. Nesse trabalho, delineou-se um esquema sobre a produção social de saberes docentes. Nesse estudo, percebemos que a formulação das perguntas é uma questão central no processo de produção de objetos de aprendizagem, pois ela possibilita o estabelecimento do diálogo entre os alunos e o professor em torno da aprendizagem de determinado conteúdo escolar específico.
Adverte Klein[12] que apenas o fato de se promover a instalação de computadores
na sala de aula para democratizar o acesso à informação e garantir novos métodos de
ensino não caracteriza um avanço na estrutura educacional.
Na prática percebe-se que esta estratégia não é suficiente. Para o autor é
necessário também, capacitar o professor, para que seja capaz de decidir quando, como
e para que utilizar a informática em suas atividades.
Uma das maneiras eficientes para a construção do ensino é a utilização de softwares educativos, de autoria ou de desenvolvimento do próprio do professor. Este adicional ao ensino vem contemplar o que Martins (1999) descreve, pois “um dos grandes desafios da escola hoje é a conquista de um interesse natural dos alunos em relação aos conteúdos apresentados” (p.12). Desta forma, a utilização de softwares educativos é capaz de atender esta necessidade.
Sabe-se que com o crescimento da informática e o domínio da Internet, como recurso auxiliar na aquisição de informações, ensino a distância e atividades realizadas a distância, são recursos que sendo utilizados de forma adequada tornam-se instrumentos capazes de favorecer reflexões aos alunos, criando interações com determinados conteúdos de uma ou mais disciplinas. (...) Principalmente cabe salientar que a tecnologia é entendida como mais um dos recursos a serem integrados ao projeto pedagógico da escola, como mediadores do processo educativo.
Nesse sentido percebe-se que é preciso escolher criteriosamente as ferramentas
de acordo com suas especificidades e adequação aos conteúdos escolares a serem
trabalhados.
Conforme se constatou o conceito de objetos de aprendizagem é ainda recente e não há uma definição de consenso no meio educativo. Em seu artigo publicado pelo MEC[13] Laécio Nobre de Macedo e José Aires de Castro Filho descrevem que:
Os Objetos de Aprendizagem podem ser compreendidos como “qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para o suporte ao ensino” (WILEY, 2000, p. 3). Os estudos sobre OA são recentes, de forma que não há um consenso universalmente aceito sobre sua definição. Os OA podem ser criados em qualquer mídia ou formato, podendo ser simples como uma animação ou uma apresentação de slides ou complexos como uma simulação. Os Objetos de Aprendizagem utilizam-se de imagens, animações e applets, documentos VRML (realidade virtual), arquivos de texto ou hipertexto, dentre outros. Não há um limite de tamanho para um Objeto de Aprendizagem, porém existe o consenso de que ele deve ter um propósito educacional definido, um elemento que estimule a reflexão do estudante e que sua aplicação não se restrinja a um único contexto.
Os softwares educativos correspondem a uma das possibilidades que a escola
pode implementar em suas práticas. Klein[14] apresenta uma proposta de critérios que
devem ser levados em consideração quando da escolha de um software ou da elaboração
por professores e alunos.
Tabela 1. – Tabela comparativa para pontuação de software educativo. FATOR
SOFTWARE
1. FACILIDADE DE USO
O software apresenta versatilidade, onde o usuário consiga realizar suas atividades de
forma coerente e que o conhecimento possa ser aplicado no dia a dia do usuário.
2. SIMPLICIDADE
O software é simples na sua utilização, que tenha facilidade na leitura de suas telas e o
usuário consiga interagir com o software facilmente.
3. CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE
A instalação é efetuada de forma simples e clara, onde o usuário não necessite interagir
muito com o computador.
O feedback será fornecido ao usuário de forma clara e objetiva.
O software possui um manual interativo, explicando a forma de sua utilização e dicas
auto-explicativas.
O software é ágil para executar e realizar as atividades propostas pelo software.
O software atinge a conformidade com as expectativas e necessidades do usuário.
Forma em que o software esteja distribuído na tela, de tal maneira que as informações
não estejam dispersas, no momento de sua utilização.
O software atende a necessidade da disciplina aplicada pelo professor, para que o aluno
consiga relacionar seu aprendizado utilizando o software. Adequação ao aprendizado
O software permite a seleção de conteúdos de forma a destacar seus conceitos.
O software é capaz de envolver e cativar o usuário para sua utilização.
O software possuiu opções para momentos onde sejam aplicados de exercícios de
fixação.
O software oferece um conteúdo rico em informações.
O software consegue trabalhar sem redundância nas informações.
O software deve ter a capacidade de armazenar as respostas, para que no final do
trabalho seja verificada a o desempenho do aluno.
O software deve se adequar ao currículo da escola.
O software utiliza figuras ilustrativas, animação, cores, uso de recursos sonoros, para
manter e reforçar a atenção do usuário.
Nessa perspectiva os diferentes objetos de aprendizagem são facilitadores
dessa interação como explica o autor. Objetos Virtuais de Aprendizagem podem ser
compreendidos como qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para o suporte ao
ensino ou ainda, são como recursos digitais que podem ser reutilizados e combinados
com outros objetos para formar um ambiente de aprendizado rico e flexível. Há diversos
fatores que favorecem o uso dos OVA na área educacional como: flexibilidade, a
facilidade para atualização, a customização, interoperabilidade, o aumento do valor de um
conhecimento e a facilidade de indexação e procura.
Existem a disposição dos professores diferentes estruturas de
armazenamento de objetos de aprendizagem denominados repositórios de objetos de
aprendizagem cuja função além de armazenamento e produção, é gerir as informações
dando a possibilidade aos usuários de darem significados aos dados, ou seja, organizar e
descrever esses objetos, que na sociedade contemporânea utilizam tecnologias digitais e
telemáticas como espaços de transmissão e partilha da informação.
Softwares educativos são programas utilizados em contextos educativos,
mesmo que não tenha sido produzido com essa finalidade. Classificam-se em Softwares
educativos e Softwares aplicativos. Os Objetos de Aprendizagem diferem dos softwares
educativos, porque ao invés de se constituírem em um ambiente completamente aberto
de exploração, são projetados para permitirem a investigação de conceitos específicos.
Existem também diferentes e ricas demonstrações de como aliar a educação
ambiental e a construção de softwares educativos. Exemplos podem ser constatados nos
endereços eletrônicos abaixo:
http://www.akatu.org.br/interatividades/galeria-de-videos/o-que-e-sustentabilidade/
http://www.youtube.com/watch?v=ML71aObeRbg&feature=player_embedde
http://www.youtube.com/watch?v=TG76XGoeKl4&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=QA0b_KDyd2Y&feature=related
Leite[15] corrobora com a ideia de que compete aos profissionais da educação
selecionar segundo critérios pedagógicos as ferramentas mais adequadas ao seu
processo de ensino assim como, estimular o desenvolvimento de novos softwares pelos
próprios alunos.
Nessa perspectiva a autora observa que a escolha deve ser criteriosa e a avaliação
tanto do conteúdo como da forma deve ser minuciosa.
A presença da tecnologia como recurso facilitador e mediador da aprendizagem no contexto educacional é crescente. No contexto atual contamos com laboratórios de informática em escolas públicas e privadas, mas ainda existe a demanda de meios, produtos e métodos para usufruir destas oportunidades, que muitas vezes se acentua com o despreparo do professor e a escassa oferta de produtos de qualidade. (...) o software educacional consiste em programas para computador com o objetivo de contribuir para aquisição da aprendizagem, com fundamentação pedagógica, enquanto os Objetos de Aprendizagem (OA) consistem em qualquer entidade, digital ou não, que possa ser utilizada, re-utilizada ou referenciada durante o aprendizado apoiado pela tecnologia (IEEELearning Technology Standardization Committee-LTSC). Segundo Silva e Fernandez (2007) a construção de um OA deve atender a três características: estimular o raciocínio e pensamento crítico (minds-on); trazer questões relevantes aos alunos (reality-on); e oferecer oportunidade de exploração (hands-on). Esses autores ainda ressaltam que a simples transposição de conteúdos originalmente impressos em papel para uma mídia eletrônica não traz nenhuma vantagem intrínseca do ponto de vista didático-pedagógico. As escolhas destes recursos demandam critérios e análises para validar se o objetivo será ensino/aprendizagem ou somente diversão com designers gráficos coloridos e estimulantes para os alunos. O poder contagiante do uso de tecnologias no campo educacional é evidente e exerce influencia tanto sobre professores quanto alunos, contudo é necessário que o uso seja feito com muita responsabilidade e bom senso, visando sempre atingir um objetivo pedagógico e não apenas transformar o computador em um aparelho destinado ao entretenimento e jogos divertidos. A tarefa de avaliação é árdua e minuciosa, porque necessita de uma fundamentação teórica, tanto para análise do conceito estudado e explorado pelo recurso tecnológico, como para o design da interação.
2.3. A Disciplina de Geografia e seus Desafios Atuais diante da educação ambiental e
das novas tecnologias da informação e da comunicação no ambiente escolar.
A disciplina de Geografia ao longo de sua história como área do conhecimento da
grade curricular da educação básica passou por diferentes enfoques, adotou diferentes
paradigmas, desenvolveu diferentes formas de abordagem de caráter didático
pedagógico.
Atualmente se constata nos PCNs[16] (Parâmetros Curriculares Nacionais) que a Geografia é colocada como a ciência que tem como tarefa buscar “um ensino para a conquista da cidadania brasileira”. Como explicitam os parâmetros[17]:
O ensino de Geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e
propositiva. Para tanto, porém, é preciso que eles adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos com os quais este campo do conhecimento opera e constitui suas teorias e explicações, de modo a poder não apenas compreender as relações socioculturais e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertence, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade: o conhecimento geográfico.
Para a promoção desse estudo na forma como está proposto nos PCNs., as
práticas pedagógicas devem estar planejadas de tal forma que propicie aos alunos
aproximações com o contexto atual como condição básica para a compreensão da
realidade e a possibilidade de interferência para a sua transformação. É o que se constata
no texto dos PCNs.[18]
Abordagens atuais da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitam apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-se que, dessa forma, eles desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade-natureza. Essas práticas envolvem procedimentos de problematização, observação, registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a paisagem e o espaço geográfico, na busca e formulação de hipóteses e explicações das relações, permanências e transformações que aí se encontram em interação.
Essa interação com a realidade revela questões que preocupam o conjunto da
sociedade e que somente poderão trazer soluções e sustentabilidade se forem tratadas
coletivamente tal como se percebe no texto oficial.
Os problemas socioambientais e econômicos — como a degradação dos ecossistemas, o crescimento das disparidades na distribuição da riqueza entre países e grupos sociais, por exemplo — podem ser abordados a fim de promover um estudo mais amplo de questões sociais, econômicas, políticas e ambientais relevantes na atualidade. O próprio processo de globalização pelo qual o mundo de hoje passa demanda uma compreensão maior das relações de interdependência que existem entre os lugares, bem como das noções de espacialidade e territorialidade intrínsecas a esse processo.
Tal abordagem visa favorecer também a compreensão, por parte do aluno, de que ele próprio é parte integrante do ambiente e também agente ativo e passivo das transformações das paisagens terrestres. Contribui para a formação de uma consciência conservacionista e ambiental, na qual se pensa sobre o ambiente não somente em seus aspectos naturais, mas também culturais, econômicos e políticos.
Para tanto, as noções de sociedade, cultura, trabalho e natureza são fundamentais e podem ser abordadas através de temas nos quais as dinâmicas e determinações existentes entre a sociedade e a natureza sejam
estudadas de forma conjunta. Porém, para além de uma abordagem descritiva da manifestação das forças materiais, é possível também nos terceiro e quarto ciclos propor estudos que envolvam o simbólico e as representações subjetivas, pois a força do imaginário social participa significativamente na construção do espaço geográfico e da paisagem.
No processo educativo a Geografia trabalha com imagens, recorre a
diferentes linguagens na busca de informações e como forma de expressar suas
interpretações, hipóteses e conceitos. Pede uma cartografia conceitual, apoiada numa
fusão de múltiplos tempos e numa linguagem específica, que faça da localização e da
espacialização uma referência da leitura das paisagens e seus movimentos.
Nesse aspecto o uso de diferentes linguagens precipita a utilização de
diferentes recursos provenientes da área da informação e da comunicação se constituem
em exemplos desses recursos.
Mas há na sua especificidade outro compromisso importante como objeto de estudos da
disciplina que evolvem este tema como esclarecem os PCNS:
Este tema refere-se às alterações que o fluxo de informações fez e faz na vida em sociedade. É possível estudar a história dos meios de comunicação, sua criação e seu significado social; como a invenção do rádio, da TV, do telefone, do jornal modificaram a vida das pessoas, como podem criar novas e múltiplas relações entre os lugares. É possível analisar as alterações que o uso dos computadores trouxe na relação entre os lugares, nas relações sociais e econômicas e nos hábitos culturais. Como expressam as paisagens urbanas e rurais, como as paisagens são influenciadas umas pelas outras através das imagens veiculadas na televisão, nos jornais, nas revistas, etc. Uma abordagem crítica, analisando a descaracterização que os meios de comunicação podem ocasionar, principalmente no comportamento, na fala, no estímulo ao consumo é fundamental para uma compreensão mais ampla deste tema. Analisá-lo a partir das diferenças entre os meios de comunicação, sua influência no mundo urbano e no mundo rural — que lugares a mídia trata, quais ignora e por que são formas interessantes de discutir com os alunos a informação e a comunicação como fruto do trabalho humano, permeado por decisões político-administrativas.
Significa dizer que os recursos informacionais no ensino da geografia constituem
sem recurso didático e conteúdo educacional.
Conforme se percebe o acesso aos recursos computacionais assume um papel
cada vez mais importante para a inclusão social. Com o grande desenvolvimento e a
socialização de ferramentas como a internet, multimídias, do ciberespaço, que
possibilitam a interatividade e a conectividade com a sociedade globalizada a educação
para a cidadania representa a possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas em
transformar as diversas formas de participação na defesa da qualidade de vida.
Assim, a educação ambiental a partir da disciplina da geografia assume cada vez
mais uma função transformadora, na qual a educação e a responsabilização dos
indivíduos tornam-se objetivos essenciais para promover o desenvolvimento sustentável.
Na especificidade de seu objeto a educação ambiental é condição necessária para
modificar um quadro de crescente degradação sócio-ambiental e o educador terá uma
função de mediador nessa construção de referenciais ambientais e deverá saber usá-los
como instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da
natureza.
Pensando assim, o ambiente virtual criado para a aprendizagem, deverá
contemplar esses objetivos, servindo de ferramenta de transformação na medida em que,
através do ambiente desenvolvido e da interação do usuário, é possível promover um
encontro entre uma real necessidade de educação ambiental sem deixar de lado os novos
avanços em termos de tecnologia.
Nos artigos propostos pelo CINTED-UFRGS[19] sobre as Novas Tecnologias na
Educação ambiental:
Dentre as transformações mundiais das duas últimas décadas, aquelas vinculadas à degradação ambiental e à crescente desigualdade entre diversas regiões do planeta nos mostram necessidades urgentes de criarmos meios adequados para a formação de um novo cidadão, consciente de suas responsabilidades quanto aos cuidados ambientais. O alarme dado pelos fenômenos de aquecimento global, destruição da camada de ozônio, a contaminação dos rios, dentre outros problemas, nos revela que o impacto da sociedade sobre o meio ambiente tem tido conseqüências cada vez mais importantes e severas, tanto quantitativas como qualitativas. Além disso, dados do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) revelam que um quarto das mortes ou casos de invalidez por doenças infecciosas registrados no mundo estão relacionadas à degradação ambiental.
Assim, cabe ressaltar que a educação ambiental assume cada vez mais uma função remodeladora, transformadora de noções e em conseqüência do ambiente, em que a responsabilização do indivíduo é imprescindível para promovermos um novo tipo de desenvolvimento, o qual chamamos de desenvolvimento sustentável. A noção de desenvolvimento sustentável refere-se à necessária redefinição das relações entre sociedade humana e a natureza, e, portanto, a uma mudança substancial do próprio processo civilizatório, introduzindo o desafio de pensar a passagem do conceito para a ação. (Jacobi, 1997).
Carvalho[20] revela que após a Conferência Intergovernamental sobre Educação
Ambiental realizada em Tbilisi (EUA), em 1977, desencadeou-se a partir dos diferentes
segmentos das organizações sociais um processo em nível global para criar condições
que formem uma nova consciência sobre o valor da natureza e para orientar a produção
de conhecimento baseada nos métodos da interdisciplinaridade e nos princípios da
complexidade.
Observa-se que na prática esse campo educativo tem se desenvolvido, e isso tem
possibilitado a realização de experiências concretas de educação ambiental de forma
criativa e inovadora por diversos segmentos da população e em diversos níveis de
formação. Não somente as escolas têm desenvolvido projetos educativos de caráter
ambiental, as empresas, as indústrias, os hospitais, revelam em suas políticas de gestão
o cuidado com a sustentabilidade do desenvolvimento.
Segundo as análises do autor o documento da Conferência Internacional sobre
Meio Ambiente e Sociedade, Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade,
realizada em Tessalônica (Grécia), chama a atenção para a necessidade de se criarem
ações de educação ambiental baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade,
identidade cultural e diversidade, mobilização e participação e práticas interdisciplinares.
Diante dessa demanda a educação ambiental é uma área interdisciplinar na qual
participam história, geografia, biologia, física, química, ciências sociais, entre outras. Por
esse motivo, pensar no uso das TICS (Tecnologias da Informação e Comunicação) nessa
área leva necessariamente a pensar na utilização de ambientes visualmente ricos e com
possibilidades de simulação, ou seja, dinâmicos.
Para a disciplina de Geografia vincular em suas práticas educativas tecnologia e
educação ambiental parece se constituir em uma condição primordial na medida em que
seu objeto de estudo tem na Geo a sua Gênese.
Alem da possibilidade de construir com os alunos os objetos de apendizagem
utilizando a linguagem computacional é possível também a utilização das ferramentas já
disponíveis como por exemplo a versão 5.0 do Google Earth. Com o Google Earth o aluno
viaja de forma 3D para qualquer lugar da Terra e pode ver imagens de satélite, mapas,
terrenos, construções, galáxias, cânions dos oceanos. Acesse: http://earth.google.com.br.
Como demonstra a Secretaria de Estado da Educação[21] existem muitos depositórios de
Objetos de Aprendizagem. No portal dia-a-dia educação
WWW.diaadia.pr.gov.br/tvmultimidia estão disponibilizados conteúdos pré-selecionados
por especialistas de todas as disciplinas do currículo.
O Philcarto é um Software livre, foi desenvolvido pelo geógrafo francês Philippe Waniez.
No Brasil, é bastante utilizado pelo Prof. Dr. Hervé Théry (USP) no desenvolvendo de
importantes pesquisas na área de Geografia Regional. O mesmo pode ser acessado em
http://philgeo.club.fr/Index.html.
No endereço http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo10/artigos/4lMeri.pdf é possível perceber a
construção de um objeto de aprendizagem a partir de conteúdos da geografia intitulado
“Objetos de aprendizagem da área de Geografia: relatos da experiência de
desenvolvimento do Capitão Tormenta e Paco em movimentos da terra, rede geográfica,
fusos horários e estações do ano.
O trabalho com mapas digitais pode ser desenvolvido a partir da utilização da WebQuest
proposta para ensino de cartografia temática com orientações detalhadas sobre a
construção de mapas digitais. Essa metodologia pode ser utilizada em disciplina de
cursos de geografia, cartografia ou na formação de outros profissionais que trabalham
com mapas em suas pesquisas. Utiliza o software Microsoft Excel® para a construção da
base de dados, o Adobe Illustrator® para a base cartográfica e o software Philcarto para a
elaboração dos mapas temáticos. A partir de uma tabela de dados coletados em campo é
possível construir vários mapas da cidade. O desafio será encontrar o método cartográfico
mais adequado para a construção de mapas úteis.
http://www2.uel.br/revistas/geografia/v15n2/7.pdf.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares
Estaduais, a compreensão dos problemas ambientais envolve questões políticas,
econômicas, sociais, históricas, geográficas, ecológicas em processos enredados cuja
compreensão demanda o aporte interdisciplinar. Todas essas questões podem ser
abordadas a partir de ferramentas multimidiáticas.
Conteúdos importantes como a questão da degradação ambiental decorrente do
desenvolvimento urbano constitui-se tema que envolve a ação humana no campo das
relações e das tecnologias como resultados que decorrem da ação humana.
Patiño[22] descreve o lixo na produção social conforme a circunstância em que é
produzido.
Lixo urbano: formado por resíduos sólidos em áreas urbanas, inclua-se aos
resíduos domésticos, os efluentes industriais domiciliares que são as pequenas industrias
de fundo de quintal e resíduos comerciais;
Lixo domiciliar: formado por resíduos sólidos de atividades residenciais compostos
por matéria orgânica, plástico, lata e vidro.
Lixo público: formado por resíduos sólidos produtos de limpeza pública composto
por areia, papeis, folhagem, poda de arvores.
Lixo radioativo: resíduo tóxico e venenos formado por substâncias radioativas
resultantes do funcionamento de reatores nucleares. Como não há um lugar seguro para
o armazenamento desse lixo, a alternativa recomendada pelos cientistas foi colocá-lo em
tambores ou recipientes de concreto impermeáveis e a prova de radiação e enterrados
em terrenos estáveis no subsolo.
Lixo atômico: produto resultante da queima de combustível nuclear.
Lixo comercial; formado pelos resíduos sólidos das áreas comerciais como os
escritórios composto por matéria organiza, papeis, plásticos, cartuchos e toners de
impressoras, etc.
Lixo industrial: resultante do processo industrial e de áreas de utilidades como por
exemplo os resíduos da pasta de solda, placas de circuitos impressos, soluções de
reagentes químicos, efluentes industriais, lodos, embalagens, etc.
Lixo de serviço de saúde: os serviços de saúde como os hospitalares, farmácias,
ambulatórios, geram os mais variados tipos de resíduos sépticos, curativos, remédios
vencidos, etc.
Lixo espacial: restos provenientes dos objetos lançados pelo homem no espaço,
que permanecem circulando ao redor da terra coma velocidade de cerca de 28 mil
quilômetros por hora. São objetos como estágios completos de foguetes, satélites
desativados, tanques de combustíveis, fragmentos de aparelhos que explodiram
normalmente por acidente ou foram destruídos pela ação de armas anti satélites.
Obladen[23] observa ainda os impactos ambientais ocasionados pelo lixo que além
de conter grande quantidade de resíduos de natureza biológica como por exemplo as
toneladas de fezes humanas que trazem vetores biológicos responsáveis por infecção
eventualmente transmitidas ao homem o lixo também se constitui em local ideal para
alguns animais que no lixo encontram alimento, água, e abrigo tornando-se assim
veiculadores ou reservatórios de doenças.
Segundo o autor a partir do lixo a contaminação pode ocorrer pelo contato direto
com os microvetores como bactérias, fungos, vírus, vermes; ou pelo contato indireto como
o ar, água, solo, artigos críticos e semicríticos; ou por vetores mecânicos como
moscas,baratas, roedores, suínos e mosquitos.
Queiroz[24] avalia que grande parte dos resíduos gerados nos grandes
centros urbanos é constituída por resíduos industriais e essa produção tende a aumentar
segundo sua avaliação na media em que é diretamente proporcional ao aumento da
produção industrial.
Para a geografia no entanto o estudo destas questões está imbricado na
especificidade de seu objeto que se constitui das interações entre a sociedade e a
natureza.
Muitos outros conteúdos podem ser abordados sob a perspectiva da ação pensada
humana, da relação direta dos avanços tecnológicos com o ensino da geografia visando
uma educação ambiental.
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