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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A LUDICIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO
INFANTIL NAS ESCOLAS DE PORTO VELHO-RO
Laura Alice Silva Valois
Prof. Tutor: Narcisa Melo
Prof. Orientador Dr.Vilson Sérgio de Carvalho
Porto Velho-RO
2013
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
A LUDICIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO
INFANTIL NAS ESCOLAS DE PORTO VELHO-RO
LAURA ALICE SILVA VALOIS
Monografia apresentada ao instituto A Vez do Mestre como requisito parcial para a obtenção do titulo de especialista em Educação Infantil e Desenvolvimento
Orientador: Dr.Vilson Sérgio de Carvalho
PORTO VELHO
2013
3
AGRADECIMENTOS
A todos os autores, corpo docente do Instituto “A Vez do Mestre”, ao professor Erasmo Mesquita, a Conceição e a todas as pessoas que diretamente e indiretamente contribuíram na finalização deste trabalho.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha mãe, que tanto colaborou na minha formação e aperfeiçoamento dos meus conhecimentos.
5
RESUMO Esta monografia tem como objetivo abordar dentro de um contexto educacional a ludicidade na educação infantil, a importância do lúdico, as valências motoras desenvolvidas através do lúdico, a infância, os aspectos legais, e a preparação dos professores nesse modelo de ensino na educação infantil, pois e neste processo de ensino e aprendizagem que se decorrem a primeira infância, haja vista, que toda evolução infantil em seu desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo está inserido nessa fase da vida. Com base nessa analise, essa pesquisa foi do tipo quantitativo/descritiva, pois os dados foram extraídos de questionários com 05 perguntas e respostas fechadas. As aplicações dos mesmos foram feitas em 06 escolas de educação infantil da rede municipal de Porto Velho-RO, onde a amostragem da pesquisa remeteu-se a 30 professores do respectivo nível de ensino. Os resultados obtidos dos questionários aplicados referente à 1ª questão: você acredita que a criança aprende brincando? Notou-se que dos 30 professores todos foram unânime em responder positivamente a pergunta. Na 2ª questão: você aplica as atividades lúdicas em sala com Constância? 26 professores afirmam que aplicam e 04 professores respondem que às vezes aplicam. Na 3ª questão: existem cursos de formação continuada na área de recreação infantil? 03 professores respondem que existe, e 27 professores respondem que não existe curso na área de recreação infantil. Na 4ª questão: na escola possui materiais apropriados para o trabalho de recreação? Observou-se que 14 professores respondem que na escola possui materiais apropriados para a recreação, e 12 respondem que não possui materiais, desse quantitativo 4 afirma que ás vezes possui materiais. Na 5ª questão onde se trata do trabalho com materiais lúdico alternativo na escola, 6 profissionais respondem que realizam trabalho com materiais lúdico na escola, e 20 profissionais não trabalham com materiais lúdico alternativo na escola, sendo que 4 profissionais trabalham ás vezes com materiais lúdico alternativo. Diante de todos os dados levantados com a aplicação dos questionários aos professores se faz necessário os questionamentos sobre a nossa pratica como educadores na educação infantil. É necessário pensar também na importância do conhecimento lúdico no processo de formação do professor, pois ele facilita à aprendizagem, o desenvolvimento pessoal e social, a construção e assimilação do conhecimento, a comunicação, a expressão, a criatividade. Pois é preciso que o professor assuma o papel de artífice de um currículo que privilegia as condições facilitadoras de aprendizagens que a ludicidade contém nos seus diversos domínios, afetivo, social, perceptivo-motor e cognitivo, retirando-a da clandestinidade e da subversão, explicitando-a corajosamente como meta da escola.
6
METODOLOGIA
Gil (1996), ao analisar diversas pesquisas existentes observou que elas
podem ser distribuídas com bases nos objetivos e procedimentos
metodológicos. Com base nessa analise, essa pesquisa foi do tipo
quantitativo/descritiva, pois os dados foram extraídos de questionários com 05
perguntas e respostas fechadas. As aplicações dos mesmos foram feitas nos
dias e horários combinados na escola.
A população deste estudo foi composta por professores pedagogos das
escolas de ensino infantil de porto velho e a amostra foi composta por 30% da
totalidade das escolas do município, no período de abril a maio de 2013.
Os procedimentos para coleta de dados foram realizados através de
solicitação para a autorização da aplicação dos questionários e a observação
em sala de aula. Após todo o processo os dados foram descritos para
responder os objetivos deste estudo, após, foram realizado a discussão através
de tabulações com resultado quantitativo e descritivo.
O campo de abrangência deste estudo limitou-se somente nas escolas
da rede municipal de porto velho. Onde foram elaborados questionários para os
professores pedagogos, sobre a importância do lúdico na primeira infância e a
preparação dos docentes na educação infantil.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
METODOLOGIA 06
CAPÍTULO I – O Lúdico 10
1.1. Importância do Lúdico 11
1.2. Valências motoras desenvolvidas através do lúdico. 12
CAPÍTULO II - A Infância 15
2.1. Educação Infantil 16
CAPÍTULO III - Aspectos Legais
CAPITULO IV- RESULTADOS E DISCURSSÃO
20
25
CONCLUSÃO 29
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 31
ANEXOS 33
8
INTRODUÇÃO
Esta monografia tem como finalidade abordar dentro de um contexto
educacional a ludicidade na educação infantil, pois e na escola que acontece
tantas coisas onde professores e crianças aprendem, brincam e ensinam,
participando de relações históricas, sociais, econômicas, pedagógicas e
afetivas.
Em relação ao processo educacional e a importância da ludicidade no
contexto da educação infantil nas escolas, questiona-se: será que os
professores estão preparados para trabalharem com o lúdico na educação
infantil nas escolas de porto velho-RO.
Visando identificar a importância do lúdico e a preparação dos
professores nesse modelo de ensino na educação infantil, pois é neste
processo de ensino e aprendizagem que se decorrem a primeira infância, haja
vista, que toda evolução infantil em seu desenvolvimento cognitivo, motor e
afetivo está inserido nessa fase da vida.
Baseando neste contexto em que a brincadeira é sinônimo de infância e
que brincar no mundo infantil é coisa séria, busca-se uma educação de caráter
hedonístico, fugindo de uma metodologia tradicional e se faz necessário que os
docentes que atuam nesse nível de ensino possuam uma preparação
adequada para o desenvolvimento do trabalho.
Portanto, em uma breve reflexão recordaremos que os índios, os
portugueses e os negros foram os antecessores dos atuais modelos e
maneiras de desenvolvimentos do lúdico que mantemos até hoje no Brasil. Nos
últimos séculos houve no Brasil uma grande mistura de povos e raças cada
qual com suas culturas, crenças e educação umas diferentes das outras e
também com suas formas de desenvolvimento da ludicidade entre seus pares,
essa herança torna nosso país ainda mais rico do ponto de vista cultural e
educacional.
Para Sant´Anna e Roberto (2011), toda herança cultural e educacional
deve ser utilizada para o aprendizado universal de nossos alunos haja vista
9
que lidamos com várias etnias, portanto devemos resgatar e desenvolver o que
de mais importante houver de cada uma para o ensino dos alunos nos dias
atuais.
Pois dentro de uma idéia no referido projeto sobre a ludicidade na
educação infantil, objetivamos averiguar a aplicação do lúdico na primeira
infância, bem como, a preparação dos docentes na educação infantil, assim
como a aplicação do lúdico em sala de aula no município de Porto Velho-RO.
O uso do lúdico é essencial para a prática educacional, no sentido da
busca do desenvolvimento cognitivo, intelectual e social dos alunos.
Considerando que os jogos estão presentes nas vidas, não só da criança, mas
também dos adultos, isto os torna instrumentos que podem ser levado em
consideração pelos educadores em qualquer nível de ensino. Pois qualquer
atividade lúdica provoca estímulos nas pessoas, explorando seus sentidos
vitais, operatórios e psicomotores, propiciando o desenvolvimento completo
das suas funções cognitivas.
É, portanto, nesta relevância que a introdução do lúdico na vida escolar
do educando é uma maneira muito eficaz de repassar pelo universo infantil
para imprimir-lhe o universo adulto, nossos conhecimentos e principalmente a
forma de interagirmos. Sendo que o ato de brincar estimula o uso da memória
que ao entrar em ação se amplia e organiza o material a ser lembrado, tudo
isto esta relacionado com aparecimento gradativos dos processos da
linguagem que ao reorganizarem a vivencia emocional e eleva a criança a um
nível de processos psíquicos.
No entanto a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer
idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do
aspecto lúdico facilita à aprendizagem, do desenvolvimento pessoal, social e
cultural e colabora para boa saúde mental e física.
10
CAPÍTULO I
O LÚDICO
O lúdico se originou do latim ludus, que significa jogos e brincar, pois
através desse contexto assim como os índios e os portugueses e os negros
foram os precursores dos modelos e maneiras de desenvolvimento do lúdico
que mantemos no Brasil.
Os jogos e brincadeiras que até hoje realizamos são originários dessa
miscigenação, mas é incerto afirma de qual povo exatamente seriam suas
origens. O que devemos ressaltar é justamente que, o que temos é um material
importante originado como legado dos nossos antepassados e que devem ser
preservados, valorizados e utilizados para o ensino dos nossos alunos, onde
devemos excitar o resgate histórico que recompensa cada um deles.
Pois segundo Monteiro (2010), ressalta que brincar é essencial para a
vida da criança e a brincadeira é uma linguagem infantil. Toda brincadeira é
uma imitação transformada, ou seja, são emoções e idéias de uma realidade
anteriormente vivida.
Através das atividades lúdicas na concepção do brincar, a criança
constrói o seu espaço e constitui relações entre o mundo real e a fantasia,
podendo pensar, descobrir, viver e experimentar situações novas ou do seu
cotidiano, que contribuem para o seu desenvolvimento social, cognitivo, afetivo
e motor.
De acordo com (VYGOTSKY apud MONTEIRO, 2010, p.6.):
Quando a criança brinca, sempre apresenta um
comportamento além do habitual, do diário. É como se ela
fosse maior do que é na realidade. O brincar fornece estrutura
básica para mudanças das necessidades e da consciência.
É no brincar que a criança estabelece uma relação consigo e com o
outro, aumentando as suas percepções e organizando, juntamente com a
afetividade, os seus gestos, a noção das formas, das cores, dos sons e até do
11
pensamento. Nessa relação, a criança começa a criar e ampliar seu campo de
atuação e expressão, transpondo essa capacidade para o mundo lá fora, tanto
no plano pessoal, quanto nos planos familiar, escolar e social.
As relações entre a atividade lúdica e a construção da inteligência têm
alicerçado pesquisas e despertado o interesse dos professores pelos aspectos
do jogo infantil, implicando novos modos de estruturação de práticas
pedagógicas (SCHALY, 2005).
[...] Diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das
atividades intelectuais da criança. Estas não são apenas uma
forma de entretenimento das crianças, mas meios que
contribuem para o desenvolvimento e enriquecem o intelecto,
estabelecendo relações entre os mecanismos de acomodação
e assimilação. (PIAGET apud SCHALY, 2005, p 34.)
Essa cultura lúdica é impregnada de recordações diversas, as
brincadeiras tradicionais e as mais contemporâneas que são muito estimuladas
pela mídia, mas todas pertencem a um núcleo inalterável que passa de
geração em geração.
E estas brincadeiras aprendidas de pais para filhos fazem com que a
criança aprenda a lidar com o mundo e formar sua personalidade. Recria
situações do cotidiano e conhece sentimentos básicos como o amor e o medo.
Como hoje quase não se brinca na rua, a escola tem empenho de preservar
esse direito da infância, pois, brincar é um direito da criança.
1.1 Importância do Lúdico
Brincar não é perda de tempo e tampouco uma forma de preenchê-lo. A
literatura enfatiza a importância desta atividade para o desenvolvimento integral
da criança, já que ela abrange aspectos emocionais, cognitivos, sociais e
motores onde a criança gasta sua energia, imagina, constrói normas e cria
12
alternativas para resolver os imprevistos que podem surgir quando a mesma
estiver brincando.
Para este desenvolvimento integral é que Fontana (1997) especifica
como a psicologia vem mostrando que a brincadeira tem um papel importante
no desenvolvimento da criança e que ela satisfaz algumas de suas
necessidades. Pois através dessa importância e que a brincadeira infantil é
uma assimilação quase pura do real ao eu, não tendo nenhuma finalidade
adaptativa.
A criança dentro de todo um contexto no seu desenvolvimento sente a
necessidade da brincadeira na infância e seu valor para a aprendizagem e para
o equilíbrio pessoal, onde são amplamente reconhecidos, sendo assim através
da brincadeira é possível tentar todo tipo de habilidades sem a exigência
própria das tarefas. Uma criança que brinca de casinha imita o mundo adulto,
planeja sua atividade, exercita e enriquece sua linguagem com seus
monólogos ou suas conversas, onde aprende negociar os diferentes papéis
com seus colegas.
Em seu contexto Aguiar (1998) aborda que certos processos de
aquisição de conhecimento são facilitados quando tomam a forma de
atividades lúdicas.
1. 2 – Valências motoras desenvolvidas através do lúdico
Ao olharmos nossos alunos, enquanto eles estão na sala de aula ou
brincando no recreio, vemos cada um deles movendo-se, agitando-se ou
parados. Identificamos cada um deles pela sua altura, pela cor de seus
cabelos, seus olhos o que se torna visível para nós são os seus corpos.
hoje o homem também necessita destas habilidades, embora tenha se
aperfeiçoado mais para uma melhor adaptação ao meio em que vive. Necessita
ter um bom domínio corporal, boa percepção auditiva e visual, uma
lateralização bem definida, faculdade de simbolização, orientação espaço-
temporal, poder de concentração, percepção de forma, tamanho, numero,
13
domínio dos diferentes comandos psicomotores como coordenação fina e
global, equilíbrio.
Pois através das atividades lúdicas são crescidas as valências motoras
que são de grande importância para a criança no seu processo de
desenvolvimento. Existem alguns pré-requisitos, do ponto de vista psicomotor,
para que uma criança tenha uma aprendizagem significativa em sala de aula. É
necessário que, como condição mínima, ela possua um bom domínio do gesto
e do instrumento. Isto significa que precisara usar as mãos para escrever e,
portanto, deverá ter uma boa coordenação fina. Ela terá mais habilidade para
manipular os objetos de sala de aula, como parte de seu corpo e tiver
desenvolvido padrões específicos de movimentos. Deverá aprender a controlar
seu tônus muscular de forma, a saber, dominar seus gestos.
Para Oliveira (1997) cita que é importa também que ela tenha uma boa
coordenação global, saindo-se bem ao se deslocar, transportar objetos e se
movimentar em sala de aula e no recreio. Muitos dos jogos e brincadeiras,
realizados nos pátios das escolas, são, na verdade, uma preparação para uma
aprendizagem posterior. Com eles, a crianças pode adquirir noções de
localização, lateralidade, dominância, e conseqüentemente orientação espaço-
temporal. Um fator importante para a educação escolar é o desenvolvimento do
sentido de espaço e tempo. Isto significa que a criança se movimenta em um
determinado espaço e tempo. Uma boa orientação espacial poderá capacitá-la
a orientar-se no meio com desenvoltura.
Em um relato educacional Cristina (2007) explica que é preciso, nas
atividades lúdicas, respeitar o ritmo próprio de cada uma, ajudá-la e encorajá-
la, se necessário. Se a criança possui oportunidade de brincar com outras de
mesma idade, e a maioria delas aprende antes dos cinco anos saberá dividir,
compartilhar e conviver em diferentes grupos. Devemos proporcionar a todas
muitas oportunidades para vencer os diversos estágios de aprendizado. Além
disso, é importante ter-se ideias sobre o que fazer durante as atividades
infantis para tornar as coisas mais fáceis para todos.
14
Através de todo esse contexto sobre a importância do lúdico no
processo de desenvolvimento da criança, nunca devemos esquecer que brincar
é altamente importante na vida da criança, primeiro, por ser uma atividade na
qual ela já se interessa naturalmente e, segundo, porque desenvolvem suas
percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação, seus instintos
sociais e habilidades motoras.
É indiscutível a importância do esquema corporal para o aspecto gráfico
da alfabetização. Resulta das experiências que possuímos provenientes do
corpo e das sensações que experimentamos. O esquema corporal não é um
conceito aprendido, que se possa ensinar, pois não depende de treinamento.
Ele se organiza pela experimentação do corpo da criança. É a regulação da
posição das diferentes partes do corpo num momento determinado, regulação
do equilíbrio e coordenação de movimentos.
De acordo com Soares e Vega (2011) baseando-se no contexto a
coordenação pode ser estudada como coordenação global, e diz respeito às
atividades dos grandes músculos. Depende da capacidade de equilíbrio
postural do individuo. Quanto maior o equilíbrio, mais econômica será a
atividade do sujeito e mais coordenadas serão suas ações.
A criança quando chega à escola, possui uma história corporal anterior,
ligada às suas experiências anteriores, o que sinalizará facilidades ou
dificuldades na coordenação global de seus movimentos.
Segundo Soares e Vega (2011), ressaltam que a criança utiliza-se da
interação com seu corpo, com o mundo dos objetos e com os outros, para
desenvolver as capacidades cognitivas afetivas e motoras.
15
CAPÍTULO II
A INFÂNCIA
Para Gallahue (2003) explica que a primeira infância é caracterizada por
rápido crescimento no comprimento e substanciais aumentos no tecido
subcutâneo. O desenvolvimento, no período da infância, é marcado por
alterações estáveis e progressivas das áreas cognitiva, afetiva e motora.
Baseado nesse contexto Piaget (1974) estrutura o processo do
desenvolvimento humano em quatro períodos: sensório motor, pré-operacional,
operações concretas e operações formais. Pois vai do nascimento até
aproximadamente 02 anos de idade, em que de 0 a 1 mês a criança possui
somente a ação reflexa presente ao nascer, entre 1 a 4 meses os reflexos
relacionam-se entre si e se enriquecem por meio da assimilação de novas
experiências, dos 4 a 8 meses a criança se interessa pelos objetos externos,
esboça-se o surgimento da intencionalidade, entre os 8 a 12 meses a ação
passa a se orientar para determinados objetivos, e aos 12 a 18 meses a
criança experimenta combinações mentais, aos 18 meses em diante até
ingressar no estágio pré-operacional mediante o trabalho mental, a criança cria
novas fórmulas para solucionar determinados problemas. Surge a
representação simbólica, que se fortalecerá no estágio pré-operacional.
O crescimento não é tão rápido, nesse período, quanto na primeira
infância, desacelerando pouco a pouco até no desenvolvimento da
adolescência. Podemos dividir a infância em período de inicio da infância, dos
2 aos 6 anos de idade, e período posterior da infância , dos 6 aos 10 anos.
O início da infância, portanto representa um período ideal para que a
criança desenvolva-se e refine grande numero de tarefas motoras, desde os
movimentos essenciais do inicio da infância até as habilidades esportivas do
período intermediário.
Baseando-se em todo o processo da infância Gallahue e Ozmun (2003)
relata que brincar é o que as crianças pequenas fazem quando não estão
comendo, dormindo ou obedecendo à vontade dos adultos.
16
As crianças pequenas estão ativamente empenhadas em melhorar suas
habilidades por meio de muitas maneiras. Os primeiros anos são um período
de desenvolvimento. Nesse período, as crianças desenvolvem funções
cognitivas que eventualmente resultarão em raciocínio lógico e em formulação
de conceitos. As crianças pequenas não são capazes de raciocinar de qualquer
outro ponto de vista que não seja o seu. Elas são extremamente egocêntricas e
consideram quase tudo em termos de si mesmas. As crianças, nessa idade,
são incapazes de reconstruir seus pensamentos e demonstrar aos outros como
chegaram às suas conclusões. As brincadeiras servem como meios vitais,
pelos quais as estruturas cognitivas superiores são gradualmente
desenvolvidas. As brincadeiras englobam muitos ambientes e variáveis para
promover o crescimento.
2.1 Educação Infantil
A educação do pré-escolar é o primeiro e decisivo passo para se atingir
a continuidade no ensino, com produção e eficiência desejáveis. Nesse período
da vida da criança, são relevantes todos os aspectos de sua formação, pois
como ser bio-psico-sócio-cultural dá os passos definitivos para uma futura
escolarização e sociabilidade adequadas como membro do grupo social a que
pertence. Pois durante os primeiros anos de vida a aprendizagem de certos
conceitos-chaves é ferramenta indispensável ao desenvolvimento da habilidade
de pensar. A criança precisa aprender a identificar, generalizar, classificar,
agrupar, ordenar e combinar.
Através desse processo de aprendizagem na educação infantil a criança
tem necessidade de aprender a lidar com idéias tais como conceitos e
qualidades de objetos, características das substancias tais como forma, cor,
textura e consistência. Além disso, a criança precisa aprender sobre as
qualidades espaciais que incluem os conceitos de proximidade, ordem,
continuidade, limitação, assim como as qualidades mais simples dos objetos,
como: largo-estreito, dentro-fora, perto - longe. Precisa, também, adquirir
conceito de tempo como antes - depois, de quantidade como pouco - muito,
conceitos que dependem da compreensão da seqüência como inicio-fim,
17
primeiro-último, e conceitos de velocidade que dependem do entendimento das
relações entre espaço e movimento.
Segundo Paniagua & Palacios (2007) aborda que a educação infantil é
dividida em duas faixas (0 a 3 e 3 a 5 anos), que em geral, são atendidas por
serviços educativos diferentes. Pois dos primeiros meses até os 3 anos de
idade, a atenção educativa é realizada fundamentalmente em escolas cujo
corpo docente constitui-se em sua maioria por educadores que tiveram uma
formação profissional superior especializada. Sendo que a escolarização entre
3 e 5 anos é muito mais uniforme e generalizada. Praticamente todos
freqüentam estabelecimentos que reúnem a educação infantil e as séries
iniciais do ensino fundamental, escolarizando-se dos 3 aos 12 anos.
Assim dentro de uma analise educacional Monteiro (2010) expõe que a
educação infantil deve oferecer às crianças condições para que a
aprendizagem ocorra em atividades rotineiras, como os jogos e as
brincadeiras, e também naquelas onde o professor é mediador, como na
historia infantil, no desenho e em atividades com sucata.
Para a maioria das crianças, a pré-escola proporciona possibilidades
que a família muitas vezes não tem condição de proporcionar. Na pré-escola, a
criança, adapta o limiar da família, convive com outras de sua idade e encontra,
à sua maneira, um novo centro social e intelectual. Sendo assim as atividades
programadas devem basear-se em suas necessidades e interesses; crianças
são ávidas para explorar, experimentar, colecionar, perguntar; aprendem
depressa e desejam exibir suas habilidades.
Segundo Paniagua e Palacios (2007) diz que a educação infantil deve
proporcionar experiências e interações com o mundo social e físico de forma
ajustada às sucessivas idades que abrange, seguindo princípios pedagógicos
de acordo com o conhecimento sobre o desenvolvimento.
Já Aguiar (1998) ressalta que na idade pré-escolar, mediante a
brincadeira, a fantasia, a criança adquire a maior parte de seus repertórios
cognitivos, emocionais e sociais, pois as crianças aprendem através do brincar,
admirável instrumento para promover a sua educação, sendo que a criança é
18
um ser feito para brincar, e que o jogo é um artifício que a natureza encontrou
para envolver a criança numa atividade útil ao seu desenvolvimento físico e
mental. E um dos objetivos prioritários da pré-escola deve ser o ensino de
conceitos, o qual tenderá a ser mais eficiente se a exposição da criança a
objetos e eventos ocorrer por meio do jogo e na presença de pessoas
dispostas e hábeis para ajudá-la a aprender a responder diferencialmente a
estímulos pertencentes a diferentes classes.
Pois na educação Infantil, a colaboração com as famílias é considerada
essencial, tanto pela importância da família nessas idades quanto pela
necessidade de certa coordenação entre os dois mundos da criança: a casa e
a escola. Sendo assim os objetivos da educação infantil são muito próximos
aos do desenvolvimento, e, portanto, a maioria deles é trabalhada tanto no
contexto familiar quanto no escolar.
Para Paniagua e Palacios (2007) recorda que uma educação infantil de
qualidade deve ajudar os meninos e as meninas diante de algo tão importante
em suas vidas como o inicio da educação obrigatória. Essa ajuda consistiria em
desenvolver de verdade suas capacidades de todo tipo em sentir o meio
escolar como um meio receptivo, e não ameaçador em desfrutar a vida em
grupo, pois sendo assim poderá mostrar curiosidade pelas aprendizagens.
O jogo é reconhecido como meio de fornecer à criança um ambiente
agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem
de várias habilidades. Acredita-se que a personalidade da criança pode ser
aperfeiçoada e enriquecida pelo brinquedo, e que a principal função do
professor, nesse caso, é fornecer situação e materiais para o jogo, pois as
crianças aprendem brincando. Ressalta-se que o jogo tem sobre a criança o
poder de um excitador universal, onde o jogo facilita tanto o progresso da
personalidade integral da criança como o progresso de cada uma de suas
funções psicológicas, intelectuais e morais.
Dentro de um contexto educacional Aguiar (1998) expõe que a atividade
lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por
isso, indispensável à prática educativa. É pelo fato de o jogo ser um meio tão
19
poderoso para a aprendizagem das crianças que em todo lugar onde se
consegue transformar em jogo a iniciação à leitura, ao cálculo ou à ortografia,
observa-se que as crianças se apaixonam por essas ocupações, geralmente
tidas como maçantes. Os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou
entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e
enriquecem o desenvolvimento intelectual.
20
CAPÍTULO III
ASPECTOS LEGAIS
A organização das Nações Unidas (ONU) reforça o direito ao brincar,
pois no artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança das Nações Unidas,
sobre o direito ao brincar, ao tempo livre e à livre participação na vida cultural e
artística, tem, por muito tempo, sido considerado como um artigo esquecido.
Por esse motivo, a ONU decidiu aprofundar sua interpretação por meio de
comentário geral publicado no último dia 1º de fevereiro, documento que
pretende esclarecer aos governos dos Estados partes o significado e a
importância de tais direitos.
O comentário geral define de modo claro, as responsabilidades dos
governos implícitas no artigo 31. Seus objetivos são, além de ampliar o
entendimento sobre a importância do direito ao brincar, orientar medidas
legislativas, judiciais, administrativas, sociais e educacionais necessária para
assegurar tal direito a todas às crianças sem discriminação e com base na
igualdade de oportunidades.
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA coloca como
dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar a efetivação, entre outros, também dos direitos ao lazer e à cultura.
Já o artigo 16 do estatuto define: “O direito à liberdade compreende os
seguintes aspectos: brincar, praticar esportes e divertir-se”.
No que tange aos aspectos legais da educação infantil no Brasil, creches
e jardins de infância encontram-se agora na categoria de escolas infantis e são
regidas de acordo com a Lei 9394/96 (LDB).
Pois segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB de 1996), a
educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos
físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade. A educação infantil será oferecida em creches, ou entidades
21
equivalentes, para crianças de até três anos de idade, pré-escolas para as
crianças de quatro a seis anos de idade.
No final do século XX, já nos últimos anos, temos um avanço
significativo no Brasil, com a publicação dos PCNs, os Parâmetros Curriculares
Nacionais, propondo quais objetivos deveriam ser alcançadas ao final de cada
ciclo em que o aluno estudasse, proposta de quais conteúdos deveriam ser
desenvolvidos, mecanismos de avaliação, orientações didáticas, para os
professores.
Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e
registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o
acesso ao ensino fundamental.
Destaca-se na legislação própria da educação infantil a doutrina
proposta na Constituição de (1988), em que se expressa o dever social, estatal
e parental para com a defesa e a garantia do direito da criança que diz: É dever
da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente,
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência e opressão.
Segundo o artigo 208 da Constituição federal de (1988), rege que o
dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: (EC
nº 14/96 e EC nº 53/2006), atendimento em creche e pré-escola às crianças de
zero a seis anos de idade. Pois o § 1º o acesso ao ensino obrigatório e gratuito
é direito público subjetivo, o § 2º o não oferecimento do ensino obrigatório pelo
poder público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade
competente.
Já no artigo 211 da Constituição Federal de (1988), onde a União, os
Estados, o Distrito Federal e os municípios organizarão em regime de
colaboração seus sistemas de ensino. No § 2º os Municípios atuarão
prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.
22
A resolução nº 1 de 7 de abril de 1999 institui as Diretrizes Curriculares
para a educação infantil, a serem observadas na organização das propostas
pedagógicas das instituições de educação infantil integrantes dos diversos
sistemas de ensino.
As Diretrizes Curriculares Nacionais constituem-se na doutrina sobre
Princípios, Fundamentos e procedimentos da educação básica, definidos pela
Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que
orientarão as Instituições de Educação Infantil dos sistemas Brasileiros de
Ensino, na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas
propostas pedagógicas.
São as seguintes as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil:
1) Educar e cuidar de crianças de zero a seis anos supõe definir
previamente para que sociedade isto será feito, e como se
desenvolverão as práticas pedagógicas, para que as crianças e suas
famílias sejam incluídas em uma vida de cidadania plena. Para que isto
aconteça, é importante que as propostas pedagógicas de Educação
Infantil tenham qualidade e definam-se a respeito dos seguintes
fundamentos norteadores:
a) Princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da
solidariedade e do respeito ao bem comum;
b) Princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania, do exercício
da criticidade e do respeito à ordem democrática;
c) Princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade,
da qualidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.
2) Ao definir suas propostas pedagógicas, as instituições de educação
infantil deverão explicitar o reconhecimento da importância da identidade
pessoal de alunos, suas famílias, professores e outros profissionais e a
identidade de cada unidade educacional no contexto de suas
organizações.
23
3) As propostas pedagógicas para as instituições de educação infantil
devem promover em suas práticas de educação e cuidados, a
integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos
lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser total
completo e indivisível.
4) Ao reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e
convier consigo próprias, com os demais e o meio ambiente de maneira
articulada e gradual, as propostas pedagógicas das instituições de
educação infantil devem buscar a interação entre as diversas áreas de
conhecimento e aspectos da vida cidadã, como conteúdos básicos para
a constituição de conhecimentos e valores. Desta maneira, os
conhecimentos sobre espaço, tempo, comunicação, expressão, a
natureza e as pessoas devem estar articulados com os cuidados e a
educação para a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio
ambiente, a cultura, as linguagens, o trabalho, o lazer, a ciência e a
tecnologia.
5) As propostas pedagógicas das creches para as crianças de zero a 3
anos de classes e centros de educação infantil para as de quatro a seis
anos devem ser concebidas, desenvolvidas, supervisionadas e
avaliadas por educadores, com pelo menos o diploma de curso de
formação de professores, mesmo que da equipe educacional participe
outros profissionais das áreas de ciências humanas, sociais e exatas,
assim como familiares das crianças.
Após a homologação das citadas diretrizes, tornou-se obrigatório o
cumprimento do que as mesmas dispõem sobre a educação nas instituições
que se enquadram na categoria de escolas de educação infantil, nas
esferas municipais e estaduais. O Ministério da educação (MEC) propõe-se
a produzir e divulgar, através da Coordenadoria de Educação Infantil
(COEDI) da Secretaria de Educação Fundamental (SEF), referenciais
curriculares para a educação infantil. O ministério julga importante subsidiar
25
CAPÍTULO IV
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa foi realizada em 6 escolas de Educação infantil da rede
municipal de porto velho-RO, onde a amostragem da pesquisa remeteu-se a 30
professores do respectivo nível de ensino. As escolas envolvidas na pesquisa
foram: Escola são Francisco, Escola Flor de Piquiá, Escola Chapeuzinho
Vermelho, Escola Semeando, Escola Aprender, Escola Moisés Ferreira Neto.
Este estudo teve como finalidade averiguar a aplicação do lúdico na
primeira infância e a preparação dos docentes na Educação Infantil. Serão
demonstrados os resultados dos questionários aplicados nas referidas tabelas
abaixo:
Você acredita que a criança aprende brincando?
Respostas Professores Comentário
Sim 30 Referente à 1ª questão do referido
questionário, notou-se que o professores,
foram unânimes em responder positivamente a
pergunta. Daí então se confirma o que diz
Monteiro (2010): Que por meio do brincar, a
criança constrói o seu espaço e estabelece
relações entre o mundo real e a fantasia,
podendo pensar, descobrir, viver e
experimentar situações novas ou do seu
cotidiano, que contribuem para o seu
desenvolvimento social, cognitivo, afetivo e
motor.
Não 0
Ás Vezes
0
Tab. 1
26
Você aplica as atividades lúdicas em sala com Constância?
Respostas Professores Comentário
Sim 26 Na 2ª questão sobre a aplicação das atividades
lúdicas em sala com constância, 26
professores aplicam e 04 professores às vezes
aplicam, observa-se dentro desse quantitativo
que a maioria destaca a importância das
atividades lúdicas no processo de ensino
aprendizagem das crianças.
Sendo assim reforça a importância das
atividades lúdicas na educação infantil. Pois
segundo Schaly (2005) expõe que a atividade
lúdica é o berço obrigatório das atividades
intelectuais da criança.
Não 0
Ás Vezes 04
Tab. 2
Existem cursos de formação continuada na área de recreação
infantil?
Respostas Professores Comentário
Sim 03 Na 3ª questão sobre a existência dos cursos de
formação continuada na área de recreação
infantil, 03 professores responderam que
existe, e 27 professores responderam que não
existe curso na área de recreação infantil.
Observa-se que nesse quantitativo a maioria
dos professores não se empenham na busca
de cursos na área de recreação infantil. Para
Duarte (2004) ressalta que muitas vezes o
professor acomoda-se neste comportamento
institucionalizado em algumas escolas.
Não 27
Ás Vezes 0
Tab. 3
27
Na escola possui materiais apropriados para o trabalho de
recreação?
Respostas Professores Comentário
Sim 14 A 4ª questão observa-se que 14 professores
respondem que na escola possui materiais
apropriados para a recreação, e 12 respondem
que não possui materiais, desse quantitativo 4
afirma que ás vezes possui materiais. Nessa
analise Duarte (2004) expõe que são muitos os
desafios que este profissional enfrenta nas
escolas, como a falta de espaço adequado, de
materiais, muitas vezes os alunos chegam à
escola cansados, de uma alimentação
inadequada, de uma higiene deficiente entre
outros.
Não 12
ÁS VEZES 04
Tab. 4
Você trabalha com material lúdico alternativo na escola?
Respostas Professores Comentário
Sim 06 Na 5ª questão onde se trata do trabalho com
materiais lúdico alternativo na escola, 6
profissionais respondem que realizam trabalho
com materiais lúdico na escola, e 20
profissionais não trabalham com materiais
lúdico alternativo na escola, sendo que 4
profissionais trabalham as vezes com materiais
lúdico alternativo. De acordo com Nicolau
(1986), o lúdico apresenta-se por meio de
várias modalidades que são diferenciadas pelo
uso do material ou recursos, mas que são
essenciais para o desenvolvimento da criança.
Não 20
ÁS VEZES 04
28
Para Cunha (1998) explica que lidando com
diversos materiais, as crianças podem
descobrir suas diferentes propriedades e
características. A vivência das experiências e a
aquisição de informações obtidas através delas
fornecem subsídios para uma futura formação
de conceitos. Embora não consiga, ainda,
assimilar princípios científicos ou explicar
verbalmente por que as coisas acontecem, seu
pensamento está sendo desafiado e o
processo mental está estimulando o
desenvolvimento da linguagem em nível
interno.
Tab. 5
Diante de todos os dados apresentados na 1ª tabela observou-se que os
professores assinalaram positivamente que a criança aprende brincando, e que
é de fundamental importância as praticas de atividades lúdica no processo de
ensino aprendizagem da criança. Pois o professor é a peça fundamental nesse
processo, devendo ser encarado como um elemento essencial. Na 2ª tabela
referente à aplicação das atividades lúdicas na sala com constância do total
dos 30 professores 26 responderam que aplicam as atividades lúdicas e 4
professores afirmam que as vezes aplicam, pois sendo assim observou-se que
as atividades lúdicas possibilita ao professor observar a atuação de cada
crianças por si só e ao mesmo tempo interagindo consigo e com os outros à
sua volta. Através das atividades aplicadas em sala os professores e alunos
estão livres para explorar, brincar e jogar com seus próprios ritmos.
Na 3ª tabela em que a questão fala sobre a existência de cursos de
formação continuada na área de recreação infantil, no total dos 30 professores
só 3 afirmam que existe cursos, e 27 professores afirmam que não existe
cursos, pois através desse total verificou-se que muitos dos professores não se
sentem estimulados na busca de conhecimentos e aperfeiçoamento na área
29
de recreação infantil. Portanto, a dimensão lúdica na formação do professor
permite a ele questionar-se quanto a sua postura e conduta em relação ao
objetivo prioritário de proporcionar aos alunos um desenvolvimento holístico,
integral na qual a competência técnica combina com o compromisso político.
Na 4ª questão da tabela e no total de 30 professores, 14 afirmou que na
escola possui materiais apropriados para o trabalho de recreação, e 12
professores afirma que não existem materiais apropriados para o trabalho de
recreação, desse total 4 afirma que as vezes encontra-se alguns materiais de
recreação.
Na 5ª questão da tabela observa-se que no total de 30 professores, 6
utilizam de materiais lúdico alternativo na escola, e 20 não utilizam dos
materiais lúdicos alternativos, e 4 afirmam que as vezes utilizam os materiais
lúdicos na escola. O uso dos materiais lúdicos alternativos proporciona à
criança situações que a auxiliam a transformar materiais inaproveitáveis em
objetos úteis, espelhando a sua realidade. Além disso, favorece o despertar de
sua criatividade. Pois segundo Pimenta (1986) afirma que a criança foi feita
para brincar, e é através deste brincar que ela forma conceitos, seleciona
idéias, estabelece relações lógicas, integra percepções, cria estimativas e vai
se socializando. O lúdico educa e ajuda a criança a enfrentar mais facilmente
as dificuldades da vida.
30
CONCLUSÃO
Com o resultado deste estudo pode-se verificar a importância das
atividades lúdicas na educação infantil e a preparação dos professores nesse
modelo de ensino. Pois foi possível observa que a ludicidade é de extrema
relevância para o desenvolvimento integral da criança. Diante de todos os
dados levantados com a aplicação dos questionários aos professores
pedagogos se faz necessário os questionamentos sobre a nossa prática como
educadores na educação infantil. É necessário pensar também na importância
do conhecimento lúdico no processo de formação do professor, pois ele facilita
à aprendizagem, o desenvolvimento pessoal e social, a construção e
assimilação do conhecimento, a comunicação, a expressão, a criatividade. O
lúdico é uma necessidade humana e não deve ser encarada como uma
diversão qualquer.
Sabemos que é através da brincadeira que as crianças constroem o seu
mundo das ideias abstratas, elas vivenciam experiências que enriquecem o seu
conhecimento real e povoam a sua imaginação como os elementos das
fantasias.
Pois quando possibilitamos às crianças um contato agradável com jogos
e brinquedos, estamos ampliando seu leque de ideias e conhecimento, fazendo
fluir sua criatividade e promovendo a formulação de ideias próprias estimulando
a atenção, observação, memória, reflexão e o desenvolvimento das linguagens.
Também é importante ressaltar que só é possível reconhecer uma
criança se nela o educador conhecer um pouco da criança que foi e que, de
certa forma, ainda existe em si. Assim, será possível ao educador redescobrir e
reconstruir em si mesmo o gosto pelo fazer lúdico, buscando em suas
experiências, remotas ou não, brincadeiras de infância e de adolescência que
possam contribuir para uma aprendizagem lúdica, prazerosa e significativa.
É buscando novas maneiras de ensinar por meio do lúdico que
obteremos uma educação de qualidade e que realmente consiga ir ao encontro
dos interesses e necessidades da criança. Cabe ressaltar que uma atitude
31
lúdica não é somente a somatória de atividades, é antes de tudo uma maneira
de ser, de estar, de pensar e de encarar a escola, bem como de relacionar-se
com os alunos.
Pois é preciso que o professor assuma o papel de artífice de um
currículo que privilegia as condições facilitadoras de aprendizagens que a
ludicidade contém nos seus diversos domínios, afetivo, social, perceptivo-motor
e cognitivo, retirando-a da clandestinidade e da subversão, explicitando-a
corajosamente como meta da escola.
32
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Vol. 5 - Nº 6 - Jul/2011 - ISSN 2178-4485.
34
ANEXOS
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
QUESTIONÁRIO
1. Você acredita que a criança aprende brincando?
SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES ( ) 2. Você aplica as atividades lúdicas em sala com Constância?
SIM ( ) NAÕ ( ) ÀS VEZES ( ) 3. Existem cursos de formação continuada na área de recreação
infantil?
SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES ( ) 4. Na escola possui materiais apropriados para o trabalho de
recreação?
SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES ( ) 5. Você trabalha com material lúdico alternativo na escola?
SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES ( )
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