Elementos Compositivos e OC4 ESTRUTURAS - ESCHER

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Aula para 1º ano, ensino médio, CEUB, Prof. Wagner

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Elementos compositivos

OC4 - EstruturasOC4 - Estruturas

A produção artística está vinculada às possibilidades dos

materiais utilizados.

Elementos estruturantes e sua utilização Elementos estruturantes e sua utilização na composição visualna composição visual

• Efeitos simbólicos (uma linha curva, reta, quebrada, a cor quente, fria, etc.)

• Efeitos intelectuais

• Efeitos expressivos

Composição visualComposição visual

• É como um texto e exige organização dos elementos ou partes para dar visibilidade às ideias, dar expressão às escolhas do artista.

• Suporte – pode ser retangular, quadrado, circular, triangular.

Piet Mondrian

• Os lados oblíquos do formato cortam a rede de quadrados e retângulos; a trama linear, em várias cores, transmite inquietação e um ritmo dinâmico.

Obra: Victory Boogie-Woogie,1943-44

(inacabado).

Óleo e pastel s/tela, 177,7 cm em diagonal.

Mondrian• A maioria das obras de Mondrian baseia-

se nos elementos básicos da comunicação visual:

- PONTO / LINHA / CONTORNO / DIREÇÃO / TONALIDADE / COR / TEXTURA / DIMENSÃO / ESCALA / MOVIMENTO.

• Mais especificamente:

- a utilização das linhas verticais e horizontais; ângulo reto;

- as cores primárias com um pouco de outras cores puras, por exemplo, o preto e

o branco.

Composição com vermelho, amarelo, azul e preto, 1921 (inacabado). Óleo s/tela, 59,5 x 59,5 cm.

A horizontalidade dá ideia da amplitude de sua visão.

Estrutura vertical

• Neste mural, a temática – visão política do povo mexicano – foi representada numa visão de profundidade com ênfase numa estrutura vertical. O artista vai narrando a história do México, numa visão de longo alcance.

A verticalidade para sugerir o movimento do vôo dos pássaros.

• Uma folha desenrola-se para dar ideia de movimento.

• Evolução do tema: de baixo para cima.

• O artifício do volume, claro-escuro, faz parecerem pássaros de verdade e não desenhos.

A estrutura do campo visual

• Além dos diferentes formatos citados, uma composição pode ter seu campo visual organizado numa divisão diagonal contrastada em L, em círculo, em S, em seta, radial, etc.

A estrutura e o centro geométrico e o perceptivo

da composição

• Ponto médio ou ponto geométrico: é aquele produzido pelo cruzamento dos eixos centrais e indica o centro da imagem. É centro de força e estabilidade da composição. Divide a composição em partes iguais.

• Ponto perceptivo: estará geralmente localizado um pouco acima do centro geométrico, a fim de compensar o peso visual da base. A posição exata do ponto não pode ser localizado de antemão. Teoricamente, vai depender de sensibilidade para localizá-lo.- Quanto mais o plano estiver na vertical mais alto estará o ponto perceptivo e quanto mais horizontal o plano, mais baixo o ponto perceptivo estará.

Esquema de análise do plano

Ponto perceptivo

Linha de leveza

Linha de peso visual

Ponto geométrico

Área de energia – localizada no quadrante IV

Direção compositiva – área de entrada – quadrante I.

I II

III IV

I II

III IV

A direção compositiva indica a nossa tendência de perceber prioritariamente o movimento na orientação lateral da esquerda para a direita.

Equilíbrio

• Está relacionado à necessidade do homem de perceber as coisas de acordo com o centro de gravidade da Terra. De modo a consegui-lo, as coisas são geralmente dispostas em torno de um eixo. O equilíbrio depende tanto da disposição das formas quanto da cor, assim como também de fatores associativos e psicológicos, como no caso dos pontos perceptivos.

Equilíbrio axial

• É aquele dado pela distribuição de elementos em torno de dois eixos: horizontal e vertical

Equilíbrio radial

• É aquele dado em torno de um diâmetro e que pode ser analisado em frações de raios.

Banho turco Ingres

A representação da A representação da formaforma

• Figurativas – permite identificar os objetos representados.

• Abstratas – representação independente do mundo real.

A forma e a estrutura

• Forma – aspecto exterior das coisas e define-se visualmente por seus limites, que são dados por linhas (contornos), superfícies e, em alguns casos, claro-escuro.

• Todos os objetos como os seres vivos apresentam uma estrutura. Observe as próximas imagens.

A estrutura da figura humana sob dois pontos de vista diferentes.

Matisse, Nu azul IV, 1952, guache recortado, 103 x 74cm Archimboldo - Outono

SIMETRIA

• Composição – tem formato e estrutura.• Traçando linhas diagonais e eixos horizontais e verticais

imaginários sobre uma composição, percebemos um esquema estrutural.

• Um elemento colocado bem no centro sugere equilíbrio, estabilidade e repouso. Se colocado no alto, embaixo, na direita ou na esquerda, sugere maior dinamismo e uma ideia de movimento.

• Simetria = justa proporção / harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares / correspondência em grandeza, forma e posição relativa de partes situadas em lados opostos de uma linha ou plano médio / ou ainda que se acham distribuídos em volta de um centro ou eixo.

Simetria Axial

• É a mais comum de simetria – apresenta um eixo vertical ou horizontal que divide a composição em duas partes iguais.

• É o tipo mais óbvio de organização espacial, mas não é sinônimo de facilidade para organizar uma composição.

• É útil em composições em que a intenção do artista é transmitir uma determinada sensação, como monotonia ou equilíbrio perfeito, por exemplo.

Simetria Radial

• Pressupõe um movimento que se dá a partir de um eixo, enfatizando-se, dessa forma uma direção.

• Dividindo essa imagem com um eixo central (vertical ou horizontal), obtemos lados iguais que apontam para fora como se fossem setas.

ESCHER utilizou o recurso da SIMETRIA explorando a translação, a rotação e a reflexão com escorregamento.

Aves – exemplo de reflexão por escorregamento (direita e esquerda)

Matemática – rotação de 90 graus

• “Em primeiro lugar, minha obra está estreitamente relacionada com a divisão regulares do plano. Todas as imagens dos últimos anos provêm disso, do princípio das figuras congruentes, que, sem deixar nenhum espaço aberto, preenchem sem fim o plano, ou, ao menos, fazem isso de maneira ilimitada”

(Trecho de uma carta enviada ao sobrinho, Rudolf Escher, em 1944)

Reflexão, rotação

Arte é cultura!!!• Os desenhos simétricos aqui representados, mostram como

uma superfície pode ser dividida regularmente em figuras iguais, respectivamente, preenchida com elas. As figuras devem confinar umas com as outras sem que resultem «áreas livres». Os Árabes eram mestres nesta arte. Eles decoraram, em especial em Alhambra, na Espanha, paredes e pavimentos com peças de majólica coloridas e congruentes, que foram ajustadas umas às outras, de forma contínua. Que pena que a religião islâmica lhes proibisse a representação de imagens! Nos seus ornamentos com azulejos, limitaram-se sempre a figuras de formas abstracto-geométricas. Tanto quanto é do meu conhecimento, nenhum artista árabe arriscou alguma vez (ou nunca lhe; teria vindo à ideia?), usar como elemento para preenchimento de superfícies, figuras concretas, perceptíveis e existentes na Natureza, como peixes, aves, répteis e pessoas. Esta limitação é para mim tanto mais incompreensível, quanto o reconhecimento das componentes dos meus padrões é a razão do interesse que mantenho vivo neste campo.“ (Escher, 1994, p.7)

Reflexão por escorregamento = TRANSLAÇÃO= movimento de um corpo que desliza numa determinada distância e

em uma direção prescrita.

Reflexão por escorregamento -

Translação

Reflexão por escorregamento -

Translação

O número infinito

• O mesmo formato em todas as componentes não permite mais do que a reprodução de um fragmento de uma divisão regular da superfície. Quem quiser representar um número infinito, tem de reduzir gradualmente o tamanho das figuras até que alcance, pelo menos teoricamente, o limite do formato infinitamente pequeno.

• A área de cada elemento (em forma de réptil) deste padrão, dirigindo-se para o centro, é sistemática e continuamente reduzida a metade, sendo que em teoria se pode alcançar não só o formato infinitamente pequeno, como também o número infinitamente grande. Na prática, contudo, o gravador em breve chega ao fim das suas possibilidades. Ele depende de quatro fatores: - da qualidade da prancha; - da agudeza do instrumento que usa; - da segurança da sua mão;- da sua capacidade visual (bons olhos, bastante luz e uma lupa de grande ampliação). O animal menor, que tem ainda uma cabeça, uma cauda e quatro pernas, mede cerca de 2 mm.

Reflexo especular

• É uma outra forma de simetria. Nada mais é do que uma simetria bilateral, que se obtém pondo algo à frente de um espelho.

Ex: folhas e insetos.

Importante: entender a simetria como qualidade estética: sensação de estabilidade conseguida por meio da devida compensação de peso dos seus elementos.

O equilíbrio e o pelo visual• Nas composições, podemos

utilizar tanto o equilíbrio simétrico quanto o assimétrico. Uma composição em que ambos os lados são iguais se constitui numa composição simétrica (1), que é a forma mais simples de arranjar as figuras.

• O equilíbrio assimétrico (2) é um modo mais dinâmico de compor, pois podemos compensar as partes de uma composição sem que os elementos sejam iguais em ambos os lados do eixo visual.

1

2

“A família do pintor” (1911), óleo s/tela, de Matisse. O artista compensa o peso das figuras em vermelho e amarelo com

uma única figura em preto.

O RITMO VISUAL (possibilita a criação de composições “mais ou menos” dinâmicas)

• UNIFORME (quando repetimos uma forma regularmente).

• VARIÁVEL (quando mudamos a forma, a cor ou a sequência).

• ALTERNADO (duas ou mais formas se repetem regularmente).

• CRESCENTE/DECRESCENTE (para cima, para baixo, para a esquerda ou para a direita).

• Quando utilizamos uma forma de muda de tamanho sem modificar a posição do seu centro, conseguimos ritmos CONCÊNTRICOS.

Ar e água IAr e água, Escher, Xilogravura 62 x 40,5cm

Ritmos visuais

Uniforme

Crescente/decrescente

Concêntrico

Alternado binário

M.C. Escher

• Maurits Cornielis Escher nasceu em 1898 e morreu em 1972 .

Estruturas em origami - Escher

Ele era canhoto, como Da Vinci, Michelangelo e Dürer.

Obras do artista (Youtube)

• A magia de ESCHER (meus vídeos)

Referências

• http://en.thinkexist.com/quotes/m.c._escher/• www.m.c.Escher.com• http://images.google.com.br• História da Arte – Graça Proença.• Arte Comentada – Carol Strickland.• Artes Visuais e Música – Consuelo Alcione e Isis

Moura.

As imagens – fins exclusivamente educativos.Aula elaborada pelo Arte-educador Wagner Bôa Morte.

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