DIREITO PENAL 1 AULA 4: VALIDADE E EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO Data

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DIREITO PENAL 1

AULA 4: VALIDADE E EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO

Data

Ementa• 1. A Lei Penal no Tempo. Vigência e Validade – Atividade e Extratividade da Lei

Penal. • 2.Conflito de leis Penais no Tempo:•     2.1.  Abolitio criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora,

Novatio Legis in Pejus. • 3.Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo: •      3.1. Princípio da Irretroatividade da Lei Penal Severa •      3.2.Princípio da Retroatividade da Lei Penal mais Benigna. • 4.Leis Excepcionais e Leis Temporárias. •    4.1. Conceito.•    4.2. Distinção• 5. Tempo do Crime:•        5.1.Teorias: atividade, resultado e mista.•        5.2.Teoria adotada pelo Código Penal.•        5.2.Crime Permanente, Continuidade Delitiva e Súmula n. 711, do Supremo

Tribunal Federal.•           - Distinção entre os delitos e o conflito de leis penais no tempo.

Ementa•  6. A Lei Penal no Espaço. •         6.1.Validade da Lei Penal•         6.2. Lugar do Crime. •                - Teorias: atividade, resultado, intenção, efeito mais próximo, ubiquidade e longa

mão. •         6.3.Conceito de Território Nacional e sua Extensão. •         6.4.Princípios Delimitadores do conflito de leis penais no espaço: •   -Territorialidade.•  -Extraterritorialidade: Incondicionada e  Condicionada.•  - Princípios: defesa, justiça universal, nacionalidade ativa, nacionalidade passiva

e representação.•         6.5.Pena Cumprida no Estrangeiro. • 6.6. Eficácia da homologação da sentença estrangeira.

Introdução

A Lei não tem eficácia universal e permanente. Não vige em todo mundo, nem é eterna.

Eficácia da Lei Penal

Determinada pelo Estado (fonte de produção), rege condutas dentro do espaço em que ele manifesta

seu poder (soberania).

Eficácia da Lei Penal

A ação da Lei Penal, como a das outras leis, tem amplitude desde sua entrada em vigor até a sua

revogação.

Âmbito de Eficácia da Lei PenalTempo - momento Espaço - territórioTeoria da Atividade Teoria da Ubiquidade

Nascimento e revogação da Lei penal

sanção promulgação

publicação revogação

Sanção

É o ato que aprova e confirma uma Lei.

Promulgação

É o ato pelo qual se atesta a existência da Lei e se determina a todos que a observem.

Publicação

É o ato pelo qual se torna conhecida de todos, impondo sua obrigatoriedade.

Entre a publicação e a efetiva vigência

Vacatio legis

Regra

45 dias após a publicação (art. 1 da LICC).

Revogação

Retirada da vigência de uma Lei.

RevogaçãoDerrogação Ab-rogaçãoRevogação parcial da Lei. Revogação absoluta da Lei.

RevogaçãoExpressa TácitaA própria Lei estabelecendo a data de sua revogação ou outra Lei informando este prazo.

Não está expresso, está implícito. Ocorre quando uma nova lei se revela incompatível com a anterior, apesar de não haver menção expressa à revogação.

Observação

Para que um cidadão seja punido pela prática de uma conduta delituosa é preciso que o fato incriminado se produza no intervalo que separa entre a vigência e a

revogação da Lei.

Assim...

A Lei penal, como as demais leis em geral, vigora até ser revogada por outro ato normativo de igual

natureza.

Principio da Continuidade das Leis.

Regra Geral

Prevalência da Lei que encontrava-se em vigor quando da prática do fato. Aplica-se a Lei vigente

ao tempo da prática da conduta.

(Tempus regit actum).

Observação

Como a Lei pode ser revogada, instaura-se situações de conflito. Neste sentido, verifica-se o conflito de Leis Penal no Tempo. Quando uma Lei

nova entra em vigor, revogando a anterior.

Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo

Irretroatividade da Lei mais severa

Retroatividade da Lei mais benigna

Hipóteses de conflito de leis penais no tempo

O fato foi praticado durante a vigência de Lei anterior (regra: Tempus regit actum).

Novatio legis incriminadora

Lex graviorLex mitior

Abolitio criminis Lei Intermediaria

Novatio legis incriminadora

quando uma lei nova passa a considerar crime uma conduta que antes era

considerada licita, não deve ser aplicada a réu, não retroage.

STJ - HABEAS CORPUS HC 276686 SP 2013/0294941-2 (STJ)PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. (1) IMPETRAÇÃO SUBSTITUTIVA. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. (2). COMUTAÇÃO DE PENAS. CRIME HEDIONDO. ART. 5.º, XLIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. (3) INDULTO. DECRETO Nº 7.648/2011. HOMICÍDIO QUALIFICADO COMETIDO ANTERIORMENTE À LEI Nº 8.930/94. CRIME À ÉPOCA DO COMETIMENTO NÃO CONSIDERADO HEDIONDO. POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DA BENESSE. (4) WRIT NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 1. É imperiosa a necessidade de racionalização do emprego do habeas corpus, em prestígio ao âmbito de cognição da garantia constitucional, e, em louvor à lógica do sistema recursal. In casu, foi impetrada indevidamente a ordem como substitutiva de recurso especial. 2. Seguindo a linha de compreensão do Supremo Tribunal Federal, esta Corte firmou entendimento no sentido de não ser possível o deferimento de comutação de penas a réu condenado pela prática de crime hediondo ou a ele equiparado. 3. Entretanto, o Decreto Presidencial que veda o indulto para os condenados por crime hediondo não inviabiliza a concessão do benefício para aquele que cometeu crime, à época, não considerado como tal. Na espécie, ao crime equiparado ao de homicídio qualificado, por ter sido cometido antes da Lei n.º 8.930/94, que alterou a Lei n.º 8.072/90, não incide a vedação do decreto n. 7.648/2011, não podendo o benefício da comutação ser negado sob esse fundamento, sob pena de violação ao princípio da irretroatividade da novatio legis in pejus. 4. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida, de ofício, a fim de determinar ao Juízo das Execuções que analise novamente o pedido de comutação da pena, ante o preenchimento dos requisitos previstos no Decreto n.º 7.648/2011, afastada a hediondez do crime.

Lex gravior

É a edição de nova lei prejudicial ao acusado, ou seja, edição de lei mais

severa que a anterior. 

STJ - HABEAS CORPUS HC 6769 SP 1998/0000396-7 (STJ)

PENAL. PROCESSUAL. DECISÃO "ULTRA PETITA". INOCORRÊNCIA. "HABEAS CORPUS" SUBSTITUTIVO. 1. Não é "ultra petita" a decisão do Tribunal Estadual que concede ordem, de ofício, para cassar o despacho

que suspendeu o processo e o prazo prescricional referente a delito ocorrido antes do advento da Lei 9.271 /96. 2. Aplicação do princípio

da irretroatividade absoluta da "lex gravior". 3. Ausência do interesse de agir. 4. "Habeas Corpus" não conhecido

Lex mitior

É o surgimento de lei nova benéfica ao réu, ou seja, edição de lei mais benigna

que a anterior.

STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 735970 RS 2005/0036635-4 (STJ)

RECURSO ESPECIAL. PENAL. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. PRINCÍPIO DARETROATIVIDADE DA LEX MITIOR. REVOGAÇ

ÃO DO ART. 226 , INCISO III , DO CP . CRIME HEDIONDO. PROGRESSÃO DE REGIME. IMPOSSIBILIDADE. 1. O art. 5º da Lei n.º 11.103 /2005 revogou o art. 226 , inciso III , do Código Penal , assim, em virtude do princípio da retroatividade dalex mitior, previsto no art. 2º , parágrafo único , do estatuto penal, deve ser excluída a majoração pelo agente ser casado. 2. O crime de estupro ou atentado violento ao pudor,

ainda que na forma simples e mesmo com violência presumida, tem natureza hedionda, devendo a respectiva pena ser cumprida em regime prisional integralmente fechado. Precedentes desta Corte e do Pretório Excelso. 3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte,

provido.

Abolitio criminis

lei nova suprime norma penal incriminadora anterior, existe a

possibilidade da retroação desde que beneficie o réu

HABEAS CORPUS 110.301 RIO GRANDE DO SUL (STJ)

Abolitio criminis temporária. 2. Posse de arma de fogo com numeração raspada. 3. Vacatio legis da Lei n. 10.826/2003. Inaplicabilidade. 4. A Medida Provisória 417, que deu nova redação ao art. 30 da Lei 10.826/2003, promoveu a prorrogação do prazo para o dia 31 de dezembro de 2008 para os possuidores de arma de fogo de uso permitido ainda não registrada, não abarcando, por conseguinte, a conduta de possuir arma de fogo de uso proibido ou restrito ou com numeração raspada. 5. Ordem denegada.

Lei Intermediaria

Supondo-se que haja  três lei sucessivas, deve-se aplicar sempre a que for mais

benigna ao acusado, assim, por exemplo, A pratica fato durante vigência de Lei  A  e

durante o processo surge Lei  B e no momento da sentença passa a vigorar Lei

C, o juiz deverá aplicar a que for mais benigna das três 

STF - RECURSO EXTRAORDINÁRIO RE 418876 MT (STF)

Recurso extraordinário: prequestionamento e embargos de declaração. A oposição de embargos declaratórios visando à solução de matéria antes suscitada basta ao

prequestionamento, ainda quando o Tribunal a quo persista na omissão a respeito. II. Lei penal no tempo: incidência da norma intermediária mais favorável. Dada a garantia

constitucional de retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu, é consensual na doutrina que prevalece a norma mais favorável, que tenha tido vigência entre a data do fato e a da

sentença: o contrário implicaria retroação da lei nova, mais severa, de modo a afastar a incidência da lei intermediária, cuja prevalência, sobre a do tempo do fato, o princípio da

retroatividade in melius já determinara. III. Suspensão de direitos políticos pela condenação criminal transitada em julgado ( CF , art. 15 , III ): interpretação radical do preceito dada pelo

STF (RE 179502), a cuja revisão as circunstâncias do caso não animam (condenação por homicídio qualificado a pena a ser cumprida em regime inicial fechado). IV. Suspensão de

direitos políticos pela condenação criminal: direito intertemporal. À incidência da regra do art. 15 , III , da Constituição , sobre os condenados na sua vigência, não cabe opor a

circunstância de ser o fato criminoso anterior à promulgação dela a fim de invocar a garantia da irretroatividade da lei penal mais severa: cuidando-se de norma originária da

Constituição , obviamente não lhe são oponíveis as limitações materiais que nela se impuseram ao poder de reforma constitucional. Da suspensão de direitos políticos - efeito da condenação criminal transitada em julgado - ressalvada a hipótese excepcional do art. 55 , § 2º , da Constituição - resulta por si mesma a perda do mandato eletivo ou do cargo do agente

político.

Quando surge o conflito?

Quando duas ou mais normas, ao tempo da prática da conduta, estiverem em vigor.

Solucionando o conflito

Extratividade

Ultratividade Retroatividade

Extratividade

é a possibilidade de aplicação de uma lei a situações ocorridas fora de sua vigência, podendo ser retroativa ou ultrativa.

Ultratividade

É a aplicação de uma lei penal benéfica já revogada a um ocorrido durante o seu período de vigência.

Retroatividade

É a aplicação de uma lei penal benéfica a um fato ocorrido antes do período de sua vigência.

Legislação

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 

Requisitos aplicação do artigo 2º. Do CPB

Incidência de edição de Lei POSTERIOR

Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior

deixa de considerar crime, cessando em

virtude dela a execução e os efeitos penais da

sentença condenatória.

A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos

anteriores, ainda que decididos por sentença

condenatória transitada em julgado.

Leis temporárias e excepcionais

Lei excepcional – São aquelas promulgadas em caso de calamidade pública, guerras, revoluções, cataclismos, epidemias (...)São leis feitas para vigorar em épocas especiais. Ela irá vigorar enquanto a situação especial permanecer. A lei excepcional é revogada pela “cessação das circunstâncias que a determinaram”.

Lei temporária – São aquelas que possuem vigência previamente fixada pelo legislador. São leis feitas para vigorarem por tempo determinado, estabelecido na própria lei. A data de sua vigência é conhecida, pois traz em seu próprio texto a data de cessação da vigência. Cessa em virtude da data estabelecida.

Observação

OBS: O artigo 3 do CPB determina que, embora cessadas as circunstancias que determinaram a lei (excepcional) ou decorrido o período de sua duração (temporária) aplicam-se elas aos fatos praticados durante a sua vigência, portanto são leis ultrativas, pois regulam atos praticados durante sua vigência, mesmo após a sua revogação. A retroatividade da lei mais benéfica não se aplica as leis temporárias e excepcional.

Legislação

 Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)

Características da Lei excepcional e Lei Temporária:

Auto revogável

Ultra-atividade: todos os fatos praticados em

suavigência são aplicáveis, mesmo depois de suarevogação.

Tempo do crime

Momento, data de realização do Crime

a lei penal necessita da fixação do momento em que se considera o delito cometido, para delimitação da competência interna e para aplicação de pena (idade do autor da conduta).

Legislação

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.

Teorias do Tempo do crime

Teoria da atividade: é o momento da prática da conduta (ação ou omissão), independente do local onde ocorreu o resultado.

Teoria do resultado: é o momento da produção do resultado.

Teoria mista: para esta teoria tanto faz, tanto pode ser o da ação ou o do resultado.

Importância da Teoria

O tempo do crime é importante para poder aplicar a norma penal, pois se ao tempo do crime o agente era menor de idade e a consumação do crime se deu após a sua maioridade, deve ser aplicada a lei ao tempo da ação e não o da consumação. Como também para delimitação da competência.

Brasil

Teoria da Atividade

Lugar do Crime

A lei penal necessita identificar o lugar do crime, para determinar a competência externa – direito internacional.

A importância de saber o lugar onde ocorreu o crime é para resolver problemas de delimitação de competência da justiça brasileira.

Teorias do Lugar do Crime

Teoria da atividade: para esta teoria o lugar do crime seria o da ação ou da omissão, ainda que fosse outro a ocorrência do resultado.

Teoria do resultado: para esta teoria, despreza-se o lugar da conduta e defende-se que o lugar do crime é aquele em que ocorreu o resultado.

Teoria da ubiqüidade ou mista: para esta teoria as duas acima estão corretas, então lugar do crime será o da ação ou omissão, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Teoria Adotada no Brasil

Teoria da Ubiquidade

Diferença da teoria aplicada entre:Código Penal Código de Processo PenalTeoria da Ubiqüidade Teoria da Atividadeé aplicado a crimes à distancia ou de espaço máximo – A conduta começa dentro do espaço nacional e o resultado se dá no exterior, ou vice versa

Aplicado aos crimes plurilocais – conduta e resultado em estados diferentes do Brasil

Art. 6 do CPB Art. 70 CPP

Legislação

Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado

Conceito de:Território Nacional Extensãoé a área que compreende todo o espaço, terrestre, fluvial, marítimo (12 milhas) e aéreo (coluna atmosférica), onde o Estado brasileiro é soberano.

O território poderá ser estendido quando se tratar de embarcações ou aeronaves públicas ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontre e as embarcações ou aeronaves estrangeiras privadas quando em território nacional (art.5º, 1º e 2º, CP).

Princípios Delimitadores do conflito de leis penais no espaço

Territorialidade

Extraterritorialidade

Territorialidade

É o espaço territorial (soberano)

Extraterritorialidade: Incondicionada e  Condicionada

A)Incondicionada –  Não impõe-se qualquer condição. O crime é julgado no Brasil. Referente ao inciso I e § 1°.B)Condicionada – Observadas as condições contidas no inciso II, § 3° e§ 2°, o crime seja julgado no Brasil. As condições do § 3° e § 2° são CUMULATIVAS

Legislação

Art. 7°, Código Penal: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I – Os crimes: a) Contra a vida ou liberdade do

Presidente da República; b) Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do DF, de Estado, de Território, de Município, de empresa publica, de sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público. c) contra a administração pública, por quem está a seu

serviço. d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.

Legislação

II – Os crimes:a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;b) praticados por brasileiro;c) praticado em aeronaves ou

embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não serão jul

gados.

Legislação

§1° - Nos casos do Inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. §2° - Nos casos do

inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível

também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter

sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável

Legislação

§3° - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior. a) não foi pedida oi foi negada a extradição;b)

houve requisição do Ministro da Justiça.

Princípios:

defesa justiça universal nacionalidade ativa

nacionalidade passiva

representação

Defesa

Inciso I, alíneas a, b, c e d.

justiça universal

Inciso II, alínea a

nacionalidade ativa

Inciso II, alínea b

representação

Inciso II, alínea c

nacionalidade passiva

§ 3°

Pena Cumprida no Estrangeiro

Detração da Pena

Legislação

Art. 8°, Código Penal: A pena cumprida no estrangeiro atenua a importa no Brasil pelo mesmo

crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas

Requisitos

A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena

imposta no Brasil.

O crime deve ser o mesmo e as penas

diversas

Quando as penas forem IDENTIDAS, nela é computada a pena imposta no Brasil.

Eficácia da Sentença Estrangeira

Art. 9°, Código Penal: A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser

homologada no Brasil para: I – Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituição e a outros efeitos civis; II – Sujeitá-lo a medida de

segurança. § Único: A homologação depende: a) para efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para outros efeitos, da

existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado de requisição do

Ministro da Justiça.

Quem homologa

O STJ faz a homologação de sentença estrangeira para efeito civil.

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