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DIRIGENTE ESPÍRIIA. Veículo da USE - União das Sociedades , �Dlmifia.D A\ -Aa/ Espíritas do Estado de São Paulo � 1/!N Se't S �'âlW• ANO IV - N2 22 - MAIO/JUNHO DE 1994
CONGRESSO
Pensamento e ,..., ,...,
açao vao dinamizar
/ .
esp1r1tas paulistas
Comissão inicia preparativos para o 9º Congresso Estadual
92 CONGRESSO ESTADUAL
DE ESPIRITISMO
USE· 95
O ESPIRITISMO NO PENSAMENTO E NA AÇÃO
Cena da novela "A Viagem", em nova montagem na Globo.
"Viagem" está 4e volta Novela de grande sucesso nos anos setenta
mostra a vida no mundo espiritual. Página 11.
L Bl A . AI N D A N E S TA BD I Ç A O
º1!:Pêmocfàcía e'Movimento Editorial. Página 2� ..
• Vale a pena descaracterizara obra espírita?P4gina3.
11•Trabalbo .em. equipe .. e açãtJ individual
Página4
11•Há centros_ pátá todo gosto Págiua6.
1•Por que nosso centro não · cre.sce?
Página7.
1•Campanha.- ftViver em Fann1ian ·_ Páginas 8 e 9.
OPINIÃO
Democracia e Movimento
Há dois tipos notórios de instituições espíritas, onde seus dirigentes são partidários do sistema democrático: em primeiro lugar, aquelas em que se pratica verdadeiramente a democracia e, em segun
1
do, as que da democracia só têm a teoria. Entre estas, porém, não se pode dizer de apontar a existência de algumas onde as noções básicas de democracia sequer passam perto.
Uma das conseqüências imediatas da aplicação do sistema democrático é a renovação de valores e lideranças. As instituições onde o poder permanece concentrado por longo tempo nas mãos de uns poucos, quando não de um só, tendem a ficar extremamente conservadoras e a. negar peremptoriamente a renovação. Isto as conduz ao envelhecimento precoce e a uma visão doutrinária também contrára a um dos seus mais importantes aspectos: o da renovação da sociedade.
Renovar é também sobreviver. Ao contrá-
rio do que pensam alguns, a democracia não é causa de desorganização dos quadros, mas a oportuniddade que se apresenta para um número maior de pessoas de exercitarem o poder e, portanto, aplicarem suas idéias na condução da instituição. Quando esta oportunidade é negada, as conseqüências passam pelo enrugamento da instituição e o mau trato doutrinário.
A USE-SP tem sido, ao longo dos tempos, um exmeplo de sistema democrático. A alguns pode parecer que esse sistema gerou em dados instantes prejuízos institucionais, mas a verdade está precisamente no aspecto contrário: foi o sistema que permitiu e permite que não haja predominância indefinida de grupos e, portanto, que se renove permanentemente.
A cada dois anos, como ocorre no presente instante, os estatutos conduzem às eleições em todos os níveis, abrindo a possibilidade de troca dos poderes. No caso da diretoria
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executiva, a permanência é permitida apenas por dois mandatos consecutivos, findos os quais os componentes cedem, obrigatoriamente, o posto a outro� companheiros. Com isto, a instituição está respirando sempre os ares salutares das novas idéias.
Esta é, não temos dúvida, a situação que melhor se adapta à consciência profunda de renovação embutida na doutrina de Kardec. Ele mesmo deu profundas demonstrações disto, fazendo-se substituir na Sociedade Parisiense ou projetando sua presença no futuro da condução doutrinário-administrativa.
Se o poder é um ópio e os homens desejam o poder, que ele esteja nos meios espíritas submetido ao processo democrático pleno, para que, não permanecendo indefinidadmente nas mãos de poucos, penirita a muitos contribuir para o desenvolvimento da instituição com suas idéias.
"DIAIGE;Nl'Ji:' FJl:NQVA E,QUIPE . . No início de abril, 8 Diretoria Executiva Õã U'SEêó.tnpôs a nova equipe para estejomal,explicitada np E�ente, que deyefflpr<>s�eguirapós a posse danovapiretori,a� ..O presidente Peni enâlteceu o frahãlho oosqued� a equipe, citan�oque estejon)al .·foiummarco naimprensa espírita e seu·valo[ poderá seravaliãâo, inclusive no rec�nte. Uvro ''Centros e Dirigentes ispffitas". ·· ... ·
2 - Dirigente Espírita - Maio/Junho de 1994
EXPEDIENTE
Veículo oficial de Unificação tJa.:USE • . llnilw das Sociedades Espíritas doB�tfl® de São Paulo, destinado especialmente aos dirigentes de cén• tros e instituições espúiias.
Editor
Antonio Cesar Perri de Carvalho
Secretária
Dehna Crotti
Redação
• Carlos Teixeíra RamosIvan Re.tté FranzolimJosé Rodtiguês i-l'efo
. LuiZ .Alberto ZanardiWilson Garcia
Assi1iaturas
Anual: 4,6 URV Mantenedcr: acima
de9URV Número avulso:
CR$ 350,00
Produção Gráfica
GP- fone: (OU) 858-8367 C.G.C. nº
55.573.885/0001-00
Editorafão Eletrônica
. .Adriano .de Araujo Garcia
Este número
5.000 exemplares
11.S.E. U'iOodassoàedades esprbdoesttJdodesõopok, :���-"'l'�fit<lo<��!Q'1Cll do��i;lto�
RuaPr. Gabriel Piza, 433 CEP �03�0011 São Paulo-SP
. FOD{t(Qll) i9ô-8l08
A USE não se respoltSâbili.za por conceitos emitidos nas matérias assinadas. As colaborações enviadas e não publicadas não serão devolvidas. Resen,amo-,ws o direil.o de pulilicarsomente o qu, es� #ver de acordu com a JinhJI ediWrial do veículo.
SERV IÇO ASSISTENCIAL
Vale a pena descaracterizar a Obra Espírita?
Os problemas criado§ pelo governo têm levado alguns centros espíritas a atitudes precipitadas. E preciso prudência para não tomar o caminho errado.
Hoje em dia, vivemos momentos de grandes questionamentos relativamente às subvenções governamentais.
Um desses questionamentos se refere às exigências desmedidas dos órgãos públicos para a concessão de subsídios às obras assistenciais.
Vale a pena, antes de mais nada, tecer considerações sobre a visão que nos cabe ter do homem enquanto ser espiritual. O ser humano não é apenas biológico, psíquico, social, mas acima de tudo eterno, pois sua destinação é divina.
Não resta a menor dúvida de que as necessidades imediatas devem, tanto quanto possível, serem atendidas. Isto todos sabemos, principalmente nós - espíritas-, pois, estamos interessados no trabalho de auxílio ao próximo.
Consulte-se o quadro de hierarquia das necessidades do homem, segundo o psicólogo americano Abraham Maslow, e verificar-se-á que as necessidades hierárquicas superiores (posição social, segurança, etc) vêm após aquelas de ordem física ou primária (alimentação, sono, etc.). Conclui-se, pois, no nosso caso, de servidores espíritas, que de nada adianta falar de Jesus e de apri-
Elaine Curti Ramazzini São Paulo, Capital
moramento interior àquele cujo estômago arde de fome.
O que se tem verificado em nossos meios, no entanto, é uma profunda preocupação dos trabalhadores da área assistencial em atender ao carente sócio-economicamente considerado apenas quanto às suas necessidades materiais, relegando a plano secundário, muita·s vezes, o aspecto educativo-promocional desse atendimento.
Uma postura arcaica, porque paternalista, tem levado muitos a priorizar o dar, dar, dar ... infinitamente, mas não tem ajudado a criatura a tomarse independente e aptapara que ela caminhe comseus próprios pés.
O objetivo de um trabalho promocional deve ser aquele que, de início, auxilie, na medida do possível, o semelhante em todas as suas necessidades para que, com o passar do tempo, ele encontre em si mesmo condições de autoapoiar-se no futuro.
Não poucos dirigentes de obras assistenciais espíritas têm procurado valer-se de órgãos governamentais para deles receber subvenções, as mais das vezes inexpressivas e insuficientes às suas reais demandas. No entanto,
para isso submetem-se a absurdas exigências, t�s como: abolir as denorrunações "espírita" e "Espiritismo" de suas entidades; alterar o estatuto social - o que enseja as mais absurdas ingerências nas instituições, descaracterizando a filosofia e o "modus operandi" que as fundamenta.
Será que esses bondosos, porém desavisados irmãos, entendem realmente o que é um serviço assistencial em moldes espiritistas? Será que o sentido real, genuíno, da palavra promocional não lhes sugere um novo comportamento em relação ao que vem ocorrendo?
Convém reflitamos melhor sobre essas questões e sobre todo o assunto exposto, pois todos temos compromisso1s perante Deus, nossa cónsciência e àquele irmão em estado tran�itório de penúria material que nos foi colocado à frente para que receba ?.e nós o auxílio às nece,s�idades primárias, sem a menor dúvida, porém reflitamos na sua natureza esJ?iritual.
Convém lembremos também as enormes responsabilidades qu� nos cabem na difusão e autêntica vivência da Doutrina Espírita, �e é que efetivamente a elegemos como ideal de vida.
NÃC>ÃS SUBVENÇÕES SGCIAIS . . . . . 1
. . Sob esse título. em artigo publipado na Folha · de São Paulo, 28/3/94, Aldaíza Sposa� comenta apromulgação cJa tei Orgânica da Assistência So�cial. Entre outras, afirma que tal Lei determina aextinção em 60 dias da LBA, CBIA ou dos órgãosfederais, fundações e poderes paralelos que, "aolongo dos ano.s. não conseguiram unidade em.suasações". A articúlism'defén:de. a proposta que "'extingue as subvenções sociais e os 6rgãos govema,,,mentais voltados para essa função, introduzindoem seu lugar uma política de parceria entre o Estado e a sociedade civil". O objetivo seria rompercom o paternalismo e os fisiologismos. "Ao invésde subvenções� .contra.tos de Serviços sem fins lu-..crativos entre organizações hão governamentais eo órgão governamental1 garantindo o caráter pú-blico da ação".
· · · · · · ·
Dirigente Espírita - Maio/Junho de 1994 - 3
Trabalho em Equipe e ação individual
Equipes bem formadas valori:am as atividades sem diminuir a importância das pessoas como indivíduos.
Em qualquer Sociedade, as atividades quando planejadas e realizadas em equipe, apresentam sempre melhores e mais duradouros resultados.
Desde a constituição do Centro Espírita, se faz necessária a participação de várias pessoas, para se viabilizar a assembléia de fundação e a formação da primeira diretoria.
A diretoria de um Centro deve ser uma equipe. Para que funcione razoavelmente, é preciso que cada um cumpra a sua tarefa e e sem se intrometer na tarefa do outro diretor, deve existir uma ação conjunta e integrada.
Sem dúvida, ao presidente compete presidir as reuniões da diretoria, representá-la social e juridicamente, contratar funcionários quando necessários, e outras funções referentes a uma boa administração. Todavia, não é função do presidente, necessariamente, dirigir as sessões doutrinárias da instituição. Afinal, ele não é o "dono" do Centro ou da verdade. É alguém colocado nesta posição para admi-
Cancelada resolução discriminatória
Resolução 15, de 07/04/94 do CNAS, D.O.U de 19/04/94 - revoga a resolução 13 do antigo CNSS. Fundamenta-se no parecer do Advogado Geral da União que aponta a inconstitucionalidade da Resolução revogada. Como foi divulgado, o presidente da FEB entregou dia08/11/93 à Presidência da República um parecer neste sentido que foiencaminhado ao Advogado Geralda União. Com isto, estão suspensas as exigências para as obras assistenciais de natureza religiosa eserão alterados prazos para recadastramento.
Lei Orgânica da Assistência Social
Lei □º 8742, de 07/12/93, D.O.U. de 08/12/93 - Dispõe so-
Joaquim Soares São Pa , Capital
nistrar as opiniões, principalmente as divergentes, convergindo-as para o objetivo maior da sociedade, devendo portanto. estudar, praticar e divulgar a Doutrina Espírita da melhor forma possível. O presidente deve motivar os companheiros, não só para atividades do Centro, mas especialmente para que treinem o trabalho em equipe. Assim.deverá saber delegar poderes eformar grupos de trabalhos.
Os Centros Espíritas deverão manter departamentos que. por sua vez, serão outras equipes para o trabalho. Porém, todos os Centros têm condições de formar departamentos? Até os pequenos Centros?
Consideremos, por exemplo. o departamento de orientaçãodoutrinária que, nos Centros.talvez fiquem melhor como departamento de atividades doutrinárias. Os Centros ainda quepequenqs, em geral, realizamreuniões com explanação evangélica e passes e, pelo menos..uma reunião mediúnica privati-
bre a organização. da assistência social. Trata das definições, objeuvos, princípios e da descentralização política-administrativa para os Estados, DF e os Municípios e cooclama a sociedade civil a participar da formulação da política e controk das ações em todos os níveis. O aJL 9 estabelece que as entidades assistenciais dependem, para funcionar, de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social, cabendo a este a fiscalização das entidades civis. Esta Lei determina que a inscrição junto a este Conselho é pré-requisito para o pedido de registro e do certificado de fins filantrópicos junto ao CNAS. Prevê a constituição do CNAS, dos Conselhos Estaduais e Municipais de Assistência Social de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil. A L.O.A.S. atende aos artigos 203 e 204 da Constituição.
Na Capital, a USE compare-
va. Somente aí, poderemos ter suas equipes de trabalho. Ainda que muitas pessoas participem das duas reuniões, é préciso que os responsáveis troquem idéias com os participantes. Na reunião pública, o dirigente deve manter relacionamento fraterno e amigo com a equipe de passistas e outros colaboradores, fazendo com que todos participem das decisões, especialmente quando se pretende fazer qualquer alteração no esquema dos trabalhos, convites a expositores, etc. Na reunião mediúnica, da mesma forma, o dirigente deve ter os médiuns como membros de uma equipe e que precisam participar das decisões, faz.endo com que opinem sobre os rumos doutrinários do Centro. Este seria um esboço do que seria o departamento de atividades doutrinárias, participativo, evitando-se possíveis desvios douni.nários.
No serviço assistencial, também sempre existe um número razoável de colaboradores. Seria a oportunidade para que opinem
ceu a reuniões do Fórum Municipal de Assistência Social,juntamente com os representantes do poder legislativo municipal e de diversas organizações civis. O Fórum objetiva a sensibilização da sociedade para a implantação da L.O.A.S .. Informações com: Norma - f. 239-3894 ou Adelina - f. 259-8388-Ramais 1496 e 1466 - Câmara Municipal de São Paulo.
Estatuto da Criança e do Adolescente
na Capital
O Conselho Municipal da Criança e do Adolescente foi criado pelo Decreto 31.319, de 17 /03/92, que estabelece critérios para o credenciamento de instituições nesse Conselho.
4 - DirigenJe Espírita - Maio/Junho de 1994
e ajudem a decidir o que for melhor.
Na evangelização da infância, na mocidade, no livro, enfim, nos diversos departamentos, sempre existe mais de um colaborador, portanto, mais de um para decidir. Ainda que uma mesma pessoa, e isto sempre acontece, participe de várias atividades, em uma, ela poderá ser a responsável, aquela que presta contas junto à diretoria, que coloca o assunto para os demais discutirem. Em outro grupo, ela participará como colaboradora, ajudando a discutir e decidir. À· medida que a diretoria da Sociedade for delegando poderes, trazendo outras pessoas para ajudarem nas decisões, crescerá o número de colaboradores e as equipes crescerão, criando condições para a formação de vários departamentos. Os princípios doutrinários e o bom senso sugerem o consenso e o estímulo aos crescimento e felicidade pessoais e coletivas. Não seria uma boa sugestão como base do trabalho de equipe no Centro?
Política Nacional do Idoso
Lei 8842, de 04/01/94, D.O.U. de 05/01/94 - Dispõe sobre a política □acional do idoso e cria o Conselho Nacional do Idoso. Trata da finalidade, princípios e diretrizes. Prevê conselhos nacional, estaduais, do DF e municipais do idoso, com representação paritária de representantes governamentais e obras civis.
Sugestão da USE
Está ocorrendo a operacionalização da Constituição de 1988 que prevê a participação da sociedade civil no "fazer"e na formulação de políticas e diretrizes para a ação social. As Sociedades Espíritas devem avaliar a importãncia de estar presente e participar desses Conselhos municipais.
ACONTECE
Ex-presidente falará no 47º aniversário
da USE
O 47º aniversário da USE será marcado por uma saudação a ser proferida por Antonio Schilliró, expresidente da USE, logo no início da reunião do Conselho de Administração da USE, programada para as 9 horas do dia 12 de junho (domingo), na sua sede. Na oportunidade, deverá estar sendo lançado o novo livro de Edições USE: "O idoso no Centro Espírita". Em seguida, já na pauta da reunião, serão prestadas informações sobre o andamento da Campanha "Vi ver em Fanu1ia" no Estado de São Paulo, informações sobre questões de obras assistenciais/exigências governamentais e ocorrerão definições sobre funcionamento do Departamento de Mocidades da USE.
Divaldo é cidadão de Osasco
Divaldo Pereira Franco recebeu o título de "Cidadão Osasquense", em cerimônia realizada no dia 18 de abril, no Ginásio de Esportes "Prof. José Liberatti". A USE foi representada pelo seu vice-presidente Attílio Campanini.
Reunião regional da FEB
A Federação Espírita Catarinense, sediará, em Florianópolis, nos dias 14 e 15 de maio, a reunião da Comissão Regional Sul do Conselho Federativo Nacional da FEB. As Comissões Regionais são coordenadas por Nestor J.Masotti. Desta reunião, além da anfitriã, participarão a USEÉRJ, USE-SP e FEERGS. Nesta reunião constarão
temas como a Campanha "Viver em Família" e a assistência social. O Conselho Federativo Nacional aprovou proposta da USE para seu tema de estudo para 1994: Serviço Assistencial Espírita - Fundamentos Filosóficos e Doutrinários.
Guarulhos discute cidadania
A USE Intermunicipal de Guarulhos promove o V II Encontro da Família Espírita, no dia 22 de maio, no Colégio Guilherme de Almeida, sito à Av. Emflio Ribas, 855. O tema central é "Cidadania, um direito de todos", contando com os expositores Vera Polverine, Marco Antonio Monteiro, Adão Batista, Marcelo L.de Oliveira, Arlete Cruz,Rosemary Corrêa, MauroSpínola, Cláudio Antoniode Mauro e Walter Gomes.
Ações dos educadores
espíritas
Em março, ocorreu na capital paulista, na sede do Núcleo Kardecista Antonio Pereira de Souza, uma 2a. etapa do Encontro de Educadores Espíritas, patrocinado pelo Departamento de Educação da USE. Os trabalhos do Encontro foram coordenados por Adalgisa Campos Balieiro, contando com a colaboração de Dino Bernardi, Célia Maria Rey de Carvalho, lolanda Húngaro, Carolina e Esmeralda Matos e Antonio Cesar Perri de Carvalho. O trabalho com os educadores tem se desenvolvido desde 1992, objetivando aqueles que exercem a profissão de professor. O propósito é fundamentar a ação pedagógica em bases espíritas e ofere-
Equipe do Encontro de Educadores
cer subsídios para que o professor atue em qualquer escola.
O 3° Encontro de Educadores Espíritas, destinado a receber interessados iniciais no movimento, está previsto para o período de 24 a 25 de setembro de 1994.
FEESP promoverá congresso
A Federação Espírita do Estado de São Paulo, promoverá seu tradicional evento FEESPÍRITA, no períodolde 14 a 16 de outubro: de 1994, em São Paulo'. O tema central será o livro "Nos Domínios daMediunidade". O eventocontará com o apoio daUSE, inclusive com a participação na Comissão Organizadora, dos companheiros Antonio Cesar Perri de Carvalho e AttílioCampanini. O FEESPÍRITA é coordenado por JúliaNezu de Oliveira.
Encontros· espíritas em Miami
A Federação Espírita Kardecista da Flórida, promoverá o "Encuentro Espírita Miami - 94", simultaneamente à reunião do Conselho Espírita Internacional, de 18 a 21 de agosto de 1994, tendo como
tema central "O Espiritismo - A Terceira Revelação". O coordenador da reunião do C.E.I. é Nestor João Masotti, da FEB. A programação do Encontro de Miami é coordenada por Benjarnín Rodrigues Barrem. Informações: P.0 .Box 44-0892 - Miami, Fla,33133-0892, EUA.
Dirigentes da região de Marília
têm encontros
No dia 27 de março, 70 companheiros da região de Marília participaram da reunião prévia para o 8º
Encontro de Dirigentes de Sessões e Dirigentes de Centros Espíritas, na cidade de Garça. A reunião foi · presidida por João Cega Filho, da USE Regional de Marília. Na oportunidade foi votado o tema "Trabalhos de desobsessão no Centro Espírita" para o 8º
Encontro, programado para o dia 28 de agosto, em Man1ia.
Palestras sobre assuntos médico
espíritas
A AMESP (Av.Pedro Severino Jr., 325-Jabaquara-Capital, fone 276-9055) promove às 5as à noite e sábados pela manhã, palestras especializadas. Para
Dirigente Espírita - Maio/Junho de 1994 - 13
LIVROS
"Relações Humanas nos Centros
Espíritas"
Publicado por Edições Correio Fraterno, esta obra de Nazareno Tourinho é muito significativa. Trata-se de uma adaptação de obra da especialidade de Nazareno - "Chefia, Liderança e Relações Humanas" (Ed.Ibrasa). Além disto, o tema que é extremamenteatual no meio empresarial, torna-se muito oportuno para osdirigentes e colaboradores dosCentros Espíritos. Em 1 O capítulos, de forma simples eacessível, inclusive com casose estórias ilustrativas, são tratados assuntos como o processo de interação humana, técnicas para o bom relacionamento interpessoal, como liderar, entrando em questõesbem específicas: como tratarquem procura o Espiritismopela primeira vez, como ministrar aconselhamento individual, como lidar com os dirigentes, como conviver comos companheiros de trabalhoe ainda como dialogar e comodoutrinar Espíritos. Trata-sede obra que deverá merecerreflexões por parte dos dirigentes espíritas.
"Videoteca nas Sociedades Espíritas"
Os vídeos representam excelente recurso para utilização dos equipamentos de TV, nos lares e nos Centros. O opúsculo de autoria de Osvaldo Magro Filho, há pouco lançado por Edições USE, embora singelo, reflete uma experiência recente - a USE Vídeo, montada pela USE Municipal de Araçatuba. Esta publicação oferece em 56 páginas, subsídios iniciais aos interessados em vídeos e se constitui numa espécie de guia prático para a implantação de videotecas nos Centros Espíritas ou nos órgãos de Unificação. Temas abordados: Subsídios para a implantação de videoteca; Por que montar uma videoteca? Montar uma videoteca ou uma videolocadora? É correto fil-
mar palestras e fazer pirataria? Sugestões para funcionamento; Dez orientações para o uso correto do vídeo no Centro Espírita; Que filmes adquirir? E ainda onde adquirir os vídeos.
"O Idoso no Centro Espírita"
"O Idoso no Centro Espírita" será lançado pela USE em junho, ao ensejo do "Ano Internacional da Fanu1ia" e da Campanha "Viver em Família". As autoras Maria Apparecida Valente e Elaine Curti Ramazzini, partem do conceito holístico de saúde, das fundamentações e.spíritas e de conhecimentos fisio-patológicos, para propor uma atenção global e adequada ao idoso. São analisadas as relações familiares em geral, o idoso no lar, até os cuidados e atendimentos dispensados ao idoso em instituições beneficentes. Trata-se de obra inédita na literatura espírita.
"Laços de Família"
Edições USE programa este lançamento para a Bienal Internacional do Livro, em agosto, em São Paulo. Sintetizará o Simpósio de lançamento da Campanha "Viver em Farru1ia" para o Estado de São Paulo. Reunirá entrevista com Divaldo Pereira Franco e os temas dos 1 O expositores do Seminário "Formação de Equipes para a Campanha.
USE EDITORA Dispomos de títulos das editoras: FEB, IDE, Clarim, Petit, FEESP e outras para atendimento de Centros Espíritas, Livrarias e Bancas do Livro. Condições especiais para Feiras do Livro, sob consulta. Os valores dentro dos parênteses referem-se aos preços referenciais em URV, válidos a partir de 01/05/94 (sujeitos a alterações sem aviso prévio):
Livros de nossa edição:
Centros e Dirigentes Espíritas -Autores Diversos -224 páginas - (3,95) Centro Espírita (0) - Wilson Garcia - (3,09) Centro Espírita e suas Histórias - Wilson Garcia - (2,85) Ciência Espírita - J. Herculano Pires - (3,93) Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas - Divaldo Pereira Franco - 3' edição - (2,82) Dirigentes de Sessões e Práticas Espíritas - Enu1io Manso Vieira - 2' edição - (2,42) Espiritismo e os Problemas Humanos -Deolindo Amorim/Hermínio C. Miranda - 2ª edição - ( 4,56) Família e Espiritismo -Autores Diversos - 2" edição ampliada - (3,95) Videoteca nas Sociedades Espíritas - Osvaldo Magro Filho - lançamento
Opúsculos e Produções:
Atividades Doutrinárias - 3' edição - (2,20) Aulas para o Jardim - (1,86) Como Escrever para a Imprensa Espírita - Ivan René Franzolirn - (1,47) Fitas de Vídeo do Simpósio do lançamento da Campanha "Viver em Famfüa", em S. Paulo - Com Divaldo P. Franco e 10 expositores -total de 5 fitas - preço unitário - (17,30) Direção de Órgãos de Unificação - Autores Diversos - ( 1,67) Evangelização Infantil - (2,97)Estatuto Social da USE - (0,43) Manual do Expositor Espírita - 2• edição - (1,53) Organização Administrativa e Jurídica - (0,48) S.A.E. - Grupo de Gestantes - (2,39)S.A.E. - Grupo de Mães e Grupo de Pais - (2.39) S.A.E. - Grupo Mirim e Grupo de Jovens - (2,41) Serviço Assistencial Espírita - (2,41) Subsídios para Atividades Doutrinárias - 2' edição - (2,64)
Distribuidora e Livraria:
Anais do 8° Congresso Estadual de Espiritismo - (9,40) Calendário Espírita - 3ª edição - esgotado Camiseta da Campanha "Viver em Famfüa"- adulto - (7,20)Camiseta da Campanha "Viver em Família" - infantil - ( 4,80) Campanha "Viver em Falilllia" - Subsídios para sua implantação e desenvolvimento - Edição FEB - ( 1,24) Fitas de Vídeo do 8° Congresso Estadual de Espiritismo - cada - (13,90)
Jornais:
Dirigente Espírita (bimestral) - assinatura anual Meu Jornalzinho (bimestral) - assinatura anual
Discos e Fitas:
Nos Jardins da Terra Azul - Moacyr Camargo - (10,00) Viver em Família - Palestra Divaldo P. Franco (fita) - (8,00)
Outras publicações:
Livro dos Espíritos e sua Tradição Histórica e Lendária (O) - Edição L.F.U. - (3,81)Progr. Infanto-Juvenil Espírita - Edição IELAR - (5,57) Reuniões de Estudo da Mediunidade - Edição IELAR - (4,03)
Pedidos para: USE - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo - Rua Dr. Gabriel Piza, 433 - São Paulo - SP CEP 02036-011 - Fone e Fax: (011) 290-8108
Dirigente Espírita - Maio/Junho de 1994 - 15
REPORTAGEM
Momento pede reflexão dos espíritas
A sociedade se movimenta na discussão da terceira idade, em busca de soluções e recursos
para nossos idosos.
O Departamento de Serviço Assistencial da USE, na pessoa de sua diretora Elaine Curti Ramazzini e de Maria Apparecida Valente, participou de oportuno Simpósio, no auditório do MEC, em São Paulo. O evento foi realizado pelo Conselho Estadual do Idoso, Federação das Obras Sociais, Comissão de Representantes de Entidades que Abrigam Idosos, com o apoio do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo e do Ministério da Educação.
Nas exposições e opúsculos distribuídos, destaca-se a ampliação do segmento de idosos. Cerca de 7,8% da população do Estado de São Paulo é constituída por pessoas com 60 e mais anos de idade. Entre as motivações para as ações com idosos é a constatação de que 78% do total dos idosos atendidos no Estado pela rede de instituições de Abrigos, estavam em entidades particulares, 18% em entidades Municipais e 4% em entidades Estaduais. Outro dado do Fundo Social de Solidariedade do Estado é que no atendimento mensal prestado a idosos pela rede de serviços voltados a abrigá-los, 70% deles estavam internados em instituições asilares; 17% em abrigos de entidades religiosas ou laicas, onde os idosos ficam abrigados durante o dia; 5 % em casas de repouso; 4% em albergues; 2% em pensionatos; 1 % em casas transitórias e 1 % em clínicas geriátricas.
As propostas discutidas no Seminário têm muito a haver com o movimento espírita, pelo fato de, tradicionalmente, manter muitos abrigos para idosos e, sem dúvida, com os dirigentes espíritas, pela necessidade de acompanharem com espírito critico a evolução de propostas e as tendências para estas atua�õés.
Da mesma forma, que há
alguns anos atrás, antigos "orfanatos" e lares para crianças foram transformados em creches, pelo visto, há tendência similar para com os idosos. Aliás, tais propostas vêm a calhar com os pensamentos de fortalecimento das responsabilidades familiares.
Houve duas exposições versando sobre o papel da f.arru1ia, do Estado e da Comunidade. Elaine salienta uma delas, sobre o projeto Renovar, proposto pela Secretaria da Criança, Farru1ia e Bem-Estar Social, apresentada pelo prof. Antonio Jordão Netto. No bojo desta proposta se insere a visão do chamado "Centro Dia" no trabalho com o idoso institucionalizado, isto é, uma espécie de creche, onde o idoso seria atendido durante o dia e, ao final deste, retornaria aos lares para a convivência familiar. O objetivo seria o atendimento familiar ao idoso, no sentido de auxiliá-lo, principalmente nas dificuldades de ordem física. Para o prof. Jordão Netto, "nenhuma instituição, por melhor que seja, substitui a farru1ia".
Um ângulo diferente foi abordado pelo dr.Paulo Maria Ferreira de Araújo, do Conselho dos Direitos da Pessoa Humana, ao discorrer sobre algumas das características da velhice. Este expositor salientou que "não temos hiatos de gerações, mas hiatos de educação da criança ao idoso, pois falta respeito mútuo entre as criaturas". Entre outras questões, o Dr. Paulo Maria alertou que "não pode haver cisão entre corpo e mente, conforme proposta cartesiana; o homem é ser integral".
Essas abordagens ensejaram manifestação de Elaine Ramazzini, no instante da palavra livre. De início situou a filosofia de trabalho realizado com os idosos pelos Centros
16 - Dirigente E,pírira - Maio/Junho de 1994
Espíritas, basicamente de uma sensibilização dos familiares no sentido de uma compreensão melhor do papel do ser na terceira idade. Aproveitou para destacar o fato de que J 994 ser o "Ano Internacional da Família", o que reforça a propostado. "Centro dia" e também paraa preponderância da educação,assentada na proposta de renovação do homem. A diretora daUSE também retomou colocação do prof. Jordão Netto deque "o Estado deveria trabalharem parceria com as ollras sociaisjá existentes, para somar esforços, respeitando nacionalidade, raça, sexo, cor, condiçãosocial, credo político e religioso" para ponderar sobre as ingerências que os órgã(i)s governamentais desenvolvem emobras assistenciais, ferindoprincípios constitucionais. Aliás, recentemente, a FEB posicionou-se contrariamente a resoluções do antigo CNSS. Estas colocações da representante da USE provocaram aprovações pelos presentes e estimularam outros depoimentos.
Na apresentação da Comissão de Representantes de Entidades que Abrigam Idosos, havia a preocupação de se propor a criação de uma Associação Estadual das Entidades Filantrópicas para Idosos, sob o pretexto de oferecer-lhes orienta-
ção técnico-administrativo-jurídica; promover trocas de experiências e criar condições para promoções e campanhas unificadas para levantamento de recursos. Restam as dúvidas: seria realmente necessária mais uma.Associação? Funcionariam campanhas unificadas?
À reportagem deste jornal, Elaine Curti Ramazzini fez considerações muito pertinentes aos dirigentes, sobre a "necessidade de repensarmos as nossas atividades assistenciais, no sentido de priorizarmos o ser espiritual, atendendo às suas necessidades físicas, mas, sobretudo, criar-lhe condições para que se supere, enquanto ser total, conscientizando-o quanto às possibilidades de mudança, tanto na vida exterior, mas, principalmente, na vida interior, enquanto espírito eterno".
Aliás, a visão integral do ser e sua inserção familiar já haviam motivado Maria Apparecida Valente e Elaine Curti Ramazzini a rever o projeto do livro em lançamento pela USE - "O idoso no Centro Espírita".Pensado inicialmente como umopúsculo para o Serviço Assistencial, foi ampliado para umavisão global e, inclusive, familiar.
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