Educação inclusiva: uma questão de direitos humanos

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Educação inclusiva: uma questão de direitos humanos. Durante a Constituinte (1987-88), muitas das propostas do movimento das pessoas deficientes foram acolhidas para a Constituição Federal (1988). - PowerPoint PPT Presentation

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Educação inclusiva: uma questão de direitos

humanos

Durante a Constituinte (1987-88), muitas das propostas do movimento das pessoas deficientes foram acolhidas para a Constituição Federal (1988).

No Capítulo III, da Educação, a Constituição

afirma que é dever do Estado garantir o

“ATENDIMENTO EDUCACIONAL

ESPECIALIZADO aos portadores de

deficiência, preferencialmente na

REDE REGULAR DE ENSINO”.

Conclama todos os governos a adotar “o

princípio de educação inclusiva em forma de

lei ou de política, matriculando todas as

crianças em escolas regulares, a menos que existam fortes razões para agir de

outra forma.”

Declaração de Salamanca (1994)

“As pessoas com deficiência têm os mesmos

direitos humanos que todos os demais cidadãos. O

primeiro artigo da Declaração Universal dos

Direitos Humanos estabelece:

 

‘Todos os seres humanos são livres e iguais em

dignidade e direitos.’”

Declaração de Madri (2002)

Em 2006, a Assembleia Geral da ONU aprovou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Ratificada e promulgada com equivalência de

emenda constitucional, a Convenção, no seu Artigo

24, trata do direito à educação inclusiva.

“Para efetivar esse direito sem

discriminação e com base na igualdade de

oportunidades, os Estados Partes

assegurarão sistema educacional inclusivo em

todos os níveis, bem como o aprendizado ao

longo de toda a vida (...)”

Mas, nem sempre foi assim.

Exclusãoantiguidade até início do século 20

oAfastamento da sociedade.

o Sem nenhum atendimento.

Segregaçãodécadas de 20 a 40

Escolas especiais

Professores especiais

Transporte especial

Oficina abrigada

Asilos

Integraçãodécadas de 50 a 80

• Alunos com diagnóstico médico ou psicológico

• Salas especiais

• Professores especialistas, psicólogos e terapeutas.

• Sem mudanças no currículo, nem nas estratégias pedagógicas

o Alunos inseridos seletivamente no ensino regular.

o Devem se adaptar sozinhos aos parâmetros e ambientes escolares.

o Quando não conseguem, vão para classes ou escolas especiais

Inclusãodécada de 90 até hoje

oModelo individual da deficiência substituído pelo modelo social.

oEscolas, salas e professores comuns.

Modelo Individual Modelo Social

Deficiência é uma “tragédia pessoal”

Deficiência é um fenômeno social

Dificuldades são causadas pela deficiência que está na pessoa

Dificuldades são causadas pelo despreparo da sociedade

Pessoa precisa ser preparada antes de participar da sociedade

Pessoa tem direito de participar JÁ, sem preparo anterior

A sociedade não precisa mudar

A sociedade DEVE ser modificada

Educação especial Educação inclusiva

Toda escola deve estar envolvida com a inclusão.

Ambientes, currículo e estratégias pedagógicas flexíveis.

oAlunos deficientes têm direito à inclusão JÁ,

independentemente, do tipo ou grau da deficiência.

oO aluno deficiente deve ser mantido no ensino regular com

o apoio dos professores comuns e especializados.

Cada aluno é único e não pode ser

comparado aos demais.

A avaliação deve comparar o aluno

com ele mesmo.

Todos os alunos são diferentes entre si, têm

diferentes estilos e ritmos de aprendizagem.

Todos devem ter respeitadas suas potencialidades e

capacidades

Frente à diversidade dos alunos

O desafio da escola é capacitar

todos os alunos para que

participem, desde pequenos,

ativamente de suas comunidades

como cidadãos.

Alunos NÃO são problemas

Eles SÃO DESAFIOS às habilidades dos

professores em encontrar respostas educativas às

suas necessidades individuais.

Fracasso NÃO é do aluno

Quando o aluno não aprende, o fracasso é da escola que não conseguiu atender as necessidades

desse aluno.

Benefício para todos

O ensino de qualidade e o esforço para atender às necessidades dos

alunos com deficiência trazem benefícios a todos os alunos e à

sociedade em geral.

Professores devem ser capacitados para desenvolver suas

habilidades para avaliar situações novas e

estratégias para encontrar respostas educativas às necessidades de cada aluno.

Bons professores

são capazes de definir, projetar, avaliar e refletir sobre soluções

para os desafios das escolas inclusivas.

Respeito pelos alunos

e por suas contribuições e potencialidades individuais é o

que se espera do bom professor.

SE NECESSÁRIO, professores devem poder contar com equipe de apoio

pedagogos, psicólogos,

psicopedagogos, intérpretes da

língua de sinais, instrutores da língua

de sinais e braile, assistentes sociais

etc.

Na prática, em geral, o que está acontecendo é que

O professor comum não aprende a lidar com os alunos com deficiência.

O professor especializado não aprende a lidar com o professor comum.

Alunos chamados “de inclusão” são “depositados” em classes comuns, sem nenhum apoio.

Professores se queixam de que ganham pouco, têm alunos demais e apoio de menos.

Inclusão não é colocar crianças deficientes no

ensino regular sem suporte.

As entidades que oferecem educação especial temem desaparecer a partir da aprovação do novo Plano Nacional da Educação.

O Plano em tramitação no Senado determina que o atendimento escolar aos alunos com deficiência deve ser universalizado na rede regular de ensino.

O Plano retira das entidades a possibilidade de oferecer o atendimento substitutivo à educação escolar na rede

regular, como pode ser feito hoje em dia

Inclusão é IRREVERSÍVEL.Professores, se quiserem

lecionar, terão de lidar com alunos com deficiência.

Governos devem fornecer os apoios.

As escolas são inclusivas quando APRENDEM COM

OS ALUNOS o que deve ser eliminado, modificado,

substituído ou acrescentado no sistema escolar para que ele se

torne totalmente acessível.

Lia Crespolia.crespo@gmail.com

www.memorialdainclusao.sp.gov.br

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