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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
VARIAÇÕES CAMBIAIS X OPERAÇÃO OFFSHORE
Ricardo da Cunha Silva Castro
ORIENTADOR: Prof. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Finanças e Gestão Corporativa Por: Ricardo da Cunha Silva Castro
VARIAÇÕES CAMBIAIS X OPERAÇÃO OFFSHORE
Rio de Janeiro 2016
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AGRADECIMENTOS
Este trabalho é a realização de mais um sonho na minha vida, na qual tive o prazer de contar com a grande contribuição de muitas pessoas. Eu devo a gratidão a toda minha família. Em especial a minha esposa Noelma que me incentivou e apoiou nas horas mais difíceis. Agradeço também a todos os professores que me acompanharam,, em especial ao minha orientadora Aleksandra Sliwowska, que acreditou neste trabalho. Também aos demais professores que ministraram este Curso. Eu faço questão de lembrar dos meus amigos de curso, e meus companheiros de trabalho, que também me ajudaram nesses últimos anos.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu filho Daniel e a
minha esposa Noelma.
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RESUMO
A politica cambial mantem o equilíbrio do fluxo de moeda estrangeira num
país. .É um instrumento da política de relações comerciais e financeiras entre os
países. Para o Brasil seria ideal permitir um elevado volume de fluxo de moeda com o
exterior em ambos os sentidos para garantir que um eventual déficit seja coberto por
financiamentos externos ou crédito de fornecedores.
Câmbio é compra, venda ou troca de moedas estrangeiras ou de papéis que
as representem. No Brasil é obrigatório que uma das moedas envolvidas será a
nacional. O Mercado de câmbio é o ambiente, em que realizam as operações de
câmbio, entre os agentes autorizados pelo Banco Central do e entre estes e seus
clientes. Os pagamentos de negócios internacionais são realizados com base nos
preços das divisas, determinados no mercado cambial. Este mercado é estabelecido
para a formação da taxa de câmbio. Assim podemos reconhecer três tipos de regime
cambial: de flutuação pura ou taxas flexíveis, de taxas fixas e de taxas intermediarias.
O termo Offshore é relacionado com a atividade (prospecção, perfuração e
exploração) de empresas de exploração petrolífera que operam ao longo da costa. As
plataformas mais modernas operam em águas com profundidade superior a 100
metros, podendo chegar até aos 3.000 metros. Estas plataformas flutuantes têm
sistemas especiais de posicionamento dinâmico, são usadas nos campos do Pré-sal.
A camada Pré-sal é um gigantesco reservatório de petróleo e gás natural,
localizado nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo. A operação de perfuração
de um poço bastante complexa e cara, mas o sistema utilizado é relativamente simples.
Tendo o potencial comercial começa a fase da produção naquele Campo.
Nesta fase, o óleo pode vir à superfície, espontaneamente, impelido pela pressão
interna dos gases. A média anual da produção operada na camada pré-sal em 2015
também foi a maior da nossa história, atingindo uma média de 767 mil barris por dia,
superando a produção de 2014 em 56%.
6
As etapas vinculadas a extração do petróleo são complexas e de alto risco,
extremamente dependente de alta tecnologia.
Nas empresas OFFSHORE é essencial que toda operação de importação
seja feita de forma planejada devido a grande quantidade de variáveis com que lidamos
na importação. Essencial que as empesas tenham uma planilha de custo de
importação que permite uma visão apurada dos custos de importação. Estas empresas
têm a possibilidade de se enquadrarem em determinados regimes aduaneiros em que
possibilitam a mesmas de terem incentivos fiscais, principalmente quando podem gerar
benefícios ao país.
Se a moeda nacional se desvalorizar em relação à moeda na qual foi
realizado o negócio, as atualizações com base nas taxas cambiais geram variação
monetária passiva (despesa) nas obrigações e variação monetária ativa (receita) nos
direitos de crédito.
O swap é excelente ferramenta de proteção cambial consiste na compra ou
venda de cambio pronto contra a simultânea venda ou compra de cambio futuro. As
operações de swap apresentam vantagens significativas com relação ao mercado
futuro de juros, que é o mecanismo atual mais tradicional de proteção contra as
flutuações de taxas.
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METODOLOGIA
A pesquisa será feita com base nas ferramentas de gestão financeira e
estratégias de mercado financeiro, buscando a proteção cambial de suas operações.
Farei um breve histórico da operação Offshore, Abordando despesas aduaneiras, e o
custo direto de operação. Realizando pesquisas de campo e citando exemplos
cotidianos envolvidos.
O estudo será realizado como base o setor de Perfuração Petrolífera, no
qual se desenvolvem diversas atividades dependentes da gestão financeira para a
sobrevivência da empresa e melhorar os resultados. Sabendo-se que um setor
extremamente dependente de produtos importados, e de que possui na sua rotina
pagamento de Invoices.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
Mercado de Cambio e suas Variações 10
CAPÍTULO II
A Operação OFFSHORE e suas Necessidades 19
CAPÍTULO III
Os Impactos das oscilações do Cambio nas Empresas OFFSHORE 28
CONCLUSÃO 45
BIBLIOGRAFIA 47
ÍNDICE 48
ANEXOS 50
9
INTRODUÇÃO
Após a adoção do câmbio flexível em 1999, as taxas de câmbio
apresentaram não só longos períodos depreciação e apreciação, mas também
períodos de alta e baixa volatilidade, permitindo assim a identificação da existência de
não linearidades na exposição cambial das empresas.
Atualmente as empresas da atividade de Offshore Marine sofrem muito com
os impactos das variações cambiais nas operações de importações de peças para
manutenção e consumo. Com isso afetando diretamente o custo da operação. O
mercado interno não possui equipamentos e tecnologias, para atender as
necessidades da operação. As empresas são altamente dependentes de produtos
importados para atender as necessidades, principalmente em questão de tecnologia.
Estarei abordando assunto em três capítulos os seguintes temas:
O Mercado de Cambio e Suas Variações – Para abordagem do assunto
falarei sobre o Mercado Cambio e o seu funcionamento;
A Operação OFFSHORE e suas Necessidades – Estarei definindo as
operações OFFSHORE, principalmente a necessidade de bens de consumo e de
capital importados;
Os Impactos das oscilações do Cambio nas Empresas OFFSHORE – Como
é um setor altamente dependente do mercado externo, assim sensível ás oscilações do
cambio. Abordarei o tema e sugerindo soluções.
Além do impacto sobre fluxos de caixa, com a diferença de que as
obrigações pagas ou créditos recebidos num dado período não serão afetados por
variações cambiais posteriores
Assim as Empresas deste setor buscam alternativas para minimizar os
impactos das variações cambiais e manter as operações das empresas de Offshore.
Com a desvalorização da moeda as empresas que dependem da importação, devem
buscar alternativas para se manterem no mercado.
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CAPÍTULO I
MERCADO DE CAMBIO E SUAS VARIAÇÕES
1.1. Política Cambial A politica cambial tem como principal o objetivo manter o equilíbrio do fluxo
de moeda estrangeira num país. Podemos considerar que é um instrumento da política
de relações comerciais e financeiras entre os países. Os termos referentes à política
cambial refletem as relações políticas vigentes entre nações, com base no
desenvolvimento econômico alcançado.
Pois um grande volume de exportações pode gerar inflação, pois a entrada
de divisas devem ser convertidas em reais e para tanto é feita emissão de moeda. A
inflação pode ser gerada também pela emissão de títulos no exterior.
A internalizarão de dólares prejudica o controle dos juros e aumenta a dívida
interna, pois o governo é obrigado a lançar títulos para enxugar o volume de moeda.
Uma política cambial ideal para o Brasil deveria permitir um elevado volume
de fluxo de moeda com o exterior em ambos sentidos para garantir que um eventual
déficit seja coberto por financiamentos externos ou crédito de fornecedores.
1.2. Câmbio Câmbio é compra, venda ou troca de moedas estrangeiras ou de papéis que
as representem. No Brasil é obrigatório que uma das moedas envolvidas será a
nacional.
Compõe o sistema monetário internacional, regulamentado durante a
Conferência de Bretton Woods (New Hampshire, EUA, 1944), objetivando facilitar as
transações externas. Dede a conferência, todas as moedas passam a ter o dólar
americano como padrão em substituição ao ouro. Até 1976, o valor das moedas,
baseado nas reservas de dólar, varia no máximo 2,25%.
Com os Acordos da Jamaica (1976), a comunidade internacional abandona
este sistema e legaliza as taxas de câmbio. O exportador vende as moedas
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estrangeiras resultantes de suas exportações, recebendo, em pagamento, moeda
nacional. O importador compra moedas estrangeiras, com o fim de pagar seus
fornecedores estrangeiros pagando por elas com a moeda nacional.
As moedas estrangeiras, independente da sua origem, constituem-se
patrimônio da União. É vedada às empresas a manutenção de moedas estrangeiras
em seus caixas. Assim, o exportador é obrigado a vender à União as moedas
estrangeiras obtidas das exportações; E o importador, para liquidação de seus
compromissos externos, é obrigado a comprá-las da União.
Como a taxa de câmbio é influenciada por inúmeras outras de diversos
países, deve-se considerar o conceito de taxa de câmbio real efetiva, que leva em
conta as alterações de um conjunto de taxas de câmbio dos maiores parceiros
comerciais de um país.
Estas operações são realizadas através de bancos autorizados a operar em
câmbio.
Fechamento de câmbio é comprar ou vender moeda estrangeira. Depende
da necessidade de recursos financeiros para a elaboração do produto a ser exportado,
da taxa de juros nominal vigente e da expectativa de alterações na taxa de câmbio,
entre a data escolhida para o fechamento e a data da liquidação do contrato de câmbio.
1.3. Mercado de Câmbio Podemos chamar de mercado de câmbio o ambiente, onde se realizam as
operações de câmbio, entre os agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil
(bancos, corretoras, distribuidoras, agências de turismo e meios de hospedagem) e
entre estes e seus clientes.
Pessoa física ou jurídica pode ir a uma instituição autorizada a operar em
câmbio para comprar ou vender moeda estrangeira. Para a realização das operações
de câmbio, é necessário respaldo documental. Já que nas operações de câmbio são
negociados direitos sobre a moeda estrangeira, na grande maioria dos casos os
clientes não têm acesso à moeda estrangeira em espécie. Na importação, por exemplo,
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uma pessoa entrega real (R$) ao banco em troca do direito sobre o equivalente em
moeda estrangeira, que é entregue ao exportador estrangeiro ou a um terceiro
interessado (normalmente um banco) no exterior. Excetuam-se as operações relativas
a viagens internacionais, que podem ter a moeda estrangeira entregue em espécie no
País.
Os pagamentos de negócios internacionais são realizados com base nos
preços das divisas, determinados no mercado cambial. Não são realizados
deslocamentos físicos de moeda, mas operações de crédito e de débito entre bancos
dos países envolvidos na transação. Eventualmente, utiliza-se a moeda de um terceiro
país como unidade de conta.
Em paralelo as este mercado regulamentado, funciona um segmento
denominado mercado paralelo, mercado negro, ou câmbio negro. Os negócios
realizados no mercado negro, bem como a posse de moeda estrangeira, sem origem
justificada, são ilegais e sujeitam o cidadão ou a empresa às penas da lei.
1.4. Estrutura do Mercado Cambial Brasileiro O Mercado Cambial Brasileiro está dividido em dois segmentos distintos:
a) Mercado de Taxas Livres ou Câmbio Comercial, que tange as operações
de câmbio relativas ao comércio exterior e de capitais estrangeiros;
b) Mercado de Taxas Flutuantes ou Câmbio Turismo, onde ocorre as
operações não enquadradas no Câmbio Comercial.
Banco Central do Brasil é órgão executor da política cambial brasileira;
Banco Autorizado é instituição bancária com quem o cliente fecha o câmbio;
Cliente é qualquer pessoa física ou jurídica habilitada a comprar ou vender
moeda estrangeira;
Corretor de Câmbio é a figura em que o cliente pode se utilizar para realizar
as suas operações de câmbio, intermediando a operação.
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1.5. Regimes Cambiais A Implantação das transações com moedas estrangeiras nas análises do
mercado monetário altera e torna-se mais complexo o funcionamento dos mercados
monetário e financeiro em geral.
Para examinar a relação ente a moeda doméstica e a estrangeira deve ser o
mercado de câmbio, é onde estes dois ativos são trocados. As operações ali realizadas
refletem a demanda pelas moedas nacional e estrangeira e são determinadas pelas
condições de oferta destas. E o preço dos ativos nele negociados é a taxa de câmbio.
Podemos definir que o mercado de cambio é estabelecido para a formação
da taxa de câmbio. Assim podemos reconhecer três tipos de regime cambial: de
flutuação pura ou taxas flexíveis, de taxas fixas e de taxas intermediarias.
No Regime cambial de flutuação pura o preço da moeda estrangeira é
determinado pelo mercado, assim como o preço de uma mercadoria qualquer.
No Regime de Taxas Fixas a fixação da taxa de câmbio é administrada pelo
Banco Central.
Existe um limite entre regime de câmbio intermediário e de taxas fixas. Este
limite é estabelecido na existência de metas para a taxa de câmbio. Embora haja
intervenções esporádicas das autoridades monetárias no mercado cambial, se não
forem perseguidas taxas determinadas a priori e anunciadas ao público, o regime deve
ser classificado como flutuante.
Para diferenciar os regimes intermediários daqueles de taxas fixas, o critério
utilizado é a existência ou não de um compromisso institucional com a taxa de câmbio.
1.5.1. Câmbio Flexível
O regime de câmbio flexível é definido pelo fato de que a taxa de câmbio é
determinada pelas forças do mercado. As condições se dão, normalmente, a compra e
venda de divisas fazem com que o mercado de câmbio se aproxime do modelo de
concorrência perfeita: o produto é homogêneo; os ofertantes e demandantes são em
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geral em número suficiente para que nenhum deles tenha, individualmente, poder de
influir na determinação do preço; e os agentes envolvidos geralmente dispõem de
informações sobre as condições vigentes no mercado.
Uma característica é que, na medida em que o Banco Central não intervém
no mercado, ele não precisa dispor de reservas internacionais. Os desequilíbrios no
balanço de pagamentos não se traduzem em variações de reservas.
A determinação da taxa de câmbio é feita pela interação da oferta e
demanda de divisas. Assim, um desequilíbrio incipiente no mercado de câmbio,
causado, por um aumento na demanda por divisas, é resolvido naturalmente através de
uma elevação da taxa de câmbio o que restabelece o equilíbrio nas transações
externas, estimulando as exportações e desestimulando as importações, sem
necessidade de intervenção do Banco Central.
Neste regime não há um desequilíbrio do balanço de pagamentos, pois o
mercado cambial não afeta o nível de reservas.
Mas a livre flutuação da relação entre as moedas pode causar muita
volatilidade na taxa de câmbio, como a desvalorização do real ocorrida na segunda
metade de 2002. Conforme Cardim (2000), diz que:
“A desvalorização da taxa de câmbio tem por consequência no curto prazo no aumento da inflação, por causa do aumento dos preços dos produtos importados, e sobre a lucratividade de investimentos.” (Cardim, 2000)
Para diferenciar o regime de flutuação suja do regime de flutuação livre. A
taxa de câmbio é determinada somente pelo mercado. Com objetivo de ter a autonomia
baseada na ideia de que a taxa de câmbio é a variável de ajuste que garante o
equilíbrio do balanço de pagamentos.
No regime de flutuação suja, assim, podemos dizer que o mercado cambial
está sujeito a intervenção do governo, já que o Banco Central realiza transações
financeiras com o objetivo de influenciar as taxas de câmbio e conter oscilações
bruscas. De acordo com as suas necessidades.
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1.5.2. Câmbio Fixo
O regime de câmbio fixo é a relação entre moeda nacional e a estrangeira é
fixada do governo ou de uma lei. Cabe ao Banco Central ofertar e demandar divisas
para equilibrar o mercado no nível da taxa estabelecida.
O Banco Central possui um estoque suficiente de reservas em moeda
estrangeira. Para que, quando a taxa de câmbio de equilíbrio se elevar, isto pode
acontecer através da entrada de divisas provenientes do aumento do preço dos
produtos exportadas por um determinado país, e se manter da taxa fixada, o Banco
Central não poderia conter os excessos de oferta de moeda, acumulando reservas,
para isso o BC teria que injetar moeda nacional na economia, e esse aumento na oferta
de moeda. Assim poderia gerar inflação.
O governo poderá aumentar a taxa de juros interna, a fim de atrair capitais
externos, aumentando a oferta de moeda estrangeira. Esse aumento de juros poderá
ter efeitos negativos internamente, encarecendo o crédito e inibindo o investimento. Um
dos motivos para a adoção de um regime de taxa de câmbio fixa é a busca de
estabilidade nos preços, em casos de processos inflacionários.
A fixação do valor do dólar pode funcionar como uma espécie de âncora
para os preços em geral, num programa desaquecimento da economia. Isso seria mais
eficaz no caso em que a taxa que for fixada favoreça a expansão de importações, o
que contribui para controlar os preços, internamente. Este procedimento foi adotado na
Argentina, na década de 90, quando se estabeleceu uma paridade fixa para o peso. No
Brasil, de 1994 a 1999, como parte do Plano Real. o regime cambial vigente na
Argentina entre 1991 e 2002 foi um tipo de regime de câmbio fixo chamado currency
board.
Caracteriza-se pela paridade fixa entre a moeda nacional e uma moeda
estrangeira, a constituição prévia de um estoque de divisas e a determinação de que o
Banco Central só pode emitir moedas para comprar reservas internacionais (o que
garante a manutenção do lastro). O objetivo principal para a adoção do currency board
é importar a credibilidade de uma moeda que serve de âncora para a estabilidade dos
preços domésticos.
16
Porém essa convertibilidade num regime de currency board limita as ações
do governo e limita os efeitos impactantes sobre os preços de uma emissão monetária
excessiva. Por outro, um dos maiores problemas do regime de conselho da moeda é
que o governo perde a liberdade na execução da política econômica, na medida em
que abre mão do exercício de políticas monetária e cambial independentes.
Referente a política monetária, se a perda da autonomia impede erros e
ações inadequadas o que confere credibilidade à moeda e permite redução dos juros-,
também a melhor utilização dos instrumentos monetários como meio de estabilizar
fatores envolvidos na economia.
Segundo a política cambial, ancorar a moeda doméstica ao dólar, através
de uma paridade fixa, significa ao mesmo tempo ter uma taxa de cambio que flutua
paralelamente com a moeda âncora frente às demais unidades. Havendo diversidade
estrutural e desacordo de movimentos repetitivos, a moeda ancorada pode ser levada a
uma apreciação ou desvalorização em função da realidade da economia, mas em
conflito com as suas próprias necessidades. Conforme Cardim (2000), diz que:
“O peso argentino, que por estar atrelado ao dólar, sofreu uma forte apreciação frente às principais moedas européias e ao iene nos anos de 1998-99, precisamente quando a Argentina estava sofrendo com elevados déficits comerciais, que exigiam a desvalorização cambial como mecanismo de correção. Vale citar também os casos extremos de câmbio fixo – uniões monetárias e dolarização – que representam no fundo a própria abolição da taxa de câmbio entre os países envolvidos”. (Cardim 2000, p.416)
Podemos dizer que a principal diferença entre estes regimes é o caráter de
dolarização de um deles, só que a união monetária é consequência de um acordo
entre diferentes países, que definem uma moeda única a ser utilizada.
1.5.3. Intermediários
Os países adotam um regime cambial que procura reunir as vantagens dos
sistemas de taxa flexível e de taxa fixa. O sistema de minidesvalorizações, conhecido
internacionalmente pela expressão crawling peg. Foi muito usado por países com
inflação alta, como o Brasil, um método para tentar compatibilizar a convivência com a
inflação e a manutenção da competitividade da produção doméstica em relação ao
resto do mundo.
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A alta nos preços domésticos é compensada por uma elevação paralela na
taxa de câmbio, com intervenção da autoridade monetária, para manter a taxa de
câmbio real e impedir que os produtos se tornem mais caros, conservando a
competitividade externa .
Dando suporte há um sistema formal de minidesvalorizações periódicas,
pode haver dois tipos distintos de política cambial o de minidesvalorizações passivas,
em que as mudanças na taxa de câmbio refletem passivamente a inflação passada,
onde o objetivo da política é apenas acomodar o câmbio para manter a competitividade
externa da economia; e o de minidesvalorizações ativas, em que as variações da taxa
de câmbio em geral se dão por magnitudes constantes, desvinculadas da inflação
passada.
Este tipo de política busca utilizar a taxa de câmbio como um freio para a
estabilização continua dos preços dos produtos e serviços do mercado interno.
Notamos que o regime de minidesvalorizações é parecido mais com um regime de
câmbio fixo do que a um regime de taxa flexível. Pois o Banco Central que estabelece
a taxa de câmbio, e se obriga a intervir para manter o nível fixado.
A vinculação da taxa de juros à taxa de câmbio é comum ao regime de
paridade fixa. Possui a característica do sistema e taxa de câmbio flexível em que o
câmbio funciona como mecanismo para corrigir desequilíbrios externos.
O sistema de bandas de flutuação é um sistema misto entre os dois
extremos. Intermediário, mais flexível que o crawling peg. Estando próximo da
flutuação livre da taxa de câmbio consiste a instituição de zonas-alvo, existe um
intervalo de flutuação sem limites rígidos, e não anunciados. Conforme Cardim (2000),
diz que:
“Por último, o regime de flutuação administrada ou flutuação suja, sem metas, surge no caso de o governo deixar de ter qualquer pretensão em interferir na flutuação da taxa de câmbio e só atuar no mercado de câmbio para evitar a volatilidade excessiva desta.” (Cardim 2000, p.423),
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Existe uma paridade central e um intervalo de flutuação onde o Banco
Central somente interfere no mercado cambial se a taxa de câmbio atinge o topo da
banda.
19
CAPITULO II
A OPERAÇÃO OFFSHORE E SUAS NECESSIDADES
Na língua inglesa o termo Offshore significa “afastado da costa”. Em termos
financeiros, dizemos que offshore é uma empresa que tem a sua contabilidade fora do
país onde exerce sua atividade objeto.
O significado do nome também é relacionado com a atividade (prospecção,
perfuração e exploração) de empresas de exploração petrolífera que operam ao longo
da costa.
Iniciou-se em 1968 a exploração de petróleo em reservatórios situados na
área offshore no Brasil , na Bacia de Sergipe, campo de Guaricema, situado em lâmina
d’água de cerca de 30 metros na costa do estado de Sergipe.
Para o desenvolvimento nesta bacia aplicaram-se as técnicas convencionais
da época para campos de médio porte: plataformas fixas de aço, cravadas através de
estacas, projetadas somente para produção e teste de poços, interligados por uma
rede de dutos multifásicos.
O complexo era ligado, por dutos, a uma estação de separação e tratamento
de fluidos produzidos localizada em terra.
2.1. Plataformas
As primeiras plataformas, principalmente as instaladas nos campos de
Guaricema, Caioba, Camorim e Dourado, eram, com pequenas variações, do tipo
padrão de quatro pernas.
Os procedimentos de perfuração e a completação dos poços eram
executados por plataformas auto-elevatórias posicionadas junto à plataforma fixa.
Posteriormente os projetos foram implementados e a perfuração dos poços passou a
20
ser feita, também, por sondas moduladas instaladas diretamente no convés superior
das plataformas e assistidas por navios.
Com o aumento da atividade, não só na costa de Sergipe, mas também nas
de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, a Petrobras desenvolveu projetos próprios
de plataformas que atendessem às características de desenvolvimento dos campos.
A plataforma de primeira família parecidas com as plataformas fixas iniciais
desenhada para ter até 6 poços de produção e podiam ser instaladas em lâmina d’água
de até 60 m.
A plataforma de segunda família produzia em até nove poços, realizava a
separação primária de fluidos produzidos, sistema de transferência de óleo, sistema de
teste de poços, sistema de segurança e um sistema de utilidades.
As plataformas de terceira. família eram mais complexa. Permitiam a
perfuração e extração de até 15 poços e as facilidades de produção podiam conter uma
planta de processo completa, sistema de compressão de gás, sistema de recuperação
secundária, sistemas de segurança e de utilidades e acomodação de pessoal. Estas
plataformas tinham concepção para atuarem como plataformas centrais.
Atualmente, após o termino do projeto de instalação de uma plataforma
(sonda marinha), de acordo com as condições específicas do lugar a que se destina,
passa-se à sua construção.
As plataformas flutuantes operam em profundidades até 100 metros. São
sustentadas por enormes colunas ocas que imergem até 20 metros de profundidade,
sem tocar o fundo, usando um sistema de ancoragem que lhes permite neutralizar a
ação dos ventos, das marés e das tempestades. A mesma plataforma é utilizada para
um grande número de perfurações.
As plataformas mais modernas operam em águas com profundidade
superior a 100 metros, podendo chegar até aos 3.000 metros. Estas plataformas
flutuantes têm sistemas especiais de posicionamento dinâmico, são usadas nos
campos do Pré-sal.
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Usam uns hidrofones especiais colocados na bordadura da plataforma que
recebem sinais acústicos provenientes de uma ou várias estações emissoras
colocadas sobre o fundo do mar..
Na Bacia de Campos as plataformas, com suas usinas termelétricas, têm
capacidade de gerar energia elétrica para iluminar uma cidade de um milhão de
habitantes (640 MW). São consumidas por semana 512 toneladas de alimentos e
geradas 38,4 toneladas de lixo.
O atendimento às plataformas é feito por 120 embarcações e navios de
apoio. São cerca de mil poços interligados em mais 4 mil quilômetros de dutos no
fundo do mar.
As instalações em alto-mar incluem campo de futebol, tratamento de esgoto,
enfermaria, cinema, etc.
2.2. As Reservas
Desde a década de 80, o Brasil vem contabilizando importantes descobertas
em águas profundas e ultraprofundas.
Ocorreram na Bacia de Campos e incluem os campos de Albacora, Marlim,
Marlim Sul, Marlim Leste, Barracuda, Caratinga, Espadarte e Roncador. Desde 1999,
nas bacias de Santos e do Espírito Santo também têm ocorrido descobertas nessa
faixa de lâmina d’água.
No fim de 1999, as reservas de petróleo e gás da Petrobras chegaram a
17,3 bilhões de barris, distribuídas assim: 14% em terra firme, 11% em águas rasas e
25% em águas profundas. Os 50% restantes encontravam-se em águas ultra-
profundas. As reservas equivalentes de petróleo e gás da Empresa em águas ultra-
profundas representavam 75% do total.
Com está distribuição, sua produção em águas profundas e ultra-profundas
vem aumentando proporcionalmente em relação à produção total: de 1,7% em 1987
para mais de 55% no primeiro semestre de 2000.
22
No final do ano de 2000, o pico da produção diária interna de petróleo da
Petrobras era de 1.531.364 bopd, distribuídos da seguinte maneira: 17% em terra
firme, 19% em águas rasas e 64% em águas profundas e ultra-profundas.
Com objetivo de aumentar a produção interna, a Petrobras precisa
desenvolver seus campos em águas profundas e ultra-profundas.
2.3. Pré-Sal
A camada pré-sal é um gigantesco reservatório de petróleo e gás natural,
localizado nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo (região litorânea entre os
estados de Santa Catarina e o Espírito Santo). Estas reservas estão localizadas abaixo
da camada de sal (que podem ter até 2 km de espessura). Portanto, se localizam de 5
a 7 mil metros abaixo do nível do mar.
Estas reservas se formaram há, aproximadamente, 100 milhões de anos a
partir da decomposição de materiais orgânicos.
Os técnicos da Petrobras ainda não conseguiram estimar a quantidade total
de petróleo e gás natural contidos na camada pré-sal. No Campo de Tupi, por exemplo,
a estimativa é de que as reservas são de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo.
Em setembro de 2008, a Petrobras começou a explorar petróleo da camada
pré-sal em quantidade reduzida. Esta exploração inicial ocorreu no Campo de Jubarte
(Bacia de Campos), através da plataforma P-34.
De 2008 até abril de 2013 a produção de petróleo e gás natural no pré-sal
atingiu 192 milhões de barris. A exploração ocorre atualmente nas bacias de Santos
(litoral do estado de São Paulo) e Campos (litoral do Rio de Janeiro). De acordo com a
Petrobrás, em abril de 2013, a produção diária estava em torno de 310 mil barris. A
empresa petrolífera informou também que, atualmente, são explorados 19 poços no
pré-sal, através de 7 plataformas.
Hoje em dia, a Petrobras detém concessões para exploração de 99 blocos
no Brasil, 72 dos quais estão situados no mar e 75% deles em lâmina d’água de além
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de 400m. Assim sendo, a Petrobras está empenhada com afinco em um esforço de
exploração com várias plataformas DP em operação em lâminas d’água que variam de
1.800 a 3.000m.
2.4. Perfuração e Produção
A operação de perfuração de um poço bastante complexa e cara, mas o
sistema utilizado é relativamente simples.
São perfuradas as rochas por meio de uma broca rotativa colocada na
extremidade de uma haste rotativa e oca.
As brocas são escolhidas em função da dureza da rocha a perfurar, do
diâmetro do furo que se pretende abrir e da profundidade que se deseja atingir.
É realizado o movimento rotatório produzido por um motor e transmitido à
broca por meio de uma combinação de hastes protegidas por uma seqüência de tubos
de aço; à medida que a perfuração vai avançando, mais hastes e tubos de aço vão
sendo adicionados ao conjunto por enroscamento.
É ejetada lama sob pressão por uma bomba de lama no interior da haste,
jorrando do interior da broca e retornando à superfície através da tubagem protetora e
do furo aberto pela broca.
A lama possui uma importância muito grande dentro deste processo tendo
as seguintes funções: refrigera e lubrifica a broca, transporta para a superfície os
fragmentos das rochas perfuradas, o que permite fazer a recolha, depois da filtragem
da lama, daqueles fragmentos de rocha como amostras para estudos petrológicos,
petrofísicos e paleontológicos, quando o reservatório é alcançado, impede a saída
violenta de gás, petróleo ou água.
A torre de sondagem de um poço de petróleo tem a principal função de
orientar o equipamento de perfuração, de modo que ele permaneça na posição vertical.
Esta estrutura em algumas vezes atinge os 90 metros de altura, a torre de sondagem
24
tem de estar firmemente apoiada, pois as cargas que o conjunto tem de suportar
podem chegar às 500 toneladas.
A perfuração das rochas duras produz sobre a estrutura vibrações intensas
e constantes que, sem um apoio adequado, podem fazer ruir a torre de perfuração.
As dificuldades que envolvem a sondagem no mar são grandes.
Alguns dos problemas a solucionar são:
1) Efeito das marés;
2) Ação dos ventos e das ondas;
3) As correntes marítimas;
4) Topografia do fundo marinho;
5) Profundidade do fundo marinho;
6) Efeito corrosivo das águas marinhas;
7) Profundidade do furo a sondar.
Ocorre em locais previamente determinados pelas pesquisas Geológicas e
Geofísicas. Perfura-se um poço - o Poço Pioneiro - mediante o uso de uma sonda (ou
Torre de Perfuração) que é o equipamento utilizado para perfurar poços.
Comprovada a existência de petróleo, outros poços são perfurados para se
avaliar a extensão da jazida. Essa avaliação é que vai determinar se é comercialmente
viável, ou não, produzir o petróleo descoberto. Caso positivo, o número de poços
perfurados forma um Campo de Petróleo.
A perfuração nem sempre revela a presença de petróleo no subsolo. Apesar
do grande progresso dos métodos de pesquisa, mais de 80% dos poços pioneiros não
resultam, no Brasil e no mundo, em descobertas aproveitáveis.
Quando um poço não revela a presença de petróleo, é tamponado com
cimento e abandonado. Embora secos ou subcomerciais, esses poços podem fornecer
25
indicadores e informações importantes para o prosseguimento das perfurações, pois
permitem maiores conhecimentos sobre a área explorada.
Na fase da pesquisa petrolífera denominada avaliação, determina-se se o
poço contém petróleo em quantidades que justifiquem sua entrada em produção
comercial..
O trabalho se processa sem interrupção e só termina quando atinge os
objetivos predeterminados. O objetivo de um poço, em termos de perfuração, é
traduzido na profundidade programada: 800, 2.000, 6.000 metros, etc.
Isto requer trabalho árduo e vigília permanente. À medida que a broca
avança, são acrescentados tubos em segmentos de dez metros. Geralmente, uma
broca tem vida útil de 40 horas. Para trocá-la, tem-se de retirar toda a tubulação em
segmentos de três tubos e recolocá-los.
Os poços pioneiros têm por objetivo testar áreas ainda não produtoras. Caso
se realize uma descoberta com o pioneiro, são perfurados outros poços para
estabelecer os limites do campo. São os chamados poços de delimitação ou extensão.
Todos eles são, em conjunto, classificados como exploratórios.
Se for confirmada a existência de área com volume comercialmente
aproveitável de óleo, são perfurados os poços de desenvolvimento, através dos quais o
campo é posto em produção. Na maioria dos casos, os poços pioneiros e os de
delimitação também são aproveitados para produzir.
Tendo o potencial comercial começa a fase da produção naquele Campo.
Nesta fase, o óleo pode vir à superfície, espontaneamente, impelido pela pressão
interna dos gases.
Nesses casos temos os chamados Poços Surgentes. Para controlar
esse óleo usa-se, então, um conjunto de válvulas denominado Árvore de Natal.
Quando, entretanto, a pressão fica reduzida, são empregados processos mecânicos,
como o Cavalo de Pau, equipamento usado para bombear o petróleo para a
superfície, além de outros. Os trabalhos em mar seguem os mesmos critérios
26
aplicados em terra, mas utilizam equipamentos especiais de perfuração e
produção: as Plataformas e os Navios-Sonda.
Junto à descoberta do petróleo pode ocorrer, também, a do GásNatural.
Isso acontece, principalmente, nas bacias sedimentares brasileiras, onde o gás
natural, muitas vezes, encontra-se dissolvido no petróleo, sendo separado durante as
operações de produção. Tecnicamente chama-se a isto de Gás Associado ao
Petróleo.
O petróleo e o gás descobertos não são totalmente produzidos. Boa parte
deles fica em disponibilidade para futuras produções, em determinado momento. São
chamadas Reservas de Petróleo e de Gás. Dos campos de produção, seja em terra ou
mar, o petróleo e o gás seguem para o parque de armazenamento, onde ficam
estocados. Este parque é uma grande área na qual se encontram instalados diversos
tanques que se interligam por meio de tubulações.
A produção resultante das estações e refinarias (gás natural, gás residual,
GLP, gasolina, nafta, querosene, lubrificantes, resíduos pesados e outros destilados)
são comercializados com as distribuidoras, que têm a responsabilidade de atender a
demanda do mercado.
A produção de petróleo que realizamos no Brasil superou a meta fixada para
o período de acordo com o Plano de Negócios e Gestão pela primeira vez nos últimos
13 anos. A marca de 2,128 milhões de barris por dia (bpd) atingida no período
representa alta de 4,6% diante do resultado do ano anterior e 0,15% acima dos 2,125
milhões previstos em nosso plano de negócios.
A média anual da produção operada na camada pré-sal em 2015 também foi
a maior da nossa história, atingindo uma média de 767 mil barris por dia, superando a
produção de 2014 em 56%.
Se considerada também a extração de gás natural, que cresceu 9,8% diante
do ano anterior, a produção total chega a 2,6 milhões de barris de óleo equivalente por
dia (boed) - 5,5% maior que os 2,46 milhões boed de 2014.
27
2.5. Custo de Operação
Como verificamos neste capitulo, as etapas vinculadas a extração do
petróleo são complexas e de alto risco, extremamente dependente de alta tecnologia.
Diante desta realidade o principal desafio atualmente para a produção de
petróleo é o custo de extração, o qual está intimamente associado a fatores como:
qualidade do óleo cru, localização geográfica do campo e grau de desenvolvimento.
Assumindo os dados da Petrobras como referência, verifica-se claramente
um aumento dos custos, sem considerar as participações governamentais. Tais custos
mais do que dobraram nos últimos cinco anos – os valores do terceiro trimestre
variaram de 3,42 US$/barril em 2003 para 10,42 US$/barril em 2008 –, refletindo não
somente um cenário de escassez mundial de equipamentos e serviços, como também
a expansão da fronteira petrolífera em direção a áreas mais inóspitas.
28
Capitulo III
OS IMPACTOS DAS OSCILAÇÕES DO CAMBIO NAS
EMPRESAS OFFSHORE
3.1. Planejamento de Importação
Nas empresas OFFSHORE é essencial que toda operação de importação
seja feita de forma planejada devido a grande quantidade de variáveis com que lidamos
para a realização deste processo, citamos alguns dos principais abaixo:
Desconhecimento das normas e procedimentos da importação - Muitas
mercadorias são selecionadas pela fiscalização para uma vistoria mais apurada, sendo
assim, direcionada ao canal vermelho. Nestes casos, alguma pequena incorreção
relaciona até mesmo ao peso ou embalagem da mercadoria importada, poderá resultar
em uma espera de mais de sessenta dias.
Inadequação do produto às normas técnicas nacionais - Devido a uma
incoerência na classificação das mercadorias, muitas vezes realizadas pelo própria
despachante, quando deveriam ser realizadas em conjunto com um representante
técnico da empresa...
Variações Cambiais – As oscilações cambiais no mercado financeiro,
geraram perdas ou ganhos com variações cambiais.
Excessiva burocracia e controle governamentais complexos e pouco
divulgados – Excesso de controles e normas legais, burocracia operacional eleva
custos com uma carga tributária asfixiante e um sistema tributário ineficiente. O
processo de Importação passa por diversos setores do governo, com isso requer mais
tempo de armazenagem, além do pagamento de taxas.
29
É primordial que as empesas tenham uma planilha de custo de importação
que permita uma visão apurada dos custos envolvidos, permitindo saber os valores que
serão desembolsados para a operação em todas as suas fases; é importante para a
formação do preço de venda e para a previsão de despesas de investimentos. A
planilha deve levar em consideração os períodos de desembolso para a formação do
Fluxo de Caixa.
3.2. Custos Envolvidos na Importação
O Processo de importação é sujeito a exigências administrativas, aduaneiras
e cambiais. Devemos entender que na operação são cobrados impostos que oneram a
aquisição de bens e serviços e, que a sua introdução no território brasileiro é
controlada por meio de legislação especifica. Portanto, é importante planejar a
atividade, definindo o mercado vendedor, fornecedor, procedimentos operacionais,
registros e processo logístico antes de solicitar o embarque do bem no exterior a fim de
evitar maiores ônus à compra internacional. Podemos citar os principais custos
envolvidos:
Frete Internacional – É o frete entre os países, que pode ser aéreo, terrestre
ou marítimo. Essa determinação é fundamental na cotação, levando-se em
consideração o tempo e o custo.
Seguro Internacional - No transporte pode acontecer de a carga sofrer algum
acidente que danifique o produto. Ainda há a possibilidade de ocorrer sinistro com o
veículo, como explosão, tombamento ou afundamento, resultando na perda da carga.
Para que nenhuma das empresas saia prejudicada com o valor da carga, o seguro
cobre esses sinistros e é responsável por negociar com a empresa proprietária o
veículo de locomoção. Além disso, existe a possibilidade de a carga ser extraviada ou
ficar perdida em determinado local, caso em que o seguro pode ser acionado para
amenizar a perda, visto que o tempo não pode ser reposto.
Abertura de Carta-de-Crédito - Também conhecida por crédito documentário,
é a modalidade de pagamento mais difundida no comércio internacional, pois oferece
30
maiores garantias, tanto para o exportador como para o importador.um instrumento
emitido por um banco (o banco emitente), a pedido de um cliente (o tomador do
crédito). De conformidade com instruções deste, o banco compromete-se a efetuar um
pagamento a um terceiro (o beneficiário), contra entrega de documentos estipulados,
desde que os termos e condições do crédito sejam cumpridos.
Edição de Contrato de Câmbio - É o instrumento firmado entre o vendedor e
o comprador de moedas estrangeiras, no qual se mencionam as características
completas das operações de câmbio e as condições sob as quais se realizam. Ele tem
por objeto a troca de divisas. Assim sendo, sempre teremos como contrapartida do
valor em moeda estrangeira, apontado no contrato de câmbio, o valor correspondente
àquele em moeda nacional, obtido em função da conversão efetuada pela taxa de
câmbio.
Remessa de Ordem de Pagamento (SWIFT) - É a transferência realizada
através do Banco do exterior para o Brasil e do Brasil para o exterior A ordem de
pagamento viabiliza o fluxo financeiro internacional entre pessoas físicas e pessoas
jurídicas, clientes e não clientes do Banco e pode ser utilizada para o pagamento ao
favorecido de valores devidos ou remetidos por pessoas físicas ou pessoas jurídicas.
Corretagem - É uma taxa paga a título de remuneração de um intermediário
financeiro pelos seus clientes. Normalmente, a corretagem é paga no momento da
realização de uma operação de compra e venda de ativos mobiliários e corresponde à
uma taxa fixa (corretagem fixa) ou uma porcentagem do volume do negócio realizado
(corretagem variável).
Adicional de Frete para Renovação de Marinha Mercante (AFRMM) - É um
adicional ao frete cobrado pelo armador, de qualquer embarcação que opere em porto
nacional, de acordo com o conhecimento de embarque e o manifesto de carga, pelo
transporte de qualquer carga. Foi normatizado pela Lei 10.893, de 13 de julho de 2004.
Armazenagem – São os custos incidentes na mercadoria depositada nos
armazéns, pátios, depósitos etc., de propriedade dos administradores dos portos.
31
Capatazia Portuária Aeroportuária - Refere-se aos gastos com a
movimentação de mercadorias pelo pessoal da administração do porto. Via marítima:
calculada sobre o peso da mercadoria movimentada, conforme negociação com a Via
aérea é calculada sobre o peso bruto verificado da mercadoria movimentada e
manuseada.
Emissão de conhecimento de transporte – É o documento emitido pela
transportadora, baseado nos dados da Nota Fiscal, que informa o valor do frete e
acompanha a carga. O destinatário assina o recebimento em uma das vias.
Impostos sobre a Importação - O tratamento tributário nas importações é
formado por um conjunto de impostos, começando pelo imposto de importação, mas
compreende outros da esfera federal, estadual e até municipal. Os impostos que
incidem na importação, mesmo que não tenham como fato gerador a entrada de
mercadoria no território nacional. Sobre a importação incidem diversos impostos: PIS,
COFINS, ICMS, ISS, IOF, IPI e II.
Despachante Aduaneiro - É profissional da área de logística internacional.
Ele é especializado na área de produtos perecíveis e atua nas decisões de escolha do
transporte, suas características técnicas e procedimentos alfandegários.
Sindicato dos despachantes aduaneiros (SDA) - É uma contribuição que o
despachante e somente ele deve recolher, mas o que acontece muitas vezes a
negociação entre despachante e cliente é acordado que além dos honorários serão
recolhidos SDA’s.
Frete Interno - É o encaminhamento do produto da empresa de origem ao
local de início do transporte internacional, ou vice versa.
Licença de Importação - É um documento emitido através do SISCOMEX
com base nas informações que o importador ou o seu despachante aduaneiro registra
no sistema sobre a mercadoria a ser importada. Funciona como uma autorização para
importar determinadas mercadorias.
Laudo Técnico - É um procedimento complexo e muitas vezes demorado, a
solicitação do laudo técnico é extremamente eficiente para a fiscalização. Além disso, o
32
documento apresenta resultados bastante fidedignos ao que se propõe, sendo um
procedimento muito inteligente na tentativa de comprovação de possíveis
contravenções.
Posicionamento de Container para Fiscalização – É o serviço de
deslocamento do Container na hipótese do cliente ou da autoridade competente
solicitar a movimentação do contêiner para conferência física, vistoria, inspeção de
madeira, foto, pesagem, etiquetagem, ou ainda para atender instruções das
autoridades intervenientes no desembaraço aduaneiro. Cumulativamente, poderão ser
cobrados outros serviços que venham a ser efetivamente executados na oportunidade,.
3.3. Regimes Aduaneiros Especiais
As empresas têm a possibilidade de se enquadrarem em determinados
regimes aduaneiros em que possibilitam a mesmas de terem incentivos fiscais,
principalmente quando podem gerar benefícios ao país. Contudo depende da operação
em si, sua necessidade e a localização Estes benefícios são extremamente
importantes, que podem determinar se a operação é viável ou não. Devido o peso da
tributação sobre o custo de operação
3.3.1. Trânsito Aduaneiro
É o regime especial que permite o transporte de mercadorias, sob controle
aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos.
O regime subsiste do local de origem (ponto inicial do itinerário), ao local de
destino (ponto final do itinerário), e desde o momento do desembaraço para trânsito
aduaneiro efetuado pela repartição da Receita Federal que jurisdiciona o local de
origem até o momento em que a repartição que jurisdiciona o local de destino certifica
a chegada da mercadoria.
33
3.3.2. Admissão Temporária
Permite a permanência de bens no país por determinado período de tempo,
e com suspensão de tributos (para produtos sem finalidade econômica direta).
Atualmente é possível tal processo para bens de finalidade econômica, mas neste
caso, os impostos são cobrados a partir de uma fórmula que combina a vida útil do
bem com o prazo de permanência do produto no país. Isto torna possíveis as
operações de leasing, aluguel ou empréstimo de máquinas e equipamentos, por prazo
determinado, inclusive bens usados.
A admissão temporária com suspensão total da cobrança dos tributos aplica-
se a várias categorias de bens e finalidades, como os destinados à
realização/participação em eventos de natureza cultural, artística, científica, esportiva,
materiais a serem aplicados na reposição ou conserto de bens já importados sob esse
regime, entre outros mais. Já a admissão temporária, com suspensão parcial dos
tributos, é aquela que se aplica a bens que entram no território brasileiro, sob forma de
arrendamento operacional (aluguel ou empréstimo), para serem empregados na
produção de outros bens ou na prestação de serviços. O critério para definir o quantum
da redução dos tributos devidos naquela operação de importação leva em conta o
tempo de vida útil do bem comparativamente ao período requerido pelo importador
para sua permanência no país.
3.3.3. Depósitos Alfandegados
Para incentivar as exportações brasileiras e assegurar que os processos
sejam flexíveis, o governo brasileiro criou o regime Depósito Alfandegado Certificado
(DAC). O DAC opera dentro de um espaço alfandegado (sob custódia da alfândega),
que recebe as mercadorias nacionais. Nele, elas já são consideradas exportadas para
todos os efeitos fiscais, creditícios e cambiais, para depois, ser vendida ao exterior.
Para atuar no regime, é preciso obter uma autorização da Secretaria da Receita
Federal, em recinto alfandegado de uso público. O importador poderá revender a
mercadoria para outras empresas, não domiciliadas no Brasil, tem mais opções de
fornecedores e Redução de custos logísticos, com a formação de lotes econômicos.
34
3.3.4. Drawback
Drawback é um incentivo fiscal concedido pelo governo. Sua finalidade é a
desoneração tributária sobre insumos de origem estrangeira que, agregados em
processo industrial no país, irão resultar em produto final através de beneficiamento,
transformação, produção ou montagem. Para ser concedido à empresa apresenta o
pedido de Drawback junto com o Laudo Técnico.
O incentivo do Drawback pode ser utilizado como: Restituição: ocorre
quando uma empresa efetua uma importação normal de insumos, o interesse da
empresa é somente obter a restituição dos impostos pagos, não interessando a
compensação em outras operações da espécie; Isenção: ocorre quando a empresa
opta por compensar os impostos pagos anteriormente ao utilizar o benefício no direito
de importar as mesmas quantidades do produto, mas desta vez com a isenção de
tributos; Suspensão: A empresa solicita o benefício antes de efetuar as operações de
importação, tem como vantagem o fato de evitar desembolso.
Em todos os casos, o prazo para uso do total do incentivo é de dois anos,
contados da importação inicial (Isenção) ou do pedido (suspensão).
3.4. Processo de Negociação e Pagamento
Como vimos o setor de Petróleo e Gás é altamente dependente de
tecnologia. Principalmente equipamentos e serviços que possuem laudos emitidos por
órgãos de certificação internacional para atestar a qualidade dos bens agregados a
operação de extração e refino. Tendo em vista, que é uma atividade de alto risco.
Estarei usando como base o histórico de procedimentos adotados de
empresas deste setor, em que tive o privilegio de acompanhar durante anos. Seguem
os procedimentos:
Inicia-se todo processo através da necessidade de peças, equipamentos ou
prestação e serviços pela operação. Através de uma requisição, Depois o solicitante
35
cria a nova requisição de compra (PR) através do sistema corporativo. Que é aprovada
pelo coordenador de materiais, responsável na Plataforma. Por último o PR é enviado
para o departamento de Supply Chain é que responsável por citar com 02 ou mais
cotações de fornecedores homologados, a fim de tornar a compreensão e clarificação
da estratégia de negociação aplicada. A concorrência só será válida quando assinada
pelo Comprador responsável e / ou pela Supply Chain Comprador;
A empresa pode manter o contrato de longo prazo com serviços
estratégicos, materiais e / ou fornecedores de equipamentos, com base na análise de
gastos periodicamente analisados. Os valores unitários, bem como a disponibilidade de
entrega e forma de escalonamento será acordado entre as partes, em cada
instrumento particular. No contrato assinado prevê exclusividade no fornecimento, bem
como obrigação de compra de estoque mínimo como parte da negociação dos valores
unitários envolvidos. Nestes casos, o Supply Chain Comprador deve validar os preços
unitários, anexando o Matrix oficial de avaliação para o respectivo processo;
Finalizando este processo de cotação é emitida a Ordem de Compras (PO),
e aprovada pelo gerente de operações;
O Comprador segue com a negociação com o fornecedor que por seguinte
prossegue com a entrega do material e / ou conclusão do serviço na data previamente
acordada. Os itens são entregues (completo / parcial), em sua maioria, no
Almoxarifado, cujo endereço é informado na Ordem de Compra (PO). Assistente
responsável pelo almoxarifado faz a verificação física e documental do processo e
registra a recepção do item no sistema através da Nota Fiscal, Invoice ou DI
(Declaração de Impostação);
O processo físico completo é enviado para o departamento financeiro para
pagamento juntamente com boletos bancários ou dados de contas bancárias para
pagamento do fornecedor ou prestador de serviços. Que montará o processo de
pagamento e fechamento de cambio com os seguintes documentos: Fatura Pró-
Forma/Cotação; Carta de Crédito Fatura Comercial; Certificado de Origem ou Peso
Certificado de Inspeção; Analise ou peso Certificado de Qualidade Certificado;
Romaneio de Embarque; Conhecimento de Embarque; Apólice de seguro Licença de
36
Importação; Contrato de Câmbio; Saque ou Cambial de Importação; Declaração de
Importação (DI); Nota Fiscal de Entrada.
No caso dos importados toda a negociação é realizada com base na moeda
de origem da aquisição da prestação de serviços e compra de equipamentos/peças. As
taxas são utilizadas no momento do registro da DI. Para emissão da nota fiscal de
entrada e o registro contábil da operação no Ativo da empresa.
As taxas cambiais são utilizadas de acordo o mercado de cambio no
momento de realização de cada competência, diferente da taxa utilizada no
pagamento. Para fechamento da operação de cambio com o banco intermediário
devemos utilizar as taxas cambiais verificadas no fechamento do mercado de câmbio,
no último dia útil de cada mês, que são fornecidas pelo Banco Central do Brasil. Na
atualização de direitos de créditos, devemos utilizar as taxas para compra, enquanto
que na utilização de obrigações, devemos utilizar as taxas para venda.
O registro contábil da atualização monetária deve ser feito a débito ou a
crédito da conta atualizada, tendo como contrapartida as contas de resultado, de
variações monetárias ativas (receita) ou de variações monetárias passivas (despesa).
Se a moeda nacional se desvalorizar em relação à moeda na qual foi realizado o
negócio, as atualizações com base nas taxas cambiais geram variação monetária
passiva (despesa) nas obrigações e variação monetária ativa (receita) nos direitos de
crédito.
Se, no período a que se referir à atualização monetária, a moeda nacional se
valorizar diante da moeda estrangeira, o comportamento da variação monetária será ao
contrário, isto é, os direitos geram variação monetária passiva e as obrigações geram
variação monetária ativa.
37
3.5. Contabilização das Operações com Variação Cambial
A Contabilização das atualizações monetárias dos créditos e obrigações em
moeda estrangeira de uma empresa que, em determinada data registra,
consideraremos o seguinte exemplo:
- Registro antes da entrada
Na fatura de importação foram considerados os seguintes valores:
a) valor do material adquirido: US$ 65.000,00
b) frete internacional: US$ 1.332,35
c) seguro transporte: US$ 225,00
O valor em dólares americanos de US$ 66.557,35 corresponde a fatura pelo
preço CIF registrada em 12.04.2015, data em que o valor da taxa de dólar para venda
era de R$ 3,25 /US$.1)
- Registro dos valores da fatura de importação
Cálculo: US$ 66.557,35 x R$ 3.25/ US$ = R$ 216.311,38
- Registros do pagamento ao fornecedor no exterior
a) Pelo fechamento de câmbio na remessa para o exterior, em pagamento
da importação: Cálculos: US$ 66.557,35 x R$ 3,59 / US$ = R$ 238.940,88
Reconhecimento da variação cambial, entre o desembaraço aduaneiro e o
pagamento ao fornecedor no exterior com ocorrência de aumento/diminuição do valor
da moeda estrangeira até a data de pagamento em relação ao desembaraço
aduaneiro.
Conta contábil ValorD Ativo não Circulante – Importações em Andamento (estoque) 216.311,38R$ C Passivo Circulante – Fornecedores Estrangeiros 216.311,38R$
Conta contábil ValorD Passivo Circulante – Fornecedores Estrangeiros 238.940,88R$ C Ativo Circulante – Bancos – Conta Movimento 238.940,88R$
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b) Pelo registro do valor da variação cambial no fechamento de câmbio para
remessa para o exterior, A data em que o valor do dólar americano para venda era de
R$ 3,59/US$. Cálculo: R$ 216.311,38 - R$ 238.940,88 = - R$ 22.629,50 = Variação
cambial Passiva
Assim as oscilações cambiais podem afetar diretamente o resultado,
gerando uma receita ou despesa financeira para empresa. Desde 2014, as cotações
das moedas estrangeiras no mercado cambial têm subido drasticamente. Conforme
Anexo 2.
3.6. Swap e Proteção Cambial
Swaps são acordos privados entre duas empresas para a troca de fluxo de
caixa numa da futura, podendo ser considerados carteiras de contratos a termos.
Portanto, a análise de swaps é uma extensão natural do estudo de contratos futuro e a
termo.
Os primeiros contratos de swap foram negociados em 1981. Desde então,
esse mercado tem crescido com muita rapidez, com centenas de bilhões de dólares
movimentados a cada ano.
Este termo em inglês que significa, "permuta" e que designa o processo de
crédito recíproco ou empréstimos recíprocos entre bancos, em moedas diferentes e
com tacas de câmbio idênticas. O swap costuma ser utilizado para antecipar
recebimentos em divisas estrangeiras e foi criado no início dos anos 60 para aumentar
a liquidez dos diversos países. O mecanismo funciona por meio dos Bancos Centrais
de dois países que estabelecem montantes de crédito equivalentes na moeda do outro
país, de tal forma que um governo possa sacar contra essa reserva monetária extra
quando for necessário. Essa operação ocorre num determinado período de tempo,
Conta contábil ValorD Resultado do Exercício – Despesas Financeiras 22.629,50R$ C Passivo Circulante – Fornecedores Estrangeiros 22.629,50R$
39
findo o qual o processo é revertido de acordo com a mesma taxa de câmbio na qual foi
feita a operação original.
3.6.1. Operações de Swap
As Operações de Swap consistem na compra ou venda de cambio pronto
contra a simultânea venda ou compra de cambio futuro. Em outras palavras, nada mais
é do que uma operação de financiamento mútuo, compreendendo quantidades
equivalentes de duas moedas diferentes (uma nacional e outra estrangeira ou, ainda,
duas moedas estrangeiras). No final do período estipulado, cada uma das partes
retorna à outra os montantes originais das moedas negociadas.
O swap é utilizado por investidores em curto prazo para proteção contra
riscos cambiais durante o prazo de vigência da transação.
O custo de um swap compreende, normalmente, três aspectos: A diferença
entre as taxas pronta e futura da moeda negociada; Juros porventura pagos a uma
outra parte para obtenção dos recursos utilizado na operação; o chamado "custo de
oportunidade", representado pelos juros que o possuidor obteria em outro tipo de
aplicação em lugar de utilizá-los no swap.
Outra modalidade de swap ocorre quando uma firma ou um banco deseja
dispor de fundos em um centro estrangeiro para aplicá-los em uma operação
financeira. Comprara "pronta" a moeda desejada e a vendera "futura" para devolução
em uma data, quando espera que a utilização dos fundos tenha terminado. Os fundos
permanecem no exterior durante o período de vigência do swap e poderão ser
aplicados da maneira mais conveniente ao investidor: aquisição de títulos públicos,
depósitos a prazo, empréstimos, aquisição de ações, aplicações no mercado de call
money, ou em qualquer outra operação que lhe proporcione um lucro satisfatório após
a dedução das despesas com o swap. Essa modalidade é conhecida como swap e
investimento. Sua concretização dependera do lucro que poderia ter obtido caso
aplicasse os fundos em seu próprio país e do lucro que obterá aplicando –os no
exterior, fazendo-se evidentemente a dedução do custo do swap.
40
Devemos também mencionar as chamadas "linha de swap", que são
acordos bilaterais de créditos de mútuo, de curto prazo, passiveis de renovação, pelos
quais um banco central concorda em trocar, a pedido de outro banco central, sua
própria moeda pela moeda do outro banco central, até um montante máximo, durante
um período limitado de templo. Tais acordos permitem ao banco central a obtenção
temporária de fundos em moedas estrangeiras, os quais são utilizados para atenuar
pressões cambiais sobre sua própria moeda. Embora tais acordos prevejam prazos de
até doze meses, o mais comum é o de três meses, findo o qual o swap devera ser
liquidado ou renovado.
No Brasil, as operações de swap sempre foram objeto de controle
governamental e eram realizados com o banco do Brasil, por forca da Instrução nº 162,
de 30/08/58, da extinta Superintendência da Moeda e do Credito (SUMOC). Porém
desde há vários anos, tais operações têm sido proibidas.
3.6.2. Swap de Taxas de Juros
São operações internacionais de proteção de taxas de juros acessíveis a
empresas brasileiras e efetuadas por bancos estrangeiros, únicos autorizados pelo
Banco Central para fazer a troca de juros externos.
È, basicamente, uma operação financeira na qual são trocadas as naturezas
das taxas de juros incidentes sobre determinados empréstimos por um determinado
período de templo. Essa troca permite alterar as características dos pagamentos das
taxas de juros devidas ou a receber, ou seja, ela permite o pagamento de uma taxa fixa
de juros, em lugar de uma taxa flutuante, ou vice-versa, permitindo uma proteção
(hedge) contra os riscos de uma variação acentuado das taxas ou, para os que querem
correr riscos, a especulação com as variações.
Em momentos de expectativas de crescimento de taxas de juros, trocar uma
divida flutuante por uma divida fixa as empresas um melhor planejamento do fluxo
financeiro do período, uma melhor programação da rentabilidade mínima dosa ativos
que irão quitar a divida, uma maior proteção contra riscos e um instrumento da política
41
de composição global de seus custos financeiros, ao diluir os riscos das oscilações das
taxas de juros de seus vários contratos de empréstimo porventura existentes.
Nas operações de swap, é o banco intermediador que paga a diferença
entre as taxas fixas e as flutuantes ao contratante, e se protege desse risco no
mercado futuro de juros.
Assim, os riscos envolvidos nesse tipo de operação se assemelham aos de
uma concessão de credito as empresas, tornando-o seletivo na escolha dos clientes.
As operações de swap apresentam vantagens significativas com relação ao
mercado futuro de juros, que é o mecanismo atual mais tradicional de proteção contra
as flutuações de taxas.
A principal vantagem é que a proteção pode ser feita sob medida, incluindo
todo o valor da divida numa única operação. No mercado futuro, as empresas são
obrigadas a comprar os contratos padronizados do mercado, que certamente têm
valores e prazos diferentes de seus empréstimos, além de terem que realizar
coberturas de margens diárias.
Através do Swap, essa preocupação fica por conta dos lucros dos bancos,
que negociam os riscos dos contratos. Permite que se faça um hedge perfeitamente
ajustado ao prazo e ao valor da operação, embora com custos mais elevados. Além
disso, possibilita hedge por prazos muitos mais longos do que os possíveis nos
mercados futuros e de opções, sendo também muito mais flexíveis no que se refere
aso índices de taxas flutuantes a serem "hehgeadas". Os mais comuns são a libor (de
um, ter, seis ou 12 meses) e a Prime Rate.
Em momentos de expectativas de queda das taxas de juros, a troca de taxas
fixas por taxas flutuantes é, por vez, o caminho a seguir. E preciso enfatizar bem que,
numa operação de swap de taxa de juros, haverá sempre, além do banco
intermediário, duas empresas envolvidas: uma que tem dívidas em taxas flutuantes e
quer trocá-las por fixas, e uma segunda empresa disposta a fazer a operação inversa.
A troca das taxas ira alterar somente o calculo dos juros e a forma de serem pagos –
não há reflexos sobre o pagamento do valor do empréstimo ou compromisso inicial.
42
As operações de swap normalmente são feitas através de instituições
financeiras ativas na compra e venda de swap (swap dealer) que dão liquidez e
dinamismo a este mercado, existindo uma associação de classes:.
As operações de swap têm suas cotações baseadas em procedimentos
padronizados: as taxas de juros fixam pagas e recebidas são cotadas como spreds
sobre a curva de rentabilidade dos Treadury Bill para o vencimento especifico, por
exemplo, um dealer pode cotar uma oferta a 70 pontos e pedir um preço de 80 pontos
sobre a rentabilidade de um bônus do Tesouro (Treasry Bill) de cinco anos de 9,2%. A
taxas de juros flutuante é usualmente baseada num índice padronizados, a libor de seis
meses.
A economia nos custos totais dos empréstimos será possível se as duas
partes estiverem obtendo os empréstimos nos mercados onde conseguem obter os
custos relativos mais baratos.
Quanto maior for o prazo de duração do empréstimo, mais se acentuara esta
diferença de taxas: a que for considerada de maior risco de credito devera pagar uma
taxa de juros relativamente maior para empréstimos de longo prazo do que para os de
curto prazo; logo, seu custo relativo será menor nos empréstimos de curto prazo
normalmente com taxas flutuantes.
O resultado final é que a empresa consegue proteger-se contra a alta das
taxas de juros que vierem a superar o strike do cap, ao mesmo tempo que terá fixado
um nível mínimo de taxas a pagar pelo seu empréstimo, assumindo, portanto, a
responsabilidade de pagar ao banco o diferencial a menor entre o strike do floor e a
taxa flutuante do mercado, sempre que essa taxa cair abaixo do piso.
Se a taxa flutuante se mantiver entre os dois strike rates (piso e teto),
nenhum ajuste de taxas será necessário. Esses produtos são os instrumentos básicos
dos derivativos e servem para a administração do risco financeiro dos fluxos de caixa,
possibilitando a troca ou limitação sintética das taxas de juros pagas em dívidas
assumidas por empresas, tanto de flutuantes para fixas quanto o inverso.
43
Produtos derivativos de taxas de juros (aí incluídos os swaps) não mudam,
enfim, as dívidas em si, e sim apenas o custo total dos juros a serem pagos. Além
disso, não envolvem troca do principal durante as operações, apenas o cash flow
referente aos juros.
3.6.3. Swap de Contas a Pagar
Naturalmente, outros tipos de swap estão se desenvolvendo na esteira dos
de taxas de juros e de acordo com as características e necessidades de nosso
mercado financeiro. O importante é que cada uma dessas operações seja segura e
garanta resultados para as partes envolvidas.
Caracterizado pela troca de dívida em dólar por dívida em reais, com base
nas contas a pagar. Tem a vantagem de eliminar perdas contábeis, ao balancear os
pagamentos e recebimentos em dólar e em reais. Aplica-se apenas em empresas
multinacionais. No swap, não há risco de principal no hedge.
3.6.4. Swaps de Câmbio
Um swap de câmbio é uma venda à vista de uma moeda combinada com
uma recompra futura da moeda. Por exemplo, uma empresa multinacional acabou de
receber US$ 1,5 milhão em vendas e sabe que terá de pagar aqueles dólares para um
fornecedor na Califórnia após três meses. O departamento de gerência dos ativos da
empresa preferirá investir US$ 1,5 milhão em Euro. Um swap de dólares de três meses
em Euros pode resultar em menores taxas de corretagem do que das duas transações
separadas de venda dos dólares pelos Euros à vista e a venda dos Euros por dólares
no mercado futuro. Os swaps formam uma proporção significativa de todo o mercado
de câmbio.
Devido à incerteza sobre quando, no próximo mês, um pagamento em
moeda estrangeira chegará. Para evitar o risco de uma perda, você pode comprar uma
opção de venda que lhe dá o direito de vender a moeda estrangeira a uma taxa de
cambio estabelecida a qualquer momento naquele mês. Se, em vez disso, você espera
44
fazer um pagamento no estrangeiro em algum momento no mês, uma opção de
compra, que lhe dá o direito de comprar a moeda estrangeira a um preço estabelecido,
pode ser interessante. As opções podem ser estabelecidas para diversos ativos
(incluindo os futuros de cambio) e, assim como os futuros, são livremente compradas e
vendidas.
45
CONCLUSÃO
Então através deste estudo pudemos compreender o funcionamento do
mercado de cambio brasileiro. E a complexidade da operação das empresas de
OFFSHORE relacionadas à extração de Petróleo e Gás.
Estas empresas multinacionais são extremamente dependentes de alta
tecnologia. Tanto de bens de consumo como bens de capital, de origem estrangeira.
Devido à escassez de tecnologia no mercado interno Brasileiro e equipamentos com
padrão de qualidade e segurança internacional.
Como isso, temos fatores determinantes que impactam no custo de
operação. Como a oscilação da taxa de cambio para fechamento dos contratos de
comprar do exterior, custos decorrentes da importação ou custos aduaneiros e além da
necessidade de pagamentos de invoices de. Intercompany.
Principalmente considerando as variações de moeda no cambio, entre o
processo de aquisição e o processo final de pagamento demanda tempo.
Determinados processos podem demorar até 2 meses, isso considerando que uma
empresa que não tenha dificuldade de caixa. Pois ao contrario este prazo de
pagamento pode se estender e gerando uma elevação da despesa financeira
significativa.
Para a contraparte que paga juros na moeda estrangeira, o principal em
moeda estrangeira é recebido e o principal em moeda nacional é pagão no início do
swap. No final, o principal em moeda estrangeira é pago e o principal em moeda
nacional é recebido. Alternativa mais viável para minimizar os impactos é o fechamento
de contratos de cambio futuro. Num swap de moedas, o principal é trocado tanto no
início quanto no fim do swap.
É primordial que haja a estabilização econômica e politica do país, para que
assim reflita na estabilidade cambial. Como vimos nos últimos dias, completamente
ligado ao reflexo político atual que demonstra uma possível mudança no governo
federal, as variações cambias chegaram a patamares elevadíssimos de valorização da
46
moeda nacional em um curto espaço de tempo (Queda do Dólar frente ao Real),
mesmo com intervenções do Banco Central para reduzir o impacto da queda, uma vez
que, mesmo a queda sendo favorável, o fato de ocorrer desordenadamente pode
refletir negativamente frente aos investidores.
Podemos dizer que no curto prazo não veremos uma estabilização nestas
esferas, pois requer tempo e medidas que visem à retomada de crescimento da
economia do País. As empresas OFFSHORE estarão cada vez mais buscando
alternativas para se proteger, visando se manterem competitivas no mercado,
reafirmando nossos comentários acerca dos contratos de câmbio futuro.
A expectativa positiva se apresentará a longo prazo, com uma possível
estabilização cambial. Criando, assim, um cenário bastante promissor, aonde
possibilitará que as empresas tenham alternativas e no mercado externo, minimizando
os impactos trazidos pela variação cambial. Em especial, as empresas deste segmento
(OFFSHORE), as quais sofrem grandes impactos, uma vez que grande parte de seus
equipamentos possui origem estrangeira.
47
BIBLIOGRAFIA
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Econômica Republicana1889-1989: Política Econômica Externa e Industrialização:
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23/03/2016.
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SUSLICK, SAUL B., Regulação em petróleo e gás natural. Ed. Komedi, 2001. YERGIN, DANIEL, O petróleo: uma história de ganância, dinheiro e poder. Ed. Scritta, São Paulo, 1992.
48
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 07 SUMÁRIO 08 INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I MERCADO DE CAMBIO E SUAS VARIAÇÕES 10
1.1. Politica Cambial 10
1.2. Câmbio 10
1.3. Mercado de Cambio 11
1.4. Estrutura Do Mercado Cambial Brasileiro 12
1.5. Regimes Cambiais 13
1.5.1. Câmbio Flexível 13
1.5.2. Câmbio Fixo 15
1.5.3. Intermediários 16 CAPÍTULO II A OPERAÇÃO OFFSHORE E SUAS NECESSIDADES 19
2.1. Plataformas 19
2.2. Reservas 21
2.3. Pré-Sal 22
2.4. Perfuração e Produção 23
2.5. Custo de Operação 27
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CAPÍTULO III
OS IMPACTOS DAS OSCILAÇÕES DO CÂMBIO NAS EMPRESAS
OFFSHORE 28
3.1. Planejamento de Importação 28
3.2. Custos Envolvidos na Importação 29
3.3. Regimes Aduaneiros Especiais 32
3.3.1. Trânsito Aduaneiro 32
3.3.2. Admissão Temporária 33
3.3.3. Depósitos Alfandegados 33
3.3.4. Drawback 34
3.4. Processo de Negociação e Pagamento 34
3.5. Contabilização das Operações com Variação Cambial 37
3.6. Swap e Proteção Cambial 38
3.6.1. Operações de Swap 39
3.6.2. Swap de Taxas de Juros 40
3.6.3. Swap de Contas a Pagar 43
3.6.4. Swap de Câmbio 43
CONCLUSÃO 45 BIBLIOGRAFIA 47 ÍNDICE 48 ANEXOS 50
50
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Reportagem >> Petrobras revisa preços do câmbio e do barril de
petróleo para 2015 e 2016;
Anexo 2 >> Gráfico >> Oscilações de Taxas de Câmbio Dólar Comercial per
2014-2016
;
.
51
ANEXO 1
Reportagens
MACAE OFFSHORE – 09/10/2015 Petrobras revisa preços do câmbio e do barril de petróleo para 2015 e 2016 Petrobras revisa preços do câmbio e do barril de petróleo para 2015 e 2016 A companhia prevê alta no preço do barril e baixa na taxa de câmbio 09/10/2015 Rio de Janeiro (RJ) - A Petrobras anunciou que refez as previsões sobre o preço do barril de petróleo e câmbio para os anos de 2015 e 2016. Os dados são parte complementar do anúncio de reajustamento no Plano de Negócios e Investimentos da empresa 2015-2019, feita esta semana, e que prevê cortes de US$ 11 bilhões em investimentos. De acordo com a estatal, o preço do barril encerrará o ano em US$ 60 contra US$ 54 previstos anteriormente. Em 2016, a petroleira prevê que o petróleo custará US$ 70. A previsão anterior era de que a commodity estaria cotada a US$ 55 no ano que vem. Já em relação ao câmbio, a Petrobras vai trabalhar com o valor médio de R$3,10 até o final de 2015, diferente do câmbio de R$ 3,28 previsto anteriormente. E, para 2016, a companhia estima um valor médio para o dólar de R$ 3,26 contra a previsão de R$ 3,80 feita no PNG anterior.
52
ANEXO 2
GRÁFICOS - EX
Oscilações de Taxas de Câmbio Dólar Comercial
Período 2014-2016
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