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Projeto de Pesquisa
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Universidade de Lisboa
Faculdade de Arquitetura
Doutoramento em Design
Design e diversidade cultural:
Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de
mesa para o nordeste brasileiro.
Professores: Dra. Dulce Loução
Dr. Fernando Moreira
Dr. José Afonso
Doutoranda: Myrla Lopes Torres
Lisboa, 19 de junho de 2015.
Design e diversidade cultural: Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa para o nordeste brasileiro.
Introdução
O design, considerado vantagem competitiva no processo industrial, deve
introduzir ações projetuais que ressaltem os fatores humanos, conforme definição do
International Council of Societies of Industrial Design (ICSID ), “O design é uma
atividade criativa cujo objetivo é estabelecer as qualidades multifacetadas de objetos,
processos, serviços e seus sistemas em ciclos de vida completos. 1
A visão efêmera do design, que valoriza a variação estilística, a produção e o
consumo em massa devem ser afastados do desenvolvimento de produto. O design
como capacidade humana para criar produtos, deve desassociar-se da produção de
objetos pela aparência (Mau, 2007).
A mera execução de atividade estilística do produto distancia o design da reflexão
sobre o modo de vida das pessoas, e compromete a inserção dos valores culturais
como determinante para otimização e a durabilidade dos produtos. Os sentimentos de
atração e posse percebidos pelo utilizador não ocorre pelo valor, pelo uso ou pela
função, ocorre pela representatividade que aquele objeto ocupa em sua vida através de
seus valores culturais.
Vamos assim designar como cultura (uso I) o conjunto de características que distinguem um grupo de outro, e cultura (uso II) algum conjunto de fenômenos que são diferentes (e mais altos que) algum outro conjunto de fenômenos dentro de um grupo qualquer. Cultura (uso II) é tomada como uma capa ideológica para justificar os interesses de algumas pessoas (obviamente a camada superior) dentro de um grupo dado ou sistema social dado, contra os interesses de outras pessoas dentro deste mesmo grupo. A cultura, que é o sistema de idéias desta economia mundial capitalista, é o resultado de nossas coletivas tentativas históricas no sentido de lidar com as contradições, ambigüidades, complexidades das realidades sócio-políticas deste sistema particular (WALLERSTEIN, Imanuel., p. 33-38).2
A Finlândia, desde década de 60, demonstra características singulares em seus
produtos a partir da releitura da técnica tradicional de suas raízes culturais. Destaca-se,
1 Design is a creative activity whose aim is to establish the multi-faceted qualities of objects, processes,
services and their systems in whole life cycles. Therefore, design is the central factor of innovative humanization of technologies and the crucial factor of cultural and economic exchange. [tradução livre]. 2 Let us thus designate as culture (usage I) the set of characteristics which distinguish one group from another, and culture
(usage II) some set of phenomena which are different from (and .higher. than) some other set of phenomena within any one group. Culture (usage II) is suspect as an ideological cover to justify the interests of some persons (obviously the upper strata) within any given .group. or .social system. against the interests of other persons within this same group. The .culture, that is the idea-system, of this capitalist world-economy is the outcome of our collective historical attempts to come to terms with the contradictions, the ambiguities, the complexities of the socio-political realities of this particular system.
Design e diversidade cultural: Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa para o nordeste brasileiro.
o célebre design alemão, que expressa à seriedade e eficiência dos hábitos de seu povo
através de projetos sistemáticos, de alta qualidade industrial e pureza de formas. Outro
caso que pode ser lembrado é o design italiano, que contrariamente as ideais do
funcionalismo, se aprofundaram nas bases históricas e culturais do povo e da região
para demonstrar as características próprias, como exemplo Studio Alchimia e Memphis,
que teve êxito na década 80 (HESKETT, 1980).
A evolução do design deve abordar conhecimentos das ciências sociais, de
tecnologia e de arte (Baxter, 2000), com o objetivo de promover à inovação no
desenvolvimento de produto através da inserção de valores culturais.
Em especial no Brasil são poucos os projetos de produtos que transmitam as
características regionais e humanas para o produto brasileiro. As diversidades culturais
devem ser incorporadas no processo projetual de design como inspirações para
produção de objetos singulares, que caracterizem as pessoas, o local, os alimentos, os
recursos naturais entre outros.
O alcance e a variedade dos recursos naturais como frutas, verduras, raízes,
sementes promovem sabores exclusivos do paladar local e torna a gastronomia uma
referencial cultural que se fortalece no nordeste brasileiro.
Os pratos típicos são incontáveis tais como pamonha, canjica, carne de sol com
feijão tropeiro, moqueca de peixe, delícia de macaxeira, acarajé, tapioca, cuscuz com
carne de sol e nata, buchada, entre outros tantos. Entretanto, em observações
assistemáticas, nota-se que maioria dos utilitários de mesa utilizados em restaurantes,
hotéis e nas residências não demonstram características estéticas e simbólicas que
remetam as raízes culturais do local (figura 1). Exceto, os produtos artesanais que
normalmente são produzidos em argilas em cores terrosas, que transmitem a
rusticidade da região, mas são normalmente considerados caricatos e não relativos à
contemporaneidade.
Figura 1: Pratos Típicos em Utilitário de mesa que não transmitem os valores culturais.
Design e diversidade cultural: Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa para o nordeste brasileiro.
A aplicação de valores culturais no desenvolvimento de produtos deve se apoiar
nos estudos etnográficos e antropológicos, que analisam o contexto local e que
vislumbram os aspectos naturais e humanos.
A busca por referências culturais para esse trabalho será direcionada ao
artesanato, manifestação popular, que pode proporcionar riqueza de cores, texturas,
volumes e formas que caracterizem esteticamente e simbolicamente a região.
“O artesanato, assim como o design, é patrimônio inestimável que nenhum povo pode se dar ao luxo de perder. Mas esse patrimônio não deve ser congelado no tempo. Congelado ele morre. E é na transformação respeitosa que entra o papel dos designers”. (BORGES, 2011).
O artesanato é uma atividade produtiva manual em que a matéria-prima é
transformada a partir de registros culturais e locais de um povo. O artesanato, assim
como o produto industrial, dispõe de três funções principais: funcional, estética e
simbólica. Essa última, a simbólica, é a mais importante, pois revela os aspectos
históricos, regionais e cotidianos de sua própria vida.
Figura 2: Artesanato do Nordeste brasileiro
Os valores culturais relacionados à gastronomia, aos utilitários de mesa e ao
artesanato são visualizados nos hábitos japoneses, em que o ato alimentar é tratado
com respeito e com tradição. Os objetos usados à mesa são considerados obra de arte.
Os utilitários de mesa são artesanais, feito com qualidade, simplicidade e sintonizados
com a natureza. Demonstram a forma pacífica da relação do utilizador com a rotina
diária, através de ações metódicas e espirituais, afastam os adornos e a desordem.
Figura 3: Utilitários de mesa japoneses
Neste sentido, o desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa
contemporâneos a partir da inserção de referenciais culturais será objeto de estudo
deste trabalho como forma para fortalecer a gastronomia nordestina brasileira.
Design e diversidade cultural: Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa para o nordeste brasileiro.
Objetivo Geral:
Desenvolver uma linha de utilitários de mesa cerâmicos contemporâneos baseados no
artesanato a fim que possibilitar a valoração cultural da gastronomia nordestina do
Brasil.
Objetivos específicos:
Realizar um levantamento sistemático sobre os hábitos alimentares no nordeste
brasileiro, para identificar as necessidades de uso e de funcionalidade de
utilitários de mesa.
Analisar os artefatos artesanais para identificar formas, trajetórias e usos que
possam ser referenciais para o desenvolvimento de utilitários de mesa para o
nordeste brasileiro.
Desenvolver etapas projetuais através da inserção dos valores culturais da região
que promovam a singularização de objetos para gastronomia nordestina.
Demonstrar que a singularização de objetos indústrias podem viabilizar novos
paradigmas de produção e consumo, visando responsabilidade social,
sustentabilidade e afetividade para com os objetos.
Design e diversidade cultural: Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa para o nordeste brasileiro.
Etapas do Processo Projetual
O desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa contemporâneos através dos
valores culturais será constituído das seguintes fases:
As fases desenvolvidas para este projeto de produto tiveram como suporte as
metodologias de Baxter (2002), Munari (1988) e Rosenfeld et al. (2006).
Fase 1: Fase do planejamento
A fase do planejamento será realizada através de uma revisão de literatura e de
uma análise documental.
A revisão bibliográfica será realizada a partir da consulta de livros, de artigos
científicos, de teses, de sites entre outros. Essa etapa será de grande importância para a
construção de um quadro teórico, para análise crítica e reflexiva que aborde aspectos
relacionados ao design, ao artesanato, à tecnologia, à produção, à gastronomia, ao
desenvolvimento econômico entre outros aspectos.
Para a compreensão e envolvimento com a cultura será realizado a análise
documental constituída a partir da observação de fotografias, de livros, de projetos
entre outros documentos que colaborem para a construção de um panorama geral
sobre as referências do local, da história do povo, dos artefatos artesanais, da
produção artesanal, dos valores regionais e da diversidade cultural.
Com a revisão bibliográfica e a análise documental será construída uma visão
geral sobre o universo gastronômico e sobre os artefatos artesanais que podem ser as
referenciais para o desenvolvimento do produto.
Como última etapa dessa fase será realizada uma investigação sobre
características e tendências relacionadas ao acabamento, matéria-prima, formas, usos
de cerâmicas com o objetivo de identificar a linguagem de produtos similares.
Fase 2: Fase de Campo
A pesquisa de campo sobre o modo de vidas das pessoas, os hábitos
gastronômicos, a relação do nordestino com o ato de se alimentar será desenvolvido a
partir do método Design Etnográfico ((HANINGTON e MARTIN, 2012, p. 134). Método
Design e diversidade cultural: Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa para o nordeste brasileiro.
qualitativo, exploratório, comportamental e atitudinal que está baseado nos estudos
profissionais de etnógrafos e de antropologistas. No entanto, um real estudo
etnográfico e/ou antropológico faria com que o profissional fosse imerso na cultura e
na população estudada por meses. No caso do profissional do design, que utilize o
método design etnográfico, será realizado observações de experiências e entrevistas
semiestruturadas para conhecer o contexto social e cultural.
A análise do artesanato será realizada a partir da observação direta utilizando o
método Análise de Artefato (HANINGTON e MARTIN, 2012, p. 25). Esta é uma análise
sistemática sobre os materiais, sobre a estética de modo a compreender seus efeitos
físicos, sociais e culturais. Esta será uma análise de comportamento atitudinal,
qualitativa e exploratória que possibilitará a observação dos objetos em si e por si.
O Design Etnográfico e a Análise de artefatos terão como resultado registros
fotográficos, detalhamento da cultura local e delimitação dos atributos configuracionais
que tornam os artefatos artesanais essenciais para a comunidade, permitindo a
valoração afetiva, cultural e ambiental para o desenvolvimento econômico e o
crescimento humano
Após a reflexão sobre os resultados da pesquisa de campo, realizada através dos
métodos de design etnográfico e a análise do artesanato, faz necessário pensar sobre a
tecnologia de produção e o material que será confeccionado os utilitários cerâmicos de
mesa contemporâneos. Para tanto será realizado uma recolha sobre os materiais que
estejam compatíveis com referenciais culturais estudadas e que reflitam a
contemporaneidade.
Para finalizar essa etapa será feito uma análise crítica sobre os resultados que
apontem para a criatividade envolvida nos desenvolvimentos desses objetos e para a
possibilidade de relacionar o artesanato, a gastronomia com a produção industrial de
utilitários cerâmicos de mesa.
Fase 3: Fase da Criatividade
Nesta fase inicia-se a criação da linha de utilitários cerâmicos de mesa
contemporâneos a partir da inserção de referenciais culturais do nordeste brasileiro.
Serão desenvolvidas soluções através da realização de desenhos, de estudos
dimensionais, de análise estrutural, da avaliação de uso, caraterização de forma, cor,
textura.
Design e diversidade cultural: Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa para o nordeste brasileiro.
A linha de utilitários deverá ser composta por pratos para refeição, pratos para
sobremesas, pratos para sopas, travessas, tigelas, chávenas, bules entre outras peças
necessárias para o serviço adequado dos pratos típicos nordestinos. A fase é concluída
com os desenhos e modelos tridimensionais para que possa ser realizada uma
avaliação por parte dos utilizadores.
Fase 4: Fase da Avaliação
Planeja-se a realização estudos de uso, através da análise da tarefa e a aplicação
de entrevistas para avaliar as soluções desenvolvidas. As entrevistas irão colaborar com
a compreensão sobre o projeto de design e detectar se os valores culturais foram
incorporados ao produto.
Fase 5: Detalhamento
Na fase do detalhamento são feitos os ajustes no projeto de produto que foram
identificados na fase de avaliação e concluídos as etapas projetuais com desenhos
técnicos e a modelagem tridimensional para que possam seguir para produção
efetivamente.
Fase 6: Produção
Fase de conclusão do projeto. As etapas foram consideradas bem sucedidas e o
produto será produzido. Nessa fase é importante o acompanhamento de todo o
processo de produção pelo designer.
O trabalho tem como resultado esperado promover a reflexão sobre as questões
culturais, de afetividade, de uso, de desperdício, de recursos naturais e de consumo,
para potencializar oportunidades na produção industrial.
Design e diversidade cultural: Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa para o nordeste brasileiro.
Considerações Finais
O projeto de produto proposto promoverá reflexões sobre a necessidade da
inserção de valores culturas no design de produto, com o objetivo de colaborar com a
Inovação e o Design.
Este trabalho pretende contribuir com um novo sujeito social, que possa
compreender o consumo como um ato de cidadania, de forma consciente, focado na
satisfação do usuário e não na capacidade produtiva da indústria.
O Design é muitas vezes visualizado a partir da fabricação de objetos que não
refletem a necessidade de seus usuários, o que implica consequências com relação ao
desperdício e falta de consciência ambiental. Este estudo justifica-se na medida em que
propõe uma diferente atuação do designer no cenário da produção industrial,
explorando as soluções simples e eficientes dos artefatos artesanais para cooperar o
desenvolvimento humano e a economia criativa.
Design e diversidade cultural: Desenvolvimento de utilitários cerâmicos de mesa para o nordeste brasileiro.
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